Nikolas Ferreira na presidência da Comissão de Educação fortalece o terraplanismo bolsonarista
A indicação do deputado Nikolas Ferreira (PL) para a presidência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados é motivo de alerta para os estudantes. Um dos principais nomes do bolsonarismo no Congresso, Nikolas representa todo o retrocesso daqueles que atacaram a Educação Pública e a Ciência e que foram combatidos pelos estudantes durante o governo do inelegível.
Segundo as notícias veiculadas pela imprensa, a indicação do deputado teria como principal razão “provocar” os parlamentares que realmente se preocupam com a Educação Brasileira.
Neste ano de 2024, importantes pautas de interesse dos estudantes e da sociedade deverão ser debatidos no parlamento brasileiro, em especial as mudanças no Ensino Médio e no Plano Nacional de Educação, que são fundamentais para mudarmos a realidade de milhões de jovens brasileiros.
Um dia após a sua eleição, o deputado, que já chegou a dizer “não ter estudado” se o planeta Terra é ou não redondo e que “cagaria” para o tema, afirmou que pretende debater a famigerada educação domiciliar (homeschooling), onde os pais, ou tutores, seriam os responsáveis formais pela educação dos filhos.
A tese, que exclui a escola como eixo fundamental da Educação já foi amplamente rechaçada por todo o setor educacional, mantendo coro somente entre os fundamentalistas religiosos e bolsonaristas, que tem aversão a tudo o que é coletivo.
Vale lembrar que o parlamentar possui ainda uma condenação por transfobia contra a deputada Duda Salabert (PDT-MG) e, ao longo da pandemia, manteve uma postura anti-cientifica, divulgando diversas fake news contra a vacinação da população e incentivando os ataques de Bolsonaro à Saúde, que resultaram na morte de mais de 700 mil brasileiros.
A UMES de São Paulo se coloca a postos para um debate sério e construtivo em defesa da educação e dos estudantes brasileiros e repudia qualquer tentativa de transformar a Comissão de Educação em um ambiente de retrocesso pelos aliados do bolsonarismo.
Organize o Grêmio Estudantil com a UMES!
O Grêmio Livre Estudantil é a principal representação dos estudantes no ambiente escolar. É por meio dele que os estudantes apresentam suas demandas e lutam pela melhoria da Educação.
O Grêmio também é o primeiro instrumento democrático que a maioria dos jovens tem em seu desenvolvimento.
O Grêmio é a principal ferramenta da democracia dentro da escola. Tamanha a sua importância que sua existência é regulamentada por leis municipal, estadual e federal, neste caso, a Lei do Grêmio Estudantil, garante a livre organização dos estudantes e sua atuação como representação dos alunos.
É dever da União Municipal dos Estudantes Secundaristas fomentar a criação e apoiar a organização dos Grêmios Livres Estudantis. É por meio dos Grêmios que a UMES-SP atua nas escolas. O Grêmio Livre é a força principal do Movimento Estudantil.
Com base nisso, a UMES-SP desenvolveu uma nova cartilha sobre os grêmios estudantis. Nela podemos encontrar os direitos que o grêmio possui dentro da escola, qual a função do grêmio, processo eleitoral e outras pautas importantes.
Ficou interessado? Venha organizar seu grêmio com a gente!
BLOCO UMES CARAS PINTADAS – 30 anos de folia pelas ruas do Bixiga
Desfile comemorou os 30 anos do Bloco UMES Caras Pintadas – Foto: César Ogata
O Bloco UMES Caras Pintadas voltou às ruas na noite desta terça-feira levando alegria aos foliões do Bixiga. O desfile deste ano teve um tema especial: comemorar os 40 anos da UMES, os 30 anos de Bloco e do nosso trabalho cultural.
Uma grande festa que arrastou centenas de foliões com diversas atrações como, a Capoeira na UMES, que celebra os seus 10 anos, a Companhia de Samba Paulista e a Bateria Galo de Rinha, do Bloco Kolombolo.
“O nosso bloco de carnaval, UMES Caras Pintadas, foi um espetáculo, sucesso de público, sucesso de show de música, um sucesso de alegria que contagiou as ruas do Bixiga”, comemorou o presidente da UMES, Lucca Gidra. “O bloco foi ótimo para marcar nosso início de ano, para nos vigorar, trazer alegria e força para tocar esse ano de 2024, que vai ser um ano com muitas lutas para se travar”.
Apresentação da Capoeira da UMES, que completa 10 anos – Foto: César Ogata
Lucca relembra que bloco comemora os 40 anos da UMES. “Estamos iniciando esse nosso quadragésimo aniversário, com muita festa, muita alegria e com esse bloco que foi um espetáculo e a gente só tem a tirar boas memórias e boas recordações”, comemorou.
Junior Fernandes, organizador do bloco, destaca que são muitas celebrações envolvidas no desfile dos 30 anos do UMES Caras Pintadas. “Esse desfile de 2024 foi muito especial, um ano de comemoração, onde a nossa gloriosa UMES, completa 40 anos de vida lutando por uma educação melhor pra juventude”, disse.
“Nosso CPC completa 30 anos de existência levando cultura e arte pra escolas e também no nosso Cine-Teatro, a capoeira da UMES que completa 10 anos, levando a nossa cultura popular à cidade”, destacou.
Junior relembra que todos os anos o bloco aborda em suas marchinhas temas de interesse político e social para os estudantes, como a homenagem à Amazônia, ou a luta contra Bolsonaro. “Todos os anos nossa marchinha tem a questão política muito forte, mas, este ano, também usamos pra falar de alegria. O nosso bloco foi lindo, todo mundo cantando e pulando, aonde paramos com o carro foi pura alegria”, disse.
Companhia Paulista de Samba conduziu o desfile do bloco – Foto: César Ogata
Bateria Rinha de Galo, do bloco Kolombolo – Foto: César Ogata
CURSO DE FORMAÇÃO EM ARTES CÊNICAS CPC-UMES – 16ª EDIÇÃO
O CPC-UMES tem a satisfação de apresentar a 16ª Edição do Curso de Teatro totalmente gratuito.
Serão realizadas oficinas de formação em artes cênicas voltadas para estudantes de escolas públicas. Para atender às diferentes experiências e níveis de conhecimento, dividimos as turmas em dois grupos: uma turma voltada para iniciantes no teatro e outra destinada aos mais experientes na área.
As aulas acontecerão de segunda a sexta aqui no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, com início em março e encerramento em julho.
As inscrições começam a partir de 01/02 e vão até 29/02.
Local das Aulas:
Cine-Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista
Turmas Iniciantes
Carga horária: 4 horas semanais – 1 vez por semana
Duração: de março a julho de 2024
Horário: das 14 às 18 horas – Turmas de quarta e sexta.
Turma Avançada
Carga Horária: 10 horas semanais – 3 vezes por semana
Duração: de março a julho de 2024
Horários: segunda – das 14h às 16h
terça – das 14h às 18h
quinta – das 14h às 18h
Todas as turmas receberão lanche durante as aulas e auxílio-transporte.
ATENÇÃO
As vagas para a “16ª edição da Oficina de Formação em Artes Cênicas CPC-UMES” foram preenchidas
Por isso, novas inscrições entrarão na lista de espera para vagas remanescentes.
Preencha o formulário disponível no site da UMES no link abaixo:
https://forms.gle/L41Nr7Jg2tup869a7
As inscrições também podem ser feitas pessoalmente em nossa sede de segunda a sexta das 9h às 18h.
Em caso de dúvidas entre em contato conosco pelo WhatsApp 11 3289-7475 ou pelo e-mail cursodeteatrodaumes@gmail.com
Não perca essa oportunidade e venha fazer parte do nosso núcleo de teatro!
O projeto é uma realização do CPC-UMES e conta com o apoio do Ministério da Cultura.
Solicite aqui o seu Bilhete Único do Estudante 2024
Os estudantes de São Paulo já podem solicitar seu Bilhete Único Estudante para o ano letivo de 2024. Para fazer o pedido de um novo bilhete ou de revalidação do cartão que já possui, é preciso que a instituição de ensino tenha enviado sua matrícula à SPTrans.
Os alunos que vão utilizar o Bilhete Único pela primeira vez irão receber o seu cartão em casa ou no endereço que ele escolher. Para isso, é preciso completar o processo de solicitação e pagamento do valor de validação do benefício, que é de sete tarifas vigentes, ou R$ 30,80 via cartão de crédito, boleto ou PIX.
CLIQUE AQUI E SOLICITE O SEU BILHETE ÚNICO DO ESTUDANTE
Passo a passo
Para solicitar a primeira via ou revalidação do Bilhete Único Estudante, siga o passo a passo:
• Informe a Unidade de Ensino que deseja utilizar o Bilhete Único de Estudante no ano vigente;
• Aguarde o envio dos seus dados de matrícula à SPTrans pela Unidade de Ensino. Você poderá acompanhar a confirmação de sua matrícula no site;
• Entre no site sptrans.dne.com.br e se identifique com o RG e CPF;
• Pague o valor de validação do benefício
Revalidação: Caso você já possua um Bilhete Único de Estudante ativo, será solicitada a confirmação do código do cartão para revalidá-lo, desde que o cartão esteja em perfeito estado de funcionamento e conservação, sem trincas ou envergaduras e com a foto e numeração impressas na parte frontal legíveis.
Atenção: você continuará utilizando este cartão, emitido em anos anteriores. Para ter direito a meia-entrada em shows e eventos, retire o selo de revalidação nos Postos de Atendimento;
Para quem já possui um cartão emitido a partir de 2019, mas deseja substituí-lo, selecione a opção para solicitar um novo cartão, confirme os dados enviados pela Unidade de Ensino, faça o envio de uma foto e um documento oficial, informe os dados de contato e um endereço para entrega de sua preferência. Os dados de contato são muito importantes pois é através do celular ou e-mail que serão enviados os avisos de andamento da emissão do novo cartão. Nestes casos, para quem quiser receber o cartão, será cobrado um valor de frete de três tarifas (R$ 13,20) somado ao valor da validação (R$ 30,80). Também haverá a opção de retirar o bilhete em um posto de atendimento da SPTrans, sem pagar o frete.
Cartões emitidos em 2018 e anos anteriores não podem mais ser revalidados. Quem possui este cartão e continua estudando em 2024 deve solicitar uma nova via e estará isento da taxa de frete.
O pagamento dos valores podem ser feitos por cartão de crédito, boleto ou PIX.
O aluno que escolher a opção do boleto deve aguardar a confirmação do pagamento (que leva até três dias úteis). Importante: antes de imprimir o boleto, verifique se é o número do cartão que pretende revalidar e só assim imprima o boleto. O documento também pode ser pago em casas lotéricas.
Após a conclusão dessas etapas, a foto e o documento serão validados e o cartão será encaminhado para o endereço informado no momento do cadastro;
Desbloqueio
Ao receber o cartão, entre no site sptrans.dne.com.br e efetue o desbloqueio do Bilhete Único do Estudante para ativá-lo. Cartões emitidos em anos anteriores serão automaticamente bloqueados no momento do desbloqueio do novo cartão. A restituição do saldo remanescente estará disponível para recarga em até 72h.
Mostra Permanente de Cinema Italiano no Bixiga chega ao 9º ano – Veja a programação
“Nós Que Nos Amávamos Tanto”, de Ettore Scola
Situado no coração do Bixiga, o Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta a 9ª Mostra Permanente de Cinema Italiano. Desde 2016, o Centro Popular de Cultura da UMES tem se dedicado a essa filmografia que se revelou uma grande surpresa: descobrimos que ela é muito mais vasta do que imaginávamos. Muito além dos clássicos eternizados, trouxemos à tela pequenos tesouros desconhecidos pelo público brasileiro.
Neste ano, escolhemos festejar o aniversário de 50 anos de estreia de “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (Ettore Scola, 1974), além do centenário de Marcello Mastroianni e os 90 anos de Sophia Loren. Um filme e dois atores, três dos maiores símbolos italianos, três imortais na história do cinema. Além disso, prestamos nossas homenagens aos cineastas Francesco Maselli e Giuliano Montaldo, que faleceram em 2023.
A 9ª Mostra Permanente de Cinema Italiano traz 43 filmes de 27 diretores ao longo de todo o ano, sempre às segundas-feiras, 19h, com entrada gratuita. Participem!
PROGRAMAÇÃO DE 2024
19/02 – ONTEM, HOJE E AMANHÃ
Vittorio De Sica (1963), 118 min. Comédia/Romance
26/02 – UMBERTO D.
Vittorio De Sica (1952), 89 min. Drama
04/03 – PERIGO: DIABOLIK
Mario Bava (1968), 105 min. Crime/Ação
11/03 – OS REVOLTOSOS
Francesco Maselli (1955), 102 min. Drama/Guerra
18/03 – TOTÓ FORA DA LEI
Camillo Mastrocinque (1956), 104 min. Comédia
25/03 – DOIS DESTINOS
Valerio Zurlini (1962), 115 min. Drama
01/04 – A MOÇA COM A VALISE
Valerio Zurlini (1961), 111 min. Romance/Drama
08/04 – KAPO – UMA HISTÓRIA DO HOLOCAUSTO
Gillo Pontecorvo (1960), 116 min. Drama/Guerra
15/04 – A BATALHA DE ARGEL
Gillo Pontecorvo (1966), 121 min. Drama/Guerra
22/04 – O PRIMEIRO HOMEM
Gianni Amelio (2011), 101 min. Drama
29/04 – BLOW UP – DEPOIS DAQUELE BEIJO
Michelangelo Antonioni (1966), 111 min. Thriller/Mistério
06/05 – PROFISSÃO: REPÓRTER
Michelangelo Antonioni (1975), 119 min. Thriller/Mistério
13/05 – O MUNDO PERDIDO
Vittorio De Seta (1954-59), 120 min. Documentário/Curta-Metragem
20/05 – O LADRÃO APAIXONADO
Mario Monicelli (1960), 106 min. Comédia/Drama
27/05 – O MARQUÊS DO GRILO
Mario Monicelli (1981), 135 min. Comédia/Ficção Histórica
03/06 – SACCO E VANZETTI
Giuliano Montaldo (1971), 125 min. Drama/História
10/06 – AGNES VAI MORRER
Giuliano Montaldo (1976), 135 min. Drama/Guerra
17/06 – A DÉCIMA VÍTIMA
Elio Petri (1965), 93 min. Ficção Científica/Comédia
24/06 – A PROPRIEDADE NÃO É MAIS UM ROUBO
Elio Petri (1973), 125 min. Comédia/Thriller
01/07 – ABAIXO A MISÉRIA!
Gennaro Righelli (1945), 90 min. Comédia/Drama
08/07 – A GRANDE BELEZA
Paolo Sorrentino (2013), 142 min.Comédia/Drama
15/07 – NÁPOLES MILIONÁRIA
Eduardo De Filippo (1950), 102 min. Comédia/Drama
22/07 – ERA UMA VEZ NO OESTE
Sergio Leone (1968), 175 min. Faroeste
29/07 – O BOM, O MAU E O FEIO (TRÊS HOMENS EM CONFLITO)
Sergio Leone (1966), 161 min. Faroeste
05/08 – MUSSOLINI – O ÚLTIMO ATO
Carlo Lizzani (1974), 135 min. Guerra/Drama
12/08 – OS PALHAÇOS
Federico Fellini (1970), 92 min. Comédia/Fantasia
19/08 – SESSÃO DUPLA: TOBY DAMMIT e ENSAIO DE ORQUESTRA
Federico Fellini (1968/1978), 115 min. Terror/Comédia
26/08 – AMORES NA CIDADE
Antonioni, Fellini, Lattuada, Lizzani, Maselli, Dino Risi, Zavattini (1953), 115 min. Drama/Romance
02/09 – SEM PIEDADE
Alberto Lattuada (1948), 95 min. Crime/Thriller
09/09 – O MAFIOSO
Alberto Lattuada (1962), 105 min. Comédia/Crime
16/09 – A VISITA
Antonio Pietrangeli (1964), 107 min. Comédia/Romance
23/09 – NÓS QUE NOS AMÁVAMOS TANTO
Ettore Scola (1974), 127 min. Comédia/Drama
30/09 – UM DIA MUITO ESPECIAL
Ettore Scola (1977), 106 min. Drama
07/10 – A IRRESISTÍVEL SABELLA
Dino Risi (1957), 99 min. Comédia
14/10 – ALMAS PERDIDAS
Dino Risi (1977), 102 min. Mistério
21/10 – SESSÃO DUPLA: A RICOTA e TEOREMA
Pier Paolo Pasolini (1963/1968), 133 min. Comédia/Mistério
28/10 – POCILGA
Pier Paolo Pasolini (1969), 99 min. Drama/Grotesco
04/11 – ALLEGRO NON TROPPO
Bruno Bozzetto (1976), 85 min. Fantasia/Musical
11/11 – OS GIRASSÓIS DA RÚSSIA
Vittorio De Sica (1970), 107 min. Guerra/Drama
18/11 – O LEOPARDO
Luchino Visconti (1963), 186 min. Drama/História
25/11 – POR UM DESTINO INSÓLITO
Lina Wertmüller (1974), 116 min. Comédia/Aventura
DIRETORES APRESENTADOS NA EDIÇÃO DE 2024
VITTORIO DE SICA (1901-1974)
Diretor, ator, escritor e produtor, Vittorio De Sica nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, ele fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.
De Sica voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Umberto D” (1951) – os dois primeiros realizados em parceria com o escritor Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Decameron 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).
MARIO BAVA (1914-1980)
Nasceu em Sanremo. Passou sua infância dentro de estúdios da era muda do cinema onde seu pai, Eugenio Bava, trabalhava com escultor, fotógrafo e câmera. A carreira de Bava começa como assistente de fotografia, para depois migrar para o departamento de efeitos especiais junto a seu pai. Como diretor, inicia com “I Vampiri” (1957), considerado o primeiro filme de terror italiano depois da era do cinema mudo. Depois, dirige “A Máscara do Demônio’ (1960), terror gótico de enorme sucesso. Suas obras mais conhecidas são: “A Garota Que Sabia Demais” (1963) e “Seis Mulheres Para o Assassino” (1964), que criaram as principais características do sub-gênero giallo.
FRANCESCO MASELLI (1930-2023)
Nasceu em Roma. O escritor e dramaturgo Luigi Pirandello, Prêmio Nobel de Literatura, foi seu padrinho de batismo. Durante a ocupação nazista, Maselli organizou os estudantes de ensino médio na União dos Estudantes Italianos. Após a libertação de Roma, ingressou no Partido Comunista Italiano. Rodou seu primeiro curta-metragem em oito milímetros em 1945 e em 1947 foi admitido no Centro Experimental de Cinematografia, graduando-se em 1949. Começou sua carreira como assistente de direção de Luigi Chiarini, Michelangelo Antonioni e Luchino Visconti. Seu longa de estreia foi “Os Revoltosos” (1955).
Ao longo de toda a vida, Francesco Maselli se dedicou às atividades políticas e em defesa da cultura. Foi membro do Comitê Cultural do Partido Comunista Italiano, presidiu a Associação Nacional de Autores de Cinema, foi fundador da Federação Europeia de Realizadores do Audiovisual, entre outras associações em defesa do Cinema.
Entre seus filmes de maior sucesso, estão: “Os Delfins” (1960), “Os Indiferentes” (1964) e “O Suspeito” (1975).
CAMILLO MASTROCINQUE (1901-1969)
Camillo Mastrocinque nasceu em Roma. Aos 24, já participava de grandes produções como o épico Ben-Hur (1925). Seu primeiro filme foi “Regina della Scala” (1937). Focou sua carreira em comédias, com uma parceria bem-sucedida com o ator Totó. Seus principais filmes são: “A Quadrilha dos Honestos” (1956), “Totò, Peppino e la…malafemmina” (1956) e “Totòtruffa ’62” (1961). Mastrocinque também assina produções do gênero horror, como “A Cripta do Vampiro” (1964), com Christopher Lee.
VALERIO ZURLINI (1926-1982)
Nascido em Bolonha, estudava Direito quando ingressou na Resistência, em 1943. Depois da 2ª Guerra Mundial, foi assistente de direção no Piccolo Teatro de Milão. Realizou em 1954 seu primeiro longa: “Quando o Amor é Mentira”, baseado no romance de Vasco Pratolini, “Le Ragazze di San Frediano”. Seu segundo longa, “Verão Violento” (1959), lhe trouxe notoriedade. “A Moça com a Valise” (1961) repetiu a dose. Mas Zurlini ficou mais conhecido por suas adaptações literárias: “Dois Destinos” (1962), adaptação de outro romance de Vasco Pratolini; “Mulheres no Front” (1965), baseado em romance de Ugo Pirro; “La Promessa” (1970) em uma peça de Aleksei Arbuzov e seu último filme “O Deserto dos Tártaros” (1976), em romance de Dino Buzzati.
GILLO PONTECORVO (1919-2006)
Gillo Pontecorvo foi um diretor de cinema italiano conhecido por suas obras com forte engajamento político. Nascido em Pisa, foi um cineasta influente no cinema realista. Sua obra mais famosa, “A Batalha de Argel” (1966), é um marco no cinema mundial, retratando a luta pela independência da Argélia. Pontecorvo combinou habilmente técnicas documentais com dramatização, gerando realismo e impacto social. Seu estilo autoral e comprometimento com questões sociais e políticas marcaram seu legado no cinema como um diretor visionário e provocador.
GIANNI AMELIO (1945 – )
De Catanzaro, região da Calábria, se formou em Filosofia na Universidade de Messina. Em 65, vai para Roma e trabalha como assistente de câmera. Pouco tempo depois, começa a dirigir seus próprios projetos para televisão. Em 1979, dirige seu maior sucesso na TV, “Il Piccolo Archimede”, que o faz ser comparado a Luchino Visconti. Em 1982, estreia no cinema com o filme “Colpi al Cuore”. Anos depois, filmaria seu primeiro grande sucesso “I ragazzi di via Panisperna” (1988), ganhador do prêmio de Melhor Filme no Festival de Albano. Em 1990, seu filme “As Portas da Justiça” é indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Entre seus sucessos estão: “O Ladrão de Crianças” (1992), “América – O Sonho de Chegar” (1994) e “Assim É Que Se Ria” (1998), que lhe rendeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza.
MICHELANGELO ANTONIONI (1912-2007)
Nasceu em Ferrara. Graduado em Economia, chega a Roma em 1940, onde entra para o Centro Sperimentale di Cinematografia, na Cinecittà. O primeiro sucesso foi “A Aventura” (1960), seguido por “A Noite” (1961) e “O Eclipse” (1962), que formam uma trilogia. Em 1964, lança seu primeiro filme colorido “O Deserto Vermelho”. Em 1966, seu primeiro filme em inglês, “Blow-Up – Depois Daquele Beijo”, e “Zabriskie Point” (1970), rodado nos EUA. Em 1985, sofreu um AVC e, apesar de ficar parcialmente paralítico e quase impossibilitado de falar, dirigiu outro filme com ajuda de Wim Wenders, “Além das Nuvens” (1995). Nesse mesmo ano é premiado com um Oscar pelo conjunto da sua obra.
VITTORIO DE SETA (1923-2011)
Nascido em Palermo, Vittorio De Seta estudou Arquitetura em Roma, antes de se tornar diretor. Realizou dez documentários entre 1954 e 1959, antes de dirigir sua principal obra “Bandidos em Orgosolo” (1961). Seus documentários e filmes focavam essencialmente o dia-a-dia de muitos trabalhadores sicilianos pobres, e eram notáveis a sua capacidade de narração, melodias calmas e cores fortes. Apesar de sua curta cinematografia, De Seta possui importância histórica para o cinema italiano e mundial. Também dirigiu “Um Homem Pela Metade” (1966), “L’invitata” (1969) e “Lettere dal Sahara” (2006).
MARIO MONICELLI (1915-2010)
Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 colaborou em cerca de 40 filmes, como argumentista, roteirista e assistente de direção. Como diretor, estreia em parceria com Stefano Vanzina em 1949 com “Totò Cerca Casa”. A colaboração dos dois diretores gerou oito filmes, entre eles, o célebre “Guardie e Ladri” (1951). “Os Eternos Desconhecidos” (1958), é considerado o primeiro do filão da commedia all`italiana. Em 1959, “A Grande Guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza e rendeu sua primeira indicação ao Oscar. A segunda viria em 1963, com “Os Companheiros”. Diversas outras películas merecem destaque, em sua carreira de mais de 60 filmes: “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966), “Meus Caros Amigos” (1975), “Um Burguês Muito Pequeno” (1977), “Quinteto Irreverente” (1982).
GIULIANO MONTALDO (1930-2023)
Nascido em Gênova, Giuliano Montaldo fez sua estréia como diretor com “Tiro Al Piccione” (1960), um filme sobre a Resistência Partisan. Seu segundo filme, “Una Bella Grinta”, estrelado por Norma Benguel, sobre um alpinista social durante a época do “milagre econômico italiano”, ganhou o prêmio especial do júri no Festival de Berlim (1965). Naquele ano, também foi assistente de direção da obra-prima de Pontecorvo “A Batalha de Argel”. Depois de ter filmado para a Paramount, nos EUA, voltou à Itália para realizar “Gott Mit Uns” (1969), “Sacco e Vanzetti” (1971) e “Giordano Bruno” (1973). Com “Agnes Vai Morrer” (1976), retomou o tema da Resistência. Em seguida, voltou-se para a televisão, tendo dirigido, entre outras, a minissérie Marco Polo (1982). Entre 1999 e 2003, foi presidente da RAI Cinema. Seus filmes mais recentes são: “Os Demônios de São Petersburgo” (2008), o documentário “O Ouro de Cuba” (2009) e “O Industrial” (2011).
ELIO PETRI (1929-1982)
Um dos mais fascinantes e irreverentes diretores de toda a Europa, o romano Elio Petri dirigiu os clássicos “Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita” (1970), “A Classe Operária Vai ao Paraíso” (1972) e “Juízo Final” (1976). Começou a carreira como crítico de cinema do L’Unità, jornal do Partido Comunista Italiano. Escreveu roteiros para Giuseppe De Santis, Carlos Lizzani e Dino Risi. Estreou na direção com “O Assassino” (1961). Realizou 13 longas, entre os quais “A Décima Vítima” (1965), “Condenado Pela Máfia” (1967), “A Propriedade não é mais um Furto” (1973), “A Boa Notícia” (1979). Seu cinema político combinava a abordagem marxista com uma alta capacidade cinematográfica na utilização de gêneros e estilos diversos, contribuindo para o debate do período, com observações sobre a sociedade e o poder, explorando questões sociais ainda hoje relevantes, como o crime organizado, a relação entre autoridades e cidadãos, o papel do artista, os direitos de classe e o consumismo.
GENNARO RIGHELLI (1886-1949)
Nascido em Salerno, foi diretor, roteirista e ator. Seguindo os passos de seu pai, inicia sua carreira teatral em 1902 em uma “companhia dialetal”, ou seja, um grupo que se utilizava de um dialeto regional da Itália, ao invés de sua língua oficial. Chegou ao cinema em 1911, ainda na época do cinema mudo, realizando curtas nos quais também atuava. Dirigiu grandes filmes históricos, dramas populares e comédias sentimentais. Seu filme “Silêncio Por Amor” (1930) é considerado o primeiro filme sonoro da Itália. Dirigiu Anna Magnani em “Abaixo a Pobreza” (1945), logo após a atriz ficar mundialmente conhecida com “Roma, Cidade Aberta” (1945). Também dirigiu “O Correio Secreto” (1928), “Colpi di Timone” (1942) e “Abaixo a Riqueza!” (1946).
PAOLO SORRENTINO (1970 – )
Nasceu em Nápoles, começou a trabalhar com cinema aos 25 anos, depois de cursar a Faculdade de Economia e Negócios. Seu primeiro filme foi o curta “Un Paradiso”, em 1994. Em 2002 participa do documentário “La Primavera del 2002 – L’Italia Protesta, l’Italia Si Ferma”, junto a mais de 40 diretores como Marco Bellochio, Mario Monicelli, Gillo Pontecorvo e os Irmãos Taviani. Seu próximo filme, “As Consequências do Amor” (2004), foi apresentado no Festival de Cannes e indicado à Palma de Ouro. Seu primeiro sucesso, “Il Divo” (2008), conta a história das ligações do líder democrata-cristão Giulio Andreotti com a máfia. Dirigiu também “O Amigo da Família” (2006), “Aqui É o Meu Lugar” (2011), “A Grande Beleza” (2013), “Juventude” (2015), “O Jovem Papa” (2016, série para televisão).
EDUARDO DE FILIPPO (1900 – 1984)
Nascido em Nápoles, foi dramaturgo, diretor, roteirista e ator. Assim como seu pai, Eduardo Scarpetta, Eduardo De Filippo foi um dos atores e autores mais representativos do teatro popular napolitano. Diversos membros da família Scarpetta/De Filippo se consagraram por sua atuação no teatro e posteriormente no cinema. Por sua contribuição e defesa da cultura popular italiana, Eduardo De Filippo foi nomeado senador vitalício da Itália em 1981.
Já estabelecido no teatro, Eduardo De Filippo começou a trabalhar com cinema em 1932. Seu primeiro filme como diretor foi “In campagna è caduta una stella” (1940), no qual também atua junto com seu irmão Peppino. Colaborou com Vittorio de Sica em alguns filmes, como no roteiro de “Matrimônio à Italiana” (1964), uma refilmagem do filme “Filumena Marturano” (1951) do próprio Eduardo. Entre seus filmes de maior sucesso estão: “Nápoles Milionária” (1950), “Napolitani a Milano” (1953), “Miseria e Nobiltà” (1955) e “Le Voci di Dentro” (1978).
SERGIO LEONE (1929 – 1989)
Sergio Leone foi um renomado diretor de cinema, célebre por seu impacto nos filmes de Velho Oeste. Nasceu em Roma e tornou-se um ícone do cinema mundial com sua abordagem estética inovadora. Leone ganhou reconhecimento principalmente pela “trilogia dos dólares”, estrelando Clint Eastwood, que redefiniu o gênero western spaghetti. Sua direção caracterizava-se por closes intensos, trilhas sonoras marcantes e a ampliação dos silêncios dramáticos. Além do sucesso nos westerns, ele explorou outros gêneros, como o épico “Era Uma Vez na América”. Sua visão única e influência perduram, consolidando-o como um dos mestres do cinema mundial.
CARLO LIZZANI (1922-2013)
Carlo Lizzani nasceu em Roma e começou sua carreira como roteirista em filmes como “Alemanha, Ano Zero” (Roberto Rossellini, 1948), e “Arroz Amargo” (Giuseppe De Santis, 1949), pelo qual recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Como diretor, estreou com “Achtung! Banditi!” (1951), drama sobre a resistência antifascista. Seu filme “Os Amantes de Florença” (1954), adaptação do romance de Vasco Pratolini, recebeu o Prêmio Internacional do Festival de Cannes e duas Fitas de Prata. Pelo filme “Bandidos em Milão” (1968), ele ganhou o David di Donatello de Melhor Diretor e a Fita de Prata de Melhor Roteiro. Por seu filme de 1996, “Celluloide”, que fala das dificuldades enfrentadas por Roberto Rossellini durante as filmagens de “Roma, Cidade Aberta” (1945), recebeu outro David di Donatello.
FEDERICO FELLINI (1920-1993)
Nascido e criado em Rimini, região da Emilia-Romagna, Fellini se mudou para Roma em 1939, e começou escrever e desenhar caricaturas na revista Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema em 1942, redigindo histórias para o comediante Aldo Fabrizzi. A partir de 1945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada. Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Roma” (1972)”, “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978). “E La Nave Va” (1983).
CESARE ZAVATTINI (1902 – 1989)
De Luzzara, região da Emilia-Romagna. Foi roteirista, jornalista, dramaturgo, escritor, poeta e pintor italiano. Cesare Zavattini é mais conhecido por ser um dos principais expoentes do neo-realismo italiano, tendo contribuído no argumento e roteiro de diversos filmes do gênero, como os de Vittorio de Sica: “Ladrões de Bicicleta” (1948) e “Milagre em Milão” (1951), este último baseado no livro “Totó o Bom” (1943) de Zavattini.
Entre os cineastas com quem Zavattini trabalhou em seus mais de 80 roteiros, estão: Michelangelo Antonioni, Mauro Bolognini, René Clément, Giuseppe De Santis, Federico Fellini, Pietro Germi, Alberto Lattuada, Mario Monicelli, Elio Petri, Dino Risi, Roberto Rossellini, Luchino Visconti e Damiano Damiani. Como diretor, assinou apenas três filmes: “Amores na Cidade” (1953) e “I Misteri di Roma” (1963), ambos filmes coletivos, e “La veritaaaà” (1982), filme para televisão.
ALBERTO LATTUADA (1914-2005)
Lattuada nasceu em Milão e desde jovem manifestava um grande interesse pela literatura, o que o levou a escrever muitos artigos sobre cinema e a fundar uma publicação – Camminare – juntamente com seu companheiro de colégio Alberto Mondadori. Foi um dos nomes do neorrealismo, atuando no chamado “Grupo de Milão”, onde, além dele, nomes como Luigi Comencini e Dino Risi também figuravam. Lattuada começou no cinema como decorador de sets em 1933. Em 1940 participou do roteiro do filme “Piccolo Mondo Antico”, de Mario Soldati, que foi premiado no Festival de Veneza. Dirigiu seu primeiro filme em 1942, “Giacomo L’ Idealista”, mas começou a ser notado e a fazer sucesso com “O Bandido” (1946), seguido de “Il Delitto di Giovanni Episcopo” (1947). Em sua extensa filmografia destacam-se ainda “La Spiaggia” (1954) e “Bianco, Rosso e…” (1972), estrelado por Sophia Loren.
ANTONIO PIETRANGELI (1919-1968)
Romano, escrevia resenhas de filmes para revistas. Como roteirista, destaca-se sua participação nas obras “Obsessão” (1943), de Visconti, e “Europa ’51” (1952), de Rossellini. Na direção, estreou em 1953 com o filme “O Sol nos Olhos”. “Adua e suas Companheiras” (1960) foi um filme de destaque. “Conheço Bem Essa Moça” lhe rendeu três prêmios Nastro d’Argento de melhor diretor, melhor roteiro e melhor ator coadjuvante (Ugo Tognazzi). Pietrangeli faleceu aos 49 anos enquanto trabalhava no filme “História de um Adultério”, finalizado pelo diretor Valerio Zurlini.
ETTORE SCOLA (1931-2016)
Nasceu em Trevico. Ingressou no cinema como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpaso”, 1962). Seu primeiro filme foi “Fala-me de Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento internacional com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), tocante painel da Itália pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Splendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.
DINO RISI (1916-2008)
O milanês Dino Risi estudou medicina e formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista e trabalhou como assistente de direção. Nos anos 50, mudou para Roma, se tornando um dos grandes criadores da commedia all’italiana, junto a Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre eles: “O Signo de Vênus” (1955), “Um Vida Difícil ” (1961), “Aquele que Sabe Viver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (1971). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu o Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.
PIER PAOLO PASOLINI (1922-1975)
Poeta, escritor e cineasta, Pasolini nasceu em Bolonha. Compôs os primeiros poemas em dialeto friulano, “Poesia a Casarsa” (1942). Seus romances “Vadios” (1954) e “Uma Vida Violenta” (1959) lhe asseguraram o êxito literário. Dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, escrevendo depois roteiros e realizando vários filmes, entre os quais “Accattone” (1961), “Mamma Roma” (1962), “O Evangelho Segundo Mateus” (1964), “Gaviões e Passarinhos” (1966), “Édipo Rei” (1967), “Teorema” (1968), “Medeia” (1969), “Pocilga” (1969), “Decameron” (1971), “Salò ou os 120 Dias de Sodoma” (1975). Repudiado pelo Vaticano, quando lançado em 1964 no Festival de Veneza, “O Evangelho…” foi reabilitado em 2014, um ano após a posse do Papa Francisco, como “o melhor filme já feito sobre a vida de Jesus Cristo”.
BRUNO BOZZETTO (1938 – )
Bruno Bozzetto, nascido em Milão, é um renomado animador, ilustrador e diretor italiano. Reconhecido por seu estilo único de animação, Bozzetto tornou-se um ícone do cinema de animação europeu. Ganhou destaque com curtas como “Mister Tao” e “Europe and Italy”, além de filmes como “Allegro non Troppo” (1976), uma sátira genial à animação clássica. Seu humor inteligente e crítico aborda questões sociais e políticas de maneira cativante, conquistando fãs ao redor do mundo. Bozzetto é celebrado por sua inventividade e contribuição significativa para o universo da animação.
LUCHINO VISCONTI (1906-1976)
Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, nasceu em Milão e descende da família Visconti da antiga nobreza italiana. Começou seu trabalho no cinema como assistente do diretor francês Jean Renoir nos filmes “Toni” (1934), “Les Bas-Fonds” (1936), “Partie de Campagne” (1936). Ingressou no Partido Comunista da Itália em 1942. Seu primeiro filme como diretor foi “Obsessão” (1943). Voltou-se em seguida para o teatro. Em 1948, realizou “La Terra Trema”, um clássico do cinema neo-realista. Recebeu sua primeira premiação no Festival de Veneza (Leão de Prata), em 1957, pelo filme “As Noites Brancas” – baseado em conto de Fiodor Dostoievski. Em 1960, chega aos cinemas “Rocco e Seus Irmãos” e, em 1963, o mais aplaudido de seus trabalhos, “O Leopardo”, adaptação do romance de mesmo nome de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Depois vieram “As Vagas Estrelas da Ursa” (1965), “O Estrangeiro” (1967), “Os Deuses Malditos” (1969), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig” (1972), “Violência e Paixão” (1974) e “O Intruso” (1976). Assina também a direção de 42 peças teatrais e 20 óperas encenadas entre 1945 e 1973.
LINA WERTMÜLLER (1928-2021)
Nascida em Roma, Arcangela Felice Assunta Wertmüller von Elgg Spanol von Braucich estudou teatro e trabalhou como assistente de direção de Giorgio Lullo nos anos 50. No cinema, foi assistente de Federico Fellini em “Oito e Meio” (1963). Estreou como diretora com “I Basilischi” (1963). Em 1965 dirigiu o filme em episódios “Questa Volta Parliamo di Uomini” e para a televisão “Il Giornalino di Gian Burrasca”, adaptação do romance homônimo de Vamba. Assinou outras dezessete longa-metragens, entre os quais “Mimi, o Metalúrgico” (1972), “Amor e Anarquia” (1973), “Pasqualino Sete Belezas” (1975), “Sábado, Domingo e Segunda” (1990), “Ninfa Plebeia” (1996). Em 2001 lançou “A Pequena Orfã”, telefilme estrelado por Sophia Loren, extraído do romance homônimo da escritora napolitana Maria Orsini Natale. Lina foi a primeira mulher indicada ao Oscar de Melhor Direção, por “Pasqualino Sete Belezas” e, em 2019, a cineasta foi agraciada com um Oscar pelo conjunto de sua obra.
Perdemos Carlos Lyra e seu mais amplo sentimento de brasilidade
Neste sábado, nos deparamos com a triste notícia da partida do icônico Carlos Lyra, um dos maiores artistas que o nosso povo já produziu. Os estudantes de São Paulo lamentam a morte deste grande ícone da nossa música e da cultura popular brasileira.
Criador da Bossa Nova junto a outros gigantes como Tom Jobim, João Gilberto, Nara Leão e Vinícius de Moraes, Carlos Lyra, carregava em suas composições o mais amplo sentimento de brasilidade.
Desde o início de sua trajetória, Carlos Lyra manteve uma ligação intrínseca com os movimentos populares e, em especial com o movimento estudantil. Lyra compôs e produziu icônicas obras como a trilha sonora da peça “A mais valia vai acabar, seu Edgar” (1960), do dramaturgo e diretor Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha.
Primeira exibição da “Mais Valia Vai Acabar, Seu Edgar”, de Vianinha e Carlos Lyra
Junto a Vinícius de Moraes, foi autor do “Hino da UNE”, uma verdadeira ode à histórica luta dos estudantes brasileiros, e também um dos responsáveis pela fundação do Centro Popular de Cultura, o CPC da UNE, uma das maiores experiências de difusão da cultura brasileira e que temos orgulho de dar continuidade por meio do nosso CPC UMES.
Como diretor musical do CPC da UNE, lançou o álbum O Povo Canta”, em 1962, que contava com as seguintes composições: “Canção do subdesenvolvido”, de Carlos Lyra e Francisco de Assis; “João da Silva ou o falso nacionalista”, de Billy Blanco; “Canção do trilhãozinho”, Carlos Lyra e Francisco de Assis; “Grileiro vem pedra vai”, de Raphael de Carvalho; e “Zé da Silva é um homem livre”, de Geni Marcondes e Augusto Boal.
Ele também participou da produção do show “Opinião”, em 1964, sob a direção de Augusto Boal, proporcionando uma resistência cultural histórica ao golpe que instalou a ditadura militar no Brasil, sendo responsável por trazer vozes como as de Zé Keti e João do Vale ao espetáculo.
A carreira musical de Lyra continuou com lançamentos de álbuns, incluindo “Eu e Elas” (1972) e “Herói do Medo” (1974), este último censurado na íntegra. Em 2019, após mais de 25 anos sem gravar, ele retornou com “Além da Bossa”, evidenciando sua duradoura contribuição para a música e a resistência cultural brasileira.
Em 1995, Carlos Lyra realizou um memorável show na nossa sede na abertura do projeto UMES-Cantarena, quando o Cine-Teatro Denoy de Oliveira, ainda se chamava Teatro da UMES. A escolha de Lyra para o primeiro show do projeto marcou a integração entre o trabalho desenvolvido pelo CPC da UNE e o que era então iniciado no CPC-UMES.
Carlos Lyra partiu, mas sua obra e seu legado serão sempre honrados pela juventude brasileira.
UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES
SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO – UMES
PEC de Tarcísio que corta R$ 10 bi da Educação sai da pauta da Alesp – E que não volte nunca mais
Graças às intensas mobilizações dos estudantes, professores e sociedade civil, a Proposta de Emenda à Constituição que previa o corte de R$ 10 bilhões do orçamento da Educação enviada por Tarcísio de Freitas à Assembleia Legislativa de São Paulo, foi retirada da pauta deste ano.
A vitória foi conquistada com muita luta dos estudantes de São Paulo que não permitiram a concretização de um dos maiores ataques já realizados à nossa Educação.
Os estudantes mobilizados em conjunto com a UMES realizaram dezenas de assembleias nas escolas, manifestações, pressão na ALESP para denunciar o criminoso ataque de Tarcísio. No último período, lotamos as reuniões da Comissão de Constituição e Justiça de estudantes para pressionar os deputados e derrotar o Corte!
Junto à atuação dos deputados de oposição, de sindicatos e dos movimentos de defesa da Educação, mostramos para os privatistas que não vamos aceitar nenhum retrocesso nela e que nenhum centavo será retirado!
Os estudantes provaram mais uma vez que através da união e mobilização podemos mudar a realidade e obter grandes vitórias!
Continuaremos organizados e atentos! Na luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade! Por mais investimento e não ao corte na educação!
QUE ESSA PEC NÃO VOLTE À PAUTA NUNCA MAIS!
UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES
SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO – UMES
CPC UMES apresenta a 1ª Mostra Popular de Cinema Chinês e homenageia o centenário de Xie Jin
Cine-Teatro Denoy de Oliveira receberá nova mostra entre os dias 23 e 26 de novembro
País com uma das maiores populações do mundo e detentor de uma tradição cultural milenar, a China a cada ano que passa tem chamado a atenção do mundo pela realização de grandes feitos nas mais diversas áreas. Mas, para além da propaganda contrária, o que de fato sabemos sobre essa cultura geograficamente tão distante da nossa?
É um pouco dessa história que tentamos contar na 1ª Mostra Popular de Cinema Chinês, que irá ocorrer entre os dias 23 e 26 de novembro. No entanto, como tudo na vida, não queremos contar de qualquer jeito, mas sim sobre a visão popular dessa história. Por isso, abrimos nossas portas para apresentar um povo que lutou por sua liberdade, superando nesse caminho a exploração colonial e a miséria econômica. É uma história diferente, que mescla tradição e modernidade, mas que por um conjunto de motivos econômicos e ideológicos pouco chega até nós.
Nessa primeira mostra resolvemos homenagear Xie Jin, um dos principais diretores do cinema Chinês, que completa seu centenário no dia 21 de novembro. Para isso, escolhemos dois filmes: a comédia “Grande Li, Pequeno Li e Velho Li”, de 1962 e “Guerra do Ópio”, drama gravado em 1997 na ocasião da devolução da ilha de Hong Kong para o Estado Chinês.
Também selecionamos outros cinco filmes, de épocas distintas e diferentes gêneros, para compor a programação da mostra. Das primeiras gerações de diretores chineses temos “Anjos da Rua”, produzido em 1937 com direção de Muzhi Yuan; o premiado filme “Terra Amarela”, dirigido por Chen Kaige em 1984, traz o encontro da nova e da velha China através das canções dos camponeses que são apresentadas a um soldado do Exército Vermelho; do diretor Huo Jianqi teremos o belíssimo “Carteiro das Montanhas”, que traz uma bonita trama sobre o debate entre as gerações dentro da sociedade chinesa; já no filme “Herói” temos uma fábula épica narrando a história da unificação da China; e, para completar nossa programação, temos “O Rei das Máscaras”, que nos apresenta a antiga arte da troca de máscaras, segredo cultural passado de pai para filho.
Para enriquecer ainda mais nossa programação, convidamos nosso amigo Gao Qinxiang, diretor do Instituto Confúcio da UNICAMP, para realizar uma apresentação de música chinesa em nosso teatro. Na ocasião ele e um grupo de professores do Instituto Confúcio da Unicamp irão interpretar um conjunto de lindas músicas e danças do rico repertório tradicional do país.
PROGRAMAÇÃO
23/11 – Quinta
19h – Grande Li, Pequeno Li e Velho Li
24/11 – Sexta
19h – O Rei das Máscaras
25/11 – Sábado
15h – Anjos da Rua
18h – Apresentação Cultural
19h – Carteiro das Montanhas
26/11 – Domingo
15h – Terra amarela
17h – Herói
19h – Guerra do Ópio
XIE JIN
Há 100 anos nascia Xie Jin (1993-2008), um dos maiores diretores da China. Com vasta carreira, ao longo das seis décadas que se dedicou ao cinema, gravou mais de 30 filmes e foi premiado inúmeras vezes por sua direção talentosa. Suas obras ficaram marcadas pela capacidade de traduzir as contradições humanas em situações complexas de conflito entre nações ou revoltas populares.
Xie Jin se dedicou a gravar os mais variados gêneros, da comédia à guerra, passando por dramas e épicos. Com referências no Realismo Socialista da União Soviética e no Neorrealismo Italiano, o diretor ajudou a influenciar o cinema chinês usando as raízes populares das óperas de Sichuan e Shaoxing. Fundou e foi o primeiro reitor da Escola de Cinema e Televisão e Mídia da Universidade Normal de Shangai, que recebeu seu nome em homenagem. Em sua memória, exibiremos duas obras de sua cinematografia, sendo elas sua única comédia – “Grande Li, Pequeno Li e Velho Li”, e o mundialmente conhecido “Guerra do Ópio”.
APRESENTAÇÃO CULTURAL
25/11 – Sábado – 18h
Os professores do Instituto Confúcio da UNICAMP são nossos convidados especiais e apresentarão a música e dança tradicional chinesa. O repertório passa por diversas épocas e refletem as combinações da cultura popular com a vitalidade moderna, exibindo instrumentos clássicos, danças típicas e trajes festivos. Para completar a programação, será apresentado a habilidosa sequências de treinamento com espada, segundo os princípios do Tai Chi Chuan e a tradicional Dança do Dragão.
FILMES
Grande Li, Pequeno Li e Velho Li
1962 | P&B | 82 min | Comédia
De Xie Jin; com Fan Haha, Guan Hongda, Liu Xiasheng
Quando Grande Li é eleito líder de esportes da fábrica de processamento de carnes em Xangai, os jovens operários ficam entusiasmados com a possibilidade de se exercitarem antes da rotina de trabalho. Quem não gosta da ideia é o Velho Li, chefe da fábrica, que enfrenta esse dilema dentro de casa, com seu próprio filho, o Pequeno Li.
Curiosidades:
- O filme foi restaurado em 2k e dublado no dialeto de Shangai em 2018, sendo premiado no Festival de Cinema de Shangai.
- O filme é conhecido em todo território chinês, sendo exibido inúmeras vezes na televisão e cinemas em sessões especiais até hoje.
O Rei das Máscaras
1995 | COR | 91 min | Drama
De Wu Tian-Ming; com Zhu Xu, Zhou Renying
O Bian Lian é uma famosa arte de rápida troca de máscaras de seda. Segundo a tradição milenar, essa arte só poderia ser ensinada para os filhos homens dos mestres. Durante a década de 30, Wang é o último mestre de Bian Lian e seu único herdeiro faleceu quando tinha 10 anos. Para sobreviver, o artista – conhecido como “O Rei das Máscaras” – faz apresentações públicas na pobre cidade. Na busca de manter a tradição viva, o destino reserva muitas surpresas para Wang.
Curiosidades:
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- O Bian Lian até hoje é considerado segredo entre os mestres e ensinado a discípulos escolhidos a preservarem a arte.
- O filme foi premiado como Melhor Filme no Galo de Ouro, o maior festival de cinema da China
Anjos da Rua
1937 | P&B | 91 min | Comédia
De Yuan Muzhi; com Zhao Dan, Zhou Xuan, Wei Heling, Zhao Huishen
Uma representação da cidade de Xangai nos anos 30. Xiao Hong e Xiao Yun são duas irmãs exploradas a se prostituir e a cantar no bar de seus pais adotivos. Tudo muda quando a irmã mais nova é forçada a se casar com um fanfarrão endinheirado. Do outro lado da rua, um grupo de amigos fazem de tudo para sobreviver a crise econômica que abate a cidade, e com eles, Xiao Hong decide se esconder de seu casamento imposto.
Curiosidades:
Zhou Xuan é uma das mais famosas cantoras da China. A sua interpretação de “天涯歌女
Anjos da Rua é considerado um dos filmes mais importantes gravados antes da fundação da República Popular da China.
Carteiro das Montanhas
1999 | Cor | 88 min | Drama
De Huo Jianqi; com Teng Rujun e Liu Ye
Quando um velho carteiro precisa se aposentar por problemas de saúde, seu filho é chamado para assumir o trabalho de entregar as encomendas na região montanhosa da província de Hunan. Enquanto viajam juntos pelas montanhas, a visão negativa que o filho tinha sobre seu pai, resultado da distância criada pelas longas viagens, pouco a pouco se desconstrói, conforme começa a compreender a importância do trabalho. Nesta jornada, a velha geração passa o bastão para a nova, unindo tradição e modernidade, amor e lealdade.
Curiosidades:
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- Prêmios de Melhor Filme e Melhor Ator no Festival Galo de Ouro, a maior premiação do cinema chinês.
- A região montanhosa de Hunan tem difícil acesso até hoje, além de ser o local de nascimento de Mao Tsé-Tung.
Terra Amarela
1984 | COR | 86 min | Drama
De Chen Kaige; com Wang Xueqi, Xue Bai, Liu Quiang, Tan Tuo
Um soldado do exército vermelho é enviado para uma região do interior da China para aprender as cantigas tradicionais dos camponeses para inspirar as canções do exército revolucionário. Sua relação com a vila se desenvolve rapidamente, criando laços com a família que lhe cedeu abrigo. A velha e a nova China são confrontadas nesse drama que reconstitui eventos reais da década de 30.
Curiosidades:
Filme de estreia de Chen Kaige na direção, rendeu o prêmio de filme mais criativo e original no Festival de Cinema de Londres.
Zhang Yimou é responsável pela direção de cinematografia. Foi premiado com a Melhor Fotografia no Festival Galo de Ouro, o maior festival de cinema da China.
Terra Amarela foi gravado ao longo do Rio Amarelo, local ligado as raízes de fundação da China.
Herói
2002 | Cor | 99 min | Aventura
De Zhang Yimou; com Jet Li, Tony Leung Chiu-Wai, Maggie Cheung, Ziyi Zhang, Daoming Chen, Donnie Yen
Uma fábula épica baseada em fatos reais, sobre a unificação da China ocorrida há 2000 anos. Sem Nome é um guerreiro habilidoso que entrega as armas dos assassinos Espada Quebrada, Céu e Neve Voadora ao imperador da dinastia Qing. Em troca, o herói tem a honra de se aproximar do Imperador e irá receber mais do que apenas ouros e terras por matar os maiores assassinos de sua época.
Curiosidades:
- Quentin Tarantino é admirador do filme e ajudou em sua divulgação nos Estados Unidos, garantindo a distribuição comercial nas salas estadunidenses.
- O filme é um Wuxia, gênero popular de ficção com artes marciais. A palavra Wuxia é a junção de dois termos. Wu (武), que significa “militar” ou “armado”, e Xia (俠), que remete a “honrado” ou “herói”.
Guerra do Ópio
1997 | COR | 153 min | Drama
De Xie Jin; com Bao Guoan , Lin Liankun, Lung Sihung
Neste épico, acompanhamos o trágico momento vivido pela China durante a Primeira Guerra do Ópio. Lin Zexu é designado para combater o uso do ópio na China, destruindo cerca de 20.000 caixas da droga trazida pelos ingleses e prendendo os contrabandistas da droga. Em retaliação, o Império Britânico, que lucrava com o entorpecimento de uma nação, inicia a guerra que resultaria na “entrega” forçada de Hong Kong.
Curiosidades:
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- O filme foi produzido na ocasião da devolução de Hong Kong ao estado chinês em 1997.
- Com este filme, Xie Jin foi premiado com Melhor Filme no Festival Galo de Ouro, o maior festival de cinema da China.
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INFORMAÇÕES GERAIS
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1ª Mostra Popular de Cinema Chinês
23 e 26 de novembro
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Cine-Teatro Denoy de Oliveira
Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista – São Paulo – SP
Entrada gratuita