Estudantes convocam ato na Paulista “em defesa da Educação e do Brasil”

Na próxima quinta-feira (14), os estudantes da capital paulista realizam o ato do Dia do Estudante. O protesto “Em defesa da Educação e do Brasil”, convocado pela UMES, UBES e UNE, será realizado às 8 horas em frente ao MASP, na Avenida Paulista.

“Os estudantes sempre estiveram na linha de frente em defesa do povo brasileiro e da soberania nacional. Agora, mais do que nunca, é necessário defendermos o nosso país dos recentes ataques de Trump”, destaca a convocação dos estudantes paulistas.

DIA 14 DE AGOSTO A AULA É NA RUA: EM DEFESA DA EDUCAÇÃO E DO BRASIL!

Os estudantes sempre estiveram na linha de frente em defesa do povo brasileiro e da soberania nacional. Agora, mais do que nunca, é necessário defendermos o nosso país. Os recentes ataques de Trump ao Brasil, usando o tarifaço como chantagem para livrar Bolsonaro da cadeia, escancararam as reais intenções dos golpistas que atentaram contra a nossa democracia: servir apenas aos próprios interesses para, no fim, enfiar o país em negociatas estrangeiras!

É o momento de combater o imperialismo nas ruas, com mobilização, erguendo nossa bandeira e deixando claro que os verdadeiros patriotas somos nós, aqueles que sempre combateram as aves de rapina que tentam extorquir o Brasil!

Além disso, é necessário responder aos ataques de Tarcísio de Freitas e Renato Feder, que vêm desmontando a educação paulista, marcada por escolas abandonadas, alimentação de baixa qualidade, ameaças a diretores e professores, enquanto a SEDUC enfia plataformas digitais goela abaixo dos estudantes. Nas escolas técnicas estaduais, antes vistas como uma alternativa melhor para os estudantes da rede pública, a situação não é muito diferente, com escolas caindo aos pedaços e falta de estrutura.

Esse projeto já é conhecido: sucatear as escolas para concretizar seu fetiche entreguista de privatizar e lucrar com a educação do estado de São Paulo — como já fizeram com a Sabesp e a CPTM.

Nossos desafios são muitos, mas os estudantes da cidade de São Paulo darão seu recado nas ruas! Em reverência ao Dia do Estudante:

DIA 14 DE AGOSTO A AULA É NA RUA!
CONTRA OS ATAQUES À EDUCAÇÃO E AO BRASIL!

 

Cópia de 14A – Ideia.pdf

 

“Noitada de Samba na UMES” – Confira a programação do segundo bloco de apresentações

O projeto Noitada de Samba na UMES, do Centro Popular de Cultura da UMES (CPC-UMES) já se consolidou no primeiro semestre deste ano com apresentações memoráveis que lotaram o Cine- Teatro Denoy de Oliveira. Agora se inicia o segundo bloco de shows com uma programação que irá sacudir o coração do Bixiga e toda a cidade de São Paulo. 

Na década de 70, o histórico espaço do Teatro Opinião era semanalmente tomado por uma eufórica plateia, que se deslocava de todos os cantos da cidade do Rio de Janeiro para ouvir os maiores nomes do samba da época que ali se apresentavam. Eram os tempos do “Noitada de Samba”, projeto idealizado por Jorge Coutinho, ator e produtor cultural, em parceria com o também ator Leonides Bayer. Ao longo de seus 13 anos de duração, foram realizadas 617 edições, com a presença de sambistas como Cartola, Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho, Xangô da Mangueira, Candeia, Clara Nunes, Martinho da Vila, Dona Ivone Lara, Ismael Silva, Beth Carvalho, Monarco e Leci Brandão. Foram noites marcadas para sempre na história da cultura brasileira.

O projeto Noitada de Samba na UMES marca a retomada da programação musical no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, reeditando e homenageando o projeto realizado pelo Opinião. São vinte apresentações com grandes interpretes do mais tradicional ritmo musical brasileiro. Sambistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais pedem passagem para chegar no Bixiga e subir no palco com seus versos e batucadas.

Com esses espetáculos, trazemos muitos aspectos de importância para a cultura brasileira: a valorização da mais autêntica das vertentes musicais brasileiras – o Samba; a valorização de artistas que, apesar de sua importância fundamental, muitas vezes são pouco lembrados pela mídia e, por isso, ficam distantes das gerações mais jovens; o acesso gratuito de jovens ao melhor da música brasileira, de forma gratuita e promovido por uma entidade que lhes é muito cara. O projeto conta com apoio do Ministério da Cultura e do Governo Federal, parceria fundamental para garantirmos a sua realização

Os convidados serão acompanhados pelos músicos Edmilson Capelupi (violão 7 cordas), João Poleto (sopro), Koka Peireira (percussão), Maik Oliveira (bandolim), Pedro Pita (percussão) e Rafael Toledo (percussão).

Nossas noites de samba serão dedicadas para Cristina Buarque, que nos deixou no dia 20 de abril. Homenageamos sua obra e sua vida, de batalhadora incansável do samba, de pesquisadora que nunca poupou esforços para resgatar e divulgar compositores essenciais de nossa música. Homenageamos porque o samba resiste, se mantém e se fortalece por pessoas como ela, exemplos que inspiram este projeto e nossa defesa da cultura brasileira. Chama Cristina Buarque!

PROGRAMAÇÃO 2º BLOCO DE SHOWS

08/07/2025 EDIL PACHECO
15/07/2025 MOACYR LUZ
22/07/2025 ILESSI
29/07/2025 MARCO ANTÔNIO DA VILA MATILDE
05/08/2025 EDUARDO GUDIN E LÉLA SIMÕES
12/08/2025 PEDRO MIRANDA
19/08/2025 TRIO GATO COM FOME
26/08/2025 ÁUREA MARTINS E JOÃO MAIA
02/09/2025 TIÃO CARVALHO
09/09/2025 NILZE CARVALHO

 

CONVIDADOS

EDIL PACHECO

Edmilson Jesus de Pacheco, artisticamente conhecido como Edil Pacheco, nasceu em 1/6/1945, em Maragogipe, no Recôncavo Baiano. Ainda jovem mudou-se para Salvador, onde ganhou projeção e tornou-se artista reconhecido nacional e internacionalmente. É um dos principais nomes do samba soteropolitano, ao lado de Ederaldo Gentil, Panela, Tião Motorista, Riachão, Batatinha, Roque Ferreira, entre outros.

A discografia de Edil Pacheco é composta por sete discos nesses mais de 60 anos de carreira e suas composições também foram gravadas por artistas de destaque, como Clara Nunes, Jair Rodrigues e Gilberto Gil. Edil é parceiro musical de compositores reconhecidos como Paulo César Pinheiro, Luiz Melodia e João Nogueira e são de sua autoria clássicos da música brasileira como “Ijexá”, “De Amor é Bom”  e “Araketu”

Em 2025, Edil completa 80 anos de idade celebrando sua obra e sua carreira com a realização de um documentário, a gravação de um novo álbum e apresentações no Brasil inteiro.

MOACYR LUZ

Autor de clássicos da música brasileira como “Saudades da Guanabara” e “Pra que Pedir Perdão”, Moacyr Luz tem sua trajetória marcada por parcerias com alguns dos maiores nomes da música brasileira, poetas do quilate de Aldir Blanc, Sereno, Hermínio Bello de Carvalho, Wilson das Neves, Paulo César Pinheiro, Guinga e Luiz Carlos da Vila, entre outros. Cantor, compositor, violonista, autor de sambas enredo do carnaval carioca, criador e líder do Samba do Trabalhador, movimento de resistência cultural, que acontece há mais de 15 anos na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Moa, como é carinhosamente chamado, iniciou seus estudos de violão aos 15 anos de idade com os professores Carlos e Hélio Delmiro. Ao longo de seus 45 anos de carreira, compôs mais de 350 músicas, tendo como parceiro mais constante o letrista Aldir Blanc, com quem contabiliza mais de 150 composições. O próprio Moacyr declarou numa entrevista: “Hélio Delmiro me fez ficar atento à forma da música e Aldir Blanc me deu consciência das palavras’.

Acumulou centenas de composições gravadas por intérpretes como Nana Caymmi, Maria Bethânia, Fafá de Belém, Leila Pinheiro, Fátima Guedes, Rosa Passos e Leny Andrade, entre outros. Sua obra-prima, “Saudades da Guanabara” – gravada por Beth Carvalho em 1989 – foi adotada pelos cariocas como um dos hinos não-oficiais do Rio de Janeiro. 

ILESSI

Nascida em Campo Grande e criada em Jacarepaguá, bairros da Zona Oeste do Rio de Janeiro, Ilessi – nome Iorubá, originalmente escrito “Ilé Si”, sendo “Ilé = Casa” e “Si = ser, existir”, significando “Casa do ser, do existir”. É cantora, compositora e pesquisadora musical. Realizou shows em todas as regiões do Brasil e em países como França, Suécia e Inglaterra.

Tem 6 álbuns gravados: Atlântico Negro (Rocinante Gravadora, 2024); Rendição – Ilessi e Vicente Paschoal (2022); Dama de Espadas (Rocinante Gravadora, 2020); Com os pés no futuro: Ilessi e Diogo Sili interpretam Manduka (2020); Mundo Afora: Meada (Rocinante Gravadora, 2018); e Brigador – Ilessi canta Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro (CPC-UMES, 2009).

Já atuou com músicos como Alaíde Costa, Aline Gonçalves, Amelia Rabello, André Mehmari, Carol Panesi, Cátia de França, Clarice Assad, Eduardo Gudin, Guinga, Luisa Lacerda, Marcelo Galter, Nelson Faria, Paulo César Pinheiro, Simone Guimarães, Thiago Amud, Toninho Horta, Toquinho, Vovô Bebê, entre muitos outros. Em novembro de 2024, a convite do Aguidavi do Jeje, participou do show “Muito Obrigado Axé”, no Aliança Global Festival, evento dentro do G20.

 

MARCO ANTONIO

Marco Antonio de Freitas, nascido em 18/06/1950, é sambista, compositor, músico e intérprete ativo no samba de São Paulo há mais de 50 anos. 

Inicia oficialmente sua caminhada em 1972, na Escola de Samba Mocidade Alegre, dançando como Mestre Sala e conquistando o primeiro tri campeonato da escola, com a tão sonhada nota 10 no quesito. Permanece na escola até 1983, sendo membro ativo de sua Ala da Compositores. Em 1984, vai para a Escola de Samba Nenê de Vila Matilde, pelas mãos do então Diretor de Carnaval Betinho, filho do fundador “Seu Nenê”.

É autor de vários sambas-enredo que marcam com destaque sua contribuição ao carnaval de São Paulo. Em 1976 apresentou “Tributo à uma Época”, em 1978 “Sonho de um Gari” e, em 1983, “Sonho do Fantástico Eldorado”, todos eles pela Mocidade Alegre. Já na Nenê de Vila Matilde, se sagra campeão em 1985 com “Quando o Cacique Rodou a Baiana”, enredo com o qual a escola desfilou na Marquês de Sapucaí, sendo a única agremiação de São Paulo a realizar tal feito. Também pela Nenê, é autor dos sambas “O Poeta Falou – Zona Leste Somos Nós”, em 1988, considerado um hino da zona leste paulistana, “Narciso Negro”, em 1997, e “Um Vôo da Águia Entre Dois Mundos” em 2005. 

Também possui vários sambas gravados por diversos artistas como Quinteto em Branco Preto, Bezerra da Silva, Serginho Madureira, Velha Guarda da Nenê e variadas gravações das comunidades do samba. Em 02 de dezembro de 2002, formou a VELHA GUARDA MUSICAL DA NENÊ DE VILA MATILDE, que presta um relevante serviço  à cultura popular de nossa cidade. 

EDUARDO GUDIN & LELA SIMÕES

Eduardo dos Santos Gudin nasceu no dia 14 de outubro de 1950, na cidade de São Paulo. Compositor, cantor, instrumentista (violonista), arranjador, produtor musical e professor, aprendeu a tocar violão aos 13 anos de idade. Em 1970, grava seu primeiro disco compacto e dá início à parceria com Paulo César Pinheiro. Com ele vence o Festival Universitário da Canção, com a música “E Lá se Vão Meus Anéis”, o primeiro grande sucesso do grupo Os Originais do Samba. 

Seu primeiro LP, Eduardo Gudin, é lançado em 73, época em que também começa a ser gravado por outros intérpretes, como MPB4, Beth Carvalho, Maria Odete, Elizeth Cardoso, Os Originais do Samba, Jair Rodrigues e Clara Nunes. Grava, em 1974, o LP “O importante é que A nossa emoção sobreviva” (Odeon), em parceria com Paulo César Pinheiro e a cantora Márcia, alcançando repercussão nacional com o disco e os shows realizados por todo o Brasil. Em fevereiro de 2022, Eduardo Gudin lança digitalmente o álbum “Valsas, choros e canções”, o 18o de sua discografia.

Ao longo de sua carreira, construiu um vasto leque de parceiros em suas composições, por exemplo: Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Adoniran Barbosa, Fernando Brant, Costa Netto, Paulo Vanzolini, Elton Medeiros, Paulinho da Viola, Carlos Lyra, Ivan Lins, Carlinhos Vergueiro, entre outros.

Cantora com timbre e interpretação singulares, Lela iniciou seus estudos musicais aos 5 anos com o piano. Formada pela Escola Municipal de Música de São Paulo, atua como cantora desde 2009, tendo lançado em parceria com o compositor o disco “Eduardo Gudin e Léla Simões” no ano de 2019.

PEDRO MIRANDA

Cantor, percussionista, ator e compositor, Pedro Miranda é um intenso artista carioca. Craque nas divisões rítmicas, começou a cantar em rodas de samba nos anos 90, em meio à revitalização da Lapa, e dali se projetou. Já rodou mundo afora com sua voz de timbre único e seu pandeiro, sempre com seu humor cheio de verve, reflexos rápidos e sorriso aberto.

Por “Samba Original”, seu terceiro trabalho solo, conquistou o Prêmio da Música Brasileira 2017 na categoria Melhor Disco de Samba. Na mesma premiação, recebeu a indicação de Melhor Cantor de Samba. O segundo álbum, “Pimenteira” (2009), que veio na sequência de “Coisa com Coisa” (2006), arrancou elogios de Caetano Veloso, que afirmou que a obra era “um evento especial em nossa música”, “trabalho de fôlego” e um “disco de um grande artista”.

Um dos fundadores do Grupo Semente, do qual fez parte por mais de uma década, e também do Cordão do Boitatá, de tantos shows e carnavais. É ator do consagrado “Sassaricando – e o Rio Inventou a Marchinha”, em cartaz desde 2007, e um dos integrantes do grupo musical infantil “Farra dos Brinquedos”. É sua a direção musical de “Clementina, Cadê Você”, que estreou em 2013. Integra o grupo Samba de Fato, que lançou em 2008 o premiado álbum “O Samba Informal de Mauro Duarte”, e também a Orquestra Imperial, desde 2020.

TRIO GATO COM FOME

O Trio Gato com Fome é formado por Cadu Ribeiro (pandeiro e voz), Gregory Andreas (cavaquinho e voz) e Renato Enoki (violão 7 cordas e voz). O grupo tem 18 anos de estrada e três discos lançados. O mais recente é “SEDENTO”, um álbum de sambas inéditos e autorais. Em 2025, o Trio lançou seu novo single “Pra Manter a Fé”, música de Cadu e Gregory, que contou com a participação da cantora Fabiana Cozza.

Além do trabalho autoral, o Trio se dedica fortemente à pesquisa do samba e já foi indicado ao Prêmio Da Música Brasileira na categoria Melhor Grupo de Samba com o álbum “Em Busca dos Sambas de Raul Torres”. O disco recupera a obra de sambas marchas e batuques de Raul Torres, conhecido nome da música caipira, demonstrando tanto a versatilidade do compositor, como a preocupação do conjunto em defender a diversidade e riqueza do samba em um cenário de imposição de mercado pela indústria cultural.

Já se apresentou em diversos palcos pelo Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraná) e pelo mundo (Alemanha e Itália), ao lado de nomes como Jair Rodrigues, Moacyr Luz, Alcione, Wilson Moreira, Martinho da Vila, Rolando Boldrin, Osvaldinho da Cuica, Riachão, Edil Pacheco, Nelson Sargento, Fabiana Cozza, Carlinhos Vergueiro, Nelson Rufino, entre outros.

ÁUREA MARTINS

É considerada por nobres nomes da música como uma das grandes cantoras da MPB. Uma das intérpretes preferidas de Elizeth Cardoso, gravou seu primeiro disco (LP) em 1969, como prêmio pelo primeiro lugar no programa “A Grande Chance” de Flávio Cavalcanti, na extinta TV Tupi. Áurea Martins tem nove álbuns lançados, dois LPs, um DVD, um Prêmio da Música Brasileira como melhor cantora, além de participações em álbuns de vários artistas da MPB ao longo de seus 64 anos de carreira. 

Entre os vários prêmios que recebeu em sua carreira, se destaca o troféu de Melhor Cantora no Prêmio da Música Brasileira de 2009, com o CD “Até Sangrar”. O álbum “Senhora das Folhas”, arrebatou a crítica e o público com sua excelência e foi indicado ao Grammy em 2022 e, em 2023, venceu o Prêmio Profissionais da Música na categoria Melhor Álbum.

Áurea se encontra em uma grande tradição de cantoras que iniciaram sua trajetória no rádio e depois conquistaram, na noite, seu espaço e reconhecimento no mundo da música. Inicialmente como crooner de orquestras da zona oeste carioca, ela se consolida durante entre a década de 70 e 80 como uma reconhecida cantora de casas noturnas do Rio de Janeiro. 

Neste show, Áurea será acompanhada pelo intérprete, pianista e compositor,  João Maia. Natural da cidade do Rio de Janeiro, com sua voz grave e cheia de nuances, o cantor transita pela MPB, Bossa Nova e Samba-Jazz. João lançou, em 2024, o single “Acontece”, pelo selo Mills Records, com as participações de Áurea Martins e Gilson Peranzzetta, e produzido por Eliana Peranzzetta.

TIÃO CARVALHO

Tião Carvalho, nome artístico de José Antonio Pires de Carvalho, é um cantor, compositor, dançarino, ator e pesquisador brasileiro. Nasceu na cidade de Cururupu, região noroeste do Estado do Maranhão. Ainda menino, iniciou seu aprendizado nas danças e festividades populares, vendo e ouvindo de perto os bumba meu bois de costa-de-mão, típicos desta região. Quando se mudou para a capital, São Luís, para estudar, acabou se envolvendo com grupos artísticos, e daí começou sua história de realizações no âmbito da cultura popular, com apresentações de música, teatro e dança.

Nos anos 80 e 90, Tião Carvalho, já estabelecido em São Paulo, formou as bandas Mexe com Tudo e Mafuá. Em 1986, fundou o Grupo Cupuaçu, do qual é diretor artístico até hoje. Além de dirigir os espetáculos do Grupo, Tião Carvalho coordena equipes de arte-educadores, ministra cursos de danças populares e lidera a Festa do Boi, evento que ocorre três vezes por ano na comunidade do Morro do Querosene, bairro onde reside desde os anos 80. Por onde passa, estimula a formação de novos grupos de pesquisa e prática de danças populares. Foi a partir de suas aulas que surgiram os grupos Saia Rodada (Campinas), Retalhos de Cultura Popular (Londrina), Flor de Babaçu (Brasília) e Encaixa Couro (Belo Horizonte).

Exímio conhecedor dos ritmos da terra, em 2001 lançou-se em carreira solo com seu primeiro disco, intitulado “Quando Dorme Alcântara”. Neste álbum, Tião Carvalho interpreta canções de sua autoria e de outros compositores maranhenses. Com a faixa que deu nome ao disco, Tião Carvalho foi finalista no Festival promovido pela TV Globo. Já em seu segundo disco, “Tião Canta João” (2006), Tião Carvalho gravou composições do mestre e conterrâneo João do Vale. Este trabalho obteve dois prêmios pela Rádio Universidade FM, do Maranhão, nas categorias “Melhor Disco do Ano” e “Melhor Intérprete”, para Tião Carvalho. O mesmo disco foi indicado para o prêmio London Burning de música independente.

NILZE CARVALHO

Ao ser flagrada pelo irmão mais velho tocando “Acorda Maria Bonita” no cavaquinho, Nilze Carvalho, aos 5 anos, começava uma história de amor com a música. Dos 11 aos 14 anos, gravou, como bandolinista, a série de LPs “Choro de Menina”. Foram 4 volumes (1°e o 4° acompanhada pelo conjunto Época de Ouro).

Iniciou carreira internacional aos 15, fazendo turnês em países como Itália, Espanha, França, Suíça, Holanda, Estados Unidos, Japão, Argentina, China e Austrália. De volta ao Brasil, em 2000, Nilze e seus colegas de faculdade fundam o grupo Sururu na Roda – do qual fez parte por mais de uma década – eleito Melhor Grupo de Samba no “Prêmio da Música Brasileira 2014”.

Em 2002, Nilze lança o CD “Estava Faltando Você” (Fina Flor) com o qual foi indicada ao Prêmio Tim como melhor cantora de samba. Lançado pela gravadora Biscoito Fino, o CD “O que é Meu”, foi vencedor em duas categorias no Prêmio Música da Lapa: Melhor CD e Melhor Cantora. Nos últimos anos Nilze participou do aclamado projeto “Samba Social Clube” e do DVD “Gafieira”, de Zeca Pagodinho. 

Seu penúltimo trabalho, produzido pela própria Nilze e Zé Luis Maia – “Verde Amarelo Negro Anil” – foi indicado ao GRAMMY LATINO 2015 na categoria melhor Álbum de SAMBA/PAGODE. A artista acaba de lançar seu novo álbum – “Nos Combates da Vida”. O trabalho traz participações especiais de João Bosco e Teresa Cristina.

Além de cantora, instrumentista virtuosa e compositora, Nilze Carvalho atua também como arranjadora, diretora musical e curadora de diversos projetos.

“Noitada de Samba na UMES”: Tradição, memória e resistência da música no Bixiga

O Centro Popular de Cultura da UMES (CPC-UMES) promoverá, a partir do dia 29 de abril, o projeto Noitada de Samba na UMES. As atividades acontecerão no Cine- Teatro Denoy de Oliveira (Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista). Serão 20 shows, que acontecerão sempre às terças-feiras, a partir das 20h.

Na década de 70, o histórico espaço do Teatro Opinião era semanalmente tomado por uma eufórica plateia, que se deslocava de todos os cantos da cidade do Rio de Janeiro para ouvir os maiores nomes do samba da época que ali se apresentavam. Eram os tempos do “Noitada de Samba”, projeto idealizado por Jorge Coutinho, ator e produtor cultural, em parceria com o também ator Leonides Bayer. Ao longo de seus 13 anos de duração, foram realizadas 617 edições, com a presença de sambistas como Cartola, Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho, Xangô da Mangueira, Candeia, Clara Nunes, Martinho da Vila, Dona Ivone Lara, Ismael Silva, Beth Carvalho, Monarco e Leci Brandão. Foram noites marcadas para sempre na história da cultura brasileira.

O projeto Noitada de Samba na UMES marca a retomada da programação musical no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, reeditando e homenageando o projeto realizado pelo Opinião. São vinte apresentações com grandes interpretes do mais tradicional ritmo musical brasileiro. Sambistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais pedem passagem para chegar no Bixiga e subir no palco com seus versos e batucadas.

Com esses espetáculos, trazemos muitos aspectos de importância para a cultura brasileira: a valorização da mais autêntica das vertentes musicais brasileiras – o Samba; a valorização de artistas que, apesar de sua importância fundamental, muitas vezes são pouco lembrados pela mídia e, por isso, ficam distantes das gerações mais jovens; o acesso gratuito de jovens ao melhor da música brasileira, de forma gratuita e promovido por uma entidade que lhes é muito cara. O projeto conta com apoio do Ministério da Cultura e do Governo Federal, parceria fundamental para garantirmos a sua realização

Os convidados serão acompanhados pelos músicos Edmilson Capelupi (violão 7 cordas), João Poleto (sopro), Koka Peireira (percussão), Maik Oliveira (bandolim), Pedro Pita (percussão) e Rafael Toledo (percussão).

Nossas noites de samba serão dedicadas para Cristina Buarque, que nos deixou no dia 20 de abril. Homenageamos sua obra e sua vida, de batalhadora incansável do samba, de pesquisadora que nunca poupou esforços para resgatar e divulgar compositores essenciais de nossa música. Homenageamos porque o samba resiste, se mantém e se fortalece por pessoas como ela, exemplos que inspiram este projeto e nossa defesa da cultura brasileira. Chama Cristina Buarque!

PROGRAMAÇÃO BLOCO DE SHOWS

29/04/2025

Fabiana Cozza

06/05/2025

Adriana Moreira

13/05/2025

Claudio Jorge

20/05/2025

Thobias da Vai-Vai

27/05/2025

Roque Ferreira

03/06/2025

Raquel Tobias

10/06/2025

Aldo Bueno

17/06/2025

Sergio Santos

24/06/2025

Carlinhos Vergueiro

01/07/2025

Nei Lopes

CONVIDADOS

FABIANA COZZA – 29/04/2025

Reconhecida como uma das grandes vozes de sua geração, Fabiana Cozza é elogiada por sua técnica impecável e sua capacidade dramática no palco, sendo comparada a ícones como Elis Regina, Elizeth Cardoso e Clara Nunes. Seu talento notável foi coroado com troféus no Prêmio da Música Brasileira, onde foi premiada como “Melhor Cantora de Samba” em 2012 e pelo seu “Melhor Álbum em Língua Estrangeira” em 2018, demonstrando sua versatilidade e excelência em diferentes estilos musicais.

Possui uma trajetória de envolvimento social, tendo sido presidente do grêmio estudantil de sua escola, e também pesquisa e atuação em prol da cultura negra, elementos que se manifestam na sua obra. Também participou do disco “Sobras Repletas”, homenagem realizada pela AMAR/SOMBRÁS e CPC-UMES ao grande compositor Maurício Tapajós, gravando a música “Vou Deixar pra Amanhã”.

Os álbuns mais recentes de Fabiana Cozza, “Dos Santos” (2020) e “Urucungo” (2023), são o testemunho vivo de sua posição como herdeira das ricas tradições afro- brasileiras. Com sua voz poderosa e interpretações emotivas, ela não apenas celebra as influências africanas no panorama musical brasileiro, mas também as reinscreve no cenário contemporâneo, revitalizando e renovando sua importância para as gerações presentes e futuras.

ADRIANA MOREIRA – 06/05/2025

Adriana Moreira, intérprete e pesquisadora, possui um trabalho dedicado às diversas linguagens da música afro-brasileira. Nascida na cidade de São Paulo, onde conviveu com lideranças do movimento negro. Pelas mãos da mãe, frequentou a Escola de Samba Camisa Verde e Branco e as rodas de samba paulistanas. Foi também influenciada pela trajetória do avô, Jayme de Aguiar, jornalista, professor, fundador de um dos principais jornais da Imprensa Negra de São Paulo “O Clarim da Alvorada”. Essa vivência transborda em sua voz e é a essência do seu trabalho musical potente, com a força de quem é fruto e raiz do Samba, da ancestralidade de África e Brasil.

Adriana possui dois álbuns em carreira solo, Direito de Sambar (2004), que traz composições do baiano Batatinha, e Cordão (2015), pelo qual recebeu o Prêmio Catavento da Rádio Cultura na categoria Melhor Disco de Samba, e com o qual participou do Festival de Música de Marrocos – Visa For Music, representando o Brasil. Em 2025 lançará seu terceiro álbum de carreira, intitulado Roda, com canções inéditas, pela gravadora YB Music.

CLÁUDIO JORGE – 13/05/2025

O compositor, violonista, cantor, arranjador e produtor musical Cláudio Jorge é criador de um estilo próprio de tocar violão. Se tornou referência no instrumento com o qual acompanhou – ao longo de cinquenta anos de carreira – nomes como Martinho da Vila, João Nogueira, Nelson Gonçalves, Wilson Das Neves, Cartola, Leila Pinheiro, Ismael Silva e outros.

Como violonista atuou em centenas de gravações no Brasil, e no exterior, nos discos de Roberto Ribeiro, Beth Carvalho, Alcione, Renato Russo, Lisa Ono, Sérgio Mendes, Dione Warvick e outros.

Por sete anos foi o guitarrista da banda de Sivuca, através de quem conheceu mais profundamente a cultura nordestina. Gravou em vários discos do mestre do acordeom e foi com Sivuca que aprimorou a técnica de tocar em grupo.

Em 2020, seu CD Samba Jazz de Raiz Cláudio Jorge 70 foi agraciado com o prêmio Grammy Latino, como melhor disco na categoria Samba.

O show no Noitada de Samba na Umes será uma viagem pelos seus álbuns gravados desde 1980 até o mais recente, pontuada com histórias da sua carreira e dos seus parceiros.

THOBIAS DA VAI-VAI 20/05/2025

Thobias da Vai-Vai iniciou sua carreira como intérprete no então bloco Gaviões da Fiel. Em 1984 passou a integrar o Vai Vai, como intérprete oficial. Durante a década de 90 foi também Vice-Presidente e Presidente da escola. Com a tradicional agremiação obteve nove títulos do carnaval paulistano. Em 40 anos de carreira participou de inúmeras gravações, com artistas como Beth Carvalho, Osvaldinho da Cuíca, Demônios da Garoa, entre tantos outros.

Tem oito discos solo de carreira. Viajou por diversos países do mundo com espetáculos de samba e carnaval, em turnês pelo Caribe, Argentina, Uruguai, Paraguai, Coréia e China, ao lado de Sargentelli, e também com seu próprio espetáculo. Em 2006, Thobias participou como ator dos filmes “Antônia” e “O Cheiro do Ralo”. Como radialista, realizou programas nas rádios FM Imprensa, Brasil 2000 e América.

É também um dos fundadores da Afrobrás – Sociedade Afrobrasileira de Desenvolvimento Sociocultural, a mantenedora da UniPalmares – Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares, da qual é ‘Presidente de Honra’. Circulou com seu espetáculo “O Templo da Gafieira”, que deu origem ao seu único DVD. Em 2013 passou a integrar o elenco do espetáculo “Sampa, O Musical”, dirigido por Ulysses Cruz. No mesmo ano, participou do carnaval de Calabar, na Nigéria, com seu grupo Brasil Samba Show. Em 2023, atuou como ator e cantor no musical “O Homem da Máscara de Ferro”, dirigido também por Ulysses Cruz.

ROQUE FERREIRA – 27/05/2025

Compositor, cantor e escritor. Nascido em Nazaré das Farinhas, começou a compor aos 14 anos, quando mudou-se para Salvador. Publicitário, trabalhou em várias agências durante 20 anos, abandonando a profissão para dedicar-se somente à música.

Compositor de mais de 400 canções, gravado por Clara Nunes, João Nogueira, Roberto Ribeiro, Alcione, Martinho da Vila, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Mariene de Castro, Maria Bethânia, Dona Edith do Prato, Fabiana Cozza, Roberta Sá, Pedro Miranda, Mônica Salmaso, e Zélia Duncan, Roque Ferreira é nome fundamental para compor a paisagem sonora brasileira dos séculos XX e XXI.

A obra abarca o riquíssimo universo do samba de roda do Recôncavo Baiano, patrimônio imaterial da humanidade, tombado pela Unesco, mergulha e reverencia a mitologia do Candomblé, e se espalha pela imensa diversidade do samba, para além da cultura baiana, misturado e consagrado no samba urbano, que se produz no Brasil todo, sobretudo no mercado fonográfico estabelecido no Sudeste.

Autor de grandes sucessos, como Samba pras Moças, lançado por Zeca Pagodinho em 1995, Roque é parceiro de importantes pilares da MPB, como Paulo César Pinheiro, Ederaldo Gentil, e também de nomes de uma geração mais recente de sambistas, como Dudu Nobre, Toninho Geraes e Mariene de Castro. A mesma transversalidade no tempo se nota em seus intérpretes: de Maria Bethânia e Martinho da Vila a Roberta Sá e Pedro Miranda.

RAQUEL TOBIAS – 03/06/2025

Raquel Tobias é compositora, cantora e intérprete paulista com vasto repertório de referências no samba raiz, samba contemporâneo, samba rock, soul e MPB. Possui timbre único, identidade forte, maestria e autenticidade no palco. Atualmente é intérprete das escolas de samba Moro da Casa Verde e Estrela do Terceiro Milênio, a última pertencente ao grupo especial das escolas de samba paulistas.

Começa sua carreira como pastora em um projeto paulista de roda de compositores chamado “Samba de Todos os Tempos”(2006), participando do lançamento do álbum independente “Samba de Todos os Tempos” (2014) e da coletânea independente “SP em retalhos”, um projeto de gravação de mulheres sambistas em São Paulo. Em 2012 Raquel Tobias se torna intérprete de escolas de samba em São Paulo e em Minas Gerais. No final de 2015 é convidada a ser a cantora principal do projeto “Resgatando Raízes”, que tem como intuito reconhecer toda mulher sambista e dar suporte resgatando talentos ainda no anonimato, trabalho que desenvolve até a atualidade.

ALDO BUENO – 10/06/2025

Aldo Bueno começou sua carreira de intérprete nos anos 1970, apadrinhado pelo baluarte Geraldo Filme. Incentivado por ele, assumiu o microfone no Paulistano da Glória e, tempos depois, seria intérprete da Vai-Vai, conduzindo o bicampeonato da escola em 1982 com o inesquecível samba “Orum Ayê – O Eterno Amanhecer”. Foi co-fundador da Banda Redonda, uma das mais antigas e tradicionais do carnaval paulistano, sob a tutela do dramaturgo Plínio Marcos. Com sua voz potente e marcante, dividiu o palco com nomes como Riachão, Moacyr Luz, Beth Carvalho, Nelson Sargento e o grupo Fundo de Quintal.

Como ator, participou de uma série de peças importantes no teatro, como “Ópera do malandro” e “Gota D’Água”, de Chico Buarque, e “Arena Conta Zumbi”. Além de inúmeros filmes, como “O Homem que Virou Suco” (1981), “Eles Não Usam Black Tie” (1981) e “A Próxima Vítima” (1983), onde ganhou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado de 1984.

É amigo de longa data do CPC-UMES. Foi apresentador e dividiu palco com os convidados no histórico “Fina Flor do Samba”, participou do espetáculo “História do Samba Paulista” e do disco de mesmo nome e também atuou no projeto “Balé de Arte Negra da UMES”. Em 2019 o CPC-UMES realizou uma exposição em homenagem à carreira desse grande artista.

SÉRGIO SANTOS – 17/06/2025

Cantor, violonista, arranjador e compositor mineiro, nascido em Varginha, sul de Minas Gerais. Possui longa trajetória musical, tendo participado em 1982 como cantor do espetáculo “Missa dos Quilombos” de Milton Nascimento. Em 1991, conhece o poeta Paulo César Pinheiro que vem a se tornar o seu grande parceiro. Com ele compõe uma obra de mais de 300 músicas. Essa obra é cantada por artistas como Leila Pinheiro, MPB4, Alcione, João Nogueira, Mônica Salmaso, Fátima Guedes, Olívia Hime e Milton Nascimento. É parceiro também de nomes como Francis Hime, Olívia Hime, Murilo Antunes, Fernando Brant, Joyce e André Mehmari.

Tem 10 discos gravados, nos quais participam artistas como Dori Caymmi, Raphael Rabello, Mônica Salmaso, Leila Pinheiro, Sivuca e Francis Hime. Sergio foi vencedor do Prêmio Rival BR em 2002, como o Melhor Disco do Ano, com seu CD ÁFRICO. Esse disco foi o primeiro a integrar a Discoteca Básica do Século XXI do Museu da Imagem e do Som. Em 2009 é indicado ao 11º Grammy Latino por seu CD LITORAL E INTERIOR. Já se apresentou em alguns dos mais importantes palcos do mundo, como o Hollywood Bowl em Los Angeles, no Herbst Theater em San Francisco, no Blue Note em Tokyo, e na sede da Unesco em Paris.

CARLINHOS VERGUEIRO – 24/06/2025

Carlinhos Vergueiro iniciou a carreira artística em 1973, gravando dois compactos quando ainda trabalhava na Bolsa de Valores de São Paulo. Em 1974 lançou “Brecha”, seu primeiro disco, quando passou a viver exclusivamente de música, o que faz até hoje. Em 1975 venceu o Festival Abertura na Rede Globo de Televisão, com a música “Como um Ladrão”, de sua autoria.

Ainda que o samba o tenha consagrado com composições como “Torresmo à Milanesa” (parceria com Adoniran Barbosa), “Dia Seguinte” (com J. Petrolino), “Lições de Vida” (com Toquinho) e “Leve” (dele e Chico Buarque), Carlinhos sempre teve a inspiração a serviço dos encontros. Isso o permitiu, ao longo das últimas décadas, interpretar Belchior ou Nelson Gonçalves, ser autor de boleros, ou valsas, e atuar como produtor musical de Chico Buarque, Geraldo Filme e Nelson Cavaquinho.

Trabalhou também como produtor fonográfico, tendo sido responsável pelos LPs “Geraldo Filme” (1980), “As flores em vida” (1985), último disco de Nelson Cavaquinho, “A ópera do malandro” (1985), de Chico Buarque – filme de Ruy Guerra – e pelo trabalho que reuniu sambas inéditos do compositor Candeia, em 1986.

NEI LOPES – 01/07/2025

Destacando-se inicialmente como compositor de música popular, consolidou um amplo repertório gravado, a partir de 1972, por grandes nomes da música popular brasileira, como Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Elza Soares, Elizeth Cardoso, Fátima Guedes, Grupo Fundo de Quintal, Guinga, Ivan Lins, MPB4, Zeca Pagodinho, Zezé Motta, entre outros, além de registros em sua própria voz.

Intérprete de suas próprias canções, Nei Lopes tem vários discos gravados, em registros solo ou em conjunto com outros artistas, como o CD “Nei Lopes – De Letra & Música” (Velas, 2000), em que recebe convidados como Chico Buarque, Emílio Santiago, Dona Ivone Lara, Martinho da Vila, entre outros. No ano de 1999 lança pelo CPC-UMES o disco “Sincopando o Breque”, que busca destacar o sofisticado samba sincopado. Em 2005, seu CD “Partido ao Cubo” (Fina Flor) foi eleito o melhor disco de samba no Prêmio da Música Brasileira.

A partir de 1981, Nei Lopes se tornou escritor profissional. Desde então, vem publicando vasta obra de estudos africanos, centrada em livros de referência, sendo também autor de ensaios, romances, coletâneas de contos e de poemas. Essa produção também possui grande reconhecimento, já tendo conquistado dois Prêmios Jabuti.

Estudantes protestam contra desmonte das ETECs por Tarcísio: “Quer justificar a privatização do ensino”

Tetos caindo, alagamentos, goteiras, fala de ventiladores, infestação de pragas e falta de merenda, essa é a realidade dos estudantes da maioria das Escolas Técnicas do Estado de São Paulo sob o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Diante da gravidade da situação, estudantes da maioria das escolas técnicas da capital paulista realizaram um importante ato, nesta quinta-feira (10), em frente à sede do Centro Paula Souza (CPS), para denunciar o descaso do governo com a maior rede estadual de ensino técnico do país.

O ato convocado pela União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) contou com a participação de escolas técnicas de toda a cidade, que denunciaram a gravíssima situação de desmonte do ensino técnico pelo governo Tarcísio.

“Eu queria ver se o filho do Tarcísio, se o filho de qualquer parlamentar que quer privatizar as escolas, que faz descaso do investimento da educação, fosse comer na ETEC e visse os pombos em cima dos pratos, visse larva nas comidas, visse a falta de estrutura das ETECs”, desabafou o estudante Pedro Alves, presidente do grêmio da ETEC Getúlio Vargas, uma das principais escolas da cidade, durante o ato.

A presidente da UMES, Valentina Macedo, denunciou o descaso do governo Tarcísio com a educação.

“Não são casos isolados, é uma situação generalizada que está acontecendo nas ETECs do Estado de São Paulo. São dezenas de denúncias de escolas com estruturas completamente precarizadas, falta de professores, merenda de qualidade muito baixa. É por isso que os estudantes estão nas ruas hoje”, destacou Valentina.

O ensino técnico de São Paulo resistiu por muitos anos e mantendo-se como referência nacional em educação profissionalizante. Contando atualmente com 228 ETECs, que atendem mais de 224 mil estudantes em diferentes modalidades de ensino. São oferecidos 262 cursos, incluindo 118 técnicos (presenciais, semipresenciais e online), 109 cursos de Ensino Médio integrado ao Técnico (35 em tempo integral) e 35 especializações técnicas. Assim como as Universidades Estaduais, as escolas técnicas são vinculadas à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e não à Secretaria de Educação.

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EDUCAÇÃO PRECARIZADA

Entretanto, o governo Tarcísio tomou por decisão desmontar a principal estrutura de ensino profissionalizante do país, como faz nas escolas de Ensino Médio regular, que passaram a conviver com o corte de mais de R$ 12 bilhões do orçamento da Educação e a ameaça de privatização das unidades.

Isaac Rocha, presidente do grêmio da ETEC Albert Einstein, denunciou situação absurda que vivem na escola. “A situação que temos hoje na escola é de teto caindo, de laboratório com professor não conseguindo dar aula no laboratório e aluno ficando doente por conta do mofo no laboratório. É aluno sendo picado por aranha. É a ETEC avisar às sete e meia no portão da escola que não tem energia para ter aula. É ETEC não ter aula de laboratório porque o laboratório está alagado”, denunciou.

Arthur Vedovelli, diretor de escolas técnicas da UMES e estudante da ETEC Albert Einstein, destacou que os estudantes foram às ruas cobrar uma resposta do que está acontecendo hoje nas nossas ETECs.

“Desde o começo do ano o número de denúncias nessas unidades aumentaram brutalmente. A gente precisa de uma resposta para saber o porquê que tem teto caindo, tem parede sendo derrubada, porque não dá mais para estudar nessas condições”, disse.

“Além da infraestrutura a gente está com um problema de novo com merenda, está com um problema de novo na limpeza das escolas e também na falta de professores. Então estamos unificando aqui para marcar o início de uma luta novamente, assim como fizemos na luta pela conquista das merendas, pelo passe livre, os estudantes das Etecs estão prontos para travar essa trincheira novamente. Vamos juntos pela melhoria de nossas Etecs”, destacou.

Uma das escolas técnicas mais tradicionais de São Paulo, a ETEC Carlos de Campos (ETE KK), é uma das maiores vítimas da crise do ensino em São Paulo. “Na minha ETEC temos professores qualificados, temos uma gestão qualificada, só que eles não conseguem dar conta da falta de investimento, da falta de dinheiro mesmo, pra conseguir fazer a manutenção da escola. O prédio é antigo, já tem 115 anos, e a gente precisa de uma manutenção muito assídua, até porque sempre tem a necessidade de manutenções em prédios tombados”, disse Selene, presidente do grêmio do KK.

“A gente lida com ratos na escola, por causa que não tem dinheiro pra fazer detetização, a gente lida com barata, a gente lida com a parede caindo, a gente lida com o teto ameaçando cair, muita infiltração na escola por causa de problemas no teto, a gente já pediu três vezes pra virem fazer a reforma do teto e não vem”, denunciou.

“Estamos nos mobilizando, lutando para conseguir fazer alguma mudança. A gente não consegue fazer toda a mudança por causa do que falta verba, falta dinheiro, isso é papel do governo. Estamos cobrando isso, eles vão ter que lidar com a gente”, destacou Selene.

PRÉDIOS NOVOS, PROBLEMAS ANTIGOS

Não são apenas os prédios antigos que estão sofrendo com a destruição de Tarcísio. Maria Eduarda, presidente do Grêmio da ETEC Parque da Juventude, uma construção que tem apenas 18 anos, é uma das maiores vítimas da precarização. “Hoje em dia a ETEC Parque da Juventude, ela se encontra no estado precarizado. A nossa escola tem um buraco que já está fazendo aniversário, já está há mais de quatro anos na escola, e isso causa risco à saúde e à vida dos alunos. Ficamos sem energia semana passada, e nossas aulas tiveram que ser suspensas”, denunciou.

“Em dias de chuva, chove mais dentro da escola do que fora, e a gente não tem circulação de ar, então a nossa escola é extremamente quente em dias quentes e os ventiladores não funcionam. A nossa escola está cada vez mais precarizada e a gente cada vez está ficando mais sem estrutura”, disse Maria Eduarda.

Monalisa da ETEC de Perus também denuncia o desmonte. “É uma ETEC nova, ela é de 2010, e a gente já pode encontrar pisos estourando durante aulas, teto caindo no carro de professores e, além da falta de estrutura, também temos o descaso na comida. Vários animais que têm acesso a essa comida. Às vezes não tem nem mistura, os estudantes tendo que comer arroz e feijão puro, porque não tem mistura, isso quando a tia não tira do próprio bolso dela”, disse.

Ryan Alexander da Silva, presidente do Grêmio da ETEC de Artes e diretor de Comunicação da UMES, também mostra a situação precária. “A ETEC de Artes é a única escola da rede voltada exclusivamente para cursos artísticos, uma referência na cidade e no estado de São Paulo. Mas o título de “escola perfeita” definitivamente não nos pertence. Os cursos técnicos estão completamente sucateados: faltam matérias, instrumentos e, principalmente, professores. O curso de Dança, por exemplo, está sem docentes em três disciplinas”, disse.

“A precarização vai muito além da parte didática. Temos diversos banheiros interditados, sem tranca, sem tampa, e até itens básicos como papel higiênico e detergente estão em falta. Há infestação de baratas, e quando chove, entra mais água na escola do que fica do lado de fora a energia elétrica cai sempre nessas ocasiões. Algumas salas já foram interditadas por alagamento. E para piorar, em fevereiro, o período noturno passou uma semana sem carne e salada, porque não havia o suficiente para todos os turnos”.

“Estamos aqui neste ato para mostrar que esse não é um problema isolado da nossa Etec, mas sim uma realidade em diversas outras unidades. Exigimos uma resposta e uma resolução imediata por parte do Centro Paula Souza. E, principalmente, queremos dizer ao governador Tarcísio que, se ele acha que vai atacar a educação técnica com essa onda de sucateamento, está muito enganado. Aqui tem estudante de luta, bem organizado, que só sairá das ruas quando tivermos um ensino técnico de qualidade, à altura dos nossos sonhos”, completou.

MOBILIZAÇÃO CONTINUARÁ

Ao encerramento do ato, uma comissão formada pela presidente da UMES e representantes de escolas técnicas se reuniu com o superintendente do Centro Paula Souza e cobrou um posicionamento sobre o descaso com as escolas.

Valentina explicou que o Centro Paula Souza ficou de realizar um levantamento dos problemas nas escolas junto aos diretores e supervisores e, somente no dia 15 de maio, apresentar uma resposta aos estudantes.

Na avaliação da presidente da UMES, a “mobilização de hoje é só o início de um grande movimento em defesa das ETECs”. “Nós aglutinamos muita gente, fizemos uma grande denúncia do descaso do governo com a situação das ETECs e vamos continuar nas ruas”, disse.

“Vamos preparar um verdadeiro dossiê de todos os problemas das Escolas Técnicas e vamos levar ao Centro Paula Souza. Muita gente ainda vai se somar a esse movimento e sairemos vitoriosos”, ressaltou a líder estudantil.

 

Veja imagens do ato:

JORNAL DOS ESTUDANTES – Detonar todos os parasitas e combater o entreguismo!

Já está no ar a nova edição do Jornal dos Estudantes!

Nesta edição, trazemos um especial sobre as lutas dos estudantes da cidade de São Paulo para o ano de 2025, sob a bandeira de “Detonar todos os parasitas e combater o entreguismo!”

Os estudantes de São Paulo terão tarefas árduas neste ano. Enfrentar o parasitismo financeiro que suga, por meio dos juros, os recursos que deveriam investidos no desenvolvimento do país. Além de lutar contra a destruição do ensino de São Paulo pelo governo Tarcísio de Freitas.

Isso e muito mais no Jornal dos Estudantes: 

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Viva Denoy: Bloco UMES Caras Pintadas leva alegria e homenagens em seu 32º desfile

Na última terça-feira (25), as ruas do tradicional bairro do Bixiga, no centro da capital paulista, foram tomadas pela alegria e pela cultura popular durante o desfile do Bloco UMES Caras Pintadas. Este ano, o bloco homenageou Denoy de Oliveira, fundador do Centro Popular de Cultura (CPC) da UMES, celebrou a memória do sambista Kaká Silva, além de reverenciar o legado do dramaturgo Plínio Marcos.

O desfile, que já é um dos mais tradicionais do Carnaval de São Paulo, reuniu foliões de todas as idades, que cantaram e dançaram ao som da marchinha composta por Vagner Maciel. A música, entoada com entusiasmo pelos participantes, ecoou pelas ruas do Bixiga, levando consigo a história e a resistência da cultura popular brasileira.

A presidente da UMES, Valentina Macedo, destaca que o objetivo do bloco é o de espalhar a cultura popular. “O Bloco da UMES é sempre incrível, envolve bem a comunidade do Bixiga e também pessoal que vêm de fora. Acho que cumprimos nosso papel de espalhar cultura popular, com um Bloco de alta qualidade! Esse ano em especial se destacou pela energia”, comemorou.

“A animação da galera, o coro com nossa marchinha e o orgulho de ter como grande referência nossa Denoy de Oliveira! Posso dizer que a escolha do tema do nosso Bloco foi bem acertado e da uma prévia de bons projetos que virão esse ano”, completou Valentina.

Foto: César Ogata/UMES

HOMENAGENS

Denoy de Oliveira, figura central da homenagem deste ano, foi lembrado como um dos grandes nomes na luta pela democratização da cultura no Brasil.

Diretor, ator, produtor, dramaturgo, roteirista, compositor, Denoy de Oliveira foi um dos fundadores do Centro Popular de Cultura da UNE em 1963 e, a partir daí, passou a figurar entre os gigantes da cultura brasileira. Em 1964, após o fechamento do CPC pelo Golpe Militar, funda junto com Ferreira Gullar, Vianninha, João das Neves, Teresa Aragão, Paulo Pontes, Armando Costa e Pichin Plá o Grupo Opinião.

Dedicou sua vida à arte e cultura brasileira, sendo premiado nacional e internacionalmente por diversos filmes como 7 Dias de Agonia (O Encalhe) (1982), O Baiano Fantasma (1984) e A Grande Noitada (1997), além de curtas, médias e documentários. Em 1994 ajudou a fundar o Centro Popular de Cultura da UMES sendo um dos alicerces do trabalho da entidade estudantil secundarista de São Paulo.

O desfile começou com a tradicional roda de Capoeira da UMES, que abriu o cortejo com gingado e energia – Foto: César Ogata/UMES

Junior Fernandes, coordenador do bloco, destacou a importância de manter viva a memória de Denoy:

“O Bloco UMES Caras Pintadas fez uma homenagem a Denoy de Oliveira, que foi muito importante para a criação do Centro Popular de Cultura e é uma grande referência na luta da cultura popular brasileira. Ele deixou um legado que inspira gerações e que precisa ser celebrado”, afirmou.

Outro momento emocionante do desfile foi a homenagem ao sambista Kaká Silva, líder da banda “Companhia Paulista de Samba”, que por anos animou o bloco. Kaká, que faleceu há cerca de um mês, foi lembrado com carinho e saudade pelos participantes. “Kaká Silva era um sambista da maior categoria, e sua presença sempre foi fundamental para a nossa festa. Esta edição foi dedicada a ele, com muito amor e respeito”, completou Junior Fernandes.

TRADIÇÃO E RESISTÊNCIA

Após o desfile, a Bateria “Galo de Rinha”, do Bloco Kolombolo, agitou os presentes no encerramento da festa, fazendo referência à história de Plínio Marcos, dramaturgo que retratou as lutas e as dores da periferia em suas obras.

“A alegria tomou conta das ruas do Bixiga. Viva Denoy, viva Kaká Silva e viva Plínio Marcos!”, declarou Junior Fernandes, resumindo o espírito do evento.

O Bloco UMES Caras Pintadas, além de levar diversão aos foliões, reforça seu papel como um espaço de memória e luta cultural.

Neste ano, o 32º desfile do bloco mostrou que o Carnaval é mais do que uma celebração: é um ato de resistência e um tributo àqueles que dedicaram suas vidas à cultura popular.

VEJA AS IMAGENS DO BLOCO:

Mostra Permanente de Cinema Italiano chega à 10ª edição – CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

A Mostra Permanente de Cinema Italiano comemora sua 10ª edição. Desde 2016, já são mais de 350 sessões realizadas, que fizeram da nossa Mostra uma programação cultural tradicional de São Paulo e garantia de um bom programa de segunda-feira. 

Organizada pelo Centro Popular de Cultura da UMES, a Mostra é uma iniciativa para homenagear e difundir uma das cinematografias mais importantes do mundo. Infelizmente hoje o cinema italiano já não é muito acessível por outros meios, como serviços de streaming ou até mesmo na programação de outros espaços de cinema, abarrotados de obras da indústria americana dominante. 

Situada no coração do Bixiga, a Mostra Permanente de Cinema Italiano acontece todas as segundas-feiras, às 19h, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira. Neste ano, apresentaremos 43 filmes na programação normal, além de uma sessão mais do que especial em um sábado. Vinte e cinco dos mais expressivos diretores italianos compõem a programação especial de dez anos da Mostra e representam a amplitude do cinema clássico daquele país. Ao longo do ano, para comemorar esse marco de uma década de bons filmes e grandes amizades com o nosso público mais fiel, estamos preparando algumas surpresas. Participe! 

 

PROGRAMAÇÃO:

 

03/02 – O BAILE

Ettore Scola (1982), 112 min. Musical/Comédia

 

10/02 – OS AMORES DE UM DEMÔNIO

Ettore Scola (1966), 103 min. Comédia/História

 

17/02 – FORTUNELLA

Eduardo De Filippo (1958), 101 min. Drama

 

24/02 – A MULHER DE DOMINGO

Luigi Comencini (1975), 109 min. Policial/Thriller

 

03/03 – CARNAVAL (NÃO HAVERÁ SESSÃO)

 

10/03 – QUANDO EXPLODE A VINGANÇA

Sergio Leone (1971), 157 min. Faroeste/Guerra 

 

15/03 – ERA UMA VEZ NA AMÉRICA
(SESSÃO ESPECIAL NO SÁBADO – 18H)

Sergio Leone (1984), 229 min. Crime/Faroeste

 

17/03 – MIMI, O METALÚRGICO 

Lina Wertmüller (1972), 121 min. Comédia/Drama

 

24/03 – TUDO CERTO, MAS NADA EM ORDEM

Lina Wertmüller (1974), 105 min. Comédia/Drama

 

31/03 – MEDITERRÂNEO 

Gabriele Salvatores (1991), 96 min. Comédia/Guerra

 

07/04 – AS BRUXAS

Mauro Bolognini, Franco Rossi, Luchino Visconti, Pier Paolo Pasolini, Vittorio De Sica (1967), 121 min. Comédia/Romance

 

14/04 – O MESSIAS

Roberto Rossellini (1975), 140 min. Drama/História

 

21/04 – SÓCRATES

Roberto Rossellini (1971), 120 min.  Drama/História 

 

28/04 – OS DIAS SÃO NUMERADOS

Elio Petri (1962), 100 min.  Drama

 

05/05 – JUÍZO FINAL 

Elio Petri (1976), 133 min. Thriller/Ficção policial 

 

12/05 – GAVIÕES E PASSARINHOS

Pier Paolo Pasolini (1966), 89 min. Comédia/Fantasia

 

19/05 – DECAMERON

Pier Paolo Pasolini (1971), 112 min. Comédia/Erótica

 

26/05 – BELÍSSIMA

Luchino Visconti (1951), 114 min. Drama 

 

02/06 – O ESTRANGEIRO

Luchino Visconti (1967), 104 min. Drama

 

09/06 – DEUSES MALDITOS

Luchino Visconti (1969), 157 min. Guerra/Thriller

 

16/06 – SEDUZIDA E ABANDONADA

Pietro Germi (1964), 115 min. Comédia

 

23/06 – COMO VIVER COM TRÊS MULHERES 

Pietro Germi (1967), 100 min. Comédia/Drama

 

30/06 – O POSTO

Ermanno Olmi (1961), 93 min. Drama

 

07/07 – OS NOIVOS

Ermanno Olmi (1963), 77 min. Drama

 

14/07 – O MONSTRO NA PRIMEIRA PÁGINA

Marco Bellocchio (1972), 93 min. Drama Político

 

21/07 – MEUS CAROS AMIGOS

Mario Monicelli (1975), 140 min. Comédia

 

28/07 – MEUS CAROS AMIGOS 2

Mario Monicelli (1982), 130 min. Comédia

 

04/08 – MEUS CAROS AMIGOS 3

Nanni Loy (1985), 110 min. Comédia

 

11/08 – OS QUATRO DIAS DE NÁPOLES

Nanni Loy (1962), 124 min. Guerra/Drama

 

18/08 – A NOITE DO MASSACRE

Florestano Vancini (1960), 110 min. Guerra/Drama

 

25/08 – AMARCORD

Federico Fellini (1973), 127 min. Comédia/Drama

 

01/09 – A DOCE VIDA

Federico Fellini (1960), 174 min. Comédia/Drama

 

08/09 – ENTREVISTA

Federico Fellini (1987), 105 min. Comédia/ Falso Documentário 

 

15/09 – O DESERTO DOS TÁRTAROS

Valerio Zurlini (1976), 140 min. Drama

 

22/09 – BRINQUEDO LOUCO

Marco Ferreri (1968), 85 min. Comédia/Drama

 

29/09 – DILLINGER ESTÁ MORTO

Marco Ferreri (1969), 90 min. Crime/Thriller 

 

06/10 – O INCRÍVEL EXÉRCITO DE BRANCALEONE

Mario Monicelli (1966), 120 min. Comédia/Aventura

 

13/10 – GOLPE DE ESTADO À ITALIANA

Mario Monicelli (1973), 105 min. Comédia

 

20/10 – ESSE CRIME CHAMADO JUSTIÇA

Dino Risi (1971), 103 min. Comédia Política

 

27/10 – CONHEÇO BEM ESSA MOÇA 

Antonio Pietrangeli (1965), 97 min. Comédia/Drama

 

03/11 – FANTASMAS EM ROMA

Antonio Pietrangeli (1961), 100 min. Comédia/Fantasia

 

10/11 – O CONFORMISTA

Bernardo Bertolucci (1970), 113 min. Drama Político

 

17/11 – MILAGRE EM MILÃO

Vittorio de Sica (1951), 100 min. Comédia/Fantasia

 

24/11 – AMARGO DESPERTAR

Vittorio de Sica (1973), 112 min. Romance/Drama

 

01/12 – MATRIMÔNIO À ITALIANA

Vittorio de Sica (1964), 102 min. Comédia/Romance

 

DIRETORES APRESENTADOS NA EDIÇÃO DE 2025

 

ETTORE SCOLA (1931-2016)

Nasceu em Trevico. Ingressou no cinema como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpasso”, 1962). Seu primeiro filme foi “Fala-me de Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), tocante painel da Itália pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Splendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.

 

EDUARDO DE FILIPPO (1900-1984)

 

De Nápoles, foi dramaturgo, diretor, roteirista e ator. Assim como seu pai, Eduardo Scarpetta, Eduardo De Filippo foi um dos autores mais representativos do teatro popular napolitano. Diversos membros da família Scarpetta/De Filippo se consagraram por sua atuação no teatro e posteriormente no cinema. Por sua contribuição e defesa da cultura popular italiana, Eduardo De Filippo foi nomeado senador vitalício da Itália em 1981.

Já estabelecido no teatro, De Filippo começou a trabalhar com cinema em 1932. Seu primeiro filme como diretor foi “In campagna è caduta una stella” (1940), no qual também atua junto com seu irmão Peppino. Colaborou com Vittorio de Sica em alguns filmes, como no roteiro de “Matrimônio à Italiana” (1964), refilmagem da peça “Filumena Marturano” (1946) do próprio Eduardo. Entre seus filmes de sucesso estão: “Nápoles Milionária” (1950), “Napolitani a Milano” (1953), “Miseria e Nobiltà” (1955) e “Le Voci di Dentro” (1978).

 

LUIGI COMENCINI (1916-2007)

 

Nasceu em Bréscia. Roteirista e diretor com mais de 40 filmes em sua carreira. Junto a Dino Risi, Ettore Scola e Mario Monicelli, é considerado um dos mestres da commedia all’italiana. “Retorno ao Lar” (1960) é um de seus principais filmes. A comédia “Pão, Amor e Fantasia” (1953) levou o Urso de Prata em Berlim, em 1954. Ganhou o David di Donatello de Melhor Diretor e foi indicado à Palma de Ouro com o filme “Quando o Amor é Cruel” (1966). Em 1974, seu filme “Delitto d´amore” representou a Itália em Cannes e, em 1986, dirigiu “Un ragazzo di Calabria”, apresentado no Festival de Veneza em 1987, em edição em que Comencini recebeu o Leão de Ouro pela sua carreira.

 

SERGIO LEONE (1929-1989)

 

Diretor de cinema, célebre por seu impacto nos filmes de “velho oeste”. Nasceu em Roma e tornou-se um ícone do cinema mundial com sua abordagem estética inovadora. Leone ganhou reconhecimento principalmente pela “trilogia dos dólares”, estrelando Clint Eastwood, que redefiniu o gênero western spaghetti. Sua direção caracterizava-se por closes intensos, trilhas sonoras marcantes e a ampliação dos silêncios dramáticos. Além do sucesso nos westerns, explorou outros gêneros, como o épico “Era Uma Vez na América”. Sua influência e visão única perduram, consolidando-o como um dos mestres do cinema.

 

LINA WERTMÜLLER (1928-2021)

 

Nascida em Roma, Arcangela Felice Assunta Wertmüller von Elgg Spanol von Braucich estudou teatro e trabalhou como assistente de direção de Giorgio Lullo nos anos 50. No cinema, foi assistente de Federico Fellini em “Oito e Meio” (1963). Estreou como diretora com “I Basilischi” (1963). Em 65, dirigiu o filme em episódios “Questa Volta Parliamo di Uomini” e para a televisão “Il Giornalino di Gian Burrasca”, adaptação do romance homônimo de Vamba. Assinou mais 17 longas, entre eles: “Mimi, o Metalúrgico” (1972), “Amor e Anarquia” (1973), “Pasqualino Sete Belezas” (1975), “Sábado, Domingo e Segunda” (1990), “Ninfa Plebeia” (1996). Em 2001, lançou “A Pequena Orfã”, telefilme estrelado por Sophia Loren, extraído do romance homônimo da escritora napolitana Maria Orsini Natale. Lina foi a primeira mulher indicada ao Oscar de Melhor Direção, por “Pasqualino Sete Belezas” e, em 2019, a cineasta foi agraciada com um Oscar pelo conjunto de sua obra.

 

GABRIELE SALVATORES (1950 – )

 

De Nápoles, Gabriele Salvatores começou pelo teatro. Em 1972, fundou em Milão o Teatro dell’Elfo. Em 1983, dirigiu seu primeiro filme “Sonhos de Uma Noite de Verão”, baseado na peça de Shakespeare. Em 89, voltou-se exclusivamente para o cinema. Em 1991, dirigiu  “Mediterrâneo”, Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Realizou também “Turné” (1990), a comédia “Puerto Escondido” (1992),”Sul” (1993),”Nirvana” (1997), “Eu Não Tenho Medo” (2003),  “Como Deus Manda” (2008), “Educação Siberiana” (2013), “Il Ragazzo Invisible” (2015).

 

MAURO BOLOGNINI (1922-2001)

 

Nasceu na Toscana. Formado em arquitetura, estudou cenografia na Academia Nacional Italiana de Cinema. Foi assistente de Luigi Zampa na Itália, e Yves Allégret e Jean Delannoy na França. Estreou em 1953 com ”Ci Troviamo In Galleria”. Seu primeiro sucesso de crítica e público foi “O Belo Antônio”, em 1960. Além do cinema, também dirigiu produções teatrais e óperas. Entre suas obras, estão: ”A Longa Noite das Loucuras’ (1959), ”Caminho Amargo” (1961), ”Desejo que Atormenta” (1962), ”As Bruxas” (1967) e ”A Grande Burguesia” (1974).

 

FRANCO ROSSI (1919-2000)

 

Foi diretor, roteirista e diretor de dublagem. Se formou em Direito e, na década de 30, dirigiu alguns espetáculos teatrais. Seu primeiro filme foi “I falsari”, em 1951, mas seu primeiro sucesso foi em 1954 com “Il seduttore”, estrelado por Alberto Sordi. Entre seus filmes mais conhecidos estão “Amigos do Peito” (1955), “Odissea Nuda” (1961) e “Smog” (1962).

Rossi foi também diretor de dublagem na Organização de Dubladores Italianos e dirigiu a dublagem de diversos filmes, como “Noites de Cabíria” (1957) e “A Doce Vida” (1960), de Federico Fellini.

 

LUCHINO VISCONTI (1906-1976)

 

Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, nasceu em Milão e descende da família Visconti da antiga nobreza italiana. Começou seu trabalho no cinema como assistente de Jean Renoir nos filmes “Toni” (1934), “Les Bas-Fonds” (1936), “Partie de Campagne” (1936). Ingressou no Partido Comunista da Itália em 1942. Seu primeiro filme como diretor foi “Obsessão” (1943). Voltou-se em seguida para o teatro. Em 1948, realizou “La Terra Trema”, um clássico do cinema neo-realista. Recebeu sua primeira premiação no Festival de Veneza (Leão de Prata), em 1957, pelo filme “As Noites Brancas” – baseado em conto de Fiodor Dostoievski. Em 1960, chega aos cinemas “Rocco e Seus Irmãos” e, em 63, o mais aplaudido de seus trabalhos, “O Leopardo”, adaptação do romance de mesmo nome de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Depois vieram “As Vagas Estrelas da Ursa” (1965), “O Estrangeiro” (1967), “Os Deuses Malditos” (1969), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig” (1972), “Violência e Paixão” (1974) e “O Inocente” (1976). Assina também a direção de 42 peças teatrais e 20 óperas encenadas entre 1945 e 1973.

 

PIER PAOLO PASOLINI (1922-1975)

 

De Bolonha, foi poeta, escritor e cineasta. Compôs os primeiros poemas em dialeto friulano, “Poesia a Casarsa” (1942). Seus romances “Vadios” (1954) e “Uma Vida Violenta” (1959) lhe asseguraram o êxito literário. Dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, escrevendo depois roteiros e realizando vários filmes, entre os quais “Accattone” (1961), “Mamma Roma” (1962), “O Evangelho Segundo Mateus” (1964), “Gaviões e Passarinhos” (1966), “Édipo Rei” (1967), “Teorema” (1968), “Medeia” (1969), “Pocilga” (1969), “Decameron” (1971). Repudiado pelo Vaticano, quando lançado em 1964 no Festival de Veneza, “O Evangelho…” foi reabilitado em 2014, um ano após a posse do Papa Francisco, como “o melhor filme já feito sobre a vida de Jesus Cristo”.

 

VITTORIO DE SICA (1901-1974)

Diretor, ator, escritor e produtor. Nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.

Voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Umberto D” (1951) – os dois primeiros realizados junto com Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Boccaccio 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).

 

ROBERTO ROSSELLINI (1906-1977)

 

De Roma. Seu pai era proprietário do Cine-Teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendados pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Nos últimos dias da ocupação nazista, levou a câmera às ruas para captar a insurreição popular que libertou a cidade em junho de 1944. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado no roteiro que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini. Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

 

ELIO PETRI (1929-1982)

 

Um dos mais fascinantes e irreverentes diretores de toda a Europa, o romano Elio Petri dirigiu os clássicos “Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita” (1970), “A Classe Operária Vai ao Paraíso” (1972) e “Juízo Final” (1976). Começou a carreira como crítico de cinema do L’Unità, jornal do Partido Comunista Italiano. Escreveu roteiros para Giuseppe De Santis, Carlos Lizzani e Dino Risi. Estreou na direção com “O Assassino” (1961). Realizou 13 longas, entre os quais “A Décima Vítima” (1965), “Condenado Pela Máfia” (1967), “A Propriedade não é mais um Furto” (1973). Seu cinema político combinava a abordagem marxista com uma alta capacidade cinematográfica na utilização de gêneros e estilos diversos, contribuindo para o debate do período, com observações sobre a sociedade e o poder, explorando questões sociais ainda hoje relevantes, como o crime organizado, a relação entre autoridades e cidadãos, o papel do artista, os direitos de classe e o consumismo.

 

PIETRO GERMI (1914-1974)

 

De Gênova, estudou teatro e direção em Roma no Centro Experimental de Cinematografia. Durante os estudos trabalhou como ator, assistente de direção e roteirista. Colaborou em grande parte dos roteiros dos filmes que dirigiu, e inclusive atuou em alguns deles. Após alcançar sucesso com dramas populares de corte neorrealista, passou a escrever e dirigir comédias satíricas. Tem entre suas obras “Em Nome da Lei” (1949), “Caminho da Esperança” (1950), “O Ferroviário” (1956), “O Homem de Palha” (1957), “Divórcio à Italiana” (1961), premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Original, “Seduzida e Abandonada” (1963) e “Confusões à Italiana” (1966), premiados no Festival de Cannes e, na Itália, com o David di Donatello.

 

ERMANNO OLMI (1931-2018)

De Bergamo, começou a dirigir documentários e curtas em 1953. Seu primeiro longa foi “O Tempo Parou” (1959). Dois anos depois, “O Posto” (1961) rende a Olmi o David di Donatello de Melhor Diretor. Em 1978, “A Árvore dos Tamancos” ganhou 18 prêmios, entre eles a Palma de Ouro e o Prêmio do Júri Ecumênico, em Cannes, e o César de Melhor Filme Estrangeiro, na França. 

Também dirigiu “A Lenda do Santo Beberrão” (1988), “O Segredo do Bosque Velho” (1993), “O Objetivo das Armas” (2001) e “Tickets” (2005), em parceria com o iraniano Abbas Kiarostami e o inglês Ken Loach. Apesar da saúde debilitada, lançou em 2014 mais um filme de sucesso, “Os Campos Voltarão”.

MARCO BELLOCCHIO (1939 – )

 

De Bobbio, na Emilia-Romagna. Estudou cinema em Roma, no Centro Experimental de Cinematografia, e depois em Londres. Dirigiu, aos 26 anos, seu primeiro filme, o polêmico e inconformista “De Punhos Cerrados” (1965), até hoje uma de suas obras mais vistas. Realizou cerca de 30 longas, entre os quais: “La China È Vicina” (1967), “O Monstro na Primeira Página” (1972), “A Hora da Religião” (2002), “Bom Dia, Noite” (2003), “Vencer” (2009), “O Traidor” (2019).

 

MARIO MONICELLI (1915-2010)

 

Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 colaborou em cerca de 40 filmes, como argumentista, roteirista e assistente de direção. Como diretor, estreia em parceria com Stefano Vanzina com “Totò Cerca Casa” (1949). A colaboração dos dois diretores gerou 8 filmes, entre eles, o célebre “Guardie e Ladri” (1951). “Os Eternos Desconhecidos” (1958), é considerado o primeiro do filão da commedia all`italiana. Em 1959, “A Grande Guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza e rendeu sua primeira indicação ao Oscar. A segunda viria em 1963, com “Os Companheiros”. Diversas outras obras merecem destaque em sua carreira de mais de 60 filmes: “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966), “Meus Caros Amigos” (1975), “Um Burguês Muito Pequeno” (1977), “Meus Caros Amigos 2: Quinteto Irreverente” (1982).

 

NANNI LOY (1925-1995)

 

Giovanni Battista Loy é de Cagliari, na Sardenha, e se formou em direção de cinema no Centro Experimental de Cinematografia de Roma, em 1948. Estreou como diretor (e escritor) com “Parola di Ladro” (1957), ao lado de Gianni Puccini, um filme sobre o mistério de um assassinato no pós-guerra. Loy passa a dirigir sozinho em 1959 com “Golpe dos Eternos Desconhecidos”. Nos anos seguintes assina dois filmes sobre a Resistência: “Um Dia de Leões” (1961) e “Os Quatro Dias de Nápoles” (1962), com Gian Maria Volontè, que ganhou o prêmio da Federação Internacional de Críticos de Cinema no 3º Festival de Moscou. Sua habilidade para a comédia e a sátira se expressa em obras como “O Pai da Família” (1967), “Café Express” (1980), “Mi Manda Picone” (1984) e “Scugnizzi” (1989).

 

FLORESTANO VANCINI (1926-2008)

 

Após alguns curtas e colaboração com Mario Soldati (1906-99) e Valerio Zurlini (1926-82), Vancini realizou em 1960 seu primeiro longa, “A Noite do Massacre”, que revive o massacre de 11 resistentes pelas brigadas fascistas da República de Salò. Com roteiro de Pier Paolo Pasolini (1922-1975), adaptado da coletânea “Cinco Histórias de Ferrara”, de Giorgio Bassani, o filme recebeu indicação para o Prêmio Primeira Obra e o Leão de Ouro, no 21º Festival de Veneza. Vancini dirigiu 15 longas, entre os quais, “La Calda Vita” (1963); “Le Stagioni del Nostro Amore” (1965), Prêmio da Crítica no Festival de Berlim; “Dio E’ Com Noi” (1970); “Bronte” (1972); “Il Delitto Matteotti” (1973); “Amore Amaro” (1974); “Un Dramma Borghese” (1983). Nos anos 1980, realizou séries para televisão: “La Neve nel Bicchiere” (1984) – história de três gerações de camponeses da planície ferrarense, sua terra natal – e “Lettera dal Salvador” (1987), telefilme político sobre médico francês em El Salvador no período da guerra civil, para a série francesa “Médecins des Hommes”.

 

FEDERICO FELLINI (1920-1993)

 

Nascido e criado em Rimini, na Emilia-Romagna. Se mudou para Roma em 1939, e começou escrever e desenhar caricaturas na revista Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema em 1942, redigindo histórias para o comediante Aldo Fabrizzi. A partir de 1945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada. Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978). “E La Nave Va” (1983).

 

VALERIO ZURLINI (1926-1982)

 

De Bolonha, estudava Direito quando ingressou na Resistência, em 1943. Depois da 2ª Guerra Mundial, foi assistente de direção no Piccolo Teatro de Milão. Realizou em 1954 seu primeiro longa: “Quando o Amor é Mentira”, baseado no romance “Le Ragazze di San Frediano” de Vasco Pratolini. Seu segundo longa, “Verão Violento” (1959), lhe trouxe notoriedade. “A Moça com a Valise” (1961) repetiu a dose. Mas Zurlini ficou mais conhecido por suas adaptações literárias: “Dois Destinos” (1962), adaptação de outro romance de Pratolini; “Mulheres no Front” (1965), baseado em romance de Ugo Pirro; “La Promessa” (1970) em uma peça de Aleksei Arbuzov e seu último filme “O Deserto dos Tártaros” (1976), em romance de Dino Buzzati.

 

MARCO FERRERI (1928-1997)

 

De Roma. Estudou Veterinária, mas trabalhou também como jornalista. Era conhecido por suas opiniões fortes e pontuais sobre socialismo e religião. Sua carreira começou com a efervescência cultural do pós-guerra, com uma série de documentários pedindo aos cineastas que parassem de enganar o público com seus filmes. Em 59, dirige seu primeiro longa, uma comédia espanhola chamada “El Pisito”. Em 61, inicia sua carreira na Itália, reunindo-se com Cesare Zavattini para um filme policial, “As Mulheres Acusam”. Os filmes de Ferreri se tornam mais críticos à sociedade moderna: “A Mulher Macaco” (1964) sobre como a sociedade enxerga e objetifica as mulheres. Entre seus filmes estão “Dilinger está Morto” (1969), “Liza (1972)”,  “A Comilança” (1973) e “Crônica de um Amor Louco” (1981).

 

DINO RISI (1916-2008)

 

O milanês Dino Risi formou-se em Psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista e trabalhou como assistente de direção. Nos anos 50, mudou para Roma, se tornando um dos grandes criadores da commedia all’italiana, junto a Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre eles: “Uma Vida Difícil” (1961), “Aquele que Sabe Viver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (1971). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu o Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.

 

ANTONIO PIETRANGELI (1919-1968)

 

Romano, escrevia resenhas de filmes para revistas. Como roteirista, destaca-se sua participação nas obras “Obsessão” (1943), de Visconti, e “Europa ’51” (1952), de Rossellini. Na direção, estreou em 1953 com o filme “O Sol nos Olhos”. “Adua e suas Companheiras” (1960) foi um filme de destaque. “Conheço Bem Essa Moça” lhe rendeu três Nastro d’Argento de Melhor Diretor, Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante (Ugo Tognazzi). Pietrangeli faleceu aos 49 anos enquanto trabalhava no filme “História de um Adultério”, finalizado por Valerio Zurlini.

 

BERNARDO BERTOLUCCI (1941-2018)

 

Filho do poeta e crítico de cinema Attilio Bertolucci, Bernardo Bertolucci nasceu em Parma. Começou ainda no final dos anos 50, quando realizou seus primeiros curtas, em 1959 e 1960. Em 1961, frequentou a Universidade de Roma, onde começou o curso de Literatura Moderna após trabalhar como assistente de direção em “Accattone”, de Pier Paolo Pasolini. Estreou como diretor em 1962 com “A Morte”.

Conhecido por sua versatilidade, Bertolucci tem entre suas obras “Antes da Revolução” (1964); o clássico “O Conformista” (1970), livre adaptação do livro homônimo de Alberto Moravia; o polêmico “O Último Tango em Paris” (1972), com Marlon Brando e Maria Schneider; o épico “1900” (1976), conhecido como o mais grandioso filme de sua carreira.

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Os estudantes de São Paulo já podem solicitar seu Bilhete Único Estudante para o ano letivo de 2025. Para fazer o pedido de um novo bilhete ou de revalidação do cartão que já possui, é preciso que a instituição de ensino tenha enviado sua matrícula à SPTrans.

Os alunos que vão utilizar o Bilhete Único pela primeira vez irão receber o seu cartão em casa ou no endereço que ele escolher. Para isso, é preciso completar o processo de solicitação e pagamento do valor de validação do benefício, que é de sete tarifas vigentes, ou R$ 35,00 via cartão de crédito, boleto ou PIX.

 

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Passo a passo

Para solicitar a primeira via ou revalidação do Bilhete Único Estudante, siga o passo a passo:

• Informe a Unidade de Ensino que deseja utilizar o Bilhete Único de Estudante no ano vigente;

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• Pague o valor de validação do benefício

Revalidação: Caso você já possua um Bilhete Único de Estudante ativo, será solicitada a confirmação do código do cartão para revalidá-lo, desde que o cartão esteja em perfeito estado de funcionamento e conservação, sem trincas ou envergaduras e com a foto e numeração impressas na parte frontal legíveis.

Atenção: você continuará utilizando este cartão, emitido em anos anteriores. Para ter direito a meia-entrada em shows e eventos, retire o selo de revalidação nos Postos de Atendimento;

Para quem já possui um cartão emitido a partir de 2019, mas deseja substituí-lo, selecione a opção para solicitar um novo cartão, confirme os dados enviados pela Unidade de Ensino, faça o envio de uma foto e um documento oficial, informe os dados de contato e um endereço para entrega de sua preferência. Os dados de contato são muito importantes pois é através do celular ou e-mail que serão enviados os avisos de andamento da emissão do novo cartão. Nestes casos, para quem quiser receber o cartão, será cobrado um valor de frete de três tarifas (R$ 15) somado ao valor da validação (R$ 35). Também haverá a opção de retirar o bilhete em um posto de atendimento da SPTrans, sem pagar o frete.

Cartões emitidos em 2018 e anos anteriores não podem mais ser revalidados. Quem possui este cartão e continua estudando em 2025 deve solicitar uma nova via e estará isento da taxa de frete.

O pagamento dos valores podem ser feitos por cartão de crédito, boleto ou PIX.

O aluno que escolher a opção do boleto deve aguardar a confirmação do pagamento (que leva até três dias úteis).  Importante: antes de imprimir o boleto, verifique se é o número do cartão que pretende revalidar e só assim imprima o boleto. O documento também pode ser pago em casas lotéricas.

Após a conclusão dessas etapas, a foto e o documento serão validados e o cartão será encaminhado para o endereço informado no momento do cadastro;

 

Desbloqueio

 

Ao receber o cartão, entre no site sptrans.dne.com.br e efetue o desbloqueio do Bilhete Único do Estudante para ativá-lo. Cartões emitidos em anos anteriores serão automaticamente bloqueados no momento do desbloqueio do novo cartão. A restituição do saldo remanescente estará disponível para recarga em até 72h.

DIRETORIA

2ª Mostra de Cinema Popular Chinês celebra os 75 anos da República Popular e 50 anos das relações Brasil-China

O ano de 2024 é marcado por duas importantes datas: O aniversário de 50 anos das relações diplomáticas entre a República Federativa do Brasil e a República Popular da China e o aniversário de 75 anos da fundação da República Popular da China. Para celebrar a amizade entre os povos dos dois países e a força de uma nação que une tradição e modernidade, desenvolvimento e soberania, a 2ª Mostra de Cinema Popular Chinês traz ao público uma seleção variada de filmes atravessando a história da China e suas mais belas histórias. 

Nossa homenagem aos 75 anos da Revolução Chinesa, será por conta do filme “Nascimento da Nova China” que narra os acontecimentos anteriores ao dia 1º de outubro de 1949, data da fundação da República Popular da China. O filme de Qiankuan Li e Guiyun Xiao foi produzido para celebrar os 40 anos da Revolução Chinesa.

Atravessando a história, o clássico “Primavera Numa Pequena Cidade” de Fei Mu foi produzido em 1948 e retrata a tentativa de reconstrução do país e das vidas pós-Segunda Guerra Mundial. Retratando a Velha sociedade e o surgimento de uma nova China, Fei Mu antecipa aos olhares cinematográficos o irromper da nação que aconteceria um ano após o lançamento do filme.

Do aclamado diretor Zhang Yimou, trazemos a comovente e real história de uma escola em uma pequena vila em “Nenhum a Menos” e o deslumbrante “Clã das Adagas Voadoras” apresenta uma obra-prima visual e uma intrigante história digna de um verdadeiro Wuxia.

A interessante comédia “Joia Maluca” é responsável por apresentar uma China desconhecida aos olhares ocidentais. O filme é uma reflexão sobre a China moderna, após a política de “Reforma e Abertura” e foi responsável por projetar o diretor Hao Ning com uma espetacular bilheteria por todo o país.

Para contar os feitos desta nação, “Ferrovia nas Nuvens” apresenta a dedicação do povo chinês e o avanço tecnológico que transformou todo o país ao longo do último século. A emocionante história é baseada na construção da linha ferroviária que conecta o Tibet ao resto da China e suas dificuldades, passando pelos 95 anos necessários para concluir a obra.

Para enriquecer nossa programação, convidamos novamente o Instituto Confúcio da UNICAMP através de nosso amigo Gao Qinxiang, Diretor Chinês do instituto, para realizar uma apresentação da música chinesa em nosso cine-teatro. Na ocasião, ele e o grupo de professores do Instituto Confúcio da UNICAMP irão apresentar um conjunto de músicas e danças do rico repertório tradicional do país.

Para comemorar os 50 anos da amizade Brasil-China, apresentaremos nas sessões de sexta e domingo, curtas produzidos por estudantes brasileiros na China durante o programa de intercâmbio Looking China.

Pedro Nishi comove os espectadores ao contar sobre a amizade de uma criança do interior da China e um jovem brasileiro em “Retratos Para Você”. Os costumes da família da garota que mora em Xinjiang são narrados enquanto acompanhamos sua rotina.

Os kuàizi (筷子) são os famosos palitinhos usados pelos chineses para se alimentarem e sua importância na cultura está registrada em “To Chopsticks” de Arthur Rodrigues Ribeiro.

O imaginário chinês está repleto de mitos que se misturam com o dia-a-dia. Em “Blessed Peaches” de Letícia Sillmann e Lígia Agreste, acompanhamos o fazendeiro Xu ao descrever o plantio de pêssegos enquanto narra os antigos mitos acerca da fruta.

PROGRAMAÇÃO

Quinta (05/12)

19h – Nenhum a Menos

Sexta – (06/12) 

19h – 

Retratos Para Você

Ferrovia nas Nuvens

Sábado – (07/12)

14h – Primavera numa Pequena Cidade

16h30 – Apresentação Musical 

19h – Joia Maluca

Domingo – (08/12) 

16h –

To Chopsticks

Clã das Adagas Voadoras

19h – 

Blessed Peaches

Nascimento da Nova China

 

SINOPSES

NENHUM A MENOS (Livre) 

1999 | COR | 106 min | Drama

De Zhang Yimou, com Wei Minzhi, Zhang Huike, Gao Enman

Quando a mãe do único professor da vila adoece e ele precisa se ausentar para cuidá-la, o chefe da pequena vila em Sichuan tem como substituta uma garota de apenas 13 anos. Com a promessa de seu pagamento ser feito após o retorno do professor e com a condição de ganhar um salário extra caso todos os alunos se mantenham estudando, a jovem Wei (Wei Minzhi) parte em uma jornada para garantir que todos os estudantes se mantenham dentro da escola.

Curiosidades:

  • A maioria dos atores são habitantes locais da vila onde o filme foi gravado.
  • O filme foi premiado como Melhor Filme no Festival de Cinema de Veneza, além de receber outros 17 prêmios nacionais e internacionais.

FERROVIA NAS NUVENS (Livre)

2007 | COR | 117 min | Drama

De Feng Xiaoning, com Zhou Lijing, Liu Xiaowei

A história real da ferrovia Qinghai-Tibet que vai de Pequim a Lhasa, é motivo de orgulho nacional na China. Nesta dramatização, a jornada de 95 anos de construção da ferrovia, é acompanhada por três gerações diferentes, cujas histórias são contadas por Yu Mingyuan (Zhou Lijing), que iniciou os trabalhos na ferrovia como operário e depois se tornou engenheiro-chefe da obra.

Curiosidades:

  • A Ferrovia Qinghai-Tibet é a maior ferrovia em altitude do mundo. O ponto mais alto é o Passo Tanggula, a 5.072 metros de altitude, conhecido como a “ferrovia mais próxima do céu”.

Primavera Numa Pequena Cidade (Livre)

1948 | P&B | 93 min | Drama 

De Fei Mu, com Wei Wei, Yu Shi, Wei Li

Em 1946, um ano após a Segunda Guerra Mundial, Yu Wan (Wei Wei) tem uma vida solitária e relegada ao cuidado do marido, Dai Liyan (Yu Shi) cuja saúde está debilitada. A trama se passa nas ruínas da casa da família de Dai, que antes da guerra era muito próspera, mas uma inesperada visita de um velho amigo de Dai, e coincidentemente amor de infância de Yu, irá mudar o destino desse casal.

Curiosidades 

  • O Festival Internacional de Cinema de Hong Kong, no centenário do cinema chinês, elegeu “Primavera Numa Pequena Cidade” como o melhor filme chinês já produzido.

Joia Maluca (14)

2006 | COR | 98 min | Comédia

De Hao Ning, com Tao Guo, Teddy Lin, Hua Liu

Quando uma antiga fábrica em Chongqing está prestes a fechar, uma preciosa joia de jade é encontrada no interior da oficina e será leiloada para salvar a falência da Fábrica. A pedra irá chamar atenção de bandidos locais e de um ganancioso empreiteiro que contrata um renomado bandido internacional para roubar a joia. Restará ao velho chefe de segurança Bao Shihong (Guo Tao) garantir que a pedra não seja roubada para que o leilão aconteça.

Curiosidades:

  • O filme foi premiado em 4 festivais diferentes e é considerado uma das comédias mais aclamadas da geração recente de diretores chineses.

Clã das Adagas Voadoras (14)

2004 | COR | 119 min | Aventura

De Zhang Yimou, com Takeshi Kaneshiro, Andy Lau, Zhang Ziyi

No ano de 859, a Dinastia Tang, que outrora fora próspera, se revela corrupta e decadente. Para piorar a situação do Estado, um clã de assassinos desafia o poder central. Dois oficiais da polícia são enviados para capturarem o líder do Clã, mas eles serão surpreendidos por uma paixão inesperada.

Curiosidades

  • O filme é um Wuxia, gênero popular de ficção com artes marciais. A palavra Wuxia é a junção de dois termos. Wu (武), que significa “militar” ou “armado”, e Xia (俠), que remete à “honrado” ou “herói”.
  • O filme foi premiado em 12 festivais nacionais e internacionais.

Nascimento da Nova China (14)

1989 | COR | 171 min | Drama

De Qiankuan Li e Guiyun Xiao, com Yue Gu, Fazeng Guo, Kai Huang

Neste épico, acompanhamos os dramáticos dias da revolução chinesa de 1949. Após o Partido Comunista da China lançar as ofensivas contra o Partido Nacionalista, Chiang Kai-shek (Sun Feihu) promove Li Zongren (Shao Honglai) como presidente interino, criando uma falsa aposentadoria do cargo de Presidente e iniciando uma série de manipulações dos agentes de governo e do exército. Mao Tsé-Tung (Gu Yue) emite a ordem para o Exército de Libertação Popular cruzar o rio Yangtze, chegando em Beijing e conquista o Palácio Presidencial, marcando a vitória da Revolução. Em 1 de outubro de 1949 é fundada a República Popular da China

Curiosidades

  • Gu Yue foi o ator que interpretou mais vezes o papel de Mao Tsé-Tung devido sua semelhança física. Foram 84 vezes entre 1978 e 2005, ano de sua morte.
  • O filme foi premiado como Melhor Filme no Festival Galo de Ouro e no Festival Cem Flores, as maiores premiações do cinema chinês.

 

 

Apresentação Musical 

Os professores do Instituto Confúcio da UNICAMP são nossos convidados especiais e apresentarão o melhor da cultura chinesa em um espetáculo inédito. O repertório passa por diversas épocas e refletem a combinação da cultura popular com a vitalidade moderna, apresentando instrumentos clássicos, danças típicas e trajes festivos. Para completar a programação, será apresentado uma sequência de treinamento com espadas segundo os princípios do Tai Chi Chuan, a arte de troca de máscaras, Bian Lian, e a tradicional Dança do Dragão.

Especial de Curta Metragens

Comemorando os 50 anos das relações diplomáticas entre a República Federativa do Brasil e a República Popular da China, serão apresentados 3 curta metragens dirigidos por estudantes brasileiros em intercâmbio na China durante o programa “Looking China”. Produzidos em diferentes regiões da China, os filmes revelam diferentes e importantes aspectos da cultura e da variada história chinesa, muito distantes dos estereótipos habituais. 

Retratos Para Você | 12 min | 2016 | Xinjiang | De Pedro Nishi
Sexta 19h

To Chopsticks | 11 min | 2017 | Fujian | De Arthur Rodrigues Ribeiro

Domingo 16h

Blessed Peaches | 6 min | 2020 | Feicheng | De Letícia Sillmann e Lígia Agreste
Domingo 19h