25-11-16 Bom dia noite

Assista o filme “Bom dia, Noite”, de Marco Bellocchio, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES

25-11-16 Bom dia noite

 

Na próxima segunda (28), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresentará o filme “Bom dia, Noite”, de Marco Bellocchio (2003). Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

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A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

BOM DIA, NOITE, de Marco Bellocchio (2003), ITÁLIA, 105 min.

 

SINOPSE

Em 1978 Aldo Moro (Roberto Herlitzka), o líder da Democracia Cristã, foi sequestrado e morto pelo grupo extremista Brigada Vermelha. Chiara (Maya Sansa) faz parte do grupo de sequestradores. Levando uma vida aparentemente monótona no trabalho, Chiara secretamente se engaja no grupo radical de esquerda. À medida que cresce seu fascínio pela vida utópica ela passa a enfrentar problemas com seus companheiros de luta, devido a força destrutiva que possui todos os que os cercam.

 

Confira nossa programação!

 

O DIRETOR

Bellocchio nasceu em Bobbio, Emilia-Romagna. Estudou cinema em Roma, no Centro Experimental de Cinematografia (1959-62), e depois em Londres. De volta a Itália, dirigiu, com a idade de 26 anos, seu primeiro filme, o polêmico e inconformista “De Punhos Cerrados” (1965), que é até hoje uma de suas obras mais assistidas. Realizou cerca de 30 longas, entre os quais se incluem “La China È Vizina” (1967), “Nel Nome del Padre” (1972), “Sbatti Il Mostro In Prima Pagina” (1972), “A Gaivota” (1977), “Diabo no Corpo” (1986), “Il Sorriso de Mia Madre” (2002), “Bom Dia, Noite” (2003), “Vencer” (2009), “Bella Addormentata” (2012).

 

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Acordão de partidos envolvidos na Lava Jato para anistiar caixa 2 será votado na Camara as pressas

 

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Em meio à ameaça nos bastidores de que seja aprovada uma anistia ao crime de caixa dois, a Câmara dos Deputados aprovou no início da tarde desta quinta-feira (24) um pedido de urgência para a votação do projeto de lei com as chamadas medidas anticorrupção. Votaram a favor 312 deputados, 65 votaram contra e 2 se abstiveram.

Com a aprovação da urgência, o projeto deve ser votado ainda hoje. Deputados articulam para que a anistia seja incluída no texto que será analisado pela Câmara. O caixa dois é o recebimento de doações eleitorais não declaradas à Justiça.

O projeto foi aprovado na quarta-feira em comissão especial da Câmara. O texto do relator, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) não trata da anistia, mas o tema tem sido debatido em conversas reservadas entre os deputados.

 

O texto do projeto anticorrupção cria uma tipificação específica para o crime de caixa dois. Atualmente, apesar de ser considerado uma prática ilegal, o crime de caixa dois não está claramente previsto na legislação e as punições à prática são feitas com base no artigo do Código Eleitoral que pune diversos tipos de omissão em documentos eleitorais.

 

Luciana Genro (PSOL-RS) deu uma declaração sobre a atual situação “Um acordão entre os partidos envolvidos na Lava Jato deve aprovar esta emenda que anistia os crimes de caixa 2. É um golpe na luta contra a corrupção, efeito do acordo de delação feito pelos executivos da Odebrecht. Por certo mais da metade do Congresso será presa se a anistia não for aprovada. Estão em desespero”.

 

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Fonte: UOL

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Confira entrevista do presidente do CPC UMES para a Rádio USP, sobre a Mostra Mosfilm 2016

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Confira a entrevista de Cido Tavares, do programa “De Papo Pro Ar”, da Rádio USP, com Gabriel Alves, presidente do CPC UMES, sobre a terceira edição da Mostra Mosfilm de Cinema Russo.

 

Clique aqui para ouvir a entrevista

 

A mostra será realizada na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, no Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino, entre os dias 22 e 27 de novembro de 2016, trazendo ao público a rara oportunidade de conhecer a rica cinematografia russa, com programação gratuita. Não perca tempo, confirme sua presença no Facebook!

 

A entrevista foi ao ar no dia 16 de novembro.

 

 

Programação completa:

 

 

TERÇA, 22 DE NOVEMBRO

 

20h00 – ABERTURA – ALEKSANDR NEVSKY – 1938 I P&B I 108 min I Guerra

Direção: Serguey Eisenstein / Roteiro: Pyotr Pavlenko , S. Eisenstein / Música: Serguey Prokofiev. Na primeira metade do século 13, o príncipe russo Alexandr Nevsky organiza um exército popular que derrota a invasão dos ancestrais das hordas hitleristas, os Cavaleiros Teutônicos. Com trilha musical de Prokofiev, o filme foi cuidadosamente restaurado em 2015.

QUARTA, 23 DE NOVEMBRO

 

19h00 – NOITE DE INVERNO EM GAGRA – 1985 I Colorido I 89 min I Drama Musical

Direção: Karen Shakhnazarov / Roteiro: Aleksander Borodyansky, Karen Shakhnazarov Música: Anatoly Kroll. Ex-famoso dançarino de sapateado leva uma vida discreta, mas sonha em repetir o sucesso dos anos 50. A oportunidade virá quando o programa de TV “Nomes Esquecidos” informa que ele não está mais vivo!

QUINTA, 24 DE NOVEMBRO

 

19h00 – ARSENAL – 1928 I P&B I 88 min I Guerra

Direção: Aleksandr Dovzhenko / Roteiro: Aleksandr Dovzhenko / Música: Igor Belza.
No segundo filme da trilogia silenciosa de Dovzhenko, que compreende “Zvenigora”, “Arsenal” e “Terra”, veterano bolchevique da 1ª Guerra Mundial promovem o levante dos operários da fábrica de armamentos Arsenal contra o governo burguês de Kiev, por uma Ucrânia soviética.

21h00 – O QUADRAGÉSIMO PRIMEIRO – 1956 I Colorido I 87 min I Drama

Direção: Grigori Chukhray / Argumento Original: Boris Lavrenyov / Música: Nikolay Kryukov. Exímia atiradora do Exército Vermelho, com cartel de 40 inimigos abatidos, Maryutka se apaixona por prisioneiro sob sua escolta, o tenente Vadim Nikolaievich do Exército Branco. Filme de estreia de Grigori Chukhray, baseado na obra de Boris Lavrenyov. A primeira adaptação do romance foi dirigida por Yakov Protazanov em 1927.

 

SEXTA, 25 DE NOVEMBRO

 

19h00 – UM ACIDENTE DE CAÇA  – 1978 I Colorido I 107 min I Drama

Direção: Emil Loteanu / Roteiro: Emil Loteanu / Música: Evgueny Doga. Adaptado da novela de Anton Chekhov, publicada como folhetim em 1884-85 e considerada precursora do romance policial psicológico, o filme penetra no vazio moral da aristocracia decadente ao narrar o drama da jovem Olga, cobiçada por três homens de meia-idade.

21h00 – COSSACOS DO KUBAN – 1949 I Colorido I 110 min I Comédia Musical

Direção: Ivan Pyryev / Roteiro: Nikolay Pogodin / Música: Isaak Dunayevsky.
Nas estepes do rio Kuban, dois kolkhozes (cooperativas agrícolas) competem para ver quem consegue colher mais trigo. Realizado em cores, “Cossacos do Kuban” foi a maior produção musical do cinema soviético.

 

SÁBADO, 26 DE NOVEMBRO

 

16h30 – REPRISE – ALEKSANDR NEVSKY – 1938 I Colorido I 108 min I Guerra

18h30 – BORIS GODUNOV – 1986 I Colorido I 140 min I Drama

Direção: Serguey Bondarchuk / Roteiro: Serguey Bondarchuk / Música:Vyacheslav Ovchinnikov. Bondarchuk estrela e dirige a tragédia escrita por Pushkin, ambientada nos anos 1598-1605, às vésperas da “era das perturbações”. O tema, também compartilhado pela ópera de Mussorgsky, é a ascensão e queda do czar Boris Godunov frente a um jovem monge que se faz passar pelo filho do czar Ivan IV, o Terrível.

21h00 – A ESTRELA – 2002 I Colorido I 97 min I Guerra

Direção: Nikolay Lebedev / Roteiro: Aleksander Borodyansky, Evgueny Grigoryev, Nikolay Lebedev / Música: Aleksey Rybnikov. Grupo especial do Exército Vermelho – codinome,

A Estrela – é enviado a uma missão de reconhecimento atrás das linhas inimigas, no verão de 1944.  Refilmagem do romance homônimo de Emmanuil Kazakevich, publicado em 1947, com sucesso instantâneo de público e crítica.

DOMINGO, 27 DE NOVEMBRO

 

17h45 – O CONTO DO CZAR SALTAN – 1966 I Colorido I 85 min I Fantasia

Direção: Aleksandr Ptushko / Roteiro: Aleksandr Ptushko / Música: Gavriil Popov.
Imortalizado na ópera de Rimsky-Korsakov, o poema de Aleksandr Pushkin sobre uma rainha traída pelas irmãs invejosas e exilada em uma ilha mágica com seu filho, recebe
a adaptação do mestre dos efeitos especiais, cujas animações se integram à realidade com rara inteligência e leveza.

20h00 – SOLARIS – 1972 I Colorido I 167 min I Ficção Científica

Direção: Andrei Tarkovsky / Roteiro: Fridrikh Gorenshteyn, Andrei Tarkovsky / Música: Eduard Artemyev (e o prelúdio coral em fá menor, de johannsebastian bach). Grande Prêmio do Júri e Prêmio da Crítica Internacional, no Festival de Cannes, em 1972, baseado na novela de Stanislaw Lem, Solaris conta a história da investigação sobre um planeta dotado de inteligência capaz de penetrar no íntimo dos seres humanos e materializar clones de suas mais secretas lembranças.

 

21-11-16 Mostra

“Aleksandr Nevsky” restaurado abre a Mostra Mosfilm 2016

21-11-16 Mostra

 

Entre os dias 22 e 27 de novembro a Cinemateca Brasileira apresentará, em São Paulo, a 3ª edição da Mostra Mosfilm de Cinema. Serão exibidos 10 filmes do período soviético e pós-soviético, quase todos inéditos no Brasil.

 

A Mostra acontecerá também na Cinemateca Paulo Amorim, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, com a exibição de oito filmes entre os dias 24 de novembro e 2 de dezembro.

 

As duas mostras serão abertas com a versão restaurada em 2015 do clássico Aleksandr Nevsky, de Serguey Eisenstein.

 

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A versão paulista contará com a apresentação especial, no dia 23 de novembro, de “Vermelho Russo”, filme brasileiro que não é uma produção do Mosfilm, mas que, no entender dos produtores da Mostra, “tem tudo a ver com o intercâmbio entre Brasil e Rússia em matéria de cinema”.

 

Fundado em 1924, o Mosfilm possui um acervo de 2500 obras, sendo hoje o maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa.

 

O HP entrevistou Susana Lischinsky e Bernardo Torres, organizadores da Mostra.

 

HP – Neste ano, a mostra de São Paulo e a de Porto Alegre vão acontecer de forma quase simultânea. Está tudo pronto?

Susana – Para dizer a verdade, não. Houve um embaraço com a chegada dos filmes no Brasil, e a greve da Receita Federal nos impediu de resolver o problema. Os filmes voltaram para Moscou e tiveram que ser reenviados.

 

HP – E se não chegarem?

Bernardo – Vamos ter que pedir desculpas ao público e marcar outra data. Mas vão chegar. Deus é grande!

 

HP – Estamos sabendo que vocês vão passar um filme brasileiro na mostra de São Paulo…

Susana – É. Queremos aproveitar para agradecer à amiga Maria do Rosário Caetano. Crítica de cinema e agitadora cultural, ela assistiu “Vermelho Russo” no Festival do Rio e abriu uma campanha para que ele estivesse presente na nossa mostra. A equipe do filme concordou, de modo muito simpático, e resolveu nos dar essa canja. Não é uma produção do Mosfilm, mas tem tudo a ver. “Vermelho Russo” combina realidade e ficção na relação de duas amigas atrizes que vão estudar o método Stanislavsky em Moscou. É humano, inteligente e tem um humor finíssimo.

 

HP – Que mais surpresas vocês nos reservaram para esta Mostra?

Bernardo – Surpresas, acho que mais nenhuma. Temos algumas novidades. A primeira é que vamos abrir a mostra com a cópia restaurada em 2015 do clássico Aleksandr Nevsky. O filme é de 1938 e foi muito valorizado, como o próprio Eisenstein fez questão de sublinhar em prosa e verso, pela trilha monumental de Prokofiev. A segunda é que incluímos um filme de Aleksandr Ptusko, mago dos efeitos especiais, do tempo em que os computadores passavam longe do cinema…

 

Susana – A terceira é que na programação mantivemos o critério das mostras anteriores de selecionar obras de diferentes gêneros e épocas, mas demos uma enfatizada nos filmes produzidos a partir de grandes obras literárias. “Um Acidente de Caça” adapta uma novela de Chekov; “Boris Godunov” e “O Conto do Czar Saltan” partem respectivamente de uma tragédia e um poema de Pushkin; “O Quadragésimo Primeiro” e “A Estrela”, dos escritores soviéticos Boris Lavrenyov e Emmanuil Kazakevich, venderam milhões de exemplares antes de irem para as telas. E nem cito Stanislaw Lem, porque ele disse que a adaptação que Tarkovsky fez de Solaris foi tão pessoal que mudou o sentido da obra.

 

HP – Mas cinema é cinema…

Bernardo – É. Mas quem tem a tradição que os russos possuem na literatura, na dramaturgia, na música, na dança tem que fazer menos força para criar um bom cinema…

Susana – Gostaria de dar um exemplo. Emil Loteanu e Evgeny Doga nasceram na Moldávia. Eles constituíram uma dupla, um como diretor e o outro como compositor, que realizou para o Mosfilm, entre 1971 e 1983, quatro filmes de extraordinário sucesso. A valsa de Doga para “Um Acidente de Caça” tornou-se tão popular que passou da tela para as festas de casamento.

 

HP – E a circulação da produção do Mosfilm no Brasil? Tem melhorado? Até que ponto o CPC-UMES Filmes tem contribuído?

Bernardo – O Mosfilm tem mais de 2.500 títulos. O CPC-UMES Filmes vai fechar 2016 com 22 DVDs lançados. É uma parcela muito pequena dessa produção. Não temos recursos para investimento de longo prazo, mas não temos do que nos queixar. Nosso site www.cpcumesfilmes.org.br é bastante visitado, as mostras têm obtido boa divulgação, nossos lançamentos passaram no teste de ficar em cartaz todos os dias deste ano, de terça a domingo, na Casa de Cultura Mário Quintana em Porto Alegre. Talvez por coincidência, talvez não, tivemos notícia de mais duas mostras de cinema russo no Brasil em 2016. Estamos cobrindo uma lacuna deixada pela inoperância de um poder público completamente tapado em matéria de cultura. Depois, quando a gente ficar rico com o ouro de Moscou eles vão chorar. Aí vai ser tarde demais. [risos]

 

HP – O que vende mais?

Susana – Da safra mais antiga, os filmes de Mikhail Romm: “Lenin em Outubro” e “O Fascismo de Todos os Dias”. Da safra nova “Tigre Branco”, de Karen Shakhnazarov, e da intermediária, “Solaris”, de Tarkovski. E não pergunte quanto vende, porque dá azar ficar falando em dinheiro. [risos]

 

HP – Quando os entrevistamos para a 1ª. Mostra, vocês não quiseram antecipar os próximos lançamentos de DVDs, dizendo que, se não guardassem uns segredos, não os entrevistaríamos mais. Estamos na terceira entrevista. Podem agora fazer a fineza de antecipar?

Bernardo – Não tem mistério. Em geral os filmes que trazemos para as mostras do final do ano, são os lançamentos do ano seguinte. É só observar.

 

Cinemateca Brasileira (São Paulo) Rua Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino -Informações (11) 35126111

 

21-11-16 Vermelho Russo

Mostra Mosfilm SP terá sessão especial com “Vermelho Russo”

21-11-16 Vermelho Russo

 

Em sessão especial será exibido na 3ª Mostra Mosfilm de Cinema o filme brasileiro, realizado na Rússia, “Vermelho Russo”.

 

“Vermelho Russo” não é uma produção do Mosfilm, mas, para os organizadores da mostra, ele é um passo importante no intercâmbio entre Brasil e Rússia em relação ao cinema e a cultura em geral.

 

Maria Manoela e Martha Nowill interpretam duas jovens atrizes que vão para Moscou para estudar o método de atuação de Konstantin Stanislavski. A trama é inspirada em uma viagem real realizada pelas duas atrizes em 2009, que gerou um projeto que se transformou no segundo longa de Charly Braun.

 

Todos os personagens receberam os nomes de seu intérprete. Resultou dai um filme brasileiro, filmado integralmente em Moscou e que abriu a mostra competitiva da Première Brasil no Festival do Rio no Cine Roxy, no mês passado.

 

“Fui ver Vermelho Russo com muita expectativa. E o filme superou o que eu esperava. O diálogo do público com o que se via na tela era total. Risos soltos, muita alegria. Nowill & Maria Manoela estão ótimas e divertidíssimas, o russo que ensaia as duas (numa montagem de Tio Vânia) é fantástico, o roteiro e os improvisos do elenco são cativantes e a complicada relação entre atrizes que estão estudando em Moscou sem falar russo não barateiam a narrativa. Uma tradutora faz o meio de campo e as dificuldades linguísticas geram ótimos momentos do filme”, relata a jornalista Rosário Caetano em seu Blog, Almanakito.

 

Será exibido na 4ª feira, dia 23, às 20h45. Depois haverá um debate com a presença de Charli Braun e das atrizes Martha Nowill e Maria Manoela.

Fonte: Hora do Povo

 

19-11-16 Renan

Renan quer armar uma lei para escapar da Lava Jato

19-11-16 Renan

 

Quer intimidar juízes e procuradores. Senador Roberto Requião (PMDB-PR) será o relator do PL. “Queremos todos os ladrões na cadeia”, disse o senador paranaense

 

O presidente do Senado, Renan Calheiros, é o que se pode chamar uma torpeza pública e privada. O fato de alguém tão medíocre e sem compromisso com o país (exceto com o seu próprio bando) ocupar a presidência do Senado – onde já estiveram Feijó, Floriano, Nilo Peçanha, Nereu Ramos, Goulart – é, por si, uma vergonha nacional.

 

Mas não é só isso. É pior. As tentativas atuais de usar o cargo de presidente do Senado para acabar com a Operação Lava Jato – na qual é implicado em nove processos, mais três por outros ilícitos, inclusive um da Operação Zelotes, por venda de medidas provisórias às multinacionais automobilísticas – são próprias de um gangster, não de um parlamentar.

 

É óbvio que a República não pode conviver com essa falência moral. Um presidente do Senado com 12 processos por roubo da propriedade pública – mais um pedido de prisão por tentar mudar a lei para ficar impune, feito pelo Procurador Geral Rodrigo Janot – é algo inédito na História do Brasil.

 

Além de aberrações como o projeto de lei nº 3.636/2015 – de autoria de um correligionário e apadrinhado de Renan, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) – que, na prática, anula as punições oriundas da Lava Jato, há o notório projeto de lei, supostamente, sobre o “abuso de autoridade”.

 

Este projeto foi exumado pelo tucano Gilmar Mendes, que, no STF, é o mais histérico representante da operação abafa contra a Lava Jato. Nem Renan nem Mendes acham que roubar é “abuso de autoridade”. Mas ambos acham que punir os ladrões é um terrível “abuso de autoridade”.

 

O texto, apresentado em 2009 pelo atual ministro da Defesa de Temer, Raul Jungman, fora engavetado pelas razões apontadas por Janot: “A proposta é muito ruim. Uma proposta não pode deixar de forma aberta tipos de abuso. Não pode criminalizar o que chamamos de crime de hermenêutica. Um juiz não pode ser criminalizado pelo fato de ter dado uma interpretação jurídica”.

 

ABUSO

 

Evidentemente, é possível discutir uma lei que coíba os abusos de autoridade – pois a atual é de 1965, portanto, foi instituída no primeiro governo da ditadura.

 

Coisa completamente diferente é, em meio às investigações da Operação Lava Jato, os próprios investigados, apenas para se proteger e proteger o seu roubo, substituírem a lei anterior por outra que define de maneira sofrível (ou, simplesmente, não define) o que constitui “abuso de autoridade”.

 

Por exemplo, pelo artigo 13 do projeto de lei, é crime, passível de condenação a quatro anos de cadeia, “constranger alguém, sob ameaça de prisão, a depor sobre fatos que possam incriminá-lo”.

 

O que isso quer dizer é que, na prática, ficam proibidas as “delações premiadas”. Se nem a ameaça de prisão pode ser utilizada, muito menos a prisão, quando esta for cabível.

 

Na página oito desta edição, publicamos artigo do juiz Sérgio Moro em que há algumas precisas observações sobre este problema: nenhum ladrão do dinheiro público vai confessar, se não estiver ameaçado de prisão – ou preso, evidentemente por razões que a lei determine a sua prisão. Por sua natureza, não existe punição aos “crimes de colarinho branco”, sem que haja confissão ou confissões.

 

Além disso, existe, como disse Janot, uma série de questões que são interpretativas (ou seja, “hermenêuticas”, como dizem os juristas). Por exemplo, o projeto de lei prevê condenação de até cinco anos de cadeia (mais multa) para quem “dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa, sem justa causa fundamentada” ( Art. 30).

 

Será que qualquer absolvição é prova de que não existia “justa causa fundamentada” para abrir o processo? Seria um absurdo, mas, do jeito que está no projeto, seria fácil chegar a essa conclusão absurda.

 

Evidentemente, discussões jurídicas à parte, Renan somente se agarrou a esse projeto, exumado por Gilmar Mendes, porque quer acabar com a Lava Jato antes que a Lava Jato acabe com ele.

 

Portanto, a própria apresentação do projeto neste momento é uma indecência. Pior ainda quando se tentou aprová-lo de afogadilho, sem discussão – e Renan tentou esse golpe (sim, golpe) várias vezes, e fracassou em todas. Até o seu colega Romero Jucá (PMDB-RR), também implicado na Lava Jato, não se atreveu a levá-lo avante (Jucá, por sinal, acaba de ser nomeado, por Temer, líder do governo – esse, como o anterior, é um governo de investigados pela Lava Jato).

 

Mas Renan não desistiu – até porque os processos correm lentamente, no STF, mas correm. E vem aí a delação dos 70 da Odebrecht. Esta, é, aliás, o motivo da atual pressa e desespero para tornar imunes, impunes – acima das leis atuais – os propineiros que a Operação Lava Jato está cercando.

 

REQUIÃO

 

Com a ida de Romero Jucá para a liderança do governo, Renan convidou o senador Roberto Requião para relator do projeto. Renan quer cobrir o projeto com uma autoridade e legitimidade que não tem. Torrado moralmente, Renan quer usar Requião para passar o projeto.

 

No entanto, Requião tem uma posição firmada sobre a Lava Jato, que é oposta a de Renan, do PT, etc. No último dia quatro, Requião afirmou que “o clima nacional de combate à corrupção é muito bom. Queremos todos os ladrões na cadeia”. E propugnou pela continuidade da Lava Jato: “Quero ver as delações do Marcelo Odebrecht e do Eduardo Cunha, a Lava Jato não pode ser seletiva, todos os ladrões do dinheiro público, indistintamente, devem ir para a cadeia”.

 

Ao aceitar a relatoria do projeto, Requião afirmou que “querem se considerar acima da sociedade e da lei. Isso tem que acabar e acabar de uma forma racional e equilibrada”.

 

É verdade. O esquema corrupto que tomou o país se considera tão acima da lei que até quer mudar as leis de acordo com suas corruptas conveniências.

 

Renan era – sobretudo depois que o PT lhe concedeu, durante 11 anos, a frota de petroleiros da Petrobrás (a Transpetro, onde alojou um preposto, o ex-senador tucano e peemedebista Sérgio Machado) – um chefe de quadrilha bem-sucedido.

 

As gravações de Renan feitas por Machado, onde, inclusive, fala-se de um “acordão” para acabar com a Lava Jato (com a ênfase de Renan em proibir “delações premiadas” de investigados sob prisão preventiva – o que está no projeto sobre suposto “abuso de autoridade), acabou com esse sucesso.

 

Porém, não foi só na confissão de Machado que as propinas para Renan apareceram:

 

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmou em seu depoimento que as propinas para Renan fizeram estourar o “teto” de 3% “normalmente” destinados a políticos.

 

Em junho deste ano, quando o STF permitiu a publicação dos depoimentos de Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobrás, soube-se que, em 2012, esse funcionário foi chamado por Renan em seu gabinete, para reclamar da “falta de propina”.

 

Em abril também deste ano, a relatora da Operação Zelotes, ministra Cármen Lúcia, do STF, já abrira inquérito para investigar a participação de Calheiros (e Jucá) na venda de emendas a medidas provisórias para o setor automotivo.

 

Na quarta-feira, Moro decretou a prisão do ex-governador Sérgio Cabral, o que causou um clima de festa no Rio de Janeiro.

 

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

 

Renan quer armar uma lei para escapar da Lava Jato

 

Quer intimidar juízes e procuradores. Senador Roberto Requião (PMDB-PR) será o relator do PL. “Queremos todos os ladrões na cadeia”, disse o senador paranaense

 

O presidente do Senado, Renan Calheiros, é o que se pode chamar uma torpeza pública e privada. O fato de alguém tão medíocre e sem compromisso com o país (exceto com o seu próprio bando) ocupar a presidência do Senado – onde já estiveram Feijó, Floriano, Nilo Peçanha, Nereu Ramos, Goulart – é, por si, uma vergonha nacional.

 

Mas não é só isso. É pior. As tentativas atuais de usar o cargo de presidente do Senado para acabar com a Operação Lava Jato – na qual é implicado em nove processos, mais três por outros ilícitos, inclusive um da Operação Zelotes, por venda de medidas provisórias às multinacionais automobilísticas – são próprias de um gangster, não de um parlamentar.

 

É óbvio que a República não pode conviver com essa falência moral. Um presidente do Senado com 12 processos por roubo da propriedade pública – mais um pedido de prisão por tentar mudar a lei para ficar impune, feito pelo Procurador Geral Rodrigo Janot – é algo inédito na História do Brasil.

 

Além de aberrações como o projeto de lei nº 3.636/2015 – de autoria de um correligionário e apadrinhado de Renan, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) – que, na prática, anula as punições oriundas da Lava Jato, há o notório projeto de lei, supostamente, sobre o “abuso de autoridade”.

 

Este projeto foi exumado pelo tucano Gilmar Mendes, que, no STF, é o mais histérico representante da operação abafa contra a Lava Jato. Nem Renan nem Mendes acham que roubar é “abuso de autoridade”. Mas ambos acham que punir os ladrões é um terrível “abuso de autoridade”.

 

O texto, apresentado em 2009 pelo atual ministro da Defesa de Temer, Raul Jungman, fora engavetado pelas razões apontadas por Janot: “A proposta é muito ruim. Uma proposta não pode deixar de forma aberta tipos de abuso. Não pode criminalizar o que chamamos de crime de hermenêutica. Um juiz não pode ser criminalizado pelo fato de ter dado uma interpretação jurídica”.

 

ABUSO

 

Evidentemente, é possível discutir uma lei que coíba os abusos de autoridade – pois a atual é de 1965, portanto, foi instituída no primeiro governo da ditadura.

 

Coisa completamente diferente é, em meio às investigações da Operação Lava Jato, os próprios investigados, apenas para se proteger e proteger o seu roubo, substituírem a lei anterior por outra que define de maneira sofrível (ou, simplesmente, não define) o que constitui “abuso de autoridade”.

 

Por exemplo, pelo artigo 13 do projeto de lei, é crime, passível de condenação a quatro anos de cadeia, “constranger alguém, sob ameaça de prisão, a depor sobre fatos que possam incriminá-lo”.

 

O que isso quer dizer é que, na prática, ficam proibidas as “delações premiadas”. Se nem a ameaça de prisão pode ser utilizada, muito menos a prisão, quando esta for cabível.

 

Na página oito desta edição, publicamos artigo do juiz Sérgio Moro em que há algumas precisas observações sobre este problema: nenhum ladrão do dinheiro público vai confessar, se não estiver ameaçado de prisão – ou preso, evidentemente por razões que a lei determine a sua prisão. Por sua natureza, não existe punição aos “crimes de colarinho branco”, sem que haja confissão ou confissões.

 

Além disso, existe, como disse Janot, uma série de questões que são interpretativas (ou seja, “hermenêuticas”, como dizem os juristas). Por exemplo, o projeto de lei prevê condenação de até cinco anos de cadeia (mais multa) para quem “dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa, sem justa causa fundamentada” ( Art. 30).

 

Será que qualquer absolvição é prova de que não existia “justa causa fundamentada” para abrir o processo? Seria um absurdo, mas, do jeito que está no projeto, seria fácil chegar a essa conclusão absurda.

 

Evidentemente, discussões jurídicas à parte, Renan somente se agarrou a esse projeto, exumado por Gilmar Mendes, porque quer acabar com a Lava Jato antes que a Lava Jato acabe com ele.

 

Portanto, a própria apresentação do projeto neste momento é uma indecência. Pior ainda quando se tentou aprová-lo de afogadilho, sem discussão – e Renan tentou esse golpe (sim, golpe) várias vezes, e fracassou em todas. Até o seu colega Romero Jucá (PMDB-RR), também implicado na Lava Jato, não se atreveu a levá-lo avante (Jucá, por sinal, acaba de ser nomeado, por Temer, líder do governo – esse, como o anterior, é um governo de investigados pela Lava Jato).

 

Mas Renan não desistiu – até porque os processos correm lentamente, no STF, mas correm. E vem aí a delação dos 70 da Odebrecht. Esta, é, aliás, o motivo da atual pressa e desespero para tornar imunes, impunes – acima das leis atuais – os propineiros que a Operação Lava Jato está cercando.

 

REQUIÃO

 

Com a ida de Romero Jucá para a liderança do governo, Renan convidou o senador Roberto Requião para relator do projeto. Renan quer cobrir o projeto com uma autoridade e legitimidade que não tem. Torrado moralmente, Renan quer usar Requião para passar o projeto.

 

No entanto, Requião tem uma posição firmada sobre a Lava Jato, que é oposta a de Renan, do PT, etc. No último dia quatro, Requião afirmou que “o clima nacional de combate à corrupção é muito bom. Queremos todos os ladrões na cadeia”. E propugnou pela continuidade da Lava Jato: “Quero ver as delações do Marcelo Odebrecht e do Eduardo Cunha, a Lava Jato não pode ser seletiva, todos os ladrões do dinheiro público, indistintamente, devem ir para a cadeia”.

 

Ao aceitar a relatoria do projeto, Requião afirmou que “querem se considerar acima da sociedade e da lei. Isso tem que acabar e acabar de uma forma racional e equilibrada”.

 

É verdade. O esquema corrupto que tomou o país se considera tão acima da lei que até quer mudar as leis de acordo com suas corruptas conveniências.

 

Renan era – sobretudo depois que o PT lhe concedeu, durante 11 anos, a frota de petroleiros da Petrobrás (a Transpetro, onde alojou um preposto, o ex-senador tucano e peemedebista Sérgio Machado) – um chefe de quadrilha bem-sucedido.

 

As gravações de Renan feitas por Machado, onde, inclusive, fala-se de um “acordão” para acabar com a Lava Jato (com a ênfase de Renan em proibir “delações premiadas” de investigados sob prisão preventiva – o que está no projeto sobre suposto “abuso de autoridade), acabou com esse sucesso.

 

Porém, não foi só na confissão de Machado que as propinas para Renan apareceram:

 

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, afirmou em seu depoimento que as propinas para Renan fizeram estourar o “teto” de 3% “normalmente” destinados a políticos.

 

Em junho deste ano, quando o STF permitiu a publicação dos depoimentos de Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobrás, soube-se que, em 2012, esse funcionário foi chamado por Renan em seu gabinete, para reclamar da “falta de propina”.

 

Em abril também deste ano, a relatora da Operação Zelotes, ministra Cármen Lúcia, do STF, já abrira inquérito para investigar a participação de Calheiros (e Jucá) na venda de emendas a medidas provisórias para o setor automotivo.

 

Na quarta-feira, Moro decretou a prisão do ex-governador Sérgio Cabral, o que causou um clima de festa no Rio de Janeiro.

 

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

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O cinema e as contradições de Elio Petri

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CAIO PLESSMANN*

O cineasta italiano Elio Petri (1929-1982) parece levar às últimas conseqüências sua visão crítica da sociedade e ainda que destaque temas agudamente pertinentes na dinâmica contemporânea – o que o situa dentre os mais corajosos de sua geração -, em suas obras não se vê saídas para os impasses que constrói com rara habilidade. Ao contrário, ele desenha a dinâmica interna dos seus filmes de tal modo que torna-se quase impossível superar os aspectos doentios e até mesmo terminais da sociedade que retrata.

O autor era ligado ao partido comunista mas rompeu com o mesmo após as denúncias contra Stalin. Poucos cineastas talvez tenham sentido tanto a falta de perspectivas quanto ele. Resultado do cruzamento de marxismo, psicanálise, iconoclastia religiosa, cinema e artes plásticas, o autor alcança notável rigor estilístico os quais surpreendentemente deságuam em uma visão niilista do homem, da sociedade e da história, deixando transparecer a sua incapacidade de produzir sentido que se contraponha às versões de encomenda do homem médio que continuamente critica.

Em A Classe Operária Vai Ao Paraíso, 1971, ironiza a tentativa do movimento sindical colocando-o em paralelo à metáfora do engano que seria o Paraíso. Estende sua análise situado-a na lógica de crenças subalternas que reduz o funcionário padrão ao tipo puxa-saco. Depois, na virada do personagem, lhe aplica um nocaute quando o lança alienado no seio do movimento operário, batendo de frente com a estrutura industrial que o atropela avassaladoramente. A narrativa é ágil, nervosa, realista.

Movimento semelhante, mas inverso, opera em Todo Modo, 1976, lançado aqui como Juízo Final. Nessa obra intrigante de recorte expressionista Petri coloca a cúpula da Democracia Crista dentro de um regime de trabalhos espirituais jesuíticos, tratando de contemporizar através de suas práticas a corrupção endêmica a que estavam entregues. Surpreende justificando o extermínio a que se dedica a extrema esquerda (no filme personagem oculto), em termos de uma metafísica fatalista operada nos moldes de um juízo final irremediável.

Parece oferecer assim permanente ajuste de contas com os sistemas falidos que critica, sem oferecer rota de fuga aos seus personagens. Em Investigação Sobre Um Homem Acima de Qualquer Suspeita, 1972, responde com força à renovação do movimento fascista dentro do governo italiano dos anos 60/70. Nessa obra sui generes o protagonista expõe seu crime para provar, pela impunidade, a própria autoridade. Trabalho indigesto para o status quo que àquele tempo tratava de disfarçar cada vez mais as duas ou três décadas de cinismo que disseminara.

Seu impressionante rigor estilístico ligado às conquistas formais do neo-realismo e dos cinemas novos, seu tratamento dramatúrgico funcional e expressivo o situa como expoente da crítica social. Sua construção da verdade fora do homem e dentro da estrutura de interpretação histórica submetida aos sabores do tempo exige que o espectador se situe, ele mesmo, em si próprio para escapar ao destino terrível que seus personagens parecem adentrar, uma espécie de peste medieval congênita e contraditória. Talvez a dificuldade do desafio lançado seja a causa de Petri estar entre os menos prestigiados de sua geração. Morto precocemente aos 53 anos, deve ser assistido de forma mais generosa do que a que utilizou em suas analises, para que a manipulação do espírito se torne álibi e não sentença. Sua obra convida desse modo o espectador a observar simultaneamente personagens e espaço-tempo, a vivenciar na prática a percepção simultânea e distinta da tela e de si mesmo.

*É cineasta

19-11-16 Giordano Bruno

Participe da sessão de “Giordano Bruno”, de Giuliano Montaldo (1973), na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES

19-11-16 Giordano Bruno

 

Na próxima segunda (21), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresenta o filme “Giordano Bruno”, de Giuliano Montaldo (1973). Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema com entrada franca!

Confirme sua presença!

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

GIORDANO BRUNO, de Giuliano Montaldo (1973), ITÁLIA, 120 min.

SINOPSE

O roteiro mostra um dos episódios mais polêmicos da história: o processo e a execução do astrônomo, matemático e filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600), queimado na fogueira pela Inquisição por causa de suas teorias contrárias aos dogmas da Igreja Católica.

Confira nossa programação!

O DIRETOR

Nascido em Génova, Giuliano Montaldo fez sua estréia como diretor com “Tiro Al Piccione” (1960), um filme sobre a Resistência Partisan. Seu segundo filme, “Una Bella Grinta”, estrelado por Norma Benguel, sobre um alpinista social durante a época do “milagre econômico italiano”, ganhou o prêmio especial do júri no Festival de Berlim (1965). Naquele ano, também dirigiu a segunda unidade da obra-prima de Pontecorvo “A Batalha de Argel”. Depois de ter filmado para a Paramount, nos EUA, voltou à Itália para realizar “Gott Mit Uns” (1969), “Sacco e Vanzetti” (1971) e “Giordano Bruno” (1973). Com “Agnes Vai Morrer” (1976), retomou o tema da Resistência. Em seguida, voltou-se para a televisão, tendo dirigido, entre outras, a mini-série Marco Polo (1982). Entre 1999 e 2003, foi presidente da RAI Cinema. Seus filmes mais recentes são: “Os Demônios de São Petersburgo” (2008), o documentário “O Ouro de Cuba” (2009) e “O Industrial” (2011).

 

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Renata Bianco, presente!

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Faleceu na noite de quarta-feira, aos 48 anos, Renata Cristina Spadari Lopes Bianco. Militante determinada, Renata foi uma das peças chaves na reconstrução do movimento universitário brasileiro no final da década de 80 e início dos 90, quando foi presidente do Diretório Acadêmico de Letras da PUC de Campinas, vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes da PUC e diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE). Membro da coordenação da Juventude Revolucionária 8 de Outubro (JR8), participou da Brigada de Solidariedade a Cuba (1992) e de várias missões internacionais junto à Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD).

Fundadora do Centro Popular de Cultura (CPC) da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo, foi presa durante o governo FHC por ser diretora da Rádio da UMES, emissora que lutava pela democratização da comunicação.

Fundadora do Partido Pátria Livre (PPL) e membro dos diretórios nacional, e estadual de São Paulo, trabalhava atualmente como enfermeira em Araraquara, onde dava o melhor de si no apoio às crianças e às mães na Maternidade Gota de Leite.

Dedicada colaboradora da Hora do Povo, muito contribuiu para organizar a distribuição do jornal na capital paulista.

Renatinha era esposa de Mauro Bianco e mãe de Guilherme e de Pedro. Lutou bravamente por cinco anos, até o seu último suspiro, contra o câncer. Sua garra e seu exemplo de fé e compromisso no futuro deixarão saudades e servirão de estímulo às futuras gerações.

Fonte: Hora do Povo

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EE. Joaquim Luiz de Brito realizou o “IV Brito sem Homofobia”.

 

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A Escola Estadual Joaquim Luiz de Brito, situada na Freguesia do Ó, zona oeste de São Paulo, realizou pela quarta vez o projeto ”Brito sem homofobia” que contou com diversas palestras, shows, filmes, debates, apresentações, oficinas reflexivas entre outras, que visam englobar a comunidade escolar a cerca do combate a homofobia no ambiente escolar e sociedade

 

O projeto “Brito sem Homofobia” iniciou-se em 2013 tendo como foco a inclusão do debate sobre as dificuldades enfrentadas no âmbito escolar da aceitação da diversidade. De acordo com um artigo sobre homofobia da “Revista Escola” de junho de 2013, citando o estudo  sobre “Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil”, da Fundação Perseu Abramo, a escola é considerada o melhor lugar para por fim a homofobia, cabendo aos educadores tratarem do tema com seus educandos. Nos “Parâmetros Curriculares Nacionais”, no segmento de “Temas Transversais” que perpassam todas as disciplinas, a “Orientação Sexual” é um item que  deve ser abordado, cabendo a escola e o educador  informar, problematizar e debater os diferentes tabus, preconceitos e discriminações, entre as quais a homofobia, abrindo espaço para o respeito e o reconhecimento da diversidade sexual.

 

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A E.E.Joaquim Luiz de Brito tornou-se pioneira ao fazer um evento que traz em pauta esse tema ao cotidiano da vida dos alunos na escola. Nos três primeiros eventos alcançou em média anualmente oitocentos alunos  e pretendeu-se ampliar esse número, com o diferencial de abertura maior para a comunidade onde cada aluno poderá trazer convidados. Nesta quarta edição ampliou as discussões, abordando o racismo, a questão de gênero e o sexismo.

 

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Samuel, criador do livro guardei no armário palestrou na escola durante o evento e afirmou “É de total importância que o projeto se replique para mais escolas, para que assim, possamos fomentar ainda mais essa discussão e poder ter a sociedade que queremos, livre de preconceitos. Pra mim é uma resistência ser negro e gay, no cenário da escrita atual, pois sabemos o quanto a literatura brasileira é opressora e classista com os nossos iguais. Somos relatados ainda como ruins e problemáticos, mas temos que quebrar esses paradigmas e resistir sempre, precisamos invadir a literatura e dizer que estamos aqui, livres!” Disse Samuel.

 

Léo Aquila, palestrante parabenizou o evento e afirmou a importância dos debates no âmbito escolar “Desde já, gostaria de parabenizar a organização do evento da escola pelo entendimento de organizar essas oficinas, palestras e debates e deixar os portões abertos para todos e todas entrarem, desta forma, conseguimos atingir ainda mais pessoas e conscientizar sobre a causa. Venho de uma época difícil, onde o entendimento a homofobia não era claro e totalmente preconceituoso. Sofri muito, pois as pessoas não sabem como lidar com a situação, prejudiquei-me na escola por conta disso e hoje faço a discussão para combatermos a homofobia, pois o que antes era uma sujeira debaixo do tapete, hoje é realidade. Precisamos discutir o que é necessário, uma escola, um trabalho e uma sociedade sem preconceitos”. Disse Léo Aquila.