Capes bloqueia 7 mil bolsas de pós-graduação
Mais de sete mil bolsas de pós-graduação em todo o país foram bloqueadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação (MEC) para fomento da ciência.
As universidades foram comunicadas por meio de uma circular sobre “a suspensão temporária de cadastramento de novos bolsistas” por até dois meses. A Capes justificou a medida afirmando que as bolsas estavam “ociosas após fechamento do mês de março de 2016” e que serão objeto de análise para sua “recomposição gradual”.
O governo não admite que a decisão configura um novo corte nos recursos destinados pela União para educação e nem que a medida seja para conter gastos, mesmo que pelo período de dois meses.
De acordo com o presidente do órgão, Carlos Nobre, o objetivo é melhorar a eficiência no preenchimento das bolsas e a ordem não deve ser traduzida como cortes dos incentivos. “Não tem a ver com cortes ou economia de recursos. As bolsas vão voltar. Pode ser que não voltem no nível anterior. Vamos fazer um estudo, com os pró-reitores, para diminuir o índice de ociosidade, de 8% a 9% na média, que constatamos”, explicou Nobre.
O número exato de bolsas impactadas pela medida do governo é 7.408, que representa cerca de 9% dos 80.906 incentivos pagos atualmente a alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
De acordo Mercedes Bustamante, diretora de Programas e Bolsas no País da Capes, a suspensão do acesso a novos estudantes poderá ser revogada antes do período de dois meses colocado nos informativos distribuídos às instituições de ensino superior. Ela reforça que não há intenção de cortar incentivos, mas reconhece que o aperto nas contas incentiva medidas do tipo. “Há problemas no orçamento. É óbvio que quando você está nessa situação começa a olhar com mais atenção para a gestão, mas isso não significa que haverá redução de bolsas ou cortes”, disse.
Fonte: Hora do Povo
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