Capoeira é reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) reconheceu, nesta quarta-feira (26) em Paris, a Capoeira, uma das manifestações artísticas mais tradicionais do Brasil, como Patrimônio Imaterial Cultural da Humanidade.
Ao som do berimbau, a capoeira mistura luta, dança e já foi levada para mais de 100 países.
“Nós estamos muito emocionados porque a capoeira, criada pelos escravos, proibida, interditada no Brasil por muitos anos, hoje é um patrimônio da humanidade, reconhecida pela Unesco e presente em vários países do mundo”, diz Jurema Machado, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O reconhecimento da Unesco é a prova maior da força da tradição que resiste aos séculos sem perder as raízes, cada vez mais popular.
Hoje praticada por milhões de pessoas no Brasil e no mundo, a capoeira passou por períodos de proibição e perseguição desde a época colonial até início do século XX, quando deixou de ser classificada como contravenção penal. Somente após a Revolução de 30, que a capoeira deixou de ser ilegal. Foi, mais precisamente, em 9 de julho de 1937 que Manuel dos Reis Machado – mais conhecido como Mestre Bimba – conseguiu o registro para a primeira academia no país reconhecida pela Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Pública com o apoio do então presidente Getúlio Vargas.
“A Capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional”, disse o presidente Getúlio, durante uma apresentação de Mestre Bimba e seus alunos no palácio do Governo em Salvador, em 23 de julho de 1953. A partir daí, a capoeira ocupou academias, universidades, escolas, praças e ganhou o mundo com sua magia e filosofia.
Para tornar a prática da capoeria cada vez mais popular, a UMES realiza, sob o comando do professor-instrutor Pavio, aulas gratuitas de capoeira na sede da entidade. A criação do grupo foi definida no último congresso da UMES e pretende apresentar a capoeira – uma das maiores representações da cultura nacional – aos estudantes da cidade inteira.
“Estudar e praticar capoeira é manter viva e resgatar nossa cultura e a nossa identidade. O nosso grupo na UMES se propõe, além de oferecer as aulas gratuitas, a ser a porta de entrada para que a capoeira seja uma prática comum dentro das escolas”, explica Pavio.
As aulas são gratuitas e acontecem na sede da entidade todas as segundas e quartas – das 19h30 às 21h; Terças e Quintas – das 14h às 15h30; e aos Sábados das 13h às 15h. Participe você também!
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