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Milton Ribeiro prioriza pastores em repasses do MEC a pedido de Bolsonaro

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O ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, disse que sua prioridade “é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”. A fala refere-se a Gilmar dos Santos, líder do Ministério Cristo para Todos, uma das igrejas evangélicas da Assembleia de Deus em Goiânia (GO).

A declaração foi realizada em uma reunião no MEC com prefeitos, lideranças do FNDE e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. O áudio do encontro foi obtido e divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira (22).

O ministro da Educação afirmou na gravação que a prioridade ao pastor “foi um pedido especial que o presidente da República [Jair Bolsonaro (PL)]”. Reportagens da Folha de S.Paulo e do O Estado de S. Paulo mostraram que os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura atuavam como lobistas e instaram um gabinete paralelo para negociar o repasse de verbas no MEC. As cidades apoiadas pelos pastores teriam sido beneficiadas com recursos do MEC em um prazo recorde de 16 dias.

O governo que cortou a verba da Educação em um dos momentos mais trágicos da nossa história e abandonou os estudantes durante a pandemia, negando apoio para as aulas online e impedindo a retomada segura a partir da vacinação, demonstra que o único objetivo é transformar o MEC num balcão de negócios onde são priorizados os aliados de Bolsonaro, do seu negacionismo e obscurantismo.

O esquema criminoso que foi organizado pelo MEC interfere diretamente na vida de milhões de estudantes. É urgente a saída do ministro bolsonarista que atua contra o desenvolvimento da Educação brasileira e em benefício das negociatas e da corrupção.

FORA MILTON RIBEIRO

FORA BOLSONARO

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#ROLÊDASELEIÇÕES: TSE lança a Semana do Jovem Eleitor

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O Tribunal Superior Eleitoral lançou a campanha Semana do Jovem Eleitor. Desde o início do dia, as redes sociais foram ocupadas pela hashtag #rolêdasleições incentivar a participação dos jovens de 16 e 17 anos nas Eleições.

A iniciativa visa estimular esses cidadãos a tirar o título eleitoral e a participar ativamente do processo democrático do país, por meio da escolha de representantes para ocupar a Presidência da República, o Senado Federal, a Câmara dos Deputados, os governos estaduais e as assembleias legislativas. 

No Brasil, há seis milhões de jovens com 16 e 17 anos. Porém, apenas um milhão possui o título de eleitor. Na cidade de São Paulo, o número de jovens com 16 e 17 anos ultrapassa os 300 mil. Mas só 17,5 mil têm título de eleitor.

Somente nos últimos meses de 2021, a campanha resultou em um aumento de 7,5 mil novos títulos eleitorais na capital paulista. Agora, o objetivo é intensificar a participação dos estudantes de todas as escolas da cidade.

A UMES realiza a campanha TODO ESTUDANTE COM TÍTULO NA MÃO para ampliar a participação dos jovens que serão fundamentais para a derrubada de Bolsonaro da Presidência.

O que fazer?

O primeiro passo é acessar o sistema TítuloNet, localizado na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Após informar a Unidade Federativa (UF) em que reside, será necessário enviar uma foto (selfie) segurando um documento de identificação; foto do comprovante de residência atualizado; e o certificado de quitação de serviço militar para homens com mais de 18 anos. Na página seguinte, em “Título de eleitor”, basta selecionar a opção “Não tenho” para prosseguir o atendimento.

Os dados informados serão analisados pela Justiça Eleitoral, e o requerimento poderá ser acompanhado aqui.

Acesse a página Tudo sobre o Título Eleitoral e fique por dentro.

 

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Plenária lotada dá largada ao 28º Congresso da UMES: Todo Estudante com Título na Mão!

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A manhã de sábado começou quente na Bela Vista. Mais de 170 estudantes de 100 escolas de toda a cidade se reuniram no Cine-Teatro Denoy de Oliveira na plenária de preparação do 28º Congresso da UMES.

“Estamos hoje aqui para convocar todos para lutar por um país melhor, por uma Educação melhor e pelo Fora Bolsonaro”, defendeu o diretor Lucca Gidra no encerramento da plenária.

“Nós vamos garantir a derrota dele nas ruas e nas urnas, agora é Todo Estudante com Título na Mão”, convocaram os estudantes da cidade de São Paulo.

O ato foi gigante.

Num momento de saída da pandemia, os estudantes mostram que estão com toda a garra para derrotar Bolsonaro. O clima de agitação tomou conta de todos os participantes da plenária, que realizaram falas em defesa do Brasil e da Educação de qualidade.

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CAMPANHA

Desde o último 11 de Agosto, Dia do Estudante, a UMES coordena a campanha de incentivo à participação da juventude, em especial dos jovens de 16 e 17 anos, nas eleições de 2022. Os jovens têm direito a votar desde os 16 anos. É um direito garantido pela Constituição.

Temos vivenciado uma ampliação da participação da juventude na vida política brasileira. As manifestações na rua e nas mídias sociais são fundamentais para a expressão da voz da juventude, mas não são tudo.

 

No Brasil, há seis milhões de jovens com 16 e 17 anos. Porém, apenas um milhão possui o título de eleitor. Na cidade de São Paulo, o número de jovens com 16 e 17 anos ultrapassa os 300 mil. Mas só 17,5 mil têm título de eleitor.

Somente nos últimos meses de 2021, a campanha resultou em um aumento de 7,5 mil novos títulos eleitorais na capital paulista. Agora, o objetivo é intensificar a participação dos estudantes de todas as escolas da cidade.

 

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Vídeo plenária

 

 

 

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Alesp debate lei para tornar programa de combate à pobreza menstrual ação permanente

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No dia 25 de fevereiro foi enviado o projeto de lei para a Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) para instituir o programa Dignidade Íntima como uma ação permanente da Educação no nosso Estado.

É cruel pensarmos que diversas estudantes evadem as escolas por não ter acesso a itens básicos de higiene, 4 milhões de estudantes não tem acesso a itens básicos de cuidados menstruais nas escolas.

Precisamos pressionar os deputados estaduais para que este projeto de combate à pobreza menstrual seja aprovado.

Combater a pobreza menstrual e compreender que essa é uma questão de saúde pública é fundamental para avançarmos ainda mais pelo fim da evasão de nossas estudantes!

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Com avanço da vacinação, SP libera uso de máscaras em espaços abertos

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O governo de São Paulo confirmou a liberação do uso das máscaras em qualquer ambiente aberto do Estado a partir desta quarta-feira (9). O uso da proteção continua obrigatório no transporte público escolas e em todos os ambientes fechados de acesso público, como comércios e escritórios.

“A decisão de hoje se deve fundamentalmente ao avanço da vacinação. São Paulo é o estado que mais vacina no Brasil. A decisão está respaldada na ciência, na saúde e no respeito pela vida”, afirmou o governador João Doria. “É um novo momento na vida e no trabalho. Depois de dois anos e dois meses de pandemia e de perdas, nós podemos tomar uma medida com esta importância e dimensão”, reforçou.

Nas escolas a utilização passa a não ser obrigatória em espaços escolares abertos. Nos ambientes fechados a máscara continua a ser obrigatória.

“Como tudo que foi feito aqui em São Paulo em relação à pandemia, a flexibilização do uso das máscaras nas escolas é embasada na ciência. Não é o que um ou outro acha que é o correto, é o que a ciência comprova, são pesquisas e experiências em outros lugares. E nossas escolas estaduais estão prontas para esta nova etapa”, explica o Secretário Estadual da Educação Rossieli Soares.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo já publicou a resolução que determina que, ao final do segundo bimestre, os responsáveis pelos estudantes devem apresentar a carteira de vacinação atualizada. Vale ressaltar que a exigência do uso de máscara é proibida para menores de 2 anos.

A decisão é baseada em análises do Comitê Científico do Coronavírus de São Paulo. O grupo de especialistas levou em consideração a redução de 76,7% nas novas internações e 56% dos óbitos por Covid-19 no último mês.

Além da melhora nos indicadores da pandemia, São Paulo tem a maior cobertura vacinal do país, com mais de 101 milhões de doses aplicadas. O estado está próximo da meta de 90% da população elegível vacinada, conforme recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde).

“Nós estamos muito além da vacinação de muitos países. Nós temos hoje uma taxa de ocupação de leitos de UTI no estado de 37,6%. Nos últimos 30 dias, nós tivemos queda de 54% no número de casos, as internações caíram 76% e o número de óbitos foi 56% menor”, afirmou o Secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn. “É com segurança que vamos continuar protegendo a vida, mas precisamos que as pessoas continuem se vacinando”, acrescentou.

Cientistas defendem manutenção das máscaras nas Escolas

Para especialistas em saúde, locais fechados apresentam risco maior de contaminação de covid-19, pelo fato de a transmissão do vírus ocorrer principalmente por meio de partículas que ficam suspensas no ar após expelidas por pessoas infectadas.

Em áreas abertas sem aglomeração, o risco é considerado muito pequeno, segundo cientistas.

Desde outubro — quando o Rio liberou pessoas sem máscara em áreas livres—, os números da pandemia caíram até meados de dezembro. No último mês do ano, a chegada da ômicron ao país e as festas de Natal e Réveillon levaram a uma explosão de casos na cidade.

Gulnar Azevedo, professora de Epidemiologia da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), cita o transporte público, hospitais e escolas como ambientes de alto risco de contaminação, onde as máscaras deverão ser mantidas.

A médica observa que as crianças ainda têm baixos índices de imunização e que, em unidades de saúde, há pessoas debilitadas por outras doenças.

“Em ônibus, trens e metrô vai haver um acúmulo grande de pessoas muito próximas sem a ventilação adequada. Fora que não se sabe se nesses lugares estão pessoas com comorbidade, imunodeficiência ou idosos, que perdem mais rápido a proteção que as vacinas dão”, disse Gulnar Azevedo, professora de Epidemiologia da UERJ.

Nesses casos, a médica defende que é essencial que as pessoas sigam usando máscaras de boa qualidade, mesmo que não seja mais obrigatório.

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Adiada a 8ª Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo

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A programação da 8ª Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo, marcada para os dias 9 a 23 de março, foi adiada. A Mostra que seria realizada na sala do CineSesc da Rua Augusta apresentaria 16 longas-metragens.

Realizada anualmente, a Mostra Mosfilm exibiria 16 filmes de diferentes épocas da cinematografia russa, uma das mais importantes do mundo. Na programação estão títulos inéditos no Brasil, como “Vladivostok”, e versões restauradas de clássicos.

A oitava edição da Mostra Mosfilm é uma parceria entra a distribuidora CPC-UMES Filmes, o Cine Sesc São Paulo, e a embaixada da Rússia no Brasil.

Em breve publicaremos as novas datas e demais informações sobre a Mostra.

 

 

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Pandemia agravou defasagem escolar em até seis anos em São Paulo

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Ampliar o Investimento nas Escolas e no Ensino Integral será chave para reverter o quadro, defende a UMES

De acordo com os resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) divulgados na última quarta-feira (2) pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc-SP), os alunos do ensino médio tiveram o pior desempenho da história da avaliação em 2021.

Para a UMES a piora no desempenho dos estudantes em decorrência da pandemia e do fechamento das escolas só poderá ser revertido com o aumento do investimento das escolas por meio do PDDE e da ampliação das escolas em tempo integral em todo o estado.

Cerca de 96,6% dos alunos da rede estadual terminaram a escola com desempenho abaixo do adequado em matemática. A nota média de proficiência em matemática desse ciclo foi de 264,2, número abaixo dos 269,2 de 2010, quando se iniciou a série histórica. Em relação a 2019, a variação foi de -4,48%, a maior queda da série.

Na prática, o aluno da 3ª série do ensino médio saiu da escola com proficiência de matemática adequada a de um estudante do 7º ano do ensino fundamental, uma defasagem de quase seis anos. A média de conhecimento na matéria foi de 264 pontos, uma queda de 13 pontos em relação ao resultado de 2019 (277).

Já em língua portuguesa, o aluno do 3º ano do ensino médio saiu da escola com proficiência adequada ao estudante do 8º ano do ensino fundamental. 4 em cada 10 estudantes apresentaram conhecimentos “abaixo do básico”.

Nessa matéria, 76% foram avaliados com conhecimentos abaixo do adequado em 2021. Um crescimento de 8,6 pontos percentuais em relação a 2019, quando 67,4% dos alunos receberam a mesma avaliação. A média de proficiência na disciplina foi de 263, queda de 12 pontos em relação a 2019 (275), e também a pior da série histórica.

As provas foram aplicadas em dezembro de 2021 para mais de 642 mil alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio da rede estadual. Houve queda no aprendizado em todos os ciclos avaliados em comparação à última prova realizada em 2019 e na série histórica.

O próprio secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, admitiu que o ensino que “já era ruim, ficou pior”.

“Aquilo que já era ruim ficou pior. Estou usando uma frase que já foi muito publicizada para dizer que o ensino médio já estava no fundo do poço e a pandemia mostrou que podia piorar”.

O secretário falou que não há previsão do tempo necessário para os alunos recuperarem a defasagem. “É difícil afirmar com clareza o tempo de recuperação da aprendizagem dos alunos que a gente perdeu. Se a gente olhar os fatores históricos, a gente retroagiu a 2012”, disse.

“Para voltar ao mesmo estágio de 2019, seriam 7 anos se a gente voltar a crescer no mesmo ritmo e velocidade. Mas é difícil aplicar porque ainda estamos num momento fora da curva apesar de estarmos com os alunos dentro da escola. 

Acreditamos que podemos ter uma recuperação mais rápida da base da pirâmide. Como os que mais perderam foram os do quinto ano, que são menos autônomos, a recuperação deles deve ser muito mais rápida. Acho que estado e municípios terão de fazer esforço grande para voltarmos ao patamar de 2019″, completou.

“A primeira solução que eu defendo de recuperação é voltar para a sala de aula e ficar em sala de aula com os alunos. Não pode ser o carnaval a prioridade do nosso país, tem de ser escola presencial, que é o principal lugar”, afirmou Soares.

Soares afirmou que outros fatores também podem ter atrapalhado a aprendizagem dos alunos.

“Difícil afirmar que não houve outros fatores, alguns são não ter escola presencial e preparação para a prova. Mas o principal é ter aula presencial, o que faz uma falta absurda. Só voltamos presencialmente em novembro.”

O secretário afirmou que não sabe se o fato de não ter vinculado bônus pago a professores ao desempenho dos alunos pode ter influenciado no resultado da avaliação.

“Há outros fatores, como por exemplo, o Saresp pela primeira vez não foi considerado para pagamento de bônus e as escolas sabiam disso. A gente não sabe se isso influenciou. As tendências foram semelhantes em todos os estados, mas ainda vamos estudar as exceções”.

Comparados aos números de 2019, anteriores à pandemia de Covid-19, o recuo foi de 8,5% – 216,8 para 198,2 – em língua portuguesa e 9,1% – 231,3 para 210,2 – em matemática, resultados semelhantes a 2012 e 2013, respectivamente. 

Para Lucca Gidra, diretor da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), o problema de hoje, já vem sendo denunciado e evidenciado desde antes da pandemia, onde os estudantes já saiam da escola sem aprender o básico de língua portuguesa e matemática. Com a adoção do ensino remoto, a situação piorou ainda mais. 

“Antes mesmo da pandemia, os estudantes já terminavam a escola sem saber o básico de matemática e português. Isso já era um grande problema. A pandemia chegou e só piorou esses índices, da quantidade de alunos que saíram e terminaram os estudos abaixo do nível adequado de aprendizado. Além disso, por conta do ensino remoto, era visível observar os estudantes se distanciando da educação, em que muitos ficaram fora das aulas remotas, com dificuldades em acessar e não conseguiram aprender durante esse período pandêmico. Foi uma grande maioria, que não conseguiu acessar as aulas online, isso daí contribuiu muito para esse aumento da defasagem”, disse.

O diretor da Umes afirmou que um jeito de melhorar a situação é voltar ao ensino presencial. Além disso, Lucca afirmou que é preciso que a verba do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) seja permanente e que se continue a ampliação do ensino integral no estado.

“A pandemia agravou o que já não era bom e precisamos garantir o retorno às aulas presenciais para mudar este cenário. Além disso, é preciso continuar a expansão do ensino integral e garantir que a verba do PDDE se torne permanente, não uma política de gestão ou governo, mas sim se torne uma política de estado. Assim vai ser possível melhorar a educação do Estado de São Paulo. Contudo, apesar desse resultado triste do Saresp, tem duas coisas muito importantes que tem avançado também, sendo a expansão do ensino integral e um grande investimento para reformas das escolas, através do PDDE”, concluiu Lucca.

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No Dia Internacional da Mulher, projeto Capoeira da UMES promove oficina de Jongo do Tamandaré

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No próximo 8 de Março – Dia Internacional da Mulher, o projeto Capoeira da UMES realizará a oficina de Jongo do Tamandaré, em comemoração ao aniversário do projeto.

O evento será realizado no Teatro Sérgio Cardoso, na rua Rui Barbosa, 153 – próximo à sede da UMES – das 19 às 20 horas.

Nesse Dia Internacional das Mulheres, chamamos duas mulheres “jongueiras” para nos passar um pouco dos seus conhecimentos e da nossa cultura.

Para participar do evento, é solicitada a contribuição de um valor mínimo de R$ 10, que deverá ser depositado do PIX da UMES – umes@umes.org.br

O comprovante pode ser enviado para o Whatsapp – 11960638787

Origens

O jongo chegou ao Brasil com os escravizados africanos de origem bantu, vindos do Congo e de Angola, permanecendo presente entre aqueles que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar no vale do Rio Paraíba, entre São Paulo e Minas Gerais. Os proprietários das fazendas permitiam que seus escravos dançassem jongo nos dias dos santos católicos – um pouco de diversão para os cativos e também para eles próprios e agregados que viviam quase que isolados em suas propriedades.

No terreiro de terra batida, a fogueira era acesa e formava-se a roda. A negra mais idosa se benzia nos tambores sagrados, pedindo licença aos pretos-velhos para iniciar o jongo. Improvisava um verso, cantando o ponto de abertura. Os outros escravos presentes respondiam, cantando alto e batendo palmas. Um casal ia para o centro da roda e começava a dançar.

Os jongueiros trocavam o sentido das palavras, criando um novo vocabulário e passando a conversar entre si por meio dos pontos de jongo, em uma linguagem cifrada. Desta maneira, os escravos se comunicavam com mensagens secretas, em que protestavam contra a escravidão, zombavam dos patrões, publicamente, combinavam festas de tambor e fugas.

Com o poder das palavras, os jongueiros buscavam encantar o outro pela poesia, no ritmo dos tambores. Quem recebia um ponto enigmático, tinha que decifrá-lo na hora e responder – desatar o ponto. Caso contrário, ficava “enfeitiçado” ou “amarrado”. Os tambores eram sagrados, pois, como acreditavam, tinham o poder de fazer a comunicação com o outro mundo, com os antepassados, indo “buscar quem mora longe”. No início da festa, os jongueiros se benziam, tocando levemente no couro do tambor em sinal de respeito. O jongo é uma dança dos ancestrais, dos pretos-velhos escravos, que remete ao povo do cativeiro.

 

Com a palavra, Fatinha e Regina do jongo do Tamandaré (Guaratinguetá, Vale do Paraíba):

 

“Guaratinguetá

Jongo do Tamandaré!

Antônio Rita Jeremias

(In memória) Dona Tó do Jongo.

Assim ela era conhecida

Nascida e criada no Bairro do Tamandaré!

Casada com o Valdomiro Jeremias, teve 10 filhos e criou 3 netos

Começou a fazer parte do Jongo, observando sua mãe Ana Lucia e sua tia Benedita Martins

Na época ela só cantava e dançavam.

Com o falecimento delas

A minha mãe continuou.

Minha mãe foi a primeira mulher a pedir cachueira na roda de Jongo!

O que significa parar o tambu

Desde então ela deu a abertura para as outras mulheres também poder cantar na roda de Jongo!

As músicas de minha mãe são os pontos de (lovaria) relacionado as nossas vidas!

Como ela fez.

Berra meus filhos

Ensaiávamos todos os dias esperando o dia da festa! Quando minha mãe ia pra roda de Jongo

Nós já sabíamos que ela ia cantar a música que ensaiamos o ano inteiro.

Era uma festa só.

As músicas de minha mãe são músicas de lovaria relacionado às nossas vidas!

Como ela fez!

Berra meus filhos!

Hoje nós damos continuidade desta festa linda que e o Jongo.

A nossa cultura!

Aprendemos a tocar na mesa, pois não tinha tambu!”

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Capoeira na UMES – Dez anos levando esporte e cultura para a juventude

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Em 2013, começamos a colocar em prática um desejo antigo, de lutar para colocar a capoeira na escola pública e resgatar a história de luta e identidade cultural de nosso povo.

No ano de 2003, foi sancionada a lei 10.639 que implica no ensino da cultura afro-brasileira nas escolas públicas e privadas, mas, a maioria das leis feitas para reparar erros do passado só funciona através de pressão popular. Com essa consciência, decidimos iniciar nossas aulas de capoeira na UMES, para conscientizar os estudantes para pressionarmos a escola (o Estado) a colocar em prática a lei 10.639. 

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Inicialmente as aulas eram aos domingos, depois passamos para os sábados, em seguida para o meio da semana e aos sábados e hoje temos aulas todos os dias em todos os turnos e em vários núcleos, foi uma vitória. Vitória maior ainda, foi a lei 17.566 de 2021 sancionada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que reconhece o caráter educativo e formativo da capoeira mas ainda temos muita luta pela frente, o sonho de ter a capoeira em toda a rede pública ainda não se concretizou.

Seguimos, depois de nove anos, na batalha para além de fortalecer a capoeira, resgatar a identidade de nosso povo, reconhecida pelo presidente Getúlio Vargas e devolvida as mãos do povo, depois de 48 anos no código penal, reconhecida em 2008, pelo IPHAN como patrimônio nacional, ainda hoje precisa de esforços cada vez maiores para não ser destruída pelo governo antinacional e fascista de Jair Bolsonaro.

A capoeira, forjada na luta contra a escravidão, foi instrumento de defesa dos escravos e ex-escravos contra os escravagistas e opressores, foi para a guerra do Paraguai, formando o Batalhão de Zuavos e dando sua contribuição à vitória, é resistência cultural, mas hoje é disputada pelo fascismo. Cabe a nós estudantes, patriotas, homens e mulheres, negros e brancos, tomá-la em nossas mãos e levá-la para o lugar que é seu por natureza, para a escola!!!

Fica aqui registrado o nosso convite a você que se identifica com luta de nosso povo, a fazer capoeira conosco!

 

Veja os dias e horários das aulas: 

 

SEDE CENTRAL

PROFESSOR PAVIO – ADULTO

SEGUNDAS, TERÇAS E QUINTAS

Das 20h às 21h30min

 

PROFESSOR ROYAL – ADULTO

QUARTAS E SEXTAS

Das 20h às 21h30min

 

GRADUADO ISLAN – CRIANÇAS

TERÇAS E QUINTAS

Das 19h às 20h

 

PROFESSOR ROYAL – CRIANÇAS E ADOLESCENTES

QUARTAS E SEXTAS

Das 19h30min às 20h30min

 

SUBSEDE SUL

JARDIM SÃO LUIS

Rua Cornelio Zelaia 187

 

PROFESSOR PAVIO

MANHÃ – 10h às 11h (crianças)

TARDE – 14h às 15h (jovens e adultos)

 

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 

 

DCE da USP – PÚBLICO GERAL

PROFESSOR PAVIO

TERÇAS E QUINTAS

Das 12h15min às 13h15min

 

Preencha aqui o formulário da Capoeira na UMES