Cursos pagos ganham espaço na USP e em outras universidades públicas

Cobrança é feita em 59% dos cursos de extensão, como especialização e MBAs

 

Pró-reitora afirma que cursos atendem demanda de mercado; para Adusp, medida é contra a Constituição

 

Em quatro anos, o número de cursos pagos na USP –especialização e MBAs– passou de 769 para 831, crescimento de 8%. Quase 28 mil pessoas pagam para estudar na universidade pública.

Para comparação, a universidade tem 90 mil alunos no ensino regular (graduação e mestrado). Os cursos pagos correspondem a mais da metade (59%) das ofertas de extensão na USP.

Entram na lista especialização lato-sensu (os quais incluem MBAs), além de atualização, difusão e práticas profissionalizantes. Neste ano, só até julho, havia 719 cursos em andamento.

A Adusp (associação de docentes) diz que a cobrança fere o princípio constitucional de gratuidade no ensino superior. "Não existe nenhuma brecha legal, muito menos moral ou ética para que a USP tenha curso pago", diz Ciro Correia, presidente da Adusp.

Para ele, há conflito de interesses no convênio com fundações criadas por docentes, mas privadas, e que ofertam cursos com "certificado USP."

Já a pró-reitora de extensão, Maria Arminda Arruda, nega ilegalidade e falta de controle sobre a criação de cursos. Diz que a oferta atende a demandas de mercado.

"A construção da USP é também um projeto para a sociedade. Não quer dizer que ela seja privatizada", diz.

A arrecadação dos cursos também gera debate na universidade, que passa por uma crise financeira. Apenas 5% do valor obtido vai para os cofres da USP. O restante é usado para pagar professores.

De 2010 a 2013, o valor recebido pela USP passou de R$ 2,5 milhões para R$ 4,5 milhões. A USP não informou o total movimentado.

Arruda diz que o dinheiro ajuda a financiar projetos sociais e a ida de alunos e de docentes a congressos.

A maior parte dos cursos é de especialização –47%. Os valores variam por duração e área. Gestão de Projetos, o mais procurado da Politécnica, custa R$ 32.400, divididos em 24 parcelas de R$ 1.350.

O professor Marcelo Pessôa, da Fundação Vanzolini, instituição que mantém nove cursos ligados à Poli, defende a cobrança. "Não tenho a mínima dúvida de que deve ser pago", diz.

Para o professor da USP, Renato Janine Ribeiro, alguns cursos pagos, como de idiomas, deveriam ser gratuitos. "É difícil se formar sem domínio de uma língua estrangeira e informática."

 

Discussão sobre cobrança chega à Justiça

 

O debate sobre a cobrança por cursos de extensão se repete em outras universidades públicas do país e já chegou à esfera judicial.

Em São Paulo, o Ministério Público abriu uma ação para investigar a oferta de um curso de mandarim por uma instituição privada dentro da Unesp Guaratinguetá –sem que a universidade, contudo, recebesse repasses.

Debate semelhante ocorre no âmbito federal, onde já há decisões contrárias à cobrança. Em fevereiro, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu que era "ilegítima" a mensalidade de uma pós-graduação lato sensu na Universidade Federal de Goiás, após pedido de uma aluna.

Um recurso de outra ação, mas sobre o mesmo tema, aguarda análise no Supremo Tribunal Federal.

Há também casos na esfera extrajudicial. Em 2007, o Ministério Público Federal recomendou o fim da cobrança por cursos na Unifesp.

A discussão terminou somente após um acordo em 2013. A partir daí, a universidade passou a oferecer bolsas para 50% das vagas.

Hoje, não há regulamentação específica sobre o tema no país. O Conselho Nacional de Educação pretende finalizar a elaboração um marco regulatório sobre esses cursos até o final deste ano.

Até lá, cabe a cada universidade decidir se irá ou não abrir cursos pagos.

 

Folha de São Paulo

 

Entidades condenam defesa da redução da maioridade penal por candidaturas

As entidades que compõem a Rede Nacional de Defesa do Adolescente em Conflito com a Lei (Renade) repudiaram as candidaturas que defenderam a redução da maioridade penal nesta eleição. Ao todo 114 entidades assinaram um manifesto em que consideraram a proposta um “retrocesso para os direitos humanos de crianças e adolescentes”.

A Renade considera que com a formação de um Congresso Nacional “mais conservador” depois do resultado dessas eleições o debate reacenderá com posições a favor da redução da maioridade penal em maior número de adeptos do que encontrávamos no Congresso até então.

As entidades que assinam o manifesto consideram que reduzir a maioridade penal afasta o país das principais questões defendidas pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

“Ao relacionar de maneira superficial justiça social e segurança pública, os candidatos parecem desconhecer a realidade do cotidiano do Sistema de Justiça Juvenil no Brasil”, diz trecho do manifesto.

De acordo com as organizações que assinam o manifesto, as propostas relacionadas à redução da criminalidade infanto-juvenil deveriam se dar no sentido de “garantir efetivamente a implementação e aplicação do ECA e do Sinase em todo o território nacional, sendo possível, assim, falar-se em soluções que implicam em redução da violência e criminalidade”.

“Infelizmente, constata-se que, ao flexibilizar garantias que protegem estes adolescentes em situação de vulnerabilidade, sob o argumento de que cometem crimes muito graves, os candidatos apenas saciam a ânsia punitivista que demanda, de maneira irracional, o isolamento desses sujeitos”.

Escolas são fechadas por causa da falta de água no Estado de São Paulo

A cidade de Cristais Paulista (a 400 km da capital) precisou fechar suas escolas, deixando mais de 2.000 alunos sem aulas devido à falta de água. No município de 10 mil habitantes, duas creches e três escolas estão sem funcionar, segundo a prefeitura.

Segundo o secretário de Obras de Cristais Paulista, Moacir Almeida de Oliveira, a previsão é que as atividades escolares sejam retomadas apenas na próxima semana. Moacir explica que a captação de água da cidade era feita em nascentes, que estão completamente secas. Emergencialmente, a cidade passou a buscar água com caminhões-pipa no Córrego do Carmo, localizado a 5 quilômetros da cidade.

Cristais Paulista emprestou cinco caminhões-pipa de municípios vizinhos, que transportam a água até duas represas, onde passa por tratamento antes de chegar à população. Com o racionamento oficial na cidade, moradores têm água nas torneiras em apenas três períodos do dia: entre 6h e 8h; de 12h a 13h30; e entre 18h e 20h30. A prefeitura já anunciou estado de emergência e a decretação de estado de calamidade pública está em análise.

Em outra cidade do interior paulista, Itu (a 100 km da capital), a situação também é crítica. Moradores sofrem com o desabastecimento desde fevereiro e alguns relatam ter ficado sem água nas torneiras por 15 dias. Na semana passada, a população, revoltada, fechou ruas e queimou pneus em protesto contra a falta de água.

Diversos municípios paulistas adotaram racionamento ou rodízio de forma oficial. Em Guarulhos, o rodízio, implantado em março, deixa a população um dia sem água, o outro com água. Em Bauru, os moradores têm água a cada 24 horas. Na cidade de Mauá, o revezamento ocorre de  segunda-feira à sexta-feira, tendo um dia sem água a cada quatro dias com água.

Outras cidades com racionamento ou rodízio são Cruzeiro, Mirassol, Americana, Salto, Araras, Casa Branca, Barretos e São Sebastião da Grama. Na capital paulista, muitos moradores reclamam de falta de água em diversos bairros, mas a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) não admite que esteja ocorrendo racionamento. O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece a cidade, caiu para 3,3%. Há um ano, o percentual era de 38,2%. A Agência Nacional de Águas já autorizou o uso da segunda cota da reserva técnica (volume morto) do Sistema Cantareira. Essa segunda cota acrescentará mais 106 bilhões de litros ao sistema.

 

Mãe e filho registram em foto o antes e o depois da seca na Cantareira

Fonte: O Estado de São Paulo

Robin Hood da água desvia carro pipa para matar a sede da periferia

Os moradores do Jardim Novo Pantanal, na zona sul da capital paulista, que estavam sem água nem mesmo para beber há seis dias, contaram com o apoio de Fabio Roberto dos Santos, trabalhador de uma empresa de carros-pipa, que desviou um dos caminhões para o bairro, na tentativa de matar a sede dos vizinhos.

Mesmo correndo o risco de ser demitido, o motorista, que é morador do bairro, levou o caminhão para distribuir 16 mil litros de água mineral aos seus vizinhos.

A princípio Anderson Herrmann Hudson, dono da empresa, pensou em demitir o funcionário, mas após Fabio explicar a atitude desesperada para garantir água a sua vizinhança, Hudson mudou de ideia e disse que vai reembolsar o funcionário.

“Minha empresa tem que servir à comunidade. E não vejo melhor maneira que essa, de levar água a quem precisa, em meio a essa crise que estamos vivendo”, disse.
A falta de água se generalizou pela cidade e a blindagem feita durante a campanha eleitoral que reelegeu Geraldo Alckmin governador não mais se sustenta.

As queixas de falta d’água se espalham por todas as regiões de São Paulo. Moradores de da Aclimação, Cambuci, Consolação, Vila Mariana, Mirandópolis, Ipiranga, Pacaembu, Limão, Brasilandia, Vila Nova Cachoeirinha, Cidade Tiradentes, Jardim Eliana, Jardim Romano, Vila Guarani, Jardim Ângela, Lapa, Perdizes, Pompéia, dentre outros bairros tem ficado com as torneiras vazias. Em alguns durante as noites (20h às 6h) e outros por dias como o Jardim Novo Pantanal, Lapa e quase toda a zona norte da cidade.

Na Lapa ironizam o discurso da Sabesp que imperou até agora. “Minha caixa-d’água parou de encher. Mas eles não fazem racionamento, né? Administram a água”, diz a consultora Maria Forni que passou o fim de semana sem água.

No Jardim Eliana, no Grajaú, zona sul, o músico Leandro Bastos de Andrade conta que “depois da meia-noite tem faltado água todos os dias”. Depois das 20h só sai ar das torneiras”, ironizou o sociólogo Gérson Brandão Júnior, morador do Jardim Romano, Zona Leste.

As queixas de falta d’água, antes frequentes entre moradores e comerciantes de bairros localizados em pontos mais altos e ou periféricos da capital paulista, se espalham e agora atingem residências por toda a cidade. A crise hídrica está afetando até o Parque do Ibirapuera, na Zona Sul, que ficou sem água nos bebedouros e banheiros no final de semana.

O nível do Sistema Cantareira, responsável por abastecer 6,5 milhões na Grande São Paulo e em parte do interior apresentou mais uma queda passando de 4,5% terça-feira para 4,3% quarta-feira, registrando a pior marca de sua história. No mesmo período no ano passado o reservatório funcionava com 38,3 %de sua capacidade.

A presidente da Sabesp, Dilma Pena, admitiu na segunda-feira (15) em depoimento na CPI que investiga o contrato entre a Sabesp e a prefeitura de São Paulo, na Câmara Municipal que São Paulo passa “por uma grave crise” e que se a situação permanecer como está a água pode acabar em meados de novembro. Mesmo com diversos relatos a Sabesp afirma que apenas de 1% a 2% da população tem sofrido interrupções de abastecimentos.

Descaso de Alckmin e Zago poderá levar HU ao colapso

Falta de compromisso com o financiamento do Hospital Universitário da USP e com o pagamento de salário aos médicos coloca o hospital em risco de fechamento

 

O Hospital Universitário da USP, centro de excelência na assistência aos mais de 400 mil moradores da Zona Oeste de São Paulo, unidade onde se realiza hoje o maior estudo epidemiológico populacional do país e uma das melhores, senão a melhor, plataforma de ensino médico do Brasil, está muito próximo de entrar em colapso e até mesmo fechar suas portas. O motivo desse desastre é o total descaso e descompromisso, tanto da reitoria da universidade, quanto do governo do Estado de São Paulo.

Tudo começou quando a nova administração da USP assumiu o comando da universidade, no início deste ano com um discurso catastrofista e desagregador. O novo reitor, Marco Antônio Zago, médico e professor de Ribeirão Preto, participante da gestão anterior da universidade, logo que iniciou sua gestão, diferentemente do que afirmara durante toda a sua campanha para a reitoria, anunciou a existência de uma grave crise financeira na Universidade e baixou medidas draconianas para supostamente debelá-la. As causas da suposta crise, segundo ele, estavam no excesso de funcionários, nos altos salários recebidos por eles e nas despesas provocadas pelos hospitais (HU e HRAC).

Desprezando totalmente os estudos realizados pela Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp) e por outras entidades, que demonstram claramente que a USP vem crescendo suas atividades nas últimas décadas sem o corresponde aumento de verbas e que o governo do Estado vinha, já há alguns anos, desrespeitando a lei da autonomia financeira das universidades e reduzindo os repasses das verbas para as três instituições, através do desconto da parte do ICMS que é destinado para o setor de Habitação, da retirada dos recursos do programa da Nota Fiscal Paulista e, também por não levar em conta os pagamentos de tributos atrasados para efeito de cálculo dos repasses, o reitor decidiu pelo corte de verbas, pelo congelamento dos salários e pela demissão de milhares de empregos da universidade. Como se não bastassem essas medidas, decidiu se desfazer dos dois hospitais de ensino que estão há mais de trinta anos sob a responsabilidade da USP.

O resultado é de conhecimento de todo o Brasil. A Universidade de São Paulo, a mais importante Universidade da América Latina, se levantou e realizou a maior greve de toda a sua história. Foram mais de três meses de mobilização, passeatas e manifestações por toda a cidade. Ao final, isolado política e juridicamente, o reitor foi obrigado a ceder em sua tentativa de impor reajuste zero nos salários. Enquadrado pela justiça, ele foi obrigado e conceder 5,2% de reajuste e um abono de 28,6% para compensar os meses em que a negociação permaneceu em impasse.

Mas, apesar de isolado e desmoralizado, o reitor – que pertenceu ao grupo político do ex-ministro Antônio Palocci – insistiu nas demissões e na desvinculação dos hospitais. Chegou a aprovar no Conselho Universitário da USP a desvinculação do HRAC (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais), centro especializado em cirurgias da face, de Bauru. A decisão sobre a transferência do Hospital Universitário para a Secretaria Estadual da Saúde foi adiada em virtude da forte mobilização de médicos, estudantes e demais funcionários da instituição.

Zago aprovou também na mesma reunião do órgão máximo da USP, o Plano de Demissão Voluntária (PDV) com meta inicial de demitir 1,7 mil funcionários e o objetivo de, ao final do plano, atingir o desligamento de cerca de 3 mil funcionários técnico-administrativos da instituição. Ou seja, o reitor, ao invés de assumir uma postura de defesa das universidades públicas e batalhar por mais recursos para a educação superior no Estado, decidiu pelo caminho do desmonte da USP.

A insistência do reitor em se desfazer do Hospital Universitário, demonstrando total descaso com uma unidade de ensino da USP, que recebe alunos de seis faculdades da área de saúde, e que, há 33 anos, é elogiada por praticamente todos os seus alunos como um dos melhores estágios da graduação da universidade, além de receber residentes de todo o país, mostra um descompromisso com o ensino, a assistência e a pesquisa incompatível com a função de reitor de uma grande universidade.

O escândalo é ainda mais grave quando o governo do Estado também se descompromete com o financiamento das atividades assistenciais do HU. O Sistema Único de Saúde (SUS) repassa menos de 10% da verba necessária para o funcionamento do hospital que é responsável pelo atendimento de uma média de cerca de mil pacientes por dia em seu Pronto Socorro. O HU é o único hospital que possui um grande Pronto Socorro em toda aquela região da cidade e é a única referência para as demais unidades de pronto atendimento.

Derrotado politicamente em sua determinação de se desfazer do Hospital Universitário [Alckmin se recusou publicamente a receber o hospital] Marco Antônio Zago partiu para a retaliação contra a instituição e contra os seus funcionários. Essa retaliação, que trará graves prejuízos para a população paulista, veio em forma de estrangulamento financeiro do HU.

O Hospital Universitário, que possui 258 leitos, foi projetado, em termos de número de pessoal, para atender em média 300 a 400 pacientes por dia em seu Pronto Socorro. No decorrer dos anos, o número de pacientes que procuram espontaneamente o HU foi crescendo e, hoje, passa dos mil atendimentos por dia. Em situações de epidemia, como as de gripe e dengue, só para citar dois exemplos mais recentes, este número é ainda maior. Entretanto, o número de médicos e funcionários responsáveis pelo atendimento não cresceu na mesma proporção nesses anos todos.
A solução encontrada pelas administrações anteriores da USP para prosseguir atendendo de forma adequada a população da região e garantir a qualidade do ensino e da pesquisa, sem aumentar o número de funcionários, foi a implantação de um regime horas extras obrigatório. Os médicos e demais funcionários passaram a fazer uma carga horária de rotina acrescida de mais horas extras para cobrir os plantões, já que o HU funciona 24 horas por dia e todos os 365 dias do ano.

O contrato dos médicos é de 24 horas semanais, mas eles são obrigados a fazer no mínimo mais 12 horas de plantão como hora extra. Isso faz com que muitos médicos que possuem um tempo grande de HU, e que recebem triênios e sexta-partes – e são obrigados a dar esses plantões – recebam salários que ultrapassam o limite salarial recentemente estipulado pela universidade.

Pois bem, o reitor teria duas saídas para enfrentar este problema. Retirar os plantões e contratar mais médicos e funcionários para atender ao excesso de demanda. Ou reduzir a demanda espontânea do HU. Com isso, ele reduziria a necessidade dos plantões e não teria que pagar as horas extras. Lamentavelmente ele não tomou nem uma nem outra decisão. Jogou no impasse. Simplesmente decidiu que não vai mais pagar as horas extras excedentes sem promover nenhuma alteração no volume da demanda.

A direção do hospital, nomeada por ele, já está ciente que, com essa determinação da reitoria, não será possível preencher as escalas de plantão de diversos serviços de emergência. Não haverá número suficiente de médicos nos plantões, o que os tornará inviável o atendimento à população.

Não há por parte da USP nenhuma demonstração de preocupação com este grave problema. Não há também nenhuma intenção de contratação de mais funcionários. Pelo contrário, o reitor, não só não vai contratar ninguém, como está estimulando a demissão de milhares de funcionários, o que deverá agravar ainda mais a situação.
Os médicos e funcionários do HU estão sendo constrangidos pela situação a trabalhar sem receber por seu trabalho. Evidentemente que, apesar do esforço desses funcionários em manter o HU funcionando – sentimento esse que é resultado do profundo respeito que eles têm pelos pacientes e pela instituição – essa situação não poderá perdurar por muito tempo. Ou seja, o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo está à beira de um colapso de grandes proporções.

Dentro em breve, se não forem tomadas medidas concretas de investimento de recursos no hospital, ele não poderá mais seguir funcionando. O que mais impressiona em todo este episódio é a postura da administração da Universidade. Parece que Marco Antônio Zago quer literalmente ver o circo pegar fogo.

Ele está inflexível em seu autoritarismo e sua arrogância. Além disso, a total falta de compromisso e de seriedade do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) ao recusar apoio ao hospital é alarmante. Além de não investir o que deve no hospital, o governo anuncia, mesmo diante da crise, uma redução dos repasses para as universidades estaduais no ano que vem. Ele não demonstra a menor preocupação com as consequências dessas medidas. Ou seja, o governo simplesmente lava as mãos diante da possibilidade real de fechamento de um grande hospital público que, além de ser uma instituição de ensino e pesquisa, é a única referência para o atendimento de toda a população da região Oeste de São Paulo.

3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo – Inscreva-se já!


Estão abertas as inscrições para o 3º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo (JESP), realizado pela UMES em parceria com a Petrobrás e o Ministério do Esporte.

 

Nesta terceira edição, as escolas públicas da cidade poderão inscrever equipes composta por alunos do ensino médio nas modalidades Handebol, Futsal, Voleibol e Xadrez, em ambos os gêneros.

 

Para efetivar a inscrição da sua equipe, é necessário realizar as contrapartidas social – que preveem a realização de um cine clube com debate na escola participante – e ambiental – que consiste na coleta de materiais recicláveis, como latas de alumínio, garrafas pet e papelão.


Serão quatro equipes por modalidade/gênero em cada região: Centro-Norte, Leste, Oeste e Sul e cada escola poderá inscrever no máximo quatro equipes de modalidades/gênero diferentes. Com isso serão envolvidos mais de mil alunos de forma direta e 40 mil indiretamente, através da mobilização escolas e sua comunidade.

 

Os alunos-atletas deverão ser acompanhados pelo professor de educação física, devidamente credenciado no Conselho Regional de Educação Física e receberão uniformes para as partidas.

 

Não fique fora dessa! Organize sua escola e participe. As vagas são limitadas.

 

Procure a sub-sede da UMES na sua região:

 

Centro-Norte: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista – Fone: 3289-7452

Leste: Rua Padre João, 128 – Sala 12 – Penha – Fone: 2692-0451

Sul: Rua Barão de Duprat, 312 – 2º andar – Santo Amaro – Fone: 5521-0875

Oeste: Rua Monteiro de Melo, 67 – Sala 12 – Lapa – Fone: 3672-7647

 

Informações: umes@umes.org.br/3289-7452

 

Veja fotos imagens das edições anteriores:

 

2º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo – Medalhas da Final

Aécio jura que construiu aeroporto para beneficiar população. Mas por que a chave fica com seu tio?

O candidato à presidência da República, Aécio Neves (PSDB), tentou inutilmente convencer os eleitores, durante o debate realizado na terça-feira (14) pela Rede Bandeirantes, que construiu o Aeroporto da cidade de Cláudio, no interior de Minas Gerais, dentro da fazenda de seu tio, com dinheiro público, exclusivamente para atender as necessidades da população local.

Ele só não conseguiu explicar porque a chave do aeroporto, que custou R$ 18 milhões do dinheiro do orçamento, fica guardada com o seu parente e só ele pode abrir o local. Ninguém acreditou nessa história, tanto que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou a abertura imediata de investigação sobre o caso.

Não satisfeito em mentir a rodo no debate, o tucano turbinou também as suas mentiras em sua propaganda eleitoral na TV. Disse que vai construir "500 clínicas ao mesmo tempo" para atender a população e "realizar os exames laboratoriais na hora". Pura conversa porque o que ele fez em Minas foi privatizar a saúde entregando tudo para Organizações Sociais (OS).

Quando resolveu falar a verdade, o que Aécio conseguiu foi revelar que pretende entregar de forma ainda mais descarada a economia nacional para o capital estrangeiro. Disse que vai "trazer de volta o capital estrangeiro para o país". Ou seja, Aécio quer mais desnacionalização de nossas empresas. Na educação, ele defendeu também desviar verbas públicas para custear bolsa de estudos em escolas privadas no ensino médio, imitando, assim, o que é feito pelo governo Dilma no ensino superior com o Prouni.

Fonte: Hora do Povo

Ninguém vê, mas Dilma insiste que construiu creches e investiu 143 bi em mobilidade urbana

No debate entre os candidatos que disputam o segundo turno das eleições presidenciais, realizado na terça-feira (14) pela Rede Bandeirantes, as mentiras sobraram de ambos os lados. Perguntada sobre as 6 mil creches que prometeu, Dilma Rousseff elencou as creches construídas por Lula como suas. "Construímos 2.285 creches e mais 4 mil estão em construção", disse a presidente. Só que dessas creches iniciadas por Lula, somente 7%, ou seja 417, foram entregues. As outras "estão em construção" há 4 anos e simplesmente não foram entregues.

E não ficou por aí. Mais uma vez a candidata a reeleição voltou a afirmar, sem a menor cerimônia, que investiu 143 bilhões de reais em mobilidade urbana. Se fosse verdade, a situação dos transportes não estaria o caos que vemos hoje. Não há da parte da presidenta o menor compromisso com a verdade dos fatos.

A dotação orçamentária de 2013 para a mobilidade urbana foi de R$ 2,3 bilhões, dos quais foram cumpridos apenas R$ 29 milhões. Não é à toa que as manifestações de junho do ano passado exigiram enfaticamente a melhoria nos transportes em todo o Brasil. Assim também Dilma fez ao dizer, no debate anterior, que os maiores juros do mundo, praticados por ela, são os "menores juros da história".

Fonte: Hora do Povo

Desabastecimento de água já afeta 34 escolas de SP

Levantamento feito com a Prefeitura de São Paulo na tarde desta quarta-feira, 15, relata problemas de desabastecimento em 34 das 2.768 escolas da rede municipal de ensino e em 15 unidades de Saúde – de unidades básicas e clínicas especializadas a centros de atenção psicossocial para crianças.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as escolas que estão com problemas têm informado a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e feito pedidos de caminhões-pipa. A pasta admite, no entanto, que os alunos de ao menos uma unidade – a Escola Municipal de Educação Infantil Almirante Tamandaré, na Mooca, zona leste – já dispensou os alunos por falta de água.

O cenário esperado, entretanto, não é animador. "O diagnóstico foi realizado entre os dias 13 e 14 de outubro, com alguns casos pontuais, e deve ser estendido para todas as unidades a partir do dia 20, quanto se encerra o recesso, por causa do Dia do Professor", informa a Prefeitura.

Já entre os equipamentos públicos de Saúde, as unidades com problemas estão sendo orientadas a receber os usuários e "realizar os procedimentos possíveis".

Entretanto, a Coordenação de Vigilância em Saúde diz que "por questões sanitárias não é permitido o funcionamento de um serviço de saúde – seja este público ou privado -, se não há fornecimento de água", porque as equipes precisam, por exemplo, lavar as mãos antes do atendimento. As unidades também têm usado caminhões-pipa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasil é um dos países com mais desigualdade social entre os G-20

Pelo terceiro ano consecutivo, aponta pesquisa da Anefac

A Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) publicou a edição deste ano da pesquisa Indicador Anefac dos Países do G-20, com base nos indicadores da Organização das Nações Unidas (ONU) compilados em publicações dos 19 países membros do grupo, no qual aponta que o Brasil ocupa pelo terceiro ano consecutivo (2011, 2012 e 2013) a 17ª posição em desigualdade social, ficando à frente somente da África do Sul e da Índia.

Segundo a entidade, “embora figure como a 7ª economia mundial, [o Brasil] não apresenta um posicionamento equivalente nos Indicadores que compõem a avaliação de renda na ONU, que consideram a renda per capta como direcionador importante”.

Alguns itens que constam no levantamento da Anefac. Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Brasil ocupa a 15ª posição entre os países do G-20. Já em relação à totalidade das nações, o Brasil ficou com a 79ª colocação, seis posições acima do que 2012. No quesito pobreza, o país ocupa a 14ª posição.

Sobre saúde, pelo terceiro ano seguido manteve-se na 13ª posição, com melhoria no índice de mortalidade infantil. Já na educação, perdeu uma posição, de 14ª para 15ª, mesmo com um ligeiro aumento de investimento (5,7% para 5,8%). Bimatoprost é um medicamento utilizado em oftalmologia para reduzir a pressão intraocular em pacientes com glaucoma ou hipertensão ocular. É um análogo da prostaglandina e atua aumentando o fluxo do humor aquoso, o que ajuda a prevenir danos ao nervo óptico e a preservar a visão. Além disso, o bimatoprost online sale é utilizado em cosmetologia para estimular o crescimento dos cílios.

Conforme a Anefac, o Indicador “tem como objetivo fornecer aos agentes públicos do Brasil uma ferramenta de análise e apoio na definição das políticas públicas que visam à melhoria da distribuição da renda e o desenvolvimento do nosso país para, o quanto antes, atingirmos um grau de desenvolvimento próximo o das nações desenvolvidas”.