Peça Besouro Cordão de Ouro de Paulo César Pinheiro se apresenta em São Paulo

Primeiro texto para teatro de Paulo César Pinheiro, Besouro Cordão de Ouro conta a história do capoeirista brasileiro nascido em Santo Amaro da Purificação que ficou famoso nas rodas de capoeira de todo Brasil como símbolo de resistência. O espetáculo comemora os 80 anos de vida de João das Neves (diretor do espetáculo) e o mês da consciência negra. 

Curtíssima temporada (14 a 16 de novembro) no SESC Campo Limpo. Grátis.

 

Besouro Cordão de Ouro

Gênero: Drama
Duração: 90 minutos
Censura: Livre 
Elenco/Direção: Texto e Música: Paulo César Pinheiro. Direção: João das Neves.

Elenco: Anna Paula Black, Cridemar Aquino, Iléa Ferraz, Maurício Tizumba, Sérgio Pererê, William de Paula, Wilson Rabelo, Alanzinho Rocha, Gilberto Santos da Silva “Laborio”, Letícia Soares, Valéria Mona, Victor Alvim “Lobisomem”  . 
Datas/Temporadas: Estréia dia 14 de Novembro (sexta) Temporada: até 16 de Novembro
Sessões: Sexta e sábado, às 20h30; Domingo, às 19h

Ingressos: Grátis (chegar com antecedência para retirar)

Capoeira: cultura, tradição e identidade – entrevista com Professor Pavio, do grupo da UMES

 

Na semana em que comemoramos o Dia Nacional da Cultura Brasileira (05 de novembro), nada melhor do que resgatar a história de um dos elementos mais importantes e tradicionais da cultura nacional – a capoeira.

 

A tarefa é difícil, como nos lembra o professor-instrutor do grupo de Capoeira da UMES, Pavio. “Os documentos e a literatura sobre a capoeira são escassos. A tradição é contar a sua história e, ao mesmo tempo, resgatá-la na prática, ou seja, nas rodas de capoeira”, afirma.

 

De fato, a luta criada aqui no país pelos escravos foi, até 1940, proibida através do código penal. “A capoeira foi, antes de tudo, uma luta política e uma forma de resistência à escravidão”, diz Pavio.

 

Marginalizada e tendo a sua prática clandestina, somente a partir de meados do século XX e por esforço do baiano Manoel dos Reis Machado, o Mestre Bimba, que a capoeira deixou o código penal para ser conhecida como um esporte, uma luta marcial e uma expressão cultural.

 

“Mestre Bimba, perseguindo o objetivo de transformar a tradição capoeirista em uma luta marcial brasileira, criou a Luta Regional Baiana, que hoje conhecemos por Capoeira Regional”.

 

Mantendo a ginga, a música e alguns instrumentos, e excluindo outros (como o atabaque para que a luta não tivesse relação direta com religião, como o candomblé), Bimba queria provar a eficiência marcial da capoeira, na época perdida para uma prática somente simbólica. Os elementos culturais e o intuito de resgate da tradição da capoeira dos escravos foram mantidos, destacando a contribuição do Mestre Pastinha ao lado de Bimba. A capoeira foi retirada do código penal pelo presidente Getúlio Vargas, que afirmou: “A Capoeira é o único esporte genuinamente brasileiro”.

 

“Sem Bimba talvez a gente nem soubesse o que é capoeira”, conta.

 

A luta então passou a ter uma sequencia pedagógica, instituindo a graduação de cordas que hoje conhecemos. Era exigido dedicado treinamento técnico e condição física. Mestre Bimba então dava aulas na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e, analfabeto, contou com a ajuda dos estudantes de medicina na criação de movimentos e dos de pedagogia para a criação das sequencias que facilitavam o aprendizado.

 

“Ele exigia muito de seus alunos e para treinar com ele era necessário seguir seus mandamentos, ser trabalhador ou estudante e não podia beber ou fumar”. Através de seus seguidores, a Capoeira Regional se espalhou pelo Brasil inteiro. Ele, no entanto, morreu em condição miserável em Goiânia.

 

Resgate

       

Pavio liderou a criação de um grupo de capoeira na UMES, formado por estudantes de todas as partes da cidade. Ele fala da importância da iniciativa.

 

“Passamos por um momento em que para o imperialismo a mais eficiente forma de dominação é destruir a nossa cultura, impor a deles, especialmente entre a juventude. Vemos inclusive as instituições públicas, promovendo e fomentando uma coisa que não tem nada a ver com a nossa história”, afirma.

 

“Estudar e praticar capoeira é manter viva e resgatar nossa cultura e a nossa identidade. O nosso grupo na UMES se propõe, além de oferecer as aulas gratuitas, a ser a porta de entrada para que a capoeira seja uma prática comum dentro das escolas”, explica.

 

     Foto: Pavio e Mestre Joel em homenagem na Câmara Muncipal

 

Estima-se que no Brasil há 5 milhões de capoeiristas. Apesar das linhagens, das diferentes origens e formas de praticar a capoeira, há uma grande unidade entre os que praticam: a defesa pela liberdade e pela cultura popular.

 

“Há muitas divergências sobre essa história, que é contada oralmente através das músicas e rodas e isso já é uma tradição. A história de Besouro Mangangá, a maior lenda da capoeira, é contada assim. Só descobriu-se que ele viveu de verdade 90 anos após a sua morte, fruto de uma exaustiva pesquisa que quase não encontrou documentos ou registros”, relata Fabiano.

 

E por fim – ou pra começo – Pavio convida a todos os interessados a participarem das rodas de capoeira na UMES. As aulas são gratuitas e acontecem na sede da entidade todas as terças e quintas em dois horários – sendo um a tarde das 14 às 15:30 horas, e outra a noite das 19:30 às 21 horas.

 

Irresponsabilidade do Governo Estadual provoca falta d ́água em escolas estaduais

* Por Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo – Apeoesp

 

Durante a campanha eleitoral para o Governo de São Paulo, o Governador Geraldo Alckmin, então candidato à reeleição pelo PSDB, pronunciou-se algumas vezes sobre a crise hídrica que ocorre no estado e vem causando falta d ́água em diversas cidades, penalizando sobretudo a população mais pobre, que mora na periferia. Estima-se que mais de 18 milhões de pessoas em 18 cidades já sofrem com a escassez de água. Em todas as ocasiões, durante a campanha, o Governador minimizou a crise e assegurou que não haveria racionamento de água.

Mal foram apuradas as urnas, com a reeleição do Governador em primeiro turno, a Sabesp passou admitir o racionamento e houve uma brutal ampliação das regiões onde falta água, atingindo agora até mesmo bairros de classe média. O caso assumiu tal gravidade que escolas e hospitais vêm sendo atingidos, provocando uma situação que afeta serviços públicos essenciais à população.

Diante desses fatos, podemos qualificar o Governo Estadual como irresponsável e incompetente no trato desta questão. É preciso lembrar que o atual Governador participa do Governo Estadual desde 1995 e que já havia sido Governador entre 2001 e 2006. Há pelo menos 10 anos o Governo estadual vem sendo alertado para a necessidade de obras para a captação de água, em função do potencial esgotamento do Sistema Cantareira, mas nada foi feito.

O Governo Estadual culpa a escassez de chuvas pela atual crise. Com consequência da gestão irresponsável e predatória dos recursos hídricos, há falta d ́água em diversas escolas, sobretudo nas regiões periféricas. Isto pode colocar em risco o cumprimento dos 200 dias letivos obrigatórios de acordo com a LDB. Como será a postura do Governo Estadual perante esta situação? Não podemos aceitar que a conduta irresponsável deste governo signifique prejuízo ao recesso escolar e ás férias de professores e estudantes.

Câmara Municipal promove seminário sobre a Capoeira de São Paulo

A Câmara Municipal de São Paulo promoverá na próxima quarta-feira (05) um seminário sobre a Capoeira na cidade.

Além do resgate da história da Capoeira, serão discutidas políticas públicas que possam fomentar a prática de um dos mais importantes símbolos da cultura nacional.

Diversos mestres serão homenageados, como Mestre Suassuna, Santana Macaco, Zumbi, Pinatti, Alcides, Natanael, entre outros.

Participe você também.

 

Dia 05 de novembro (quarta-feira), às 18h.

 

Auditório Teotônio Vilela – Câmara Municipal de São Paulo

 

 

 

E lembre-se:

A UMES oferece aula de capoeira gratuita. Confira abaixo dias e horários.

 

Professor instrutor Pavio (Fabiano)

 

Local: Sede Central da UMES – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista

 

Inscreva-se já. As vagas são limitadas.

 

 

Aulas na sede central da UMES

Segundas e Quartas – das 19h30 às 21h

Terças e Quintas – das 14h às 15h30

Sábados das 13h às 15h

 

Informações: 3289-7477/3289-7475

Cinemateca apresenta mostra que comemora os 90 anos do Mosfilm

Entre os dias 13 e 19 de novembro, a Cinemateca Brasileira apresenta a mostra "Mosfilm – 90 Anos" composta por 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético.
Criado em 1924, o Mosfilm é não só o mais antigo, como também o maior estúdio de cinema da Europa. Tem em seu acervo mais de 2500 produções e é dirigido, desde 1998, por Karen Shakhnazarov, cineasta de obra sólida e criativa.
O Centro Popular de Cultura da UMES, que participa da curadoria da mostra, informa que dos 10 filmes selecionados nenhum foi exibido em cinema ou televisão, no Brasil, e só dois podem ser encontrados em DVD.

Tigre Branco
Karen Shakhnazarov (2012)
Shakhnazarov mescla filosofia e mistério nesta batalha entre o tanquista Naydenov e um “tanque fantasma” alemão, nos dias finais da 2ª. Guerra Mundial. Recebeu indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

A Linha Geral
Sergei Eisenstein (1929)
O mais aclamado dos cineastas soviéticos toma como pano de fundo a coletivização da agricultura para contar como a chegada de uma desnatadeira e um trator podem modificar antigos e tradicionais padrões de pensamento.

Lenin em Outubro
Mikhail Romm (1938)
Dez anos depois do "Outubro", de Eisenstein, onde o protagonista são as massas trabalhadoras, Romm aceita o desafio de individualizar e dar vida à figura de Lenin.

Às Seis da Tarde Depois da Guerra
Ivan Pyriev (1944)
Musical sobre a saga de dois amantes que, separados pela guerra, prometem reencontrar-se no Dia da Vitória. De 1929 a 1969, Pyriev dirigiu 18 filmes, entre os quais "Cartão do Partido" (1936), "Tratoristas" (1939), "Cossacos de Kuban" (1949).

Primavera
Griori Aleksandrov (1947)
Quarta comédia musical estrelada por Liubov Orlova sob a direção de Aleksandrov, cineasta que assina com Eisenstein os roteiros de "A Greve" (1925), "Outubro" (1928), "Linha Geral" (1929), "Que Viva México" (1932). A história se passa nos primeiros anos da reconstrução da URSS, após a 2a. Guerra Mundial.

O Retorno de Vasili Bortnikov
Vselvolod Pudovkin (1952)
Dado como desaparecido na guerra, Vasili Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Último filme do lendário diretor dos clássicos "Mãe" (1926) e "Tempestade Sobre a Ásia" (1928).

Fascismo Ordinário
Mikhail Romm (1965)
Narrado pelo próprio diretor, que pôs a alma nesse projeto repleto de inovações formais, "Fascismo Ordinário" é, ainda hoje, considerado por muitos como o mais profundo, completo e impactante documentário produzido sobre o tema.

As 12 Cadeiras
Leonid Gaidai (1971)
Na Rússia Soviética, ex-aristocrata procura os diamantes escondidos pela sogra – baseado no romance de Ilia Ilf e Evgueni Petrov. Campeãs de bilheteria, as comédias de Gaidai venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS.

A Mãe
Gleb Panfilov (1989)
Egresso do VGIK, onde também se formaram Klimov, Tarkovsky, Chukhrai e outros expoentes da sua geração, Panfilov realiza, após Pudovkin (1926), Leonid Liukov (1941) e Mark Donskói (1956), a quarta filmagem do célebre romance de Maxim Gorki.

Com o país em recessão, Banco Central aumenta os juros para 11,25%

Após três dias das eleições, juros continuam os mais altos do mundo e com aval da presidenta

 

Três dias depois das eleições, com o país em recessão – a economia estrangulada, precisamente, pelos juros altíssimos – o Banco Central (BC) subiu a taxa básica de juros de 11% para 11,25%.

A taxa básica do BC já era a maior taxa real (descontada a inflação) do mundo. Com o aumento de quarta-feira – o décimo desde abril de 2013 – o juro básico real foi para 4,46%. A média internacional está em -1,5% (menos 1,5%). Só existem seis países do mundo em que os juros básicos estão acima de 1% e somente 10 onde estão acima de zero.

Os apologistas de Dilma, aquela miuçalha de pequenos interesses e pequenos interessados, parece que foram acometidos de uma súbita epidemia de mudez. Talvez seja melhor assim, do que tentar justificar essa indecência – ou dizer que sua musa não é responsável por ela.

Se não fosse, mais lógico seria substituí-la por uma junta formada pelos diretores do BC – ou pelo conselho da Febraban. Porém, o Banco Central no governo Dilma não é independente, segundo declarou a então candidata: “independente no Brasil só são os poderes da República, Legislativo, Executivo e Judiciário”. O Banco Central, jamais, que isso é coisa de quem quer aumentar os juros.

A inescapável conclusão é que, com Dilma, o BC não precisa ser independente para aumentar os juros. Mas isso é porque os bancos não mandam no governo…

Se havia alguma ilusão com a senhora Rousseff, daqui por diante será preciso uma reserva extra de cinismo, ou de imbecilidade, para continuar confeccionando uma presidenta ou um governo inexistentes, que somente são progressistas nos roteiros de fotonovela desses apologistas.

O mais ridículo, certamente, são aqueles que se esmeram na pose de xingar a mídia reacionária, golpista, como se o que importa nela – a “Globo”, a “Folha” e mais um ou outro – não tivesse apoiado, até fervorosamente, a mesma candidata que eles. A única exceção foi a “Veja”, que ficou à margem por ter uma compulsiva vocação marginal.

Não havia nem pressão para aumentar os juros nessa reunião do Copom. Nem a mídia publicou um único artigo nesse sentido – ao contrário, as pressões estavam reservadas para a próxima reunião do Copom, não para a que se encerrou quarta-feira.

Entretanto, com o país em recessão – “crescimento negativo” em três dos últimos quatro trimestres; previsão de que não passe de zero, ou negativo, até o fim do ano; o investimento caindo (a bem dizer, desabando) há quatro trimestres; o PIB industrial caindo, também há quatro trimestres; a produção industrial recuando tanto que já está ao nível de 2007; o aumento do consumo em zero – com tudo isso, o governo aumentou os juros, que já eram, repetimos, os maiores do mundo – a taxa básica real dos EUA está em menos 1,91%, a da Alemanha em menos 1,14%, a do Japão em menos 2,06%.

 

CARLOS LOPES da Hora do Povo

Justiça proíbe o uso de balas de borracha pela PM contra manifestantes em São Paulo

Em decisão liminar do último dia 24, a 10ª Vara de Fazenda Pública proíbe o uso de bala de borracha por policiais militares contra manifestações e determina que a PM elabore em 30 dias um “projeto de atuação” para lidar com manifestações populares.
O juiz Valentino Aparecido de Andrade responsável pela liminar afirmou, em sua decisão, que a “ação truculenta” dos policiais militares nas manifestações de 2013 e nos protestos contra a Copa não foi usada para manter a ordem, mas “com a evidente intenção de desestimular as pessoas que queriam protestar”.

Ficou determinada também a obrigatoriedade dos policiais militares utilizarem identificação com nome e posto “colocada em local visível de sua farda”, e não somente números como foi adotado pela PM durante as manifestações de 2013.

Em resposta a ação civil pública movida pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, com o apoio da ONG Conecta Direitos Humanos a decisão liminar proíbe a PM de terminar condições de tempo e de lugar para a realização de passeatas e solicita que haja um oficial para ser o porta-voz do comando da PM em relação aos manifestantes.

“O que se viu, em 2013, foi uma absoluta e total falta de preparo da Polícia Militar”, afirma o juiz. Segundo ele, a PM “não soube agir, como revelou a acentuada mudança de padrão: no início, uma inércia total, omitindo-se no controle da situação, e depois agindo com demasiado grau de violência, direcionada não apenas contra os manifestantes, mas também contra quem estava no local apenas assistindo ou trabalhando, caso dos profissionais da imprensa”.

CPC-UMES e MOSFILM realizam mostra de cinema russo na Cinemateca

CPC-UMES E MOSFILM REALIZAM MOSTRA DE CINEMA RUSSO NA CINEMATECA BRASILEIRA
Entre os dias 13 e 19 de novembro, serão apresentados 10 filmes inéditos no Brasil, fruto da parceria entre o Centro Popular de Cultura da UMES e a Mosfilm, maior estúdio de cinema da Europa. Não perca essa chance única!

 

Confira programação: 

III Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo – Participe!


Estão abertas as inscrições para o 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo (JESP), realizado pela UMES em parceria com a Petrobrás e o Ministério do Esporte.

 

Nesta terceira edição, as escolas públicas da cidade poderão inscrever equipes composta por alunos do ensino médio nas modalidades Handebol, Futsal, Voleibol e Xadrez, em ambos os gêneros.

 

Para efetivar a inscrição da sua equipe, é necessário realizar as contrapartidas social – que preveem a realização de um cine clube com debate na escola participante – e ambiental – que consiste na coleta de materiais recicláveis, como latas de alumínio, garrafas pet e papelão.

 

Serão quatro equipes por modalidade/gênero em cada região: Centro-Norte, Leste, Oeste e Sul e cada escola poderá inscrever no máximo quatro equipes de modalidades/gênero diferentes. Com isso serão envolvidos mais de mil alunos de forma direta e 40 mil indiretamente, através da mobilização escolas e sua comunidade.

 

Os alunos-atletas deverão ser acompanhados pelo professor de educação física, devidamente credenciado no Conselho Regional de Educação Física e receberão uniformes para as partidas.

 

Não fique fora dessa! Organize sua escola e participe. As vagas são limitadas.

 

Procure a sub-sede da UMES na sua região:

 

Centro-Norte: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista – Fone: 3289-7452

Leste: Rua Padre João, 128 – Sala 12 – Penha – Fone: 2692-0451

Sul: Rua Barão de Duprat, 312 – 2º andar – Santo Amaro – Fone: 5521-0875

Oeste: Rua Monteiro de Melo, 67 – Sala 12 – Lapa – Fone: 3672-7647

 

Informações: umes@umes.org.br/3289-7452

Estudantes espanhóis se levantam contra cortes e privatização do ensino

Uma multidão de estudantes, pais e professores tomaram as ruas de Madrid e outras cidades ao mesmo tempo em que ocorria greve de 72 horas

 

Mais de 150 mil estudantes se manifestaram, na quarta-feira (22), na Espanha, contra os cortes de orçamento, a privatização do ensino e contra o desemprego dos professores. Os protestos aconteceram no segundo dia de uma greve de 72 horas, convocada pelo Sindicato de Estudantes, entidade que congrega os alunos do ensino secundário e universitário.

Em Madrid, em marcha que reuniu mais de 60 mil pessoas, os manifestantes percorreram desde a estação de trem de Atocha até a central praça Puerta del Sol, exigindo ainda a demissão do ministro de Educação, José Wert, e a retirada da chamada Lei Orgânica para a Melhoria Educativa cuja aprovação esta prevista para os próximos dias.

“Desde o Sindicato de Estudantes dizemos alto e claro: voltaremos às ruas até obrigar Wert a retirar sua contra-reforma franquista e sua agenda privatizadora da educação pública, e até que renuncie de uma vez. E temos que fazer isso todos juntos: estudantes, mães, pais e professores”, assinalaram em nota.

“A greve de três dias foi respaldada nos colégios de ensino secundário por mais de 90% na maioria das regiões do país, e nas universidades é completamente majoritária: Mais de dois milhões de estudantes esvaziamos as aulas, e milhares enchemos as ruas!”, informaram.

Segundo os organizadores, em um ano e meio se reduziu a quantidade de professores em 32 mil 801, apesar do aumento em 55 mil alunos, enquanto a reforma da lei aponta para uma discriminação maior dos estudantes de menos recursos a ao enfraquecimento da escola pública.

O Sindicato denunciou também que 45.000 estudantes já foram expulsos da Universidade por não poder custear as novas taxas, que aumentaram 66%. “Só poderá ter estudos universitários quem disponha de cerca de 20.000 euros para pagá-los, ou seja, uma reduzida minoria.” Os estudantes reivindicam uma educação “pública, laica, de qualidade, e gratuita”.

Afirmaram que isso é a ponta do iceberg porque se espera um corte orçamentário na educação para 2015 que não foi anunciado, e deve ser maior do que esse já em andamento. Avaliam que, nos últimos cinco anos, a redução das verbas para a educação é de quase sete bilhões de euros.

A privatização que pretendem atinge a universidade, o segundo grau e até escolas primárias e creches.

Outra consequência dos cortes é a supressão de subvenções para livros, restaurantes estudantis e transporte, além da eliminação de medidas para garantir a amplitude das matérias.

Tudo isso se agrava com a elevação do desemprego o que reduz a condição de muitas famílias custearem os estudos dos seus entes mais jovens.

Além da capital, mais de 20.000 saíram às ruas de Barcelona e milhares em Tarragona e no restante da Catalunha. No País Basco, cerca de 15.000 em Bilbao, mais de 3.000 em Donosti e de 4.000 em Gasteiz. Na Andaluzia mais de 10.000 entre Sevilha e Málaga. Em Astúrias, onde a greve foi grande, milhares se manifestaram em Oviedo e Gijón, como também nas capitais da Galícia e de Valencia. Em todas as cidades de meio porte a greve e as manifestações tiveram forte presença. Na quinta, continuam as manifestações com assembleias e com a adesão de entidades de professores e dos pais dos alunos.

A crise econômica que atingiu a Europa nos últimos anos teve um impacto particularmente significativo no mercado de trabalho da Espanha, onde o desemprego está em torno de 26%.

O desemprego entre os jovens alcançou níveis assombrosos: em setembro, para aqueles com 24 anos ou menos, chegou a 56%.

 

SUSANA SANTOS do Hora do Povo