3º JESP é lançado em cerimônia nesta sexta

Na noite de sexta-feira, 14 de novembro, aconteceu a cerimônia e jantar de lançamento da 3ª edição dos Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo – JESP. Autoridades, professores de educação física, diretores de escolas e claro, os alunos –atletas desta edição marcaram presença na Cantina Itália Mia, no bairro do Bixiga.

O lançamento oficial do JESP deu o pontapé inicial para os jogos, que se iniciam nesta segunda-feira (17) com as etapas regionais.

A solenidade foi iniciada com a composição da mesa pelo presidente da UMES, Marcos Kauê; o diretor de Esportes de UMES, Caio Sampaio; o Deputado Federal Vicente Cândido, a presidente da Microcamp Internacional, Marlene Nicolau; o Vice-presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Vanildo Oliveira; o coordenador da ONG Mensageiros da Esperança, Renato Gomes; e pelo coordenador da Comissão Técnica da Seleção Brasileira de Remo Paralimpico, José Paulo Sabadini. Após a execução do Hino Nacional Brasileiro, o presidente da UMES tomou a palavra e deu por lançada a terceira edição dos Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo.

“É muito importante poder recebê-los aqui no dia de hoje, quando lançamos mais um projeto realizado pela UMES, que neste mês completou 30 anos de histórias e lutas. Para nós, o JESP é uma realização imensa, que condensa uma luta de muitos anos: a luta por uma escola que valorize todos os potenciais da juventude e que valorize a prática esportiva, que tem poder transformador”, afirmou Kauê.

“Iniciamos agora a terceira edição, que reflete o sucesso deste projeto desde a primeira. São estudantes do ensino médio de escolas públicas da cidade de São Paulo que participarão do campeonato nas modalidades de Futsal, Handebol, Voleibol e, pela primeira vez, Xadrez. Ter colocado, desde a segunda edição, as contrapartidas obrigatórias de inscrição a coleta de materiais recicláveis e os cineclubes para debater o esporte também é uma grande vitória. Nosso projeto alia esporte à consciência ambiental e social”, explicou.

O projeto recolheu cerca de 60 mil latinhas de alumínio, 34mil unidades de garrafas pet e 10 mil quilos de papel/jornal. Além disso, 15 mil jovens foram espectadores dos cineclubes realizados nas escolas.

Antes de terminar, Kauê agradeceu:

“Não posso concluir minha fala sem antes agradecer à BR Distribuidora e a Petrobrás, que mostram, além da sua importância para o país o seu compromisso com a juventude e com o social. Agradecer imensamente ao Deputado Vicente Cândido, que além de dedicar boa parte do seu mandato às questões da juventude, educação e cultura, teve papel fundamental para a realização deste projeto desde a primeira edição. Agradecer à parceria da Microcamp, que sempre trata com muito carinho e atenção tudo que a UMES faz. E agradecer a dedicação dos professores de educação física, que apesar das dificuldades não abrem mão de buscar o melhor para seus alunos; e aos bravos atletas deste JESP”, concluiu.

O deputado federal Vicente Cândido, que ajudou na articulação e realização do JESP, se pronunciou levantando a importância do projeto.

“São inúmeros os exemplos do caráter transformador da sociedade e da educação que o esporte tem. E o JESP é um exemplo disso. Parabéns à UMES pelo papel exemplar que cumpre na luta pela transformação da educação e da juventude”, afirmou o parlamentar.

“Renovo aqui meu compromisso com esse pleito: o de fomentar a prática esportiva dentro e fora da escola. Coloco o meu mandato à disposição desta luta”, concluiu Vicente.

“Gostaria de dar parabéns a toda direção da UMES, vocês fazem um trabalho fantástico. É um orgulho conhecer e fazer parte de tudo isso. Só pode dizer que a juventude não quer saber de política quem nunca participou de um congresso da UMES. Vocês correm atrás dos direitos, das necessidades daqueles que se calam. A Microcamp apoia vocês em 100% sempre”, afirmou Marlene Nicolau, presidente da Microcamp.

Para encerrar a solenidade, a diretoria da UMES exibiu as camisas e as bolas que serão utilizadas pelas equipes nos jogos. Também estive presente o tetra campeão paulista de Rema Paralimpico, Renato Moinhos; Gilmar Lima, 7º lugar no Campeonato Brasileiro de Remo Paralimpico da categoria AS; e Silvan Braga, 6º lugar na Copa do Mundo de Remo e 2º lugar no Campeonato Brasileiro pela categoria AS.  Após a cerimônia, o jantar foi servido.

Para a coordenadora técnica do JESP, Daniela Gabriel, esta edição tem tudo para ser um sucesso.

“É um orgulho muito grande estar participando da terceira edição do JESP, já há dois anos à frente como coordenadora técnica. Este projeto é pioneiro, não só pelo campeonato, mas pelo conteúdo da consciência ambiental e social, que coloca o esporte como transformador”, disse.  

“As escolas vieram bem representadas. O lançamento está sendo surpreendente, com muitos professores e alunos, é um belo pontapé inicial. Esta edição tem tudo para ser um sucesso”, afirmou Daniela.

Nos depoimentos de alunos e professores,deu para sentir a animação e o orgulho de ter chegado até esta fase.

“É a primeira vez que participo do JESP e estou achando maravilhoso. Estamos treinando bastante. Apesar das dificuldades de recolher os materiais recicláveis, não desanimados. Estamos treinando 4 vezes por semana, no sol e na chuva. E o que a gente mais quer é nossa equipe seja campeã. Vamos buscar esse campeonato”, disse Gabriel, de 17 anos da EE Presidente Roosevelt. Sua equipe disputará o Futsal pela região centro norte.

“O projeto é maravilhoso e tenho muito orgulho de a minha equipe ter sido campeã no ano passado”, afirmou o professor Ulisses, da EE México.

“Para esta edição, acredito que o meu vôlei masculino tem chance de ser campeão.No futsal também temos equipes para disputar. Espero de repente fazer duas finais, pois o treino está pesado, com várias equipes juntas. Temos bolas 6.0 que foram doadas por você e estamos ansiosos com o inicio do campeonato”, disse, animado.

“As contrapartidas foram importantes pra unir a equipe. Reciclar é importante”, concluiu o professor Ulisses.

Para Renato, que é coordenador da ONG Mensageiros da Esperança, o projeto incentiva os jovens a pensarem no meio ambiente e no planeta. Os materiais recicláveis recolhidos nas escolas serão doados para sua associação, onde serão transformados em produtos decorativos, presentes e muito mais.

“O projeto é muito legal, incentiva e mobiliza os alunos a pensarem na reciclagem, o que é uma iniciativa importante para o meio ambiente e para o planeta”, disse.

O depoimento do professor Newton, da EE Charles de Gaulle foi emocionante:

“Dizem que sou o pioneiro de participação, pois estou com as minhas equipes desde o primeiro projeto, em 2011, inclusive convocando os outros professores. Isso significa que o JESP é uma trajetória, uma luta diária e intensa da UMES. E no que depender de nós, vamos vencer essa luta” afirmou.  

“O projeto se transformou em um importante elo de ligação entre a escola e a entidade. A partir do JESP, vieram vários projetos em conjunto, como o da conscientização sobre as drogas, realizado este ano. E eu, que sou apaixonado pela educação e pelo esporte, vou fazer de tudo para que essa relação seja cada vez mais estreita”, contou Newton.

“Estamos participando com 5 equipes, com a inclusão do xadrez. Espero uma terceira edição vibrante, com muitas emoções, e que todo envolvimento que tivemos até agora com o recolhimento do material, os alunos gostaram muito do filmes, seja coroado com uma participação brilhante nos jogos. Vibração e emoção para disputar, porque a derrota vai vir para um lado ou pro outro. Mas essa participação os alunos carregarão pro resto da vida. E eu também carrego”.

Mostra de cinema russo é aberta nesta quinta-feira com “Tigre Branco”

No próximo dia 13, a Cinemateca Brasileira abre a mostra "Mosfilm – 90 Anos", com a exibição de Tigre Branco, de Karen Shakhnazarov.

A mostra, uma parceria da Cinemateca com o Centro Popular de Cultura da UMES, vai até o dia 19 trazendo uma seleção de 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético (ver programação completa abaixo). Conforme informa o CPC-UMES, dos 10 filmes selecionados nenhum foi exibido em cinema ou TV, no Brasil, e só dois podem ser encontrados em DVD.

Tigre Branco retrata os dias finais da 2ª Guerra Mundial e a resistência soviética ao nazismo de forma surpreendente, unindo filosofia e mistério. O filme foi o representante da Rússia ao Oscar de melhor filme estrangeiro, no ano passado, e rendeu a Shakhnazarov o prêmio de Melhor Diretor no IX Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre, também em 2013.

O Mosfilm, criado em 1924 e desde 1998 dirigido por Karen Shakhnazarov, década em que foi totalmente renovado e modernizado, abriga um acervo de mais de 2.500 filmes de diretores que ajudaram a criar a história do cinema mundial, como Sergei Eisenstein, Aleskandr Dovzhenko, Vsevolod Pudovkin, Ivan Pyriev, Grigori Aleksandrov, Mikhail Romm, Gigori Chukhrai, Mikhail Kalatozov, Serguei Bondarchuk, Andrei Tarkovsky, Leonid Gaiday e outros. Atualmente ainda é o maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa.

 

Cinemateca Brasileira

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino

(11) 3512-6111 

contato@cinemateca.org.br

Inf.:  (11) 4327-0757

 

Programação da Mostra

 

Quinta-feira – 13 de novembro

20h – Tigre Branco

Direção: Karen Shakhnazarov (2012). Shakhnazarov mescla filosofia e mistério nesta batalha entre o tanquista Naydenov e um "tanque fantasma" alemão, nos dias finais da 2ª. Guerra Mundial. Recebeu indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

 

Sexta-feira – 14 de novembro

17h – A Linha Geral

Direção: Sergei Eisenstein (1929). O mais aclamado dos cineastas soviéticos toma como pano de fundo a coletivização da agricultura para contar como a chegada de uma desnatadeira e um trator podem modificar antigos e tradicionais padrões de pensamento.

 

19h30 – Lenin em Outubro

Direção: Mikhail Romm (1938). Dez anos depois do "Outubro", de Eisenstein, onde o protagonista são as massas trabalhadoras, Romm aceita o desafio de individualizar e dar vida à figura de Lenin.

 

21h30 – Às Seis da Tarde Depois da Guerra

Direção: Ivan Pyriev (1944). Musical sobre a saga de dois amantes que, separados pela guerra, prometem reencontrar-se no Dia da Vitória. De 1929 a 1969, Pyriev dirigiu 18 filmes, entre os quais "Cartão do Partido" (1936), "Tratoristas" (1939), "Cossacos de Kuban" (1949).

 

Sábado – 15 de novembro

16h – Primavera

Direção: Griori Aleksandrov (1947). Quarta comédia musical estrelada por Liubov Orlova sob a direção de Aleksandrov, cineasta que assina com Eisenstein os roteiros de "A Greve" (1925), "Outubro" (1928), "Linha Geral" (1929), "Que Viva México" (1932). A história se passa nos primeiros anos da reconstrução da URSS, após a 2a. Guerra Mundial.

 

18h – O Retorno de Vasili Bortnikov

Direção: Vselvolod Pudovkin (1952). Dado como desaparecido na guerra, Vasili Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Último filme do lendário diretor dos clássicos "Mãe" (1926) e "Tempestade Sobre a Ásia" (1928).

 

20h – O Fascismo de Todos os Dias

Direção: Mikhail Romm (1965). Narrado pelo próprio diretor, que pôs a alma nesse projeto repleto de inovações formais, "Fascismo de Todos os Dias" é, ainda hoje, considerado por muitos como o mais profundo, completo e impactante documentário produzido sobre o tema.

 

Domingo – 16 de novembro

16h – As 12 Cadeiras

Direção: Leonid Gaidai (1971). Na Rússia Soviética, ex-aristocrata procura os diamantes escondidos pela sogra – baseado no romance de Ilia Ilf e Evgueni Petrov. Campeãs de bilheteria, as comédias de Gaidai venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS.

 

19h – Sonhos

Direção: Karen Shakhnazarov/Aleksandr Borodyansky (1993). No final do século 19, a condessa Prizorovu é atormentada por picantes sonhos nos quais se vê transportada à Rússia pós-soviética. Ácida reflexão de Shakhnazarov sobre o rumo tomado pela restauração capitalista.

 

Segunda-feira – 17 de novembro

19h – A Mãe

Direção: Gleb Panfilov (1989). Egresso do VGIK, onde também se formaram Klimov, Tarkovsky, Chukhrai e outros expoentes da sua geração, Panfilov realiza, após Pudovkin (1926), Leonid Liukov (1941) e Mark Donskói (1956), a quarta filmagem do célebre romance de Maxim Gorki.

 

Terça-feira – 18 de novembro

19h – Reprise: Sonhos

21h – Reprise: O Fascismo de Todos os Dias

 

Quarta-feira – 19 de novembro

19h – Reprise: Tigre Branco

 

 

SindCine promove debate com diretor dos estúdios Mosfilm, Igor Bogdasarov

 Igor Bogdasarov, vice-diretor-geral e engenheiro-chefe do Mosfilm, estará nesta sexta-feira (14) no Sindcine – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual para um debate sobre a cinematografia russa. A mediação será feita por Maria do Rosário Caetano e José Augusto de Blasis.

Bogdasarov visita o Brasil em razão da mostra de cinema "Mosfilm – 90", realizada entre os dia 13 e 19 de novembro, onde serão exibidos na Cinemateca Brasileira 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético.

Criado em 1924 o Mosfilm é não só é não só o mais antigo, como também o maior estúdio de cinema da Europa. Contamos com a sua presença!

 

 

 

 

Clique aqui para mais informações e consulte a programação da mostra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SindCine: Rua Cel. Arthur de Godoi, 218 – Vila Mariana – 14 horas

 

 

 

Alunos ocupam 500 escolas na Grécia contra privatização do ensino

Na última segunda-feira (03) cerca de 500 escolas gregas foram ocupadas por estudantes, pais e professores em rechaço aos cortes perpetrados pelo governo na área da educação. A ação foi iniciada após uma manifestação em oposição aos cortes no orçamento para material escolar, corte de professores e alteração do atual programa educacional.

Em resposta à rejeição e manifestação popular contra os cortes, o governo grego, através do Ministro da Educação, Andreas Loverdos, afirmou apenas que irá intervir nas escolas para desocupá-las, e anunciou a solicitação de um decreto presidencial para que a justiça possa processar os milhares de jovens que estão mantendo as ocupações nas escolas.

Por sua vez professores e estudantes realizaram uma nova manifestação nacional nesta quinta feira, e pretendem intensificar a mobilização nacional como resposta a truculência do governo grego, que tem ignorado as solicitações pelo fim dos cortes, bem como manteve os estudantes sob constante ameaça de detenção, e em alguns casos submeteu estudantes a maus tratos através da ação da policia.

De acordo com as associações de pais, em diversas escolas, policiais prenderam e espancaram menores em cidades como Lamia e Jolargós. A esse respeito as associações exigem a devida investigação "para evitar que se repitam tais condutas, e que tais violações dos direitos garantidos pela constituição não se repitam".

 

Número de estudantes da escola pública inscritos no vestibular da USP cai 32%

Em 2015 menos alunos vindos da escola pública disputarão uma vaga na principal universidade do país, a Universidade de São Paulo (USP), isso porque o número de candidatos da rede pública inscritos na Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) deste ano caiu 32,4% em relação ao ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (10).

A Fuvest que é responsável por aplicar o exame que seleciona os estudantes que ingressarão na USP, registrou neste vestibular 42.080 inscritos pelo Inclusp – programa que dá bônus no vestibular para alunos da rede pública. No ano anterior, foram 62.280.

O vestibular para ingresso na USP em 2015 recebeu 141,8 mil candidatos inscrições – uma queda de 17,5% em relação ao ano passado quando o vestibular bateu recorde com 172.037 inscritos. Desde 2012 não havia um procura tão pequena para entrar na USP. A instituição oferece para o ano que vem 11.057 vagas.

Em comparação com a edição passada, o número de candidatos treineiros caiu 38%, de 24.403 para 14.910.

“Tigre Branco” abrirá mostra da Mosfilm – Assista trailer

No próximo dia 13, a Cinemateca Brasileira abre a mostra "Mosfilm – 90 Anos", com a exibição de Tigre Branco, de Karen Shakhnazarov.

A mostra, uma parceria da Cinemateca com o Centro Popular de Cultura da UMES, vai até o dia 19 trazendo uma seleção de 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético (ver programação completa abaixo). Conforme informa o CPC-UMES, dos 10 filmes selecionados nenhum foi exibido em cinema ou TV, no Brasil, e só dois podem ser encontrados em DVD.

Tigre Branco retrata os dias finais da 2ª Guerra Mundial e a resistência soviética ao nazismo de forma surpreendente, unindo filosofia e mistério. O filme foi o representante da Rússia ao Oscar de melhor filme estrangeiro, no ano passado, e rendeu a Shakhnazarov o prêmio de Melhor Diretor no IX Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre, também em 2013.

O Mosfilm, criado em 1924 e desde 1998 dirigido por Karen Shakhnazarov, década em que foi totalmente renovado e modernizado, abriga um acervo de mais de 2.500 filmes de diretores que ajudaram a criar a história do cinema mundial, como Sergei Eisenstein, Aleskandr Dovzhenko, Vsevolod Pudovkin, Ivan Pyriev, Grigori Aleksandrov, Mikhail Romm, Gigori Chukhrai, Mikhail Kalatozov, Serguei Bondarchuk, Andrei Tarkovsky, Leonid Gaiday e outros. Atualmente ainda é o maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa.

 

Clique abaixo e assista ao trailer:

 

 

Programação da Mostra

 

Quinta-feira – 13 de novembro

20h – Tigre Branco

Direção: Karen Shakhnazarov (2012). Shakhnazarov mescla filosofia e mistério nesta batalha entre o tanquista Naydenov e um "tanque fantasma" alemão, nos dias finais da 2ª. Guerra Mundial. Recebeu indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

 

Sexta-feira – 14 de novembro

17h – A Linha Geral

Direção: Sergei Eisenstein (1929). O mais aclamado dos cineastas soviéticos toma como pano de fundo a coletivização da agricultura para contar como a chegada de uma desnatadeira e um trator podem modificar antigos e tradicionais padrões de pensamento.

 

19h30 – Lenin em Outubro

Direção: Mikhail Romm (1938). Dez anos depois do "Outubro", de Eisenstein, onde o protagonista são as massas trabalhadoras, Romm aceita o desafio de individualizar e dar vida à figura de Lenin.

 

21h30 – Às Seis da Tarde Depois da Guerra

Direção: Ivan Pyriev (1944). Musical sobre a saga de dois amantes que, separados pela guerra, prometem reencontrar-se no Dia da Vitória. De 1929 a 1969, Pyriev dirigiu 18 filmes, entre os quais "Cartão do Partido" (1936), "Tratoristas" (1939), "Cossacos de Kuban" (1949).

 

Sábado – 15 de novembro

16h – Primavera

Direção: Griori Aleksandrov (1947). Quarta comédia musical estrelada por Liubov Orlova sob a direção de Aleksandrov, cineasta que assina com Eisenstein os roteiros de "A Greve" (1925), "Outubro" (1928), "Linha Geral" (1929), "Que Viva México" (1932). A história se passa nos primeiros anos da reconstrução da URSS, após a 2a. Guerra Mundial.

 

18h – O Retorno de Vasili Bortnikov

Direção: Vselvolod Pudovkin (1952). Dado como desaparecido na guerra, Vasili Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Último filme do lendário diretor dos clássicos "Mãe" (1926) e "Tempestade Sobre a Ásia" (1928).

 

20h – O Fascismo de Todos os Dias

Direção: Mikhail Romm (1965). Narrado pelo próprio diretor, que pôs a alma nesse projeto repleto de inovações formais, "Fascismo de Todos os Dias" é, ainda hoje, considerado por muitos como o mais profundo, completo e impactante documentário produzido sobre o tema.

 

Domingo – 16 de novembro

16h – As 12 Cadeiras

Direção: Leonid Gaidai (1971). Na Rússia Soviética, ex-aristocrata procura os diamantes escondidos pela sogra – baseado no romance de Ilia Ilf e Evgueni Petrov. Campeãs de bilheteria, as comédias de Gaidai venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS.

 

19h – Sonhos

Direção: Karen Shakhnazarov/Aleksandr Borodyansky (1993). No final do século 19, a condessa Prizorovu é atormentada por picantes sonhos nos quais se vê transportada à Rússia pós-soviética. Ácida reflexão de Shakhnazarov sobre o rumo tomado pela restauração capitalista.

 

Segunda-feira – 17 de novembro

19h – A Mãe

Direção: Gleb Panfilov (1989). Egresso do VGIK, onde também se formaram Klimov, Tarkovsky, Chukhrai e outros expoentes da sua geração, Panfilov realiza, após Pudovkin (1926), Leonid Liukov (1941) e Mark Donskói (1956), a quarta filmagem do célebre romance de Maxim Gorki.

 

Terça-feira – 18 de novembro

19h – Reprise: Sonhos

21h – Reprise: O Fascismo de Todos os Dias

Quarta-feira – 19 de novembro

19h – Reprise: Tigre Branco

 

 

Confira entrevista de Igor Bogdasarov, vice-diretor do Mosfilm

Confira abaixo entrevista de Igor Bogdasarov, vice-Diretor-geral e engenheiro-chefe do MOSFILM, concedida ao CPC-UMES.

Bogdasarov representará o Estúdio na mostra que comemora 90 anos do mesmo. Composta por 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético, todos são inéditos nos cinemas e na televisão brasileira.

A realizar-se na Cinemateca Brasileira entre os dias 13 e 19 de novembro (confira aqui programação), a mostra “Mosfilm – 90 anos” é organizada pelo Centro Popular de Cultura da UMES – CPC-UMES.

 

CPC: O cinema soviético, e agora o russo, representam uma referencia  para o mundo. Qual o papel do Mosfilm nisso?

 

I.B: Na União Soviética, o Mosfilm era o principal estúdio cinematográfico do país. No Mosfilm se produziam, em media, 50 longas-metragens por ano. No Estúdio trabalharam os mais marcantes (proeminentes) cineastas, como Dovzhenko, Aleksandrov, Pyryev, Chukhrai, Tarkovsky, Bondarchuk e muitos outros.

Hoje, o Mosfilm continua sendo a principal empresa da indústria cinematográfica da Rússia, aqui é realizada a maior parte da produção de cinema e televisão.

É importante ressaltar que no Mosfilm são oferecidos cursos de formação para especialistas das diferentes profissões do cinema, que não existem em nenhum dos outros estabelecimentos de ensino. São cursos para assistentes de direção, designers de produção, e designers de figurinos, decoradores, engenheiros de vídeo, segundo diretor, montagistas, iluminação e muitas outras especialidades, que são indispensáveis para qualquer produção cinematográfica.

Além disso, o Mosfilm realiza um enorme trabalho de preservação do nosso acervo (fundo) de filmes. No estúdio se faz a restauração profissional  e o processamento digital de toda a nossa coleção. Graças ao trabalho dedicado de todo o coletivo, hoje podemos assistir nossos filmes com uma excelente qualidade.


CPC: O Tigre Branco enfoca a guerra mais cruenta que a Humanidade já sofreu de forma criativa. Qual o papel da técnica para realizar essa obra?

 

I.B: A guerra é uma das mais terríveis provações (experiências) enfrentadas pela humanidade, ela não deixa ninguém indiferente e inativo. A guerra é uma catarse que expõe (revela) o que tem de melhor e de pior nas pessoas.  Exibir essas emoções complexas é sempre a principal tarefa do diretor que realiza um filme sobre um tema de guerra, independentemente de se esta tarefa se resolve através de uma história simples ou se o filme faz uso de cenas de batalhas com uma montagem complexa. O filme "Tigre Branco" não coloca simplesmente a questão de como sobrevivem à guerra pessoas concretas, ou como seu resultado é decidido por grandes enfrentamentos. Neste filme, a guerra é um inimigo personalizado, assustador, inexorável e eterno. O método de direção que foi aqui usado por Karen Shakhnazarov permite combinar dois níveis de apresentação – imagens realistas de fatos militares se misturam no filme com a compreensão mística e espiritual da globalidade dos acontecimentos.


CPC: O Mosfilm, principal estúdio cinematográfico russo, teve mudanças nos últimos anos? Continua sendo estatal?

 

I.B: Nos últimos anos ocorreram muitas mudanças no Mosfilm. Foi realizada aqui uma modernização completa de toda a base técnica e de produção, o equipamento de cinema mais moderno é comprado, foram reformados e equipados todos os pavilhões e os próprios edifícios.

Durante todo o tempo o Mosfilm tem sido uma empresa estatal, mas funciona com independência financeira, realizando todo o trabalho e pagando todos os custos por sua própria conta.


CPC:  O que vocês esperam da Mostra no Brasil, país de rica cultura, mas onde a cinematografia russa é muito pouco conhecida? 

           (Lenin em Outubro)

I.B: O Brasil, assim como a Rússia, é um imenso país multiétnico. Nosso cinema tem sempre colocado perante o espectador questões universais que são compreensíveis para todas as pessoas, sem exceção. Questões de amor e lealdade, firmeza e coragem, coisas pequenas da vida cotidiana e os grandes momentos de virada da história – tudo isso se expressava em nossos melhores filmes soviéticos e continua a se expressar nos filmes contemporâneos.

Por isso, gostaríamos que estas experiências como a mostra se tornassem permanentes, e que a Semana do Mosfilm não só familiarizasse o público

com o cinema do nosso país, mas que trouxesse uma contribuição significativa para o desenvolvimento de uma ampla cooperação cultural entre nossos países.

 

 

 

Cine Clube do JESP é realizado na EE Elisa Raquel

A EE Elisa Raquel, na zona leste da cidade, realizou a segunda etapa de inscrição das equipes para o 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo (JESP). Cerca de 100 estudantes (incluindo as equipes inscritas) assistiram ao filme “Pride – Orgulho de uma nação” e depois realizaram um debate sobre a função social e a importância do esporte.

O professor de educação física responsável pelas equipes, Felix Cabral, afirmou que a escolha do filme para incentivar o debate foi ótima.

A realização de um cine clube para debater o esporte é uma das contrapartidas obrigatórias para os estudantes participarem dos Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo – JESP, realizado pela UMES em parceria com o Ministério do Esporte e a Petrobrás pela terceira edição. O projeto também exige uma contrapartida ambiental, que consiste no recolhimento de material reciclável.  Podem se inscrever alunos e alunas das escolas públicas da cidade nas modalidades de Futsal, Handbol, Voleibol e Xadrez.

Os jogos regionais começarão no próximo dia 17.  

Confira entrevista de Karen Shakhnazarov, diretor de “Tigre Branco” e presidente da Mosfilm

O filme abre a Mostra de Cinema Russo na Cinemateca Brasileira que acontecerá entre os dias 13 e 18 de novembro organizada em parceria com o CPC-UMES e a Mosfilm

 

Guerra e mistério

 

Entrevista de Karen Shakhnazarov a Joanna Koslowska 

 

Em 30 de novembro de 2012, "The Moscou Times" publicou entrevista concedida por Karen Shakhnazarov a Joanna Koslowska.

O diretor, que também preside o Mosfilm, maior estúdio de cinema da Rússia, falou sobre seu filme "Tigre Branco", misticismo no cinema e a luta pela reconstrução da indústria cinematográfica no país.

No final da entrevista ele afirma: "Penso que havia ideias de alguma forma mais artísticas em tempos soviéticos do que hoje. Não é apenas um fenômeno russo. Pense nos diretores italianos em 1960 e 1970: Fellini, Antonioni, Pasolini… Talvez isto seja apenas expressão do modo como a cultura mundial se desenvolve".

 

Segue o texto, na íntegra.

 

JK: "Tigre Branco" é bem diferente da média dos filmes sobre a 2ª. Guerra Mundial. A história de um soldado que se propõe a derrotar um tanque alemão monstruoso muitas vezes beira o místico. Por que você escolheu esse ângulo particular?

 

KS: Parti de um conto de Ilya Boyashov chamado "O Tanquista". A escolha se deu simplesmente porque achei a história muito interessante. Penso que é o que a maioria dos diretores fazem quando selecionam o que vão filmar. O "tanque fantasma" que dá nome ao filme lembrou-me "Moby Dick" de Melville. Creio que ainda se pode argumentar que o filme é realista. Muitas cenas, como a da capitulação alemã e o banquete que ocorre na sequência, baseiam-se na íntegra em fontes históricas. Eu diria que o elemento sobrenatural ajuda a tornar a história mais universal. O "Tigre Branco" não se limita a representar a ameaça militar alemã na década de 1940. Afinal, a ideologia nazista está bem viva. Os movimentos neonazistas são abundantes, a filosofia de Nietzsche ainda é considerada respeitável e lecionada em universidades. Muitos vão argumentar que o link Nietzsche-Hitler é tênue. Ainda assim, acho que a leitura de "Anticristo" deixa claro que o nazismo não apareceu do nada. Este é o lugar para o qual o final do filme aponta. Mesmo que os companheiros do tanquista Naydenov procurem convencê-lo de que a guerra acabou, ele sabe que precisa ficar alerta.

 

JK: Então você concordaria que "Tigre Branco" remete a uma tradição "mística" no cinema: Tarkovsky, Fellini…

 

KS: Fellini foi provavelmente o diretor que mais me influenciou. Na minha opinião, o que as pessoas chamam de "misticismo" se resume a uma certa sensação de mistério. A própria palavra é derivada de "mistério". Eu sempre senti que a própria vida é um mistério, que os pressupostos racionais sobre ele são sempre limitados. Uma boa obra de arte deve ser capaz de capturar isso. É por isso que eu amo Fellini e Buñuel.

 

JK: Hitler interpretado pelo ator Karl Krantzkowski também é uma figura incomum. O ditador nazista é frequentemente retratado como um fanático frenético. Em seu filme, ele é frio, reservado e calculista.

 

KS: Acho que isso é mais próximo da verdade histórica. A tendência de caricaturar Hitler, retratando-o como um palhaço, obscurece a periculosidade de continuação de suas ideias e sua política. Um palhaço não teria sido capaz de alcançar tal poder, criar tal máquina de guerra e cometer tais atrocidades. Ele deve ter sido um político de muito sangue-frio. Quanto a Krantzkowski, eu sabia que tinha que contratar atores alemães. Qualquer outra coisa estava fora de questão. Eu queria que meus alemães falassem alemão, e o alemão soasse absolutamente natural.

 

JK: Você disse que os filmes de guerra são o gênero mais difícil de dirigir. Por quê?

 

KS: As razões são puramente práticas. Nenhum outro gênero exige tal esforço físico e incorpora tantas cenas de massa. É claro que falo de filmes que apresentam cenas de batalha. Você pode ter um filme de guerra perfeitamente legítimo com dois personagens conversando em uma sala, nesse caso é diferente.

 

JK: Você é diretor-geral do Mosfilm desde 1998. Como é que a indústria do cinema russo mudou desde então, e quais foram os maiores desafios?

 

KS: Eu diria que, na década de 1990, tivemos que começar do zero. Nós literalmente tivemos que reconstruir toda a indústria. A coisa mais importante era transformar o Mosfilm em um estúdio de cinema tecnologicamente moderno, introduzindo uma série de tecnologias de pós-produção cruciais. Foi só no final de 1990 que os modernos equipamentos de som ou computação gráfica apareceram no Mosfilm. Acho que a nossa indústria cinematográfica está agora em pé de igualdade com os europeus. Hollywood é certamente um caso à parte, mas em relação à França ou Itália estamos bem.

 

JK: Que papel você gostaria de interpretar no cinema russo moderno?

 

KS: Nunca pensei sobre isso, eu só quero continuar a fazer filmes com base em material que considero interessante. Quanto ao cinema russo hoje, nós do Mosfilm estamos felizes de trabalhar com qualquer um que tenha uma ideia intrigante. No entanto, penso que havia ideias de alguma forma mais artísticas em tempos soviéticos do que hoje. Não é apenas um fenômeno russo. Pense nos diretores italianos em 1960 e 1970: Fellini, Antonioni, Pasolini… Talvez isto seja apenas expressão do modo como a cultura mundial se desenvolve.

Tigre Branco abre Mostra de Filmes Russos na Cinemateca

Em parceria com o CPC-UMES, mostra na Cinemateca Brasileira, em SP, traz 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético

 

 

No próximo dia 13, a Cinemateca Brasileira abre a mostra "Mosfilm – 90 Anos", com a exibição de Tigre Branco, de Karen Shakhnazarov.

A mostra, uma parceria da Cinemateca com o Centro Popular de Cultura da UMES, vai até o dia 19 trazendo uma seleção de 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético (ver programação completa abaixo). Conforme informa o CPC-UMES, dos 10 filmes selecionados nenhum foi exibido em cinema ou TV, no Brasil, e só dois podem ser encontrados em DVD.

Tigre Branco retrata os dias finais da 2ª Guerra Mundial e a resistência soviética ao nazismo de forma surpreendente, unindo filosofia e mistério. O filme foi o representante da Rússia ao Oscar de melhor filme estrangeiro, no ano passado, e rendeu a Shakhnazarov o prêmio de Melhor Diretor no IX Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre, também em 2013.

O Mosfilm, criado em 1924 e desde 1998 dirigido por Karen Shakhnazarov, década em que foi totalmente renovado e modernizado, abriga um acervo de mais de 2.500 filmes de diretores que ajudaram a criar a história do cinema mundial, como Sergei Eisenstein, Aleskandr Dovzhenko, Vsevolod Pudovkin, Ivan Pyriev, Grigori Aleksandrov, Mikhail Romm, Gigori Chukhrai, Mikhail Kalatozov, Serguei Bondarchuk, Andrei Tarkovsky, Leonid Gaiday e outros. Atualmente ainda é o maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa.

 

Cinemateca Brasileira

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino

(11) 3512-6111 

contato@cinemateca.org.br

Inf.:  (11) 4327-0757

 

Programação da Mostra

 

Quinta-feira – 13 de novembro

20h – Tigre Branco

Direção: Karen Shakhnazarov (2012). Shakhnazarov mescla filosofia e mistério nesta batalha entre o tanquista Naydenov e um "tanque fantasma" alemão, nos dias finais da 2ª. Guerra Mundial. Recebeu indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

 

Sexta-feira – 14 de novembro

17h – A Linha Geral

Direção: Sergei Eisenstein (1929). O mais aclamado dos cineastas soviéticos toma como pano de fundo a coletivização da agricultura para contar como a chegada de uma desnatadeira e um trator podem modificar antigos e tradicionais padrões de pensamento.

 

19h30 – Lenin em Outubro

Direção: Mikhail Romm (1938). Dez anos depois do "Outubro", de Eisenstein, onde o protagonista são as massas trabalhadoras, Romm aceita o desafio de individualizar e dar vida à figura de Lenin.

 

21h30 – Às Seis da Tarde Depois da Guerra

Direção: Ivan Pyriev (1944). Musical sobre a saga de dois amantes que, separados pela guerra, prometem reencontrar-se no Dia da Vitória. De 1929 a 1969, Pyriev dirigiu 18 filmes, entre os quais "Cartão do Partido" (1936), "Tratoristas" (1939), "Cossacos de Kuban" (1949).

 

Sábado – 15 de novembro

16h – Primavera

Direção: Griori Aleksandrov (1947). Quarta comédia musical estrelada por Liubov Orlova sob a direção de Aleksandrov, cineasta que assina com Eisenstein os roteiros de "A Greve" (1925), "Outubro" (1928), "Linha Geral" (1929), "Que Viva México" (1932). A história se passa nos primeiros anos da reconstrução da URSS, após a 2a. Guerra Mundial.

 

18h – O Retorno de Vasili Bortnikov

Direção: Vselvolod Pudovkin (1952). Dado como desaparecido na guerra, Vasili Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Último filme do lendário diretor dos clássicos "Mãe" (1926) e "Tempestade Sobre a Ásia" (1928).

 

20h – O Fascismo de Todos os Dias

Direção: Mikhail Romm (1965). Narrado pelo próprio diretor, que pôs a alma nesse projeto repleto de inovações formais, "Fascismo de Todos os Dias" é, ainda hoje, considerado por muitos como o mais profundo, completo e impactante documentário produzido sobre o tema.

 

Domingo – 16 de novembro

16h – As 12 Cadeiras

Direção: Leonid Gaidai (1971). Na Rússia Soviética, ex-aristocrata procura os diamantes escondidos pela sogra – baseado no romance de Ilia Ilf e Evgueni Petrov. Campeãs de bilheteria, as comédias de Gaidai venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS.

 

19h – Sonhos

Direção: Karen Shakhnazarov/Aleksandr Borodyansky (1993). No final do século 19, a condessa Prizorovu é atormentada por picantes sonhos nos quais se vê transportada à Rússia pós-soviética. Ácida reflexão de Shakhnazarov sobre o rumo tomado pela restauração capitalista.

 

Segunda-feira – 17 de novembro

19h – A Mãe

Direção: Gleb Panfilov (1989). Egresso do VGIK, onde também se formaram Klimov, Tarkovsky, Chukhrai e outros expoentes da sua geração, Panfilov realiza, após Pudovkin (1926), Leonid Liukov (1941) e Mark Donskói (1956), a quarta filmagem do célebre romance de Maxim Gorki.

 

Terça-feira – 18 de novembro

19h – Reprise: Sonhos

21h – Reprise: O Fascismo de Todos os Dias

Quarta-feira – 19 de novembro

19h – Reprise: Tigre Branco

 

Notas sobre o "Tigre Branco"

Extratos do artigo de Elena Zhuk e Halina Zhuk, publicado em Rússia Profile, edição de 20/06/2012

Shakhnazarov disse na estreia de "Tigre Branco" no Cinema Oktyabr, que havia dedicado o filme a seu pai, que ingressou no exército, quando ele tinha 18 anos, bem como para os milhões de seus irmãos de armas.

O personagem principal, condutor de tanque Ivan Naidenov, interpretado por Alexei Vertkov, tem o corpo todo queimado em uma batalha. Como por milagre, suas queimaduras se curam rapidamente e o herói, que perdeu a memória, revela novas habilidades, como a de conversar com tanques que lhe contam suas histórias e pedem ajuda contra o Tigre Branco.

O Tigre Branco é uma encarnação mística da convicção dos nazistas na legitimidade de suas ações. Nos momentos mais inesperados, ele surge no campo de batalha para destroçar os tanques soviéticos com precisão sobre-humana.

O diretor compara a luta entre o homem e a máquina com o confronto entre o homem e a baleia de Herman Melville em Moby Dick.

Há uma óbvia referência à "besta loira" de Nietzsche["na base de todas as raças aristocráticas existe o animal de rapina"], quando o Tigre Branco surge na tela, acompanhado pela música de Richard Wagner.

 

No monólogo final, escrito pelos roteiristas, Shakhnazarov, Boyashov e Borodyansky, com base em fragmentos dos discursos do Führer, Hitler disserta sobre a inevitabilidade da guerra e argumenta que a Alemanha comprometeu-se apenas com algo que o resto da Europa há muito ardia de desejo para realizar.