EE Elisa Raquel é reconhecida pelo incentivo à prática esportiva

A Escola Estadual Elisa Raquel Macedo de Souza, da zona leste da cidade, está sendo reconhecida por seu incentivo à prática esportiva. A escola recebeu medalha de prata na modalidade de vôlei feminino na 2ª edição dos Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo (JESP), realizado pela UMES em parceria com a Petrobrás no ano passado e desde então as equipes não param de receber premiações.

Da Copa São Judas, a escola participa com as equipes de vôlei feminino e masculino, e uma de suas atletas, a aluna Kathleen Barbosa, foi eleita craque da competição. A equipe masculina, por sua vez, é finalista do Circuito Clube Escola. A turma foi escolhida para representar a cidade nas finalíssimas dos Jogos Escolares do Estado de São Paulo em Sertãozinho, da qual a equipe de Basquete masculino foi campeã.

Os times de voleibol e basquete, assim como o pessoal que disputa na natação foram convidados agora para um torneio colegial em São Bernardo do Campo.

A direção da escola saúda especialmente a iniciativa dos professores de educação física da unidade escolar, responsáveis por incentivar a prática esportiva e fazem com que as equipes sejam reconhecidas em todo o estado. 

Brasil gasta por aluno um terço do valor de outros países da OCDE

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) divulgou, nesta terça-feira (09), relatório onde analisa o gasto público com educação para o ano de 2012. De acordo com o relatório, o Brasil está na penúltima posição em relação ao gasto com educação por aluno, gastando somente um terço que os demais membros, um total de US$ 2.985 por aluno, enquanto a média dos países membros e parceiros é de US$ 8.952.

O relatório indica que superamos apenas a Indonésia, ficando atrás de países como o México, Chile, Portugal, Espanha, Turquia, Irlanda, EUA, Inglaterra, França… O país com maior gasto por aluno são os Estados Unidos, com US$ 15 mil, seguido por Áustria, Holanda, e Bélgica.

Quando o relatório compara as matrículas no ensino infantil, também ficamos atrás. Entre as crianças de quatro anos, nossas matrículas alcançam 61%, e entre as crianças de cinco anos, 83%. Entretanto, a média da OCDE é de 84% para crianças de quatro anos, e 94% para crianças de cinco. Cialis (tadalafil) é um medicamento usado para tratar a disfunção erétil (impotência) e sintomas de hiperplasia prostática benigna (próstata aumentada). Atua relaxando os músculos dos vasos sanguíneos e aumentando o fluxo sanguíneo para certas partes do corpo, o que ajuda a alcançar e manter uma ereção. Cialis black online sale tem um longo período de ação (até 36 horas).

Entre a juventude, as taxas de matrículas também estão baixas, com 78% dos jovens entre 15 a 19 anos na escola, e apenas 22% dos jovens entre 22 e 29 anos. Quanto aos jovens desempregados e sem matrícula, 20% estão nessa condição no Brasil, enquanto a media da OCDE é de 15%.

Entre os investimentos no ensino superior, possuímos quarto menor nível de investimento, apenas 0,8% do PIB. Já os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, somam apenas 0,04% do PIB, o menor índice dentre os 36 países.

 

Com informações do G1

“Investiremos em educação como Eduardo fez em PE”, afirma Marina

“Dos 27 estados, o ensino médio piorou em 16”, declarou, analisando dados do IDEB. Pernambuco foi bem avaliado

 

A candidata à presidência da República, Marina Silva, da Coligação Unidos Pelo Brasil (PSB, REDE, PPS, PPL, PRP, PHS, PLS), criticou no sábado (6), em sua propaganda eleitoral na televisão, o desempenho da educação no Brasil obtido durante o governo Dilma Rousseff (PT). Ela citou o IDEB, índice que mede a qualidade do aprendizado e a infraestrutura nas escolas de ensino fundamental e médio do país, divulgado na sexta-feira (5). "Dos 27 estados brasileiros, o ensino médio piorou em 16", observou Marina Silva.

O IDEB analisa os estudantes em três etapas. Os alunos do Ensino Fundamental (EF) I (1º ao 5º ano), do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e também os das três séries do Ensino Médio. Em comparação com os dados divulgados pelo último Ideb, em 2011, o resultado do ensino médio ficou em 3,7, no Brasil, mesmo resultado registrado há dois anos. O resultado diz respeito ao universo de escolas públicas e privadas. A meta era 3,9 pontos. Nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), a meta era 4,4, mas o resultado foi de 4,2. A meta só foi atingida nas séries iniciais do fundamental (1º a 5º ano) porque ela já havia sido atingida em 2011 e o governo não reviu o valor.

Marina destacou que "dos que mais melhoraram, quatro são governados pelo PSB". "O estado com melhor salto de qualidade é Pernambuco que cresceu 12 posições no ranking nacional. Isso é resultado de um investimento sério na educação de tempo integral", salientou. "É isso que vamos fazer em todos os estados do Brasil, investir os recursos disponíveis agora e acrescentar os que virão do pré-sal", disse Marina. "No meu governo os recursos do pré-sal vão ser usados para a saúde e a educação, não para a corrupção", completou a candidata do PSB, criticando o governo Dilma, envolvido em denúncias de irregularidades na Petrobrás.

O estado de Pernambuco, destacado na TV pela candidata do PSB, subiu da 16ª posição na classificação que ocupava em 2011 para a 4ª posição em 2013. Paraíba e Espírito Santo também melhoraram suas notas e a sua classificação. O índice é divulgado a cada dois anos. Eduardo Campos, ex-companheiro de chapa de Marina, morto tragicamente em agosto último na queda do avião que o transportava no litoral paulista, costumava dizer que Pernambuco tinha mais escolas em tempo integral do que Rio, São Paulo e Minas Gerais juntos. Este desempenho positivo de Pernambuco confirmou que os investimentos feitos por Eduardo nas escolas de tempo integral deram resultado na melhora do ensino no estado. Por isso, Marina prometeu estender essa experiência vitoriosa para todo o Brasil. Ela disse também que vai garantir o passe livre para os estudantes da rede pública brasileira.

O governo Dilma Rousseff foi o primeiro, desde que o IDEB foi criado pelo Ministério da Educação, em 2005, que não atingiu a meta estabelecida para os anos finais do Ensino Fundamental. E também em seu governo a meta para o ensino médio não foi atingida. O resultado é calculado através da combinação entre o desempenho dos estudantes nas disciplinas básicas, Matemática e Língua Portuguesa, obtidos por meio do resultado nas duas avaliações do governo federal, o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e a Prova Brasil e o índice de aprovação série a série.

O estado de São Paulo, governado pelos tucanos, também obteve um desempenho ruim na avaliação. Perdeu 0,2 pontos no Ideb de 2013, passando de 3,9 para 3,7 (abaixo da meta para o Estado, que era de 4,0 pontos). Além de São Paulo, os estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Ceará, Roraima, Tocantins, Amazonas, Amapá, Maranhão, Sergipe, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso também pioraram.

Dos 5.369 municípios com meta calculada para 2013, na rede pública, nos anos finais do fundamental, apenas 2.125 atingiram essas metas, o equivalente a 39,6%. A meta para 2011 nos anos iniciais do ensino fundamental era – em 2011 – 4,4 e os estudantes alcançaram nota 4,7, que era a meta estipulada em 2011 para ser atingida em 2013. Chegada a nova avaliação o governo manipulou as metas e manteve o valor já alcançado, facilitando assim a superação da meta. Portanto, no único segmento em que as escolas ultrapassaram a meta só aconteceu porque ela, diferentemente dos estudantes, ficou estagnada.

Os resultados do fracasso do governo Dilma na educação básica demoraram para ser divulgados publicamente. Eles estavam sendo mantidos em sigilo, provavelmente para serem divulgados somente após as eleições de outubro. Entretanto, a denúncia do jornal O Globo, de que os dados já estavam na Casa Civil da Presidência há duas semanas, acabou obrigando o governo a apressar a sua divulgação. O ministro da Educação, Henrique Paim, reconheceu a derrota do governo na educação básica e afirmou que o "preocupa" o fato de o país não ter atingido a meta estabelecida e ainda é preciso analisar o que precisa ser feito para aumentar o desempenho. "Temos que analisar quais são os elementos que precisam ser trabalhados para a gente ter um melhor desempenho", disse o ministro.

 

SÉRGIO CRUZ – Hora do Povo

Número de alunos que concluem o ensino superior caiu 5,7% em 2013

Dados do Censo do Ensino Superior de 2013 revelam expansão das vagas em instituições privadas e retração no número de ingressantes nas universidades públicas

 

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, na última terça-feira (9), os resultados do Censo da Educação Superior de 2013. Ao anunciar os dados, o governo federal esperava encobrir o vexame dos resultados do Índice da Educação Básica (Ideb), da última semana, que mostraram uma piora na qualidade dos ensinos fundamental e médio no país. Não funcionou.

Pela primeira vez desde 2002, o número de estudantes que concluíram o Ensino Superior apresentou queda. Em 2013, foram 5,7% menos concluintes que no ano anterior. Foram de 1.050.413 formados em 2012 para 991.010 em 2013.

Nas instituições privadas, o número de formados em 2012 foi de 812.867, enquanto em 2013, 761.732 alunos. Também ocorreu redução no número de concluintes nas públicas, 237.546 em 2012, contra 229.278 em 2013.

A proporção de alunos que terminam a faculdade em relação aos que entram é de 36%. Esta proporção tem diminuído nos últimos anos. Em 2009, era de 46%, caindo para 45%, 43%, 38% e 36%. Nas instituições públicas esta proporção é de 43,1%. Já nas instituições particulares, este índice é de 33%.

O ministro da Educação, Henrique Paim, não soube explicar, no primeiro momento, o porquê da redução do número de concluintes. Posteriormente, Paim responsabilizou a queda das vagas de ensino à distância na Rede Federal de Ensino Superior, pelo baixo desempenho. Sobre o ensino privado, Paim afirmou que a redução ocorre devido a ação de fiscalização do MEC, que fechou cursos universitários em algumas instituições.

 

GOVERNO SUSTENTA A EXPANSÃO PRIVADA
 

O resultado da política privatista do governo Dilma para o ensino fica em evidência a partir da comparação do número de pessoas que ingressaram na universidade pública, com relação à universidade privada. Em 2012, ingressaram na universidade pública brasileira 547.897 alunos. Já em 2013, foram 531.846. Enquanto isso, novamente houve expansão dos ingressos nas instituições privadas, 2.199.192 em 2012, contra 2.211.104 em 2013.

Na comparação com 2003, o número de matrículas aumentou em 3,3 milhões. O número cresceu 94% na rede privada e 64% na rede pública. No total, a quantidade de pessoas matriculadas no ensino superior aumentou 85,5%.

A rede privada de ensino superior concentra 4.374.431 matrículas presenciais, ou seja, 71% do total. Os outros 1.777.974 estudantes estão em instituições públicas.

São Paulo é o estado com o maior número de matrículas no total (1.643.925), sendo que apenas 15,8% destes alunos estão em instituições públicas. São mais de 1,38 milhão de estudantes em faculdades particulares.

Outro método utilizado para a expansão das vagas de ensino é a chamada Educação à Distância (EAD). Um terço do crescimento de 3,3 milhões de matrículas no ensino superior entre 2003 e 2013 foi registrado nesses cursos, majoritariamente na rede privada. O número saltou de 49.911 em 2003 para 1.153.572 em 2013. Deste total, quase 1 milhão, ou 86,6%, está matriculado em instituições particulares.

Enquanto o governo Dilma, não criou uma única universidade federal e o número de ingressantes nessas instituições reduziu, a injeção de recursos públicos nas instituições privadas é ampliada. Programas como o FIES, que financia as vagas nas faculdades privadas aos estudantes que aderem ao programa a juros subsidiados e com 100% de garantia do governo à essas instituições, tornaram-se o principal meio de sustentação dos monopólios privados estrangeiros.

Só neste ano já foram destinados, por meio de duas outras medidas provisórias, créditos no valor de R$ 7,431 bilhões para o Fies.

No mês passado, o governo federal editou mais uma medida provisória (MP 655/14) destinando créditos extraordinários para o Fies no valor de R$ 5,4 bilhões. Esse novo aporte teria o objetivo de financiar vagas de pós-graduação em universidades particulares. 

Os fenomenais cursos do psicodélico Pronatec

Artigo de Carlos Lopes publicado no Hora do Povo

 

Pensamos em colocar como título desta matéria, e desta página, "O fenomenal Pronatec e suas maravilhosas máquinas voadoras".

Dirá o arguto leitor: "mas isso não tem sentido".

É verdade, leitor, isso não tem pé – e muito menos cabeça. Por isso mesmo, seria um título à altura do Pronatec, o chamado Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, que, segundo Dilma, vai "aumentar a produtividade nas nossas empresas e a competitividade da economia brasileira".

Há poucos dias, em Minas Gerais, ela até mesmo identificou o Pronatec como sua "política industrial" – algo psicodélico para quem, há três anos e oito meses, pratica a política mais anti-industrial da História da República desde Campos Sales e seu ministro da Fazenda, o afamado Joaquim Murtinho, aquele que achava que os brasileiros eram incapazes de ter indústria própria, pois esta era uma prerrogativa de raças superiores, como a anglo-saxônica.

Dilma disse mais: "esses cursos compõem a chamada trajetória educativa na área técnica. Há um caminho de formação técnica. Nós demos a oportunidade para estas pessoas se formarem, homens e mulheres brasileiros".

Realmente, formar "Disc-jóqueis (DJs)" (curso nº 214 do Guia Pronatec, 3ª edição), "atendentes de lanchonete" (curso nº 76) ou "balconistas de farmácia" (curso nº 118) aumentará tremendamente a produtividade da empresas e a competitividade da economia…

O que Dilma está fazendo, inclusive, é desrespeitar algumas profissões dignas, usando-as para uma pantomina eleitoreira.

Todas as profissões honestas merecem respeito. Mas o Brasil não precisa de "ensino técnico" para formar "operadores de telemarketing" (curso nº 498 do Guia Pronatec), o que apenas significa que esse "ensino" não tem nada de "técnico" (e, aliás, não tem nada de "ensino").

Pois esse é o problema do Pronatec: ele é uma farsa – quase todos os seus cursos nada têm a ver com cursos técnicos.

Na tabela desta página, o leitor poderá conhecer alguns dos cursos do Pronatec, com sua descrição (segundo o próprio Pronatec) e sua carga horária. Não alteramos em uma vírgula a descrição dos cursos. Portanto, o humorismo involuntário – que faz lembrar o Festival da Besteira que Assola o País (FEBEAPÁ), registrado pelo saudoso Stanislaw Ponte Preta na época da ditadura – corre inteiramente por conta dos autores do manual do Pronatec. A única alteração que fizemos foi um grifo na descrição do curso de "alemão básico" (curso nº 44).

Nesse caso, não conseguimos evitar o destaque, diante de um curso tão original, que o cidadão, depois de fazê-lo, só pode comunicar-se (e "de modo simples") "se o interlocutor falar lenta e distintamente e se mostrar cooperante".

Como será que o sujeito vai conseguir dizer ao alemão que ele tem de "cooperar"? Será pela mímica? Mas isso mereceria outro curso, possivelmente chamado "Mímica para alemães entenderem o aluno que cursou o alemão básico do Pronatec". Aqui fica a nossa sugestão.

No entanto, Dilma disse no debate da TV Bandeirantes: "No que se refere à educação tivemos um grande salto. Vou citar o Pronatec. Oito milhões de jovens e adultos com acesso ao ensino técnico".

Ela esqueceu de acrescentar que a evasão do Pronatec, numa estimativa caridosa, vai de 45% a 60% dos matriculados, como já veremos. Mas, continuemos.

O segundo problema do Pronatec é que seu verdadeiro objetivo é formar criados para os magnatas que por aqui arribarem – ou para os novos ricos que a especulação faz aparecer de vez em quando, por curtos períodos, antes de quebrá-los implacavelmente (Eike Batista é apenas o caso mais notório desses favoritos do governo Dilma). É verdade que o governo, com o Pronatec, quer formar criados do modo mais incompetente possível – mas que o objetivo é esse, lá isso é.

Durante décadas, desde a Revolução de 30, os pobres desejaram – e vários conseguiram – formar-se em escolas técnicas e em universidades públicas. Agora, Dilma estabeleceu cursos, com dinheiro público (R$ 14 bilhões até o final de 2014, segundo anunciou), para que eles sejam "agentes de limpeza e conservação" (ou seja, faxineiros), "mensageiros em meio de hospedagem" (boys de hotel) ou "agentes de observação de segurança" (aquele sujeito que fica na porta da empresa, revistando trabalhadores e trabalhadoras na saída, para ver se eles roubaram alguma coisa, pois não se pode confiar em pobre).

Porém, indagará o leitor, por que o governo Dilma tem preferência por esses "cursos", ao invés de continuar a obra do governo Lula, que organizou cursos técnicos verdadeiros – e decentes – em instituições públicas?

O Pronatec é uma projeção da cabeça de sua criadora. Tudo ao modo de alguém que acha que não temos "capacidade de gestão" nem para administrar lojinhas em aeroportos. Por isso é que Dilma diz que esses cursos "qualificam o trabalhador". Joaquim Murtinho e Campos Sales devem estar aprovando, diretamente do Inferno, onde hoje estão dando os seus coices.

O que esses cursos fazem é desqualificar o povo. Porque a única função em que Dilma consegue ver o povo brasileiro é a de criado – de magnatas estrangeiros, mas também dos picaretas financeiros, aos quais tem estranha adstringência (Por exemplo: "Eike é o nosso padrão, a nossa expectativa e, sobretudo, o orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado. Ele percebe os interesses do País. Merece os nossos respeitos" – Dilma Rousseff, 26/04/2012).

É notável – e mais uma prova, se fosse necessário, da inteligência nacional – que os alunos do Pronatec perceberam rapidamente qual o seu verdadeiro conteúdo.

Declarou o diretor de pós-graduação e cursos técnicos da Kroton Educacional, Paulo de Tarso, que, nas escolas da Kroton, a evasão do Pronatec vai de 45% a 60% (v. BBC Brasil, 02/09/2014). A Kroton, controlada pelo fundo norte-americano Advent International, chegou a inscrever 58 mil alunos no Pronatec em suas unidades em todo o Brasil (por exemplo: Anhanguera, Pitágoras, Universidade de Cuiabá e Uniban). Todos os alunos, evidentemente, pagos com dinheiro público. Apesar dessa alta evasão, no último dia 4 de agosto, o governo "autorizou" mais 28.104 vagas do Pronatec para a Kroton.

Alguns especialistas da área – inclusive com cargos no governo – aventaram que, se a Kroton Educacional está confessando uma evasão de até 60%, o provável é que essa evasão seja maior. Entretanto, os números da Kroton já são suficientes para avaliar o que são as "oito milhões" de matrículas do Pronatec, propalados por Dilma – tanto é assim que o governo, agora em agosto, concedeu mais vagas para a Kroton. Portanto, deve avaliar que sua taxa de evasão do Pronatec é normal…

O coordenador do Pronatec na Faculdade Sumaré, Júlio Araújo, disse, na mesma reportagem da BBC, que "nossa taxa é de quase 60% [de evasão]. Temos falado com outras instituições que têm reportado problemas semelhantes". Mas, diz Araújo, apesar disso, para as instituições privadas, o Pronatec é uma "vantagem" (sic) porque "como é o governo que paga pelos cursos, a inadimplência não é um problema".

Diante de uma declaração do MEC de que a taxa de evasão era de 12,8%, declarou outro coordenador de uma faculdade privada: "não sei como o governo está chegando nesse índice oficial, mas ele nos parece totalmente irreal" (BBC Brasil, 02/09/2014).

Portanto, em terceiro lugar (ou será em primeiro?), o Pronatec é uma forma de colocar dinheiro público em arapucas particulares, inclusive estrangeiras.

A nossa lista é apenas uma amostra. Alguns dos "cursos" foram selecionados por razões que vão além da profissão para a qual, supostamente, ele qualificaria.

Por exemplo, como será que o Pronatec forma um "domador de cavalos" em 200 horas? Lá em Vacaria, cidade gaúcha onde o autor destas linhas passou parte da infância, os domadores de cavalos praticamente nasciam domando cavalos – e, mesmo assim, havia acidentes lastimáveis. Imagine-se o que é um domador de cavalos formado em curso de 200 horas. Pior que isso, só se fosse por correspondência.

E o que dizer do "cuidador de animais silvestres" formado em 160 horas? Como sabe o leitor, o pintassilgo é um animal silvestre. Mas também a onça pintada e o jacaré de papo amarelo são animais silvestres…

Quanto ao curso de "sushiman", o Brasil – especialmente São Paulo – é rico em nordestinos que são excelentes "sushiman". Como eles aprenderam a fazer sushi? Ora, olhando os japoneses fazerem. Alguns (o nosso povo é assim) começaram como faxineiros de restaurantes e se tornaram ases da culinária japonesa. Sem curso algum, exceto aquela universidade de que falava Gorky, a universidade da vida. Mas o Pronatec pretende formar "sushimen" em 160 horas – e ainda gastar dinheiro público com isso, pagando entidades privadas, inclusive estrangeiras…

Há também aqueles casos em que selecionamos o curso pela inventividade do nome. Convenhamos que chamar faxineiro de avião de "agente de limpeza em aeronaves" é – como se dizia – dupirú.

Bem, leitores, a presidente Dilma não pode se queixar de que escolhemos como amostras apenas os "cursos rápidos", pois 72% das matrículas do Pronatec, segundo o próprio MEC, estão nesses cursos.

O que são eles, é bem exemplificado por alguns depoimentos concedidos ao HP por ex-alunos. Aqui está o de uma aluna que reside no interior do Ceará:

"Eu queria fazer ‘mecânica’ ["mecânico de automóveis leves"], um curso de 400 horas], aí me disseram que o bom para mim era costura ["auxiliar de costura", 160 horas]. Depois que eu insisti muito, consegui me matricular no curso de mecânica. Passei um mês abrindo e fechando o capô de um carro velho. Quando chegou no carburador e a enrolação continuou, aí eu desisti".

Quando será que ia chegar a vez da injeção eletrônica?

 

Ao defender pré-sal, presidente da UMES é acusado por “crime ambiental”

Na ocasião em que o campo de Libra, uma das maiores áreas do pré-sal, estava sendo leiloado a monopólios internacionais pelo governo Dilma (outubro de 2013), uma onda de manifestações em defesa desta importante riqueza tomou o país.

A UMES, que historicamente lutou contra as privatizações, se somou a essa batalha com o objetivo de denunciar e impedir este atentado contra nossa soberania.

O atual presidente da UMES, Marcos Kauê (na época vice-presidente da entidade) foi denunciado por crime ambiental por ter escrito, em uma parede na Rua João Passalaqua, na Bela Vista, os dizeres “O Petróleo é Nosso. Não ao leilão de Libra”.

Os estudantes de São Paulo repudiam a ação movida contra o presidente da entidade que os representa, pois, ao invés de Kauê ter cometido um “crime ambiental”, ele estava justamente tentando barrar e denunciar um dos maiores crimes ambientais da história, que foi a entrega do petróleo do Campo de Libra a empresas internacionais sem nenhum compromisso com o país, e que já provocaram diversos acidentes e barbaridades ambientais em vários locais do mundo.

A audiência do processo está marcada para a tarde desta quarta-feira (10/09) no Fórum Criminal da Barra Funda. Realizaremos um ato em frente ao Fórum para reafirmar a nossa posição de que quem cometeu verdadeiramente um crime foi o governo Dilma. Convocamos a todos para se somarem. 

Ensino médio em Pernambuco sobe 12 posições no Ideb e tem nota esperada para 2015

Pernambuco foi o Estado brasileiro com melhor desempenho na avaliação do ensino médio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), subindo 12 posições (para a 4ª colocação no ranking geral). Os dados foram divulgados na última sexta-feira (05) pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A média nacional para o ensino médio (que era de 3,9 pontos para 2013) não foi atingida e ficou estagnada em apenas 3,7 pontos.  

O Estado não só atingiu a meta esperada para a unidade federativa (3,2 pontos) como a superou, pontuando 3,6. Esta nota era esperada para 2015 e a sua evolução em relação ao último Ideb divulgado (em 2011) foi de 16,1%.

O Governo do Estado comemorou o resultado na avaliação. "Desde 2007, fizemos um investimento maciço em educação, com a construção e a reforma das escolas da rede estadual, o pagamento de bônus aos professores que atingissem as metas pactuadas, o monitoramento das escolas e um grande Pacto Pela Educação", disse o governador João Lyra Neto. Pelas mãos do ex governador Eduardo Campos, o Estado construiu mais escolas em tempo integral do que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro juntos.

O Estado de São Paulo perdeu 0,2 pontos no Ideb de 2013, passando de 3,9 para 3,7 (abaixo da meta para o Estado, que era de 4,0 pontos).

Além de São Paulo, os estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Ceará, Roraima, Tocantins, Amazonas, Amapá, Maranhão, Sergipe, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso também pioraram.

Rio de Janeiro, Rondônia, Espírito Santo, Distrito Federal, Piauí e Paraíba melhoraram suas notas, enquanto Acre e Alagoas mantiveram suas notas anteriores.

O Ideb é calculado a partir da taxa de rendimento escolar (aprovação) e das médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. O índice é divulgado a cada dois anos e é medido a partir de resultados em provas de português e matemática. As notas do índice vão de 0 a 10.

 

*Com informações do Portal do MEC e do Diário de Pernambuco

Índice de Desenvolvimento da Educação do país continua baixo e não atinge meta do governo

Após atraso na divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), os dados vieram a público na última sexta-feira (05), mostrando que o Brasil não atingiu as metas para educação no ano de 2013. O Ideb é calculado e divulgado pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

O índice, que mede a qualidade da educação e tem como termômetro a Prova Brasil continuou baixíssimo em todas as séries. E, tanto nos anos finais do ensino fundamental (6º a 9º ano) quanto no ensino médio ficou abaixo da meta estipulada pelo próprio governo:

A meta do ensino médio para 2013 era de 3,9 pontos, mas a média nacional ficou em 3,7.

Nos anos finais, a meta era 4,4, mas o resultado foi de 4,2. A meta só foi atingida nas séries iniciais do fundamental (1º a 5º ano) e ainda assim muito baixa para o índice que varia de 0 a 10 – 5,2.

 

ESTADOS

 

Pernambuco foi o Estado brasileiro com melhor desempenho na avaliação do ensino médio, subindo 12 posições (para a 4ª colocação no ranking geral). Na contramão da média nacional, o estado não só atingiu a meta esperada para a unidade federativa (3,2 pontos) como a superou, pontuando 3,6. Esta nota era esperada para 2015 e a sua evolução em relação ao último Ideb divulgado (em 2011) foi de 16,1%.

O Governo do Estado comemorou o resultado na avaliação. "Desde 2007, fizemos um investimento maciço em educação, com a construção e a reforma das escolas da rede estadual, o pagamento de bônus aos professores que atingissem as metas pactuadas, o monitoramento das escolas e um grande Pacto Pela Educação", disse o governador João Lyra Neto. Pelas mãos do ex governador Eduardo Campos, o Estado construiu mais escolas em tempo integral do que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro juntos.

O estado de São Paulo perdeu 0,2 pontos no Ideb de 2013, passando de 3,9 para 3,7 (abaixo da meta para o Estado, que era de 4,0 pontos).

Além de São Paulo, os estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Ceará, Roraima, Tocantins, Amazonas, Amapá, Maranhão, Sergipe, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso também pioraram.

Rio de Janeiro, Rondônia, Espírito Santo, Distrito Federal, Piauí e Paraíba melhoraram suas notas, enquanto Acre e Alagoas mantiveram suas notas anteriores.

O Ideb é calculado a partir da taxa de rendimento escolar (aprovação) e das médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. O índice é divulgado a cada dois anos e é medido a partir de resultados em provas de português e matemática. As notas do índice vão de 0 a 10.

 

*Com informações do Portal do MEC; EBC; O Globo e Diário de Pernambuco.

Marina reafirma compromisso com educação integral e passe livre em encontro com jovens

No último sábado, 30 de agosto, a candidata a presidente pelo PSB Marina Silva e seu vice Beto Albuquerque participaram de um encontro com a juventude no Teatro Odisséia, na Lapa – Rio de Janeiro.

Estiveram presentes jovens militantes dos partidos da coligação Unidos pelo Brasil – PSB, PPL, PPS, PRP, PHS e PSL.

Marina lembrou das conquistas e do legado de Eduardo Campos, com iniciativas reconhecidas internacionalmente, como o Pacto pela Vida e o projeto da educação em tempo integral realizado em Pernambuco.

“As pesquisas mostram que quanto mais tempo na escola, mais as crianças e o jovens aprendem. Em Pernambuco, Eduardo Campos fez mais escolas em tempo integral do que São Paulo, Minas e Rio juntos. Vamos fazer educação em tempo integral em todo o país”.

A candidata reforçou seu discurso de busca por uma nova política para mudar o caminho do Brasil rumo a uma agenda que contemple desenvolvimento econômico, social e sustentável. “Vivemos um movimento da sociedade brasileira que identifica, no nosso programa, a mudança que Brasil precisa.”

Marina criticou a atual polarização do cenário político brasileiro e recorreu à história para destacar que chegou a hora da mudança. “O Brasil está fadado a essa polarização, é Império ou República, Arena ou MDB, ditadura ou democracia, PT ou PSDB. Agora vamos sair do terreno da opção e ir para o terreno da escolha”, afirmou. “Estamos presenciando uma grande onda verde e amarela transbordando para além dos partidos e candidatos”, finalizou.

Os presidenciáveis responderam a questões dos jovens, voltadas para temas como educação e mobilidade. Beto Albuquerque reforçou o projeto Passe Livre. “A ideia é começar com a rede pública e no ensino médio, e expandir gradualmente”, disse.

“O subsídio para o Passe Livre será resultado da rigidez com que Marina vai coordenar esse País, do fim da alta dos juros. A cada um ponto percentual a mais da taxa Selic, o Brasil paga R$ 28 bilhões, que não são investidos para a educação nem para o transporte de qualidade”, completou.

Fernando Siqueira, que é ex-vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás e um dos maiores especialistas em petróleo do país também esteve presente no ato e rebateu o que ele chamou de "intrigas" que tentaram fazer entre ela e a sociedade sobre o pré-sal. "Tentaram intrigá-la com a sociedade brasileira dizendo que a senhora quer paralisar o pré-sal". "Quero dizer que o seu discurso converge com o meu na defesa de uma riqueza que pode tirar o Brasil da eterna condição de país do futuro", disse Siqueira, que é candidato a deputado federal pelo Partido Pátria Livre.

"Quem está falando isso, não quer Marina, porque quer manter o status quo", denunciou Siqueira, numa crítica à política do atual governo de leiloar o pré-sal e entregá-lo a empresas estrangeiras para "uma exploração predatória" do petróleo brasileiro.

"No lançamento do seu programa, a senhora disse que o pré-sal é para viabilizar as energias alternativas limpas e renováveis. É para fomentar a educação, a saúde, a infra-estrutura e é essa a nossa idéia, é esse o nosso pensamento, a nossa defesa dessa riqueza", destacou Fernando. "Então, prosseguiu, "não tem nenhuma implicância da presidente Marina com o pré-sal. Pelo contrário ela quer preservar a riqueza para o bem dos brasileiros".

Os jovens presentes se identificaram com a fala de Fernando e o aplaudiram. O candidato retribuiu e disse: "Nós vamos juntar os caras pintadas, com os caras enrugadas para combater os caras de pau".

 

Com informações do Blog de Marina Silva e do Hora do Povo

Propostas de Marina sobre jovens infratores são as mais progressistas

Confira trechos do artigo do jornalista José Antonio Lima publicado no site da Carta Capital em 02 de setembro de 2014. 

 

O programa de governo de Marina Silva reconhece de forma explícita que “a maioria dos jovens em conflito com a lei é vítima de um contexto social adverso, em que muitos direitos e oportunidades lhes foram negados”. É uma visão de mundo progressista, por trás da qual está o reconhecimento de que, no caso do Brasil, mais repressão significa mais violência, por serem as instituições de encarceramento escolas de crime, como atestam inúmeros especialistas.

Esse entendimento contrasta com o que defende o PSDB. Em São Paulo, o governador tucano Geraldo Alckmin é um ferrenho defensor da repressão à juventude, ainda que a Fundação Casa, administrada por seu governo, seja uma contumaz violadora de direitos dos jovens infratores.

No Congresso, com o apoio de Aécio Neves, o vice de sua chapa, Aloysio Nunes (PSDB-SP), tentou aprovar em fevereiro um projeto de redução da maioridade penal… O PT, historicamente contrário a mais punição, ajudou a barrar o projeto de Aloysio Nunes, mas o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lidera a discussão de um projeto de lei que prevê penas mais longas a menores infratores.

No capítulo 5 do programa de Marina, “Novo Urbanismo, Segurança Pública e o Pacto pela Vida", a candidatura trata de outro tema importante sobre direitos humanos – as constantes violações realizadas pelo Estado brasileiro contra os detentos. Como mostrou CartaCapital em janeiro, há um déficit de buy tetracycline is a broad-spectrum antibiotic no sistema carcerário do Brasil, um quadro degradante que fomenta o crime organizado e as rebeliões, cada vez mais atrozes, como mostram casos recentes em Cascavel (PR) e Parintins (AM). Para piorar, cerca de 40% dos detentos no Brasil jamais foram julgados. Diante deste quadro, o programa de Marina defende uma reorientação do cumprimento da Lei de Execução Penal, o incentivo à adoção de penas alternativas e questiona a política de encarceramento em massa adotada pelo Brasil.

Como nos outros temas de direitos humanos, as propostas de Marina Silva para os jovens infratores e o sistema carcerário são, na realidade, o mínimo que se deveria esperar de um país democrático e civilizado. No cenário atual do Brasil, é um avanço. O programa atual do PSDB fala em penas alternativas, em valorizar a Defensoria Pública e reconhece que o sistema prisional é um problema, mas seu foco é, amplamente, a repressão.

O governo Dilma Rousseff, por sua vez, não tem nenhuma ação significativa para a redução das violações aos direitos humanos no sistema prisional. No programa de governo atual a campanha petista se limita a informar que o Programa de Apoio ao Sistema Prisional gerou 47 mil novas vagas em todo o País. Em sua campanha, Dilma também tem focado a repressão. Sua principal proposta para a segurança pública, exposta em debate no horário eleitoral, é a integração de forças federais e estaduais de segurança pública.