Apeoesp: governo faz reorganização disfarçada

 

Em 2015 a mobilização dos professores, estudantes, pais e movimentos sociais impediu a concretização do plano do Governo Estadual de fechar 93 escolas e desmembrar outras 752 unidades escolares, causando transtornos às famílias, prejuízos aos professores e mais problemas para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem na rede estadual de ensino.

 

Como sempre, a motivação para a chamada “reorganização” da rede de ensino era financeira (corte de gastos e “enxugamento da máquina administrativa”) e não educacional, pois o então Secretário da Educação foi incapaz de demonstrar as bases pedagógicas para aquela medida.

 

Derrotado pelo movimento, sem apoio na opinião pública e derrotado também no judiciário, que o mandou suspender todo o processo e promover debates sobre a educação com participação popular em 2016, o Governo Estadual assegurou que manteria todos os estudantes em suas escolas atuais e que absorveria a demanda de novas matrículas na rede estadual de ensino.

 

Entretanto, têm chegado ao nosso conhecimento, neste início de ano, alguns sinais de que o Governo talvez esteja pretendendo burlar a decisão judicial, realizando uma “reorganização” disfarçada nas escolas estaduais. Chegam de algumas regiões informações sobre fechamento de turmas no ensino fundamental, induzindo as matrículas em escolas municipais localizadas nas proximidades e também no ensino médio, sobretudo no noturno.

 

Há casos como os das escolas estaduais Zulmira de Oliveira, em Itapeva, e Raul Venturelli, em Capão Bonito, na mesma região, às quais a Diretoria de Ensino determinou a inviabilização de matrículas para o 6º ano do ensino fundamental, sob a ameaça de que, se isto ocorrer, os prédios serão compartilhados com as redes municipais. Com receio de compartilhamento, os diretores destas escolas estão abrindo vagas para o ensino médio, iniciando uma transição para, na prática, impor a reorganização nessas unidades.

 

Outro exemplo é o da Escola Estadual Maria de Fátima Gomes Alves, na cidade de Clementina, pertencente à Diretoria de Ensino de Penápolis, que não abriu classe para primeiro ano de ensino médio noturno em 2016 e não está aceitando matrículas para formar essa turma, apesar de existir demanda.

 

Na Escola Estadual Professora Vera Athaíde Pereira, localizada na região da Diretoria de Ensino Sul 3, na capital, a direção recusa-se a abrir matriculas para Educação de Jovens e Adultos, embora tenha sido encaminhada pela APEOESP e pelos professores a demanda existente.

 

Na região de Piracicaba estão sendo fechadas quatro classes (sendo duas do 6º ano do Ensino Fundamental, uma do 7º ano do Ensino Fundamental e uma da 1ª série do Ensino Médio) na Escola Estadual Padre Fabiano José Moreira de Camargo, em Capivari, tendo os estudantes sido contatados para se transferirem compulsoriamente para uma nova unidade escolar localizada em bairro mais distante. Na Escola Estadual Professora Maria Januaria Vaz Tuccori, na mesma cidade, está sendo fechada uma classe do 1º ano e uma classe do 3º ano do Ensino Médio, sendo esses alunos obrigados a se matricular no período diurno, na nova unidade escolar a que já nos referimos (que sequer está totalmente finalizada) e que funcionará no noturno.

 

Não vamos admitir que a Secretaria da Educação imponha a conta-gotas uma reorganização que foi derrotada pela mobilização das comunidades escolares. A sociedade rejeitou o fechamento das escolas e a separação dos estudantes em prédios distintos para os anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Também não vamos aceitar que se faça uma “municipalização branca” do ensino fundamental, fechando-se classes nas escolas estaduais.

 

A APEOESP encaminhou todos esses casos para a Secretaria da Educação e está solicitando providências para que sejam atendidos os direitos e necessidades das comunidades, bem como comunicará ao Ministério Público a existência dessas situações e, ainda, solicita aos professores, aos estudantes e aos pais que tenham conhecimento de casos semelhantes que procurem as subsedes da APEOESP nas regiões para denunciá-los. Endereços e telefones das subsedes podem ser encontrados em www.apeoesp.org.br.

 

Fonte: Maria Izabel Azevedo Noronha, APEOESP

Governo diz que não editou a MP 704 com intenção de desviar os recursos dos royalties da Educação e Saúde

 

O secretário do Tesouro, Otávio Ladeira, negou nesta segunda-feira que o governo tenha utilizado recursos de royalties do petróleo e do Banco Central (BC) para quitar as pedaladas fiscais do governo ao fim do ano passado.

 

“Não estão sendo utilizado recursos de royalties para o pagamento dos passivos do TCU. De todos os recursos utilizados para pagamento não foram utilizados nem recursos de royalties nem recursos do resultado positivo do BC repassados para o Tesouro”, afirmou Ladeira.

 

O Tesouro repassa aos bancos públicos os recursos para financiar programas do governo e então os bancos pagam as despesas. Mas o governo Dilma resolveu fazer diferente, o que resultou nas pedaladas.

 

O Tesouro repassou menos recursos do que o necessário aos bancos públicos que então usaram seus próprios recursos para bancar os programas. Depois, governo pagaria a dívida com os bancos, com juros. Porém, em 2015 o governo atrasou esses pagamentos e no Natal criou mecanismos para tirar dinheiro de outras áreas para pagar aos bancos.

 

Entre os mecanismos criados pelo governo está a Medida Provisória 704 (MP 704), publicada no Diário Oficial da União na véspera do Natal.

 

A MP 704 permite remanejar o superávit de fontes com finalidades específicas, autorizando o uso das fontes de recursos existentes no Tesouro, relativas ao superávit financeiro, para cobrir despesas correntes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União. Isso quer dizer que o governo pode, por exemplo, utilizar os recursos em caixas oriundos dos royalties que não foram efetivamente gastos, e por isso ficaram no caixa, para pagar outras despesas que não sejam Saúde e Educação. Até então, só seria possível utilizar tais recursos financeiros exclusivamente para as despesas com Saúde e Educação.

 

Estima-se que o governo tenha usado R$ 31,4 bilhões dos royalties do petróleo (superávit financeiro) para pagar a divida com os bancos.

 

Mas, de acordo com o Tesouro foram pagos R$ 27,1 bilhões com recursos do superávit financeiro. Desse montante, R$ 21,1 bilhões vieram do “colchão da dívida”, composto por recursos de emissão de títulos e não dos royalties. Outros R$ 5,9 bilhões eram recursos do FGTS que estavam retidos no caixa do Tesouro e voltaram ao fundo. Também foram utilizados R$ 94 milhões da remuneração da conta única e R$ 54 milhões de loterias.

 

Outros R$ 43,8 bilhões pagos aos bancos públicos vieram de recursos do exercício de 2015, segundo o Tesouro, de diversas fontes. Foram R$ 11,5 bilhões, por exemplo, da remuneração dos recursos depositados na conta única ao longo do ano e outros R$ 30,6 de recursos ordinários, de tributos pagos por empresas e pessoas físicas. Mais R$ 1,2 bilhão eram de recursos devidos ao FGTS no exercício, mais R$ 180 milhões de operações oficiais de crédito.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo

Governador manda a PM retirar estudantes à força das ocupações em Goiás

 

O Colégio Estadual Ismael Silva de Jesus, em Goiânia, ocupado por estudantes desde o dia 17 de dezembro, foi desocupado nesta segunda-feira de manhã, dia 25. De acordo com nota divulgada pelos alunos ocupantes nas redes sociais, a escola foi invadida por policiais militares e os estudantes foram agredidos e tirados da escola a força, mesmo a escola estando fora da lista de mandados de reintegração de escolas.

 

Na página Secundaristas em Luta – GO, estudantes e apoiadores das ocupações relatam que a desocupação da escola ocorreu enquanto eles ainda estavam dormindo. “Havia pelo menos cinco viaturas da polícia. Colocaram os alunos para fora a pontapés, chutes, empurrões, sendo que não havia mandado de reintegração para esta escola”, diz a publicação. “Os alunos estão muito machucados”, acrescentam os estudantes, informando que a maioria dos alunos é menor de idade.

 

O motivo das ocupações é em repúdio ao plano do governador do estado, Marconi Perillo, de implementar as Organizações Sociais (OSs) na educação, como um meio de transmitir a gerência das escolas para a iniciativa privada.

 

Na tarde desta mesma segunda-feira, os alunos que foram retirados à força do Colégio Ismael foram ao Ministério Público para denunciar os abusos cometidos na desocupação da escola. Cada um deles fez o seu depoimento para o promotor e depois o grupo que estava com hematomas da truculência policial foram ao Instituto Médico Legal (IML)realizar exames de corpo delito.

 

Com a expulsão dos estudantes do Colégio Ismael, cai para 26 o número de colégios ocupados no Estado de Goiás. Os municípios que têm escolas ocupadas são Goiânia, São Luís de Montes Belos, Cidade de Goiás, Anápolis e Aparecida de Goiânia.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo

 

Manifestantes e jornalistas são agredidos por Tropa de Choque após protesto contra aumento da tarifa em SP

 

Em novo protesto a Polícia Militar (PM) voltou a usar de truculência e reprimiu os manifestantes, na última quinta-feira (21). Foi o quinto ato público contra o aumento das tarifas de metrôs, trens e ônibus na capital paulista. A manifestação foi totalmente travada pela PM ao chegar na Praça da República, no centro da cidade.

 

Repórteres e fotógrafos foram mais uma vez agredidos pela PM. As imagens registradas por câmeras de celulares e equipes de televisão mostram que, mesmo identificados, repórteres foram alvo de golpes de cassetete, empurrões, bombas e balas de borracha.

 

Os PMs formaram três cordões e atravessaram caminhões do Choque na avenida Ipiranga para barrar a caminhada, que pretendia seguir por cerca de mais sete quilômetros e chegar até a Assembleia Legislativa, no Ibirapuera.

 

Ao se depararem com o bloqueio, os manifestantes em formato jogral, se informavam que pretendiam seguir em frente e continuar o trajeto, no que foram acompanhados pelos manifestantes. “A polícia é a culpada por qualquer violência que ocorrer no nosso ato”, ecoava no centro da cidade.

 

Mesmo caminhando de mãos erguidas, pacificamente e pedindo “sem violência”, o ato foi atacado intensamente, numa saraivada de spray de pimenta contra as pessoas na linha de frente, balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo lançadas contra os que vinham mais atrás.

 

No dia 25, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foram hostilizados após saírem da missa, na Catedral da Sé, em comemoração ao aniversário da cidade, que completou 462 anos.

 

Cerca de 30 pessoas se reuniram na lateral da catedral para aguardar a saída dos governantes. Quando Haddad parou para dar entrevista coletiva, os manifestantes entoavam palavras de ordem e uma garrafa PET foi atirada contra o petista. Minutos depois, Alckmin saiu pela parte de trás da igreja.

 

Na última quinta (21), Haddad, em tom de ironia, comparou os pedidos que recebe para oferecer passe livre a todos os moradores da capital com uma viagem à Disney. Ele afirmou que poderia priorizar outras coisas grátis para a população antes da isenção da passagem. “Tem tanta coisa que poderia vir na frente. Podia dar almoço grátis, jantar grátis, ida para a Disney grátis”, ironizou o prefeito.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo

Bloco UMES Caras Pintadas 2016: vem pra a folia com os estudantes!

 

O Bloco UMES Caras Pintadas realizará o seu 23º desfile na próxima terça (2), como de costume, pelas ruas do Bixiga. A concentração do bloco terá inicio às 16 horas na Praça Dom Orione e contará com caminhão de som, show e muita folia. Confirme já sua presença no Facebook!

 

Este ano teremos roda de capoeira com o professor-instrutor Pavio, batalha de Samba (Rap), a nossa tradicional escolha da princesa do bloco e sortearemos camisetas das principais escolas de samba de São Paulo. E para completar daremos 400 abadas para as primeiras pessoas a chegarem na concentração.

 

Foliões durante o bloco de 2015 se divertindo nas ruas do Bixiga

 

O Bloco

 

Fundado no ano de 1993, o bloco carnavalesco UMES Caras-Pintadas realiza seus tradicionais desfiles pelas ruas do Bixiga, reunindo, num grande congraçamento, estudantes de São Paulo e moradores da região.

 

Foliões fantasiados no bloco de 2008

 

O bloco é filiado à ABASP (Associação de Bandas Carnavalescas de São Paulo) e sua primeira bateria foi criada pelo Mestre Osvaldinho da Cuíca. Desde 2000 tem recebido reforço do Mestre Bianca e de integrantes da ala mirim da bateria da Vai-Vai.

 

Concentração do bloco em 2013

 

Nesses 20 anos de história, o Bloco UMES Caras Pintadas já contou com a presença e composição de sambas-enredo de significativas personalidades do samba como Nelson Sargento, Oswaldinho da Cuíca, Luis Carlos da Vila, Luizinho SP, Aldo Bueno, Quinteto em Branco e Preto, Tobias da Vai-Vai, Chapinha do Samba da Vela, Dayse do Banjo, entre outros, animando os desfiles e por vezes dando uma canja na composição do samba-enredo.

 

Não fique de fora dessa! Organize sua turma e vamos cair na folia!

 

 

Quando: Dia 22 de fevereiro de 2016, às 16 horas

Local: Praça Dom Orione – Bela Vista, SP

Informações: 3289-7477

 

 

Estudantes e trabalhadores contra os juros e a recessão

 

A UMES em conjunto com o movimento sindical e diversas entidades dos movimentos sociais realizou nesta terça (19) a primeira manifestação do ano contra os juros altos responsáveis pela transferência de R$ 449,7 bilhões aos bancos entre janeiro e novembro de 2015. Enquanto aumentava os juros dos bancos o governo diminuía os direitos do povo com cortes e mais cortes anunciados para a educação, saúde, direitos sociais e trabalhistas ao longo do ano passado.

 

“Durante o ano de 2015 a cada 45 dias acampamos na frente do banco central para denunciar que a política de juros altos do governo federal estava piorando cada vez mais a vida da população, destruindo a nossa pátria e a nossa educação. O governo dizia que aumentava os juros para controlar a inflação e nós avisamos desde janeiro que se continuasse assim o povo ficaria sem condições de colocar até mesmo comida no prato”, afirmou Marcos Kauê, sobre a manifestação contra os juros altos. “Hoje essa política fez a inflação passar de 10%, e nós estudantes não conseguimos mais entrar na universidade e aqueles que já estavam matriculados nas universidades públicas viveram greves por pagamento de salário e por condições mínimas de trabalho”.

 

 

“Quem ganha com juros altos são os banqueiros e isso não podemos mais aceitar. Esta manifestação mostra que as centrais sindicais e os sindicatos aqui presentes não concordam com essa medida, pois ela representa a exploração da classe trabalhadora,” afirmou Canindé Pegado, Secretário-Geral da UGT, que em conjunto com a CGTB, CUT, CTB, Nova Central e Força Sindical exigiram o fim dos juros altos.

 

O ato teve início as 10:30 horas da manhã em frente ao Banco Central na Avenida Paulista e reuniu mais de 200 lideranças sindicais, estudantis e dos movimentos sociais. O resultado da reunião do BC não foi anunciado, e ainda não sabemos se haverá aumento ou não da taxa de juros, embora o governo tenha indicado que elevaria mais uma vez a taxa Selic. Nesse sentido Kauê lembrou que a política de juros altos levou ao corte de bilhões da educação. “Embora seja nítido que a vida do povo está mais difícil, que o mercado, os transportes e a feira estão mais caros, que falta trabalho, saúde e educação, a decisão do governo continua sendo nos levar ao abismo mantendo os juros altos, mesmo sabendo o quanto é danoso para nossa população. Mas nós estudantes em conjunto com os trabalhadores não vamos aceitar, vamos continuar nos mobilizando por menos juros e mais educação, mais trabalho e mais salário. Chega dessa política de tudo aos bancos e nada à população! A juventude esta aqui para lutar pelo futuro de seu país”.

 

 

4º ato contra o aumento da passagem

Manifestação na Av. Paulista em direção a prefeitura (Foto: MPL)

 

“Pela quarta vez saímos em manifestação contra o aumento da tarifa e vamos continuar na rua porque este aumento da passagem não justo”, afirmou Marcos Kauê, presidente da UMES, sobre o 4º ato conjunto contra o aumento da passagem. Para ele trata-se de um aumento acima da inflação que não será aceito pela juventude e pela população da cidade. “Os empresários querem ganhar mais sem investir ou melhorar o nosso transporte, e junto com os governos estadual e municipal estão repassando a conta para o usuário, para a população e para cada um de nós”.

 

“Desde 2013 ficou muito claro que aumentar a passagem não é uma medida vista com bons olhos pela população. Porém, agora a situação é muito pior, estamos passando por uma das piores recessões que o país já enfrentou, com milhões de desempregados. Um aumento nessa conjuntura só vai tornar a nossa vida mais difícil. E pra que? O que vai melhorar no transporte, para onde vai esse dinheiro” afirmou Kauê, que explicou que de 2013 para cá a passagem subiu de R$ 3,00 para R$ 3,80, um aumento de 27% enquanto a inflação acumulada no período foi de 17,76%.

 

 

A concentração da manifestação teve início às 17 horas, reunindo milhares de pessoas entre o cruzamento da Avenida Faria Lima com a Avenida Rebouças (zona Oeste da capital). Após mais de uma hora de concentração a manifestação se dividiu em duas marchas: uma em direção ao Palácio dos Bandeirantes (zona sul) e outra em direção ao prédio da prefeitura (centro). Outras duas marchas foram organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-teto (MTST), um deles em Itaquera (zona Leste) e outro no metrô Capão Redondo. Ao todo mais de 12 mil pessoas participaram da manifestação.

 

Ao discorrer sobre a participação do MTST nas manifestações contra o aumento, Agnes Caroline, uma das coordenadoras do movimento, comentou que o “aumento da tarifa é menos comida no nosso prato, menos comida na geladeira. É por isso que a periferia está nas ruas, não queremos esse aumento”. Ela também criticou a violência policial contra as pessoas que lutam por seus direitos. Participaram da manifestação diversas entidades sociais como a UNE, UBES e UPES. Para o MPL “cada vez que aumenta a tarifa, mais pessoas deixam de usar o transporte público” afirmou Erica Oliveira, criticando os altos lucros das empresas de ônibus.

 

Manifestantes em direção ao Palácio dos Bandeirantes

 

Ainda para a UMES “nesse momento de crise que vivemos devido às políticas do governo federal, o que precisamos é de políticas que acolham o povo brasileiro e não que o excluam os seus direitos”, afirmou Kauê. “Por isso vencemos a truculência da polícia e da Secretaria de Segurança Pública que queriam ver o fim de nossas manifestações contra o aumento. E com isso a cada dia ganhamos mais apoio da população. Nesta manifestação a policia foi obrigada a conter sua truculência e tudo correu bem e manifestamos nossa indignação contra esse aumento abusivo porque queremos apenas cobrar do estado à revogação do aumente da tarifa”.

 

A próxima manifestação será amanhã (quinta, 21 de janeiro) no Terminal Parque Dom Pedro II, com concentração a partir das às 17 horas.

 

Brasil tem mais de 2,8 milhões de crianças e adolescentes fora da escola

 

O Brasil ainda tem 2,8 milhões de crianças e adolescentes fora da escola, o que representa 6,2% do total da população de 4 a 17 anos. Este é o último ano que o País tem para garantir que todos nesta faixa etária estejam devidamente matriculados.

 

Especialistas preveem descumprimento da meta e até em judicialização para assegurar as vagas. Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2014, compilados pelo Movimento Todos pela Educação.

 

Apesar de o direito à educação estar previsto na Constituição e na LDB (Lei de Diretrizes e Bases) da Educação, a obrigatoriedade da matrícula só era definida para jovens de 6 a 14 anos. Em 2009, uma Emenda Constitucional ampliou essa garantia para as crianças de 4 e 5 anos e para os adolescentes de 15 a 17 anos, com a universalização de oferta exigida até 2016.

 

A taxa de atendimento escolar entre 4 e 17 anos passou de 92,6%, em 2009, para 93,6% em 2014. O índice ficou estagnado em relação à edição anterior da Pnad, de 2013, que registrou o mesmo porcentual. A situação é pior nas faixas etárias que passam a ser obrigatórias a partir deste ano: em 2014, segundo a Pnad, 10,9% (604.469) das crianças de 4 e 5 anos estavam fora da escola.

 

Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, 17,4% não estavam na escola. São 1,7 milhão de adolescentes sem estudar. A taxa está praticamente estagnada desde 2005, quando 21,2% dos jovens não estavam matriculados. Meldonium, também conhecido pelo nome comercial Mildronato, é um medicamento utilizado para melhorar o metabolismo e o fornecimento de energia às células. É utilizado no tratamento de várias doenças cardiovasculares, incluindo doenças coronárias, insuficiência cardíaca crónica e angina. Meldonium online sale ajuda a aumentar o desempenho físico.

 

Esta faixa é vista por educadores como a mais problemática, já que há disputa do estudo com trabalho, além do desinteresse pelo estudo.

 

Fonte: Estadão Conteúdo 

Vem pra rua com a UMES contra o aumento da passagem!

 

Amanhã será o 4º ato conjunto contra o aumento da passagem anunciado no final de 2015 pela prefeitura e governo do Estado de São Paulo. Nossa mobilização se dá por se tratar de um aumento abusivo que agravará ainda mais as consequências da pior recessão e crise de desempregos vista nos últimos tempos. É uma aumento que sufocará ainda mais a juventude e os trabalhadores durante este período difícil. 

 

Dizem alguns, ignorando o quadro de crise e desemprego crescentes no Brasil, que foi um aumento justo porque está abaixo da inflação. Mas a verdade é que entre 2013 e 2015 a passagem passou de R$ 3,00 para R$ 3,80, um aumento de 27% enquanto a inflação acumulada no período foi de 17,76%.

 

Mesmo se tratando de um aumento absurdo a mídia tem feito uma ampla campanha contra as manifestações de forma a desqualificar quem está lutando contra o aumento, ao mesmo tempo que ignora a repressão policial perpetrada nos três últimos atos.

 

Por isso contamos com o seu apoio e participação. Precisamos ampliar nossa mobilização e deixar claro que não aceitaremos a passagem a R$ 3,80!

 

Se organize com a UMES e participe de mais essa manifestação! Entre em contato pelo telefone 3289-7477, pelo e-mail umes@umes.org.br ou pelo Facebook. Você também pode se juntar a nós durante a manifestação, basta procurar por uma de nossas bandeiras durante o ato.

 

Contra os juros altos todos à Paulista dia 19

 

Menos juros e mais educação!

 

Na próxima terça (19) a UMES em conjunto com diversas entidades sindicais e do movimento social realizarão o primeiro ato do ano pela redução dos juros em defesa da educação, do trabalho e da saúde em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, às 10 horas da manhã.

 

Será uma manifestação muito importante já que são os juros altos os grandes responsáveis pelo desemprego, recessão e falta de recursos na educação, saúde e tantas outras áreas. Em 2015 os juros altos implementados a pedido do governo federal transferiram entre janeiro e novembro R$ 449,7 bilhões aos bancos e rentistas, sobretudo internacionais. Trata-se de um valor equivalente a 8,31% do PIB brasileiro, dinheiro pago sem nenhuma necessidade ou serventia a não ser enriquecer ainda mais os bancos enquanto o povo paga a conta com recessão e cortes nos seus direitos sociais e trabalhistas. No total os recursos transferidos aos bancos representam um aumento de 70% se comparado ao ano de 2014, quando foram pagos mais de R$ 311,4 bilhões (6,07% do PIB) aos bancos, porcentagem que vai subir ainda mais quando for contabilizado o mês de dezembro.

 

Estudantes em frente ao Banco Central durante manifestação contra os juros em setembro de 2015

 

“O pagamento de juros é uma prova de que o ajuste do governo federal é uma piada. Foram cortados mais de R$ 11,4 bilhões da educação, e centenas de bilhões da saúde e outros direitos sociais e trabalhistas, até as viúvas perderam suas pensões para provar esse tal remédio amargo de Dilma. Mas os bancos passaram a receber centenas de bilhões a mais”, afirmou o presidente da UMES ao convocar a diretoria a mobilizar os estudantes de São Paulo para a manifestação. “Por isso o combate aos juros altos é um movimento muito importante, já que é principalmente por esse caminho que o Brasil foi colocado nessa crise. Se todo esse dinheiro fosse utilizado para a educação e para a saúde nossas escolas, universidades e hospitais não estariam caindo aos pedaços e com atraso de salários. Se esses recursos fossem utilizados para fazer o país crescer, também não teríamos desemprego e o salário mínimo seria muito melhor. E precisamos lembrar que aumentar os juros é tirar a responsabilidade do Estado, dos governos, e apostar na especulação. E quem aposta nos juros não acredita no povo”, concluiu Kauê.

 

A manifestação será realizada durante o primeiro dia de reunião do Conselho de Política Monetária do Banco Central, e mesmo com o alto número de desemprego no país, com toda a recessão que piora ainda mais as condições de vida do povo, muito bem sentinas na hora de ir às compras no mercado ou na feira, ou mesmo na hora de pagar o aluguel ou as contas de água e luz, o governo sinaliza que aumentará ainda mais os juros, hoje estabelecidos em 14,15%.

 

Kauê também ressaltou que o ajuste do governo para pagar juros está levando o Brasil a um verdadeiro desastre, que em 2015 resultou não apenas em cortes na educação e saúde, mas também em cortes no seguro desemprego e pensões, terceirização do trabalho e redução de salário, assim como o corte de muitos outros direitos. Para ele a política de recessão do governo federal fortalece a opinião daqueles que, no governo ou no congresso, defendem aumentar ainda mais os cortes a exemplo das propostas para aumentar a idade de aposentadoria ou mesmo cobrar mensalidade nas universidades públicas.

 

 

Por sua vez, Tiago Cesar, vice-presidente da UMES, recordou que hoje o Brasil é o campeão mundial dos juros altos enquanto a maioria dos países estão com taxas básicas muito próximas a zero. Para ele baixar os juros levaria a uma grande economia, o que possibilitaria não só colocar fim aos cortes nos direitos sociais e trabalhistas, mas melhorar a economia nacional e as condições da população. “Com esses recursos a educação poderia dar um grande salto. A juventude brasileira poderia ter acesso de verdade a universidade e nossas escolas poderiam ver o fim da superlotação das salas de aula. Mas enquanto seguir essa política do governo federal para manter os juros altos será impossível alcançar a educação pública e gratuita dos nossos sonhos”.

 

“Após tudo o que aconteceu em 2015, toda a resposta negativa ao sofrimento causado pelo ajuste fiscal, seus cortes, desemprego e recessão, o governo não baixar os juros e ainda sinalizar que vai aumenta-los só demonstra sua intenção em sufocar ainda mais o povo para dar mais dinheiro aos bancos”, concluiu Tiago.

 

A manifestação terá início às 10 horas do dia 19 de janeiro, na frente do Banco Central na Avenida Paulista, 1.804.