6/Nov: todos ao MASP contra a desestruturação

 

Agora é a hora de tomarmos as ruas em defesa da educação e de nossas escolas! Por isso, no dia 06/11, sexta-feira, os estudantes de São Paulo vão tomar a avenida Paulista em grande manifestação contra o fechamento das escolas planejado pelo governador Alckmin e contra o corte de verbas na educação que Dilma vem praticando.

 

Há poucas semanas o governador anunciou um plano de "desestruturação" da educação de SP que vai atingir mais de mil escolas no estado, fechando mais de 150 e prejudicando um milhão de estudantes. O plano de Alckmin é bem simples, basta fechar o máximo de escolas, trocar os estudantes de outras, superlotar ainda mais as salas, demitir vários professores e assim se gasta menos dinheiro com a educação. Já são mais de vinte anos com o PSDB destruindo a escola pública paulista. Porém, isso ainda é pouco para o governo do estado que anunciou essa desestruturação para separar nossa escola em três ciclos, dividindo os estudantes em fundamental I, II e ensino médio. E é com essa medida que os estudantes têm ido às ruas todos os dias e em nosso estado! Não vamos aceitar que fechem nossas escolas!

 

Com o governo Dilma não tem sido nem um pouco diferente, desde o começo do ano já foram mais de 79 bilhões de reais cortados da educação, saúde, transporte, moradia e outras áreas. O resultado dessa política é que o Brasil foi atirado por Dilma (com o apoio de Temer, Cunha, Renan e outros) no meio da maior crise dos últimos anos.

 

O desemprego tem aumentado e a resposta do governo a esse problema é tirar ainda mais direitos do povo e aumentar o peso da crise em nossas costas. Ao mesmo tempo faz de tudo para garantir o lucro dos bancos e grandes empresas, através das altas taxas de juros e da retirada de direitos dos trabalhadores. Só em 2015 devem ser pagos, em juros, R$ 450 bilhões de reais, dinheiro que faz muita falta nas escolas e hospitais de todo país.

 

Com a educação tem sido o seguinte: Dilma mata e Alckmin enterra! Não aguentamos mais essa situação!

 

Alckmin admite fechar pelo menos 94 escolas públicas

Estudantes em manifestação organizada pela UMES no dia 23 de outubro (Foto: Leonardo Varela)

 

Depois de negar que a sua suposta “reestruturação” acarretaria no fechamento de escolas estaduais paulistas, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu, na última segunda-feira (26), via Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, o fechamento de ao menos 94 escolas da rede estadual.

 

Diferente do anúncio anterior, o governo tucano pretende separar parte das escolas em três ciclos (Fundamental I, II e Ensino Médio), mas mantendo algumas escolas com os três ciclos. A estimativa da Secretaria é que ao menos 311 mil alunos tenham de mudar de escola no ano que vem (anteriormente, falavam em 2 milhões de estudantes).

 

Apesar de anunciar o fim de 94 escolas estaduais, o governo tenta convencer que essas escolas não serão fechadas, mas sim 'disponibilizadas' para serem usadas por outros órgãos na área da educação. No total 1.464 unidades estarão envolvidas na reconfiguração, mudando o número de ciclos de ensino que serão oferecidos. A mudança atinge ainda 74 mil professores.

 

O processo de reorganização enfrenta diversos protestos de alunos, pais e professores desde que foi anunciado pelo governo do estado no dia 23 de setembro. Na última sexta-feira (23) um protesto reuniu na capital paulista mais de 1.500 estudantes que foram em passeata do MASP até a Secretaria de Educação com a faixa “Educação pede socorro: Dilma mata e Alckmin enterra”.

 

“Viemos denunciar o fechamento de nossas escolas e o plano de Alckmin que quer fazer desta reestruturação um meio para gastar menos dinheiro com educação. Queremos estudar, mas estão fechando nossas escolas, queremos estudar, mas estão superlotando nossas salas, queremos estudar, mas estão demitindo nossos professores. Nós somos contra essa reestruturação que na verdade é uma desorganização”, afirmou o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) Marcos Kauê.

 

Keila Pereira, também diretora da UMES, denunciou: “estamos aqui para dizer que não vai ter arrego, não vamos aceitar a desestruturação, estamos cansados de chegar nas Delegacias de Ensino e escutar que o fechamento de escolas não passa de um boato. Há 20 anos o governo tucano destrói a educação no Estado, e com os cortes do Governo Federal a situação está ainda mais caótica, estamos aqui para lutar contra o descaso da ‘Pátria Educadora’ com a educação”.

 

Segundo o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), os números apresentados pelo governo devem ser olhados com cautela. “É preciso ficar claro que se trata de um número enganoso, pois desconsidera o chamado 'efeito cascata', ou seja, o fechamento de uma escola ou sua reestruturação irá repercutir nas demais escolas da região, com o aumento do número de estudantes nas classes, com alterações na vida de professores e funcionários e até mesmo demissões”, diz a entidade em nota.

 

O governo estadual não quer mencionar o tamanho do corte previsto, e quando questionado o secretário da Educação do Estado, Heman Voorward, afirmou que “essa não é a preocupação da secretaria”, e que embora os estudantes e professores digam que as salas estão superlotadas, na verdade elas estão ociosas, porque nos últimos 20 anos o número de alunos caiu “motivado principalmente pela redução da natalidade e pela absorção de alunos pelas redes municipais e particulares”.

 

A Secretaria também afirmou que a demissão de professores não está em pauta, e após o anúncio do fechamento das escolas, Marcos Kauê voltou a se posicionar e criticar o governo estadual: “como vamos confiar em qualquer informação desta Secretaria que até ontem estava dizendo que não haveria fechamento de escolas?”.

O próprio secretário, Herman Cornelis, havia afirmado que não haveria demissão de professores fixos da rede pública de ensino. O que ele não contou é que cerca de um quarto (25%) dos professores da rede são contratados em regime temporário. Ou seja, a desestruturação de Alckmin põe em risco o emprego de 57 mil professores com a proposta de reorganização. Ao todo a rede estadual conta com 251,9 mil docentes.

 

Já a estudante Luiza Dias da Paz Silva, de 15 anos, aluna da E. E. Padre Saboia de Medeiros, desmontou outro argumento da Secretaria. “Fui informada que minha escola vai fechar, porém não me deram opção para onde quero ir. A distância máxima de transferência seria de 1,5 quilômetro, mas estão querendo me mandar para uma escola a 2,9 quilômetros de distância. Por quê?”

 

Fonte: Camila Severo do Jornal Hora do Povo

Contra o fechamento da E. E. Emiliano Di Cavalcante!

Estudantes do Di Cavalcante durante manifestação em frente a Secretaria de Educação dia 23

 

A escola Emiliano Di Cavalcante foi notificada pelo governo do estado acerca de seu fechamento. Trata-se de uma escola muito tradicional e de referência na região do Alto Pinheiros. Abaixo transcrevemos trechos da conversa que tivemos com a estudante Giovanna Cristina Teixeira da Silva, que em conjunto com os alunos da escola, e com toda a comunidade escolar está organizando um abaixo-assinado contra a medida, bem como uma serie de manifestações e protestos.

 

“É uma escola muito bem estruturada. Temos estrutura para cegos, surdos e mudos, além da escola participar do programa da ETEC. Nossa sala de informática está em boas condições, com equipamentos adequados para a utilização de todos. Contamos também com cursos de teatro, olimpíadas de matemática, além de duas quadras poliesportivas”.

 

“Todos os professores são capacitados e com boa didática, sempre buscando passar todo o conhecimento possível para os alunos. Estes por sua vez tem comportamento adequado a conduta da escola, por exemplo, nessa escola não há brigas ou casos de violência, atividades ilícitas ou qualquer coisa que prejudique sua imagem”.

 

“Por isso ficamos muito tristes quando com a notícia de que nossa escola seria fechada. Não há uma pessoa que frequente a escola e concorde com essa decisão, incluindo os pais dos alunos, ex-alunos e morados em torno da escola, pois todos nós somos a favor da educação! O fechamento de nossa escola vai contra a evolução e o crescimento pessoal da juventude e também contra o desenvolvimento da nação. Isso com certeza é tentar das um passo para trás”.

 

“Não aceitaremos essa medida. Contamos com o apoio de todos os estudantes, e com a UMES vamos reverter essa proposta contra nossa escola e contra a educação”. 

 

Alckmin coloca ensino médio na escola Ana Rosa em perigo

Estudantes do Ana Rosa durante manifestação em frente a Secretaria de Educação dia 23

 

Os estudantes da Escola Estadual Dona Ana Rosa de Araújo organizaram duas manifestações e um abaixo assinado contra o fim do ensino médio na escola. "Somos contra essa desestruturação. Não perguntaram nossa opinião, e nos informaram pela televisão. Nossa escola é muito tradicional, onde há muita sintonia entre os estudantes, professores, direção e funcionários. Temos muita história com a nossa escola e não queremos sair de lá", afirmou Beatriz Lima, estudante do 2º D no período da manhã.

 

Beatriz junto a diversos estudantes da escola já coletaram mais de mil assinaturas, e pretendem alcançar cinco mil assinaturas até o dia 9 de novembro. Os estudantes já organizaram duas manifestações, sendo uma realizada na avenida Francisco Morato, que paralisou a avenida por alguns minutos, e a outra nesta segunda no cruzamento da avenida Vital Brasil com a Francisco Morato.

 

Estudantes ocupam Paulista contra a desestruturação

Foto: Leonardo Varela

 

“Viemos denunciar o fechamento de nossas escolas e o plano de Alckmin que quer fazer desta reestruturação um meio para gastar menos dinheiro com educação. Queremos estudar, mas estão fechando nossas escolas, queremos estudar, mas estão superlotando nossas salas, queremos estudar, mas estão demitindo nossos professores. Nós somos contra essa reestruturação que na verdade é uma desorganização”, afirmou o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) Marcos Kauê, durante a manifestação que reuniu cerca de 1.500 estudantes da rede pública estadual de São Paulo contra a “desestruturação” do governador Geraldo Alckmin.

 

A concentração teve início às 8 horas em frente o MASP, e reuniu estudantes de dezenas de escolas da capital, que seguiram pela Avenida Paulista e Consolação rumo à sede da Secretaria da Educação, na Praça da República. Durante todo o percurso os estudantes carregavam faixas e cartazes condenando a desestruturação de Alckmin, bem como os cortes de mais de R$ 10,4 bilhões de Dilma na educação. Durante todo o trajeto os estudantes cantavam palavras de ordem como "Geraldo Alckmin a culpa é sua, hoje a aula é na rua", "e se a escola for fechar, a cidade vai parar. E se o povo se unir, o Geraldo vai cair". Houve momentos nos quais as palavras de ordem comparavam Alckmin e Dilma, “o que a Dilma e o Alckmin são? São inimigos da educação” ou "Um, dois, três, Dilma no xadrez. Pra melhorar pra mim, também vai o Alckmin".

 

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Ao chegarem na Secretaria de Educação, por volta das 11 horas, os estudantes deram uma vaia para o Alckmin e seu secretário de educação, Herman Voorwald, e após alguns minutos deram inicio ao ato de encerramento da manifestação em frente a secretaria. “Queremos que fique bem claro para o secretário que os estudantes são contra a desestruturação”, disse Kauê ao iniciar as falas, que por fim convidou o secretario a vir prestar contas aos estudantes.

 

Logo em seguida Jonathan Oliveira (16), presidente do grêmio da E. E. Charles De Gaulle, e também diretor da UMES afirmou que “os estudantes estão na rua contra esse governo que quer fechar escolas e cortar da educação. Porém nós temos um recado: ninguém vai fechar as nossas escolas. Fora os inimigos da educação!” Por fim o estudante desafiou o secretário a explicar o fechamento das escolas aos estudantes. “Eu quero ver se esse secretário tem coragem de vir aqui falar para os estudantes que vai fechar e desorganizar a nossa escola. Não vamos deixar ninguém fechar escola ou cortar dinheiro da educação” concluiu, chamando os estudantes a cantar “Geraldo, almofadinha. Os estudantes vão te por na linha”.

 

O vice-presidente da UMES, Tiago Cesar agitou os estudantes presentes e disse que a UMES organizou o ato em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Ele afirmou que os estudantes não vão permitir que nenhuma escola seja fechada, ou que professores sejam demitidos ou mesmo que alunos sejam transferidos contra a própria vontade.

 

Para Keila Pereira, diretora da UMES, os estudantes participaram da manifestação “para dizer que não vai ter arrego, não vamos aceitar a desestruturação, estamos cansados de chegar nas Delegacias de Ensino e escutar que o fechamento de escolas não passa de um boato. Há 20 anos o governo tucano destrói a educação no Estado, e com os cortes do Governo Federal a situação está ainda mais caótica, estamos aqui para lutar contra o descaso da ‘Pátria Educadora’ com a educação”.

 

A Secretaria de Educação “está tratando os estudantes como números. Um dias vocês já foram educadores, porém agora que estão no gabinete estão fechando escolas”, afirmou o presidente do grêmio da Escola Estadual Padre Saboia de Medeiros, Pedro Vieira. Já a estudante da escola Adolfo Casais disse que “Alckmin não vai nas nossas salas para ver que não há materiais ou merenda. Ele não vê que nossas salas estão destruídas”.

 

“Sabemos o que isso vai causar: é mais salas superlotadas! Mas os estudantes vão estar nas ruas, e essa proposta vai cair nem que seja preciso fazer que isso aconteça goela abaixo desse governador e do seu secretário”, denúncia Caio Guilherme, diretor da UMES.

 

Para Caio, da juventude do Juntos (uma corrente da juventude do PSOL), a manifestação foi um importante para a unidade da juventude contra a reestruturação. “Queremos ver se o secretário vai vir falar com os estudantes. As manifestações estão em São Paulo e outras 40 cidades. Não vamos admitir que nossas escolas sejam fechadas”, afirmou o estudante, convidando a todos para a Audiência Pública na Alesp dia 27 de outubro para discutir o Plano Estadual de Educação. Também participaram da manifestação os movimentos Território Livre e Juventude as Ruas, que denunciaram as medidas do governador e afirmaram a necessidade de ampliar a mobilização dentro das escolas.

 

Entre os movimentos sociais estava a Eliane Souza, da Federação das Mulheres Paulistas que ressaltou que as mulheres estão junto com os estudantes em defesa das escolas e da educação. “Somos mães e estamos com a juventude nessa luta”. Cleide Almeida, do Congresso Nacional Afro-Brasileiro disse que é contra a demissão de professores e o fechamento das escolas. “A juventude precisa estar dentro da escola. Essa desestruturação é um absurdo”, afirmou.

 

Por fim Kauê encerrou o ato explicando que mais uma vez o secretário decidiu não conversar com os estudantes durante a manifestação. Ele recordou que o dia 23 foi muito importante porque deixou claro que “enquanto os inimigos da educação estiverem no poder a aula vai ser na rua”. Kauê também convidou a todos para a plenária do dia próximo dia 30, na sede da UMES, que construirá a próxima manifestação do dia 6 de novembro contra a desestruturação.

 

 

Estudantes e professores ocupam a Praça da República contra a desestruturação

Foto: Leonardo Varela

 

Mais de 10 mil estudantes e professores tomaram a Praça da República em defesa da educação nesta terça (20), em mais um ato unificado contra a desestruturação de Alckmin para fechar escolas, demitir professores e tirar ao menos 1 milhão de estudantes de suas escolas para transferi-los a força. “Agora a aula vai ser na rua em defesa da educação e de nossas escolas” disse Marcos Kauê durante o ato em frente à Secretaria da Educação.

 

Em sua intervenção durante a atividade, Kauê afirmou que os estudantes só vão sair das ruas quando for colocado um fim nesta medida de destruição da educação. “Querem tirar nossa escola para prejudicar os estudantes e demitir mais professores. Essa desestruturação não passa de um plano para gastar menos com nossa educação. Por isso estamos diariamente mobilizando os estudantes contra essa medida”.

 

A concentração da manifestação começou a partir das 14 horas na Praça da República, em frente a secretaria, e às 15 horas teve início o ato contra a desestruturação, organizado pela APEOESP com o apoio da UMES e diversas entidades como a CNTE, UBES, UNE, UEE, CTB, CUT, MTST, entre outras entidades e movimentos. "O governo quer que a gente engula essa reorganização, que não tem nenhum embasamento ou justificativa pedagógica, mas sim de redução de gastos", disse Maria Izabel Noronha, presidente da APEOESP.

 

 

 

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Durante suas falas as entidades denunciaram os planos de Alckmin para fechar escolas, numero que já subiu de 155 para 164 de acordo com a APEOESP.

 

Após o ato político realizado na Praça da República a manifestação realizou uma marcha até o Praça da Sé, onde foi realizado outro ato. “Vamos pra rua denunciar todos os inimigos da educação”, disse Tiago Cesar, vice-presidente da UMES. Para ele “esse é um momento de ampliar as mobilizações. Não podemos baixar a guarda, temos que ocupar as ruas”.

 

“Qualquer governo que destrua a educação, que vai contra os estudantes e a juventude nós vamos denunciar. Nem Dilma, Alckmin e Cunha podem ir contra a juventude”, disse Tiago ao se referir aos cortes na educação de Dilma, a desestruturação de Alckmin e a redução da maioridade penal de Cunha. Ao fim de sua fala ele convocou a todos para a manifestação da próxima sexta (23), com concentração a partir das 8 horas no MASP, na Avenida Paulista. “Vamos juntos, professor e estudante contra os inimigos da educação”.

 

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APEOESP: desestruturação não tem base pedagógica

Assembleia dos estudantes do E. E Caetano de Campos da Consolação contra a desestruturação (Foto: Leonardo Varela)

 

As propostas de reorganização dos ciclos de Ensino das Escolas da rede estadual em São Paulo têm recebido duras críticas por parte de representantes de Alunos e Professores. A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, diz que as medidas são pouco democráticas, não têm embasamento pedagógico e não resolverão alguns dos principais problemas das Escolas públicas do Estado, como a superlotação das salas de aula.

 

"Eu discordo que existem prédios ociosos. Acredito que há superlotação nas salas de aula, com mais de 60 Alunos, e isso acaba deixando outras mais vazias, é claro", afirma a sindicalista, que defende que a secretaria deveria aproveitar a oportunidade para ajustar a quantidade de Alunos à regulamentação da própria secretaria: 30 Alunos por sala de aula na Educação infantil, 35 no fundamental e 40 no Ensino médio.

 

Levantamento feito pela Apeoesp a partir de informações obtidas informalmente por diretores e Professores aponta que 162 Escolas serão fechadas em todo o Estado. Só na região do ABC paulista, serão seis Escolas fechadas em Santo André, quatro em São Bernardo, duas em Mauá e outras cinco em Diadema. "O governo não ouviu a comunidade Escolar e nem comunicou a ninguém o que ia fazer. Conseguimos informação como eu disse para você: tanto os pais têm informantes, quanto nós, Professores, também temos", diz Maria Izabel.

 

A sindicalista critica a decisão de dividir as Escolas por ciclos de Ensino. "Qual o embasamento pedagógico dessa medida? Não tem. As crianças têm que vivenciar a diversidade nas Escolas. O que é preciso é dotar as Escolas com Educação infantil de carteiras adequadas, salas adequadas, e isso ele não está fazendo", afirma. Ela destaca que separar Alunos por ciclos vai na contramão dos debates atuais em Educação, que buscam suavizar a transição dos Alunos que saem do Ensino fundamental para o Ensino médio. "A transição entre um ciclo e outro vai ficar cortada, porque os prédios estão separando. Ele [o secretário] acha que mudar de prédio vai mudar a qualidade do Ensino, mas não vai."

 

De acordo com a Apeoesp, mais de 3,4 mil salas de aula já foram fechadas na rede estadual no ano passado. "Só nessa mexida menor tivemos a demissão de 20 mil Professores e a redução de jornada de outros 5 mil. Imagine agora, que vai mexer com um milhão de Alunos", diz.

 

Maria Izabel discorda do argumento da Secretaria de Educação, que afirma que as medidas foram democráticas. "Não dá para falar que foi democrático, porque quando você debate na ponta você chama quem está envolvido com Educação. Professores, pais, Alunos e diretores, supervisores. Esses deveriam estar participando do debate e não foi isso que aconteceu. Ele jogou para os dirigentes e disse: tragam a proposta", afirma ela.

 

Maria Izabel diz que as Escolas mais antigas, justamente as que estão na mira da reorganização, poderiam ser aproveitadas de maneira mais eficaz. "Essas Escolas antigas têm espaço para construir laboratórios, auditórios, teatros. Como é que você vai desativar uma coisa que é modelo?"

 

Matrículas 2016

 

As matrículas para 2016 já estão abertas, mas os alunos da rede pública estadual de Ensino de São Paulo terão que esperar até a semana que vem para ter a certeza de que sua escola não será fechada ou saber exatamente em qual endereço vão estudar. Já estão em posse da Secretaria de Educação do Estado todas as avaliações feitas pelos 91 dirigentes de Ensino da rede, que receberam, no mês passado, a incumbência de sugerir quais seriam as mudanças possíveis em cada região.

 

A ideia, segundo a secretaria, é transformar parte das Escolas que atualmente oferecem mais de um ciclo da Educação básica (Educação infantil, Ensino fundamental ou Ensino médio) em unidades destinadas a apenas um desses segmentos.

 

A proposta é polêmica: levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) aponta que 162 Escolas estaduais em todo o Estado serão fechadas.

 

De acordo com o secretário, os dados trazidos pelos dirigentes regionais serão analisados por uma equipe de técnicos que identificará quais as demandas de cada região. É o resultado desse trabalho, segundo o secretário, que definirá quais serão as Escolas que deixarão de ter vários ciclos para oferecer apenas um.

 

Tais medidas fazem parte da chamada reorganização da rede estadual de Ensino, anunciada pela secretaria no mês passado e que deve atingir aproximadamente um milhão de Alunos. São a etapa final da reestruturação administrativa da pasta, reforma que vem sendo conduzida pelo secretário desde 2011, diz Voorwald. Todas as 5.108 Escolas da rede pública estão sob análise, mas, segundo a secretaria, nem todas participarão da reorganização. Atualmente, a rede estadual tem 1.443 Escolas com apenas um nível de Ensino, 479 que oferecem três ciclos e 3.186 com dois segmentos de Ensino.

 

A decisão de separar os Alunos em Escolas com apenas uma etapa do Ensino básico não é consenso entre especialistas em Educação. De acordo com o secretário, a opção pela medida se baseia em estudos da secretaria, feitos com base no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de SP (Saresp).

 

Na semana passada, o Ministério Público do Estado instaurou inquérito civil para apurar a reorganização.

 

Fonte: APEOESP

 

Estudantes e trabalhadores contra os juros de Dilma

Foto: Leonardo Varela

 

“Desde o início do ano estamos organizando estas manifestações contra os juros altos de Dilma, uma política que para dar certo cortou bilhões do povo para dar aos bancos, nos colocando em uma grande recessão, com milhões de desempregados e cortes bilionários na educação, saúde e muitos outros direitos”, denunciou Marcos Kauê durante a manifestação contra os juros de Dilma, realizada na manhã desta terça (20), na Avenida Paulista.

 

A manifestação teve inicio às 10 horas em frente ao Banco Central, e foi organizada pela Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores em parceria com a UMES e diversos sindicatos e organizações dos movimentos sindicais. A manifestação contou um dragão de três cabeças representando os juros, a inflação e o desemprego.

 

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Para Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), presidente da CGTB, os juros altos do governo federal obrigaram o setor público a transferir mais de R$ 338 bilhões aos bancos e rentistas. “É muito mais do que foi gasto em todo o ano passado, quando foram torrados com juros R$ 311 bilhões. em vez de estancar essa sangria, cortou direitos trabalhistas, previdenciários e estimula o desemprego e a remessa de lucros promovidos pelas multinacionais. Em 12 meses, mais de um milhão de trabalhadores com carteira assinada foram desempregados. Até o final do ano, mais de 2 milhões de trabalhadores formais e informais perderão seus empregos”, denunciou o dirigente sindicalista.

 

“Dilma diz que não tem dinheiro, mas os bancos vão receber mais de R$ 450 bilhões até o fim do ano, isso é uma quantia 40 vezes maior que os cortes na educação”, disse Kauê. Ao fim de sua fala Kauê convidou a todos para a manifestação contra a desestruturação de Alckmin, que “não é nada mais que um braço dos cortes da Pátria Educadora”.

 

Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres a atual crise econômica do país aumentou a gravidade da inflação. Ele afirma que com os juros altos que sangram o país, destruindo a indústria, empregos e diversos direitos, a inflação se torna algo muito mais grave. “Se antes o dragão só tinha uma cabeça, representando a inflação, agora na vida real a situação piorou, com os juros altos sufocando a indústria e matando os empregos”.

 

“Estamos enfrentando o maior índice de desemprego dos últimos anos. Ou tomamos providencia ou ficaremos em uma situação sem saída”, disse o presidente da Força. “Uma taxa Selic de 14,25% inviabiliza a indústria nacional e os setores do comércio e de serviços. Se aumentar a taxa ou mantiver neste patamar alto, haverá aumento de desemprego neste ano”. Para João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, “os juros altos provocam a redução no crédito, as empresas não deixam de investir e acaba havendo mais demissões”.

 

“No Brasil, os juros praticados já são os maiores do mundo, assim como é altíssima nossas cargas tributárias, mas o governo pensa em aumentar mais e recriar impostos como a CPMF, o que é um absurdo”, criticou o diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo,  Josimar Andrade de Assis, também representante da UGT.

 

Não à desestruturação! Todos as ruas em defesa de nossas escolas!

 

Não aguentamos mais essa situação! Com a educação tem sido o seguinte: Dilma mata e Alckmin enterra!

 

Quem fecha uma escola abre uma prisão

 

Agora é a hora de tomarmos as ruas em defesa da educação e de nossas escolas! Por isso, no dia 23/10, sexta-feira, os estudantes de São Paulo vão tomar a Avenida Paulista em grande manifestação contra o fechamento das escolas planejado pelo governador Alckmin e contra o corte de verbas na educação que Dilma vem praticando.

 

Há poucas semanas o governador anunciou um plano de "desestruturação" da educação de SP que vai atingir mais de mil escolas no estado, fechando mais de 150 e prejudicando um milhão de estudantes. O plano de Alckmin é bem simples, basta fechar o máximo de escolas, trocar os estudantes de outras, superlotar ainda mais as salas, demitir vários professores e assim se gasta menos dinheiro com a educação. Já são mais de vinte anos com o PSDB destruindo a escola pública paulista. Porém, isso ainda é pouco para o governo do estado que anunciou essa desestruturação para separar nossa escola em três ciclos, dividindo os estudantes em fundamental I, II e ensino médio. E é contra essa medida que os estudantes têm ido às ruas todos os dias e em todo o estado! Não vamos aceitar que fechem nossas escolas!

 

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Com o governo Dilma não tem sido nem um pouco diferente, desde o começo do ano já foram mais de 79 bilhões de reais cortados da educação, saúde, transporte, moradia e outras áreas. O resultado dessa política é que o Brasil foi atirado por Dilma (com o apoio de Temer, Cunha, Renan e outros) no meio da maior crise dos últimos anos.

 

O desemprego tem aumentado e a resposta do governo a esse problema é tirar ainda mais direitos do povo e aumentar o peso da crise em nossas costas. Ao mesmo tempo faz de tudo para garantir o lucro dos bancos e grandes empresas, através das altas taxas de juros e da retirada de direitos dos trabalhadores. Só em 2015 devem ser pagos, em juros, R$ 450 bilhões de reais, dinheiro que faz muita falta nas escolas e hospitais de todo país.

 

Não aguentamos mais essa situação! Com a educação tem sido o seguinte: Dilma mata e Alckmin enterra!

 

E é por isso que vamos tomar as ruas no dia 23 de outubro. Basta de destruírem nossa educação! Todos na Avenida Paulista em defesa da educação e do Brasil!

Não à desestruturação! Todos as ruas em defesa de nossas escolas!

 

Quem fecha uma escola abre uma prisão.

 

Agora é a hora de tomarmos as ruas em defesa da educação e de nossas escolas! Por isso, no dia 23/10, sexta-feira, os estudantes de São Paulo vão tomar a Avenida Paulista em grande manifestação contra o fechamento das escolas planejado pelo governador Alckmin e contra o corte de verbas na educação que Dilma vem praticando.

 

Há poucas semanas o governador anunciou um plano de "desestruturação" da educação de SP que vai atingir mais de mil escolas no estado, fechando mais de 150 e prejudicando um milhão de estudantes. O plano de Alckmin é bem simples, basta fechar o máximo de escolas, trocar os estudantes de outras, superlotar ainda mais as salas, demitir vários professores e assim se gasta menos dinheiro com a educação. Já são mais de vinte anos com o PSDB destruindo a escola pública paulista. Porém, isso ainda é pouco para o governo do estado que anunciou essa desestruturação para separar nossa escola em três ciclos, dividindo os estudantes em fundamental I, II e ensino médio. E é contra essa medida que os estudantes têm ido às ruas todos os dias e em todo o estado! Não vamos aceitar que fechem nossas escolas!

 

Com o governo Dilma não tem sido nem um pouco diferente, desde o começo do ano já foram mais de 79 bilhões de reais cortados da educação, saúde, transporte, moradia e outras áreas. O resultado dessa política é que o Brasil foi atirado por Dilma (com o apoio de Temer, Cunha, Renan e outros) no meio da maior crise dos últimos anos.

 

O desemprego tem aumentado e a resposta do governo a esse problema é tirar ainda mais direitos do povo e aumentar o peso da crise em nossas costas. Ao mesmo tempo faz de tudo para garantir o lucro dos bancos e grandes empresas, através das altas taxas de juros e da retirada de direitos dos trabalhadores. Só em 2015 devem ser pagos, em juros, R$ 450 bilhões de reais, dinheiro que faz muita falta nas escolas e hospitais de todo país.

 

Não aguentamos mais essa situação! Com a educação tem sido o seguinte: Dilma mata e Alckmin enterra!

 

E é por isso que vamos tomar as ruas no dia 23 de outubro. Basta de destruírem nossa educação! Todos na Avenida Paulista em defesa da educação e do Brasil!

 

Cinema no Bixiga apresenta o filme “Machuca”

 

No próximo sábado (24) a mostra subversiva do Cinema no Bixiga apresenta o filme “Machuca”, de Andrés Wood (2004). A sessão será iniciada às 17 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, na Bela Vista. A entrada é franca, participe!

 

MACHUCA – Andrés Wood (2004), CHILE/ESPANHA, 116 min.

 

Para maiores informações entre em contato pelo telefone (11) 3289-7475 ou pelo Facebook.

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira fica na Rua Rui Barbosa 323, Bela Vista (Sede Central da UMES).

 

 

 

Confira nossa programação e participe!

 

 

(24/10) MACHUCA – Andrés Wood (2004), CHILE/ESPANHA, 116 min.

 

(31/10) 7 CAIXAS – Juan Carlos Maneglia e Tana Schembori (2012), PARAGUAI, 110 min.

 

(07/11) CLUBE DA LUA – Juan José Campanella (2004), ARGENTINA, 143 min.