cartilha de grêmios

Organize o Grêmio Estudantil com a UMES!

cartilha de grêmios

O Grêmio Livre Estudantil é a principal representação dos estudantes no ambiente escolar. É por meio dele que os estudantes apresentam suas demandas e lutam pela melhoria da Educação.

O Grêmio também é o primeiro instrumento democrático que a maioria dos jovens tem em seu desenvolvimento.

O Grêmio é a principal ferramenta da democracia dentro da escola. Tamanha a sua importância que sua existência é regulamentada por leis municipal, estadual e federal, neste caso, a Lei do Grêmio Estudantil, garante a livre organização dos estudantes e sua atuação como representação dos alunos.

É dever da União Municipal dos Estudantes Secundaristas fomentar a criação e apoiar a organização dos Grêmios Livres Estudantis. É por meio dos Grêmios que a UMES-SP atua nas escolas. O Grêmio Livre é a força principal do Movimento Estudantil.

Com base nisso, a UMES-SP desenvolveu uma nova cartilha sobre os grêmios estudantis. Nela podemos encontrar os direitos que o grêmio possui dentro da escola, qual a função do grêmio, processo eleitoral e outras pautas importantes.

Ficou interessado? Venha organizar seu grêmio com a gente!

Baixe aqui a Cartilha de Grêmios da UMES

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BLOCO UMES CARAS PINTADAS – 30 anos de folia pelas ruas do Bixiga

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Desfile comemorou os 30 anos do Bloco UMES Caras Pintadas – Foto: César Ogata

 

O Bloco UMES Caras Pintadas voltou às ruas na noite desta terça-feira levando alegria aos foliões do Bixiga. O desfile deste ano teve um tema especial: comemorar os 40 anos da UMES, os 30 anos de Bloco e do nosso trabalho cultural.

Uma grande festa que arrastou centenas de foliões com diversas atrações como, a Capoeira na UMES, que celebra os seus 10 anos, a Companhia de Samba Paulista e a Bateria Galo de Rinha, do Bloco Kolombolo.

“O nosso bloco de carnaval, UMES Caras Pintadas, foi um espetáculo, sucesso de público, sucesso de show de música, um sucesso de alegria que contagiou as ruas do Bixiga”, comemorou o presidente da UMES, Lucca Gidra. “O bloco foi ótimo para marcar nosso início de ano, para nos vigorar, trazer alegria e força para tocar esse ano de 2024, que vai ser um ano com muitas lutas para se travar”.

 

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Apresentação da Capoeira da UMES, que completa 10 anos – Foto: César Ogata

 

Lucca relembra que bloco comemora os 40 anos da UMES. “Estamos iniciando esse nosso quadragésimo aniversário, com muita festa, muita alegria e com esse bloco que foi um espetáculo e a gente só tem a tirar boas memórias e boas recordações”, comemorou.

Junior Fernandes, organizador do bloco, destaca que são muitas celebrações envolvidas no desfile dos 30 anos do UMES Caras Pintadas. “Esse desfile de 2024 foi muito especial, um ano de comemoração, onde a nossa gloriosa UMES, completa 40 anos de vida lutando por uma educação melhor pra juventude”, disse.

“Nosso CPC completa 30 anos de existência levando cultura e arte pra escolas e também no nosso Cine-Teatro, a capoeira da UMES que completa 10 anos, levando a nossa cultura popular à cidade”, destacou.

Junior relembra que todos os anos o bloco aborda em suas marchinhas temas de interesse político e social para os estudantes, como a homenagem à Amazônia, ou a luta contra Bolsonaro. “Todos os anos nossa marchinha tem a questão política muito forte, mas, este ano, também usamos pra falar de alegria. O nosso bloco foi lindo, todo mundo cantando e pulando, aonde paramos com o carro foi pura alegria”, disse.

 

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Companhia Paulista de Samba conduziu o desfile do bloco – Foto: César Ogata

 

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Bateria Rinha de Galo, do bloco Kolombolo – Foto: César Ogata

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CURSO DE FORMAÇÃO EM ARTES CÊNICAS CPC-UMES – 16ª EDIÇÃO

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O CPC-UMES tem a satisfação de apresentar a 16ª Edição do Curso de Teatro totalmente gratuito. 

Serão realizadas oficinas de formação em artes cênicas voltadas para estudantes de escolas públicas. Para atender às diferentes experiências e níveis de conhecimento, dividimos as turmas em dois grupos: uma turma voltada para iniciantes no teatro e outra destinada aos mais experientes na área.

 As aulas acontecerão de segunda a sexta aqui no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, com início em março e encerramento em julho.

As inscrições começam a partir de 01/02 e vão até 29/02.

 

Local das Aulas:

Cine-Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista

 

Turmas Iniciantes

Carga horária: 4 horas semanais – 1 vez por semana

Duração: de março a julho de 2024

Horário: das 14 às 18 horas – Turmas de quarta e sexta.

 

Turma Avançada

Carga Horária: 10 horas semanais – 3 vezes por semana

Duração: de março a julho de 2024

Horários: segunda – das 14h às 16h

                 terça – das 14h às 18h

                 quinta – das 14h às 18h

 

Todas as turmas receberão lanche durante as aulas e auxílio-transporte.

 

 

ATENÇÃO

 

As vagas para a “16ª edição da Oficina de Formação em Artes Cênicas CPC-UMES” foram preenchidas

Por isso, novas inscrições entrarão na lista de espera para vagas remanescentes.

 

Preencha o formulário disponível no site da UMES no link abaixo:

https://forms.gle/L41Nr7Jg2tup869a7

As inscrições também podem ser feitas pessoalmente em nossa sede de segunda a sexta das 9h às 18h.

 

Em caso de dúvidas entre em contato conosco pelo WhatsApp 11 3289-7475 ou pelo e-mail cursodeteatrodaumes@gmail.com

Não perca essa oportunidade e venha fazer parte do nosso núcleo de teatro!

O projeto é uma realização do CPC-UMES e conta com o apoio do Ministério da Cultura.

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Solicite aqui o seu Bilhete Único do Estudante 2024

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Os estudantes de São Paulo já podem solicitar seu Bilhete Único Estudante para o ano letivo de 2024. Para fazer o pedido de um novo bilhete ou de revalidação do cartão que já possui, é preciso que a instituição de ensino tenha enviado sua matrícula à SPTrans.

Os alunos que vão utilizar o Bilhete Único pela primeira vez irão receber o seu cartão em casa ou no endereço que ele escolher. Para isso, é preciso completar o processo de solicitação e pagamento do valor de validação do benefício, que é de sete tarifas vigentes, ou R$ 30,80 via cartão de crédito, boleto ou PIX.

 

CLIQUE AQUI E SOLICITE O SEU BILHETE ÚNICO DO ESTUDANTE

 

Passo a passo

Para solicitar a primeira via ou revalidação do Bilhete Único Estudante, siga o passo a passo:

• Informe a Unidade de Ensino que deseja utilizar o Bilhete Único de Estudante no ano vigente;

• Aguarde o envio dos seus dados de matrícula à SPTrans pela Unidade de Ensino. Você poderá acompanhar a confirmação de sua matrícula no site;

• Entre no site sptrans.dne.com.br e se identifique com o RG e CPF;

• Pague o valor de validação do benefício

Revalidação: Caso você já possua um Bilhete Único de Estudante ativo, será solicitada a confirmação do código do cartão para revalidá-lo, desde que o cartão esteja em perfeito estado de funcionamento e conservação, sem trincas ou envergaduras e com a foto e numeração impressas na parte frontal legíveis.


Atenção: você continuará utilizando este cartão, emitido em anos anteriores. Para ter direito a meia-entrada em shows e eventos, retire o selo de revalidação nos Postos de Atendimento;


Para quem já possui um cartão emitido a partir de 2019, mas deseja substituí-lo, selecione a opção para solicitar um novo cartão, confirme os dados enviados pela Unidade de Ensino, faça o envio de uma foto e um documento oficial, informe os dados de contato e um endereço para entrega de sua preferência. Os dados de contato são muito importantes pois é através do celular ou e-mail que serão enviados os avisos de andamento da emissão do novo cartão. Nestes casos, para quem quiser receber o cartão, será cobrado um valor de frete de três tarifas (R$ 13,20) somado ao valor da validação (R$ 30,80). Também haverá a opção de retirar o bilhete em um posto de atendimento da SPTrans, sem pagar o frete.


Cartões emitidos em 2018 e anos anteriores não podem mais ser revalidados. Quem possui este cartão e continua estudando em 2024 deve solicitar uma nova via e estará isento da taxa de frete.


O pagamento dos valores podem ser feitos por cartão de crédito, boleto ou PIX.


O aluno que escolher a opção do boleto deve aguardar a confirmação do pagamento (que leva até três dias úteis).  Importante: antes de imprimir o boleto, verifique se é o número do cartão que pretende revalidar e só assim imprima o boleto. O documento também pode ser pago em casas lotéricas.

Após a conclusão dessas etapas, a foto e o documento serão validados e o cartão será encaminhado para o endereço informado no momento do cadastro;

 

Desbloqueio

 

Ao receber o cartão, entre no site sptrans.dne.com.br e efetue o desbloqueio do Bilhete Único do Estudante para ativá-lo. Cartões emitidos em anos anteriores serão automaticamente bloqueados no momento do desbloqueio do novo cartão. A restituição do saldo remanescente estará disponível para recarga em até 72h.

Nós que nos amavamos tanto

Mostra Permanente de Cinema Italiano no Bixiga chega ao 9º ano – Veja a programação

Nós que nos amavamos tanto

“Nós Que Nos Amávamos Tanto”, de Ettore Scola

 

Situado no coração do Bixiga, o Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta a 9ª Mostra Permanente de Cinema Italiano. Desde 2016, o Centro Popular de Cultura da UMES tem se dedicado a essa filmografia que se revelou uma grande surpresa: descobrimos que ela é muito mais vasta do que imaginávamos. Muito além dos clássicos eternizados, trouxemos à tela pequenos tesouros desconhecidos pelo público brasileiro.

Neste ano, escolhemos festejar o aniversário de 50 anos de estreia de “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (Ettore Scola, 1974), além do centenário de Marcello Mastroianni e os 90 anos de Sophia Loren. Um filme e dois atores, três dos maiores símbolos italianos, três imortais na história do cinema. Além disso, prestamos nossas homenagens aos cineastas Francesco Maselli e Giuliano Montaldo, que faleceram em 2023.

A 9ª Mostra Permanente de Cinema Italiano traz 43 filmes de 27 diretores ao longo de todo o ano, sempre às segundas-feiras, 19h, com entrada gratuita. Participem!

 

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PROGRAMAÇÃO DE 2024

 

19/02 – ONTEM, HOJE E AMANHÃ

Vittorio De Sica (1963), 118 min. Comédia/Romance

26/02 – UMBERTO D.

Vittorio De Sica (1952), 89 min. Drama

04/03 – PERIGO: DIABOLIK

Mario Bava (1968), 105 min. Crime/Ação

11/03 – OS REVOLTOSOS

Francesco Maselli (1955), 102 min. Drama/Guerra

18/03 – TOTÓ FORA DA LEI

Camillo Mastrocinque (1956), 104 min. Comédia

25/03 – DOIS DESTINOS

Valerio Zurlini (1962), 115 min. Drama

01/04 – A MOÇA COM A VALISE

Valerio Zurlini (1961), 111 min. Romance/Drama

08/04 – KAPO – UMA HISTÓRIA DO HOLOCAUSTO

Gillo Pontecorvo (1960), 116 min. Drama/Guerra

15/04 – A BATALHA DE ARGEL

Gillo Pontecorvo (1966), 121 min. Drama/Guerra

22/04 – O PRIMEIRO HOMEM

Gianni Amelio (2011), 101 min. Drama

29/04 – BLOW UP – DEPOIS DAQUELE BEIJO

Michelangelo Antonioni (1966), 111 min. Thriller/Mistério

06/05 – PROFISSÃO: REPÓRTER

Michelangelo Antonioni (1975), 119 min. Thriller/Mistério

13/05 – O MUNDO PERDIDO

Vittorio De Seta (1954-59), 120 min. Documentário/Curta-Metragem

20/05 – O LADRÃO APAIXONADO

Mario Monicelli (1960), 106 min. Comédia/Drama

27/05 – O MARQUÊS DO GRILO

Mario Monicelli (1981), 135 min. Comédia/Ficção Histórica

03/06 – SACCO E VANZETTI

Giuliano Montaldo (1971), 125 min. Drama/História

10/06 – AGNES VAI MORRER

Giuliano Montaldo (1976), 135 min. Drama/Guerra

17/06 – A DÉCIMA VÍTIMA

Elio Petri (1965), 93 min. Ficção Científica/Comédia

24/06 – A PROPRIEDADE NÃO É MAIS UM ROUBO

Elio Petri (1973), 125 min. Comédia/Thriller

01/07 – ABAIXO A MISÉRIA!

Gennaro Righelli (1945), 90 min. Comédia/Drama

08/07 – A GRANDE BELEZA

Paolo Sorrentino (2013), 142 min.Comédia/Drama

15/07 – NÁPOLES MILIONÁRIA

Eduardo De Filippo (1950), 102 min. Comédia/Drama

22/07 – ERA UMA VEZ NO OESTE

Sergio Leone (1968), 175 min. Faroeste

29/07 – O BOM, O MAU E O FEIO (TRÊS HOMENS EM CONFLITO)

Sergio Leone (1966), 161 min. Faroeste

05/08 – MUSSOLINI – O ÚLTIMO ATO

Carlo Lizzani (1974), 135 min. Guerra/Drama

12/08 – OS PALHAÇOS

Federico Fellini (1970), 92 min. Comédia/Fantasia

19/08 – SESSÃO DUPLA: TOBY DAMMIT e ENSAIO DE ORQUESTRA

Federico Fellini (1968/1978), 115 min. Terror/Comédia

26/08 – AMORES NA CIDADE

Antonioni, Fellini, Lattuada, Lizzani, Maselli, Dino Risi, Zavattini (1953), 115 min. Drama/Romance

02/09 – SEM PIEDADE

Alberto Lattuada (1948), 95 min. Crime/Thriller

09/09 – O MAFIOSO

Alberto Lattuada (1962), 105 min. Comédia/Crime

16/09 – A VISITA

Antonio Pietrangeli (1964), 107 min. Comédia/Romance

23/09 – NÓS QUE NOS AMÁVAMOS TANTO

Ettore Scola (1974), 127 min. Comédia/Drama

30/09 – UM DIA MUITO ESPECIAL

Ettore Scola (1977), 106 min. Drama

07/10 – A IRRESISTÍVEL SABELLA

Dino Risi (1957), 99 min. Comédia

14/10 – ALMAS PERDIDAS

Dino Risi (1977), 102 min. Mistério

21/10 – SESSÃO DUPLA: A RICOTA e TEOREMA

Pier Paolo Pasolini (1963/1968), 133 min. Comédia/Mistério

28/10 – POCILGA

Pier Paolo Pasolini (1969), 99 min. Drama/Grotesco

04/11 – ALLEGRO NON TROPPO

Bruno Bozzetto (1976), 85 min. Fantasia/Musical

11/11 – OS GIRASSÓIS DA RÚSSIA

Vittorio De Sica (1970), 107 min. Guerra/Drama

18/11 – O LEOPARDO

Luchino Visconti (1963), 186 min. Drama/História

25/11 – POR UM DESTINO INSÓLITO

Lina Wertmüller (1974), 116 min. Comédia/Aventura

 

DIRETORES APRESENTADOS NA EDIÇÃO DE 2024

 

VITTORIO DE SICA (1901-1974)

Diretor, ator, escritor e produtor, Vittorio De Sica nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, ele fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.

De Sica voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Umberto D” (1951) – os dois primeiros realizados em parceria com o escritor Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Decameron 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).

 

MARIO BAVA (1914-1980)

Nasceu em Sanremo. Passou sua infância dentro de estúdios da era muda do cinema onde seu pai, Eugenio Bava, trabalhava com escultor, fotógrafo e câmera. A carreira de Bava começa como assistente de fotografia, para depois migrar para o departamento de efeitos especiais junto a seu pai. Como diretor, inicia com “I Vampiri” (1957), considerado o primeiro filme de terror italiano depois da era do cinema mudo. Depois, dirige “A Máscara do Demônio’ (1960), terror gótico de enorme sucesso. Suas obras mais conhecidas são: “A Garota Que Sabia Demais” (1963) e “Seis Mulheres Para o Assassino” (1964), que criaram as principais características do sub-gênero giallo.

 

FRANCESCO MASELLI (1930-2023)

Nasceu em Roma. O escritor e dramaturgo Luigi Pirandello, Prêmio Nobel de Literatura, foi seu padrinho de batismo. Durante a ocupação nazista, Maselli organizou os estudantes de ensino médio na União dos Estudantes Italianos. Após a libertação de Roma, ingressou no Partido Comunista Italiano. Rodou seu primeiro curta-metragem em oito milímetros em 1945 e em 1947 foi admitido no Centro Experimental de Cinematografia, graduando-se em 1949. Começou sua carreira como assistente de direção de Luigi Chiarini, Michelangelo Antonioni e Luchino Visconti. Seu longa de estreia foi “Os Revoltosos” (1955).

Ao longo de toda a vida, Francesco Maselli se dedicou às atividades políticas e em defesa da cultura. Foi membro do Comitê Cultural do Partido Comunista Italiano, presidiu a Associação Nacional de Autores de Cinema, foi fundador da Federação Europeia de Realizadores do Audiovisual, entre outras associações em defesa do Cinema.

Entre seus filmes de maior sucesso, estão: “Os Delfins” (1960), “Os Indiferentes” (1964) e “O Suspeito” (1975).

 

CAMILLO MASTROCINQUE (1901-1969)

Camillo Mastrocinque nasceu em Roma. Aos 24, já participava de grandes produções como o épico Ben-Hur (1925). Seu primeiro filme foi “Regina della Scala” (1937). Focou sua carreira em comédias, com uma parceria bem-sucedida com o ator Totó. Seus principais filmes são: “A Quadrilha dos Honestos” (1956), “Totò, Peppino e la…malafemmina” (1956) e “Totòtruffa ’62” (1961). Mastrocinque também assina produções do gênero horror, como “A Cripta do Vampiro” (1964), com Christopher Lee.

 

VALERIO ZURLINI (1926-1982)

Nascido em Bolonha, estudava Direito quando ingressou na Resistência, em 1943. Depois da 2ª Guerra Mundial, foi assistente de direção no Piccolo Teatro de Milão. Realizou em 1954 seu primeiro longa: “Quando o Amor é Mentira”, baseado no romance de Vasco Pratolini, “Le Ragazze di San Frediano”. Seu segundo longa, “Verão Violento” (1959), lhe trouxe notoriedade. “A Moça com a Valise” (1961) repetiu a dose. Mas Zurlini ficou mais conhecido por suas adaptações literárias: “Dois Destinos” (1962), adaptação de outro romance de Vasco Pratolini; “Mulheres no Front” (1965), baseado em romance de Ugo Pirro; “La Promessa” (1970) em uma peça de Aleksei Arbuzov e seu último filme “O Deserto dos Tártaros” (1976), em romance de Dino Buzzati.

 

GILLO PONTECORVO (1919-2006)

Gillo Pontecorvo foi um diretor de cinema italiano conhecido por suas obras com forte engajamento político. Nascido em Pisa, foi um cineasta influente no cinema realista. Sua obra mais famosa, “A Batalha de Argel” (1966), é um marco no cinema mundial, retratando a luta pela independência da Argélia. Pontecorvo combinou habilmente técnicas documentais com dramatização, gerando realismo e impacto social. Seu estilo autoral e comprometimento com questões sociais e políticas marcaram seu legado no cinema como um diretor visionário e provocador.

 

GIANNI AMELIO (1945 – )

De Catanzaro, região da Calábria, se formou em Filosofia na Universidade de Messina. Em 65, vai para Roma e trabalha como assistente de câmera. Pouco tempo depois, começa a dirigir seus próprios projetos para televisão. Em 1979, dirige seu maior sucesso na TV, “Il Piccolo Archimede”, que o faz ser comparado a Luchino Visconti. Em 1982, estreia no cinema com o filme “Colpi al Cuore”. Anos depois, filmaria seu primeiro grande sucesso “I ragazzi di via Panisperna” (1988), ganhador do prêmio de Melhor Filme no Festival de Albano. Em 1990, seu filme “As Portas da Justiça” é indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Entre seus sucessos estão: “O Ladrão de Crianças” (1992), “América – O Sonho de Chegar” (1994) e “Assim É Que Se Ria” (1998), que lhe rendeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza.

 

MICHELANGELO ANTONIONI (1912-2007)

Nasceu em Ferrara. Graduado em Economia, chega a Roma em 1940, onde entra para o Centro Sperimentale di Cinematografia, na Cinecittà. O primeiro sucesso foi “A Aventura” (1960), seguido por “A Noite” (1961) e “O Eclipse” (1962), que formam uma trilogia. Em 1964, lança seu primeiro filme colorido “O Deserto Vermelho”. Em 1966, seu primeiro filme em inglês, “Blow-Up – Depois Daquele Beijo”, e “Zabriskie Point” (1970), rodado nos EUA. Em 1985, sofreu um AVC e, apesar de ficar parcialmente paralítico e quase impossibilitado de falar, dirigiu outro filme com ajuda de Wim Wenders, “Além das Nuvens” (1995). Nesse mesmo ano é premiado com um Oscar pelo conjunto da sua obra.

 

VITTORIO DE SETA (1923-2011)

Nascido em Palermo, Vittorio De Seta estudou Arquitetura em Roma, antes de se tornar diretor. Realizou dez documentários entre 1954 e 1959, antes de dirigir sua principal obra “Bandidos em Orgosolo” (1961). Seus documentários e filmes focavam essencialmente o dia-a-dia de muitos trabalhadores sicilianos pobres, e eram notáveis a sua capacidade de narração, melodias calmas e cores fortes. Apesar de sua curta cinematografia, De Seta possui importância histórica para o cinema italiano e mundial. Também dirigiu “Um Homem Pela Metade” (1966), “L’invitata” (1969) e “Lettere dal Sahara” (2006).

 

MARIO MONICELLI (1915-2010)

Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 colaborou em cerca de 40 filmes, como argumentista, roteirista e assistente de direção. Como diretor, estreia em parceria com Stefano Vanzina em 1949 com “Totò Cerca Casa”. A colaboração dos dois diretores gerou oito filmes, entre eles, o célebre “Guardie e Ladri” (1951). “Os Eternos Desconhecidos” (1958), é considerado o primeiro do filão da commedia all`italiana. Em 1959, “A Grande Guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza e rendeu sua primeira indicação ao Oscar. A segunda viria em 1963, com “Os Companheiros”. Diversas outras películas merecem destaque, em sua carreira de mais de 60 filmes: “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966), “Meus Caros Amigos” (1975), “Um Burguês Muito Pequeno” (1977), “Quinteto Irreverente” (1982).

 

GIULIANO MONTALDO (1930-2023)

Nascido em Gênova, Giuliano Montaldo fez sua estréia como diretor com “Tiro Al Piccione” (1960), um filme sobre a Resistência Partisan. Seu segundo filme, “Una Bella Grinta”, estrelado por Norma Benguel, sobre um alpinista social durante a época do “milagre econômico italiano”, ganhou o prêmio especial do júri no Festival de Berlim (1965). Naquele ano, também foi assistente de direção da obra-prima de Pontecorvo “A Batalha de Argel”. Depois de ter filmado para a Paramount, nos EUA, voltou à Itália para realizar “Gott Mit Uns” (1969), “Sacco e Vanzetti” (1971) e “Giordano Bruno” (1973). Com “Agnes Vai Morrer” (1976), retomou o tema da Resistência. Em seguida, voltou-se para a televisão, tendo dirigido, entre outras, a minissérie Marco Polo (1982). Entre 1999 e 2003, foi presidente da RAI Cinema. Seus filmes mais recentes são: “Os Demônios de São Petersburgo” (2008), o documentário “O Ouro de Cuba” (2009) e “O Industrial” (2011).

 

ELIO PETRI (1929-1982)

Um dos mais fascinantes e irreverentes diretores de toda a Europa, o romano Elio Petri dirigiu os clássicos “Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita” (1970), “A Classe Operária Vai ao Paraíso” (1972) e “Juízo Final” (1976). Começou a carreira como crítico de cinema do L’Unità, jornal do Partido Comunista Italiano. Escreveu roteiros para Giuseppe De Santis, Carlos Lizzani e Dino Risi. Estreou na direção com “O Assassino” (1961). Realizou 13 longas, entre os quais “A Décima Vítima” (1965), “Condenado Pela Máfia” (1967), “A Propriedade não é mais um Furto” (1973), “A Boa Notícia” (1979). Seu cinema político combinava a abordagem marxista com uma alta capacidade cinematográfica na utilização de gêneros e estilos diversos, contribuindo para o debate do período, com observações sobre a sociedade e o poder, explorando questões sociais ainda hoje relevantes, como o crime organizado, a relação entre autoridades e cidadãos, o papel do artista, os direitos de classe e o consumismo.

 

GENNARO RIGHELLI (1886-1949)

Nascido em Salerno, foi diretor, roteirista e ator. Seguindo os passos de seu pai, inicia sua carreira teatral em 1902 em uma “companhia dialetal”, ou seja, um grupo que se utilizava de um dialeto regional da Itália, ao invés de sua língua oficial. Chegou ao cinema em 1911, ainda na época do cinema mudo, realizando curtas nos quais também atuava. Dirigiu grandes filmes históricos, dramas populares e comédias sentimentais. Seu filme “Silêncio Por Amor” (1930) é considerado o primeiro filme sonoro da Itália. Dirigiu Anna Magnani em “Abaixo a Pobreza” (1945), logo após a atriz ficar mundialmente conhecida com “Roma, Cidade Aberta” (1945). Também dirigiu “O Correio Secreto” (1928), “Colpi di Timone” (1942) e “Abaixo a Riqueza!” (1946).

 

PAOLO SORRENTINO (1970 – )

Nasceu em Nápoles, começou a trabalhar com cinema aos 25 anos, depois de cursar a Faculdade de Economia e Negócios. Seu primeiro filme foi o curta “Un Paradiso”, em 1994. Em 2002 participa do documentário “La Primavera del 2002 – L’Italia Protesta, l’Italia Si Ferma”, junto a mais de 40 diretores como Marco Bellochio, Mario Monicelli, Gillo Pontecorvo e os Irmãos Taviani. Seu próximo filme, “As Consequências do Amor” (2004), foi apresentado no Festival de Cannes e indicado à Palma de Ouro. Seu primeiro sucesso, “Il Divo” (2008), conta a história das ligações do líder democrata-cristão Giulio Andreotti com a máfia. Dirigiu também “O Amigo da Família” (2006), “Aqui É o Meu Lugar” (2011), “A Grande Beleza” (2013), “Juventude” (2015), “O Jovem Papa” (2016, série para televisão).

 

EDUARDO DE FILIPPO (1900 – 1984)

Nascido em Nápoles, foi dramaturgo, diretor, roteirista e ator. Assim como seu pai, Eduardo Scarpetta, Eduardo De Filippo foi um dos atores e autores mais representativos do teatro popular napolitano. Diversos membros da família Scarpetta/De Filippo se consagraram por sua atuação no teatro e posteriormente no cinema. Por sua contribuição e defesa da cultura popular italiana, Eduardo De Filippo foi nomeado senador vitalício da Itália em 1981.

Já estabelecido no teatro, Eduardo De Filippo começou a trabalhar com cinema em 1932. Seu primeiro filme como diretor foi “In campagna è caduta una stella” (1940), no qual também atua junto com seu irmão Peppino. Colaborou com Vittorio de Sica em alguns filmes, como no roteiro de “Matrimônio à Italiana” (1964), uma refilmagem do filme “Filumena Marturano” (1951) do próprio Eduardo. Entre seus filmes de maior sucesso estão: “Nápoles Milionária” (1950), “Napolitani a Milano” (1953), “Miseria e Nobiltà” (1955) e “Le Voci di Dentro” (1978).

 

SERGIO LEONE (1929 – 1989)

Sergio Leone foi um renomado diretor de cinema, célebre por seu impacto nos filmes de Velho Oeste. Nasceu em Roma e tornou-se um ícone do cinema mundial com sua abordagem estética inovadora. Leone ganhou reconhecimento principalmente pela “trilogia dos dólares”, estrelando Clint Eastwood, que redefiniu o gênero western spaghetti. Sua direção caracterizava-se por closes intensos, trilhas sonoras marcantes e a ampliação dos silêncios dramáticos. Além do sucesso nos westerns, ele explorou outros gêneros, como o épico “Era Uma Vez na América”. Sua visão única e influência perduram, consolidando-o como um dos mestres do cinema mundial.

 

CARLO LIZZANI (1922-2013)

Carlo Lizzani nasceu em Roma e começou sua carreira como roteirista em filmes como “Alemanha, Ano Zero” (Roberto Rossellini, 1948), e “Arroz Amargo” (Giuseppe De Santis, 1949), pelo qual recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Como diretor, estreou com “Achtung! Banditi!” (1951), drama sobre a resistência antifascista. Seu filme “Os Amantes de Florença” (1954), adaptação do romance de Vasco Pratolini, recebeu o Prêmio Internacional do Festival de Cannes e duas Fitas de Prata. Pelo filme “Bandidos em Milão” (1968), ele ganhou o David di Donatello de Melhor Diretor e a Fita de Prata de Melhor Roteiro. Por seu filme de 1996, “Celluloide”, que fala das dificuldades enfrentadas por Roberto Rossellini durante as filmagens de “Roma, Cidade Aberta” (1945), recebeu outro David di Donatello.

 

FEDERICO FELLINI (1920-1993)

Nascido e criado em Rimini, região da Emilia-Romagna, Fellini se mudou para Roma em 1939, e começou escrever e desenhar caricaturas na revista Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema em 1942, redigindo histórias para o comediante Aldo Fabrizzi. A partir de 1945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada. Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Roma” (1972)”, “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978). “E La Nave Va” (1983).

 

CESARE ZAVATTINI (1902 – 1989)

De Luzzara, região da Emilia-Romagna. Foi roteirista, jornalista, dramaturgo, escritor, poeta e pintor italiano. Cesare Zavattini é mais conhecido por ser um dos principais expoentes do neo-realismo italiano, tendo contribuído no argumento e roteiro de diversos filmes do gênero, como os de Vittorio de Sica: “Ladrões de Bicicleta” (1948) e “Milagre em Milão” (1951), este último baseado no livro “Totó o Bom” (1943) de Zavattini.

Entre os cineastas com quem Zavattini trabalhou em seus mais de 80 roteiros, estão: Michelangelo Antonioni, Mauro Bolognini, René Clément, Giuseppe De Santis, Federico Fellini, Pietro Germi, Alberto Lattuada, Mario Monicelli, Elio Petri, Dino Risi, Roberto Rossellini, Luchino Visconti e Damiano Damiani. Como diretor, assinou apenas três filmes: “Amores na Cidade” (1953) e “I Misteri di Roma” (1963), ambos filmes coletivos, e “La veritaaaà” (1982), filme para televisão.

 

ALBERTO LATTUADA (1914-2005)

Lattuada nasceu em Milão e desde jovem manifestava um grande interesse pela literatura, o que o levou a escrever muitos artigos sobre cinema e a fundar uma publicação – Camminare – juntamente com seu companheiro de colégio Alberto Mondadori. Foi um dos nomes do neorrealismo, atuando no chamado “Grupo de Milão”, onde, além dele, nomes como Luigi Comencini e Dino Risi também figuravam. Lattuada começou no cinema como decorador de sets em 1933. Em 1940 participou do roteiro do filme “Piccolo Mondo Antico”, de Mario Soldati, que foi premiado no Festival de Veneza. Dirigiu seu primeiro filme em 1942, “Giacomo L’ Idealista”, mas começou a ser notado e a fazer sucesso com “O Bandido” (1946), seguido de “Il Delitto di Giovanni Episcopo” (1947). Em sua extensa filmografia destacam-se ainda “La Spiaggia” (1954) e “Bianco, Rosso e…” (1972), estrelado por Sophia Loren.

 

ANTONIO PIETRANGELI (1919-1968)

Romano, escrevia resenhas de filmes para revistas. Como roteirista, destaca-se sua participação nas obras “Obsessão” (1943), de Visconti, e “Europa ’51” (1952), de Rossellini. Na direção, estreou em 1953 com o filme “O Sol nos Olhos”. “Adua e suas Companheiras” (1960) foi um filme de destaque. “Conheço Bem Essa Moça” lhe rendeu três prêmios Nastro d’Argento de melhor diretor, melhor roteiro e melhor ator coadjuvante (Ugo Tognazzi). Pietrangeli faleceu aos 49 anos enquanto trabalhava no filme “História de um Adultério”, finalizado pelo diretor Valerio Zurlini.

 

ETTORE SCOLA (1931-2016)

Nasceu em Trevico. Ingressou no cinema como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpaso”, 1962). Seu primeiro filme foi “Fala-me de Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento internacional com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), tocante painel da Itália pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Splendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.

 

DINO RISI (1916-2008)

O milanês Dino Risi estudou medicina e formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista e trabalhou como assistente de direção. Nos anos 50, mudou para Roma, se tornando um dos grandes criadores da commedia all’italiana, junto a Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre eles: “O Signo de Vênus” (1955), “Um Vida Difícil ” (1961), “Aquele que Sabe Viver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (1971). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu o Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.

 

PIER PAOLO PASOLINI (1922-1975)

Poeta, escritor e cineasta, Pasolini nasceu em Bolonha. Compôs os primeiros poemas em dialeto friulano, “Poesia a Casarsa” (1942). Seus romances “Vadios” (1954) e “Uma Vida Violenta” (1959) lhe asseguraram o êxito literário. Dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, escrevendo depois roteiros e realizando vários filmes, entre os quais “Accattone” (1961), “Mamma Roma” (1962), “O Evangelho Segundo Mateus” (1964), “Gaviões e Passarinhos” (1966), “Édipo Rei” (1967), “Teorema” (1968), “Medeia” (1969), “Pocilga” (1969), “Decameron” (1971), “Salò ou os 120 Dias de Sodoma” (1975). Repudiado pelo Vaticano, quando lançado em 1964 no Festival de Veneza, “O Evangelho…” foi reabilitado em 2014, um ano após a posse do Papa Francisco, como “o melhor filme já feito sobre a vida de Jesus Cristo”.

 

BRUNO BOZZETTO (1938 – )

Bruno Bozzetto, nascido em Milão, é um renomado animador, ilustrador e diretor italiano. Reconhecido por seu estilo único de animação, Bozzetto tornou-se um ícone do cinema de animação europeu. Ganhou destaque com curtas como “Mister Tao” e “Europe and Italy”, além de filmes como “Allegro non Troppo” (1976), uma sátira genial à animação clássica. Seu humor inteligente e crítico aborda questões sociais e políticas de maneira cativante, conquistando fãs ao redor do mundo. Bozzetto é celebrado por sua inventividade e contribuição significativa para o universo da animação.

 

LUCHINO VISCONTI (1906-1976)

Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, nasceu em Milão e descende da família Visconti da antiga nobreza italiana. Começou seu trabalho no cinema como assistente do diretor francês Jean Renoir nos filmes “Toni” (1934), “Les Bas-Fonds” (1936), “Partie de Campagne” (1936). Ingressou no Partido Comunista da Itália em 1942. Seu primeiro filme como diretor foi “Obsessão” (1943). Voltou-se em seguida para o teatro. Em 1948, realizou “La Terra Trema”, um clássico do cinema neo-realista. Recebeu sua primeira premiação no Festival de Veneza (Leão de Prata), em 1957, pelo filme “As Noites Brancas” – baseado em conto de Fiodor Dostoievski. Em 1960, chega aos cinemas “Rocco e Seus Irmãos” e, em 1963, o mais aplaudido de seus trabalhos, “O Leopardo”, adaptação do romance de mesmo nome de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Depois vieram “As Vagas Estrelas da Ursa” (1965), “O Estrangeiro” (1967), “Os Deuses Malditos” (1969), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig” (1972), “Violência e Paixão” (1974) e “O Intruso” (1976). Assina também a direção de 42 peças teatrais e 20 óperas encenadas entre 1945 e 1973.

 

LINA WERTMÜLLER (1928-2021)

Nascida em Roma, Arcangela Felice Assunta Wertmüller von Elgg Spanol von Braucich estudou teatro e trabalhou como assistente de direção de Giorgio Lullo nos anos 50. No cinema, foi assistente de Federico Fellini em “Oito e Meio” (1963). Estreou como diretora com “I Basilischi” (1963). Em 1965 dirigiu o filme em episódios “Questa Volta Parliamo di Uomini” e para a televisão “Il Giornalino di Gian Burrasca”, adaptação do romance homônimo de Vamba. Assinou outras dezessete longa-metragens, entre os quais “Mimi, o Metalúrgico” (1972), “Amor e Anarquia” (1973), “Pasqualino Sete Belezas” (1975), “Sábado, Domingo e Segunda” (1990), “Ninfa Plebeia” (1996). Em 2001 lançou “A Pequena Orfã”, telefilme estrelado por Sophia Loren, extraído do romance homônimo da escritora napolitana Maria Orsini Natale. Lina foi a primeira mulher indicada ao Oscar de Melhor Direção, por “Pasqualino Sete Belezas” e, em 2019, a cineasta foi agraciada com um Oscar pelo conjunto de sua obra.

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Perdemos Carlos Lyra e seu mais amplo sentimento de brasilidade

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Neste sábado, nos deparamos com a triste notícia da partida do icônico Carlos Lyra, um dos maiores artistas que o nosso povo já produziu. Os estudantes de São Paulo lamentam a morte deste grande ícone da nossa música e da cultura popular brasileira.

Criador da Bossa Nova junto a outros gigantes como Tom Jobim, João Gilberto, Nara Leão e Vinícius de Moraes, Carlos Lyra, carregava em suas composições o mais amplo sentimento de brasilidade.

Desde o início de sua trajetória, Carlos Lyra manteve uma ligação intrínseca com os movimentos populares e, em especial com o movimento estudantil. Lyra compôs e produziu icônicas obras como a trilha sonora da peça “A mais valia vai acabar, seu Edgar” (1960), do dramaturgo e diretor Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha.

Mais Valia vai acabar

Primeira exibição da “Mais Valia Vai Acabar, Seu Edgar”, de Vianinha e Carlos Lyra 

Junto a Vinícius de Moraes, foi autor do “Hino da UNE”, uma verdadeira ode à histórica luta dos estudantes brasileiros, e também um dos responsáveis pela fundação do Centro Popular de Cultura, o CPC da UNE, uma das maiores experiências de difusão da cultura brasileira e que temos orgulho de dar continuidade por meio do nosso CPC UMES.

Como diretor musical do CPC da UNE, lançou o álbum O Povo Canta, em 1962, que contava com as seguintes composições: “Canção do subdesenvolvido”, de Carlos Lyra e Francisco de Assis; “João da Silva ou o falso nacionalista”, de Billy Blanco; “Canção do trilhãozinho”, Carlos Lyra e Francisco de Assis; “Grileiro vem pedra vai”, de Raphael de Carvalho; e “Zé da Silva é um homem livre”, de Geni Marcondes e Augusto Boal.

Ele também participou da produção do show “Opinião”, em 1964, sob a direção de Augusto Boal, proporcionando uma resistência cultural histórica ao golpe que instalou a ditadura militar no Brasil, sendo responsável por trazer vozes como as de Zé Keti e João do Vale ao espetáculo.

A carreira musical de Lyra continuou com lançamentos de álbuns, incluindo “Eu e Elas” (1972) e “Herói do Medo” (1974), este último censurado na íntegra. Em 2019, após mais de 25 anos sem gravar, ele retornou com “Além da Bossa”, evidenciando sua duradoura contribuição para a música e a resistência cultural brasileira.

Em 1995, Carlos Lyra realizou um memorável show na nossa sede na abertura do projeto UMES-Cantarena, quando o Cine-Teatro Denoy de Oliveira, ainda se chamava Teatro da UMES. A escolha de Lyra para o primeiro show do projeto marcou a integração entre o trabalho desenvolvido pelo CPC da UNE e o que era então iniciado no CPC-UMES.

Carlos Lyra partiu, mas sua obra e seu legado serão sempre honrados pela juventude brasileira.

UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES
SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO – UMES

Tarcisio PEC2

PEC de Tarcísio que corta R$ 10 bi da Educação sai da pauta da Alesp – E que não volte nunca mais

Tarcisio PEC2

 

Graças às intensas mobilizações dos estudantes, professores e sociedade civil, a Proposta de Emenda à Constituição que previa o corte de R$ 10 bilhões do orçamento da Educação enviada por Tarcísio de Freitas à Assembleia Legislativa de São Paulo, foi retirada da pauta deste ano.

A vitória foi conquistada com muita luta dos estudantes de São Paulo que não permitiram a concretização de um dos maiores ataques já realizados à nossa Educação.

Os estudantes mobilizados em conjunto com a UMES realizaram dezenas de assembleias nas escolas, manifestações, pressão na ALESP para denunciar o criminoso ataque de Tarcísio. No último período, lotamos as reuniões da Comissão de Constituição e Justiça de estudantes para pressionar os deputados e derrotar o Corte!

Junto à atuação dos deputados de oposição, de sindicatos e dos movimentos de defesa da Educação, mostramos para os privatistas que não vamos aceitar nenhum retrocesso nela e que nenhum centavo será retirado!

Os estudantes provaram mais uma vez que através da união e mobilização podemos mudar a realidade e obter grandes vitórias!

Continuaremos organizados e atentos! Na luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade! Por mais investimento e não ao corte na educação!

QUE ESSA PEC NÃO VOLTE À PAUTA NUNCA MAIS!

 

UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES
SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO – UMES

CARD MOSTRA

CPC UMES apresenta a 1ª Mostra Popular de Cinema Chinês e homenageia o centenário de Xie Jin

CARD MOSTRA

 

Cine-Teatro Denoy de Oliveira receberá nova mostra entre os dias 23 e 26 de novembro

 

País com uma das maiores populações do mundo e detentor de uma tradição cultural milenar, a China a cada ano que passa tem chamado a atenção do mundo pela realização de grandes feitos nas mais diversas áreas. Mas, para além da propaganda contrária, o que de fato sabemos sobre essa cultura geograficamente tão distante da nossa?

 

É um pouco dessa história que tentamos contar na 1ª Mostra Popular de Cinema Chinês, que irá ocorrer entre os dias 23 e 26 de novembro. No entanto, como tudo na vida, não queremos contar de qualquer jeito, mas sim sobre a visão popular dessa história. Por isso, abrimos nossas portas para apresentar um povo que lutou por sua liberdade, superando nesse caminho a exploração colonial e a miséria econômica. É uma história diferente, que mescla tradição e modernidade, mas que por um conjunto de motivos econômicos e ideológicos pouco chega até nós.

 

Nessa primeira mostra resolvemos homenagear Xie Jin, um dos principais diretores do cinema Chinês, que completa seu centenário no dia 21 de novembro. Para isso, escolhemos dois filmes: a comédia “Grande Li, Pequeno Li e Velho Li”, de 1962 e “Guerra do Ópio”, drama gravado em 1997 na ocasião da devolução da ilha de Hong Kong para o Estado Chinês.

 

Também selecionamos outros cinco filmes, de épocas distintas e diferentes gêneros, para compor a programação da mostra. Das primeiras gerações de diretores chineses temos “Anjos da Rua”, produzido em 1937 com direção de Muzhi Yuan; o premiado filme “Terra Amarela”, dirigido por Chen Kaige em 1984, traz o encontro da nova e da velha China através das canções dos camponeses que são apresentadas a um soldado do Exército Vermelho; do diretor Huo Jianqi teremos o belíssimo “Carteiro das Montanhas”, que traz uma bonita trama sobre o debate entre as gerações dentro da sociedade chinesa; já no filme “Herói” temos uma fábula épica narrando a história da unificação da China; e, para completar nossa programação, temos “O Rei das Máscaras”, que nos apresenta a antiga arte da troca de máscaras, segredo cultural passado de pai para filho.

 

Para enriquecer ainda mais nossa programação, convidamos nosso amigo Gao Qinxiang, diretor do Instituto Confúcio da UNICAMP, para realizar uma apresentação de música chinesa em nosso teatro. Na ocasião ele e um grupo de professores do Instituto Confúcio da Unicamp irão interpretar um conjunto de lindas músicas e danças do rico repertório tradicional do país.


PROGRAMAÇÃO

23/11 – Quinta

19h – Grande Li, Pequeno Li e Velho Li

 

24/11 – Sexta

19h – O Rei das Máscaras

 

25/11 – Sábado

15h – Anjos da Rua

18h – Apresentação Cultural

19h – Carteiro das Montanhas

 

26/11 – Domingo

15h – Terra amarela

17h – Herói

19h – Guerra do Ópio

 

XIE JIN

 

XIE

 

Há 100 anos nascia Xie Jin (1993-2008), um dos maiores diretores da China. Com vasta carreira, ao longo das seis décadas que se dedicou ao cinema, gravou mais de 30 filmes e foi premiado inúmeras vezes por sua direção talentosa. Suas obras ficaram marcadas pela capacidade de traduzir as contradições humanas em situações complexas de conflito entre nações ou revoltas populares.

 

Xie Jin se dedicou a gravar os mais variados gêneros, da comédia à guerra, passando por dramas e épicos. Com referências no Realismo Socialista da União Soviética e no Neorrealismo Italiano, o diretor ajudou a influenciar o cinema chinês usando as raízes populares das óperas de Sichuan e Shaoxing. Fundou e foi o primeiro reitor da Escola de Cinema e Televisão e Mídia da Universidade Normal de Shangai, que recebeu seu nome em homenagem. Em sua memória, exibiremos duas obras de sua cinematografia, sendo elas sua única comédia – “Grande Li, Pequeno Li e Velho Li”, e o mundialmente conhecido “Guerra do Ópio”.

APRESENTAÇÃO CULTURAL

 

APRESENTAÇÃO MUSICAL

 

25/11 – Sábado – 18h

 

Os professores do Instituto Confúcio da UNICAMP são nossos convidados especiais e apresentarão a música e dança tradicional chinesa. O repertório passa por diversas épocas e refletem as combinações da cultura popular com a vitalidade moderna, exibindo instrumentos clássicos, danças típicas e trajes festivos. Para completar a programação, será apresentado a habilidosa sequências de treinamento com espada, segundo os princípios do Tai Chi Chuan e a tradicional Dança do Dragão.

 

 

FILMES

 

Grande Li, Pequeno Li e Velho Li

1962 | P&B | 82 min | Comédia

De Xie Jin; com Fan Haha, Guan Hongda, Liu Xiasheng 

GRANDE LI

Quando Grande Li é eleito líder de esportes da fábrica de processamento de carnes em Xangai, os jovens operários ficam entusiasmados com a possibilidade de se exercitarem antes da rotina de trabalho. Quem não gosta da ideia é o Velho Li, chefe da fábrica, que enfrenta esse dilema dentro de casa, com seu próprio filho, o Pequeno Li.

 

Curiosidades: 

 

  • O filme foi restaurado em 2k e dublado no dialeto de Shangai em 2018, sendo premiado no Festival de Cinema de Shangai.
  • O filme é conhecido em todo território chinês, sendo exibido inúmeras vezes na televisão e cinemas em sessões especiais até hoje.

 

 

O Rei das Máscaras

1995 | COR | 91 min | Drama

De Wu Tian-Ming; com Zhu Xu, Zhou Renying 

REI DAS MÁSCARAS

O Bian Lian é uma famosa arte de rápida troca de máscaras de seda. Segundo a tradição milenar, essa arte só poderia ser ensinada para os filhos homens dos mestres. Durante a década de 30, Wang é o último mestre de Bian Lian e seu único herdeiro faleceu quando tinha 10 anos. Para sobreviver, o artista – conhecido como “O Rei das Máscaras” – faz apresentações públicas na pobre cidade. Na busca de manter a tradição viva, o destino reserva muitas surpresas para Wang.

 

Curiosidades:

    • O Bian Lian até hoje é considerado segredo entre os mestres e ensinado a discípulos escolhidos a preservarem a arte.
    • O filme foi premiado como Melhor Filme no Galo de Ouro, o maior festival de cinema da China

 

 

Anjos da Rua

1937 | P&B | 91 min | Comédia

De Yuan Muzhi; com Zhao Dan, Zhou Xuan, Wei Heling, Zhao Huishen 

ANJOS DA RUA

Uma representação da cidade de Xangai nos anos 30. Xiao Hong e Xiao Yun são duas irmãs exploradas a se prostituir e a cantar no bar de seus pais adotivos. Tudo muda quando a irmã mais nova é forçada a se casar com um fanfarrão endinheirado. Do outro lado da rua, um grupo de amigos fazem de tudo para sobreviver a crise econômica que abate a cidade, e com eles, Xiao Hong decide se esconder de seu casamento imposto.

 

Curiosidades:

Zhou Xuan é uma das mais famosas cantoras da China. A sua interpretação de “天涯歌女

Anjos da Rua é considerado um dos filmes mais importantes gravados antes da fundação da República Popular da China.

 

 

Carteiro das Montanhas

1999 | Cor | 88 min | Drama

De Huo Jianqi; com Teng Rujun e Liu Ye 

Carteiro nas Montanhas 1

Quando um velho carteiro precisa se aposentar por problemas de saúde, seu filho é chamado para assumir o trabalho de entregar as encomendas na região montanhosa da província de Hunan. Enquanto viajam juntos pelas montanhas, a visão negativa que o filho tinha sobre seu pai, resultado da distância criada pelas longas viagens, pouco a pouco se desconstrói, conforme começa a compreender a importância do trabalho. Nesta jornada, a velha geração passa o bastão para a nova, unindo tradição e modernidade, amor e lealdade.

 

Curiosidades:

 

    • Prêmios de Melhor Filme e Melhor Ator no Festival Galo de Ouro, a maior premiação do cinema chinês.
    • A região montanhosa de Hunan tem difícil acesso até hoje, além de ser o local de nascimento de Mao Tsé-Tung.

Terra Amarela

1984 | COR | 86 min | Drama

De Chen Kaige; com Wang Xueqi, Xue Bai, Liu Quiang, Tan Tuo 

TERRA AMARELA

Um soldado do exército vermelho é enviado para uma região do interior da China para aprender as cantigas tradicionais dos camponeses para inspirar as canções do exército revolucionário. Sua relação com a vila se desenvolve rapidamente, criando laços com a família que lhe cedeu abrigo. A velha e a nova China são confrontadas nesse drama que reconstitui eventos reais da década de 30.

 

Curiosidades:

 

Filme de estreia de Chen Kaige na direção, rendeu o prêmio de filme mais criativo e original no Festival de Cinema de Londres.

Zhang Yimou é responsável pela direção de cinematografia. Foi premiado com a Melhor Fotografia no Festival Galo de Ouro, o maior festival de cinema da China.

Terra Amarela foi gravado ao longo do Rio Amarelo, local ligado as raízes de fundação da China.

 

Herói

2002 | Cor | 99 min | Aventura

De Zhang Yimou; com Jet Li, Tony Leung Chiu-Wai, Maggie Cheung, Ziyi Zhang, Daoming Chen, Donnie Yen 

Herói

Uma fábula épica baseada em fatos reais, sobre a unificação da China ocorrida há 2000 anos. Sem Nome é um guerreiro habilidoso que entrega as armas dos assassinos Espada Quebrada, Céu e Neve Voadora ao imperador da dinastia Qing. Em troca, o herói tem a honra de se aproximar do Imperador e irá receber mais do que apenas ouros e terras por matar os maiores assassinos de sua época.

 

Curiosidades:

  • Quentin Tarantino é admirador do filme e ajudou em sua divulgação nos Estados Unidos, garantindo a distribuição comercial nas salas estadunidenses.
  • O filme é um Wuxia, gênero popular de ficção com artes marciais. A palavra Wuxia é a junção de dois termos. Wu (), que significa “militar” ou “armado”, e Xia (), que remete a “honrado” ou “herói”.

 

Guerra do Ópio

1997 | COR | 153 min | Drama

De Xie Jin; com Bao Guoan , Lin Liankun, Lung Sihung 

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Neste épico, acompanhamos o trágico momento vivido pela China durante a Primeira Guerra do Ópio. Lin Zexu é designado para combater o uso do ópio na China, destruindo cerca de 20.000 caixas da droga trazida pelos ingleses e prendendo os contrabandistas da droga. Em retaliação, o Império Britânico, que lucrava com o entorpecimento de uma nação, inicia a guerra que resultaria na “entrega” forçada de Hong Kong. 

 

Curiosidades:

 

    • O filme foi produzido na ocasião da devolução de Hong Kong ao estado chinês em 1997. 
    • Com este filme, Xie Jin foi premiado com Melhor Filme no Festival Galo de Ouro, o maior festival de cinema da China.
    • INFORMAÇÕES GERAIS

    •  

      1ª Mostra Popular de Cinema Chinês

      23 e 26 de novembro

    •  

      Cine-Teatro Denoy de Oliveira

      Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista – São Paulo – SP

      Entrada gratuita

Julia Enem

Enem 2023: aluna do novo ensino médio fará a prova sem ter tido Química, Física, Biologia, Sociologia, História e Geografia no 3º ano

Julia Enem

Julia Alves, de 18 anos, é aluna da rede estadual de São Paulo — Foto: Edilson Dantas

 

Publicamos abaixo entrevista do jornal “O Globo” com a estudante Julia Alves, diretora da UMES, que é uma das vítimas da “deforma do Ensino Médio” realizada por Temer e Bolsonaro. Julia, assim como milhares de brasileiros foi obrigada a prestar o Enem 2023 sem ter tido ao longo do ano conteúdos básicos de Química, Física, Biologia, Filosofia, Sociologia, História e Geografia 

 

Estudantes que passaram para o novo formato em 2021 chegaram ao Enem tendo mais disciplinas dos itinerários formativos do que as que são cobradas no exame

Por Bruno Alfano – Jornal “O Globo”


Júlia Alves, de 18 anos, não teve aulas de química, física e biologia no 3º ano do ensino médio, momento em que os estudantes (que podem) estão ativamente se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Hoje, porém, ela vai encarar o segundo dia da prova que seleciona quem poderá acessar o ensino superior brasileiro. Nesse dia, os candidatos terão 45 questões de Matemática e 45 de Ciências da Natureza — esta última formada justamente pelas disciplinas que a aluna da rede estadual de São Paulo não teve aulas.

Neste ano, o descompasso da implementação do novo ensino médio, que está sendo remodelado, com o formato tradicional do Enem gerou casos em que estudantes, principalmente os de escolas públicas, terão que fazer o exame que garante uma vaga na universidade mesmo sem ter tido todas as disciplinas no último ano da educação básica.

 

— Foi horrível chegar na prova sem ter tido várias matérias. Sinceramente, na última semana cheguei a pensar em nem fazer — conta Júlia. — Alguns professores dos itinerários até tentaram ajudar, mas eles tinham que cumprir as aulas previstas também.

 

A jovem, no 3º ano do ensino médio, teve aulas de Tópicos de Cidadania, Histórias Contadas por Imagens, Cultura e Trabalho, Eu Consumidor, Cidadania e as Políticas Públicas na Desigualdade, além de Português, Matemática, Artes e Educação Física. Isso significa que ela não cursou Química, Física, Biologia, Filosofia, Sociologia, História e Geografia. Essas são todas as disciplinas cobradas nas provas de Ciências da Natureza e Ciências Humanas, que, juntas, representam metade das questões objetivas do Enem.

 

É um problema que ainda será ampliado em 2024. Em 2021, o modelo de novo ensino médio aprovado em 2017 no governo Temer começou a ser implementado em 3,5 mil escolas que participaram de um projeto piloto. Além disso, o estado de São Paulo, no governo João Dória, decidiu antecipar a implementação das mudanças e levou o novo ensino médio para toda a rede. São esses estudantes que, agora, chegam ao Enem de 2023.

 

Em 2022, seguindo o calendário de implementação definido em 2017, o novo modelo foi expandido para todas as escolas do país. Como só há previsão de que o Enem tenha seu modelo alterado em 2025, todos os estudantes que farão o exame no ano que vem poderão passar por esse desajuste.

 

— Desde o ano passado estava estabelecido que o Enem não teria alterações neste ano. Portanto, as escolas, mesmo aquelas que já estão seguindo o novo currículo, sabiam que não haveria mudanças e deveriam ter considerado esse aspecto — defendeu Maria Helena de Castro, titular da cátedra do Instituto Ayrton Senna e ex-presidente do Inep. — As escolas sabem as matrizes de referência da prova. Não há dificuldade para elas de, no ano que vem, manter um programa de desenvolvimento curricular para o Enem.

 

Youtube para estudar

 

No novo ensino médio, implementado desde 2021, a carga horária é dividida entre as disciplinas tradicionais (com 1,8 mil horas no máximo) e os itinerários formativos (1,2 mil horas no mínimo). Isso reduziu o tempo das matérias como Português e Matemática, mas especialmente de História, Geografia, Química, Física, Biologia, Sociologia e Filosofia — ou seja, daquilo que é cobrado no Enem.

 

Neste ano, por exemplo, 20 das 45 questões da prova de Ciências Humanas do Enem, realizada no último domingo, foram de Sociologia e Filosofia. E, de acordo com professores especialistas no exame, esse patamar tem se repetido nos últimos anos.

 

Aluno da rede pública do Rio Grande do Sul, Mikael Araújo, de 17 anos, precisou recorrer a vídeos do YouTube para ver alguns temas do Enem. No último ano do ensino médio, ele não teve aulas de Literatura, Sociologia, Filosofia, Artes, Física e Biologia. Mikael tem estudado na escola disciplinas como Expressividade e Cidadania; Linguagem Corporal; e Linguagem na Atuação Social.

 

— É quase impossível passar em um vestibular com essas matérias. Sem ter matérias básicas e pouco tempo das que tem — reclama o jovem que estuda em uma das escolas piloto. — E isso é injusto ainda, porque as outras escolas não passaram por isso.

 

Mudança de planos

 

No cronograma da reforma, a previsão era de que, em 2024, o Enem já tivesse um novo formato, afirma a ex-presidente do Inep. Em 2022, um grupo de trabalho composto por servidores do MEC e por outras entidades como o Conselho Nacional de Educação chegou a desenhar um novo Enem.

 

A ideia é que ele fosse dividido em duas partes. A primeira seria interdisciplinar, igual e obrigatória para todos, com ênfase em língua portuguesa e matemática. A segunda avaliaria os itinerários formativos, a parte flexível do currículo do novo ensino médio, e o aluno escolheria uma de quatro opções de prova. Estavam previstas ainda questões discursivas e itens em inglês integrados às demais áreas do conhecimento. As alterações, porém, nunca foram oficializadas.

 

O problema é que cada estado construiu os seus próprios itinerários formativos, com matrizes diversas, e surgiram disciplinas optativas que causaram constrangimento em redes de ensino, como RPG e Brigadeiro Caseiro.

 

Com a virada de governo, houve nova pressão por mudanças. Problemas no desenho e a má implementação do novo ensino médio levaram a certo consenso de que a reforma precisava, pelo menos, de alterações — alguns defendiam até sua revogação. Em abril, o governo Lula suspendeu a implementação do calendário do novo ensino médio — na prática, isso só interrompeu a mudança do Enem.

 

Depois de uma consulta pública e de uma longa discussão, o governo mandou para o Congresso uma proposta de reforma do novo ensino médio. Além de outras mudanças, ela aumenta carga horária da formação geral básica (as disciplinas tradicionais) de um teto de 1,8 mil horas para um piso de 2,4 mil e faz com que essas disciplinas sejam obrigatórias durante todos os três anos do ensino médio. Caso essa proposta seja aprovada, especialistas consideram que o Enem não precisa mudar para se adequar ao ensino médio.

 

— Não precisa e nem deve mudar para adequação ao ensino médio, mas tem pontos que poderiam ser reformulados — diz Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

 

O futuro, porém, ainda é incerto. Na última semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), deu a relatoria do projeto para a mudança do novo ensino médio a Mendonça Filho (União Brasil), ministro da Educação em 2017 que criou a reforma agora em debate.

 

Em nota, o MEC respondeu que “embora a organização curricular do ensino médio tenha sido alterada com a reforma” não há um descasamento entre ele e o Enem, já que “os conhecimentos e aprendizagens verificados nas provas” da prova “estão em consonância com o currículo” das escolas. Também afirmou que avaliará a necessidade de estabelecer novas diretrizes para a prova após a análise do projeto de lei do novo ensino médio pelo Congresso. O governo do RS e de SP informaram que criaram programas de reforço on-line e planejam mudanças nas grades horárias em 2024. O governo paulista afirmou ainda que incluirá o componente “Aceleração para Vestibular” no 3º ano do ensino médio.

 

Veja o posicionamento completo de São Paulo

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) tem como objetivo principal a melhoria constante do ensino para todos os estudantes. Nesse sentido, a atual gestão anunciou em julho a simplificação dos itinerários formativos de 12 para três. A decisão foi tomada após diálogos com a rede, especialistas em educação e o Conselho Estadual de Educação. As três opções de aprofundamento são: Ciências da Natureza e suas Tecnologias + Matemática; Linguagens e suas Tecnologias + Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; e Ensino Profissionalizante.

Para complemento dos estudos dos alunos da 3ª série do ensino médio, a Seduc-SP disponibilizou gratuitamente a plataforma educacional “Prepara SP,” focada na preparação para o vestibular com simulados e exercícios de perguntas e respostas. Desde a sua implementação, mais de 252 mil estudantes se cadastraram e fizeram uso da plataforma, o equivalente a 73,7% dos estudantes da 3ª série. Foram registrados quase sete milhões de exercícios realizados, o que chancela a efetividade e importância do serviço na realidade dos estudantes.

Buscando oportunizar mais o acesso dos estudantes das escolas públicas a universidades, a Seduc-SP, de forma inédita, criou o Provão Paulista, uma prova nos moldes de vestibular aplicada em dia letivo que possibilita o ingresso nas principais universidades públicas do estado. Neste ano, serão mais de 15 mil vagas oferecidas para inicio do curso em 2024.

Para 2024, a rede estadual de SP terá um componente curricular exclusivo para o último ano do ensino médio: Aceleração para Vestibular. Este componente tem como objetivo proporcionar um momento de estudos para os estudantes, bem como garantir um contato semanal com modelos de avaliações para ingresso ao ensino superior, através de simulados e exercícios.

 

Veja o posicionamento completo do Rio Grande do Sul

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informa que o planejamento da matriz curricular do Ensino Médio Gaúcho é baseado nos três anos da etapa de ensino, onde a carga horária total é de 3 mil horas, sendo 1.800 horas de formação geral básica e 1.200 horas de itinerários formativos.

Entretanto, estão previstas, para 2024, adequações na grade curricular. A iniciativa ocorre após a realização da escuta ativa com alunos e professores do 2º ano do Ensino Médio da Rede Estadual. Esta escuta ativa reuniu sugestões de escolas de todas as regiões do Estado e contou com a colaboração das comunidades escolares.

Ainda, para o reforço para os alunos do 3º ano do Ensino Médio, a Seduc reitera que conta com projetos específicos com intensivos preparatórios para o Enem. Um deles é o Pré-Enem Seduc, que está na sua quarta edição e desde a pandemia disponibiliza aulas gratuitas com transmissão pelo canal TVE-RS e pelo canal do YouTube TV Seduc RS, onde as aulas ficam gravadas.

Além disso, os alunos contam com plataformas digitais que auxiliam nos estudos para o Enem e vestibulares com questões e gabaritos diretamente no celular por meio da plataforma Google Sala de Aula. Estas plataformas de apoio ficam disponíveis para acesso de forma totalmente gratuita.

 

Veja o posicionamento completo do Ministério da Educação

É importante destacar que o ensino médio tem recebido importante atenção por parte do Governo Federal, desde o início da atual gestão. Aliás a última etapa da educação básica foi contemplada já na composição do Grupo de Trabalho da Educação de transição que fora constituída em final do ano de 2022.

O Ministério da Educação (MEC), orientado pelo princípio constitucional da gestão democrática, instituiu uma consulta pública, mediante a Portaria nº 399, de 08 de março de 2023, para o período de 90 dias, prorrogado pela Portaria nº 7 de 5 de junho de 2023, para possibilitar a expressão das diferentes compreensões sobre o papel do ensino médio no contexto da educação básica brasileira. Essa medida visou promover a participação da sociedade e somar esforços para a construção de políticas que garantam o direito das juventudes a uma educação de qualidade, socialmente referenciada, democrática e comprometida com a superação das desigualdades.

As contribuições oriundas da Consulta Pública, instituída pela Portaria nº 399 de 08 de março de 2023, foram unânimes ao apontarem problemas, históricos e atuais, no ensino médio. Inclusive um questionamento importante da sociedade, antes e durante a Consulta Pública recaía na relação entre a realização de um exame nacional para oferta que ocorreu em modos muito desiguais, que, portanto, a realização de um exame nacional da relevância do Exame Nacional do Ensino Médio já considerando as alterações previstas na aprovação da legislação de 2017 poderia acarretar perdas para muitos estudantes. Tecidas as considerações finais seguem as respostas para as questões apresentadas:

 

Há uma preocupação desse descasamento pontual em 2024 do Enem com o formato do ensino médio?

Embora a organização curricular do ensino médio tenha sido alterada com a reforma, o currículo, no que se refere à formação geral básica, continua organizado nas 4 áreas de conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas e sociais), portanto, não há um “descasamento”, os conhecimentos e aprendizagens verificados nas provas do ENEM estão em consonância com o currículo da formação geral básica desenvolvido nas escolas de ensino médio.

 

Como o MEC pensa em atenuar esse problema para o ano que vem?

A partir dos resultados da análise e aprovação do PL n.5230/2023 pelo Congresso, que propõe alterações na LDB e define diretrizes para a política nacional de ensino médio, o MEC avaliará as necessidades de alteração do formato das provas aplicadas atualmente e definirá um cronograma para que os normativos legais relacionados ao ensino médio, que desdobrarão da aprovação da legislação que ora tramita no Congresso Nacional sejam atendidos. Isso significa que as diretrizes atuais poderão passar por um processo de revisão

 

O MEC entende que o Enem precisa ter mudanças profundas baseado no formato de ensino médio proposto ao Congresso?

 

O MEC avaliará a necessidade de estabelecer novas diretrizes para o ENEM após a análise do PL n.5230/2023 pelo Congresso e inclusive essa é uma discussão que envolve não apenas a legislação da última etapa da educação básica, mas, inclusive algumas ações e decisões, direta e indiretamente estão contempladas no Plano Nacional de Educação, que no momento está em discussão e elaboração no país.

 

Conversamos com uma aluna que a grade de aulas do último ano não teve física, química, biologia, sociologia, história, geografia e filosofia. É toda a prova de Ciências da Natureza e Humanas. Isso aconteceu em SP, mas também nas outras redes em escolas piloto. O MEC entende que as redes erraram?

 

Importante informar que a Consulta Pública (Portaria MEC n.399/2023) realizada durante o ano de 2023 foi motivada justamente pelas manifestações de diversos setores da sociedade que questionavam a implementação da reforma do ensino médio, com destaques de diversas instâncias para a falta de equidade na oferta e as dificuldades de implementação, por diversos motivos, o que inclui a distribuição da carga-horária para os diferentes componentes curriculares inseridos nas 4 áreas de conhecimento que integram os currículos. O objetivo da Consulta Pública foi justamente, numa perspectiva democrática e participativa, avaliar a reforma em andamento e coletar subsídios para a reestruturação da política nacional para a etapa e a necessidade de revisão dos normativos vigentes. Assim, não cabe ao MEC apontar se as redes erraram ou não, mas sim apontar os caminhos para garantir que a oferta do ensino médio esteja pautada pelos princípios de igualdade e equidade e que garantam uma formação sólida aos estudantes. Nesse sentido, o PL n.5230/2023, apresenta alteração de texto na LDB para garantir que todos os componentes curriculares sejam contemplados e valorizados, compreendendo a importância de todos para a formação humana integral dos estudantes.

 

Jornal Estudantes NOVEMBRO 2023 capa

JORNAL DOS ESTUDANTES NOVEMBRO/2023 – Corte de R$ 9 bilhões de Tarcísio é ataque à Educação de SP

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Na 5ª edição do Jornal dos Estudantes, denunciamos a ameaça do governo Tarcísio de Freitas à Educação do nosso Estado.

Tarcísio de Freitas enviou para a ALESP uma proposta para reduzir o orçamento da Educação no Estado de 30% para 25% da receita. Com a medida, a educação pública paulista sofrerá um corte de mais de R$ 9 bilhões já a partir de 2024.

A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) considera que o corte que o governo Tarcísio pretende executar representa um dos mais sérios ataques à Educação de São Paulo realizado nos últimos anos.

Boa leitura

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