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Assista o filme “Malena”, de Giuseppe Tornatore, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES

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Na próxima segunda (13), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresentará o filme “Malena”, de Giuseppe Tornatore. Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

Confirme sua presença no Facebook!

 

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

Malena (2000), de Giuseppe Tornatore, ITÁLIA, 109 min.

 

SINOPSE

Em 1941, numa pequena vila localizada na Sicília, um grupo de garotos de 13 anos de idade nutre uma profunda paixão por Malena (Monica Bellucci), a viúva de um soldado local, despertando uma história de amor, perda e coragem.

 

O DIRETOR
Nascido na Sicília, Tornatore atuou no teatro, foi fotógrafo free-lance e trabalhou na TV estatal italiana, a RAI. Lançou seu primeiro longa-metragem em 1985: “O Camorrista”. Em 1988, obteve sucesso mundial e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com “Cinema Paradiso”. Dirigiu também “Estamos Todos Bem” (1990), “Sempre aos Domingos” (1991), “Uma Simples Formalidade” (1994), “O Homem das Estrelas” (1995), “A Lenda do Pianista do Mar” (1998), “Malena” (2000), “A Desconhecida” (2006), “Baaria, A Porta do Vento” (2009), “O Melhor Lance” (2013), “Lembranças de um Amor Eterno” (2016).

 

Confira nossa programação!

 

SERVIÇO
Filme: Malena (2000), de Giuseppe Tornatore
Quando: 13/02 (segunda-feira)
Que horas: pontualmente às 19 horas.
Quanto: entrada franca
Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

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Escola Estadual Cidade de Hiroshima começa as aulas sem merenda

 

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A Escola Estadual cidade de Hiroshima, uma das tradicionais escolas da região leste com mais de 3 mil estudantes, começou as aulas  com um descaso total por parte do governo que deixou todos os estudantes sem merenda, tendo apenas bolacha de água e sal e um suco. A previsão para ter cozinheiros é só em março, e com isso diversos estudantes continuam sem condições de se alimentar adequadamente, sofrendo ainda mais com o sucateamento da escola pública.  

 

Para Wellington, a EE. Cidade de Hiroshima sofre há anos, por falta de verba e com esses problemas “Nessa volta as aulas (2017), os alunos se depararam com uma escola sem funcionários para inspeção e cozinha. A escola, que comporta mais de três mil alunos em seus três períodos, esta sem merenda digna desde o inicio do ano letivo. Os alunos estão à base de bolacha de maisena e suco. Nossa direção já entrou em contato com as autoridades competentes e a resposta foi que a previsão dos funcionários só será em março. Como o estado pretende que o jovem tenha uma boa formação, sendo que nem o mínimo do direito dos estudantes estadual é fornecido?” afirma Wellington.

 

Para Jonathan, Tesoureiro Geral da UMES, isso é uma afronta aos estudantes que precisam se alimentar na escola “Ficamos mais de cinco horas na escola estudando, sofrendo com a falta de professores e com uma péssima qualidade de estudo, sem contar na falta de estruturas  das escolas desde ano passado. Brigamos na CPI DA MERENDA para realmente investigar os ladrões de merenda. Infelizmente, acabou em pizza porque os principais acusados estão na assembléia legislativa e no governo do estado, sem contar que foi aprovado a reforma do ensino médio que ira desqualificar mais as nossas escolas, tirando matérias importantes para a formação dos estudantes. Reformulando o ensino médio, da maneira que estão apresentando, é enterrar a nossa educação pública porque não haverá investimento na educação, que no ano passado, o governo aprovou a PEC 55/241 que congelou todo o orçamento da educação e saúde”.

 

 

“Querem deixar o estudante sem ensino e querem acabar com a educação pública, mas não deixaremos! Iremos lutar até o fim para que a educação pública seja emancipadora e de qualidade. Lutaremos contra qualquer inimigo da educação, contra qualquer inimigo do povo! Precisamos de eleições gerais já para mudar essa situação e colocar novamente a soberania na mão do povo brasileiro!”. Afirma Jonathan.

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Acontece a II Mostra das Bandas Pioneiras do Carnaval de Rua de São Paulo, participe!

 

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Nesta quinta-feira (09), ocorreu a abertura da Exposição da II Mostra das Bandas Pioneiras do Carnaval de Rua de São Paulo. A festa de abertura da Exposição começou às 17h no mezanino C da estação de metrô República (linha 3 – vermelha e linha 4 – amarela), com a presença de bateria carnavalesca, passistas, puxador de samba, banda executando marchinhas de carnaval e contando com a apresentação dos sambas enredos de cada um dos blocos que estavam presentes na mostra.

Realizada pela Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo (ABASP), a exposição promete superar o sucesso da primeira, realizada em 2016. Este ano, com apoio do Metrô de São Paulo, Sindicato dos Metroviários e demais entidades, além de patrocínio do Sindicato dos Eletricitários SP, a mostra poderá ser vista na Estação República do Metrô.

De 09 a 28 de fevereiro serão expostos em espaço reservado dentro das dependências da estação (Mezanino), ao lado do acesso à linha 4 Amarela, 16 painéis contendo fotos e informações sobre a trajetória de cada um dos blocos pioneiros do carnaval de rua. Alguns blocos desfilam em São Paulo desde os anos 50, já outros contabilizam com alegria, mais de 30 e 40 anos de carnaval nas ruas da capital paulistana.

 

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Como um dos blocos pioneiros da ABASP, o Bloco UMES Caras-Pintadas está presente na mostra e promete fazer um carnaval ainda mais animado como foram os blocos realizados. Fundado no ano de 1993, o bloco carnavalesco UMES Caras-Pintadas já contou com a presença e composição de sambas-enredo de personalidades do samba como Nelson Sargento, Oswaldinho da Cuíca, Luis Carlos da Vila, Luizinho SP, Aldo Bueno, Quinteto em Branco e Preto, Tobias da Vai-Vai, Chapinha do Samba da Vela, Dayse do Banjo e outros bambas, animando os desfiles e por vezes dando uma canja na composição do samba-enredo.

No dia 18 de Fevereiro, haverá o batismo do estandarte do bloco, na sede central da UMES. Já no dia 21, o bloco tomará as ruas do Bixiga, com muito samba, muita animação e muita luta. Mais informações clique aqui  

 

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Compareça!

II Mostra das Bandas Pioneiras do Carnaval de Rua de SP

Metrô República – Mezanino C – espaço ao lado do acesso à Linha 4 Amarela.

Lançamento nesta quinta-feira, (09), a partir das 17h

Período da Mostra: de 09 a 28 de fevereiro (dentro do horário de funcionamento do metrô).

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Reforma do Ensino Médio é aprovada e educação brasileira só piora.

 

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Nessa quarta-feira, 08, o Senado Federal aprovou por 43 votos a 13 a Medida provisória (MP 746) que institui a reforma do ensino médio. A reforma passou nesta quarta-feira pela última votação, após ter sido aprovada na Câmara no final do ano passado.

 

A grande mudança será a flexibilidade do currículo: 60% da grade curricular será composta de disciplinas obrigatórias e 40% serão optativas. Ou seja, no meio do curso, o estudante terá que escolher uma das cinco áreas para se especializar: linguagem e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas ou formação técnica profissional. Para toda a rede, a carga horária aumentará, gradativamente, das atuais 800 horas anuais para 1.400 horas.

 

Entretanto, a reforma tira a obrigatoriedade de matérias hoje, fundamentais para o ensino aprendizado social e cultural como História e Geografia, Artes, Educação Física, deixando apenas matemática e português como obrigatórias. Além disso, permite que pessoas com notório saber possam dar aulas nessas escolas.

 

 

Caio Guilherme, presidente da UMES afirma o descaso e o retrocesso dessa reforma para a educação brasileira “Para nós estudantes, a medida não apresenta melhoras para o nosso ensino aprendizado, infelizmente a proposta não garante que as nossas escolas sejam de qualidade, com boa estrutura e um bom ensino. Nos tirar ainda as matérias de história, geografia, educação física e artes é acabar com toda uma geração que pensou, que agiu e que fazem com que possamos hoje, fazer-nos pensar, agir, de saber nossa cultura, saber nosso passado, saber onde vivemos, como fomentamos a nossa cultura, como nos tornamos saudáveis e afins. Essa proposta atropela decisões conquistadas por anos pelo Fundeb e ainda irá fazer com que os professores sejam demitidos em massa. Não iremos aceitar calados e continuaremos na rua contra esse retrocesso do Temer e do Mendonça Filho, Eleições Gerais Já!” Afirmou Caio.

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Bloco UMES Caras-pintadas ocorrerá no dia 21 de fevereiro, participe!

 

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Já é tradição no bairro do Bixiga! No dia 21 de fevereiro, o bloco UMES Caras Pintadas, que reúne estudantes e foliões de todo o estado desfilará pelas ruas da Bela Vista em sua 24ª vez. Neste ano, a concentração terá inicio às 16h em frente a sede da UMES, na Rua Rui Barbosa 323, no Bixiga, tradicional bairro do samba da cidade, e contará com caminhão de som, muitos shows e diversas atrações. A folia também fica por conta da roda de capoeira com o professor-instrutor Pavio da Capoeira da UMES.

Segundo Gabriel Alves, integrante do Centro Popular de Cultura (CPC da UMES), a expectativa é que o bloco transcenda o bom momento para o carnaval de rua na cidade e seja um tremendo sucesso. ‘’É um bloco democrático, que respeita a essência carnavalesca. É de graça, na rua, levando samba e alegria a todos e todas’’, disse.

Caio Guilherme, presidente da UMES diz sobre a proposta de tema para o bloco “A proposta nesse ano é lutar pelo Fora Temer e por Eleições Gerais já! Que de certa forma, a luta nunca para e mesmo no carnaval e na folia, não deixamos de dizer que queremos novas eleições para que o país volte a crescer”, afirma Caio.

BLOCO UMES CARAS-PINTADAS

Fundado no ano de 1993, o bloco carnavalesco UMES Caras-Pintadas já contou com a presença e composição de sambas-enredo de personalidades do samba como Nelson Sargento, Oswaldinho da Cuíca, Luis Carlos da Vila, Luizinho SP, Aldo Bueno, Quinteto em Branco e Preto, Tobias da Vai-Vai, Chapinha do Samba da Vela, Dayse do Banjo e outros bambas, animando os desfiles e por vezes dando uma canja na composição do samba-enredo.

Participe! Confirme sua presença no evento e junte-se a nós nesse carnaval

Dia 21 de fevereiro, concentração as 16hrs na Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista.

 

 

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Temer põe Moraes no STF para revisar a Lava Jato

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Indicação de Alexandre de Moraes para o STF, no lugar de Teori Zavascki, é um escândalo

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi destino de grandes juristas – os Nelson Hungria, Ribeiro da Costa, Evandro Lins e Silva -, gente de quem se podia discordar, mas jamais se podia dizer que era medíocre – ou corista de cafuas e facções, polítiqueiras ou criminosas.

A indicação de Temer, de seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes – conhecido, entre os mais chegados, como “Xandão” – para o STF, no lugar de Teori Zavascki, tristemente desaparecido, diz bem sobre o que ele acha que deve ser o Supremo.

Precisamente, uma cafua facciosa.

REVISOR

Moraes, se aprovado pelo Senado, terá a função, de acordo com as regras do STF, de revisor dos processos da Lava Jato naquele tribunal – processos cujos réus têm “foro privilegiado”: Renan, Jucá, outros dessa laia, inclusive, possivelmente, Temer.

Portanto, a história, que apareceu na mídia, de que Temer optou por um candidato ao STF que fosse absolutamente fiel ao Planalto – como se isso fosse critério decente – quer dizer apenas que Moraes, se estiver lá, é para prejudicar a Lava Jato, de preferência conceder impunidade a ladrões do PSDB, PMDB e PT (ver, nesta página, matéria sobre o encontro de Lula com Temer, Fernando Henrique, etc.).

Mas o difícil é ele conseguir fazer isso, com o país à beira da explosão.

Principalmente, em se tratando de um tucano de carteirinha – pessoal de quem se pode esperar muita isenção e imparcialidade (é só ver o Gilmar Mendes) -, muito popular, como ministro da Justiça, por sua operosa administração dos presídios, e com suspeitas de enriquecimento ilícito por todos os lados (entre 2006 e 2009, quando era secretário de Kassab na Prefeitura de São Paulo, Moraes comprou oito imóveis por R$ 4,5 milhões, incluindo dois apartamentos de luxo na capital paulista e terrenos em um condomínio dentro de uma reserva ambiental. Segundo disse, comprou tudo com seu salário no serviço público e com o dinheiro da venda de seus livros).

Talvez o mais divertido – ninguém é de ferro a ponto de não se divertir um pouco, leitor – seja ver e ouvir aqueles cabeças de farinha do círculo do Planalto, ou da base governista, falando do notável saber jurídico ou das “sólidas credenciais acadêmicas e profissionais” do indigitado Xandão, quer dizer, Moraes.

Já voltaremos às credenciais jurídicas e acadêmicas de Moraes, que, em 2002, conseguiu uma notazeroem exame para a livre-docência da USP – algo que achávamos impossível, nem até hoje ouvimos falar de coisa sequer semelhante.

Antes, examinemos a sua brilhante carreira profissional, cujo ponto culminante foi a defesa – em nada menos que 123 processos – de uma “cooperativa” de perueiros, a Transcooper, através da qual o Primeiro Comando da Capital (PCC) lavava dinheiro do tráfico de drogas e outras atividades filantrópicas.

Essa “cooperativa” ficou mais conhecida em março de 2014, quando, em sua sede, a polícia, que investigava a queima de ônibus nos bairros da periferia de São Paulo, surpreendeu uma reunião de 13 membros do PCC com o deputado estadual Luiz Moura, então do PT. Entre os membros do PCC que estavam na reunião, havia um dos participantes no assalto ao Banco Central, no Ceará, outro ladrão de bancos já condenado, e profissionais afins. O próprio deputado, expulso em seguida do PT, fora condenado por assalto a mão armada no Paraná e ficara foragido durante 10 anos.

Foi então que se soube que, desde 27 de janeiro de 2011, Alexandre de Moraes, e outros membros do seu escritório, eram advogados da Transcooper. O nome de Moraes fazia parte de 123 processos registrados no Tribunal de Justiça, como principal advogado da cooperativa, com mais três outros colegas.

A nota emitida por Moraes, quando já era secretário de Segurança de Alckmin, confirmou os serviços que prestava: “não houve qualquer prestação de serviços advocatícios – nem pelo secretário nem pelos demais sócios – às pessoas citadas em possível envolvimento com o crime organizado, em 2014.O contrato se referia estritamente à pessoa jurídica da cooperativa“.

Ninguém o acusara de ser advogado dos membros do PCC que estavam na reunião da Transcooper. O problema era outro, mais grave: ser advogado de uma lavanderia do PCC. Era esse o seu envolvimento, que ele confirmou – e, depois, também em outra nota, quando já era ministro de Temer, reafirmou.

Entrevistado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o vereador Senival Moura, irmão do deputado estadual Luis Moura – e um dos cooperados da Transcooper – declarou que conhecia Alexandre de Moraes e que este “sempre foi um profissional muito respeitado entre os permissionários e a direção da Transcooper. Depois que ele foi secretário de Transportes, foi contratado como advogado da cooperativa para defender nossas causas“.

Alexandre de Moraes foi, de 2007 a 2010, Secretário Municipal de Transportes de São Paulo, acumulando também as presidências da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da São Paulo Transportes (SPTrans) – e, a partir de 2009, também o cargo de Secretário Municipal de Serviços.

Em suma, ele era titular e chefe das repartições que tinham por função fiscalizar a Transcooper e outras cooperativas. Foi nessa época que ele travou relações com seus futuros clientes.

Quando saiu desses cargos, na gestão Kassab da Prefeitura de São Paulo, em 2010, fundou o escritórioAlexandre de Moraes Advogados Associados e tornou-se patrono, quer dizer, advogado, de quem antes tinha por missão fiscalizar – a Transcooper, cooperativa do PCC ou ligada ao PCC, que lavava dinheiro de atividades ilícitas.

JURISTA

Como grande jurista – homem ético da raiz à ponta dos cabelos – ele não viu problema nessa metamorfose de fiscalizador a defensor, e em tão curto prazo.

Outro cliente ilustre daAlexandre de Moraes Advogados Associados– e, especialmente, de seu sócio principal – foi o deputado Eduardo Cunha, na época acusado de falsificar documentos, o que, certamente, não podia ser verdade.

Como jurista, Xandão é desses sujeitos, como o próprio Temer, que publicam apostilas, úteis para alunos preguiçosos, como se fossem obras jurídicas. A rigor essas apostilas não têm autoria, pois são coleções de citações, sem identidade própria.

Tomemos um dos livros de Moraes, “Direito Constitucional“. É uma apostila repleta de frases que começam ou terminam por “como ensina Canotilho”, “como ensina Giuseppe de Vergottini”, “como ensina Hely Lopes Meirelles”, “como ensina Cappelletti”, etc., etc.

Faz lembrar uma história do saudoso desembargador Osny Duarte Pereira – este, sim, grande jurista – sobre um advogado lá da sua terra (Santa Catarina), que ganhava ações citando juristas franceses como o famoso “Fromage de Nantes”. Mas isso, Moraes não fez, porque, provavelmente, muita gente sabe hoje que “fromage”, em francês, é apenas “queijo”.

Em compensação, Xandão cita o ex-ditador português Marcello Caetano como grande autoridade jurídica (ver A. Moraes, “Direito Constitucional“, 30ª ed., Atlas, 2014, p. 347, nota; outro sábio do qual abundam citações, nessa apostila, é o notório Gilmar Mendes, mencionado 139 vezes).

Como se vê, uma capacidade.

CARLOS LOPES – JORNAL HORA DO POVO.

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Enquanto corta as verbas da Saúde e Educação, Dória declara guerra contra pichadores e grafiteiros

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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a atacar pichadores em entrevista à rádio CBN no último sábado (4), e de acordo com ele a perseguição vai continuar, “a prefeitura não vai ter tolerância com pichador. Não há diálogo com contraventor. Todo pichador é bandido”. Enquanto isso, Dória corta leite e transporte das crianças, anuncia fechamento de farmácias populares, deixa as ruas com verdadeiras crateras e abandonada praças e parques.

Mas para ele, como os pichadores oferecessem grande risco à sociedade, “a prefeitura vai gastar o que for necessário para proteger a cidade [dos pichadores]”.

O prefeito tucano preparou um projeto de lei que cria uma multa de até R$ 50 mil para quem pichar monumentos públicos. Quem não tiver condições de pagar prestará serviços comunitários, como a limpeza urbana ou a jardinagem da cidade. Vale tudo para deixar a “Cidade Linda”, e cinza.

Ao iniciar sua gestão, Dória congelou os orçamentos de diversas áreas da Prefeitura, inclusive a verba para a Educação (-28%) e Saúde (-20,7%). Mas, perseguir grafiteiros e pichadores é a prioridade da gestão.

Na Cultura, o contingenciamento dos recursos, chega a 43,5%. A Gestão Ambiental foi a área que teve o maior corte, proporcionalmente: 44,5% dos recursos foram congelados, somando R$ 79 milhões. Em Saneamento, os cortes de custeio foram de R$ 45 milhões, ou 25% do orçamento. No mesmo decreto, Doria congelou percentuais menores em investimento em Urbanismo, que cuida de ações de zeladoria, bandeira do início de governo, liberando R$ 215 milhões para gastos. O levantamento dos dados foi divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Já no mundo real, pais de alunos que frequentam escolas municipais, que voltaram às aulas esta semana, estão sendo avisados sobre o corte no Transporte Escolar Gratuito (TEG) através de motoristas ou pelas escolas.

Na gestão anterior, a van era disponível para quem morava a mais de 2 km da escola, pelo trajeto de carro. Já Dória passou a calcular a distância entre a casa do aluno e a escola pela rota a pé. Com isso, muitas famílias que moram a menos de 2 km pela rota a pé, mas a mais do limite pelo trajeto de carro, não terão mais o transporte neste ano. Outro programa que vai ser cortado pela prefeitura é o fornecimento de leite para crianças da rede municipal. A entrega, que hoje é feita para 900 mil estudantes da creche ao 9° ano.

Danuzia Costa, desempregada, que tem uma filha de 2 anos e 8 meses estudando em uma creche da zona sul, critica a medida, “tem tanta coisa para cortar, vão tirar logo o leite das crianças?”. Já a comerciante Monica Candido, conta que costuma usar o produto para fazer vitaminas, pão e bolo para a filha de 2 anos, “é a base da alimentação, não tem sentido cortar”.

Mas o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, afirmou que também será revista a compra de material escolar e informou que “todos os contratos estão sob revisão” e que “se tiver que rever o leite, contratos de serviços terceirizados, se tiver que aprofundar essa revisão, por mais mérito que tenha, vamos fazer”.

Dória confirmou ainda que o fechamento das mais de 900 farmácias do SUS está em estudo. Segundo ele, a ideia é transferir a distribuição dos remédios gratuitos à população para a rede privada, já que, existe muita burocracia em entregar os remédios na rede do município. A ação irá prejudicar a população mais pobre da cidade, pois as redes comerciais defendidas pelo prefeito estão localizadas nos bairros centrais de São Paulo, e não no bairro onde a pessoa reside.

CAMILA SEVERO – Jornal Hora do Povo

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Volta as aulas é marcado por atividades da UMES

 

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Hoje as aulas voltaram normalmente em algumas escolas da capital de São Paulo, e com isso, os diretores da UMES e Capoeira da UMES realizaram atividades em duas escolas, na Etec Getúlio Vargas, tradicional escola técnica de São Paulo e na EE. Marina Cintra, no centro de São Paulo.

 

Na Etec Getúlio Vargas, houve a recepção dos novos alunos da escola, por meio de panfletagem sobre o ensino técnico voltado ao desenvolvimento e também sobre o bloco da UMES. Na EE. Marina Cintra, houve uma apresentação de Capoeira, realizada pelo grupo da UMES e também pelos diretores da entidade.

 

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Lucas Chen, Diretor de escolas técnicas da UMES e estudante da Etec Getúlio Vargas frisou as atividades e falou sobre a importância de acompanhar o inicio de aulas dos estudantes “Na ETE GV, a maior escola técnica de São Paulo, os estudantes sofrem com a realidade existente, encontrada na escola, desde a estrutura, a qualidade do ensino e afins. Para os novos estudantes, é importante frisarmos a eles da luta existente por uma educação e ensino técnico de qualidade, que desde 2015, adentramos junto ao grêmio e organizamos as bases, realizamos atos e manifestações e conquistamos o almoço para os estudantes. Mas nossa luta não para e que esses novos estudantes da GV, venham a se somar para assim, conseguir um ensino técnico de qualidade”.

 

“Desde o ano passado, nos realizamos uma série de atividades em todas as regiões de São Paulo, apresentando a capoeira, a história, à luta de libertação e sua cultura para milhares de estudantes da cidade e esse ano não será diferente. A capoeira é cultura, é esporte e é do nosso povo, precisa estar nas escolas cada vez mais e que assim, possamos viver nossa cultura genuinamente nacional” Afirmou Lucas Chen.

 

Os diretores da UMES seguem pelas escolas, realizando as atividades durante todo o mês de fevereiro, estando sempre diretamente com o estudante.

UMES Parabeniza São Paulo pelos 463 anos

 

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A União Municipal dos Estudantes Secundaristas parabeniza São Paulo pelos seus 463 anos. A festa que começou hoje cedo no tradicional bairro do Bixiga, com o famoso bolo distribuído a população, realizado pelas associações do bairro com ajuda da diretoria da UMES, se espalha pela cidade inteira, com shows, apresentações culturais e artísticas representando toda a diversidade presente em nossa cidade.

 

São Paulo, com quatro milhões de estudantes secundaristas, é a maior cidade e mais importante do Brasil. A nossa luta se faz presente em todos os cantos da cidade, com sonhos, anseios e batalhas a serem travadas todos os dias. A cidade que foi palco de resistência na ditadura, nas diretas já! No Impeachment do Collor, das manifestações de Junho e uma serie de lutas históricas, é o nosso alicerce, que nos faz lutar a todo momento, buscando a melhoria da educação, a melhoria dos direitos da nossa cidade e do povo! Parabéns São Paulo, 463 Anos, é o que deseja a UMES.

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Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta

 

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Situado no coração do Bixiga (Rua Rui Barbosa 323 – Sede Central da UMES), o Cine-Teatro Denoy de Oliveira reinicia no dia 6 de fevereiro sua Mostra Permanente de Cinema Italiano.

Os filmes são exibidos sempre às segundas-feiras, às 19h, com entrada grátis.

Inaugurada em maio de 2016 pelo CPC-UMES (Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo), a mostra foi acolhida com carinho pelo público interessado em ver e rever as grandes obras de uma cinematografia marcada pela criatividade de seus artistas e o humanismo de seus temas.

Em 2017 estaremos apresentando 41 filmes de 23 diretores consagrados. Participe.

 

 

PROGRAMAÇÃO DO ANO DE 2017

(06/02)   CINEMA PARADISO – Giuseppe Tornatore (1988), 124 min.

(13/02)   MALENA – Giuseppe Tornatore (2000), 109 min.

(20/02)   O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS – Píer Paolo Pasolini (1964), 137 min.

(06/03)   OPERAÇÃO SAN GENARO – Dino Risi (1966), 104 min.

(13/03)   ESSA VIDA DURA – Dino Risi (1961), 118 min.

(20/03)   AQUELE QUE SABE VIVER – Dino Risi (1962), 105 min.

(27/03)   PERFUME DE MULHER – Dino Risi (1974), 103 min.

(03/04)   O POSTO – Ermanno Olmi (1961), 93 min.

(10/04)   A ÁRVORE DOS TAMANCOS – Ermanno Olmi (1978), 186 min.

(17/04)   BOM DIA, BABILÔNIA – Irmãos Taviani (1987), 117 min.

(24/04)   A NOITE DE SÃO LOURENÇO – Irmãos Taviani (1982), 107 min.

(08/05)   AMOR E ANARQUIA – Lina Wertmüller (1973), 124 min.

(15/05)   MIMI, O METALÚRGICO – Lina Wertmüller (1972), 121 min.

(22/05)   GIRASSÓIS DA RÚSSIA – Vittorio de Sica (1970), 107 min.

(29/05)   DUAS MULHERES – Vittorio de Sica (1960), 101 min.

(05/06)   QUATRO DIAS DE NÁPOLES – Nanni Loy (1962), 116 min. 

(12/06)   1900 – PARTE 1 – Bernardo Bertolucci (1976), 162 min.

(19/06)   1900 – PARTE 2 – Bernardo Bertolucci (1976), 154 min.

(26/06)   ARROZ AMARGO – Giuseppe De Santis (1949), 108 min.

(03/07)   A TERRA TREME – Luchino Visconti (1948), 160 min.    

(10/07)   A ESTRADA DA VIDA – Federico Fellini (1954), 108 min.              

(17/07)   ROMA – Federico Fellini (1972), 120 min.

(24/07)   OITO E MEIO – Federico Fellini (1963), 108 min.

(07/08)   BOCCACCIO ‘70 – Monicelli, Fellini, Visconti, De Sica (1962), 208 min.

(14/08)   OS MONSTROS – Dino Risi (1963), 115 min.

(21/08)   ROMEU E JULIETA – Franco Zeffirelli (1968), 138 min.

(28/08)   MEDITERRÂNEO – Gabriele Salvatores (1991), 96 min.

(04/09)   O INCRÍVEL EXÉRCITO DE BRANCALEONE – Mario Monicelli (1966), 120 min.

(11/09)   A GRANDE GUERRA – Mario Monicelli (1959), 137 min.

(18/09)   MEUS CAROS AMIGOS – Mario Monicelli (1975), 140 min.

(25/09)   SEDUZIDA E ABANDONADA – Pietro Germi (1964), 115 min.

(02/10)   DOIS DESTINOS – Valério Zurlini (1962), 115 min.

(09/10)   O DIA DA CORUJA – Damiano Damiani (1968), 112 min.

(16/10)   CADÁVERES ILUSTRES – Francesco Rosi (1976), 120 min.

(23/10)   Il DIVO – Paolo Sorrentino (2008), 120 min.

(30/10)   O CROCODILO – Nanni Moretti (2006), 112 min.

(06/11)   O QUARTO DO FILHO – Nanni Moretti (2001), 100 min.

(13/11)   SOSTIENE PEREIRA – Roberto Faenza (1996), 104 min.

(20/11)   O COMISSÁRIO PEPE – Ettore Scola (1969), 102 min.

(27/11)   A VIAGEM DO CAPITÃO TORNADO – Ettore Scola (1990), 132 min.

(04/12)   A FAMÍLIA – Ettore Scola (1986), 127 min.

 

 

DIRETORES APRESENTADOS NA PROGRAMAÇÃO DE 2017

 

Giuseppe Tornatore (1956)

Nascido na Sicília, Tornatore atuou no teatro, foi fotógrafo free-lance e trabalhou na TV estatal italiana, a RAI. Lançou seu primeiro longa-metragem em 1985: “O Camorrista”. Em 1988, obteve sucesso mundial e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com “Cinema Paradiso”. Dirigiu também “Estamos Todos Bem” (1990), “Sempre aos Domingos” (1991), “Uma Simples Formalidade” (1994), “O Homem das Estrelas” (1995), “A Lenda do Pianista do Mar” (1998), “Malena” (2000), “A Desconhecida” (2006), “Baaria, A Porta do Vento” (2009), “O Melhor Lance” (2013), “Lembranças de um Amor Eterno” (2016).

 

Pier Paolo Pasolini (1922-1975)

Poeta, escritor e cineasta, Pasolini nasceu em Bolonha. Compôs os primeiros poemas em dialeto friulano, “Poesia a Casarsa” (1942). Seus romances “Vadios” (1954) e “Uma Vida Violenta” (1959) lhe asseguraram o êxito literário. Dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, escrevendo depois roteiros cinematográficos e realizando vários filmes, entre os quais “Accattone” (1961), “Mamma Roma” (1962), “O Evangelho Segundo Mateus” (1964), “Gaviões e Passarinhos” (1966), “Édipo Rei” (1967), “Teorema” (1968), “Medeia” (1969), “Pocilga” (1969), “Decameron” (1971), “Salò ou os 120 Dias de Sodoma” (1975). Repudiado pelo Vaticano, quando foi lançado em 1964 no Festival de Veneza, “O Evangelho Segundo Mateus” foi reabilitado em 2014, um ano após a posse do Papa Francisco, como “o melhor filme já feito sobre a vida de Jesus Cristo”.

 

Dino Risi (1916-2008)

Dino Risi nasceu em Milão, estudou medicina, formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista, trabalhou como assistente de Mario Soldati e Alberto Lattuada. Nos anos 50 se instalou em Roma, se tornando um dos grandes inventores da commedia  all’italiana, ao lado de Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre os quais “Férias com o Gangster” (1951), “O Signo de Venus” (1955), “Belas, mas Pobres” (1956), “Essa Vida Dura” (1961), “Aquele que Sabe VIver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (1971). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prrêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu um Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.

 

Ermanno Olmi (1931)

Nascido em Bergamo, Ermanno Olmi começou em 1953 a dirigir documentários e curtas. Seu primeiro longa foi “O Tempo Parou” (1959). Dois anos depois, “O Posto” (1961) rende a Olmi o prêmio David di Donatello de Melhor Diretor. Em 1978, “A Árvore dos Tamancos” ganhou 18 prêmios, entre eles a Palma de Ouro e o Prêmio do Júri Ecumênico, em Cannes, e o César de Melhor Filme Estrangeiro, na França.  

Ermanno Olmi também dirigiu “Camminacammina” (1983), “A Lenda do Santo Beberrão” (1988), “O Segredo do Bosque Velho” (1993), “O Objetivo das Armas” (2001) e “Tickets” (2005), em parceria com o iraniano Abbas Kiarostami e o inglês Ken Loach. Apesar da saúde debilitada, lançou em 2014 mais um filme de sucesso, “Os Campos Voltarão”.

 

Vitorio Taviani (1929) e Paolo Taviani (1931)

Os Irmãos Taviani nasceram em San Miniato, na Toscana. Realizaram 22 filmes, ao longo de 60 anos, e seguem na ativa, tendo lançado em 2015 “Maravilhoso Boccaccio”,  adaptação de cinco contos do “Decameron”. Iniciaram a carreira em 1954 com o curta “San Miniato, luglio ’44”. Em 1960 rodaram o documentário “L’Italia Non É Un Paese Povero” em parceria com Joris Ivens. Com “Os Subversivos” (1967) e “Sob o Signo de Escorpião” (1969), começaram a fazer sucesso. Seus próximos filmes são considerados clássicos: “Pai Patrão” (1977), Palma de Ouro no 30º Festival de Cannes; “A Noite de São Lourenço” (1982), Prêmio Especial do Júri em Cannes; “César Deve Morrer” (2012), adaptação do “Julio César” de Shakespeare, encenado por um grupo de detentos da prisão de segurança máxima Rebibbia, de Roma, foi ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim (2012). Outros filmes conhecidos dos Irmãos Taviani são: “Kaos” (1984), “Bom Dia, Babilônia” (1987); “Noites com Sol” (1990); “Aconteceu na Primavera” (1993). 

 

Lina Wertmüller (1926)

Nascida em Roma, Arcangela Felice Assunta Wertmüller von Elgg Spanol von Braucich estudou teatro e trabalhou como assistente de direção de Giorgio Lullo nos anos 50. No cinema, foi assistente de Federico Fellini em “Oito e Meio” (1963). Estreou como diretora com “I Basilischi” (1963). Em 1965 dirigiu o filme em episódios “Questa Volta Parliamo di Uomini” e para a televisão “Il Giornalino di Gian Burrasca”, adaptação do romance homônimo de Vamba. Assinou outros dezessete longa-metragens, entre os quais “Mimi, o Metalúrgico” (1972), “Amor e Anarquia” (1973), “Pasqualino Sete Belezas” (1975), “Sábado, Domingo e Segunda-Feira” (1990), “Ninfa Plebeia” (1996). Em 2001 lançou “Francesca e Nunziata”, telefilme estrelado por Sofia Loren, extraído do romance homônimo da escritora napolitana Maria Orsini Natale.

 

Nanni Loy (1925-95)

Giovanni Battista Loy nasceu em Cagliari, na Sardenha, e se formou em direção de cinema no Centro de Cinema Experimental de Roma, em 1948. Estreou como diretor (e escritor) com “Parola di Ladro” (1957), ao lado de Gianni Puccini, um filme sobre o mistério de um assassinato no pós-guerra. Loy passa a dirigir sozinho em 1959 com “L’Audace Colpo del Soliti Ignoti”. Nos anos seguintes  assina dois filmes sobre a Resistência: “Um Dia de Leões” (1961) e “Os Quatro Dias de Nápoles” (1962), com Gian Maria Volontè, que ganhou o prêmio FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema) no 3º. Festival de Moscou. Sua habilidade para a comédia e a sátira se expressa em várias obras como “O Pai da Família” (1967), “Café Express” (1980), “Mi Manda Picone” (1984) e “Scugnizzi” (1989).

 

Vittorio De Sica (1901-74)

Diretor, ator, escritor e produtor, Vittorio De Sica nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, ele fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.

De Sica voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Humberto D” (1951) – os dois primeiros realizados em parceria com o escritor Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Decameron 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).

 

Bernardo Bertolucci (1941)

Filho do poeta e crítico de cinema Attilio Bertolucci, Bernardo Bertolucci nasceu em Parma. Começou cedo, ainda no final dos anos 50, quando realizou seus primeiros curta-metragens em 1959 e 1960. Em 1961, frequentou a Universidade de Roma onde começou o curso de Literatura Moderna após trabalhar como assistente de direção em “Accattone”, de Pier Paolo Pasolini. Estreou como diretor em 1962 com o longa “A Morte”.

Conhecido por sua versatilidade, Bertolucci tem entre suas obras “Antes da Revolução” (1964); o clássico “O Conformista” (1970), livre adaptação do livro homônimo de Alberto Moravia; o polêmico “O Último Tango em Paris” (1972), com Marlon Brando e Maria Schneider; o épico “1900”, realizado em 1976. Também se destacam, o multipremiado “O Último Imperador” (1987),  “O Céu que Nos Protege” (1990) e “Os Sonhadores” (2003).

 

Giuseppe de Santis (1917-97)

Giuseppe de Santis nasceu em Fondi, estudou filosofia, literatura e lutou na Resistência  antes de entrar para o Centro de Cinema Experimental de Roma. Enquanto trabalhava como jornalista para a revista “Cinema”, tornou-se, sob influência de Cesare Zavattini, um grande defensor dos primeiros cineastas neorrealistas cujos filmes refletiam as realidades simples e trágicas da vida proletária. Em 1942 colaborou com o roteiro de “Ossessione”, primeiro filme de Luchino Visconti. Estreou como diretor em “Caccia Tragica”, um apelo por melhores condições de vida para os trabalhadores Italianos. Também dirigiu “Arroz Amargo” (1950), com Silvana Mangano, sendo indicado ao Oscar como melhor argumento original. Em 1959 ganhou um Globo de Ouro com “La Estrada Lunga un Ano” (1958), produzido na Iugoslávia, como Melhor Filme em Língua Estrangeira. Integrou o júri do 11º (1979) e 14º (1985) Festival Internacional de Cinema de Moscou.

 

Luchino Visconti (1906-76)

Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, nasceu em Milão e descende da família Visconti da antiga nobreza italiana. Começou seu trabalho no cinema como assistente do diretor francês Jean Renoir nos filmes “Toni” (1934), “Les Bas-Fonds” (1936), “Partie de Campagne” (1936). Ingressou no Partito Comunista d’Italia em 1942. Seu primeiro filme como diretor foi “Obsessão” (1943). Voltou-se em seguida para o teatro. Em 1948, realizou “La Terra Trema”, um clássico do cinema neorrealista. Recebeu sua primeira premiação no Festival de Veneza (Leão de Prata), em 1957, pelo filme “As Noites Brancas” – baseado em conto de Fiodor Dostoievski. Em 1960, chega aos cinemas “Rocco e Seus Irmãos” e, em 1963, o mais aplaudido de seus trabalhos, “O Leopardo”, adaptação do romance de mesmo nome de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Depois vieram “As Vagas Estrelas da Ursa” (1965), “O Estrangeiro” (1967), “Os Deuses Malditos” (1969), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig” (1972), “Violência e Paixão” (1974) e “O Intruso” (1976).

Visconti assina também a direção de 42 peças teatrais e 20 óperas encenadas entre 1945 e 1973.

 

Federico Fellini (1920-93)

Nascido e criado em Rimini, região da Emilia-Romagna, Fellini se mudou para Roma, em 1939, e começou a ganhar a vida escrevendo e desenhando caricaturas na revista semanal Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema, em 1942, redigindo histórias o para o comediante Aldo Fabrizzi. Em 1943, casou-se com a atriz Giulietta Masina – vencedora no Festival de Cannes pela participação em “Noites de Cabíria”, filme dirigido pelo próprio Fellini em 1957. A partir de 1945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada.

Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Roma” (1972)”, “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978). “E La Nave Va” (1983).

 

Franco Zeffirelli (1923)

Gianfranco Corsi (Franco Zeffirelli) nasceu em Florença, ficou órfão aos cinco anos, foi criado por um grupo de atrizes inglesas, entre elas Mary O’ Neill, que assumiu o papel de mãe e lhe ensinou inglês, literatura, teatro e Shakespeare. Zeffirelli estudou arquitetura em Florença. Depois da guerra mudou-se para Roma e foi assistente de grandes cineastas como Vittorio de Sica, Visconti e Rossellini. A partir dos anos 1950 voltou-se para a ópera, encenou espetáculos como “L’Italiana in Algeri”, de Rossini, e dirigiu estrelas como Maria Callas. Após “La Bohème”, de Puccini, voltou ao cinema e fez “A Megera Domada” (1967) com Richard Burton e Elizabeth Taylor. No ano seguinte realizou “Romeu e Julieta” (1968), ganhou o Oscar de melhor diretor e um lugar na história do cinema por ser o primeiro a usar dois adolescentes reais (Olívia Hussey e Leonard Whiting) para mostrar os amantes de Shakespeare. Dirigiu também, entre outros,  “Irmão Sol, irmão Lua” (1972), “La Traviata” (1982), “Otelo” (1986), “Hamlet” (1990).

 

Mario Monicelli (1915-2010)

Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 colaborou em cerca de 40 filmes, como argumentista, roteirista e assistente de direção. O começo de seu trabalho como diretor ocorre em 1949, em parceria com Stefano Vanzina, em “Totò Cerca Casa”. A colaboração dos dois diretores deu origem a oito filmes, dentre os quais os célebres “Guardie e Ladri” (1951) e “Totò a Colori” (1952). Em 1953 inicia o trabalho solo. “Os Eternos Desconhecidos” (1958), com elenco composto por Vittorio Gassman, Marcello Mastroianni, Totò e Claudia Cardinale, é considerado o primeiro do filão da commedia all`italiana. Em 1959, “A Grande Guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza e rendeu sua primeira indicação ao Oscar. A segunda viria em 1963, com “Os Companheiros”. Diversas outras películas merecem destaque, em sua carreira de mais de 60 filmes: “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966), “Meus Caros Amigos” (1975), “Um Burguês Muito Pequeno” (1977), “Quinteto Irreverente” (1982).

 

Gabriele Salvatores (1950)

Nascido em Nápoles, Gabriele Salvatores começou pelo teatro. No ano de 1972 fundou em Milão o Teatro dell’Elfo. Em 1983, dirigiu seu primeiro filme “Sonhos de Uma Noite de Verão”, baseado na peça de Shakespeare. Em 1989 voltou-se exclusivamente para o cinema. Trabalhou em parceria com  Diego Abatantuono e Fabrizio Bentivogli, atores que junto com o cineasta fizeram história no cinema italiano. Em 1991, dirigiu  “Mediterrâneo”, Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Realizou também “Turné” (1990), a comédia “Puerto Escondido” (1992),”Sul” (1993),”Nirvana” (1997) , “Eu Não Tenho Medo” (2003),  “Como Deus Manda” (2008), “Educação Siberiana” (2013), “Il Ragazzo Invisible” (2015).

 

Pietro Germi (1914-74)

Nascido em Gênova, filho de um operário e uma costureira, Pietro Germi estudou teatro e direção em Roma no Centro Experimental de Cinematografia. Durante os estudos trabalhou como ator, assistente de direção e roteirista. Colaborou em grande parte dos roteiros dos filmes que dirigiu, e inclusive atuou em alguns deles. Após alcançar sucesso com dramas populares de corte neorrealista, passou a escrever e dirigir comédias satíricas. Tem entre suas obras “A Testemunha” (1945); “Em Nome da Lei” (1949); “Caminho da Esperança” (1950); “O Ferroviário” (1956); “O Homem de Palha” (1957); “Divórcio à Italiana” (1961), premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Original; “Seduzida e Abandonada” (1963) e “Senhoras e Senhores” (1965), premiados no Festival de Cannes e, na Itália, com o David di Donatello.

 

Valerio Zurlini (1926-1982)

Nascido em Bolonha, Valerio Zurlini estudava Direito quando ingressou na Resistência Italiana, em 1943. Depois da 2ª Guerra Mundial, trabalhou como assistente de direção no Piccolo Teatro de Milão. Realizou em 1954 seu primeiro longa-metragem: “Quando o Amor é Mentira”, baseado no romance de Vasco Pratolini, Le Ragazze di San Frediano. Seu segundo longa “Verão Violento” (1959) lhe trouxe notoriedade. “A Moça com a Valise” (1961) repetiu a dose. Mas Zurlini ficou mais conhecido por suas adaptações literárias: “Dois Destinos” (1962), adaptação de outro romance de Vasco Pratolini; “Mulheres no Front” (1965), baseado em um romance de Ugo Pirro; “La Promessa” (1970) em uma peça de Aleksei Arbuzov e seu último filme “O Deserto dos Tártaros” (1976), em romance de Dino Buzzati. Zurlini também dirigiu “Sentado à Sua Direita” (1968) e “A Primeira Noite de Tranquilidade” (1972).

 

Damiano Damiani (1922-2013)

Nasceu na pequena cidade de Pasiano di Pordenone, estudou na Academia de Belas Artes de Brera, em Milão. Seu primeiro longa-metragem foi o policial “O Batom”, de 1960. Sem restringir-se a um gênero específico, tornou-se mais conhecido por seus filmes sobre a máfia, como “Pizza Conection” (1985), indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Dirigiu também “A Ilha dos Amores Proibidos” (1962), “Vidas Vazias” (1963), “Gringo” (1967), “Dia da Coruja” (1968), “Confissões de um Comissário de Polícia ao Procurador da República” (1971) e a minissérie para TV “La Piovra” (1984), entre outros. Seu último filme foi a comédia “Assassini dei Giorni di Festa”, em 2002, estrelado pela espanhola Carmem Maura, uma das atrizes mais populares da Europa.

 

Francesco Rosi (1922)

Nascido em Nápoles, o cineasta Francesco Rosi estudou Direito. No inicio dos anos 40 trabalhou no rádio como jornalista. Ingressou na indústria cinematográfica em 1948, foi assistente de vários cineastas, entre os quais Luchino Visconti com quem fez “La Terra Trema” (1948), “Belíssima” (1951) e “Senso” (1956). Sua carreira de diretor, marcada por obras de grande empenho social e político, começou em 1958 com “O Desafio”. Tem entre seus filmes grandes sucessos como “O Caso Mattei” (1972), “Lucky Luciano” (1973) e “Cadáveres Ilustres” (1976). Recebeu o Urso de Prata de Melhor Diretor em 1962 por “Bandido Giuliano” e o Prêmio de Ouro do 11° Festival de Moscou (1979) por “Cristo Parou em Eboli”. Em 2008 foi homenageado no Festival de Berlim com um Urso de Ouro pelo conjunto da obra.

 

Paolo Sorrentino (1970)

Paolo Sorrentino nasceu em Nápoles, começou a trabalhar com cinema aos 25 anos, depois de cursar a Faculdade de Economia e Negócios. Seu primeiro filme foi o curta “Un Paradiso”, em 1994. Em 2002 participa do documentário “La Primavera del 2002 – L’Italia Protesta, l’Italia Si Ferma”, junto a mais de 40 diretores como Marco Bellochio, Mario Monicelli, Gillo Pontencorvo, os Irmãos Taviani. Seu próximo filme, “As Consequências do Amor” (2004), foi apresentado no Festival de Cannes e indicado à Palma de Ouro. Seu maior sucesso, “Il Divo” (2008), conta a história das ligações do líder democrata-cristão Giulio Andreotti, com a máfia. Dirigiu também “O Amigo da Família” (2006), “Aqui É o Meu Lugar” (2011), “A Grande Beleza” (2013), “Juventude”  (2015), “O Jovem Papa” (2016, série para televisão). 

 

Nanni Moretti (1953)

Nascido em Brunico, Giovanni Moretti mistura sua própria história com a de seus filmes. “Caro Diário” (1993) e “Abril” (1998), nos quais interpreta a si próprio, são obras declaradamente autobiográficas. “Minha Mãe” (2015) é inspirado na morte da própria mãe. Em suas obras mais antigas encontramos Michele Apicella, considerado um alter ego do diretor, que dá vida a esse personagem em seis filmes, de 76 a 89. Nanni Moretti foi opositor, porta-voz e um dos principais líderes do movimento que derrubou o ex-premiê Silvio Berlusconi – uma espécie de Eduardo Cunha vitaminado. Seu filme “O Crocodilo” (2006), produzido no fogo dessa batalha, tornou-se o mais celebrado do diretor. Moretti também dirigiu, escreveu o roteiro e atuou em “A Missa Acabou” (1985), “O Quarto do Filho” (2001) e “Habemus Papam” (2011).

 

Roberto Faenza (1943)

O cineasta italiano Roberto Faenza nasceu em Turim e formou-se no Centro Sperimenale di Cinematografia, em Roma, 1965. Fez sua estreia como diretor com “Escalada” (1968), que mostra como o filho hippie de um ricaço vai sendo transformado em indivíduo apto para dirigir a indústria da família. Suas atividades não se limitam ao cinema: autor de ensaios e livros, é professor de Comunicação de Massa. Em 1993, ganhou o David di Donatello de Melhor Diretor com o filme “Jonas que Viveu na Baleia”. Dirigiu também uma biografia não autorizada de Berlusconi, “Sílvio Forever” (2011), além de “Corações Covardes” (1990), “Sostiene Pereira” (1995), “Jornada da Alma” (2002); “Alla Luce del Sole” (2005), ”Um Dia Essa Dor Será Útil” (2012) entre outros.

 

Ettore Scola (1931-2016)

Ettore Scola nasceu em Trevico, Itália. Ingressou na indústria cinematográfica como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpaso”, 1962). Dirigiu seu primeiro filme, “Vamos Falar Sobre as Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento internacional com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), um tocante painel da Itália do pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º. Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Desde então, realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Splendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.