Dia do Estudante: nas ruas contra os cortes de Dilma, de Alckmin e a redução da maioridade penal
“O 11 de Agosto é um dia muito representativo para os estudantes, porque temos mais força nas ruas. E é muito importante a denuncia que estamos fazendo contra os governos inimigos do povo e da educação”, disse Marcos Kauê, presidente da UMES. Para ele o governo Dilma é o maior inimigo da educação, junto a Cunha e Alckmin. “As nossas bandeiras são ‘Contra o ajuste fiscal de Dilma-Levy’, ‘Não a redução da maioridade penal’ e ‘pelo fim da aprovação automática: Alckmin inimigo da educação’”.
“O governo Dilma posa de esquerda desde as eleições, mas na verdade é a nova direita. E é mais conservadora, mais neoliberal que a velha direita do PSDB. Esse governo é responsável por cortes de 79 bilhões, e com isso a educação brasileira viu suas universidades federais ficarem paralisadas, sem condições de funcionamento. Agora elas estão em greve. Nas universidades privadas os bolsistas do Fies perderam seu financiamento”.
“Enquanto isso nossas escolas estão destruídas, sem laboratórios, bibliotecas, quadras e até mesmo professores. E o que vemos em São Paulo por parte do governo Alckmin é o mesmo só que em nível estadual. Somente em 2015 mais de 3000 salas de aula foram fechadas, e os alunos são mantidos em um sistema de aprovação automática há mais de 20 anos. É um governo que assim como a Dilma não dialoga com os professores”.
Para Kauê a redução da maioridade penal também é uma grande covardia contra a juventude e os estudantes. “A proposta de Cunha contra a juventude brasileira é mais uma forma de criminalizar a juventude e responsabiliza-la pela violência, enquanto na verdade precisamos de um Estado cada vez mais presente em nossas vidas”.
Em sua moção de repúdio a redução da maioridade, proposta por Cunha, a UMES afirmou que a juventude precisa que o Estado valorize o salário, amplie os investimentos na educação e promova o crescimento econômico do país. “Para os estudantes de São Paulo a imposição da redução da maioridade penal é um ataque aos avanços conquistados pela sociedade brasileira ao longo de sua história, já que representa retirar do Estado, portanto da sociedade, a sua responsabilidade sobre a infância e a juventude, fase fundamental para a constituição da vida adulta, e dessa forma um período imprescindível para a própria autoafirmação da sociedade”, afirma o documento.
“Por sua vez os trabalhadores perderam o seguro desemprego, e até as viúvas perderam suas pensões. Isso tudo para garantir o lucro dos bancos e especuladores”. Apenas nesse ano os bancos já saquearam mais de R$ 225 bilhões do povo brasileiro, quantia superior aos recursos arrecadados através de impostos pelo governo brasileiro.
“A vaca tossiu e esta levando para o brejo os nossos direitos. Só na educação os cortes são superiores a R$ 10,4 bilhões. Até mesmo o psicodélico Pronatec sofreu com os cortes da Dilma”.
“Há quem diga que não é corte, que é contingenciamento. Mas a política da Dilma já ficou clara: é uma política de recessão. Cortes de mais de R$ 79 bilhões enquanto os bancos faturam quase três vezes mais. É um absurdo. Por isso os estudantes precisam ocupar as ruas neste 11 de Agosto. Ocupar as ruas para defender os nossos direitos e defender a escola pública de qualidade, a universidade pública de qualidade. Defender o ensino público de qualidade. Lutar pelo acesso a educação de qualidade”.
“Quem for inimigo dos estudantes vai ser combatido sem tréguas por parte da UMES”.










"Não vamos colocar meta. Vamos deixar a meta aberta mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta", se enrolou a presidente Dilma Rousseff, nesta terça-feira (28), no Palácio do Planalto, enquanto anunciava 15 mil novas vagas do programa durante sua tentativa de explicar a meta do 

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, foram intimados mais uma vez nessa quinta-feira, 23, a explicar quais providências tomaram para cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o pagamento imediato dos dias descontados de todos os professores que entraram em greve.

Kauê ainda ressaltou que “o caminho mais acertado para por fim nas discussões sobre a redução da maioridade penal, e pela afirmação do ECA e de suas diretrizes e fundamentos é a luta contra os cortes, é garantir os investimentos em educação, saúde e lazer para a juventude, bem como assegurar o crescimento econômico com salário digno. Porque “com os cortes será impossível zerar o déficit educacional entre a juventude, será impossível implementar plenamente as medidas socioeducativas, e será impossível possibilitar à estrutura familiar a estabilidade necessária para se criar nossa juventude”.


