Menos juros, mais educação: manifestação repudia aumento de juros na Paulista

 

A UMES junto as centrais sindicais e movimentos sociais condenaram a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de novamente subir a taxa de juros, elevado em 0,50 pontos percentuais, e realizaram uma grande manifestação nesta terça-feira (03) contra os juros em frente ao Banco Central na avenida Paulista.

 

Com faixas e bandeiras, estudantes, trabalhadores, mulheres, integrantes do movimento comunitários e movimento negro denunciaram que os juros altos sangram a economia brasileira para destinar dinheiro aos banqueiros, tirando dinheiro da educação, saúde e fazendo o Brasil andar para trás.

 

“No governo Dilma, esclarece o presidente da UMES Marcos Kauê, que tem como slogan a PATRIA EDUCADORA, o país começa o ano com um corte de R$ 7 bilhões na educação, enquanto os alunos da E.E Caetano Miele estão sem professores, e os alunos da ETEC Getúlio Vargas continuam sem uma quadra decente para praticar esportes”.

 

Apenas em 2014 o pagamento de juros da dívida pública transferiu R$ 311,4 bilhões aos bancos, cerca de 6% do PIB. No mesmo ano o orçamento executado com educação foi de 3,7% do PIB, aproximadamente R$ 79,7 bilhões.

 

“Não feliz em fechar o Museu Nacional por falta de verbas para estruturas de limpeza e segurança, mantendo o Instituto Federal de São Paulo (IFSP) com o mínimo de estrutura possível, com pouquíssimos recursos para a manutenção de equipamentos. A ideia hoje é passar mais R$ 14 bilhões de reais para banqueiros, isso quer dizer menos cursos técnicos de qualidade, menos vagas nas universidades públicas, menos bolsas integrais do PROUNI, menos repasse para a educação estadual e municipal (como estabelece a meta do PNE).  Nós não vamos aceitar este descaso com nossa Educação, e muito menos com nossa Pátria. Os estudantes estarão na luta sempre que o governo quiser tirar a dinheiro do povo para passar para os banqueiros. QUEREMOS MENOS JUROS E MAIS EDUCAÇÃO!”, afirmou Kauê.

 

Para a secretaria-geral da UNE, Iara Cassano, “o governo está dizendo que tem dinheiro somente para banqueiro. Para a educação, saúde e transporte não têm dinheiro. Estamos aqui hoje para dizer chega. O povo brasileiro está cansado de ser massacrado. Nós não queremos que nosso dinheiro vá para os banqueiros”. Por sua vez, o secretário-geral da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Rodrigo Lucas, disse que os estudantes estavam presentes “para dizer não a essa política que privilegia os banqueiros e prejudica a sociedade. Sabemos como está a situação das escolas públicas em São Paulo e no país afora. Temos escolas sucateadas onde faltam professores, insumos, laboratórios e bibliotecas”.

 

Enquanto 2014 foi o ano recorde de gasto público com os juros que não param de subir, os cortes anunciados pela Dilma no início do ano somaram R$ 41 bilhões (R$ 18 bilhões sobre direitos trabalhistas, e mais R$ 22,7 bilhões com “despesas correntes inadiáveis”), e seu governo já deixou anunciado outro corte de R$ 68 bilhões.

 

Centrais Sindicais

 

Para o secretário-geral da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) Carlos Alberto Pereira, “as centrais sindicais e os trabalhadores estão se organizando, se unindo para barrar essa política econômica de ajuste que tem por objetivo tirar direitos de trabalhadores”. Para ele “em outros momentos nosso povo já derrubou presidente corrupto, como o Collor, através do impeachment; conquistou as eleições Diretas; e agora, de novo, com nossa mobilização, nós vamos impedir que esse massacre aos direitos dos trabalhadores, à indústria nacional e ao emprego continue e vamos, o povo unido de novo, salvar o Brasil”. Para a UGT “temos que exigir juros baixos para gerar consumo, fortalecer a indústria e crédito barato. Com isso, o país e a população vão produzir riqueza para os setores que sustentam o Brasil investindo em educação, saúde, segurança pública e transporte público. Esse é o Brasil e essa é a política que a UGT quer e defende” afirmou o diretor Josimar Andrade.

 

"O governo não pode continuar com esta política econômica, que privilegia os especuladores em detrimento da produção e do emprego", disse Miguel Torres, presidente da Força Sindical em nota contra a elevação da taxa, alertando que a produção industrial no Brasil fechou em queda de 3,3%. “O novo aumento da taxa básica de juros é extremamente negativo para o país, por várias razões. Em primeiro lugar, vai deprimir ainda mais a economia, cuja deterioração vem se agravando e já ameaça provocar desemprego”, assegurou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

 

“Com a Selic a 12,75%, o Tesouro Nacional transfere por ano aos rentistas R$ 240 bilhões, ou 5% do PIB. Somente com os aumentos pós-reeleição, esse seleto grupo embolsará R$ 17 bilhões anualmente, o mesmo valor que o governo pretende economizar com as mudanças no seguro-desemprego. É um mecanismo perverso de concentração de renda em um país que já é um dos 12 mais desiguais do mundo”, diz Cordeiro.

 

O presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Estado de São Paulo (Sindicomunitário), José Roberto Prebill, defendeu “uma saúde mais digna. Mas a saúde só vai melhorar no dia que o país destinar menos dinheiro para os banqueiros para sobrar mais dinheiro para a saúde, educação e moradia". Ainda participaram da manifestação a diretora da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), Ilda Fiore, a secretária-geral da UNE, Iara Cassano, entre outras entidades. 

 

Movimento Social

 

Para o presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), Alfredo de Oliveira Neto, “o povo não vai permitir que esse roubo continue. São bilhões aos bancos, enquanto a população sofre sem moradia, sem transporte digno, com salários arrochados”, ressalta.

 

A diretora da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), Ilda Fiore, disse que “para nós, mulheres, a luta contra o arrocho e o desemprego se coloca hoje em primeiro plano. É por isso que estamos aqui ao lado das Centrais Sindicais. Além da desindustrialização, que leva milhares de empregos dos trabalhadores para fora do país. Não tem porque uma Nação do tamanho do Brasil ter os maiores juros do mundo”.

 

“Basta a esses juros altos que vem quebrando o desenvolvimento brasileiro. As mulheres têm sentido a dificuldade no seu trabalho, na sua casa, pagando juros altos. Os salários não acompanham o crescimento dos gastos nos supermercados. Não existe investimento na área de saúde, moradia, educação, transporte. Precisamos estar juntos nas manifestações contra esses absurdos”, afirmou a presidente da Federação das Mulheres Paulistas (FMP), Eliane Souza.

Pais e alunos do Colégio de Aplicação (UFRJ) fazem vassouraço contra corte de verbas

 

Colegio federal de excelencia tem aulas adiadas devido cortes de Dilma na educação

 

Pais e alunos do Colégio de Aplicação (CAP) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) promoveram hoje (3) um ato simbólico com vassouras e baldes para limpar a porta da unidade, na Lagoa, zona sul da cidade. A medida foi tomada após o atraso no pagamento de funcionários da limpeza, que resultou no adiamento das aulas, prejudicando cerca de 650 alunos. Segundo a UFRJ, somente o terceiro ano está tendo aulas e, ainda nesta semana, o conselho pedagógico vai se reunir para definir o recomeço das atividades nas outras turmas.

 

Além do "vassouraço", os pais vão organizar cestas básicas para distribuir entre os servidores que tiveram os salários atrasados. Os pais de alunos e os professores do colégio exigem o retorno imediato das aulas. Para o representante da Associação de Pais do CAP/UFRJ, Wilson Pessanha, a situação é um descaso com os alunos da instituição.

 

"O CAP é um colégio de excelência, com 60 anos de história, e não pode se reverberar de uma situação caótica como essa, de não poder reiniciar suas aulas no prazo previsto por conta de um serviço de limpeza. Queremos chamar a atenção para o descaso com essa instituição importante e precisamos de uma solução logo", disse Pessanha.

 

Ele destacou que são muitas as crianças matriculadas no colégio e que é muito grande o volume de lixo acumulado após um dia de aula de 750 alunos. "Torna-se insuportável, vira risco de doenças para as crianças, e não faz o menor sentido de fato, da direção do colégio reiniciar as aulas nessa condição", afirmou Pessanha. Para ele, os pais precisam de mais informações sobre os motivos da situação e por que o problema ainda não foi solucionado. 

 

Os professores do CAP/UFRJ, também se juntaram ao ato organizado pela associação e se solidarizaram com o retorno as aulas. De acordo o presidente da Associação Sindical dos Docentes da UFRJ, Cláudio Ribeiro, os professores apoiam a causa dos servidores da limpeza, mas ainda não há informações precisas nem para os professores.

 

"Isso é um descaso programado do governo. Não existe um programa de educação que é construído, que não dá de fato as condições de realização da educação pública. Não podemos ficar parados esperando e os professores estão se organizando para pressionar, para que voltemos a ter condições de dar as aulas. Nós recebemos uma nota da reitoria dizendo que seria regularizada no início da semana que vem, mas não temos nenhuma informação mais precisa e a resposta que temos do Ministério da Educação é que o corte vai permanecer", disse Ribeiro.

 

Em nota, a UFRJ informou que o atraso no pagamento ocorreu por causa da não aprovação do Orçamento da União para 2015. Segundo a universidade, os meses do ano passado em aberto já foram pagos neste ano à empresa Qualitécnica e os serviços de limpeza estão sendo retomados gradativamente. A UFRJ diz ainda que a direção do colégio optou por retornar com apenas parte dos alunos para evitar transtornos e, por isso, os alunos do 3º ano retornaram as aulas no último dia (26).

 

Fonte: Agência Brasil

Professores da rede estadual do Paraná decidem manter greve

 

Assembleia de professores lota estádio com mais de 20 mil pessoas

 

Os professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná decidiram manter a greve da categoria, que completa 24 dias nesta quarta-feira (4). Os servidores se reúnem no Estádio da Vila Capanema, em Curitiba, e iniciaram a reunião por volta das 9h30. Cerca de 20 mil servidores participaram.

 

"Nossa greve vai continuar por tempo indeterminado por causa do impasse com o governo, que fechou as portas para a negociação", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato), Hermes Leão.

 

Depois de deixarem a Vila, os educadores vão seguir em passeata até Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para acompanhar a votação do projeto de lei que extingue a prática de Comissão Geral no Legislativo paranaense. A intenção do governo em votar o "pacotaço" em Comissão Geral foi alvo de várias reivindicações dos educadores.

 

As principais reivindicações da categoria são os pagamentos de promoções e progressões de carreira que estão atrasados. Quase um milhão de alunos da rede estadual estão sem aulas desde o dia 9 de fevereiro, quando o ano letivo deveria ter iniciado. A mobilização dos servidores reúne cerca de 100 mil pessoas em todo o estado.

 

Fonte: Adriana Justi e Daiane Baú do G1

 

Governo de SP corta R$ 470 milhões da educação

 

Os cortes orçamentários orientados pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, prejudicarão principalmente os recursos do Estado ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que terá cortes na ordem de R$ 470 milhões.

 

O governo de São Paulo também suspendeu R$ 382 milhões do atendimento hospitalar e laboratorial promovido pelo Estado.

 

Até mesmo os recursos direcionados a pasta da Secretaria de Recursos Hídricos, que deveria estar preocupada com os investimento necessários para resolver uma das maiores crises de abastecimento de água no Estado, sofrerá com os cortes estaduais. Mas o governo de São Paulo assegura que os cortes de R$ 116,3 milhões não afetarão sua ação contra a falta de água.

 

No total os cortes somam R$ 6,6 bilhões em recursos do orçamento de 2015, que segundo os tucanos do governo do Estado estão em sintonia com a política neo-tucana da presidente Dilma. "A medida decretada pelo Governo do Estado está motivada por um período de estagnação da economia do País e das incertezas com relação ao processo e à velocidade da recuperação neste ano que se inicia. Vide o esforço de ajuste fiscal e da economia que está sendo coordenado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nessa mesma direção", diz em nota o governo do Estado.”

Campanha Eleitoral 3

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8 de Março na Paulista: Salário Igual para Trabalho Igual

Nesse 8 de março a UMES conclama todos os estudantes a participar da campanha “Pelo Direito ao Trabalho: Salário Igual para Trabalho Igual”. Na cidade de São Paulo o Dia Internacional da Mulher será celebrado na Paulista com o 1° Canta Mulher, atividade que contará com a apresentação de diversas artistas, e um grande passeio ciclístico.

 

Para Thaisa Maria, Tesoureira da UMES, “é um sonho antigo das estudantes poder se formar para trabalhar com condições de igualdade salarial”.

 

Luana Paião, diretora de cultura da UMES, afirmou que “o dia das mulheres é o dia que se comemora as vitorias femininas na sociedade, já foram muitas conquistas, porém temos muito pela frente: lutar pela igualdade de salário para as jovens ingressarem no mercado de trabalho com as mesmas oportunidades. No Canta Mulher da Paulista, deste domingo (08), teremos diversas atividades, entre elas uma apresentação da Iara Cassano, Secretaria Geral da UNE, mostrando a força, a inteligência e a beleza das mulheres através da dança. Por isso chamo toda a juventude a Paulista, neste final de semana, para se somar a esta luta das mulheres brasileiras, que também é uma luta dos homens. Vamos comemorar todos juntos”.

 

Entre as artistas estão às cantoras Marlene Mendes, Gabi Araújo, Dudah Lopes e Vitória Lynn. Iara Cassano, Secretaria Geral da União Nacional dos Estudantes (UNE), que também é dançarina fará uma apresentação de dança. Ana Magalha, empreendedora de Belo Horizonte também participará da atividade.

 

“No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano”, explica Thaisa.

 

“Mulheres guerreiras que não desistem da luta, que vão as ruas para pautar o fim de salários baixos, violência, jornada excessiva de trabalho, desvantagens na carreira profissional, creches, mais atenção à saúde da mulher, mais investimentos em educação, transporte público, cultura e lazer, contra a discriminação e preconceitos”, é por toda essa luta que Thaisa parabeniza “todas as mulheres que não desistem dessas lutas”.

 

“Mulher é mesmo interessante, mesmo brava é linda, mesmo alegre, chora, mesmo tímida, comemora, mesmo apaixonada, ignora, mesmo frágil é poderosa!” – Parabéns Mulheres Guerreiras!", acrescentou Thaisa.

 

"Este primeiro canta mulher é importante pra juventude como um todo. Salário igual por trabalho igual da à chance da juventude lutar junto por condições dignas de trabalho. As mulheres brasileiras também são símbolo de luta, e é justo que tenham a mesma remuneração que os homens, por isso neste 8 de Março todos nós comemoraremos juntos", afirmou o presidente da UMES, Marcos Kauê.

 

1° Canta Mulher – Paulista:

 

Quando: 8 de março de 2015;

Onde: avenida Paulista, altura do Trianon/ MASP;

Horário: 10h às 18h.

Neo-tucana das galáxias

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Chávez Vive! Os Povos Com Venezuela

 

A UMES convida todos ao “Ato Político Cultural “Chávez Vive!”, que será realizado na próxima sexta-feira (06), a partir das 19 horas, no Memorial da America Latina, em São Paulo.

 

O ato homenageará o presidente Hugo Chávez, pelo segundo aniversario de sua morte (5/3/2013), e prestará solidariedade ao povo venezuelano e ao presidente Nicolás Maduro, que vivem uma conjuntura difícil devido as dificuldades econômicas, aprofundadas pela ofensiva de setores conservadores que estimulam ações golpistas com financiamento e estimulo do imperialismo norte-americano.

 

Mais recentemente, procuradores venezuelanos apresentaram denúncia de delitos contra a Constituição e a paz do país cometidos pelo prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma e pediram a sua prisão no dia 19. "Ele será responsabilizado por seus crimes. Peço o apoio da população para consolidar a justiça. Basta de conspirações", declarou Maduro.


O presidente esclareceu que o golpe se dividiria em 3 fases: a 1ª seria a publicação do "Programa de Governo de Transição" em meios impressos; a 2ª, atacar com um avião Tucano o Palácio de Miraflores (sede da Presidência), departamentos governamentais, e a rede de televisão Telesur; a 3ª fase seria a exibição de um "vídeo de um general condenado e réu confesso do golpe de Estado do ano passado, que informaria que a força militar tinha se sublevado contra o presidente Nicolás Maduro e este havia sido derrocado".

 

Cortes na educação: UFRJ adia inicio das aulas

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) adiou o inicio das aulas para o dia 9 de março devido greve dos prestadores de serviços terceirizados, por falta de pagamento. O calendário do Colégio de Aplicação da universidade também sofreu alterações e prevê retorno as aulas para a próxima segunda-feira (2).

 

Os funcionários terceirizados não receberam o salário de janeiro. De acordo com a assessoria da UFRJ, os pagamentos referentes ao mês de outubro e novembro foram feitos em janeiro e o de dezembro foi efetuado este mês. A reitoria da universidade afirmou em nota que enfrenta uma série de dificuldades financeiros.

 

“Em virtude do orçamento da União para 2015 não ter sido aprovado, a universidade tem recebido recursos do Governo Federal em parcelas mensais, correspondentes a apenas 1/18 do orçamento proposto para este ano. No ano passado, deixaram de ser repassados à UFRJ quase R$ 60 milhões, cerca de 20% de nosso orçamento. Assim, a reitoria tem mantido contato permanente com o Ministério da Educação (MEC), para garantir a liberação de recursos necessários a nossa universidade”, diz a nota.

 

Atualmente os serviços terceirizados dentro da universidade correspondem a cerca da metade do orçamento anual de custeio. “Qualquer alteração nos repasses para as empresas tem impacto imediato e direto sobre a rotina da universidade. Nos últimos dias, parte dos serviços de limpeza foi interrompida e, mesmo após a liberação de recursos pelo MEC, os trabalhos estão sendo retomados gradativamente”, acrescentou.

Durante o governo FHC a UFRJ enfrentou dificuldades parecidas, chegando a ter sua luz cortada devido a uma divida de R$ 5,8 milhões com a então Ligth.  

UNE repudia arrocho de governo na Educação

A União Nacional dos Estudantes (UNE) repudiou, em moção aprovada pela diretoria da entidade realizada no dia 20, o corte de R$ 7 bilhões anunciado pelo governo federal no orçamento da Educação.

 

Para a entidade, a política de arrocho retrata “a contradição da principal bandeira da ‘Pátria Educadora’”, do governo Dilma.

 

“Essa política ameaça a grande vitória do movimento estudantil que é a aprovação do PNE e dos 10% do PIB para a Educação, garantido no ano de 2014”, destaca a UNE.

 

A diretoria da entidade relembra que o contigenciamento no orçamento já tem graves consequências nas principais universidades do país. “A Universidade Nacional de Brasília ficou a beira de ter sua luz cortada, o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro foi fechado, a Universidade Federal Fluminense cogita não abrir processo seletivo de 2016, a Universidade Federal do Estado de São Paulo tem seus alunos sendo formados sem ter estrutura própria. Todos os exemplos citados são provenientes da não execução do orçamento do Ministério da Educação, que poderá ser radicalizado com os cortes anunciados”, enfatiza.

 

“A União Nacional dos Estudantes convoca todos para ocupar as ruas e universidades do Brasil para enterrar essa política de cortes nos setores estratégicos”, conclui o texto.

Fonte: Jornal Hora do Povo