Artistas pedem a volta do Ministério da Cultura

 
A decisão de Michel Temer de fundir o Ministério da Cultura ao da Educação despertou reações negativas de artistas e produtores culturais. Na segunda-feira (16), a associação dos produtores de teatro e representantes da classe artística se reuniram para escrever uma carta aberta que pede a volta do Ministério da Cultura. O documento deve ser entregue ao presidente interino. Entre os participantes, Marieta Severo, Renata Sorrah e Marco Nanini.
 
Manifestantes ocuparam no Rio de Janeiro um edifício que era sede do Ministério da Cultura para protestar contra o fim da pasta. Eles deram um abraço simbólico em volta do Palácio Gustavo Capanema, a antiga sede do Ministério de Educação e Cultura, no centro do Rio de Janeiro. Artistas, produtores e representantes de vários movimentos culturais ocuparam o prédio por tempo indeterminado.
 
A mobilização dos artistas começou na semana passada. Na sexta-feira (13), um documento contestando a decisão de unir os ministérios da Educação e da Cultura já tinha sido enviado a Michel Temer.
 
Artistas pernambucanos também realizaram um protesto na segunda. O novo Ministério da Educação e Cultura está sob comando do deputado pernambucano Mendonça Filho (DEM), político com inexpressiva atuação no campo cultural.
 
Fonte: Hora do Povo
 

CNAB celebra o 13 de Maio e conclama os brasileiros a lutar pela soberania nacional

 

O Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) e a Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Smpir) realizaram no dia 13 de Maio, na Avenida Paulista, uma celebração da Revolução Abolicionista e de uma das datas mais marcantes da nossa história os 100 anos da gravação de “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida, que se tornou o primeiro samba registrado na história da música brasileira, marcando a criação do gênero que é a principal manifestação da cultura nacional.

 

O evento realizado na principal avenida da cidade contou com shows do melhor do samba de raiz com os grupos Sambaki, Embaixada do Samba Paulistano, Democráticos de Guadalupe e apresentação do cantor e compositor Bira da Vila.

 

Além de uma roda de capoeira comanda pelo professor-instrutor Fabiano Pavio, vice-presidente do CNAB, e pelo mestre Bambu do grupo Geração e um ato político que contou com a presença de lideranças femininas, estudantis, sindicais, religiosas, partidárias e culturais.

 

O presidente do CNAB, Alfredo de Oliveira Neto, ressaltou a importância de se comemorar o 13 de Maio porque essa revolução definiu o caráter da nossa Nação como um povo lutador, patriótico, generoso e antiracista. “Novamente fizemos o 13 de Maio aqui na Avenida Paulista porque é preciso resgatar tudo o que envolveu essa revolução que levantou o Brasil de norte a sul se tornando numa das maiores mobilizações do nosso povo que só encerrou com a vitória”, disse Alfredo.

 

“Muitos negros deram o seu sangue e suas vidas para conseguirem o 13 de Maio. Não foi de graça que deram nada para nós. Foi preciso muita luta. Por isso vamos fazer o 13 de Maio várias outras vezes porque é preciso lutar sem trégua contra o racismo e pela independência nacional”, frisou Alfredo.

 

A abertura foi realizada pelo grupo Sambaki com um repertório repleto de pérolas do samba puro, sem agrotóxico ou deturpação. Na sequência quem esquentou de vez a noite foi a Embaixada do Samba Paulistano, composta por quem tem ao menos 25 anos de serviços prestados ao samba e que conta com componentes da velha guarda de escolas de sambas da capital paulista.

 

Após a execução do Hino à Negritude, composto pelo patrono e eterno presidente do CNAB, o saudoso professor Eduardo de Oliveira, teve início o ato político.

 

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e vice-presidente do CNAB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira, disse que “não podemos ter conciliação com o inimigo que quer ver o povo negro no gueto, por baixo. Por isso temos que colocar o povo negro para lutar contra essa situação econômica. Em uma situação difícil como essa que estamos vivendo quem mais sofre é o povo negro”.

 

O vice-presidente do Partido Pátria Livre (PPL) e diretor de redação do jornal Hora do Povo, Carlos Lopes, observou que “o povo negro é o povo brasileiro. Aqui no Brasil até os brancos são negros. A verdade é que muitos deles não reparam. Afinal de contas o que era Noel Rosa? O que era Adoniran Barbosa? O que eram esses brancos?”.

 

“O povo negro é o povo brasileiro. E por isso nós vamos vencer essa luta. Não há salvação do país senão o povo brasileiro. Somos nós que temos que nos manifestar e conquistar, inclusive, o direito de antecipar e fazer Eleições Gerais Já!”, completou Carlos Lopes.

 

A presidente da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), Gláucia Morelli, falou que durante a luta pela Abolição “Rui Barbosa colocava uma questão que me tocou muito quando ele rebatia os senhores de escravos que diziam: ‘a escravidão já tem há muito tempo’. E ele dizia: ‘a liberdade existe há muito mais tempo’”.

 

Também estavam presentes e fizeram uso da palavra Marcos Kauê, presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES); Elza Serra, presidente da Federação de Mulheres Fluminense; Eliane Souza, presidente da Federação de Mulheres Paulistas e Roberto Prebil, presidente do Sindicomunitário-SP e da Fenaac, entidades dos agentes comunitários da Saúde, além de Paulo, representante da Associação de Religiões de Matrizes Africanas

 

Após o ato político foi a vez do Democráticos de Guadalupe pôr todo mundo para dançar com uma apresentação que demonstrou que o samba não é apenas carioca, nem apenas baiano, mas um fenômeno nacional com um repertório de sambas e sambistas de diversos estados.

 

Vice-presidente do CNAB e violonista do grupo Irapuan Ramos destacou que “graças ao Brasil e em especialmente o samba a música mundial evoluiu muito. Isso é uma das questões mais importantes. Nós do Democráticos de Guadalupe não somos apenas um conjunto. Nós somos militantes políticos e especialmente ligados ao CNAB na luta pela valorização do negro, no resgate de nossa história e do nosso papel na construção do nosso país”.

 

O encerramento em grande estilo foi feito por Bira da Vila, cantor e compositor da Baixada Fluminense, secretário de Cultura do CNAB e uma grande liderança no mundo do samba que levantou o público com sucessos como “Então Leva” e o “O Daqui, O Dali e o de lá”.

 

Fonte: Hora do Povo (reportagem e fotografia por André Augusto)

 

OAB-SP critica Alckmin por desocupar escolas sem ter autorização da Justiça

 
 
Para a Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), a decisão do governo Geraldo Alckmin (PSDB) de desocupar três diretorias de ensino e o prédio da Escola Técnica de São Paulo (Etesp), no Bom Retiro, sem aval judicial é descabida.
 
“Em se tratando de invasão pacífica e não predatória, de estabelecimento de ensino oficial, por jovens que lá estudam, parece desarrazoado proceder a reintegração, com uso da Polícia Militar, sem a prévia cautelar de ordem judicial”, diz nota da entidade, assinada pelo presidente Marcos da Costa.
 
A PM invadiu, sem autorização judicial, e realizou reintegrações de posse de imóveis ocupados por estudantes em São Paulo. Os estudantes reivindicam também a instalação de uma CPI para apurar o escândalo de corrupção envolvendo fornecedores e agentes públicos, entre os quais o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB). Pelo menos 50 estudantes foram encaminhados para a delegacia, onde foram fichados e permaneceram detidos. Segundo a polícia, 15 deles responderão por ato infracional e, os maiores de idade, por dano ao patrimônio.
 
Além da OAB-SP outros especialistas condenam a ação do governo tucano. Para a advogada Maristela Basso, professora da Faculdade de Direito da USP, o Estado tem poder, mas não a legitimidade de desocupar imóvel público sem recorrer ao Judiciário. Infringiu, ainda, as regras de administração pública ao atuar com excesso de poder, afirmou Basso.
 
Diferente do final de 2015, onde mais de 180 escolas foram ocupadas contra a proposta de Alckmin de fechar unidades no estado, o protesto desde ano permaneceu concentrado em 15 Escolas Técnicas (Etecs) e, com uma menor adesão entre os estudantes, os ocupantes perderam espaço político nos últimos dias. Entretanto, isto não justifica o uso de força desproporcional e sem autorização judicial para a desocupação dos prédios. 
 
Fonte: Hora do Povo

Eleições gerais, já!

 

Nem Dilma, nem Temer. A solução virá com Eleições Gerais

 

“Trocar Dilma por Temer é o mesmo que trocar seis por meia dúzia. A transformação que os estudantes, trabalhadores e o povo em geral desejam só pode ser alcançada com a realização de eleições gerais”, explicou Marcos Kauê, presidente da UMES, sobre a decisão da entidade acerca de novas eleições.

 

“Por isso a diretoria decidiu em sua última reunião convocar todos os estudantes a se somarem na campanha por ‘Eleições Gerais, Já!’ contra os cortes na educação, saúde e direitos sociais e trabalhistas. Eleições contra a privatização do pré-sal, juros altos e cortes de direitos. Só assim poderemos barrar a política de cortes e destruição nacional para garantir mais investimentos públicos e assim retomar o crescimento econômico”.

 

A deliberação foi tomada nesta segunda (2), durante reunião, enquanto os diretores discutiam sobre a conjuntura nacional. “O governo Dilma está prestes a cair pelo ‘impeachment’ que deve se desenrolar no senado nas próximas semanas. Com isso sai à chapa Dilma/Temer para assumir Temer/Cunha. Sai à candidata do estelionato eleitoral que enganou todos para cortar da educação, privatizar o pré-sal, aumentar os juros e cortar direitos para assumir Temer, que cometeu os mesmos crimes de Dilma, que o escolheu para ser vice-presidente”. Para Kauê, Temer seguirá a mesma política de sacrifício do povo, tudo isso com um requinte de gangster, já que o novo vice-presidente será Eduardo Cunha.

 

O programa apresentado por Michel Temer, “Uma ponte para o futuro”, ou o programa do impeachment, é basicamente o mesmo que o implementado pelo governo até então: pretende seguir com os cortes ao estabelecer limite para o custeio, colocando um fim no percentual destinado aos direitos sociais; aponta a idade mínima para o acesso a aposentadoria; colocará a convenção coletiva sobre o que está previsto em lei na CLT; seguirá com a política de juros altos, e para isso já convidou Henrique Meireles para um possível governo; seguirá com a política de privatização de infraestrutura e recursos naturais (“transferência de ativos”); e na política externa pretende aproximar ainda mais o Brasil dos EUA.

 

A decisão por novas eleições busca apontar uma saída para a grave crise que vive o país em decorrência da política de cortes e privatizações, estabelecida pelos juros altos que beneficiam apenas os banqueiros e rentistas. Política que colocou o país em uma recessão profunda, deixando mais de 11 milhões de trabalhadores no desemprego (3 milhões apenas no último ano), situação que se agravou ainda mais com os cortes massivos nos serviços públicos que praticamente paralisaram a educação e saúde.

 

Durante a reunião a diretoria definiu organizar e se somar as ações e atividades em defesa de novas eleições realizadas na cidade de São Paulo. “Os estudantes secundaristas vão engrossar a mobilização por novas eleições”, afirmou Kauê.

 

Foto: Estudantes pedem eleições gerais durante manifestação nas ruas de Porto Alegre no início de abril (Juliano Chimenes/RBS TV)

 

Estão abertas as inscrições para o Enem 2016

 

Estão abertas as inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano. Os interessados devem se inscrever no site: enem.inep.gov.br. As inscrições vão até às 23h59 do dia 20 de maio.

 

Veja aqui o edital do Enem 2016

 

O valor da taxa de inscrição é de R$ 68 e o boleto deverá ser pago até o dia 25 de maio. Todos estudantes da rede pública, que concluíram ou concluirão seus estudos até de 2016, serão automaticamente isentos do pagamento da taxa. Também é possível solicitar isenção do pagamento mediante declaração de carência durante inscrição.

 

As provas do Enem 2016 serão aplicadas entre os dias 5 e 6 de novembro. No primeiro dia, serão aplicadas as provas de “ciências humanas e suas tecnologias” e “ciências da natureza e suas tecnologias”, enquanto no segundo, serão os exames de “linguagens, códigos e suas tecnologias”, “matemática e suas tecnologias” e “redação”.

 

Em ambos os dias as provas começam às 13h30 (horário de Brasília), com abertura dos portões às 12h.

 

Foto: Fabio Tito/G1

 

13 de Maio: todos à Paulista!

 

O 13 de Maio é uma das datas mais marcantes da história, não só dos negros, mas de todo o povo brasileiro. A campanha abolicionista – que teve epílogo no dia 13 de maio de 1888 – levantou o Brasil de Norte a Sul e se tornou numa das grandes mobilizações populares vitoriosas da história do país. Os grandes líderes negros, a exemplo de Luiz Gama e José do Patrocínio, por sua combatividade e amplitude, souberam unir a envolver na luta pela abolição políticos e personalidades nacionais vivazes, como Castro Alves, Joaquim Nabuco, Silva Jardim e outros.

 

A revolução abolicionista definiu o caráter da nossa Nação, como um povo lutador, patriótico, generoso, antiracista – apesar de uma minoria atrasada, entreguista, submissa a tudo o que é estrangeiro e antinacional, que continua a infelicitar o país à imagem e semelhança dos escravocratas de antes.

 

Como disse o eterno presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), o líder negro, o saudoso professor Eduardo de Oliveira (06/08/1926 -12/07/2012):

 

“A Abolição da Escravatura, por força da Lei Áurea no dia 13 de maio de 1888, cristalizou na consciência do povo um teor cívico dos mais expressivos – por ser fruto de heróica e humanitária campanha que resgatou e devolveu ao negro escravizado a sua dignidade de pessoa feita à imagem e semelhança de Deus”.

 

Neste 13 de maio de 2016 comemoramos os 128 anos daquela data histórica com muito orgulho e com disposição redobrada para continuar a lutar por aquilo que conquistamos e avançar ainda mais. Não podemos abrir a guarda.

 

Assim como em 13 de Maio de 1888, nós negros não vamos permitir que se jogue no fundo do poço do atraso e da miséria o Brasil que nós negros construímos. Não permitiremos que a comunidade negra sejam as principais vítimas do desemprego e da fome.

 

Assim como os senhores de escravos diziam que não poderiam abrir mão do sistema escravista, porque senão o apocalipse se instauraria no Brasil, a minoria racista, atrasada e entreguista de hoje diz que o país não pode ter uma política independente, soberana e popular. Que o Brasil não pode viver sem os EUA, sem os bancos e monopólios estrangeiros e tem que eternamente abastecê-los com vultosas somas dos nossos recursos financeiros e naturais, enquanto nosso povo trabalhador se sacrifica, empobrece e fica na miséria e na fome cada vez mais.

 

Nós negros dizemos NÃO a essa política antipovo e antinacional.

 

Em nome de Zumbi dos Palmares e Luiz Gama continuamos a luta por um Brasil melhor e mais justo. A Revolução de 30 prosseguiu a luta de Tiradentes e dos heróis de Maio de 1888. Agora precisamos aprofundar estas mudanças.

 

– Por uma redução drástica dos juros.

– Por mais investimentos públicos na Educação, Saúde, Transportes, Moradia.

– Não às privatizações.

– Não à “Reforma” Trabalhista e Previdenciária. Precisamos de mais direitos e não menos. É isso que faz o Brasil crescer.

– Eleições Gerais Já para renovar a vida política no país.

 

Por isso o Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) realizará no dia 13 de Maio, na Avenida Paulista, em São Paulo, shows e apresentações culturais para celebrar o Dia da Abolição da Escravatura e os 100 anos do Samba, a principal manifestação da nossa cultura. Vamos todos defender o Brasil! Viva o 13 de Maio, dia de todos nós! Viva o Prof. Eduardo de Oliveira! Viva Luiz Gama! Viva Luiza Mahim! Viva Cruz e Sousa! Viva José do Patrocínio! Viva Castro Alves! Valeu Zumbi!

 

Para Alckmin proibir violência contra estudantes é um abuso da justiça

 

Na manhã de hoje a tropa de Choque da PM do governo Geraldo Alckmin retirou a força e cacetadas os estudantes que ocupavam o Centro Paula Souza reivindicando comida nas escolas. A medida foi encaminhada após uma liminar do governo derrubar as exigências anti-violência do juiz Luis Manuel Pires, da Central de Mandados do Tribunal de Justiça de São Paulo, que proibiu a utilização de armas letais e não letais.

 

Na ocasião, Pires fez cinco exigências em relação à reintegração de posse da escola: 1) presença de um oficial de justiça; 2) um representante do Conselho Tutelar; 3) apresentação de uma cópia da decisão que determinou a reintegração; 4) impediu o uso de arma letal ou não letal; 5) presença do secretário da Segurança, Alexandre de Moraes.

 

“A situação, portanto, é extremamente sensível. O uso da força pública (se necessária) não pode simplesmente ser deflagrado sob recomendações, votos de cautela, equidade, ponderação ou tantas outras palavras que não raras vezes passam ao largo da realidade que se desdobra a seguir em razão da diversidade de ações e reações, emoções do conflito (pouco racionais), da variedade de comportamentos que não se submetem rigorosamente às letras, mas se impõem, e depois precisam delas para serem explicados. Por isto, reconheço como uma conquista entre os interlocutores, na audiência que se realizou há pouco, o consenso sobre a não utilização de qualquer arma, seja ela letal ou não, a exemplo de cassetetes, balas de borracha e gás de pimenta, entre outros”, disse Pires (veja despacho na integra).

 

 

Porém o governo reagiu às exigências afirmando que é um absurdo coibir o uso da força contra os estudantes que lutam por educação de qualidade e merenda na escola. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública expressou o seu incomodo com a preocupação de Pires.

 

“O comando da tropa na operação não pode ser retirado”, afirma a nota em relação à exigência do oficial de justiça e demais autoridades. Mais a frente discorre que a decisão de Pires pela não utilização de armas contra os estudantes é um abuso. “A análise sobre a necessidade ou não de porte de armas, inclusive não letais deve ser feita pela Polícia Militar”, concluindo que a violência deve ser utilizada para “garantir a integridade dos próprios manifestantes”.

 

Se somando e apoiando o abuso da violência perpetrada contra os secundaristas queapenas reivindicam merenda nas ETECS, o chefe de gabinete do Centro Paula Souza, Luiz Carlos Quadrelli, disse que só há acordo se os estudantes desocuparem as escolas. “Se eles saíssem as negociações se iniciariam muito mais rápido”, afirma Quadrelli como se as ocupações não fossem o reflexo da falta de diálogo do governo para com os estudantes e a sociedade em geral.

 

Após serem escorraçados da ETEC, os estudantes saíram em caminhada até a Fatec pela Avenida Tiradentes com uma faixa em defesa da educação: “Pela educação: professor na greve nós na ocupação”. Ao chegaram no local, onde funciona também uma ETEC que está ocupada, eles fecharam a pista local no sentido centro após serem impedidos de entrar pelos policiais, que agiram mais uma vez com violência.

 

Violência

 

Nos vídeos e fotos divulgados pelas redes sociais e sites da internet sobre a reintegração é possível ver policiais abusando da força, arrastando alunos, os empurrando ou mesmo batendo com seus escudos e cassetetes. Até mesmo a imprensa foi vitima da violência policial, como foi o caso do fotografo Mauro Donato (50), do Diário do Centro do Mundo, que foi agredido durante a ação no Centro Paula Souza. “O PM bateu primeiro na câmera e depois na cabeça. Foi intencional mesmo”, conta ele, com um corte no supercílio.

 

Cortes

 

No último ano as ETECS sofreram cortes de 72% no orçamento. E a falta de merenda atinge até mesmo os alunos que estudam em tempo integral. O movimento das ocupações, que se estende em 15 escolas técnicas, reivindica também que seja instalada uma CPI para apurar o escândalo de corrupção envolvendo fornecedores e agentes públicos, entre os quais o presidente do Legislativo, Fernando Capez (PSDB).

 

De acordo com a Apeoesp nos cortes também está incluso o processo de reorganização, que ocorre de modo “disfarçado” com o massivo fechamento de salas de aula desde o início do ano.

 

Em fevereiro José Renato Nalini, secretário de Educação, anunciou em entrevista ao G1 o corte de R$ 1,5 bilhão em sua pasta.

 

Suspeito pelo roubo da merenda Capez diz que CPI não dá em nada

 

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Fernando Capez, um dos investigados no escândalo da merenda, disse que a abertura de Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para apurar o roubo não vai dar em nada, durante entrevista a BBC em decorrência da ocupação feita por estudantes no plenário da casa.

 

“Mas você já viu CPI dar em alguma coisa? CPI apurar alguma coisa?”, respondeu Capez sobre a não aprovação da CPI pelos deputados da Alesp, já que a suposta orientação do PSDB, segundo ele, é favorável ao inquérito. Embora se diga favorável a CPI, nem Capez ou mesmo qualquer deputado da base governista deu sua assinatura no sentido de abrir a investigação parlamentar.

 

Durante a entrevista Capez chegou a afirmar que o esquema de corrupção envolvendo a merenda não afetou as contas do Estado. “O Estado não sofreu prejuízo nenhum”, disse ao se referir a um contrato de R$ 12 milhões, possivelmente superfaturado.

 

A entrevista repercutiu negativamente pelas redes sociais e sites da internet, que ironizaram suas afirmações como uma possível fuga do andamento das investigações. “Ele ignora a reivindicação dos estudantes ou as conclusões da justiça através da operação Alba Branca”, disse Marcos Kauê sobre a postura do deputado que disse na entrevista que não há falta de merenda ou que se quer exista esquema de corrupção.

 

Ocupação

 

Os estudantes desocuparam a Alesp na tarde de hoje, por volta das 16 horas, após três dias pressionando pela abertura do processo de investigação. A decisão se deu no sentido de cumprir a determinação judicial expedida ontem, que dava aos estudantes 24 horas para deixar o local, sob pena de multa diária de R$ 30 mil por estudante. “Nós apenas começamos”, cantavam os ao afirmar que na próxima semana visitarão os deputados novamente buscando a abertura da CPI.

 

Participe do 25º Congresso da UMES e ajude a derrotar os inimigos do Brasil e da escola pública

Plenário do 23º Congressoi da UMES realizado em 2014 

 

No próximo dia 2 de junho (quinta), será realizado o 25º Congresso da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo, no auditório da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa na Liberdade. Como é de costume, debateremos com muita vibração a atual situação da nossa educação. Também discutiremos profundamente os problemas de nossa conjuntura nacional e estadual, que vão dos cortes bilionários contra nossos direitos básicos ao impeachment, reivindicação por eleições gerais antecipadas e o escandaloso roubo da merenda e destruição da escola pública, perpetrado pelo governo de São Paulo.

 

Em nossos mais de 31 anos de luta a defesa do ensino público, gratuito e de qualidade, da democracia e soberania nacional foram nossas bandeiras permanentes, e o nosso Congresso representa o momento mais alto dessa mobilização para fortalecer a construção da educação e do Brasil que a juventude e o povo precisam. Foram em nossos congressos que deflagramos campanhas imprescindíveis para chegar até aqui, como foi o “Fora Collor”, a luta pela meia entrada, meio passe e passe livre.

 

É por isso que a diretoria da UMES convoca todos os estudantes secundaristas de São Paulo a se inscreverem e participarem do congresso, que constituirá uma fase fundamental para que a juventude afirme seus caminhos para ajudar o Brasil a superar a crise política e econômica imposta pelos governantes, lacaios dos banqueiros e multinacionais estrangeiras, que fazem de tudo para impedir a felicidade do povo.

 

Venha participar do congresso da UMES, este será o momento que vamos fortalecer a nossa união para derrotar de vez os inimigos do Brasil e da educação, dizendo basta aos cortes da educação, saúde, direitos sociais e trabalhistas. Será a atividade onde os estudantes de São Paulo dirão não a privatização do pré-sal e ao roubo da Petrobrás. Momento que os secundaristas vão exigir a punição dos ladrões da merenda e dos tucanos, que por tantos anos têm destruído a escola pública e o nosso Estado.

 

 

Quer participar mas não sabe como? Tem propostas? Entre em contato com a gente!

(11) 3289-7477 – umes@umes.org.br

Caso preferir venha até a nossa sede mais próxima de você

 

 

Principais discussões levantadas para a construção do 25º congresso

 

Eleições gerais

Escândalo da merenda escolar

Grêmio livre estudantil

Menos juros e mais educação

Cultura

Passe livre e meia entrada

Fim da aprovação automática

Crise das ETECs

Fim da superlotação das salas de aula

Redução da maioridade penal

Escola de tempo integral

 

Mostra Permanente de Cinema Italiano apresenta o filme “Splendor”

 

 

Na próxima segunda (9) a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresenta o filme “SPLENDOR”, DE ETTORE SCOLA (1989). Com entrada franca, a sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

Para maiores informações entre em contato pelo telefone (11) 3289-7475 ou pelo FacebookO Cine-Teatro Denoy de Oliveira fica na Rua Rui Barbosa 323, Bela Vista (Sede Central da UMES)

 

 

Sessão de "O Baile", de Ettore Scola (1982). Sala cheia na abertura da mostra no úlitmo dia 2

 

 

Confira nossa programação!