Capoeiristas ocupam a praça em defesa da tradicional “Roda da República”

Na manhã do último domingo, 9, os capoeiristas da tradicional “Roda da República”, no centro de São Paulo, fizeram um protesto contra a delimitação de um espaço para a Roda, determinado pelo subprefeito da Sé, Alcides Amazonas, sem que houvesse acordo. A resposta dos capoeiristas foi uma manifestação pacífica, com centenas de pessoas caminhando e cantando pela feira ao som do berimbau.

 

Na semana anterior, após se depararem com barracas de alimentação no local onde a Roda é realizada, os capoeiristas buscaram dialogar com as autoridades locais, mas foram excluídos do processo de negociação.

 

“A luta na Praça da República busca direitos de voz e participação efetiva no que diz respeito ao papel da Capoeira no processo de ocupação pública”, afirmou Rodrigo Lima, o Minhoca, coordenador da Casa Mestre Ananias, que organiza a Roda. “Reivindicamos nossa atuação no processo de decisão em questões que regem a organização da feira, da qual fazemos parte”, afirmou. “Queremos, junto aos comerciantes e prefeitura, abrir um diálogo e trazer soluções para a harmonia e desenvolvimento da Feira”, ressaltou.

 

Para Fabiano Avelino, o Pavio, diretor do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), “a Roda da República é considerada por todos os capoeiristas, pelos frequentadores da feira, e pela população, um patrimônio da cidade. Não podemos deixar que ela seja jogada de lado. Ela já mostrou a força que tem para enfrentar qualquer atitude preconceituosa”, declarou.

 

Após o protesto, uma comissão de capoeiristas e os representantes da feira foram chamados para uma audiência junto à subprefeitura para que se inicie a negociação.

 

Fonte: Julia Cruz – Jornal Hora do Povo

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