Conferência de Educação ignora reivindicações e vira evento de comemoração da reeleição

Em janeiro deste ano, o governo de Dilma Rousseff tomou a decisão de adiar a II Conferência Nacional de Educação (Conae), de forma arbitrária e contrariando o conjunto dos movimentos educacionais. Agora, no encerramento do ano, quando da realização da II Conae, o que vimos foi um evento esvaziado e que pouco contribuiu para a luta em defesa da educação pública.

O evento foi realizado entre os dias 20 e 24 de novembro. Dos oito mil delegados aptos a retirar seus crachás, apenas 2,6 mil compareceram a Brasília para os debates.

A manobra de transferir a realização da Conferência tinha exatamente este objetivo. Realizar a Conae naquele período abriria a possibilidade de que gestores públicos, professores, estudantes e representantes dos movimentos ligados à educação pressionassem o governo e o Congresso pela aprovação do Plano Nacional de Educação, destinando os 10% do PIB, de forma exclusiva para a Educação Pública.

A Conae aconteceria no mesmo período da votação do PNE na Câmara dos Deputados, já em caráter terminativo.

Como a bandeira dos 10% do PIB para a Educação Pública foi fruto da primeira conferência, realizada durante o governo Lula (2010), não era bandeira defendida pelo governo Dilma, adiar a Conae foi fundamental.

O governo queria manter no PNE a destinação dos recursos públicos para o ensino privado considerando como “investimento público” a concessão de bolsas e subsídios à iniciativa privada, como com os programas Fies, ProUni e Ciências sem Fronteiras.

Com o texto aprovado (a votação do PNE foi encerrada em junho), não há qualquer limite para que os 10% do PIB sejam destinados às instituições privadas, que, no caso do ensino superior, já estão em sua maioria, desnacionalizadas.

Enquanto isso, a expansão das vagas nas universidades federais permanece praticamente estagnada no governo Dilma.

Muitos dos participantes desta II Conae consideraram importantes os debates realizados, assim como, algumas resoluções aprovadas pelos delegados. Entretanto, a presidente da República, que esteve no evento e em sua fala não conseguiu apresentar nenhuma proposição concreta, se ateve a comemorar a vitória nas eleições.

Pouca atenção deu a carta de reivindicações entregue a ela pelas entidades, ou os 2,6 mil delegados presentes no evento.

O importante espaço de debate e consolidação da participação popular na educação se transformou em evento para comemorar uma vitória apertada na eleição presidencial.

Resumindo, o adiamento da Conae e a sua transformação num ato de bajulação demonstram que não há interesse do governo Dilma em realizar qualquer tipo de debate democrático, com a sociedade. A não ser é claro, que este sirva para endossar a sua política.

 

ANDRÉ SANTANA – Hora do Povo

Onde estão os resultados da Prova Brasil? – Artigo de João Batista Araújo e Oliveira

Como perguntar não ofende, cabe indagar: onde estão os resultados da Prova Brasil? Com eles, saberemos se a educação melhorou no país

 

*João Batista Araújo e Oliveira

 

Primeiro foi o Ipea, com a barbeiragem na pesquisa a respeito da violência sexual. Em seguida o IBGE, com os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Será que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas) também vai entrar nessa? Como perguntar não ofende, cabe indagar: onde estão os resultados da Prova Brasil?

Ipea, IBGE e Inep são instituições respeitadas, que precisam ser preservadas da manipulação política. A pronta reação do Ipea e do IBGE confirmam a sua merecida reputação: onde há procedimentos sistemáticos, é fácil e rápido identificar e corrigir erros. E não há nenhum problema em reconhecer erros, isso é prova de maturidade.

Mas o Inep dá sinais de hesitação. Foi preciso a imprensa cobrar para que saíssem os resultados do Inep, que titubeou e acabou por dizer que não havia data para divulgação. Isso já demonstra fragilidade institucional.

Depois, deu a desculpa esfarrapada de que havia mais de 300 escolas com recursos. Ninguém explicou o que esses dados foram fazer na Casa Civil, antes de sua divulgação. Até agora, não temos os dados da Prova Brasil, mas apenas os do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Isso é muito grave.

O Ideb é um índice controverso, apesar de sua popularidade. Mas ainda que não o fosse, o que interessa não é o Ideb, mas os dados que lhe dão origem, as notas dos alunos na Prova Brasil. São esses dados que permitiriam discutir se a educação melhorou e para quem melhorou. Tais resultados são os que interessam aos sistemas de ensino, aos pesquisadores e à população.

É a primeira vez que o Inep divulga o Ideb sem divulgar as notas da Prova Brasil. É um precedente não explicado e perigoso, e mais perigoso ainda porque não há prazos e normas a respeito da divulgação.

Além do precedente, a discussão se desloca do conteúdo, do que foi ou não aprendido pelos alunos, para um índice que pouco diz sobre eventuais avanços ou dificuldades de aprendizagem –o que deveria ser o objetivo da avaliação.

Com base nos dados de 1999, 2007 e 2011, observamos melhoria nas médias do 5º e 9º anos, mas tais avanços se distribuem muito desigualmente. Os dados indicam melhora geral no desempenho, mas também aumento da desigualdade.

O que melhorou na educação não conseguimos saber, mas identificamos que as pessoas de classes mais elevadas estão se beneficiando mais da experiência escolar e a distância vai aumentando.

Em recentes portarias, o Inep deu passos à frente e outros atrás. Avançou ao estabelecer datas para divulgar os dados da Provinha Brasil, mas retrocedeu ao chancelar a edição de uma prova cuja concepção é reconhecidamente equivocada.

Avançou ao falar em pesquisas de interesse do Estado (e não do governo) ou ao estabelecer critérios para acesso de pesquisadores aos microdados das provas, mas deu um perigoso passo atrás ao subordinar o acesso à decisão de burocratas.

Para não colocar apenas o Inep na berlinda, vale a pergunta. Se fossem os dados do Enem que estivessem retidos, a sociedade teria agido de forma diferente? E a imprensa? Não é curioso esse Brasil, dos brioches do vestibular e das migalhas do resto do povo?

 

JOÃO BATISTA ARAUJO E OLIVEIRA, 67, doutor em educação, é presidente do Instituto Alfa e Beto – Publicado na Folha de São Paulo

 

México se levanta contra desaparecimento dos 43 estudantes

 “Basta de traição e omissão, fora!”: repúdio ao desaparecimento dos 43 estudantes se espalha e abala plano de privatizar Pemex. México saqueado pelo Nafta e sangrado por narcos e Iniciativa Mérida

 

O México continua conflagrado pelo desaparecimento de 43 estudantes normalistas de Ayotzinapa, que foram presos pela polícia ao se manifestarem em Iguala, no estado de Guerrero, e entregues a narcotraficantes por ordem do prefeito e sua mulher e, em seguida, ao que tudo indica, chacinados, tendo seus corpos calcinados, envolvidos em sacos e jogados num rio. Desde então, não param as manifestações, e nesta quinta-feira (20) um protesto nacional, convocado pelas famílias, na praça central da capital do México,o Zócalo, exige uma resposta à convocação de “vivos os levaram, vivos os queremos”.

Já se passaram 50 dias, com a omissão do presidente mexicano e da Justiça levando multidões a transformarem sua indignação no protesto de “Fora Peña”. A compra, pela mulher do presidente, de uma mansão a um magnata com negócios com o governo, joga mais lenha na fogueira da revolta que abala o país. A divulgação de uma “confissão” por supostos autores não convenceu as famílias, pois não há sinal dos corpos, apesar de haver aparecido outras valas com dezenas de outros corpos, que não os dos jovens.

Os manifestantes retrucam “governo farsante, assassino de estudantes”, enquanto o procurador-geral geral, acintosa e desrespeitadoramente, se diz “cansado” com o caso. Declaração recebida com “nojo” pelas famílias. Enquanto não devolverem vivos os 43 estudantes, ou ficar provado que eles estão mortos, e tenham seus corpos entregues às famílias e os assassinos exemplarmente punidos, não haverá paz no país.

Além dos 43 desaparecidos, a polícia de Iguala matou no dia do seqüestro outras seis pessoas, sendo três estudantes, e feriu 25. A ordem de chacina foi dada por que os estudantes iriam “atrapalhar” discurso da mulher do prefeito, que este queria fazer sua sucessora. Os dois só foram presos muitos dias após o crime, e o chefe de polícia, que entregou os estudantes nas mãos dos traficantes, ainda está foragido. No dia do seqüestro, tropas federais deixaram sem socorro estudantes que haviam conseguido escapar, e estavam feridos.

Com isso, o governo estadual teve de renunciar; 100 mil se manifestaram há quinze dias e uma greve nacional de estudantes paralisou as escolas por três dias. A sede de governo de Guerrero foi incendiada, o que também, depois, aconteceu na porta do palácio do presidente Peña na capital. Em outros protestos, carros foram queimados e prédios públicos apedrejados. Ocupações de estradas, prédios públicos, postos de pedágio e escolas se sucedem: “somos todos Ayotzinapa”.

Mas tamanha atrocidade não surge do nada, nem se trata de um fato isolado. É o resultado ineludível da sujeição aos monopólios dos EUA sob o acordo Nafta, levada a cabo pelo PRI e aprofundada pelo PAN, com a população à mercê das ‘maquiadoras’, a agricultura destruída, as estatais privatizadas e largas camadas mal sobrevivendo com o ínfimo salário mínimo abaixo da linha de pobreza, caso único na América Latina, segundo a Cepal, ou sequer isso. Quatro em cada dez mexicanos não conseguem dinheiro para pagar por uma cesta básica, e quase 60% dos empregos, de acordo com a OIT, são informais. Não há seguro-desemprego, nem programas de renda mínima, sendo que 40% dos habitantes está abaixo da linha de pobreza e 13% são indigentes. Mais de 75% da população não tem cobertura previdenciária.

E é a este país, dizimado pela submissão aos EUA, que os áulicos do neoliberalismo exaltam como líder da “Aliança do Pacífico”. Essa depauperação profunda da população mexicana explica sua fragilidade diante do narcotráfico, impulsionado pela CIA desde a década de 1980 com sua aliança com os narcos da Colômbia em apoio aos Contras anti-Nicarágua, e que levou o crack para os bairros negros de Los Angeles. Com o país transformado num corredor até o “mercado consumidor” nas metrópoles dos EUA – e até os bancos que lavavam o dinheiro da droga -, o México se viu sob o poder crescente de cartéis da droga, que se mesclaram intensamente com todo tipo de oportunista político, ainda mais numa quadra em que os principais partidos se dedicavam a amarrar bem amarrada a vaca para os americanos mamarem.

 

ENCENAÇÃO

 

Mas, assim como em outras terras aonde a CIA alavancou o tráfico, outras agências de Washington cuidaram de encenar o combate às drogas – e talvez não haja exemplo mais didático do que a proliferação da produção de heroína no Afeganistão sob a ocupação norte-americana. Assim, Washington desencadeou a “Iniciativa Mérida”, versão mexicana do “Plan Colômbia”, e que engolfou o país na “guerra às drogas”, com mais de 130 mil mortos e 22 mil desaparecidos, e onde não faltaram episódios nebulosos como o fornecimento, pelo DEA, de armas aos cartéis da droga mexicanos, supostamente para “descobrir o roteiro” via fronteira”.

A conflagração tornou-se um empecilho inesperado aos planos de Peña para privatizar a Pemex e o setor elétrico, presenteá-los ao Big Oil dos EUA, dentro do seu “Pacto pelo México” em que o “novo PRI” prometia fazer tudo o que o PAN, desgastado, já não conseguia leiloar. Tudo marchava tão bem,e do nada o desvario de alguns bandidos de quinta categoria – um deles trajado de prefeito e “oposicionista” – põe em risco as grandes jogadas dos entreguistas de alto coturno. E os estudantes de Ayotzinapa só queriam mais verbas e arrecadar algum dinheiro para ir até à capital para o ato em homenagem aos estudantes assassinados em 1968. Agora, ao “fora Peña”, já se soma o repúdio a tudo que ele representa: “corrupção, traição da nação e omissão”. 

 

Por Antônio Pimenta

Hora do Povo

“O interesse cultural dos brasileiros alimentou o sucesso da mostra”, afirma Bogdasarov

No encerramento da mostra Mosfilm – 90 Anos, o presidente do Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (CPC-UMES), Gabriel Alves, destacou que "foram 7 dias, 10 filmes que não haviam sido exibidos no Brasil, apresentando diversas linguagens, comédia, ficção, documentários". "Tudo isso foi fruto da parceria do Mosfilm com o CPC, que se manifestou na Mostra, mas se desenvolve muito maior, envolvendo o lançamento de 18 filmes da Mosfilm em DVD. Uma parceria que deve ser ampliada. Já foram iniciadas conversações e, com certeza, virão outras atividades conjuntas".

"A Mostra foi um sucesso, mais de mil pessoas passaram pela Cinemateca durante estes 7 dias", finalizou Gabriel, agradecendo à Mosfilm, à Cinemateca e a todos que contribuíram pelo sucesso da atividade.

Assim que chegou a Moscou, o vice-diretor-geral do estúdio Mosfilm, Igor Bogdasarov, que veio ao Brasil para representar o Mosfilm durante a Mostra, concedeu entrevista a Elena Fedotova, publicada no site da Mosfilm e traduzida e reproduzida abaixo. Na entrevista, Bogdasarov destaca o interesse revelado pelo público brasileiro e uma capacidade dos brasileiros de se identificar com os filmes assistidos. "A sala reagia como se o filme estivesse sendo exibido na Rússia", afirmou o diretor do Mosfilm.

O diretor do Mosfilm também destacou a diversidade dos filmes apresentados que incluíram obras dos mais conhecidos e consagrados diretores do cinema russo e soviético, entres eles Eisenstein, Pudovkin, Panfilov, Gaidai, Mikhail Romm e Karen Shakhnazarov, diretor-geral do estúdio Mosfilm.

 

 

Na Cinemateca de São Paulo foi realizada uma mostra dos melhores filmes do MOSFILM em comemoração aos 90 anos do Estúdio. Os espectadores brasileiros puderam assistir filmes como "O tigre branco", de Karen Shazhnazarov; "Às seis da tarde depois da guerra", de Ivan Pyryev; "Primavera", de Grigori Aleksandrov; "O retorno de Vassily Bortnikov", de Vsevolod Pudovkin; "A mãe", Buy antidepressants online inexpensively from an international pharmacy "Doze cadeiras", de Leonid Gaidai; "Lenin em Outubro" e "O fascismo de todos os dias", de M khail Romm; "Sonhos", de Karen Shakhnazarov e Aleksandr Borodyansky; "O Velho e o Novo", de Serguei Eisenstein e Grigori Aleksandrov. O MOSFILM destacou para acompanhar o evento o vice-diretor-geral Igor Bogdasarov.

 

ELENA FEDOTOVA

 

Elena -Igor, como foi recebido o cinema russo-soviético no Brasil?

 

Igor – Os espectadores brasileiros conhecem bem o cinema soviético. Naquela época, na América Latina exibiam regularmente nossos filmes, na Cinemateca de São Paulo foram preservados alguns dos nossos originais. E eu tive a impressão de que a vontade de ver o cinema russo se manteve. Os intelectuais brasileiros entendem que não é suficiente mostrar apenas o cinema norte-americano, que é necessário ver todas as faces do cinema. O interesse na cinematografia russa e na cultura como um todo é o potencial que alimentou o sucesso dos dias do MOSFILM em São Paulo.

 

Elena – Pelo que estou sabendo, o programa oficial não se limitou às mostras de cinema…

 

Igor –No marco da Semana do MOSFILM foram também organizadas duas atividades oficiais. Uma no Consulado Geral da República Russa em São Paulo, e outra no Ministério da Cultura do Brasil em São Paulo. Nelas participaram o Cônsul Geral da Rússia em São Paulo, Konstantin Sergueievich Kamenev, o presidente do Centro Popular de Cultura, Gabriel Alves, o representante do Ministério da Cultura do Brasil em São Paulo, Valério Bemfica, e muitos outros.

Como já disse, no Brasil existe hoje um grande interesse na cultura russa, por isso alguns meios de comunicação organizaram entrevistas – o jornal Hora do Povo, a Revista Cult, o site de internet da organização estudantil UMES e outros. O Sindicato de Técnicos de Cinema (Sindcine), por exemplo, organizou um debate durante o qual sentimos o enorme interesse dos participantes em relação ao MOSFILM. Cada um buscava conseguir o máximo de informação sobre o trabalho do estúdio.

 

Elena – Qual foi o principal público na Mostra?

 

Igor – Espectadores preparados e interessados na arte do cinema. Apesar de que os únicos espectadores russófonos na Mostra, além de mim, eram os membros e funcionários do Consulado, a sala reagiu como se a exibição acontecesse na Rússia, sentindo com sutileza os momentos trágicos e cômicos. Participaram da mostra na Cinemateca pessoas dos mais diferentes setores: representantes de sindicatos de trabalhadores, por exemplo, estudantes…

 

Elena – Segundo que critérios se realizou a escolha das películas exibidas?

 

Igor – Os organizadores se esforçaram por escolher filmes incomuns, com uma história complexa. Por exemplo, "A Linha Geral" foi filmado por Serguei Eisenstein e Grigori Aleksandrov. Stalin não gostou do resultado, e Serguei Eisenstein perdeu o interesse no filme. Aleksandrov fez uma remontagem e o nome "Velho e Novo" foi dado por Stalin. O filme ficou meia hora mais curto, o final foi mudado, alguns planos foram alterados de lugar – em suma, ele sofreu uma modificação. Porém, a bilheteria da versão de Aleksandrov não teve grande sucesso. E há ainda "O Retorno de Vassily Bortnikov", o último filme de Vsevolod Pudovkin. "Primavera" é o primeiro filme em que aparece o logotipo do MOSFILM. A película "Lenin em outubro" realizou-se para os 20 anos de Outubro e foi o primeiro filme em que Lenin fala. "Às seis da tarde depois da guerra" foi feito em 1944, um ano antes da Vitória. Enquanto a película de Ivan Pyryev era filmada aqui, no MOSFILM, ao mesmo tempo, Serguei Eisenstein trabalhava na Ásia central, no filme "Ivan o terrível". Em uma palavra, os organizadores da mostra buscaram abranger toda a história soviética e pós-soviética do cinema nacional.

 

Elena – Os gêneros também foram apresentados em sua diversidade?

 

Igor – Sim, e às vezes esta escolha foi muito inesperada. A novela de Máximo Gorky, "A mãe", é um clássico do realismo socialista, mas os organizadores da semana do MOSFILM no Brasil escolheram, ao invés da primeira versão, de Vsevolod Pudovkin, a variante de Gleb Panfilov, de 1989. O filme "As 12 cadeiras", de Leonid Gaidai, é um clássico da comédia soviética, e o longa "Sonhos", de Karen Shakhnazarov e Aleksandr Borodyansky, é uma comédia satírica que versa totalmente sobre outro assunto, da época pós-soviética.

Da mesma forma, na Mostra foram apresentados três filmes sobre a guerra. "O tigre branco", de Karen Shakhnazarov, é um filme místico. "Às seis da tarde depois da guerra", de Ivan Pyryev, é um musical e "O fascismo de todos os dias", de Mikhail Romm, é um longa-metragem documental, também muito pouco comum. Quando o filme "Lenin em Outubro" foi às telas, muitos diretores se relacionaram com ele com ceticismo, pela abordagem romanceada do filme sobre a revolução. Dizem que isso magoou muito Mikhail Romm e, por isso, ele quis fazer um filme sobre a guerra sobre cuja veracidade ninguém pudesse duvidar. Romm pegou materiais autênticos, por exemplo, fotografias que pertenciam a alemães feridos e a soldados mortos. Eles levavam fotos espantosas nos bolsos das camisas, considerando isso como algo normal, o que os caracterizava. A estréia do filme aconteceu em Leipzig. Embora a Alemanha naquela época fosse um país amigo da URSS, a sessão foi pesada. Contam que alguns espectadores reconheceram seus parentes e pessoas próximas tanto entre os mortos, como entre os verdugos. Depois que o filme acabou, por cerca de 10 minutos as pessoas ficaram sentadas em silêncio. Mikhail Romm admitiu que seu objetivo principal havia sido chocar o espectador, e ele escolheu o método de combinar cenas de tempos de guerra e de paz.

 

Elena – Quem organizou o evento? E quem selecionou os filmes?

 

Igor – A Mostra foi organizada pelo Centro Popular de Cultura da União Municipal de Estudantes Secundaristas de São Paulo (CPC-UMES).

Gostaria de agradecer especialmente a sua equipe. Eles poderiam ter escolhido filmes de percepção simples, mas fixaram-se nos mais significativos. A seleção dos filmes foi feita pela jovem direção, mas em torno deles há verdadeiros especialistas, preparados para divulgar o cinema soviético e russo.

 

Assista abaixo a cobertura da abertura da mostra: 

 

(Clique para assistir)

 

 

CPC-UMES lança loja virtual de filmes soviéticos

O Centro Popular de Cultura da UMES lançou nesta semana a loja virtual da CPC-UMES Filmes, que comercializará DVD’s de filmes russos inéditos no país, além de produções próprias.

A licença para comercialização dos DVD’s da chamada “Série Soviética” foi fruto de uma parceria com o Mosfilm, maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa.

Serão 18 filmes, sendo a maioria inédita nos cinemas e televisão brasileira. Entre os já disponíveis estão: Lênin em Outubro (1937), Volga-Volga (1938), Tratoristas (1939) e Circus (1936).

 

Acesse a loja virtual do CPC-UMES Filmes:

 

www.cpcumesfilmes.org.br

 

Confira entrevista com Bernardo Torres e Susana Santos, do CPC-UMES Filmes.

 

CPC-UMES anuncia lançamento em DVD da série “Cinema Soviético”

entrevista publicada na Hora do Povo

A cinematografia soviética posterior aos anos 20, quase desconhecida no Brasil, finalmente chega ao país com o lançamento pelo CPC-UMES (Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) da série em DVD "Cinema Soviético".

Após uma negociação de mais de um ano com o estúdio Mosfilm e a ida à Rússia dos representantes do Núcleo de Cinema do CPC-UMES, Bernardo Torres e Susana Lischinsky, o contrato de licenciamento para a distribuição em DVD no país foi fechado.

O Mosfilm existe há 90 anos e tem mais de 2.500 filmes em seu acervo. O contrato com o CPC-UMES para a distribuição de DVDs é o primeiro firmado pelo estúdio com uma instituição no Brasil.

 

HP –De onde veio a ideia do CPC da UMES de lançar em DVD uma série dedicada ao cinema soviético?

Bernardo –É uma ideia antiga, que foi reforçada pelas sessões que temos realizado aos sábados, já há dois anos, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira. No Brasil, há um conhecimento mediano e possibilidades de acesso em DVD, ainda que com cópias precárias, à cinematografia soviética dos anos 20: Eisenstein, Pudovkin, Kuleshov, Vertov, etc. Mas há um desconhecimento quase completo sobre o que veio depois, particularmente sobre a produção dos anos 30, 40 e primeira metade da década de 50. Desconhecimento que alimenta o mito de que é uma produção de baixo teor artístico.

 

HP –E não é?

Bernardo –Claro que não. O problema é que do ponto de vista do sistema capitalista ela é mais corrosiva e mais difícil de ser assimilada. Primeiro por ser cinema falado, cujas possibilidades expressivas são superiores às do cinema mudo. Segundo porque o muito combatido e pouco conhecido realismo socialista, ao se libertar dos excessos expressionistas presentes na estética anterior, tornou-se mais capaz de lidar com a complexidade humana.

 

HP –Os filmes não são simplistas, dogmáticos?

Susana –Não, são profundos, comoventes, verdadeiros. E é preciso vê-los, pois não fica bem formar juízos a partir de preconceitos.

 

HP –Como vocês acharam esses filmes?

Susana –Inicialmente, garimpando. Depois abrindo uma longa negociação com o Mosfilm, que durou mais de um ano, com e-mail para lá e para cá, até que nos convidaram a dar uma chegada até Moscou. O Mosfilm é hoje o maior estúdio de cinema da Europa. Existe há 90 anos. Tem em seu acervo mais de 2.500 filmes, a maioria realizados nesse período em que, como dizem os sabidos, "se parou de fazer cinema na URSS". O estúdio está dirigido desde 1998 por Karen Shakhnazarov, um cineasta de obra sólida, criativa e coerente. Em 2012, "Tigre Branco", filme dirigido por ele, recebeu indicação para o Oscar de melhor filme estrangeiro.

 

HP –E o resultado das conversas em Moscou, foi dentro do previsto?

Bernardo –Foi até melhor. Fechamos um contrato para o licenciamento de 14 filmes que vamos lançar durante este ano. Licenciar é importante, porque nos garante o acesso à matriz original ou restaurada, em ambos os casos a uma matriz analógica. Tem muito DVD no mercado que é cópia da cópia. E o cara que faz essa lambança, copiar um arquivo que já está comprimido, vende assim para a loja, que por sua vez repassa ao público. Ele não está nem aí para a licença, que lhe daria a chance de oferecer um produto com melhor acabamento. Esta é a medida do respeito que tem pela arte, pelo público, pelos autores e produtores das obras – e também por si próprio.

 

HP –Que obras o Mosfilm licenciou para o CPC-UMES?

Susana –Se declinarmos todas, você não vai precisar nos entrevistar das outras vezes [risos]. E necessitamos muito deste apoio em cada lançamento. Em março vamos lançar os dois primeiros da série: o épico "Lenin em Outubro" (Mikhail Romm, 1937) e a comédia musical "Volga,Volga" (Grigory Aleksandrov, 1938). Além de outras obras desses diretores, há o filme de estreia de Chukhray, conhecido no Brasil pelo clássico "A Balada do Soldado" (1959). Obtivemos também o último trabalho do lendário Vselvolod Pudovkin, realizado em 1953, filmes de Ivan Pyriev, Mikhail Chiaureli, Yuri Ozerov e a versão de 1989 de "A Mãe" (Gleb Panfilov).

 

HP –E esses DVDs vão custar quanto?

Bernardo – Nos lançamentos vamos vender o DVD simples a R$ 21,00 – no pacote há um duplo e um triplo, cujo preço estamos estudando.

 

HP –Não está caro?

Bernardo –Está. Mas, por incrível que pareça, o custo mais alto que temos em toda a cadeia (pesquisa, licença, legendas, artes e textos externos/internos, autoração, fábrica) é a taxa da Ancine (Agência Nacional de Cinema). Ela nos cobra pelo direito de comercializar em DVD um clássico soviético inédito no Brasil o mesmo que a Disney/Buena Vista paga pelo "Homem de Ferro". É absurdo, porque a Ancine cobra por título e não pela quantidade de cópias produzidas, o que equivale a criar uma reserva de mercado para os blockbusters.

 

HP –Não há exceção para produtos culturais?

Susana –Cultura, Ancine, fala sério… [risos]

 

HP –Nem para a produção dos BRICS?

Susana –Só para o Mercosul, e com visível má vontade. Eles fecham o mercado para cinematografias poderosas como as da Rússia, Índia e China. Em compensação o filme brasileiro nem sente o cheiro daqueles mercados gigantes. A Ancine sempre agiu como uma operadora da Alca, se deixando comandar pelas majors americanas, mesmo quando a política externa brasileira caminhava noutra direção.

 

HP –E vocês não vão solicitar nenhum licenciamento ao Mosfilm sobre a produção da década de 20 e a produção mais recente?

Bernardo –A produção mais recente está nos nossos planos. A mais antiga vai entrar se as cópias aqui não melhorarem. O fato é que até agora só a UMES tem contrato de licenciamento para distribuir em DVD no Brasil a produção do Mosfilm.

3º JESP: veja as partidas emocionantes de futsal na regional Leste da cidade

A segunda-feira (17) começou fervendo com o Futsal na regional Leste do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo. Primeiro, as meninas com a bola no pé deram um show na ETEC de Esportes e a EE Dom Miguel Kruse conquistou a fase regional depois de passar pelo Mario Reys e pela República do Suriname. Na partida que definiu a escola campeã, as atletas do Dom Miguel balançaram a rede 3 vezes contra 1 gol das adversárias, da República do Suriname.

 

 

O Futsal masculino começou com o Barro Branco batendo a escola Recanto Verde do Sol por 6 a 3. O segundo foi uma super partida, com o Mario Reys goleando o Caetano Mielle em 8 a 2!

Na disputa pelo terceiro e quarto lugar, o Recanto Verde do Sol levou a melhor contra o Miele, nos disputados 5 a 4.

Mas com muita emoção, o Barro Branco derrotou o Mario Reys e conquistou o título de campeão regional e representante da Leste nas grandes finais. Igualmente disputado, o jogo ficou em 5 a 4.  

 

Veja abaixo a tabela com os resultados do dia: 

 

 

 

Confira como foi a regional Oeste do 3º JESP

O dia ferveu no Piritubão nesta terça-feira (18), nas primeiras partidas regionais Oeste do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo.

Tudo começou com belíssimas partidas do Handebol feminino. A EE Gavião Peixoto balançou a rede 6 vezes contra o João Solimeo, que não deixou por menos e fez 4 gols.

Disputado mesmo foi o segundo jogo, entre a ETEC Jaraguá e a EE Zuleika de Barros. As meninas do Zuleika levaram por 8 a 7.

Emoção mesmo foi a disputa pela final municipal. Gavião Peixoto fez nada mais, nada menos que 12 gols encima do Zuleika, e agora representará a região nas grandes finais.

Mas a boa maré da escola não para por aí: na modalidade de Futsal as meninas do Gavião também vieram preparadíssimas e conquistaram a etapa municipal também, passando pela ETEC Basilides de Godói (por 5 a 3) e pela EE Ubaldo Costa Leite (3 a 2).

No voleibol, Solimeo levou a primeira por 2 a 0 contra o Basilides, mas na final perdeu para o Padre Manuel da Nóbrega, que estava com a bola toda e já havia ganho por 3 sets a 0 do Gomide. Padre Manuel levou por 2 a 0 do Solimeo e está na final regional. Parabéns às campeãs!

 

Veja a tabela de resultados da regional oeste abaixo: 

 

 

Acompanhe as primeiras partidas do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo

E a bola rolou! A primeira partida do 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo aconteceu no Pacaembu, nesta segunda-feira (17), com as escolas da regional Centro Norte.

A primeira disputa foi das meninas no futsal, que bateram um bolão. A EE Domingos Quirino levou a melhor, fazendo 4 gols encima da EE Presidente Roosevelt, que não passou em branco e balançou a rede duas vezes. A segunda partida, entre a EE Guilherme de Almeida e a EE Roldão de Lopes Barros também foi emocionante. Quem levou essa foram as garotas do Guilherme de Almeida, marcando 7 lindos gols, contra o Roldão, que não deixou por menos e quase empatou, com 6 gols.

Na grande final regional, o Quirino marcou 9 gols contra o Guilherme de Almeida, que não balançou a rede. A escola campeã representará a região na final municipal. Parabéns às meninas do Quirino!

Roosevelt e Roldão disputaram o terceiro e quarto lugar, e o Roosevelt a melhor por 4 a 1.

A rede também balançou no Pacaembu na modalidade do Handebol feminino. EE Alberto Cardoso e ETESP disputaram bem, mas a primeira ganhou por 7 a 6. No segundo jogo a EE Conde José Vicente marcou 15 lindos gols encima do Roosevelt. Mas na final regional da modalidade quem levou a melhor foram as meninas do Cardoso por 7 a 2 encima do Conde.

No voleibol quem deu show foi a EE Albino César, que passou pelo Conde (2 a 0) e pelo Instituto Federal (2 a 0) e está na grande final regional. Conde e Buenos Aires disputaram o terceiro e quarto lugar, mas o Conde levou a melhor.  

 

Veja abaixo a tabela com resultados e gols da regional Centro Norte: 

 

 

Mais fotos: 

 

 

Câmara aprova mais R$ 5,4 bi para o financiamento de vagas em instituições privadas de ensino

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO) aprovou, no dia 12, a Medida Provisória (MP) 655/14, que libera R$ 5,4 bilhões para o ensino superior privado, em sua maioria já entregue ao capital internacional, através do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). A MP ainda precisa ser analisada pelos plenários da Câmara e do Senado.

Só neste ano já foram destinados, por meio de duas outras medidas provisórias, o valor de R$ 7,4 bilhões para o Fies. O aporte de recursos financeiros à rede privada de ensino, que, em sua maioria foi desnacionalizada, se intensificou durante o último período.

O programa financia a graduação em faculdades particulares. Podem ter acesso ao financiamento – que varia de 50% a 100% do valor da mensalidade – alunos com renda familiar bruta de até 20 salários mínimos. Os beneficiários começam a pagar a dívida 18 meses após o encerramento do curso.

Na prática o governo paga o curso antecipadamente e o estudante passa a dever para o banco. Ou seja, não existe risco algum para o capital privado.

Reitoria da USP dá início ao corte de três mil funcionários

Com PDV, Zago quer enfrentar crise financeira com arrocho, ao invés de exigir a ampliação do orçamento

 

A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) deu início ao chamado Plano de Incentivo a Demissão Voluntária (PIDV), de servidores técnico-administrativos. Com o plano, o reitor da instituição, Marco Antonio Zago, pretende reduzir em cerca de três mil o quadro de funcionários concursados como forma de enxugar as despesas da universidade, descontando no corpo técnico da universidade, a política de arrocho dos tucanos para a Educação.

Inicialmente, o programa de demissão prevê a aposentadoria antecipada de 1,7 mil funcionários, com idade entre 55 e 67 anos. As inscrições para o PDV foram abertas na segunda-feira (17), e as rescisões ocorreram entre fevereiro e abril de 2015.

Se os funcionários aderirem ao PDV a USP pretende diminuir em 7% os gastos mensais com a folha. Para isso, a reitoria pretende gastar cerca de R$ 400 milhões com o plano.

Entre junho e setembro deste ano, a USP, em conjunto com a Unesp e a Unicamp, viveu a maior greve de sua história. Foram 116 dias de paralisação, contra as propostas de arrocho salarial, cortes do orçamento além da desvinculação do Hospital Universitário da USP (HU-USP), que transferia a gestão do principal hospital escola do país para uma fundação privada.

Os trabalhadores saíram vitoriosos da paralisação, com um reajuste de 5,2% e um abono de 28,6%, conquistados após decisão judicial, já que tanto a reitoria, quanto o governo estadual se mantiveram irredutíveis, com relação ao aumento de salário.

PISO SALARIAL

Além do PIDV, outra medida prejudica as condições da USP de manter a qualidade de ensino. Uma decisão de outubro do Supremo Tribunal Federal (STF) obrigará a USP a aplicar o teto salarial do Estado que é o salário do governador, R$ 20,662 mil mensais, com isso haverá uma redução no salário de 1.972 professores e funcionários. A redução salarial prejudica a manutenção dos professores mais qualificados na instituição, já que, estão inclusos na conta, os benefícios que os funcionários mais antigos conquistaram com o passar dos anos.

O STF determinou que devem ser incluídos no cálculo benefícios pessoais conquistados antes de 2003, quando o limite foi regulamentado por emenda à Constituição. Até a decisão de outubro, os benefícios conquistados por tempo de carreira, desempenho, títulos obtidos, acertadamente não eram considerados para o teto.

A maioria dos professores e funcionários da USP não recebe super-salários, a maioria já recebe menos que o teto salarial. Entre R$10 mil e R$15mil. É importante ressaltar que o desenvolvimento de pesquisa na principal universidade do país depende dessas pessoas. É um setor estratégico para o progresso do Estado e da Nação.

Isso já vem acontecendo na Unesp. Segundo Julio Cezar Durigan, reitor da UNESP já há docentes deixando a universidade. “Está difícil. O governador não tem interesse político em reajustar seu salário. Estamos perdendo gente muito boa”.

A questão é tão evidente que até mesmo Zago conseguiu notar. Segundo ele, as universidades federais, nas quais o teto passa de R$ 29 mil, poderão passar a receber parte dos docentes da USP. “Quando perceber que haverá limitação do teto, os jovens ficarão desestimulados a se dedicarem integralmente à USP”. “Na cidade de São Carlos, de um lado da rodovia, o teto é R$ 29 mil (UFSCar); do outro, R$ 20 mil. Faz diferença”, disse.

Outro ponto importante sobre os salários dos servidores, que comprova na verdade que não há salário de mais e sim de menos, está no caso dos médicos. O reitor Zago divulgou os salários dos médicos do Hospital Universitário com jornada de 24h semanais, como consta no contrato.

Entretanto, a reitoria da USP calunia os médicos e demais funcionários do Hospital da Universidade ao divulgar publicamente os salários como se a carga horária de médicos fosse de 24 horas semanais quando ele sabe que a carga horária mínima é de 36 horas semanais. Apesar do contrato ser de 24 horas, os funcionários do HU são obrigados a fazer hora extra de 12 horas semanais. Essa obrigatoriedade é causada pela falta de funcionários suficientes para atender uma demanda hipertrofiada.

Fonte: Hora do Povo