Mostra Mosfilm – 90 anos é encerrada nesta quarta-feira com “Tigre Branco”

O filme “Tigre Branco”, de Karen Shakhnazarov encerra nesta quarta-feira (19) a mostra “Mosfilm – 90 anos” na Cinemateca Brasileira.

A mostra, uma parceria do Mosfilm com o Centro Popular de Cultura da UMES, trouxe uma seleção de 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético. Conforme informa o CPC-UMES, dos 10 filmes selecionados nenhum foi exibido em cinema ou TV, no Brasil, e só dois podem ser encontrados em DVD.

Tigre Branco retrata os dias finais da 2ª Guerra Mundial e a resistência soviética ao nazismo de forma surpreendente, unindo filosofia e mistério. O filme foi o representante da Rússia ao Oscar de melhor filme estrangeiro, no ano passado, e rendeu a Shakhnazarov o prêmio de Melhor Diretor no IX Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre, também em 2013.

O Mosfilm, criado em 1924 e desde 1998 dirigido por Karen Shakhnazarov, década em que foi totalmente renovado e modernizado, abriga um acervo de mais de 2.500 filmes de diretores que ajudaram a criar a história do cinema mundial, como Sergei Eisenstein, Aleskandr Dovzhenko, Vsevolod Pudovkin, Ivan Pyriev, Grigori Aleksandrov, Mikhail Romm, Gigori Chukhrai, Mikhail Kalatozov, Serguei Bondarchuk, Andrei Tarkovsky, Leonid Gaiday e outros. Atualmente ainda é o maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa.

 

Veja o trailer do filme:

 

O longa também abriu a mostra na última quinta-feira (13). No lançamento esteve presente o vice-diretor-geral do Mosfilm, Igor Bogdasarov. Confira abaixo sua entrevista ao Hora do Povo.

 

HP – Como se sentiu ao abrir a mostra para os brasileiros?

Igor – O destino me colocou na condição de representar o Mosfilm num evento tão importante. E eu me senti não apenas como o representante do cinema russo, mas também do povo russo.

Uma responsabilidade muito grande, pois para mim é muito importante que os brasileiros vejam os filmes e saibam do que falam, o que eles querem dizer e que possam entendê-los, assim como nós.

 

HP – O que acha do cinema russo como intérprete da sociedade e da cultura russas?

Igor – A arte existe para transmitir as emoções, revelar a vida e o sentimento das pessoas. E o cinema é capaz disso. Não atua apenas no terreno racional. Através do cinema se pode chegar até a alma, ir direto ao coração. O cinema é um dos meios mais adequados para mostrar o que acontece no interior das pessoas e de uma sociedade.

 

HP – Seria justo afirmar que uma mostra como essa vai no sentido de aproximar o conhecimento entre os nossos povos…

Igor – Sem dúvida, assim como outras que virão – realmente vão aproximar as duas culturas. Mostras como esta, podem se apoiar, na atualidade, em todo o desenvolvimento da informática e técnica, o que nos facilita tornar esta aproximação uma realidade. Aí estão os meios de transporte, a internet, para acompanhar o núcleo das mostras e então, através de todos estes meios, vamos conseguir aprofundar relacionamentos.

 

HP – Na seleção de filmes houve algum norte?

Igor – O Mosfilm não participou na seleção; foi o CPC que fez a escolha, mas para mim é uma escolha muito boa, revela um entendimento muito profundo do nosso cinema, são filmes maravilhosos, muito importantes e muito representativos de cada época com os melhores diretores da Rússia e União Soviética. Revelam realmente diferentes aspectos da vida e da história da União Soviética e da Rússia.

 

HP – Iniciativas como essa podem ajudar a criar uma atmosfera de retomada nas relações entre produtores de cinema dos nossos países?

Igor – Mostras como a de hoje apontam ao início de processos diferentes do que estamos acostumados a ver nos últimos tempos. Na Rússia também a comercialização do cinema americano é muito forte. Eles estão fazendo a parte deles, e nós temos que fazer a nossa. O cinema russo, por um lado e o dos demais países, por outro. Cada um de nós tem que incentivar o desenvolvimento de sua cultura e sempre que possível difundir a cultura dos demais povos em seus países para que as pessoas conheçam umas às outras sem mediações e ter suas próprias opiniões sobre os demais países. Mas é preciso ter claro que um evento como esse sozinho não vai produzir mudança significativa, nós precisamos trabalhar para que estes eventos adquiram um caráter de regularidade. Por isso ele não pode ser o último, mas o primeiro de uma série que acontecerá periodicamente.

 

HP – Há mais alguma coisa que você gostaria de ressaltar?

Igor – Para mim é muito importante destacar que apesar de estar contente com o avanço desta mostra, ainda estou um pouco pessimista, pois, nossos governos, acham melhor ficar fora do desenvolvimento cultural. E isso dificulta os enlaces entre as culturas. Não há a devida atenção dos nossos governos em fazer, cada qual, a sua cultura conhecida nos demais países. Há uma abordagem distante e fria. Temos que dar os primeiros passos, pois, assim como todos precisam de roupa, alimento e abrigo, necessitam também da educação. É necessário o desenvolvimento moral e cultural, para que saibam distinguir o que é bom do que é mal. Então os governos precisam atuar juntos não só para o desenvolvimento comercial, econômico, mas também na aproximação e desenvolvimento de laços culturais e isto não está sendo feito muito bem.

E para não concluir a entrevista de forma triste, quero dizer que vou levar para o meu país o quanto estou maravilhado com o Brasil e o povo brasileiro. Estou aqui pela primeira vez, mas neste pouco tempo já consegui perceber o quanto o povo brasileiro tem de comum com o nosso. É um povo extremamente aberto, amistoso e agora entendo por que o povo russo adora, ama o Brasil. Entendo que, para fazer este relacionamento funcionar, é muito simples porque ele pode se desenvolver sobre esta base concreta. E assim, tenho a certeza de que podemos esperar muito dessa aproximação. E já estou aguardando a próxima oportunidade de voltar aqui.

Confira as tabelas da etapa regional dos 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo

Confira aqui as tabelas dos jogos regionais do 3º JESP: 

 

Jogos Centro-Norte – Pacaembú

 

Jogos Oeste – Piritubão

 

Jogos Sul – Clube Atlético Indiano

 

Jogos Leste – ETEC de Esporte

Veja aqui a visita do diretor da Mosfilm à sede UMES

Acompanhando a mostra que comemora 90 anos do maior estúdio de cinema da Rússia e um dos maiores da Europa, o Mosfilm, seu vice-diretor geral Igor Bogdasarov esteve na sede da UMES para conhecer mais de perto o trabalho da entidade e sua diretoria.

 

Uma parceria entre o Centro Popular de Cultura da UMES e o estúdio possibilitou a realização da exibição de 10 filmes representativos do período soviético e pós-soviético, em cartaz até quarta-feira (19) na Cinemateca Brasileira. Além da mostra intitulada “Mosfilm – 90 anos”, o CPC-UMES licenciou a distribuição de 18 filmes em DVD’s, dos quais cinco já estão disponíveis para a venda como “Lenin em Outubro”, Volga-Volga” e “A Mãe”. Os filmes que compõe a mostra e alguns dos que estão sendo comercializados em DVD são inéditos na televisão e nos cinemas do Brasil.

 

Na visita, Igor agradeceu a entidade pela disposição de trazer ao Brasil um pouco da cinematografia russa, até então pouquíssimo conhecida. Ele elogiou o trabalho da entidade e afirmou que o desejo da Mosfilm é que esta parceria seja cada vez mais fortalecida.

Marcos Kauê, presidente da UMES, presenteou o diretor da Mosfilm com dois CD’s do catalogo do CPC-UMES e agradeceu, em nome dos estudantes, a oportunidade de apresentar através da mostra e dos filmes licenciados as produções de “altíssima qualidade do povo russo, que sempre nos impressionaram pela capacidade de retratar a realidade”.

 

 

A mostra “Mosfilm – 90 anos”, organizada pelo CPC-UMES vai até quarta-feira (19) na Cinemateca Brasileira e a entrada é gratuita. (Confira aqui a programação completa).

Mostra Mosfilm – 90 anos exibe “A Mãe” nesta segunda-feira

A mostra “Mosfilm – 90 anos” exibe nesta segunda-feira (17) o filme A Mãe, de Gleb Panfilov. A mostra, uma parceria da Cinemateca com o Centro Popular de Cultura da UMES, vai até o dia 19 trazendo uma seleção de 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético (ver programação completa abaixo). Conforme informa o CPC-UMES, dos 10 filmes selecionados nenhum foi exibido em cinema ou TV, no Brasil, e só dois podem ser encontrados em DVD.

 

A MÃE

 

Gleb Panfilov (1989), com Irina Churikova, Viktor Rakov, Liubomiras Lauciavicius, Aleksandr Shishonok, URSS, 200 min.

 

Sinopse

 

Retrato duro, vigoroso e pungente da Rússia pré-revolucionária, focado na transformação de Pelageya Nilovna, de camponesa submissa, escrava dos seus medos e da brutalidade doméstica, em mulher que se engaja na luta dos trabalhadores, ocupando progressivamente o lugar de seu filho Pavel, preso e encarcerado pela polícia política. Realizada por Gleb Panfilov, em 1989, esta é a quarta adaptação cinematográfica do romance homônimo de Maksim Gorky, As outras três são de Vselvolod Pudovkin (1926), Leonid Lukov (1941) e Mark Donskoy (1956). Ganhou o Prêmio Especial do Juri no Festival de Cannes.

 

Direção: Gleb Panfilov (1934- )

Gleb Panfilov nasceu em Magnitogorsk, nos Urais, graduou-se no Instituto Politécnico, foi supervisor de turno em uma fábrica de produtos químicos. Trabalhou como chefe do departamento de propaganda da Juventude Comunista de Sverdlovsk. Diretor da TV local, realizou vários documentários entre 1958-63. Estudou direção no VGIK. Formou-se em 1966 e ingressou no estúdio Lenfim, onde realizou seu primeiro longa. “No Caminho Através de Fogo” (1967) recebeu o Leopardo de Ouro, no Festival de Locarno. “Início” (1970) e “Senhor Presidente” (1975) foram respectivamente premiados no festivais de Berlim e Barcelona. Transferiu-se para o Mosfilm em 1977. Entre seus filmes estão “Tema” (1979), Urso de Ouro no Festival de Berlim: duas adaptações de Gorki, “Vassa” (1983) e “A Mãe” (1989); “Os Romanoff, Família Imperial” (2001); “Culpado Sem Culpa” (2008). Desde 1986 atua também como diretor de teatro.

 

Argumento Original: Maksim Gorki (1868-1936)

Fundador do realismo socialista, ativo militante do partido bolchevique, amigo e colaborador de Lenin, e depois de Stalin, Alexei Maksimovich Pechkov, pseudônimo Maksim Gorky, é ainda hoje considerado o maior escritor em língua russa, na qual despontaram expoentes como Pushkin (1799-1837), Gogol (1809-52), Dostoievski (1821-81), Tolstói (1828-1910), Tchecov (1860-1904), Maiakovski (1893-1930), Fadeyev (1901-56), Ehrenburg (1891-1967), Sholokhov (1904-84), Simonov (1915-79) e outros. Suas obras registram personagens que integravam as classes exploradas: operários, vagabundos, prostitutas, homens e mulheres do povo. Autores realistas e naturalistas já tinham incorporado estes setores à literatura, mas, mesmo com simpatia, olhavam para os pobres de fora. Gorki conhecia aquele universo por dentro e soube captar o que havia de mais profundo na alma russa. Entre suas obras destacam-se “Pequenos Burgueses” (teatro, 1901), “Ralé” (teatro, 1901), “Os Inimigos” (teatro, 1906), “A Mãe” (romance, 1906-07), “A Confissão” (romance, 1908), “Infância” (romance autobiográfico, 1913-14), “Ganhando Meu Pão” (romance autobiográfico, 1915-16), “Minhas Universidades” (romance autobiográfico, 1923), “A Casa dos Artamonov” (romance, 1925), “Quarenta Anos: A vida de Klim Sanghin” (tetralogia, 1925-36), “Yegor Bulychóv e os Outros” (romance, 1932). “Vassa Zheleznova” (teatro, 1910/1935).Gorki morreu em 18 de junho de 1936, vítima de envenenamento. O assassinato foi descrito e analisado, detalhadamente, nas duas sessões do dia 8 de março de 1938 do Colégio Militar da Corte Suprema da URSS.

 

Música Original: Vadim Bibergan (1937- )

Compositor e ator, Vadim Bibergan nasceu em Moscou, Graduou-se em piano e composição no Conservatório Ural (1961). Sob a orientação de Shostakovich, estudou no Conservatório de Leningrado, onde obteve a pós-graduação em 1968. Escreveu a música de todos os filmes de Gleb Panfilov. Seu trabalho para a indústria cinematográfica compreende também as trilhas musicais de outros 40 filmes, entre os quais, "O Jogo, De Preferência às Sextas-Feiras" e "A Segunda Tentativa de Victor Krokhin" (I. Sheshukov, 1977 e 1984), "Perdoa-me" (Ernest Yasan, 1985), "Chicha" (V. Melnikov, 1991), "Venha Me Ver" (O. Yankovsky e M. Agranovich, 2001).

Cinemateca Brasileira

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino

(11) 3512-6111

Inf.:  (11) 4327-0757

 

Programação da Mostra

 

Quinta-feira – 13 de novembro

20h – Tigre Branco

Direção: Karen Shakhnazarov (2012). Shakhnazarov mescla filosofia e mistério nesta batalha entre o tanquista Naydenov e um "tanque fantasma" alemão, nos dias finais da 2ª. Guerra Mundial. Recebeu indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

 

Sexta-feira – 14 de novembro

17h – A Linha Geral

Direção: Sergei Eisenstein (1929). O mais aclamado dos cineastas soviéticos toma como pano de fundo a coletivização da agricultura para contar como a chegada de uma desnatadeira e um trator podem modificar antigos e tradicionais padrões de pensamento.

 

19h30 – Lenin em Outubro

Direção: Mikhail Romm (1938). Dez anos depois do "Outubro", de Eisenstein, onde o protagonista são as massas trabalhadoras, Romm aceita o desafio de individualizar e dar vida à figura de Lenin.

 

21h30 – Às Seis da Tarde Depois da Guerra

Direção: Ivan Pyriev (1944). Musical sobre a saga de dois amantes que, separados pela guerra, prometem reencontrar-se no Dia da Vitória. De 1929 a 1969, Pyriev dirigiu 18 filmes, entre os quais "Cartão do Partido" (1936), "Tratoristas" (1939), "Cossacos de Kuban" (1949).

 

Sábado – 15 de novembro

16h – Primavera

Direção: Griori Aleksandrov (1947). Quarta comédia musical estrelada por Liubov Orlova sob a direção de Aleksandrov, cineasta que assina com Eisenstein os roteiros de "A Greve" (1925), "Outubro" (1928), "Linha Geral" (1929), "Que Viva México" (1932). A história se passa nos primeiros anos da reconstrução da URSS, após a 2a. Guerra Mundial.

 

18h – O Retorno de Vasili Bortnikov

Direção: Vselvolod Pudovkin (1952). Dado como desaparecido na guerra, Vasili Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Último filme do lendário diretor dos clássicos "Mãe" (1926) e "Tempestade Sobre a Ásia" (1928).

 

20h – O Fascismo de Todos os Dias

Direção: Mikhail Romm (1965). Narrado pelo próprio diretor, que pôs a alma nesse projeto repleto de inovações formais, "Fascismo de Todos os Dias" é, ainda hoje, considerado por muitos como o mais profundo, completo e impactante documentário produzido sobre o tema.

 

Domingo – 16 de novembro

16h – As 12 Cadeiras

Direção: Leonid Gaidai (1971). Na Rússia Soviética, ex-aristocrata procura os diamantes escondidos pela sogra – baseado no romance de Ilia Ilf e Evgueni Petrov. Campeãs de bilheteria, as comédias de Gaidai venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS.

 

19h – Sonhos

Direção: Karen Shakhnazarov/Aleksandr Borodyansky (1993). No final do século 19, a condessa Prizorovu é atormentada por picantes sonhos nos quais se vê transportada à Rússia pós-soviética. Ácida reflexão de Shakhnazarov sobre o rumo tomado pela restauração capitalista.

 

Segunda-feira – 17 de novembro

19h – A Mãe

Direção: Gleb Panfilov (1989). Egresso do VGIK, onde também se formaram Klimov, Tarkovsky, Chukhrai e outros expoentes da sua geração, Panfilov realiza, após Pudovkin (1926), Leonid Liukov (1941) e Mark Donskói (1956), a quarta filmagem do célebre romance de Maxim Gorki.

 

Terça-feira – 18 de novembro

19h – Reprise: Sonhos

21h – Reprise: O Fascismo de Todos os Dias

 

Quarta-feira – 19 de novembro

19h – Reprise: Tigre Branco

Abertura da mostra “Mosfilm – 90 anos” reúne centenas de espectadores na Cinemateca

Foi aberta na última quinta-feira (13) com o filme “Tigre Branco” a mostra de cinema russo “Mosfilm – 90 anos” na Cinemateca Brasileira. Com curadoria do Centro Popular de Cultura da UMES, estão sendo exibidos 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético (ver programação completa abaixo). Conforme informa o CPC-UMES, dos 10 filmes selecionados nenhum foi exibido em cinema ou TV, no Brasil, e só dois podem ser encontrados em DVD.

A abertura da mostra contou com a presença de Igor Bogdasarov que é vice-diretor geral do Mosfilm. Bogdasarov afirmou sua satisfação em realizar uma mostra que apresenta o cinema e a história de seu país aos brasileiros.

“Queria agradecer aos organizadores por permitirem este momento e pela lista de filmes que eles escolheram que é uma lista muito representativa de filmes russos e soviéticos, capaz de traçar um belo retrato das diferentes épocas do cinema soviético e russo e apresenta alguns dos mais destacados diretores de cinema. São sem dúvida, grandes obras de arte e que mostram a realidade que se vive e se vivia ao longo destes quase cem anos de história”, afirmou.

“Enfim, estou muito feliz de estar aqui não apenas como diretor do Mosfilm, mas também como cidadão russo e de saber que vocês vão poder compartilhar conosco essa nossa história e nossa cultura. Eu tenho a certeza de que este evento não será o único, mas o início de várias mostras e exibições que vão acontecer daqui em diante”.

Gabriel Alves, que é presidente do CPC-UMES explicou ao público presente a importância da iniciativa e da parceria entre a entidade a Mosfilm que foi o que possibilitou a mostra.

“São filmes de altíssima qualidade e que no entanto nunca chegaram até as telas do Brasil. Não chegaram à exibição talvez por apresentarem uma importante atualidade, uma importante diversidade, pelas mensagens importantes que trazem e pelo seu conteúdo. Na área do cinema o monopólio que se tornou a produção norte-americana estrangula e dificulta o acesso à produção de todo os países, pois não interessa ao monopólio ceder qualquer espaço às demais produções. Foi neste sentido que o CPC da Umes estabeleceu uma parceria com a Mosfilm e que vai significar o lançamento de 18 filmes aqui no Brasil, através de DVDs que serão produzidos, dos quais cinco já estão à venda”, ressaltou o presidente do CPC-UMES. 

 

O Mosfilm, criado em 1924, abriga um acervo de mais de 2.500 filmes de diretores que ajudaram a criar a história do cinema mundial. Atualmente ainda é o maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa.

 

Ainda dá tempo de assistir alguns filmes da mostra, que vai até próxima quarta-feira (19). O próprio Tigre Branco, exibido na estreia, será reapresentado no último dia. Tigre Branco retrata os dias finais da 2ª Guerra Mundial e a resistência soviética ao nazismo de forma surpreendente, unindo filosofia e mistério. O filme foi o representante da Rússia ao Oscar de melhor filme estrangeiro, no ano passado, e rendeu ao diretor Karen Shakhnazarov o prêmio de Melhor Diretor no IX Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre, também em 2013.

 

Notas sobre o "Tigre Branco"

Extratos do artigo de Elena Zhuk e Halina Zhuk, publicado em Rússia Profile, edição de 20/06/2012

Shakhnazarov disse na estreia de "Tigre Branco" no Cinema Oktyabr, que havia dedicado o filme a seu pai, que ingressou no exército, quando ele tinha 18 anos, bem como para os milhões de seus irmãos de armas.

O personagem principal, condutor de tanque Ivan Naidenov, interpretado por Alexei Vertkov, tem o corpo todo queimado em uma batalha. Como por milagre, suas queimaduras se curam rapidamente e o herói, que perdeu a memória, revela novas habilidades, como a de conversar com tanques que lhe contam suas histórias e pedem ajuda contra o Tigre Branco.

O Tigre Branco é uma encarnação mística da convicção dos nazistas na legitimidade de suas ações. Nos momentos mais inesperados, ele surge no campo de batalha para destroçar os tanques soviéticos com precisão sobre-humana.

O diretor compara a luta entre o homem e a máquina com o confronto entre o homem e a baleia de Herman Melville em Moby Dick.

Há uma óbvia referência à "besta loira" de Nietzsche["na base de todas as raças aristocráticas existe o animal de rapina"], quando o Tigre Branco surge na tela, acompanhado pela música de Richard Wagner.

No monólogo final, escrito pelos roteiristas, Shakhnazarov, Boyashov e Borodyansky, com base em fragmentos dos discursos do Führer, Hitler disserta sobre a inevitabilidade da guerra e argumenta que a Alemanha comprometeu-se apenas com algo que o resto da Europa há muito ardia de desejo para realizar.

 

Confira o trailer do longa: 

 

Serviço:

 

Cinemateca Brasileira

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino

(11) 3512-6111

contato@cinemateca.org.br

 

Programação da Mostra

 

Quinta-feira – 13 de novembro

 

20h – Tigre Branco

Direção: Karen Shakhnazarov (2012). Shakhnazarov mescla filosofia e mistério nesta batalha entre o tanquista Naydenov e um "tanque fantasma" alemão, nos dias finais da 2ª. Guerra Mundial. Recebeu indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

 

Sexta-feira – 14 de novembro

17h – A Linha Geral

Direção: Sergei Eisenstein (1929). O mais aclamado dos cineastas soviéticos toma como pano de fundo a coletivização da agricultura para contar como a chegada de uma desnatadeira e um trator podem modificar antigos e tradicionais padrões de pensamento.

19h30 – Lenin em Outubro

Direção: Mikhail Romm (1938). Dez anos depois do "Outubro", de Eisenstein, onde o protagonista são as massas trabalhadoras, Romm aceita o desafio de individualizar e dar vida à figura de Lenin.

 

21h30 – Às Seis da Tarde Depois da Guerra

Direção: Ivan Pyriev (1944). Musical sobre a saga de dois amantes que, separados pela guerra, prometem reencontrar-se no Dia da Vitória. De 1929 a 1969, Pyriev dirigiu 18 filmes, entre os quais "Cartão do Partido" (1936), "Tratoristas" (1939), "Cossacos de Kuban" (1949).

 

Sábado – 15 de novembro

 

16h – Primavera

Direção: Griori Aleksandrov (1947). Quarta comédia musical estrelada por Liubov Orlova sob a direção de Aleksandrov, cineasta que assina com Eisenstein os roteiros de "A Greve" (1925), "Outubro" (1928), "Linha Geral" (1929), "Que Viva México" (1932). A história se passa nos primeiros anos da reconstrução da URSS, após a 2a. Guerra Mundial.

 

18h – O Retorno de Vasili Bortnikov

Direção: Vselvolod Pudovkin (1952). Dado como desaparecido na guerra, Vasili Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Último filme do lendário diretor dos clássicos "Mãe" (1926) e "Tempestade Sobre a Ásia" (1928).

 

20h – O Fascismo de Todos os Dias

Direção: Mikhail Romm (1965). Narrado pelo próprio diretor, que pôs a alma nesse projeto repleto de inovações formais, "Fascismo de Todos os Dias" é, ainda hoje, considerado por muitos como o mais profundo, completo e impactante documentário produzido sobre o tema.

 

Domingo – 16 de novembro

 

16h – As 12 Cadeiras

Direção: Leonid Gaidai (1971). Na Rússia Soviética, ex-aristocrata procura os diamantes escondidos pela sogra – baseado no romance de Ilia Ilf e Evgueni Petrov. Campeãs de bilheteria, as comédias de Gaidai venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS.

 

19h – Sonhos

Direção: Karen Shakhnazarov/Aleksandr Borodyansky (1993). No final do século 19, a condessa Prizorovu é atormentada por picantes sonhos nos quais se vê transportada à Rússia pós-soviética. Ácida reflexão de Shakhnazarov sobre o rumo tomado pela restauração capitalista.

 

Segunda-feira – 17 de novembro

19h – A Mãe

Direção: Gleb Panfilov (1989). Egresso do VGIK, onde também se formaram Klimov, Tarkovsky, Chukhrai e outros expoentes da sua geração, Panfilov realiza, após Pudovkin (1926), Leonid Liukov (1941) e Mark Donskói (1956), a quarta filmagem do célebre romance de Maxim Gorki.

 

Terça-feira – 18 de novembro

19h – Reprise: Sonhos

 

21h – Reprise: O Fascismo de Todos os Dias

 

Quarta-feira – 19 de novembro

 

19h – Reprise: Tigre Branco

3º JESP é lançado em cerimônia nesta sexta

Na noite de sexta-feira, 14 de novembro, aconteceu a cerimônia e jantar de lançamento da 3ª edição dos Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo – JESP. Autoridades, professores de educação física, diretores de escolas e claro, os alunos –atletas desta edição marcaram presença na Cantina Itália Mia, no bairro do Bixiga.

O lançamento oficial do JESP deu o pontapé inicial para os jogos, que se iniciam nesta segunda-feira (17) com as etapas regionais.

A solenidade foi iniciada com a composição da mesa pelo presidente da UMES, Marcos Kauê; o diretor de Esportes de UMES, Caio Sampaio; o Deputado Federal Vicente Cândido, a presidente da Microcamp Internacional, Marlene Nicolau; o Vice-presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Vanildo Oliveira; o coordenador da ONG Mensageiros da Esperança, Renato Gomes; e pelo coordenador da Comissão Técnica da Seleção Brasileira de Remo Paralimpico, José Paulo Sabadini. Após a execução do Hino Nacional Brasileiro, o presidente da UMES tomou a palavra e deu por lançada a terceira edição dos Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo.

“É muito importante poder recebê-los aqui no dia de hoje, quando lançamos mais um projeto realizado pela UMES, que neste mês completou 30 anos de histórias e lutas. Para nós, o JESP é uma realização imensa, que condensa uma luta de muitos anos: a luta por uma escola que valorize todos os potenciais da juventude e que valorize a prática esportiva, que tem poder transformador”, afirmou Kauê.

“Iniciamos agora a terceira edição, que reflete o sucesso deste projeto desde a primeira. São estudantes do ensino médio de escolas públicas da cidade de São Paulo que participarão do campeonato nas modalidades de Futsal, Handebol, Voleibol e, pela primeira vez, Xadrez. Ter colocado, desde a segunda edição, as contrapartidas obrigatórias de inscrição a coleta de materiais recicláveis e os cineclubes para debater o esporte também é uma grande vitória. Nosso projeto alia esporte à consciência ambiental e social”, explicou.

O projeto recolheu cerca de 60 mil latinhas de alumínio, 34mil unidades de garrafas pet e 10 mil quilos de papel/jornal. Além disso, 15 mil jovens foram espectadores dos cineclubes realizados nas escolas.

Antes de terminar, Kauê agradeceu:

“Não posso concluir minha fala sem antes agradecer à BR Distribuidora e a Petrobrás, que mostram, além da sua importância para o país o seu compromisso com a juventude e com o social. Agradecer imensamente ao Deputado Vicente Cândido, que além de dedicar boa parte do seu mandato às questões da juventude, educação e cultura, teve papel fundamental para a realização deste projeto desde a primeira edição. Agradecer à parceria da Microcamp, que sempre trata com muito carinho e atenção tudo que a UMES faz. E agradecer a dedicação dos professores de educação física, que apesar das dificuldades não abrem mão de buscar o melhor para seus alunos; e aos bravos atletas deste JESP”, concluiu.

O deputado federal Vicente Cândido, que ajudou na articulação e realização do JESP, se pronunciou levantando a importância do projeto.

“São inúmeros os exemplos do caráter transformador da sociedade e da educação que o esporte tem. E o JESP é um exemplo disso. Parabéns à UMES pelo papel exemplar que cumpre na luta pela transformação da educação e da juventude”, afirmou o parlamentar.

“Renovo aqui meu compromisso com esse pleito: o de fomentar a prática esportiva dentro e fora da escola. Coloco o meu mandato à disposição desta luta”, concluiu Vicente.

“Gostaria de dar parabéns a toda direção da UMES, vocês fazem um trabalho fantástico. É um orgulho conhecer e fazer parte de tudo isso. Só pode dizer que a juventude não quer saber de política quem nunca participou de um congresso da UMES. Vocês correm atrás dos direitos, das necessidades daqueles que se calam. A Microcamp apoia vocês em 100% sempre”, afirmou Marlene Nicolau, presidente da Microcamp.

Para encerrar a solenidade, a diretoria da UMES exibiu as camisas e as bolas que serão utilizadas pelas equipes nos jogos. Também estive presente o tetra campeão paulista de Rema Paralimpico, Renato Moinhos; Gilmar Lima, 7º lugar no Campeonato Brasileiro de Remo Paralimpico da categoria AS; e Silvan Braga, 6º lugar na Copa do Mundo de Remo e 2º lugar no Campeonato Brasileiro pela categoria AS.  Após a cerimônia, o jantar foi servido.

Para a coordenadora técnica do JESP, Daniela Gabriel, esta edição tem tudo para ser um sucesso.

“É um orgulho muito grande estar participando da terceira edição do JESP, já há dois anos à frente como coordenadora técnica. Este projeto é pioneiro, não só pelo campeonato, mas pelo conteúdo da consciência ambiental e social, que coloca o esporte como transformador”, disse.  

“As escolas vieram bem representadas. O lançamento está sendo surpreendente, com muitos professores e alunos, é um belo pontapé inicial. Esta edição tem tudo para ser um sucesso”, afirmou Daniela.

Nos depoimentos de alunos e professores,deu para sentir a animação e o orgulho de ter chegado até esta fase.

“É a primeira vez que participo do JESP e estou achando maravilhoso. Estamos treinando bastante. Apesar das dificuldades de recolher os materiais recicláveis, não desanimados. Estamos treinando 4 vezes por semana, no sol e na chuva. E o que a gente mais quer é nossa equipe seja campeã. Vamos buscar esse campeonato”, disse Gabriel, de 17 anos da EE Presidente Roosevelt. Sua equipe disputará o Futsal pela região centro norte.

“O projeto é maravilhoso e tenho muito orgulho de a minha equipe ter sido campeã no ano passado”, afirmou o professor Ulisses, da EE México.

“Para esta edição, acredito que o meu vôlei masculino tem chance de ser campeão.No futsal também temos equipes para disputar. Espero de repente fazer duas finais, pois o treino está pesado, com várias equipes juntas. Temos bolas 6.0 que foram doadas por você e estamos ansiosos com o inicio do campeonato”, disse, animado.

“As contrapartidas foram importantes pra unir a equipe. Reciclar é importante”, concluiu o professor Ulisses.

Para Renato, que é coordenador da ONG Mensageiros da Esperança, o projeto incentiva os jovens a pensarem no meio ambiente e no planeta. Os materiais recicláveis recolhidos nas escolas serão doados para sua associação, onde serão transformados em produtos decorativos, presentes e muito mais.

“O projeto é muito legal, incentiva e mobiliza os alunos a pensarem na reciclagem, o que é uma iniciativa importante para o meio ambiente e para o planeta”, disse.

O depoimento do professor Newton, da EE Charles de Gaulle foi emocionante:

“Dizem que sou o pioneiro de participação, pois estou com as minhas equipes desde o primeiro projeto, em 2011, inclusive convocando os outros professores. Isso significa que o JESP é uma trajetória, uma luta diária e intensa da UMES. E no que depender de nós, vamos vencer essa luta” afirmou.  

“O projeto se transformou em um importante elo de ligação entre a escola e a entidade. A partir do JESP, vieram vários projetos em conjunto, como o da conscientização sobre as drogas, realizado este ano. E eu, que sou apaixonado pela educação e pelo esporte, vou fazer de tudo para que essa relação seja cada vez mais estreita”, contou Newton.

“Estamos participando com 5 equipes, com a inclusão do xadrez. Espero uma terceira edição vibrante, com muitas emoções, e que todo envolvimento que tivemos até agora com o recolhimento do material, os alunos gostaram muito do filmes, seja coroado com uma participação brilhante nos jogos. Vibração e emoção para disputar, porque a derrota vai vir para um lado ou pro outro. Mas essa participação os alunos carregarão pro resto da vida. E eu também carrego”.

Mostra de cinema russo é aberta nesta quinta-feira com “Tigre Branco”

No próximo dia 13, a Cinemateca Brasileira abre a mostra "Mosfilm – 90 Anos", com a exibição de Tigre Branco, de Karen Shakhnazarov.

A mostra, uma parceria da Cinemateca com o Centro Popular de Cultura da UMES, vai até o dia 19 trazendo uma seleção de 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético (ver programação completa abaixo). Conforme informa o CPC-UMES, dos 10 filmes selecionados nenhum foi exibido em cinema ou TV, no Brasil, e só dois podem ser encontrados em DVD.

Tigre Branco retrata os dias finais da 2ª Guerra Mundial e a resistência soviética ao nazismo de forma surpreendente, unindo filosofia e mistério. O filme foi o representante da Rússia ao Oscar de melhor filme estrangeiro, no ano passado, e rendeu a Shakhnazarov o prêmio de Melhor Diretor no IX Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre, também em 2013.

O Mosfilm, criado em 1924 e desde 1998 dirigido por Karen Shakhnazarov, década em que foi totalmente renovado e modernizado, abriga um acervo de mais de 2.500 filmes de diretores que ajudaram a criar a história do cinema mundial, como Sergei Eisenstein, Aleskandr Dovzhenko, Vsevolod Pudovkin, Ivan Pyriev, Grigori Aleksandrov, Mikhail Romm, Gigori Chukhrai, Mikhail Kalatozov, Serguei Bondarchuk, Andrei Tarkovsky, Leonid Gaiday e outros. Atualmente ainda é o maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa.

 

Cinemateca Brasileira

Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino

(11) 3512-6111 

contato@cinemateca.org.br

Inf.:  (11) 4327-0757

 

Programação da Mostra

 

Quinta-feira – 13 de novembro

20h – Tigre Branco

Direção: Karen Shakhnazarov (2012). Shakhnazarov mescla filosofia e mistério nesta batalha entre o tanquista Naydenov e um "tanque fantasma" alemão, nos dias finais da 2ª. Guerra Mundial. Recebeu indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

 

Sexta-feira – 14 de novembro

17h – A Linha Geral

Direção: Sergei Eisenstein (1929). O mais aclamado dos cineastas soviéticos toma como pano de fundo a coletivização da agricultura para contar como a chegada de uma desnatadeira e um trator podem modificar antigos e tradicionais padrões de pensamento.

 

19h30 – Lenin em Outubro

Direção: Mikhail Romm (1938). Dez anos depois do "Outubro", de Eisenstein, onde o protagonista são as massas trabalhadoras, Romm aceita o desafio de individualizar e dar vida à figura de Lenin.

 

21h30 – Às Seis da Tarde Depois da Guerra

Direção: Ivan Pyriev (1944). Musical sobre a saga de dois amantes que, separados pela guerra, prometem reencontrar-se no Dia da Vitória. De 1929 a 1969, Pyriev dirigiu 18 filmes, entre os quais "Cartão do Partido" (1936), "Tratoristas" (1939), "Cossacos de Kuban" (1949).

 

Sábado – 15 de novembro

16h – Primavera

Direção: Griori Aleksandrov (1947). Quarta comédia musical estrelada por Liubov Orlova sob a direção de Aleksandrov, cineasta que assina com Eisenstein os roteiros de "A Greve" (1925), "Outubro" (1928), "Linha Geral" (1929), "Que Viva México" (1932). A história se passa nos primeiros anos da reconstrução da URSS, após a 2a. Guerra Mundial.

 

18h – O Retorno de Vasili Bortnikov

Direção: Vselvolod Pudovkin (1952). Dado como desaparecido na guerra, Vasili Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Último filme do lendário diretor dos clássicos "Mãe" (1926) e "Tempestade Sobre a Ásia" (1928).

 

20h – O Fascismo de Todos os Dias

Direção: Mikhail Romm (1965). Narrado pelo próprio diretor, que pôs a alma nesse projeto repleto de inovações formais, "Fascismo de Todos os Dias" é, ainda hoje, considerado por muitos como o mais profundo, completo e impactante documentário produzido sobre o tema.

 

Domingo – 16 de novembro

16h – As 12 Cadeiras

Direção: Leonid Gaidai (1971). Na Rússia Soviética, ex-aristocrata procura os diamantes escondidos pela sogra – baseado no romance de Ilia Ilf e Evgueni Petrov. Campeãs de bilheteria, as comédias de Gaidai venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS.

 

19h – Sonhos

Direção: Karen Shakhnazarov/Aleksandr Borodyansky (1993). No final do século 19, a condessa Prizorovu é atormentada por picantes sonhos nos quais se vê transportada à Rússia pós-soviética. Ácida reflexão de Shakhnazarov sobre o rumo tomado pela restauração capitalista.

 

Segunda-feira – 17 de novembro

19h – A Mãe

Direção: Gleb Panfilov (1989). Egresso do VGIK, onde também se formaram Klimov, Tarkovsky, Chukhrai e outros expoentes da sua geração, Panfilov realiza, após Pudovkin (1926), Leonid Liukov (1941) e Mark Donskói (1956), a quarta filmagem do célebre romance de Maxim Gorki.

 

Terça-feira – 18 de novembro

19h – Reprise: Sonhos

21h – Reprise: O Fascismo de Todos os Dias

 

Quarta-feira – 19 de novembro

19h – Reprise: Tigre Branco

 

 

SindCine promove debate com diretor dos estúdios Mosfilm, Igor Bogdasarov

 Igor Bogdasarov, vice-diretor-geral e engenheiro-chefe do Mosfilm, estará nesta sexta-feira (14) no Sindcine – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual para um debate sobre a cinematografia russa. A mediação será feita por Maria do Rosário Caetano e José Augusto de Blasis.

Bogdasarov visita o Brasil em razão da mostra de cinema "Mosfilm – 90", realizada entre os dia 13 e 19 de novembro, onde serão exibidos na Cinemateca Brasileira 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético.

Criado em 1924 o Mosfilm é não só é não só o mais antigo, como também o maior estúdio de cinema da Europa. Contamos com a sua presença!

 

 

 

 

Clique aqui para mais informações e consulte a programação da mostra

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SindCine: Rua Cel. Arthur de Godoi, 218 – Vila Mariana – 14 horas

 

 

 

Alunos ocupam 500 escolas na Grécia contra privatização do ensino

Na última segunda-feira (03) cerca de 500 escolas gregas foram ocupadas por estudantes, pais e professores em rechaço aos cortes perpetrados pelo governo na área da educação. A ação foi iniciada após uma manifestação em oposição aos cortes no orçamento para material escolar, corte de professores e alteração do atual programa educacional.

Em resposta à rejeição e manifestação popular contra os cortes, o governo grego, através do Ministro da Educação, Andreas Loverdos, afirmou apenas que irá intervir nas escolas para desocupá-las, e anunciou a solicitação de um decreto presidencial para que a justiça possa processar os milhares de jovens que estão mantendo as ocupações nas escolas.

Por sua vez professores e estudantes realizaram uma nova manifestação nacional nesta quinta feira, e pretendem intensificar a mobilização nacional como resposta a truculência do governo grego, que tem ignorado as solicitações pelo fim dos cortes, bem como manteve os estudantes sob constante ameaça de detenção, e em alguns casos submeteu estudantes a maus tratos através da ação da policia.

De acordo com as associações de pais, em diversas escolas, policiais prenderam e espancaram menores em cidades como Lamia e Jolargós. A esse respeito as associações exigem a devida investigação "para evitar que se repitam tais condutas, e que tais violações dos direitos garantidos pela constituição não se repitam".

 

Número de estudantes da escola pública inscritos no vestibular da USP cai 32%

Em 2015 menos alunos vindos da escola pública disputarão uma vaga na principal universidade do país, a Universidade de São Paulo (USP), isso porque o número de candidatos da rede pública inscritos na Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) deste ano caiu 32,4% em relação ao ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (10).

A Fuvest que é responsável por aplicar o exame que seleciona os estudantes que ingressarão na USP, registrou neste vestibular 42.080 inscritos pelo Inclusp – programa que dá bônus no vestibular para alunos da rede pública. No ano anterior, foram 62.280.

O vestibular para ingresso na USP em 2015 recebeu 141,8 mil candidatos inscrições – uma queda de 17,5% em relação ao ano passado quando o vestibular bateu recorde com 172.037 inscritos. Desde 2012 não havia um procura tão pequena para entrar na USP. A instituição oferece para o ano que vem 11.057 vagas.

Em comparação com a edição passada, o número de candidatos treineiros caiu 38%, de 24.403 para 14.910.