Alckmin desmente a si próprio e agora admite a existência de racionamento da água em SP

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu pela primeira vez na última quarta-feira, (14), que São Paulo enfrenta um racionamento de água há vários meses. Até então, todas as declarações do tucano, inclusive no período eleitoral, sempre negavam qualquer tipo de restrição no abastecimento da água, mesmo com a grave crise que atinge os principais reservatórios que atendem a Região Metropolitana de São Paulo desde o início de 2014.

Longe de mostrar boa intenção, admitir o racionamento de água tem um objetivo concreto. O de multar os consumidores que excederem o consumo de água. Para instituir a multa, o governo precisa comunicar a situação de racionamento.

“O racionamento já existe. Quando a ANA (Agência Nacional de Águas) diz que você tem que reduzir de 33 (metros cúbicos por segundo) para 17 no Cantareira, é óbvio que há uma restrição hídrica”, afirmou Alckmin durante um evento na Academia do Barro Branco da PM, na zona norte da capital paulista.

Alckmin foi questionado durante a coletiva de impressa porque sempre negou o racionamento no Estado e afirmou: “Não tem racionamento no sentido de ‘Fecha o sistema e abre amanhã’. Isso não tem e nem deve ter. Agora, restrição hídrica, claro que tem”. Resta-nos saber qual a diferença.

Certamente o governador, fervoroso em sua fé como dizem, deve ter pedido perdão a São Venâncio pela mentirinha que contou aos 40 milhões de paulistas, sem nem mesmo ficar vermelho.

O que Alckmin não contava é que São Venâncio, o protetor dos tolos e mentirosos segundo a crença popular, só abençoa as mentiras do 1º de abril, aquelas inocentes e que não tem a intenção de causar mal ou ludibriar as pessoas.

 

Fonte: Hora do Povo

Por André Santana

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