Brasil tem melhor campanha da história e conquista ouro inédito
Brasil finalizou Olimpíadas com ouro no futebol, voleibol e muita música popular
Com medalhas de ouro no futebol e no voleibol masculinos, o Brasil fechou as Olimpíadas Rio 2016 com 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes, sua melhor performance na história dos jogos, 13ª colocação, ficando perto de atingir o top 10 no quadro de medalhas estabelecido após Londres 2012.
Com o Maracanã lotado, com direito ao supercampeão jamaicano Usain Bolt na torcida, o Brasil venceu a Alemanha nos pênaltis (5 a 4), após 120 minutos de bola em jogo, e conquistou a medalha de ouro nos jogos olímpicos, até então o único título que não havia sido conquistado pela Seleção Canarinho.
A conquista coroou com chave de ouro, com o perdão do trocadilho, uma campanha que começou claudicante – sonolentos empates em 0 a 0 contra África do Sul e Iraque (!?!) -, mas que cresceu de forma fulminante, principalmente com as entradas dos gremistas Wallace e Luan, liberando Renato Augusto para a armação e aproximando o meio campo com o ataque.
Com a Seleção pressionando no ataque, Neymar abriu o placar aos 25 minutos do primeiro tempo com um golaço de falta e comemoração com o gesto do raio de Bolt. Na segunda etapa, a equipe de Rogério Micale recuou e Meyer empatou aos 13. As duas equipes criaram chances de gols, mas o jogo acabou em empate, inclusive na prorrogação.
Nos pênaltis, quatro cobranças perfeitas para cada lado. Renato Augusto, Marquinhos, Rafinha e Luan para o Brasil. Ginter, Gnabry, Brandt e Suele para a Alemanha. Aí brilhou Weverton defendendo a cobrança de Petersen e Neymar cravou o seu. Ouro inédito para o Brasil.
Vôlei masculino – Com três a zero sobre a Itália (25/22, 28/26 e 26/24), a seleção masculina de vôlei ganhou sua terceira medalha de ouro (1992, 2004 e 2016), após duas medalhas de prata (2008 e 2012). Assim, o Brasil acumula dez medalhas olímpicas no vôlei. Os sets começaram de forma idêntica: com saques potentes, a Itália saía na frente, dando a impressão de disparar, mas o Brasil equilibrava e fechava a conta. O líbero Serginho foi leito o melhor jogador da competição. Ele participou de todas as conquistas desde 2004. Bruninho (levantador), Wallace (oposto) e Lucarelli (ponta-passador) também fizeram parte dos melhores do torneio. O técnico Bernardinho conquistou a sexta medalha consecutiva, somando os dois bronzes com a seleção feminina (Atlanta 1996 e Sydney 2000).
ENCERRAMENTO
Também no final de semana, o Brasil conquistou o bronze no taekwondo, com Maicon Siqueira e completou o desfecho da vitória brasileira com uma belíssima Cerimônia de Encerramento, encantando o mundo com o melhor da música popular brasileira, nordestina, com ao clássico Asa Branca, de Luiz Gonzaga, embalando os bonecos de barro, o frevo pernambucano e outros, como Chiclete com banana (de Jackson do Pandeiro), O canto da ema (de Alventino Cavalcanti, Aires Viana e João do Vale, imortalizada por Jackson), A cantiga do sapo (de Jackson do Pandeiro e Buco do Pandeiro) e Sebastiana (de Rosil Cavalcanti). A festa terminou com marchinhas tradicionais e um grande baile de carnaval que contou com carro alegórico e famosos blocos de ruas, como o Cordão do Bola Preta.
A Cerimônia não teve nem Dilma, nem Temer, que enviou em seu lugar o prefeito nervosinho, Eduardo Paes, que não escapou das vaias.
Em seu discurso empolgado, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), parabenizou todos os brasileiros pelo feito das Olimpíadas: “Valeu a pena cada segundo, cada minuto, cada dia, cada ano, graças a vocês”. “Todos os brasileiros são heróis olímpicos. A torcida do Brasil tem a medalha de ouro”, disse Nuzman, bastante aplaudido.
CONQUISTAS
Nos últimos dias antes do encerramento, o Brasil conquistou diversas medalhas desde nossa última edição. Veja abaixo essas conquistas e também o conjunto de medalhas obtidas pelo Brasil no conjunto da competição:
Vela – Filhas de velejadores, a dupla Martine Grael e Kahena Kunze ganhou a medalha de ouro na classe 49erFX, modelo de estreia em olimpíada. Martine é filha de Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, uma de prata e duas de bronze), e Kahena, de Cláudio Kunze, campeão mundial junior da classe Pinguim.
Vôlei de praia – A dupla Alison/Bruno Schmidt bateu a dupla italiana Nicolai/Lupo por 2 a 0 (21/19 e 21/17) e conquistou mais um ouro para o Brasil, levando a torcida ao delírio sob chuva na arena de Copacabana, repetindo o feito de 12 anos atrás de Ricardo e Emanuel, em Atenas.
Canoagem – Juntamente com Erlon de Souza, o canoísta Isaquias Queiroz ganhou a medalha de prata na C2-1000m, sua terceira medalha em uma só olimpíada. Antes, já havia ganho prata na categoria C1-1000m e bronze, na C1-200m.
Medalhistas do Brasil – Ouro: Rafaela Silva (judô), Thiago Braz (salto com vara), Robson Conceição (boxe), Martine Grael/Khaena Kunze (vela),Alison/Bruno Schmidt (vôlei de prata), futebol masculino e vôlei masculino. Prata: Felipe Wu (tiro esportivo), Diego Hypólito (ginástica/solo), Arthur Zanetti (ginástica/argolas), Agatha/Bárbara (vôlei de praia) e Izaquias Queiroz/Erlon Souza (canoagem). Bronze: Mayra Aguiar (judô), Rafael Silva(judô), Arthur Nory (ginástica/solo), Poliana Okimoto (maratona aquática),Isaquias Queiroz (canoagem) e Maicon Siqueira (taekwondo).
Rússia – Mesmo com a exclusão de 118 atletas dos 389 inicialmente inscritos, a Rússia alcançou o 4º lugar no quadro geral de medalhas, sendo 19 de ouro, 18 de prata e 19 de bronze, totalizando 56 medalhas, ficando à frente de países como Alemanha, Japão, França, Itália, países que chaleiraram, juntamente com os EUA, o chamado relatório McLaren, a base da exclusão dos atletas russo, inclusive Yelena Isinbayeva, bicampeã olímpica no salto com vara, que nunca teve uma única acusação de doping em toda a sua carreira. Isinbayeva, aliás, foi eleita com 1.365 votos para a comissão de atletas do Comitê Olímpico Internacional (COI) e foi ovacionada no Maracanã, ao ser anunciada.
Fonte: Valdo Albuquerque da Hora do Povo
Brasil tem melhor campanha da história e conquista ouro inédito
Brasil finalizou Olimpíadas com ouro no futebol, voleibol e muita música popular
Com medalhas de ouro no futebol e no voleibol masculinos, o Brasil fechou as Olimpíadas Rio 2016 com 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes, sua melhor performance na história dos jogos, 13ª colocação, ficando perto de atingir o top 10 no quadro de medalhas estabelecido após Londres 2012.
Com o Maracanã lotado, com direito ao supercampeão jamaicano Usain Bolt na torcida, o Brasil venceu a Alemanha nos pênaltis (5 a 4), após 120 minutos de bola em jogo, e conquistou a medalha de ouro nos jogos olímpicos, até então o único título que não havia sido conquistado pela Seleção Canarinho.
A conquista coroou com chave de ouro, com o perdão do trocadilho, uma campanha que começou claudicante – sonolentos empates em 0 a 0 contra África do Sul e Iraque (!?!) -, mas que cresceu de forma fulminante, principalmente com as entradas dos gremistas Wallace e Luan, liberando Renato Augusto para a armação e aproximando o meio campo com o ataque.
Com a Seleção pressionando no ataque, Neymar abriu o placar aos 25 minutos do primeiro tempo com um golaço de falta e comemoração com o gesto do raio de Bolt. Na segunda etapa, a equipe de Rogério Micale recuou e Meyer empatou aos 13. As duas equipes criaram chances de gols, mas o jogo acabou em empate, inclusive na prorrogação.
Nos pênaltis, quatro cobranças perfeitas para cada lado. Renato Augusto, Marquinhos, Rafinha e Luan para o Brasil. Ginter, Gnabry, Brandt e Suele para a Alemanha. Aí brilhou Weverton defendendo a cobrança de Petersen e Neymar cravou o seu. Ouro inédito para o Brasil.
Vôlei masculino – Com três a zero sobre a Itália (25/22, 28/26 e 26/24), a seleção masculina de vôlei ganhou sua terceira medalha de ouro (1992, 2004 e 2016), após duas medalhas de prata (2008 e 2012). Assim, o Brasil acumula dez medalhas olímpicas no vôlei. Os sets começaram de forma idêntica: com saques potentes, a Itália saía na frente, dando a impressão de disparar, mas o Brasil equilibrava e fechava a conta. O líbero Serginho foi leito o melhor jogador da competição. Ele participou de todas as conquistas desde 2004. Bruninho (levantador), Wallace (oposto) e Lucarelli (ponta-passador) também fizeram parte dos melhores do torneio. O técnico Bernardinho conquistou a sexta medalha consecutiva, somando os dois bronzes com a seleção feminina (Atlanta 1996 e Sydney 2000).
ENCERRAMENTO
Também no final de semana, o Brasil conquistou o bronze no taekwondo, com Maicon Siqueira e completou o desfecho da vitória brasileira com uma belíssima Cerimônia de Encerramento, encantando o mundo com o melhor da música popular brasileira, nordestina, com ao clássico Asa Branca, de Luiz Gonzaga, embalando os bonecos de barro, o frevo pernambucano e outros, como Chiclete com banana (de Jackson do Pandeiro), O canto da ema (de Alventino Cavalcanti, Aires Viana e João do Vale, imortalizada por Jackson), A cantiga do sapo (de Jackson do Pandeiro e Buco do Pandeiro) e Sebastiana (de Rosil Cavalcanti). A festa terminou com marchinhas tradicionais e um grande baile de carnaval que contou com carro alegórico e famosos blocos de ruas, como o Cordão do Bola Preta.
A Cerimônia não teve nem Dilma, nem Temer, que enviou em seu lugar o prefeito nervosinho, Eduardo Paes, que não escapou das vaias.
Em seu discurso empolgado, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), parabenizou todos os brasileiros pelo feito das Olimpíadas: “Valeu a pena cada segundo, cada minuto, cada dia, cada ano, graças a vocês”. “Todos os brasileiros são heróis olímpicos. A torcida do Brasil tem a medalha de ouro”, disse Nuzman, bastante aplaudido.
CONQUISTAS
Nos últimos dias antes do encerramento, o Brasil conquistou diversas medalhas desde nossa última edição. Veja abaixo essas conquistas e também o conjunto de medalhas obtidas pelo Brasil no conjunto da competição:
Vela – Filhas de velejadores, a dupla Martine Grael e Kahena Kunze ganhou a medalha de ouro na classe 49erFX, modelo de estreia em olimpíada. Martine é filha de Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, uma de prata e duas de bronze), e Kahena, de Cláudio Kunze, campeão mundial junior da classe Pinguim.
Vôlei de praia – A dupla Alison/Bruno Schmidt bateu a dupla italiana Nicolai/Lupo por 2 a 0 (21/19 e 21/17) e conquistou mais um ouro para o Brasil, levando a torcida ao delírio sob chuva na arena de Copacabana, repetindo o feito de 12 anos atrás de Ricardo e Emanuel, em Atenas.
Canoagem – Juntamente com Erlon de Souza, o canoísta Isaquias Queiroz ganhou a medalha de prata na C2-1000m, sua terceira medalha em uma só olimpíada. Antes, já havia ganho prata na categoria C1-1000m e bronze, na C1-200m.
Medalhistas do Brasil – Ouro: Rafaela Silva (judô), Thiago Braz (salto com vara), Robson Conceição (boxe), Martine Grael/Khaena Kunze (vela),Alison/Bruno Schmidt (vôlei de prata), futebol masculino e vôlei masculino. Prata: Felipe Wu (tiro esportivo), Diego Hypólito (ginástica/solo), Arthur Zanetti (ginástica/argolas), Agatha/Bárbara (vôlei de praia) e Izaquias Queiroz/Erlon Souza (canoagem). Bronze: Mayra Aguiar (judô), Rafael Silva(judô), Arthur Nory (ginástica/solo), Poliana Okimoto (maratona aquática),Isaquias Queiroz (canoagem) e Maicon Siqueira (taekwondo).
Rússia – Mesmo com a exclusão de 118 atletas dos 389 inicialmente inscritos, a Rússia alcançou o 4º lugar no quadro geral de medalhas, sendo 19 de ouro, 18 de prata e 19 de bronze, totalizando 56 medalhas, ficando à frente de países como Alemanha, Japão, França, Itália, países que chaleiraram, juntamente com os EUA, o chamado relatório McLaren, a base da exclusão dos atletas russo, inclusive Yelena Isinbayeva, bicampeã olímpica no salto com vara, que nunca teve uma única acusação de doping em toda a sua carreira. Isinbayeva, aliás, foi eleita com 1.365 votos para a comissão de atletas do Comitê Olímpico Internacional (COI) e foi ovacionada no Maracanã, ao ser anunciada.
VALDO ALBUQUERQUE
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