2-9-16 Acordo Dilma-Cunha

Acordão foi selado em jantar de Renan, Lindbergh e Viana

2-9-16 Acordo Dilma-Cunha

 

Na sexta-feira, 26, foi fechada a articulação para manter direitos políticos de Dilma e salvar Cunha

 

O desgaste e desmoralização do PT, ao final do processo de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, é o maior de um partido na história republicana do país.

O estelionato eleitoral, a completa adesão do governo Dilma ao neoliberalismo mais brutal, a tromba de desemprego, falências, miséria, corte de direitos, entreguismo, ladroagem e privatização, levaram Dilma ao olho da rua e o PT, que a apoiou em todos os momentos, à bancarrota política.

Assim, depois de quatro meses enchendo as medidas da população, tentando forjar uma versão dessa derrocada para o marketing, o PT e sua presidenta conseguiram aumentar o placar a favor do impeachment – no Senado e fora dele.

 

VOTAÇÃO

 

Foram, em maio, 55 os senadores favoráveis à abertura de processo contra Dilma e 22 os que votaram contra. Na quarta-feira, foram 61 os senadores que a condenaram e apenas 20 os que votaram contra o impeachment.

O desastre aumentou a sua fundura na segunda votação – sobre a inabilitação de Dilma para cargos públicos, determinada pela Constituição – onde ficou evidente o acerto do PT com Renan, Cunha e outros réus da Lava Jato. O medo da cadeia – e o consequente desespero por acabar com a Operação Lava Jato – é o ponto de coesão dessa aliança de delinquentes.

Somente para resumir a questão:

O artigo 52 da Constituição Federal estabelece que a pena para crime de responsabilidade do presidente da República é a “perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis” (CF, artigo 52, parágrafo único).

O texto é claro: a pena é “a perda do cargo com inabilitação por oito anos para o exercício de função pública”. Como disseram vários juristas após a votação do impeachment, não existe, diante da Constituição, como separar a perda do cargo e a inabilitação por oito anos. Por exemplo, lembra o ministro aposentado Carlos Velloso, do STF, ao comentar esse trecho (“condenação à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos”):

“A preposição ‘com’, utilizada na Constituição de 1988 (…) não autoriza a interpretação no sentido de que se tem, apenas, enumeração das penas que poderiam ser aplicadas. Implica, sim, interpretação no sentido de que ambas as penas deverão ser aplicadas.” (grifos nossos)

É não apenas lógico, como, até, não demanda interpretação alguma: é exatamente isso o que está na Constituição. Não só é o “espírito” da lei. Também é a letra da lei.

Houve quem levantasse o caso de Collor como precedente para fatiar a pena e a votação – mas isso não procede, pois, em 1992, a primeira pena (“perda do cargo”) não podia ser aplicada, pois houve a renúncia do réu após o início do julgamento. Logo, somente pôde ser aplicada a segunda pena (“inabilitação por oito anos”). Na verdade, o caso Collor é uma demonstração de que as duas penas têm que ser igualmente aplicadas.

Na quarta-feira, o ministro Lewandowski, que presidia o julgamento, em nossa opinião, equivocou-se ao permitir que houvesse duas votações, quando a Constituição estabelece duas penas obrigatórias para o crime de responsabilidade. Mais ainda porque, nos permita o ministro, não se pode argumentar com a Lei nº 1.079/1950 – a lei especial do impeachment – naquilo em que ela colide com a Constituição de 1988, elaborada 38 anos depois.

Muito menos pode-se tratar, com base nos regimentos do Senado ou da Câmara, um julgamento por crime de responsabilidade como se fosse um projeto de lei, que admite destaques e emendas, pois não é possível modificar o texto da Constituição, exceto por aprovação de emenda constitucional.

Mas foi isso o que, por proposta do PT, e com a interferência de Renan Calheiros – que usou, em momento incabível, sua prerrogativa de presidente do Senado para um discurso em defesa da proposta do PT – aconteceu no Senado, afastando Rousseff, mas não aplicando o que manda a Constituição.

Renan cometeu, para passar esse estrupício, uma frase típica de vigarista: “não podemos ser desumanos” – realmente, para certo tipo de elemento, cumprir a lei é uma terrível desumanidade…

Evidentemente, a questão não é a candidatura de Dilma a tal ou qual cargo, pois é pouco provável que ela se eleja para algum conselho municipal. A questão é: por que esse atropelo à Constituição?

Depois de aprovado o impeachment, soube-se que o PT e Renan vinham há duas semanas tramando esse golpe (isso, sim, é golpe). Na sexta-feira (dia 26), Renan ofereceu um jantar aos senadores petistas Lindbergh Farias e Jorge Viana para fechar o acordo. Disse um senador petista ao jornalista Gerson Camarotti que a ideia (?) foi de Dilma: “Não foi uma boa solução, pois tira parte do nosso argumento de que houve um golpe. Isso legitima o processo. Mas se a Dilma pediu, não tinha como a bancada ficar contra”.

O conformismo é uma desgraça. Mas, em suma, os arroubos de Dilma sobre o “golpe”, etc., eram (e são) palhaçada – como, aliás, nós apontamos. Fora do plenário, o PT armava um acerto com Renan.

Há muito Renan procura consumar um acerto geral dos investigados pela Lava Jato para acabar com a Operação. Esse foi o tema exclusivo de suas conversas com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, que divulgou as gravações. Por exemplo:

MACHADO: O Cunha, o Cunha. O Supremo. Fazer um pacto, vamos passar uma borracha no Brasil e vamos daqui para a frente.

RENAN: … precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso. (…) E, em segundo lugar, negociar a transição com eles [ministros do STF]. (…) E da leniência, detalhar mais. A leniência não está clara ainda, é uma das coisas que tem que entrar na…

MACHADO: … no pacote.

RENAN: No pacote.

Na mesma conversa, Renan menciona Lula e Dilma como interessados nesse “pacto”.

 

NEGÓCIO

 

Renan quis fazer esse acerto em cima de um projeto sobre “abuso de autoridade”, dirigido para coibir a PF, os procuradores e o juiz Moro, que estão investigando e julgando os ladrões que assaltaram a Petrobrás. Tentou aprovar esse projeto a toque de caixa, mas não conseguiu a colaboração de Jucá – ou seja, de Temer, que tem melhor noção do perigo.

Aliás, uma das razões que temos para acreditar que Temer não estava no acerto, é que Jucá, sucessor de Temer no PMDB, votou contra a proposta de Renan e do PT.

É um segredo de Polichinelo que Cunha, Lula, Dilma – e, evidentemente, Renan, além de peixes menores – seriam os beneficiados pelo acerto.

Em suma, também é palhaçada aquelas afirmações de Dilma, e do PT, que Cunha estaria por trás do pedido de impeachment de Dilma. Na verdade, Cunha protegeu o PT: cortou do pedido de impeachment o assalto à Petrobrás, que era, exatamente, seu negócio com o PT.

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

9045

Mostra de Cinema Soviético do CPC-UMES é exibida em Curitiba.

9045

 

A Cinemateca de Curitiba apresenta de quinta-feira a domingo ( 1º a 4 de setembro), na sessão das 19h, a Mostra de Cinema Soviético, com uma série de quatro filmes. Em São Paulo, a Mostra de Cinema foi realizada pelo Centro Popular de Cultura da UMES (CPC-UMES) em duas edições, obtendo sucesso do público. Nesse ano, acontecerá a 3ª Mostra de Cinema Soviético, entre os dias 22 e 27 de Novembro, na cinemateca brasileira. A mostra proporciona uma rara oportunidade de conhecer a rica cinematografia soviética e pós soviética.

 

Os filmes são remasterizados pelo CPC-UMES, que detém o licenciamento de filmes do maior e mais antigo estúdio de cinema da Rússia, o Mosfilm. Você pode adquiri-los clicando nesse link aqui: CPC-UMES FILMES

 

 

9047

 

 

Programação

 

01/09 
Lenin em Outubro, de Dmitri Vasilyev, Mikhail Romm (Rússia, 1937,108’)
Rússia, 1917. O filme apresenta a série de acontecimentos que culminou na saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial. A Frota do Báltico e unidades do Exército estão contra o governo Kerenski, unindo as vozes às dos operários e camponeses que exigem paz e a saída da Rússia da guerra. Lenin, ao chegar a Petrogrado num trem vindo da Finlândia, derrota as resistências de Zinoviev, Kamenev e Trotsky para deflagrar a insurreição. Enquanto isso, as forças contra revolucionárias organizam uma caçada para matar o líder dos bolcheviques, mas nada impede que a Revolução de Outubro triunfe.
Elenco: Nikolai Okhlopkov, Vasili Vanin, Nikolai Arsky
Classificação: 14 anos

 

02/09 
O Quadragésimo Primeiro, de Grigori Chukhrai (União Soviética, 1956, 88’)
Ambientado na época da guerra, “O quadragésimo primeiro ” é um filme que mostra um inesperado romance que acontece entre uma atiradora do Exército Vermelho e um oficial do Exército Branco. Grande trabalho do diretor russo Grigori Chukhrai.
Elenco: Izolda Izvitskaya, Nikolai Kryuchkov, Oleg Strizhenov
Classificação: Livre

 

03/09 
Primavera, de Grigori Aleksandrov (União Soviética, 1947, 104’)
Quinta comédia musical com direção de Grigori Aleksandrov e trilha composta por Isaak Dunaievsky, na qual Liubov Orlova contracena com Nikolai Cherkasov – o astro de Eisenstein em “Alexandre Nevsky” e “Ivan, o Terrível”. A seqüência de abertura marca o ritmo febril da reconstrução do país no início do pós-guerra, período em que se situa o enredo do filme: uma sucessão de quiprocós que leva artistas e cientistas a superar preconceitos mútuos, aprendendo a conhecer melhor o papel de cada um na sociedade.
Elenco: Liubov Orlova, Nikolai Cherkasov, Faina Ranevskaia.
Classificação: Livre

 

04/09 
O Retorno de Vassily Bortnikov, de Vsevolod Pudovkin (União Soviética, 1953, 102’)
Dado como desaparecido na guerra, Vassily Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Comunista abnegado e voluntarioso, ele enfrenta a situação, em seguida assume a liderança da reconstrução do kholkóz, mergulha de cabeça na batalha pelo aumento da produção, mas com o passar do tempo vai se dando conta de que suas soluções para os problemas não estão funcionando bem. Os novos tempos exigem dele algo mais.
Elenco: Sergei Lukyanov, Natalya Medvedeva, Nikolai Timofeyev
Classificação: Livre

 

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

31-8-16 Os Eternos Desconhecidos

Assista o filme “Os Eternos Desconhecidos”, de Mario Monicelli, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES

31-8-16 Os Eternos Desconhecidos

 

Na próxima segunda (5), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresentará o filme “Os Eternos Desconhecidos”, de Mario Monicelli (1958). Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

Confirme sua presença!

 

OS ETERNOS DESCONHECIDOS, de Mario Monicelli (1958), ITÁLIA, 106 min.

 

 

SINOPSE
Peppe, um ex-lutador de boxe, decide fazer um grande assalto para melhorar sua vida. Na quadrilha, há um fotógrafo que não tem câmera, um ex-ladrão, um ex-jóquei e um siciliano. Eles acham que têm o plano perfeito, mas provavelmente nada dará certo.

 

 

Para maiores informações entre em contato pelo telefone (11) 3289-7475 ou pelo Facebook. O Cine-Teatro Denoy de Oliveira fica na Rua Rui Barbosa 323, Bela Vista (Sede Central da UMES)

 

 

O DIRETOR
Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 colaborou em cerca de 40 filmes, como argumentista, roteirista e assistente de direção. O começo de seu trabalho como diretor ocorre em 1949, em parceria com Stefano Vanzina, em “Totò Cerca Casa”. A colaboração dos dois diretores deu origem a oito filmes, dentre os quais os célebres “Guardie e Ladri” (1951) e “Totò a Colori” (1952). Em 1953 inicia o trabalho solo. “Os Eternos Desconhecidos” (1958), com elenco composto por Vittorio Gassman, Marcello Mastroianni, Totò e Claudia Cardinale, é considerado o primeiro do filão da commedia all`italiana. Em 1959, “A Grande Guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza e rendeu sua primeira indicação ao Oscar. A segunda viria em 1963, com “Os Companheiros”. Diversas outras películas merecem destaque, em sua carreira de mais de 60 filmes: “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966), “Meus Caros Amigos” (1975), “Um Burguês Muito Pequeno” (1977), “Quinteto Irreverente” (1982).

 

Confira nossa programação!

 

1-9-16 Solano3

UMES-SP, “Ô DE CASA” e CasIlêOca apresentam o espetáculo: “Se tem gente com fome, DAI DE COMER!”

1-9-16 Solano3

 

Este espetáculo homenageia Solano Trindade (1908/1974), apresentando seus poemas, trecho de prosa, canção baseada num desses poemas, canções de outros artistas que ele admirava, uma canção que dialoga indiretamente com sua trajetória.

 

31-9-16 Solano1

 

Negro, pobre, comunista, poeta: Solano Trindade ousou transformar signos de exclusão e emudecimento em bandeiras de afirmação cultural e política. Numa atitude de desafio e potente capacidade, leu, escreveu, foi ator e artista plástico, animador cultural e militante partidário. Enfrentando todas as limitações de que seu meio social era e é vítima, superou-as para ir além dos limites de cada identidade e tornar coletiva essa possibilidade. Além de falar sobre pobres, negros, comunistas e poetas como outros que defendia, ele falava também de si (pobre, negro, comunista e poeta) em comunhão com homens e mulheres, iguais e diferentes, que foram seus contemporâneos, sem esquecer de antecessores e sucessores. Criando e divulgando beleza para todos, praticou a democracia de saberes, convidando-nos a dela compartilharmos, a construirmos seus alicerces e jardins.

 

31-9-16 Solano2

 

Quem fez tudo isso continua a fazer muito mais através de nós e de nossos seguidores.

 

A ousadia é a eternidade materialmente garantida para homens e mulheres como Solano Trindade.

 

Texto de Marcos Silva

31-8-16 Evasão

Crise amplia evasão e desemprego na juventude

31-8-16 Evasão

A deterioração no mercado de trabalho levou a um aumento na busca de adolescentes por emprego, o que está ajudando a piorar a evasão escolar no País.

A taxa de desemprego na faixa etária entre 14 e 17 anos foi a que registrou maior aumento no segundo trimestre de 2016 ante o mesmo período do ano anterior: passou de 24,4% para 38,7%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, a deterioração na taxa de desemprego entre adolescentes – e na média do mercado de trabalho como um todo – começou um ano antes, em 2015.

O resultado coincide com uma queda mais acentuada nas matrículas do ensino médio, apontada pelo último censo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

No ano passado, o número de jovens matriculados no Ensino Médio teve uma queda de 2,7% em relação a 2014, quase três vezes mais do que a taxa registrada em anos anteriores. Desde 2007 essa variação não chegava a 1%. O resultado da evasão registrada na passagem de 2014 para 2015 equivale a 224 mil adolescentes a menos na escola.

“À medida que as pessoas de mais importância no domicílio perdem o emprego, a tendência é que os outros moradores busquem um trabalho ou ajudem um parente em alguma atividade para complementar a renda da família. Durante a crise, a perda do emprego tem esse efeito de abandono escolar, de queda nas matrículas”, explicou Sandro Sacchet, pesquisador da Diretoria de Estudos Macroeconômicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O aumento na taxa de desemprego entre os adolescentes acompanha a deterioração no mercado de trabalho como um todo. No segundo trimestre de 2014, a taxa de desocupação entre os adolescentes estava em 20,9%, enquanto a taxa de desemprego na economia como um todo era de apenas 6,8%.

A exemplo do que ocorreu entre os adolescentes, um ano depois, a taxa de desocupação no País tinha saltado para 8,3%. Em 2016, alcançou 11,3%.

O aumento no número de jovens em busca de uma vaga acompanha, sobretudo, a perda do emprego pelos chefes de família, grupo majoritariamente formado por pessoas entre 40 a 59 anos.

Segundo avaliação do coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a redução no número de postos com carteira assinada e a queda na renda do trabalhador são os fatores que levam a maior busca por uma vaga.

Os demais integrantes da família, que não trabalhavam, passam a procurar um emprego para ajudar a compor a renda e estabilidade perdidas.

“A recessão, que reduziu a renda familiar, obriga pessoas a voltarem o foco para o mercado de trabalho. Às vezes, as pessoas não conseguem estudar e trabalhar ao mesmo tempo e vão só procurar emprego. Agora é um momento em que falta dinheiro em casa, então o filho também vai buscar trabalho”, explicou Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador de Economia Aplicada do IBRE/FGV.

As duas principais razões para a evasão escolar são o mau rendimento e o trabalho infantil, de acordo com um relatório do Unicef, citado pela secretária Executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Isa de Oliveira.

“A Pnad não mede a qualidade do trabalho que está sendo procurado. O único trabalho permitido legalmente para adolescentes de 14 a 17 anos é o de aprendiz. Em geral, as outras formas de ocupação de adolescentes são degradantes, penosas e perigosas”, alertou Isa.

Fonte: Daniela Amorim e Nathália Larghi do Estadão Conteúdo

31-8-16 Dilma

Discurso da Sra. Rousseff foi eficiente contra ela

31-8-16 Dilma

 

Após o pronunciamento, não houve senador que declarasse mudar o voto em favor dela

 

O incensamento de alguns petistas ao discurso e atuação de Dilma no Senado, na segunda-feira, é a medida exata de sua mediocridade e de seu compromisso com o país – que é, hoje, nenhum.

Houve alguns que acharam esse discurso cretino e mentiroso, pronunciado por uma jararaca vocacional, mais “histórico” do que a Oração aos Moços, de Rui – ou a Carta-Testamento, de Getúlio.

Cada um pertence à história que tem o tamanho da sua estatura – e escolhe sua musa de acordo com sua envergadura.

Que a senhora Rousseff, na segunda-feira, tenha selado seu destino em direção ao limbo da insignificância, aumentando o número de senadores que votarão contra ela, é de somenos para essa patota, cuja preocupação restringe-se a alguns interesses mesquinhos, em franca colisão com os interesses nacionais – os interesses do povo brasileiro.

Diga-se de passagem, a antipatia de Dilma não é um traço idiossincrásico – ou seja, meramente pessoal e acidental. Ela expressa, antes de tudo, sua incapacidade de identificar-se com os seres humanos em geral, de colocar-se no lugar deles, daí a gana de submeter histericamente a todos – como se a sua própria submissão aos inimigos do país, aos monopólios financeiros externos (e até a alguns potentados locais), fosse o único caminho possível para o povo brasileiro. Se ela não submeter todos à sua submissão, o que restará dela diante do espelho? É isso o que ela não quer ver: a pessoa minúscula e deprimente em que se tornou.

 

MARKETEIRO

 

Dilma e os seus lastimáveis tietes não foram ao Senado para defender mandato algum ou defender-se de acusação alguma – ou defender seja lá qual regime (a democracia, certamente não).

Não defenderam coisa alguma – nem fizeram esforço para tal. Apenas disseram que os senadores eram obrigados a votar contra o afastamento de Dilma ou seriam “golpistas”. Se votassem a favor de Dilma, seriam democratas; se votassem contra, seriam “golpistas”.

Donde se conclui, como disse alguém, que “golpe”, para Dilma e caterva, é votar naquilo que eles não concordam. “Golpista” é quem não se submete. Só é “democrata” quem se submete à ditadura da mediocridade e da ladroagem.

É mais uma aventura marketeira, canalhice ideológica que rescende a nazismo, para a qual a verdade não tem importância. O que importa é a versão – isto é, a mentira, pois a verdade não é uma versão. Daí o odioso dito do marketeiro de Hitler: “uma mentira muito repetida acaba virando verdade”.

Essa é a origem de tanta repetição da mesma porcaria, sem tentativa de provar coisa alguma.

Mas, para que esse jorro vomitivo de mentiras? Disse Dilma, a crise em que afundou o país não é sua responsabilidade, porque “ninguém controla a política do Banco Central americano” – o que encerra duas outras mentiras e expõe a sua covardia.

Primeiro, somente lacaios – entranhados, repugnantes e castrados – acham que o Brasil é obrigado a ficar à mercê do banco central americano.

Segundo, o Banco Central americano não mudou sua política; de 2006 a 2016 houve, até agora, uma única elevação de juros básicos pelo banco central dos EUA: em dezembro de 2015, quando o segundo mandato de Dilma já tinha um ano e ela já quase destruíra o país com seu estelionato eleitoral – isto é, seu “ajuste” neoliberal. Resta dizer que essa elevação de juros nos EUA não afetou em nada o Brasil, até porque o juro real básico, nos EUA, continuou negativo, como está até hoje (-1,99%).

Por que a reiteração de tanta mentira?

Dilma e sequazes deram início à última fase de sua obra: tentar instalar Temer definitivamente na Presidência, para depois, em 2018, se eximirem – mais uma vez a covardia – da destruição do país.

Mas Temer só é presidente porque Dilma o escolheu – segundo disse ela, porque acreditava que “Temer era o melhor do PMDB”, o que só pode provocar, na melhor das possibilidades, a hilaridade geral. Agora, querem entronizá-lo (!?) de vez para, nas eleições de 2018, aparecerem como boas senhoritas e bons rapazes que nada fizeram, exceto se preocupar demais com os pobres…

Portanto, o estelionato – eleitoral, político e moral – não é um acidente: é o modo de viver (ou subviver) dessa gente, mísera súcia que está se lixando para as famílias que colocaram sob o tacão do desemprego e do arrocho salarial – sob a fome, a miséria, os despejos, a exposição de crianças e jovens ao crack, a falta de escolas em todos os níveis, o sucateamento monstruoso do sistema público de saúde.

Que preocupação têm eles com o povo desamparado ou com as empresas nacionais, em franco processo de quebradeira; ou com o massacre das multinacionais, bancos e fundos estrangeiros sobre as indústrias nacionais; ou com a pilhagem do dinheiro e do patrimônio públicos por alguns aventureiros, internos e estrangeiros; ou com a destruição da cultura nacional por lixo importado dos EUA?

Nenhuma. Foram eles que fizeram isso. Temer é um continuador desses crimes hediondos em série – e não foi para outra coisa que foi instalado na vice-presidência, com sua notória carreira anterior.

 

NOEL

 

É realmente lamentável que nenhum senador, diante da interminável repetição de “não houve crime de responsabilidade” ou de protestos de honestidade da mulher honesta ou de uso indevido da memória dos heróis que – com o custo ou risco da vida – lutaram contra a ditadura, haja perguntado:

“O seu partido tem dois tesoureiros presos por roubar dinheiro público – um deles, João Vaccari, já condenado, no primeiro processo, a 15 anos e quatro meses de cadeia por roubar a Petrobrás. O que a senhora acha disso? Por que nunca se manifestou sobre o assunto? Que pessoa honesta é essa que, tendo a campanha financiada pelas propinas do roubo à Petrobrás – e exercendo a Presidência da República, isto é, a primeira magistratura do país – calou-se completamente diante da prisão e condenação de ladrões do seu partido, no maior atentado já perpetrado contra a maior empresa brasileira, de propriedade do povo brasileiro, ou seja, sob sua direta responsabilidade?”

Ou, então:

“A senhora conspirou para soltar o presidiário Marcelo Odebrecht, inclusive nomeando um ministro para o STJ em troca de liberar esse condenado – o que só não aconteceu porque a maioria do STJ recusou-se a seguir ao nomeado pela senhora. Isso é crime de responsabilidade pelo artigo 85 da Constituição (incisos 2 e 5), pelo artigo 6º da lei nº 1.079/1950, e crime comum pelo artigo 2º, 1º parágrafo da Lei nº 12.850/2013 – aliás, assinada pela senhora – que estabelece três a oito anos de cadeia para ‘quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa’. Por acaso a senhora se julga acima da Lei? Onde está a honestidade?”

Talvez seja um caso como no samba do grande Noel:

“Você tem palacete reluzente/ Tem joias e criados à vontade/ Sem ter nenhuma herança nem parente/ Só anda de automóvel na cidade// E o povo já pergunta com maldade:/ Onde está a honestidade?/ Onde está a honestidade?”

 

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

 

26-8-16 hp

Juízes e MP repelem ataques de Gilmar contra a Lava Jato

26-8-16 hp

“É lamentável que um ministro do STF, em período de grave crise no País, milite contra as investigações da Operação Lava Jato”, diz a Associação dos Magistrados Brasileiros

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, resumiu bem, em nota divulgada na quarta-feira (24), o significado do charivari do ministro do STF, Gilmar Mendes, contra os procuradores e contra a Operação Lava Jato. Diz ele: “é lamentável que um ministro do STF, em período de grave crise no país, milite contra as investigações da Operação Lava Jato, com a intenção de decretar o seu fim”. Na terça-feira, antes de uma sessão de julgamento da 2ª turma do STF, Mendes disse que “é preciso colocar freios” na atuação dos procuradores da República. A grita pró-abafa de Mendes veio se somar à histérica campanha que os petistas vêm fazendo contra Sérgio Moro e a Lava Jato. O PT chegou ao ridículo de tentar culpar a Lava Jato pelo desemprego de 1,5 milhão de trabalhadores.

FARSA

A fala do juiz “militante” (Gilmar) baseava-se num estranho vazamento que supostamente teria ocorrido nos depoimentos do acordo de colaboração premiada do empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS, publicados pela revista “Veja”, no último fim de semana, e que conteriam acusações vazadas contra o ministro José Antonio Dias Toffoli, do STF. A reportagem da revista, que serviu de senha para Gilmar, acabou desmoralizada. Não houve vazamento nenhum. O procurador Rodrigo Janot desmontou a farsa. A “acusação” de que Toffoli teria se beneficiado de benfeitorias em sua casa por parte da OAS “nunca existiu”, esclareceu Janot.

O “plano” para deter a Lava Jato já vinha sendo arquitetado pelo menos desde que Romero Jucá (PMDB) foi flagrado, em maio deste ano, conversando ao telefone com Sérgio Machado. A conversa foi toda gravada. “Temos que armar uma ação política para estancar essa sangria”, disse Jucá à época, referindo-se à Lava Jato. Nem bem esfriou o cadáver político de Dilma Rousseff e os interessados em abafar a Lava Jato já botaram as suas manguinhas de fora. Primeiro tinha sido o senador Renan Calheiros (PMDB) que, acumpliciado com Gilmar Mendes, ressuscitou um projeto da Câmara dos Deputados para, supostamente, deter os “abusos de autoridades” dos procuradores e da Polícia Federal. Renan recolheu o projeto da Câmara e o adaptou, criando o projeto de lei do Senado nº 280, de 2016.

O relator do projeto, que Renan queria que fosse votado em caráter de urgência e de forma terminativa (isto é, sem passar pelo plenário), era nada menos do que Romero Jucá (PMDB). O objetivo de Renan com o projeto é constranger procuradores e a polícia para manter a sua impunidade e a impunidade de seus sócios. A o pretexto de limitar supostos “abusos”, o projeto surgiu, segundo o próprio Renan, da cabeça de Gilmar Mendes.

Com o foco se deslocando das estripulias e pixulecos do PT para as armações criminosas da dupla PMDB/PSDB (agora juntos no Planalto), era necessário “tomar providências” contra os “abusos” do Ministério Público e da Polícia Federal. Começaram os ataques às propostas dos procuradores de combate à corrupção. Não importava que os “dez pontos” contra a corrupção, elaborados pelos Ministérios Públicos, tivessem recebido o apoio de milhões de brasileiros. Tinha que desmoralizar as propostas. A comissão encarregada de discutir o projeto de iniciativa popular, transformado em projeto de lei contra a corrupção, passou a ser retardado, combatido e modificado na comissão, por orientação do Planalto, dos tucanos e de Renan.

Bastou sair a denúncia, feita em agosto, por executivos da Odebrecht, de que José Serra (PSDB) recebeu R$ 34,5 milhões (valores corrigidos) em propinas da empreiteira para sua eleição em 2010, para Gilmar Mendes começar a agir. O ministro, que soltou duas vezes, em menos de 24 horas, Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity e beneficiário das privatizações tucanas, preso na Operação Satiagraha, iniciou sua verborragia contra os procuradores. A Veja (sempre a Veja) se prontificou a fazer a “denúncia” – que teria sido vazada pelos procuradores – atingindo um membro do STF. Gilmar, na mesma hora disse que era uma retaliação dos procuradores porque Toffoli teria impedido a prisão de Paulo Bernardo, ex-ministro de Dilma e Lula.

Gilmar disparou sua metralhadora tucana. Chamou de cretino e de delírio o projeto dos promotores de combate à corrupção. Passou a atacar os procuradores por supostamente terem “privilégios salariais”.

A AMB classificou de “partidários” os ataques de Mendes contra os procuradores e lembrou que o ministro, além de tudo, ainda se beneficia e apoia financiamentos e remunerações empresariais. “Sustentamos outro conceito de magistratura, que não antecipa julgamento de processo, que não adota orientação partidária, que não exerce atividades empresariais, que respeita as instituições e, principalmente, que recebe somente remuneração oriunda do Estado, acrescida da única exceção legal da função do magistério”, sustentam os juízes.

Este fato deixou patente que Serra, Renan, Temer e Lula estão irmanados na triste tarefa de tentar parar a Lava Jato. Repetem o bordão de que estão sendo perseguidos pelo juiz Sérgio Moro. Lula falava em “vazamentos seletivos”. Dizia que Sérgio Moro tinha fixação por ele. Nessa época os tucanos aplaudiam as ações da Lava Jato. Bastou a investigação apontar suas baterias para os peemedebistas envolvidos no esquema de assalto à Petrobrás – afinal Dilma havia loteado os cargos, dando diretorias e vice-presidências para Eduardo Cunha e outros – para que o juiz começasse a ser criticado por tucanos e por integrantes do Planalto. Foi nesse contexto que Jucá dançou. Os ministros de Temer foram caindo um após o outro por seu envolvimento na roubalheira.

FUGA

Mas, o mais ridículo mesmo foi Lula e o PT dizerem que o desemprego foi causado pela Operação Lava Jato. Os juros lunáticos de Dilma, os “ajustes” do Levy, os cortes nos investimentos públicos, os mais de 500 bilhões de reais esterilizados na especulação financeira, não têm nada a ver com a crise. Para o PT foi Sérgio Moro quem desempregou essa gente toda. Chegaram ao cúmulo de convocar um ato contra a Lava Jato, com a participação de Lula. Ou seja, uma manifestação em defesa da corrupção. A fuga da realidade é tanta que Dilma Rousseff disse esta semana que se houve desvio de dinheiro, ela não tinha ficado com nada. Ora, isso é puro cinismo. Ela pensa que o povo brasileiro é bobo. Ela só se beneficiou com o cargo de presidente da República nada mais. Um cargo obtido com a utilização desses milhões roubados da Petrobrás e outras estatais para regar suas campanhas mentirosas.

 

                      Fonte: Sérgio Cruz da Hora do Povo

 

Compromisso de Dilma é igual ao de Collor

Getúlio Vargas, cujo martírio ocorreu em 24 de agosto, fundou a Petrobrás, nacionalizou o petróleo, construiu a indústria nacional, elaborou a legislação trabalhista mais avançada do Hemisfério Ocidental e colocou o Brasil na trilha do maior crescimento que teve um país capitalista durante 50 anos.

O que tem isso a ver com Dilma, que entregou o campo de Libra, o maior do mundo, à Shell e à Total; que, no Senado, apoiou o projeto Serra, para afastar a Petrobrás do pré-sal; que desindustrializou o país e estrangulou as empresas nacionais com juros altos e importações subsidiadas pelo câmbio; que decretou – por Medida Provisória – que as multinacionais poderiam rebaixar os salários, através do famigerado PPE; e que afundou o país na pior crise em mais de 100 anos?

No entanto, Dilma deu mais um passo no abandono de escrúpulos que a tem caracterizado, ao dizer à mídia estrangeira que “vou ser conhecida como a primeira (presidenta) mulher que, apesar de tudo, não deu um tiro no peito, e também não renunciei”.

Dilma vai ser conhecida como o que é: a primeira presidenta afastada por ter uma campanha bancada pelo roubo à Petrobrás, por ter cometido o mais escandaloso estelionato eleitoral que o país já viu e por ter promovido, em poucos meses do segundo mandato, desemprego, falências, uma tremenda destruição das forças produtivas do país.

Nas últimas terça e quarta-feira, disse Dilma que “não renunciei porque hoje existem espaços democráticos. Não obrigaram a me suicidar como obrigaram o Getúlio nem me fizeram pegar um avião para o Uruguai como fizeram com o Jango. E sabe por quê? Porque tem uma democracia aqui”.

A declaração parece saída de um hospício, exceto se Dilma descobriu que foi afastada não por um “golpe”, mas pela democracia. Mas a falta de caráter revela-se mais que a maluquice.

Getúlio não foi “obrigado” a suicidar-se. Nem Jango a se exilar. Ambos tinham outra opção, mas não quiseram trair o Brasil. Da mesma forma que ela, Dilma, tinha outra opção: a de não trair o povo. Mas não foi a que escolheu.

Dilma não é comparável a nenhum desses presidentes, e também não a Jânio, que renunciou. Seu padrão de referência é Collor. A quem, por sinal, ela concedeu a BR Distribuidora, como se fosse um feudo. Como foi que ela disse? Ah, sim: “Eu respeito o Collor” (v. HP 10/09/2014).

Fonte: Carlos Lopes da Hora do Povo

24-87-16 merenda Etec

Pressão dos estudantes secundaristas conquista merenda nas Etecs

24-87-16 merenda Etec

 

Após muita luta e mobilização os alunos de período integral das Etecs começaram a receber, na segunda (22), merenda de verdade durante o almoço. Para o presidente do grêmio da Etec Getúlio Vargas, Lucas Chen, foi uma grande conquista, mas há muito o que melhorar. “Em quase todas Etecs a entrega da merenda foi marcada por longas filas. Na Etec Tiquatira o atraso foi de quase duas horas”.

 

24-87-16 merenda Etec2

 

Embora o processo esteja sendo marcado pela falta de organização e estrutura, Chen afirmou que a a comida é de qualidade e que a luta não vai parar. “Agora vamos lutar para que a merenda se estenda ao ensino médio e ao modular”. Ele também reiterou que a merenda “foi um grande passo rumo a consolidação de um sistema de alimentação digna para os estudantes. É por isso que agora precisamos brigar para que a CPI não acabe em pizza, afinal de contas está sendo feito de tudo para que as sessões não sigam adiante”.

 

24-87-16 merenda Etec3

 

Outro problema é que a merenda ainda não chegou para todas as Etecs, a exemplo da Albert Einstein, onde, no intervalo entre as aulas, os alunos recebem apenas bolacha e suco. Para comer os alunos recebem um tíquete e o trocam pela refeição

Para Thaís Alves, “a conquista da merenda nas Etecs foi mais uma prova da força dos estudantes secundaristas! Tivemos que travar uma luta sem fim contra o governo do Estado, que até hoje é investigado pelo roubo da merenda. A Etec Getúlio Vargas recebeu a refeição, mas a distribuição está um caos e muitos dos alunos tem de comer apertados pela falta de estrutura e investimento, alcançamos mais um de nossos direitos, mas a luta está longe de chegar ao fim, é por isso, inclusive, que estaremos hoje (24) na ALESP [durante a sessão da CPI que investiga os ladrões da merenda], para continuar denunciando. Precisamos punir os ladrões de merenda!”

 

24-87-16 merenda Etec4

 

24-87-16 merenda Etec1

 

 

24-87-16 merenda Etec

Pressão dos estudantes secundaristas conquista merenda nas Etecs (2)

24-87-16 merenda Etec

 

Após muita luta e mobilização os alunos de período integral das Etecs começaram a receber, na segunda (22), merenda de verdade durante o almoço. Para o presidente do grêmio da Etec Getúlio Vargas, Lucas Chen, foi uma grande conquista, mas há muito o que melhorar. “Em quase todas Etecs a entrega da merenda foi marcada por longas filas. Na Etec Tiquatira o atraso foi de quase duas horas”.

 

24-87-16 merenda Etec2

 

Embora o processo esteja sendo marcado pela falta de organização e estrutura, Chen afirmou que a a comida é de qualidade e que a luta não vai parar. “Agora vamos lutar para que a merenda se estenda ao ensino médio e ao modular”. Ele também reiterou que a merenda “foi um grande passo rumo a consolidação de um sistema de alimentação digna para os estudantes. É por isso que agora precisamos brigar para que a CPI não acabe em pizza, afinal de contas está sendo feito de tudo para que as sessões não sigam adiante”.

 

24-87-16 merenda Etec3

 

Outro problema é que a merenda ainda não chegou para todas as Etecs, a exemplo da Albert Einstein, onde, no intervalo entre as aulas, os alunos recebem apenas bolacha e suco. Para comer os alunos recebem um tíquete e o trocam pela refeição

Para Thaís Alves, “a conquista da merenda nas Etecs foi mais uma prova da força dos estudantes secundaristas! Tivemos que travar uma luta sem fim contra o governo do Estado, que até hoje é investigado pelo roubo da merenda. A Etec Getúlio Vargas recebeu a refeição, mas a distribuição está um caos e muitos dos alunos tem de comer apertados pela falta de estrutura e investimento, alcançamos mais um de nossos direitos, mas a luta está longe de chegar ao fim, é por isso, inclusive, que estaremos hoje (24) na ALESP [durante a sessão da CPI que investiga os ladrões da merenda], para continuar denunciando. Precisamos punir os ladrões de merenda!”

 

24-87-16 merenda Etec4

 

24-87-16 merenda Etec1