EE Caetano de Campos da Consolação debate conjuntura e aponta novas eleições como saída para crise do Brasil
Ao final do debate, o vice-presidente do grêmio, Pedro Fernandes e outros estudantes da escola organizaram um comitê para recolher assinaturas por novas eleições na escola
Organizado pelo grêmio na manha desta quarta (15), o debate sobre conjuntura abordou a crise brasileira e as saídas apontadas pelos estudantes secundaristas. “No congresso da UMES ficou claro que somente novas eleições poderiam acabar com a crise criada por Dilma, e agora continuada por Temer. A política de ambos é voltada ao corte de direitos e salário para dar mais dinheiro para os bancos via juros. É por isso que criamos no Caetano de Campos um comitê em defesa de novas eleições”, afirmou Caio Guilherme, presidente da UMES.
A discussão contou com mais de 80 alunos, que discutiram os cortes na educação, o desemprego e as saídas para a crise política e econômica do Brasil. Para Caio a atividade fortalece o movimento por novas eleições, que ocupou praças e salas de aula de toda a cidade com o processo de coleta de assinaturas em defesa do plebiscito por novas eleições.
Para Pedro, a iniciativa dos estudantes no sentido de organizar um comitê na escola é muito importante. Ele ressaltou que essa é a melhor forma de ampliar o debate e mobilizar os estudantes nesse momento que Temer tenta se manter no poder como se não fosse dar sequencia a política da Dilma.
“Afinal a tão dita Pátria Educadora, que ela foi eleita prometendo, está se mostrando ser uma grande mentira”. Sobre Alckmin, Pedro condenou a tentativa do governo de controlar os grêmios. “Além dos cortes e do fechamento das salas, eles também queriam controlar os nossos grêmios. Até porque, quanto menos politizados os jovens forem nas escolas, mais fácil será manipula-los pra não fazerem a escolha certa pro seu futuro em relação à política”.
CPC-UMES Filmes lança “Bola de Sebo”, de Mikhail Romm
Nesse mês de junho o CPC-UMES Filmes apresenta mais uma novidade para você: “Bola de Sebo”, de Mikhail Romm (1934). O filme é baseada no célebre conto de Guy de Maupassant. Qualquer semelhança entre a gentil Bola de Sebo e a Geni, de Chico Buarque e Rui Guerra, ou a Dallas, de "No Tempo das Diligências", John Ford (1939), não é mera coincidência.
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Sinopse
Grupo de burgueses procura abandonar Rouen, na França, para fugir da ocupação do exército prussiano em 1870. Já iniciada a viagem, uma prostituta conhecida como Bola de Sebo se incorpora à comitiva.
Obra de estreia de Mikhail Romm, baseada na adaptação do conto homônimo de Guy de Maupassant, “Bola de Sebo” foi realizado em 1934 como um filme silencioso, sendo sonorizado em 1955 sob a supervisão do diretor.
A história de Maupassant recebeu mais de 10 adaptações cinematográficas.“No Tempo das Diligências” (John Ford, 1939) bebeu deste filão que também inspirou Brecht na criação da Jenny de “A Ópera dos Três Vinténs”, como uma antítese da gentil prostituta francesa. Na “Ópera do Malandro”, a Geni, de Chico Buarque e Rui Guerra, retoma o modelo original.
Direção: Mikhail Romm (1901-71)
Mikhail Romm Ilich nasceu na cidade siberiana de Irkutsk, serviu no Exército Vermelho durante a guerra civil, graduou-se em escultura pelo Instituto Artístico-Técnico de Moscou. Em 1931 ingressou no Mosfilm Estúdio, atuou como produtor e diretor. No Instituto Estatal de Cinema (VGIK), desde 1962, foi professor de proeminentes cineastas como Andrei Tarkovsky, Grigori Chukhrai, Gleb Panfilov, Elem Klimov. Realizou 18 longas-metragens, entre os quais "Bola de Sebo” (1934), “Treze” (1936), “Lenin em Outubro” (1937), “Lenin em 1918” (1939), “Sonho” (1941), “Garota nº. 217” (1945), “Missão Secreta” (1950), “Nove Dias em Um Ano” (1962), “O Fascismo de Todos os Dias” (documentário, 1965). Recebeu o Prêmio Stalin nos anos de 1941, 1946, 1948, 1949, 1951. De seu filme “Sonho”, disse o presidente Franklin Roosevelt: “é um dos maiores do mundo”.
MP quer que Cunha devolva R$ 20 milhões e perca seus direitos políticos por 10 anos
A força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná protocolou, na segunda-feira (13), ação civil pública de improbidade administrativa contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Os procuradores pedem que o parlamentar perca os direitos políticos por dez anos, além de perder mais de R$ 20 milhões que movimentou em contas não declaradas no exterior.
A ação foi distribuída para a 6ª Vara Cível da Justiça Federal do Paraná. O juiz federal substituto Augusto Cesar Pansini Gonçalves vai analisar o caso. Segundo o Ministério Público Federal, embora Cunha tenha prerrogativa de foro por ser deputado federal, o processo e o julgamento de ação civil (que não leva à prisão, mas a punições como multa e perda de direitos políticos) tramita em primeira instância.
A ação proposta envolve a compra pela Petrobrás de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo em Benin, na África, em 2011, que evidenciou-se mais tarde ser um "poço seco", com prejuízo para a estatal.
Segundo a Procuradoria, para que o negócio, de aproximadamente US$ 34,5 milhões, fosse concluído, foi acertado o pagamento de propina na ordem de US$ 10 milhões (cerca de R$ 35 milhões) e, desse total, US$ 1,5 milhão foi destinado diretamente para Cunha em contas no exterior.
A força-tarefa solicitou ainda a perda do enriquecimento da mulher do deputado, Cláudia Cruz, de ao menos US$ 1.275.000,00 (R$ 4.462.500,00) relativo à movimentação na conta Köpek, aberta em seu nome, que recebeu valores transferidos das contas de titularidade de Cunha.
Fonte: Hora do Povo
Grandes mestres participam da formatura do Grupo Geração Capoeira
Quer praticar capoeira com a UMES? Participe de uma roda:
Segundas e quartas: 19h30 às 21h e 21h às 22h30 (Prof. Instrutor Royal)
Terças e quintas: 15h30 às 17h, 19h30 às 21h e 21h às 22h30 (Prof. Instrutor Pavio)
Sextas: 19h às 21h (integração das turmas, aula de instrumentação, maculelê e samba de roda)
Não perca as aulas de acrobacia para os alunos da capoeira: todas as terças e quintas das 18h às 19:30h
Contato: (11) 3289-7475 – capoeira@umes.org.br
Onde: Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista
Eleições já, conclama UMES nas praças e escolas da cidade
Keila, diretora de Cultura, no megafone coletando assinaturas no Largo Treze
“A coleta de assinaturas em defesa de novas eleições consolida as decisões do congresso da UMES”, afirmou Caio Guilherme, presidente da UMES, ao avaliar a mobilização da diretoria da entidade nas escolas e praças da cidade.
A petição do abaixo-assinado afirma que "para vencer a crise que açoita o país é fundamental e urgente a aprovação Projeto de Decreto Legislativo 16, de 2016, em tramitação no Senado visando a convocação de plebiscito para a realização de nova eleição para presidente e vice-presidente da República".
Quer coletar assinaturas na sua escola? Quer participar de nossa agenda? Não perca tempo!
Contato: (11) 3289-7477 – umes@umes.org.br
Onde: Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista
“É um movimento inicial, estamos aprendendo, mas já coletamos milhares de assinaturas na primeira semana”, comentou Caio ao explicar que apenas nesta sexta foram recolhidas cerca de 511 assinaturas pelos estudantes secundaristas da cidade de São Paulo, de acordo com seu balanço preliminar do dia.
As mobilizações estão sendo organizadas principalmente nas praças, devido o início das férias. Porém a campanha chega a algumas escolas que ainda estão em aula, a exemplo da E. E. Maria José, no centro da cidade, onde foram recolhidas 89 assinaturas. Ainda no centro, os estudantes coletaram 250 assinaturas na Praça Ramos.
O Largo Treze, zona sul, foi outro ponto da cidade onde os secundaristas realizaram a campanha, coletando mais de 100 assinaturas. Na região oeste, a mobilização foi na Lapa, onde 72 pessoas apoiaram o abaixo-assinado.
Participe da sessão de “Um Dia Muito Especial” na Mostra Permanente de Cinema Italiano
Na próxima segunda (13), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresenta o filme “Um Dia Muito Especial”, de Ettore Scola (1977). Com entrada franca, a sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!
UM DIA MUITO ESPECIAL, de Ettore Scola (1977), ITALIA, 105 min.
SINOPSE:
Roma, 6 de maio de 1938. Benito Mussolini e Adolf Hitler se encontraram para selar a união política que, no ano seguinte, levaria o mundo à 2ª Guerra Mundial. Praticamente toda a população vai ver este acontecimento, inclusive o marido fascista de Antonietta (Sophia Loren), uma solitária dona de casa que conhece acidentalmente Gabriele (Marcello Mastroianni), seu vizinho, quando seu pássaro de estimação foge e ela o encontra pousado na janela do vizinho. Antonietta nunca falara com Gabrielle, que tinha sido demitido recentemente da rádio onde trabalhava por ser homossexual. Ela, por sua vez, era uma esposa infeliz e insegura pelo fato de não ter uma formação profissional. Gradativamente os dois desenvolvem um tipo muito especial de amizade.
Direção: Ettore Scola (1931-2016)
Ettore Scola (1931-2016) nasceu em Trevico, Itália. Ingressou na indústria cinematográfica como roteirista em 1953. Escreveu para Steno ("Um Americano em Roma", 1954), Luigi Zampa ("Gil Anni Ruggenti", 1962), Dino Risi ("Il Sorpaso", 1962). Dirigiu seu primeiro filme, "Vamos Falar Sobre as Mulheres", em 1964. Obteve reconhecimento internacional com "Nós Que Nos Amávamos Tanto" (1974), um tocante painel da Itália do pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º. Festival de Cannes, com "Feios, Sujos e Malvados". Desde então, realizou vários filmes de sucesso, incluindo "Um Dia Muito Especial" (1977), "Casanova e a Revolução" (1982), "O Baile" (1983), "Splendor" (1987), "O Jantar" (1998), "Concorrência Desleal" (2000). Em 2011 dirigiu "Que Estranho Chamar-se Federico", uma homenagem ao amigo Federico Fellini.
Para maiores informações entre em contato pelo telefone (11) 3289-7475 ou pelo Facebook. O Cine-Teatro Denoy de Oliveira fica na Rua Rui Barbosa 323, Bela Vista (Sede Central da UMES)
Alesp aprova projeto de Alckmin de privatização de 25 parques estaduais
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou na última terça-feira (7) o Projeto de Lei (PL) 249/2013, enviado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que entrega para iniciativa privada a gestão – com direito de explorar comercialmente – 25 parques estaduais de conservação e estações experimentais administradas pela Secretaria do Meio Ambiente.
O projeto é de iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente, na época gerida por Bruno Covas, atualmente deputado estadual pelo PSDB. Depois de mais de um ano parado, foi levado a plenário em regime de urgência e tem apoio da gestão de Geraldo Alckmin. Em tramitação desde 2013, o projeto previa a entrega de apenas três parques, mas esse número saltou desde então.
Por 63 votos a favor e 17 contra, os deputados autorizaram a concessão por até 30 anos de 13 parques estaduais, cinco estações experimentais e seis florestas estaduais. A privatização ocorrerá por meio de licitação e as empresas poderão explorar as atrações turísticas das unidades, como hospedagem, trilhas, restaurantes e bilheteria, no caso dos parques estaduais, e na comercialização de madeira ou de subprodutos florestais, no caso de florestas estaduais.
Os parques estaduais concedidos à exploração de serviços ou uso, total ou parcial, são: Campos do Jordão, Cantareira, Intervales, Turísticos do Alto Ribeira, Caverna do Diabo, Serra do Mar (Núcleo Santa Virgínia), Serra do Mar (Núcleo São Paulo), Jaraguá, Carlos Botelho, Morro do Diabo, Ilha do Cardoso, Ilha Bela, Alberto Loefgren, Caminho do Mar, Estação Experimental de Itirapina e as Florestas Estaduais de Águas de Santa Bárbara, Angatuba, Batatais, Cajuru, Pederneiras e Piraju.
A deputada Beth Sahão (PT) afirmou que atitude do governo do estado é irresponsável, porque o montante não tem tanto significado em comparação com a receita do estado e ao mesmo tempo vai prejudicar centenas de milhares de pessoas que estão dentro desses espaços, comunidades quilombolas, famílias de assentados e pesquisadores.
O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) afirmou que “é temerário” que a Assembleia assine esse cheque em branco. “Agora estamos assistindo a essa afronta, a esse crime, de entregar 25 parques estaduais para madeireiras e empresas privadas”, afirmou. Giannazi disse que entrará na Justiça com uma ação questionando a constitucionalidade do projeto.
TJ BARRA ALCKMIN
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) segurou a sanha privatista de Alckmin e barrou o projeto do governador que previa a alienação de 79 imóveis a R$ 1,43 bilhões de reais.
O desembargador Carlos Bueno, do TJ-SP, decretou liminarmente nesta terça-feira, 7, que seja sustado o processo legislativo de deliberação do Projeto de Lei 328/16, de Alckmin.
Fonte: Hora do Povo (Foto: Caverna do Diabo)
O cinema no calor da hora
Cena do filme “Concorrência desleal”, de Ettore Scola
Caio Plessmann *
Para o Ettore Scola de “Concorrência Desleal”, filme apresentado nesta segunda-feira (06/06) na mostra do Cine-Teatro Denoy de Oliveira, a solidariedade não é suficiente para vencer o fascismo.
O regime de exceção italiano é visto como um apanhado de reacionários pretensiosos que vivem de montar complôs contra os setores espontâneos e produtivos da sociedade.
Aí reside a deslealdade, muito distante da trama que domina de forma lúdica toda a primeira metade do filme, expressa na concorrência comercial entre dois alfaiates, um judeu e o outro italiano. É como se a disputa no âmbito comercial constituísse um protocolo civilizado cuja outra face é a própria solidariedade.
Mas os fascistas não queriam conversa. Eles acreditavam que seria possível recuperar por decreto a dignidade perdida – a dignidade de suas vidas parasitárias e pretensiosas. Escondiam assim o substrato de seu universo de imaginário xenófobo sem preocupações com o bom senso, regendo artimanhas de ataque aos núcleos mais dinâmicos da sociedade.
Caio, a direita, durante gravação de seu filme “São Paulo Cidade Aberta”
Três aspectos da moderna cinematografia italiana constituem a essência da trama desse belíssimo filme: o achado de trabalhar os personagens infantis no centro da narrativa, a temática antifascista e a perspectiva autoral. Com estes elementos ele constrói sua jangada e se lança ao mar, atualizando o sentido de resistência à barbárie que vive em todo ser humano.
Scola utiliza o ponto de vista infantil, de dois meninos amigos, filhos das famílias rivais, e traz de seus universos o andamento da narrativa. Pelo afeto assim recuperado, a solidariedade nos adultos, antes oculta pelas desavenças comerciais, vai pouco a pouco chegando à luz, até se tornar generosa amizade, cheia de desprendimento.
Isso resulta da ação paralela, onde podemos acompanhar apreensivos o crescimento do aparato reacionário que aumenta e ajusta o foco nas comunidades judaicas, um pretexto para destilar o seu ódio aos negócios que envolviam habilidades variadas, sentido estético e disposição permanente para o trabalho.
O que se desenrola no filme a partir dessa mudança do lúdico para o trágico constitui outros quinhentos, ainda hoje um enigma para as civilizações. Passo a passo a truculência vai ocupando o contexto social sem aparentemente deixar opção de resistência aos indivíduos. O filme termina com o garoto observando com dor seu amiguinho judeu ser levado com a família para algum lugar desconhecido já identificado na História.
Poucas cinematografias se mostram tão eficientes ao retratar a emergência dos regimes de exceção e de jogar luz sobre suas estruturas e mecanismos de funcionamento. Apesar disso os italianos aparentemente não apontam os caminhos da resistência. Isso equivaleria estudar a parte obscura da própria coletividade.
Mas se engana quem acredita que o autor entende digamos tratar-se de situação irreversível: o menino observa, e reflete ao final como um convite a todos tomarem a mesma atitude. O avanço lento e subterrâneo da destruição dos valores vitais e da promoção da estupidez nos informam que não se deve transigir com a injustiça sob pena da mesma se tornar uma avalancha de iniquidade. Para Scola, se é necessário recuperar o afeto para compreender o fascismo, superá-lo parece ser demanda de adultos atentos, de um ponto de vista humano, às injustiças de seu próprio cotidiano.
*É diretor de cinema
Eu quero outra escola!
A mesa que discutiu educação durante o 25° Congresso da UMES, realizado quinta (2), reuniu centenas de estudantes que incisivamente condenaram a aprovação automática, a reorganização para fechar escolas, os cortes do governo federal na educação e a falta de merenda. Foi um debate muito importante que além de consolidar o programa de educação da UMES para os próximos dois anos, contou com a visita do prefeito Fernando Haddad, que saudou o congresso e reafirmou o seu compromisso com os estudantes.
Abrindo a discussão de Educação, o então presidente da UMES, Marcos Kauê o atual estado de crise na educação. “Hoje o debate sobre acesso a universidade pública se tornou mais difícil. Com os governos cortando da educação, voltamos à realidade de que sem cursinho os estudantes da rede pública não entram mais na universidade”.
Após estabelecida a mesa de debate, a primeira a falar foi Iva Mendes, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que condenou os cortes que basicamente boicotaram o Plano Nacional de Educação (PNE). Em seguida falou Naiara do Rosário, professora da Rede Emancipa, que também denunciou os cortes e afirmou a necessidade da luta pelo direito a educação pública de qualidade.
O presidente da UPES, Emerson Santos (Catatau), concordou com todos os debatedores anteriores e ressaltou a importância do combate ao governo Temer, sem se esquecer das ocupações que dobraram o governo Alckmin, o forçando a recuar do fechamento de 94 escolas ano passado, ou da recente abertura da CPI da merenda.
“Hoje somos obrigados a estudar em uma escola precarizada que não ensina, alimenta ou protege”, afirmou o então vice-presidente da UMES, Tiago Cesar, que incendiou o plenário. Situação que piora na medida que chega a hora da juventude ir para universidade, sobretudo, pública. “A entrada na universidade é um funil que deixa de fora os estudantes da escola pública”.
Durante a fala de Tiago o prefeito chegou ao congresso, e após passar pelos delegados, depois de algumas fotos e pequenos bate-papos, os saudou e recebeu da UMES uma homenagem pela implementação do passe-livre. “Eu sei que ainda tem muita coisa para fazer. Mas é um grande começo. Você começar por 620 mil pessoas que gastavam mil reais por ano, pelo menos mil reais por ano, eles oneravam o orçamento familiar”, comemorou Haddad.
Já finalizando, Gabriel Alves, presidente da Juventude Pátria Livre, denunciou o atual estado caótico da educação, fruto da política de cortes dos governos federal e estadual, porém lembrando aos estudantes toda a sua força e capacidade. “Os estudantes de São Paulo derrubaram o secretario de educação com as ocupações. Agora precisamos ir pra rua pra tirar o Alckmin e o Temer”, apontou.
Pouco antes do encerramento do debate, para dar início a plenária final, ainda falou a presidente da União Brasileira dos Estudantes (UBES), Camila Lanes. Para ela é preciso construir grêmios livres para lutar contra os ladrões da merenda, diretores ditadores e contra os governos que colocam a polícia para bater nos estudantes.
Logo em seguida foi a vez do candidato Caio Guilherme, que encerrou a discussão saudando a todos os estudantes e afirmando que a plataforma de luta da entidade pelos próximos dois anos dever ser o fim da aprovação automática, a defesa dos recursos da educação e a punição dos ladrões da merenda.
“Não vamos admitir que o país fique como está”, falou em meio a palavras de ordem, ao condenar Temer pela continuidade do ajuste de Dilma, ou o governo Alckmin pelo fechamento de escolas ou roubo da merenda. Enquanto Caio falava os delegados cantavam: “UMES pra frente, Caio presidente”. “A gestão que sai hoje, , prosseguiu Caio, fez muita coisa: Derrotou a reorganização de Alckmin, conquistou o passe-livre… E nós vamos seguir nessa luta pela educação pública”.