cpi da merenda estudantes

Sessão da CPI da Merenda é marcada por repressão e agressões a secundaristas pela PM e depoimento de Fernando Capez.

cpi da merenda estudantes

Na quarta-feira (14) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) ocorreu a sessão da CPI da merenda, que investiga os roubos e os desvios da merenda escolar no Estado de São Paulo. As sessões que começaram com os depoimentos dos envolvidos pela Cooperativa Orgânica de Agricultura Familiar (COAF), passam agora a colher depoimentos e investigar as pessoas públicas e políticas, citadas na operação Alba branca. Fernando Capez, deputado estadual e presidente da ALESP foi o nome da vez a ser investigado.

 

Mais de 50 estudantes estavam na ALESP para acompanhar a sessão e muitos deles, dormiram na porta ou chegaram mais cedo para garantir um lugar, já que o plenário só cabe 24 pessoas. Enquanto os estudantes não entravam, os tucanos por sua vez, com seus cargos comissionados e contratados conseguiam entrar antes e assim ocupavam a fila a fim de impedir a entrada dos estudantes no plenário. A PM ameaçava os estudantes falando que eles não entrariam no plenário e que iria impedir qualquer tentativa de entrada. Por sua vez a PM agiu com truculência pra cima dos estudantes ali presentes e agiu covardemente pra cima de todos os presentes. A PM agrediu estudantes, levou injustamente um estudante secundarista e jogou gás de pimenta em todos ali, que só queriam entrar para acompanhar a sessão da CPI. O estudante e assessor de imprensa da UMES, Tiago Cesar foi agredido covardemente e atingido diretamente no olho com o gás de pimenta, ele foi atendido no local e passa bem.

 

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Com toda a truculência da PM do lado de fora do plenário, a sessão continuou colhendo e investigando o depoimento de Fernando Capez. O tucano negou o recebimento de qualquer valor da COAF, negou também ter falado por telefone ou trocado mensagens com qualquer um dos acusados de envolvimento nas irregularidades denunciadas. “Também não interferi junto à Secretaria de Educação e não ofereci qualquer benefício a qualquer participante”, afirmou o deputado. Ele afirmou que nos autos do processo não existem ligações diretas com ele, o que torna as acusações contra ele “falsas”.

 

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Para Caio Gulherme, presidente da UMES, o depoimento do Capez foi totalmente vazio e que a repressão policial aos estudantes é inaceitável. “Capez, peça chave no escândalo da merenda tucano falou nada com nada e é preciso que se investigue a fundo para confirmar a sua participação nos desvios da merenda. Já no lado de fora é totalmente inaceitável essa ação da PM de reprimir estudante que só queria acompanhar a sessão, a PM claramente agiu com truculência, intimidou e agrediu os estudantes. Só queremos lutar por uma escola pública melhor e para que os ladrões de merenda sejam punidos. Seguiremos acompanhando o desfecho das investigações e faremos de tudo pra garantir os ladrões de merenda na cadeia”. Afirmou Caio.

 

Acompanhe o video da ação truculenta da PM aos estudantes neste link CPI da Merenda

16-9-16 Tiago

Tucano manda PM atacar estudantes que acompanhavam a CPI da Merenda

16-9-16 Tiago

 

Antes do depoimento do deputado Fernando Capez (PSDB) na CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta quarta-feira, dia 14, policiais militares agrediram os estudantes que foram impedidos de acompanhar a sessão.

Dezenas de estudantes secundaristas aguardavam a abertura da sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Merenda que investiga as denúncias de superfaturamento e desvios de verba da merenda em São Paulo. Os estudantes foram barrados na porta de entrada da sala em que ocorreria o depoimento do deputado tucano, Fernando Capez. Eles foram informados que as cadeiras destinadas visitantes já estavam ocupadas por assessores dos parlamentares membros da CPI, além dos assessores de Capez, que preside a Alesp.

Após empurra-empurra no corredor de entrada da CPI, PMs agrediram os estudantes com cacetetes e dispararam spray de gás pimenta contra eles. O estudante e ex-vice-presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), Tiago César, foi atingido nos olhos e passou mal, sendo atendido por um brigadista do Corpo de Bombeiros. Um outro estudante foi detido pela PM.

“Só quero deixar bem claro minha indignação a essa PM fascista que reprime, agride e ameaça estudante e deixa à solta os reais bandidos que assolam nossas escolas e nossa sociedade. O spray de pimenta foi bem no meu olho e causou uma pequena lesão ocular, estou bem e isso não me impede de lutar por uma escola pública melhor, por mais educação e mais direitos. E não tem arrego contra os ladrões de merenda”, declarou o estudante Tiago César, agredido pela PM.

DEPOIMENTOS

Durante seu depoimento, Fernando Capez insistiu que seu nome foi indevidamente usado por ex-assessores e por membros da Coaf e se esquivou de responder sobre as negociatas realizadas por seus assessores com a cooperativa. Ao invés disso, Capez sugeriu que os deputados investigassem toda a merenda fornecida pelo governo de Geraldo Alckmin, seu colega de partido, e não apenas o suco de laranja vendido por uma cooperativa suspeita.

“Cadê o superfaturamento que existe dos grandes fornecedores da merenda? A merenda seca? Por que não se apura toda a merenda?”, disse Capez em coletiva após a CPI, repetindo o que já havia dito durante a sessão.

Os assessores de Capez, Jéter Rodrigues Pereira e José Merivaldo dos Santos também foram convocados a prestar depoimento na CPI. Jéter Pereira, prestou seu depoimento à CPI na terça-feira (13) e admitiu ter assinado um contrato de R$ 200 mil com a Coaf em 2014, quando atuava no gabinete do tucano. Para investigadores, o documento servia para justificar a saída de propina da cooperativa.

Já Merivaldo era esperado para depor nesta quarta, mas faltou à CPI alegando problemas de saúde. Ele foi destinatário de um cheque da Coaf de R$ 50 mil, que chegou a ser depositado em sua conta, mas voltou por falta de fundos. Embora diga que seu nome foi indevidamente usado por ex-­assessores e por membros da Coaf, Capez evitou defender uma punição dura aos dois. Disse que a Assembleia instaurou uma sindicância interna para apurar os fatos.

Além da CPI, ocorre também uma investigação criminal, realizada pelo Tribunal de Justiça. Entre os agentes públicos supostamente envolvidos no esquema estão o ex-chefe de gabinete da Casa Civil, Luiz Roberto dos Santos, o Moita, e o ex-chefe de gabinete da Secretaria da Educação, Fernando Padula. Além de Capez, também foram citados como beneficiários do esquema os deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB) e o deputado estadual Luiz Carlos Godim (SD).

Fonte: Hora do Povo

12-9-16 Alckmin

TCE: governo de São Paulo superfatura merenda

12-9-16 Alckmin 

Apuração do TCE (Tribunal de Contas do Estado) sobre a a compra de merenda escolar pelo governo de São Paulo concluiu que o Estado não obedece à lei que determina a aquisição de itens da agricultura familiar, não tem controle sobre esse tipo de compra e tem pago todos os produtos com sobrepreço.

A fiscalização foi feita no primeiro semestre, paralelamente à Operação Alba Branca, que investiga um suposto esquema de fraudes e pagamentos de propina justamente na compra de alimentos da agricultura familiar.

Em junho, em resposta ao TCE, a Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) informou que, após a Alba Branca ser deflagrada, em janeiro, decidiu rever procedimentos internos.

A pasta fez parceria com a Esalq (escola de agricultura) da USP para revisar os preços das chamadas públicas, um tipo de licitação menos rígido permitido por lei para o caso de pequenos agricultores.

“Por meio da metodologia aplicada, os pesquisadores demonstraram que em todas as chamadas públicas havia sobrepreço”, reconheceu o governo estadual ao TCE.

Por exemplo: o suco de laranja de 1 litro, que nas cooperativas custa de R$ 4,37 a R$ 4,59, saiu nas chamadas públicas de 2015 por R$ 6,62 –ao menos 44% mais caro.

O quilo do feijão preto, que nas cooperativas varia de R$ 1,67 a R$ 4,87, custou ao Estado R$ 5,09.

No ano passado houve certames para a compra de quatro tipos de produtos de pequenos agricultores: feijão preto, leite em pó, suco de uva e suco de laranja integrais.

A lei federal que visa estimular a agricultura familiar e oferecer alimentação saudável às crianças diz que no mínimo 30% dos recursos repassados aos Estados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) devem ser usados na compra de itens de pequenos produtores.

A norma é de 2009. O governo de São Paulo realiza as chamadas públicas desde 2011, mas só agora constatou-se a “não obediência” à lei.

O percentual no Estado, segundo o TCE, esteve sempre abaixo dos 30% exigidos, embora os valores absolutos empregados nesse fim tenham subido de R$ 13 mil, em 2012, para R$ 8,2 milhões em 2014.

Contudo, segundo o TCE, como o governo não faz um “controle paralelo somente do saldo da agricultura familiar”, é impossível saber qual foi o percentual destinado.

 

Fonte: Reynaldo Turollo Jr. da Folha de S. Paulo

 

12-9-16 Ideb SP

Ensino médio de São Paulo não cumpre meta do Ideb

12-9-16 Ideb SP

 

Conforme as séries avançam, o resultado vai ficando mais longe do objetivo. No ensino médio, a nota foi 3,9, e a meta era 4,2

 

A educação pública do Estado e da capital continua não passando de ano nas séries mais adiantadas. Em compensação, nas séries iniciais, a média foi alcancada, segundo o resultado do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgado nesta quinta-feira.

Há três categorias no índice: anos iniciais (do 1º ao 5º ano do ensino fundamental), anos finais (do 6º ao 9º ano) e ensino médio.

Na primeira fase do ensino fundamental, os alunos tanto do Estado quanto da capital superaram a nota estipulada para o ano passado. Para o Estado, a meta era 5,8 e a nota média foi 6,2. Na cidade de São Paulo, os alunos de toda a rede pública tiraram 6,1, acima dos 5,7 projetados.

Mas, conforme as séries avançam, o resultado vai ficando mais longe do objetivo. No ensino médio, a nota foi 3,9, e a meta era 4,2 (veja quadro).

“Esse sistema de educação que temos, com um volume insuportável de conteúdo para os alunos, sem relação com sua realidade, não funciona mais”, disse Claudia Hardagh, professora de educação do Mackenzie.

Ela afirmou que as escolas que vêm dado mais certo –inclusive públicas– têm currículo flexível, salas de aula que são sala de estudo e conteúdo “problematizado”, não solto, facilitando sua compreensão.

Fonte: Metro Jornal São Paulo

9-9-16 Divórcio à Italiana

Participe da sessão de “Divórcio à Italiana”, de Pietro Germi, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES

9-9-16 Divórcio à Italiana

 

 

Na próxima segunda (12), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresenta o filme “Divórcio à Italiana”, de Pietro Germi (1961). Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema com entrada franca!

 

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

DIVÓRCIO À ITALIANA, de Pietro Germi (1961), ITÁLIA, 108 min.

 

 

SINOPSE

O barão Fefé Cefalu está entediado com a vida e a mulher, Rosalia. Ele se apaixona pela prima Ângela quando os dois passam o verão juntos no mesmo castelo. Como o divórcio era impossível na Itália nos anos 60, ele decide matar a esposa simulando uma situação de adultério, o que o livraria da cadeia.

 

Confira nossa programação!

 

O DIRETOR

Nascido em Gênova, filho de um operário e uma costureira, Pietro Germi estudou teatro e direção em Roma no Centro Experimental de Cinematografia. Durante os estudos trabalhou como ator, assistente de direção e roteirista. Colaborou em grande parte dos roteiros dos filmes que dirigiu, e inclusive atuou em alguns deles. Após alcançar sucesso com dramas populares de corte neorrealista, passou a escrever e dirigir comédias satíricas. Tem entre suas obras “A Testemunha” (1945); “Em Nome da Lei” (1949); “Caminho da Esperança” (1950); “O Ferroviário” (1956); “O Homem de Palha” (1957); “Divórcio à Italiana” (1961), premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Original; “Seduzida e Abandonada” (1963) e “Senh oras e Senhores” (1965), premiados no Festival de Cannes e, na Itália, com o David di Donatello.

9-9-16 Dilma Temer

Ideb 2015: chapa Dilma/Temer afundou a educação brasileira

9-9-16 Dilma Temer

 

A “nota” do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 2015, índice avalia a educação no Brasil, foi divulgada na manhã desta quinta (8). O resultado foi negativo para o ensino médio e anos finais do ensino fundamental (Fundamental II), superando a meta apenas no Fundamental I.

“Entre 2007 e 2011 conseguimos verificar alguma melhora na educação, com o Ideb superando as metas para as três categorias de ensino. Foi o resultado do aumento nos investimentos da educação assim como crescimento econômico e melhoria na vida do povo. Agora, desde 2011, a situação mudou. Vivemos uma crise que nos últimos 12 meses fez o Brasil encolher quase 5%. Isso é o resultado da retomada das privatizações da chapa Dilma/Temer, que fizeram cortes bilionários na educação, bem como na saúde e outros setores dos serviços públicos, para pagar mais juros aos bancos”, afirmou Caio Guilherme, presidente da UMES.

Como saída para a crise da educação Caio afirmou que é preciso aumentar os investimento na área e tirar o Temer da presidência. “É inaceitável o Temer continuar na presidência. O povo quer educação, saúde, trabalho e salário digno e de qualidade. Queremos novas eleições para acabar com essa situação”.

O levantamento aponta que o ensino médio segue estagnado desde 2011, com índice de 3,7 enquanto a meta para 2015 era de 4,3. No ensino fundamental 2, que compreende do sexto ao nono ano, o índice alcançado foi de 4,5, para uma meta de 4,7. Já o Fundamental I (primeiro ao quinto ano o resultado do Ideb foi de 5,5 para uma meta de 5,2.

 

9-9-16 Ideb

 

O Ideb é um indicador divulgado a cada dois anos, calculado com base nos dados do Censo Escolar (com informações enviadas pelas escolas e redes), assim como com as médias de desempenho realizadas pelas avaliações do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), como a Prova Brasil. Foi criado em 2007 para avaliar a qualidade dos ensinos fundamentais e médio nas escolas públicas e privadas, como base nas disciplinas de português e matemática. O índice varia numa escala de 0 a 10.

“Os governos falam, falam sobre educação, e fazem praticamente nada. E a solução que deve se propor agora (pelas movimentações políticas que observamos) é o famoso “mais do mesmo”. Afinal, há muitos anos, muitas redes estaduais têm parceria com fundações empresariais para propor soluções para o ensino médio. E até agora nada avançou. Pelo contrário, como deve mostrar o Ideb 2015, a situação piorou”, critica Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação em artigo publicado em seu blog. “Novidade mesmo seria valorizar os professores, valorizar boa pesquisa pedagógica sobre o ensino médio, além de uma proposta de interação com os estudantes”.

Ele também fez um paralelo entre a luta dos estudantes e a crise na educação. “Não é à toa que estudantes de ensino médio ocuparam escolas no ano passado e neste. As ocupações foram, de fato, a maior novidade política em termos de mobilização social no Brasil desde junho de 2013. Os estudantes levantaram discussões a partir de questões muito práticas (reorganização escolar, problema de merenda, problema de infraestrutura) e levaram o debate em direção à necessidade de uma nova pedagogia. Os estudantes estão clamando por uma nova pedagogia”.

9-9-16 Avaaz

Convocação de novas eleições já!

9-9-16 Avaaz

 

O manifesto que publicamos abaixo foi postado na comunidade Avaaz no dia 5 de setembro e soma até hoje (9) mais de 185 mil assinaturas de apoio. O texto foi criado por Caroline d E. e visa ser entregue para os deputados e senadores. Abaixo, o texto:

 

“Todos nós sabemos que uma grande parte da nossa elite política está envolvida com escândalos de corrupção. O próprio presidente Michel Temer já teve seu nome citado nas investigações da Lava-Jato, além de estar inelegível pelos próximos oito anos.

Ainda não assinou? Não perca tempo. Assine aqui!

Uma consulta pública realizada neste fim de semana mostra que mais de 90% dos brasileiros querem novas eleições. Se queremos uma mudança de verdade na liderança do nosso país, precisamos ter a chance de escolher democraticamente quem deve fazer isso.

Vimos a pressão popular funcionar para influenciar os rumos do país. Se nos juntarmos novamente agora e pressionarmos o Congresso e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para convocar novas eleições presidenciais o quanto antes conseguiremos criar a força política necessária para fazer com que isso aconteça.

Não temos tempo a perder! Assine já e envie para todos”.

 

9-9-16 Meirelles

Meirelles: podemos esperar a eleição para escalpelar o povo

 

 

Está recomendando um estelionato eleitoral: depois da eleição, a pilhagem nos bilhões da Previdência

9-9-16 Meirelles

1Depois que alguns cavalheiros do PSDB colocaram as mãos nas cadeiras para exigir de Temer que enviasse logo ao Congresso o projeto de estupro da Previdência, coisa em que o PMDB nem quer falar (muito menos ouvir) antes das eleições, os áulicos do Planalto se puseram em campo.

O Geddel, muito chegado ao batente, declarou que “simbolicamente, nós deveríamos mandar a reforma antes do processo eleitoral”.

Todo mundo sabe, inclusive o PSDB, que, no Congresso, até as eleições, ninguém vai se preocupar com esse projeto. Enviá-lo antes só tem a função de mostrar aos bancos, fundos e demais pistoleiros financeiros, que o governo é submisso a eles – e que pretende submeter o povo para que eles ganhem mais dinheiro às custas dos bilhões da Previdência. O “simbolicamente”, de Geddel, tem esse sentido: é a profissão de fé de um lacaio, prometendo aos amos que vai arrancar o couro dos escravos. É verdade que essa carreira de feitor pode acabar antes de começar. Mas a compulsão é mais forte que a prudência.

MEIRELLES

Mais cínico e mais íntimo das almas em leilão do “mercado”, diz o sr. Meirelles que essa pressa do Geddel é besteira: “A reforma da Previdência é uma coisa que terá efeito por décadas. Portanto, não é algo que um ou dois meses, uma semana, vai fazer grande diferença”.

Em suma, Meirelles está recomendando mais um estelionato eleitoral: primeiro a eleição, depois a traição. Para que roubar o povo antes da eleição – ou confirmar o que todos, no mínimo, desconfiam – se isso pode ser feito daqui a um mês?

Meirelles é dono de uma série de empresas-fantasmas no exterior, onde apenas circula dinheiro, sem nenhuma outra atividade. O esquema não foi investigado porque Lula o nomeou ministro, apesar de ocupar, na época, um cargo subordinado ao ministro da Fazenda – o de presidente do Banco Central.

Além disso, recebe a sua fenomenal aposentadoria do BankBoston, de US$ 750 mil anuais.

Sem contar os estipêndios de empresas das quais faz parte do conselho, etc., etc.

Deve ser por isso que ele acha que as aposentadorias no Brasil são muito altas – ou que a Previdência é insustentável, o que dá no mesmo.

Nenhum desses senhores está querendo atacar a Previdência porque ela é “insustentável” – ou seja, porque não tem dinheiro. Pelo contrário, eles querem saquear a Previdência porque lá existe dinheiro – dos trabalhadores, da população – para transferir aos rentistas, com a gorda comissão de costume.

Outro áulico, o sr. Padilha, é um historiador:

“O primeiro sistema previdenciário, de 1934, do governo do presidente Vargas, a idade mínima (de aposentadoria) era de 65 anos. Lá, a expectativa de vida era de 37 anos. Hoje, queremos idade mínima de 65 anos, com expectativa de vida de 78 anos”.

O primeiro sistema previdenciário brasileiro foi em 1923. Getúlio não estabeleceu idade mínima de 65 anos em1934, nem em ano algum. A expectativa de vida – a que interessa – não era 37 anos, nem a atual é 78 anos (esta é a expectativa de vida ao nascer em Santa Catarina, a maior do país). Se não fosse por esses detalhes, Padilha até que poderia ter algum futuro. Mas, vejamos:

1) A ideia de que Getúlio Vargas estabeleceu um mínimo de 65 anos para a aposentadoria, numa época em que se vivia apenas 37 anos – pois é isso o que o sr. Padilha quer passar – seria uma difamação, se não fosse ridícula e estúpida. Padilha está jogando com a expectativa de vida ao nascer – e não com a expectativa de vida de uma pessoa que começa a trabalhar.

Por exemplo, em 1940, a expectativa de vida ao nascer era – na média entre homens e mulheres – de 45,5 anos. Mas a expectativa de alguém que, aos 15 anos, entrava no mercado de trabalho, era de +43,8 anos, ou seja, 58,8 anos. A de quem tinha 20 anos era 59,6 anos. A dos que tinham 25 anos era 61 anos. Por que a expectativa de vida ao nascer era tão mais baixa?

Porque a mortalidade infantil em 1940 era 10 vezes maior que a de hoje (146,6/mil nascidos vivos contra 14,4/mil nascidos vivos em 2014; cf. “Tábua completa de mortalidade para o Brasil – Breve análise da evolução da mortalidade no Brasil”, IBGE, Rio, 2015).

Qualquer cidadão um pouco mais velho sabe que, naquela época, quem superava a barreira da infância (era uma barreira) vivia, em geral, bastante.

O sr. Padilha, portanto, falsificou a realidade da época de Getúlio – ou é muito ignorante no assunto, o que recomenda boca fechada e uma saída do governo.

2) Até 1933, vigorou no Brasil a Lei Elói Chaves, da República Velha (Decreto n° 4.682/1923), que estabelecia, em seu artigo 12, aposentadoria com proventos integrais para “o empregado ou operário que tenha prestado, pelo menos, 30 anos de serviço e tenha 50 anos de idade”.

É óbvio que Getúlio Vargas, que não era imbecil, não ia propor, em 1934, depois de uma Revolução cujo primeiro ato foi a fundação do Ministério do Trabalho, que a idade mínima para a aposentadoria aumentasse em 15 anos (!!!) em relação à lei da República Velha, de 11 anos antes. Tanto isso é verdade, que ele não propôs isso. A Constituição de 1934 não estabelece qualquer idade mínima para a aposentadoria, embora garanta o direito à aposentadoria.

3) De onde, então, Padilha tirou os “65 anos de idade” que Getúlio teria determinado em 1934? Ora, do Decreto nº 24.273/1934, que criou o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários.

Só que Getúlio determinou 65 anos COMO IDADE MÁXIMA e não como idade mínima, para os comerciários. Literalmente, no artigo 10º § 3º do decreto de 1934: Terá direito à aposentadoria por velhice o associado que, contando 65 ou mais anos de idade, houver paga no mínimo, 60 contribuições mensais ao Instituto”.

PROTEÇÃO

Trata-se de aposentadoria por velhice – o correspondente, no setor privado, à aposentadoria compulsória por idade, do serviço público.

Padilha, portanto, falsificou o decreto de Getúlio – ou é um ignorante no assunto, mas, nesse caso, deveria ficar de boca fechada e ir estudar (que esperança!).

Um mês e meio depois, quando Getúlio assinou o decreto que fundou o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (Decreto nº 24.615/1934), foi estabelecido: “Art. 9º Terá direito à aposentadoria ordinária o associado, de cinquenta ou mais anos de idade, que houver pago sessenta, ou mais contribuições mensais ao Instituto e contar trinta anos, ou mais, de serviço.”

Aqui, a idade é mínima, mas é 50 anos – e bastam sessenta meses de contribuição. O governo Getúlio ainda não chegara a um projeto acabado de Previdência. A CLT, que é de 1943, trabalha sempre com a aposentadoria por 30 anos de trabalho para as mulheres e 35 anos para os homens – sem referência à idade (v., p. ex., CLT, artigo nº 453, § 2º).

Mas todos os decretos de Getúlio são para proteger e beneficiar o trabalhador, não para escalpelá-lo, como é o caso do srs. Meirelles, Temer, Padilha & Geddel.

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

5-9-16 Solano Trindade

UMES homenageia poeta Solano Trindade com poemas, música, exposição e capoeira. Participe!

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A UMES , junto ao “Ô DE CASA” e CasIlêOca, convida todos os estudantes a participarem da homenagem ao poeta Solano Trindade, neste sábado (10), a partir das 19 horas, com muita música, poemas, exposição e capoeira.

 

Para maiores informações entre em contato pelo telefone (11) 3289-7475 ou pelo Facebook. O Cine-Teatro Denoy de Oliveira fica na Rua Rui Barbosa 323, Bela Vista (Sede Central da UMES)

 

A programação terá início com a exposição do pintor, ilustrador e desenhista Carybé (Hector Julio Páride Bernabó). Pouco depois, às 20 horas, será apresentado o espetáculo “Se tem gente com fome, DAÍ DE COMER”. Após a apresentação, o encerramento da homenagem será conduzido pelo professor da Capoeira na UMES, Fabiano Pavio, que organizará uma roda com seus alunos, aberta a todo público.

 

Confirme sua presença no Facebook

 

“A homenagem a Solano Trindade é muito importante e realiza-la na sede da UMES é simbólico porque o bairro do Bixiga é um grande reduto de capoeiristas e de bambas, o próprio Solano Trindade teve grande influência da cultura popular aqui no bairro, assim como Geraldo Filme e Mestre Ananias. São grandes representações que ajudam ainda mais a popularizar a capoeira e a nossa cultura na cidade”, afirmou Fabiano Pavio.

 

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Solano Trindade (1908/1974) foi um poeta conhecido por usar a arte e sua poesia para denunciar a pobreza e exaltar a negritute, discutindo os problemas sociais da exclusão e segregação tanto cultural quanto política. Foi fundador do Teatro Experimental do Negro, e precursor do I e II Congresso Afro-Brasileiro, realizados nos anos de 1936 e 1934, respectivamente. Para Nei Lopes a importância de Solano Trindade, enquanto negro, se dá por sua poesia e estimulo as lutas sociais contra as injustiças, sobretudo contra os negros.

 

Carybé, foi artista plástico (pintor, gravador, escultor, ceramista, ilustrador e desenhista), nascido na Argentina e naturalizado brasileiro. É conhecido por suas obras que retratam a cultura baiana, os rituais afro-brasileiros, a capoeira, e as belezas naturais e arquitetônicas da Bahia. Fez ilustrações para escritores famosos como Jorge Amado, Mario de Andrade e Gabriel Garcia Márquez. Entre suas obras mais famosas estão os painéis “Os Povos Africanos’, “Os Ibéricos” e “Os Libertadores”, expostos no Memorial da America Latina.

 

2-9-16 CPI da Merenda

Máfia da Merenda: Assessor de Fernando Capez (PSDB) pressionava diretores da Coaf por pagamento de propina

2-9-16 CPI da Merenda

 

Mensagens de celular encontradas pela polícia indicam que o assessor de Fernando Capez (PSDB) na presidência da Assembléia, Luiz Carlos Gutierrez, conhecido como Licá, ameaçava cancelar contratos com o Estado por causa do atraso no pagamento das propinas relacionadas à fraude da merenda em São Paulo.

As mensagens foram enviadas do celular do ex-vendedor da Coaf, César Bertholino, a Cássio Chebabi, então presidente da Coaf, no dia 6 de maio de 2015.

“Cássio/ o pessoal de sp me ligou hj/ Perguntando da comissão (propina)”, escreve Bertholino entre as 20h11 e as 20h23. “Disseram q se não pagarmos essa vão suspender os pedidos (de suco de laranja) até pagarmos.”

“Os caras tão bravos. Falaram até em cancelar o contrato. Eu pedi pelo amo de Deus para não fazerem isso […] Fica de olho nisso pq pelo tom de voz do Licá eles não tão brincando não/ Ficou 35 minutos comigo no telefone”, afirma Bertholino nas mensagens.

Licá atuou na campanha de Fernando Capez em 2014, quando foi eleito, e está comissionado no gabinete da presidência da Assembléia desde maio do ano passado.

De acordo com a constatação da polícia, as mensagens referem-se a dois contratos que a Coaf firmou com a Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) para fornecer R$ 11,4 milhões em suco de laranja.

“O cancelamento não seria pela falta de entrega do produto e sim em razão do alegado atraso na ‘comissão’, o que demonstra claramente que o dinheiro era enviado para pessoas que tinham poder de mando referente ao negócio estipulado entre Coaf e Secretaria da Educação”, afirma o relatório da Polícia Civil.

Outras trocas de mensagens sobre suposto atraso no pagamento das propinas datadas de 3 e 18 de junho de 2015. Nas mensagens do dia 18, Chebabi diz que aqueles que cobram rapidez no pagamento de propina “querem milagre/Não estão satisfeitos/ São loucos”. E orienta Bertholino: “Fala que milagre agente não faz”.

Segundo levantamento de sistema interno, as datas em que ocorreram pagamentos da Secretaria da Educação à Coaf são próximas das datas das mensagens apreendidas.

Segundo o advogado de Bertholino, seu cliente mentiu na mensagem que enviou, e que nunca conversou com Licá.

A assessoria do deputado Fernando Capez não quis comentar o ocorrido e continuou negando irregularidades.

Fonte: Hora do Povo