Para não esquecer: Dilma e a privatização do pré-sal

Em 2010, durante a campanha eleitoral, Dilma afirmou que entregar o pré-sal para empresas estrangeiras "é um crime contra o Brasil".

Dilma foi eleita presidente da República e, em 2013, realizou o leilão do maior campo do pré-sal do país, o campo de Libra, entregando uma bela fatia da riqueza para os maiores monopólios internacionais do petróleo. Confira o vídeo abaixo.  

 

EE Pedro de Moraes realiza feira de profissões

Com apoio da UMES e de diversas universidades, a EE Dr. Pedro de Moraes Victor, na zona norte da cidade, realizará, no dia 16 de setembro, uma feira de orientação profissional para alunos da escola e demais interessados. 

Haverá palestras, oficinas, workshops, dicas de cursos universitários e muito mais. O objetivo é esclarecer dúvidas dos estudantes e orientá-los sobre a faculdade, a carreira e as profissões.

Não perca!

 

Data: Terça-feira, 16 de setembro

Horário: das 19h às 22h30

Endereço: EE Dr. Pedro de Moraes Victor – Rua Boaventura Colletti, s/nº – Vila Zilda. 

Ministro da educação defende aprovação automática

O ministro da Educação, Henrique Paim, defendeu na última terça-feira (02) que a nova grade curricular do ensino médio seja flexibilizada e não repita o aluno de ano.

"É preciso que haja mais flexibilidade do currículo, de modo que o estudante não precise repetir o ano toda a vez que é reprovado em uma ou duas disciplinas", disse Paim, após participar, em São Paulo, do Fórum Nacional de Educação. Uma das maiores preocupações do ministro é a evasão escolar.

As mudanças no currículo serão debatidas ainda este ano, através de audiências públicas, informou.

A aprovação automática dos estudantes, praticada em diversos estados do país, é uma das questões mais criticadas por alunos, pais, professores e entidades estudantis.

Por conta da política, é frequente a presença de alunos no terceiro ano do ensino médio que não são nem alfabetizados plenamente.

“A aprovação automática é um dos maiores crimes cometidos contra a juventude, pois os condena a uma eterna ignorância. O papel da escola é ensinar, e se o estudante não aprende e mesmo assim avança de ano, tudo perde o sentido”, avalia Marcos Kauê, presidente da UMES.

Sobre a suposta preocupação da evasão escolar, Kauê esclarece: “Há pesquisas que comprovam que o principal motivo da evasão é a falta de interesse. Então podemos dizer que a reprovação não é o problema, e sim a ausência dela, que faz com que a escola não atenda a real necessidade do aluno, que é aprender”. 

Instituto Federal de São Paulo recebe projeto Liberdade ou Dependência? Drogas Tô Fora!

Uma das escolas mais importantes do país, o Instituto Federal de São Paulo, recebeu na última terça-feira, 26,  mais uma etapa do projeto Liberdade ou Dependência? Drogas Tô Fora! realizado pela UMES em parceria com o Ministério da Saúde na sua segunda edição.

Em um auditório com mais de 120 alunos, foi exibido o filme “Guerra do Ópio”, de Xie Jin, que retrata a ocupação inglesa na China através do tráfico e posterior comercialização do Ópio.

Após o filme, foi realizado o debate (como prevê o projeto) coordenado pelo presidente da UMES, Marcos Kauê, Fabiano Avelino, coordenador geral do projeto e por Marina Martins, psicóloga da UNAD (Unidade de Atendimento ao Dependente).

Kauê introduziu o tema a ser debatido pelos alunos e professores presentes fazendo uma explicação histórica sobre o filme e o situando com o problema das drogas enfrentado nos dias atuais.

“Como percebemos no filme, a droga é usada como um poderoso instrumento de dominação não só de um individuo, mas também de toda uma nação. Neste caso, foi a maneira mais eficaz de reprimir o povo pra que eles não se revoltassem contra a ocupação e os interesses da Inglaterra na China”, disse.

“Diferente do que muitos acham a droga é um comercio com um publico cativo de consumidores e que tem como interesse – igual a qualquer outro comercio – de ganhar dinheiro. O problema é que, particularmente na juventude, ela exerce um papel de anestesia, que estagna e domina os jovens, e os deixa cada vez mais distantes dos seus ideais de mudança e transformação”.

Após a fala do presidente da UMES, o espaço foi aberto para perguntas e intervenções dos alunos, que comentaram o que acharam do filme.

Fabiano, coordenador do projeto, questionou a quem interessa uma nação dominada pelas drogas.

“As drogas sempre estiveram presentes na história da humanidade e relacionadas a dominação de um povo sobre o outro, assim como na China (mostrado no filme). A China chegou ao número de aproximadamente 70 milhões de viciados, cerca de metade da população masculina. Hoje no Brasil temos 1 milhão de dependentes de craque, 3,5 milhões de dependentes de maconha e 2,6 milhões de dependentes de cocaína (dados da UNIFESP).  Ou seja, se continuarmos sem políticas públicas para conscientizar a nossa juventude, teremos sérios problemas no futuro e seremos facilmente manipulados pelos interesses contrários aos nossos, assim como os chineses foram. A Bolívia e a Colômbia são exemplos disso,  assim como os negros americanos, e hoje o alvo pode ser a juventude brasileira que é alvo de pessoas ou grupos que a única coisa que pensam é o lucro, não importando as consequências”, explica.

“O resultado são sonhos destruídos, famílias arruinadas e jovens que não conseguem enxergar a realidade”, concluiu.

Quando, por parte dos alunos, surgiu o tema da legalização da maconha, a psicóloga Marina apresentou argumentos de quem vivencia o problema na unidade de internação, o que qualificou o debate.

“O trafico de drogas não ira acabar com a legalização da maconha, pois o trafico não vende só maconha. Em relação ao dito de que a maconha é usada por que é proibido isto não é real, eu não tenho nenhum paciente que diga que começo o uso de droga por ser proibido”, comentou.  

O Professor Luis Claudio, diretor do IFS, acompanhou a atividade, e em sua intervenção disse: “Nós poderíamos ter chamado diversos especialistas com formações acadêmicas na área, mas ao invés disso, quem esta aqui fazendo a discussão são estudantes como vocês. Sinceramente, estou impressionado como este maravilhoso trabalho que é realizado por pessoas tão jovens” terminou aplaudido pelos alunos da instituição.

No final da atividade, foram entregues as camisetas do projeto. Uma das alunas presentes parabenizou a iniciativa de uma discussão forma aberta e informativa: “É interessante a forma de debater questionando os nossos pontos vista e criando novas perspectivas sobre o assunto, é bom ter a presença de vocês, espero participar de mais debates como este” disse a estudante do primeiro ano do ensino médio integrado ao técnico.

Neste mesmo dia, a UMES recebeu a visita dos nossos parceiros do Ministério da Saúde e da Secretaria da ONU, que elogiaram a forma como o projeto está sendo executado.

Dilma esconde que fez setor público pagar R$ 820 bi de juros aos bancos

No debate da Rede Bandeirantes, na terça-feira, Dilma declarou que “eu queria destacar que o Brasil hoje paga o menor volume de juros de sua história”.

É mentira – e ela sabe perfeitamente que é mentira. Mas não é qualquer mentira.

É 176 bilhões de vezes mentira – pois R$ 176,66 bilhões é o que o governo Dilma, até agora, pagou a mais, em juros, que o segundo governo Lula. Precisamente: R$ +176.658.982.892 (176 bilhões, 658 milhões, 982 mil e 892 reais).

Reparemos que isso é o que Dilma transferiu a mais em três anos e meio (janeiro de 2011 a junho de 2014) contra os quatro anos do segundo mandato de Lula.

Portanto, em uma comparação de três anos e meio com os quatro anos do mandato que lhe antecedeu, Dilma já ultrapassou as anteriores transferências em juros por mais de R$ 176 bilhões.

No entanto, ela acha que pode dizer que “eu queria destacar que o Brasil hoje paga o menor volume de juros de sua história” – e sair impune.

Essa falta de escrúpulos nada tem a ver com política – por exemplo, não há uma linha nos discursos de Getúlio, Juscelino ou Jango que seja mentira. Pode haver até equívocos de abordagem (por exemplo, no início do governo Juscelino). Mas não mentira, muito menos mentira consciente (o leitor pode conferir um exemplo disso na última página desta edição).

A falta de inibição para dizer qualquer coisa, menos a verdade, não tem a ver com política, mas com falência moral, falta de compromisso com o país e desprezo pelo povo.

Vejamos o que Dilma, até agora, segundo o BC, transferiu ao parasitário setor financeiro, sob a forma de juros:

 

2011: R$ 201.057.500.482;

 

2012: R$ 175.718.350.674;

 

2013: R$ 217.866.148.012;

 

2014 (até junho): R$ 93.334.973.950;

 

TOTAL: R$ 687.976.973.118.

 

Em três anos e meio, 687 bilhões, 976 milhões, 973 mil e 950 reais.

Essa é a parte do governo federal. Porém, ao aumentar os juros básicos, através do BC, e por coação (os “programas de reestruturação e ajuste fiscal”), o governo federal obriga que a drenagem de dinheiro do povo se espalhe pelo conjunto do setor público – Estados, municípios e estatais (nesse caso, sobretudo as estaduais e municipais, pois Lula, em boa hora, excluiu os grupos Petrobrás e Eletrobrás dessa hemorragia). Assim, vejamos os juros transferidos pelo conjunto do setor público:

 

2011: R$ 236.673.306.187;

 

2012: R$ 213.862.792.444;

 

2013: R$ 248.855.689.749;

 

2014 (até junho): R$ 120.246.332.126;

 

TOTAL: R$ 819.638.120.506.

 

Em três anos e meio, o setor público (governos federal, estaduais, municipais e estatais) foi saqueado em 819 bilhões, 638 milhões, 120 mil e 506 reais, em juros. Quase um trilhão de reais, desviados da Saúde, Educação, dos investimentos públicos em geral, e de qualquer outro serviço público.

Nem vamos nos reportar aos governos anteriores a Fernando Henrique, pois é óbvio que Dilma, para falar em “menor volume de juros da história”, expulsou da História do Brasil os governos Getúlio, Juscelino e João Goulart. Como ela não tem autoridade para tal, não precisamos nos preocupar.

Até porque, o que ela afirmou, implicitamente, é que pagou menos juros do que Lula.

Não é a primeira vez que demonstra, assim, a sua ingratidão, jogando nas costas de Lula a responsabilidade que lhe compete, apesar dela não existir, política ou eleitoralmente, exceto pelo esforço – e bota esforço nisso – do ex-presidente.

Durante o segundo governo Lula, houve transferências de juros de R$ 511,32 bilhões (governo federal) e R$ 694,43 bilhões (conjunto do setor público).

Portanto, em três anos e meio, Dilma aumentou as transferências de juros aos bancos em +34,55% (governo federal) e +18% (setor público), percentagens que correspondem, respectivamente, a R$ +176,66 bilhões e R$ +125,21 bilhões.

Se compararmos com o primeiro mandato de Lula, então, o aumento na locupletação do setor financeiro por juros foi de +54,21% (governo federal) e +38,77% (setor público).

Outra vez vale a observação: estamos comparando quatro anos de Lula com três anos e meio de Dilma – e, mesmo assim, o volume do pagamento de juros desses três anos e meio supera amplamente o que houve nos quatro anos de Lula, seja no primeiro ou no segundo mandato.

Houve algum outro governo que, em três anos e meio, permitisse – na verdade, promovesse – tal sangria de dinheiro para o setor financeiro?

Não, leitor, e não por acaso Dilma conseguiu o menor crescimento de toda a História da República (com exceção de Collor, que, desse ponto de vista – o amor à verdade – parece o guia do atual governo).

Os aumentos de juros são uma pilhagem ao setor produtivo (isto é, aos trabalhadores e empresários produtivos) em benefício do setor parasitário – financeiro – da economia. No caso atual, uma dupla pilhagem: através dos juros e também pela taxa de câmbio, deformada pela entrada de dólares desvalorizados, atraídos pelas altas taxas de juros, fazendo com que o câmbio passe a subsidiar importações contra a produção interna, pelo barateamento das primeiras e encarecimento da última.

A estagnação e retrocesso do país, devido à desindustrialização e desnacionalização, foi a consequência dessa derrama de juros.

Logo depois de Dilma tomar posse, houve cinco aumentos na taxa básica de juros seguidos, de 19/01/2011 a 31/08/2011 (quando, depois de uma mobilização intensa da sociedade, que acabou por arrastar a própria Dilma, a taxa teve a sua primeira, embora ainda minúscula, redução).

A taxa real foi de 4,4%(dezembro de 2010) para 6,8%, uma taxa astronômica, representando um diferencial em relação à média internacional de 7,6 pontos percentuais (ou +111,76%!).

Depois disso, de 31/08/2011 a 7/03/2013, os juros baixaram, até que Dilma se rendeu completamente aos tubarões da agiotagem. Houve, então, de 17 de abril de 2013 a 2 de abril de 2014, nove aumentos seguidos, outra vez, da taxa básica, com a concordância explícita – mesmo aplauso e incentivo – do Planalto.

Marina Silva, no debate, falou no cansaço do eleitorado com a polarização PSDB-PT. Certamente, as pessoas têm todas as razões para estar fartas de tucanos e neo-tucanos (isto é, petistas que se tornaram tucanos sem mudar de partido).

Sobretudo pela mentira, pelo desrespeito à inteligência do povo.

CARLOS LOPES

 

FONTE: HORA DO POVO

Os Azeredo mais os Benevides na Revista Cult

Confira a crítica sobre a peça “Os Azeredo mais os Benevides” escrita pelo professor Wellington Andrade na Revista Cult. A peça, em cartaz pela sua 2ª temporada no Teatro Denoy de Oliveira, foi escrita por Oduvaldo Vianna Filho e está sendo dirigida por João das Neves.

 

“Cinquenta anos depois de escrita, Os Azeredo mais os Benevides, de Oduvaldo Vianna Filho, ainda tem o que dizer ao Brasil do século XXI”, diz artigo na revista Cult, que você pode acessar aqui

 

 

Os Azeredo mais os Benevides

 

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

 

Sinopse

 

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

Curta Temporada  – Apresentações especiais para escolas.

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

Para alcançar metas do PNE, futuros presidentes terão que triplicar investimentos

Por R7

 

Os próximos presidentes do Brasil terão que praticamente triplicar os investimentos federais em educação pública para cumprir o novo PNE (Plano Nacional da Educação). De acordo com projeção baseada no percentual do PIB (Produto Interno Bruto) investido em 2012 (último dado disponível), os repasses do governo federal precisam saltar dos atuais R$ 40 bilhões para R$ 108 bilhões em dez anos.   

O cálculo pressupõe gastos necessários para atender a algumas metas estabelecidas no PNE, como a exigência de elevar de 15% para 33% a taxa de jovens entre 18 e 24 anos matriculados em universidades, além da implantação do CAQ (Custo Aluno Qualidade), um novo índice de qualidade da educação, que ainda precisa ser regulamentado.   

Segundo a Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação), o índice de qualidade exigirá que o investimento federal em educação básica passe dos atuais R$ 9 bilhões para R$ 46 bilhões.   

Já para o ensino universitário a conta é mais simples. Se a taxa de matrículas entre jovens deve ir de 15% para 33%, então os gastos têm que ser, ao menos, duplicados. Assim, o investimento da União na área deve pular de R$ 31 bilhões para R$ 62 bilhões.  

A partir desses cálculos, nos próximos dez anos, o investimento direto em educação, que hoje representa quase 1% do PIB (R$ 40 bilhões), terá que saltar para 2,45% do PIB (R$ 108 bilhões).

 

Educação Básica

 

Luiz Araújo, professor do departamento de Planejamento e Administração da UnB (Universidade de Brasília), destaca que, se todos os Estados e municípios continuarem aplicando 20% de seus impostos em educação, como a lei estabelece, eles terão que receber mais dinheiro da União para custear os alunos e cumprir as métricas do índice de qualidade.  

— Teremos que fazer uma conta mais real para verificar quem realmente estará abaixo do índice de qualidade e rever a legislação que estabelece as formas de complementação de dinheiro.  

Procurado, o MEC (Ministério da Educação) diz que a regulamentação do índice de qualidade será feita em até dois anos, dentro do prazo que prevê o PNE.   

— Já em relação ao investimento em educação, existe um grande esforço do governo federal, Estados e municípios no sentindo de ampliar os recursos, que vem crescendo consistentemente ao longo dos anos, respondeu o órgão por meio de mensagem eletrônica.  

 

Garantia

 

A reitora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Soraya Smaili, afirma que esse investimento é necessário, mas deve ser feito de forma específica: “Nós queremos a expansão não só das vagas no ensino superior, mas também da pesquisa e da extensão universitária”.  

Citando a atual estrutura do financiamento da educação superior pública no Brasil, a reitora destaca que as universidades devem ter autonomia de financiamento a partir de verbas garantidas.   

Hoje, o dinheiro encaminhado para as federais é definido pelos ministérios do Planejamento e da Educação, junto ao grupo de reitores das universidades.

Uma matriz atribui um peso a diferentes indicadores das universidades, como o número de estudantes na graduação e o número de cursos recém-criados. As instituições recebem mais ou menos dinheiro conforme os indicadores que têm e os pesos atribuídos a eles.   

— Isso não permite um planejamento das ações de médio e de longo prazo. Então, em vez de ficarmos discutindo a cada ano a matriz de quanto vai para cada universidade, nós deveríamos ter a garantia de um valor de financiamento, como as estaduais paulistas que têm isso definido por lei.   

 

Estudantes da EE Martins Penna conferem “Os Azeredo mais os Benevides” nesta sexta

Nesta sexta é dia dos alunos da EE Martins Penna, da zona sul da cidade, assistirem à peça “Os Azeredo mais os Benevides”, em cartaz no Cine Teatro Denoy de Oliveira, na sede central da UMES.

São 40 alunos e dois professores que vieram conferir a segunda temporada do espetáculo escrito por Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, e dirigido por João das Neves. As apresentações acontecem as sextas e sábados às 20h e aos domingos às 19h.

Os estudantes da escola estão bastante animados. Para alguns deles, inclusive, esta é a primeira vez que pisam em um teatro.

“Para mim vai ser uma experiência única, pois é a primeira vez que venho ao teatro. Além disso, acho muito importante poder conhecer a história através do teatro, que de certa forma está sendo resgatada. Me contaram que essa peça foi proibida na época da ditadura militar”, disse Analice Lima, estudante da EE Martins Penna.

 

Os Azeredo mais os Benevides

 

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

Sinopse

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

Curta Temporada  – Apresentações especiais para escolas.

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

USP: Reitor perde na justiça e manda PM atacar funcionários

Justiça mandou reitoria apresentar proposta de reajuste salarial e declarou que corte de salário dos grevistas sem julgamento da greve é ilegal
 

O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) negou pedido de liminar da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) para que considerasse a greve de funcionários e professores, que já dura mais de 85 dias, “ilegal e abusiva”.

Em audiência de conciliação, na última quarta-feira (20), a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, considerou que a proposta de “reajuste de 0%”, apresentada pela reitoria ao conjunto de funcionários, não é proposta para negociação na data-base e propôs que a universidade apresente um percentual de reajuste em uma nova reunião de negociação.

Esta já é a maior greve de funcionários e professores da USP em 10 anos. A paralisação começou em 27 de maio. Na tentativa de enfraquecer o movimento grevista, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, cortou o ponto dos grevistas, o que foi proibido pela decisão da desembargadora.

Por meio de uma “ação declaratória de abusividade do direito de greve”, protocolada na terça-feira (19) no TRT-SP, a Reitoria solicitou que fosse “reconhecida liminarmente a ilegalidade do movimento paredista diante da extrema essencialidade do serviço público de saúde do Hospital Universitário e da educação das unidades universitárias”.

A USP pediu ao TRT-SP, na ação principal, que fosse declarada a “ilegalidade e abusividade” da greve, bem como adotada “multa diária de 100 mil reais por unidade universitária”, que seria arcada pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

Em sua decisão, a desembargadora levou em conta, para negar a pretensão da Reitoria da USP, que “a questão relativa a serviços inadiáveis e essenciais abrangida no presente feito é aquela atinente aos Hospitais Universitários” e que a USP “reconhece a inocorrência de greve de trabalhadores exercentes das funções de médico”, sendo que, sobre o serviço prestado pelos demais trabalhadores do HU, está sendo cumprido o percentual de 31% acordado entre a Reitoria e o Sintusp “para socorrer as necessidades do Hospital”.

“Como a greve iniciou-se em maio e somente na data de ontem (no caso, dia 19) o Suscitante (a reitoria) cuidou de vir a Juízo com o pleito e pedido liminar, não é crível que não estivesse de acordo com o percentual mencionado pelo Suscitado (o Sintusp)”, observou a desembargadora.

A representante do TRT concluiu que “tendo as partes estabelecido o percentual necessário para as necessidades essenciais e inadiáveis, observando os estritos termos da Lei, não há como o Poder Judiciário atuar ao arrepio da Lei […]. Nada a deferir quanto à liminar pretendida, devendo ser mantido o percentual já estabelecido e assim prestigiada a Autonomia da Vontade Coletiva das Partes”.

A representante do Ministério Público do Trabalho (MPT) presente na audiência, procuradora Silvana Valladares de Oliveira, também se posicionou contra o pedido de liminar proposto pela Reitoria. “Segundo esclarecido na audiência, os serviços essenciais para o atendimento das necessidades inadiáveis da população vêm sendo cumpridos, na forma acordada pelas partes. Dessa forma, não há razão para o deferimento de medida liminar ou até mesmo de proposição de nova ação por esta Instituição [USP], haja vista os termos do artigo 11 da Lei 7783/89”.

A procuradora do MPT pressionou a reitoria para que negocie com os trabalhadores da USP. “Tendo em vista o longo lapso temporal da greve e a necessidade de solução do conflito coletivo, de forma que as aulas voltem a ocorrer e os trabalhadores sejam ouvidos em suas reivindicações, conclama as partes à negociação coletiva e sugere que o Reitor da Universidade apresente o orçamento e demais documentos que possam auxiliar na busca de uma solução negociada para o atual impasse”. A reitoria e o Sintusp aceitaram a proposta da desembargadora para nova reunião de negociação, agora junto ao Núcleo de Conciliação de Coletivos (NCC) que ficou marcada para a próxima quarta-feira (27).

 

PM ataca grevistas e estudantes com bombas de gás e balas de borracha
 

A reitoria da USP solicitou ação da Tropa de Choque da Polícia Militar para barrar atividade promovida pelos grevistas nesta quarta-feira (20). Estudantes, professores e trabalhadores da instituição realizaram um piquete nas entradas da universidade, trancando os portões de acesso do campus Butantã. A PM agiu com truculência, utilizou-se de bombas de gás lacrimogêneo, efeito moral e balas de borracha para dispersar os manifestantes.

A polícia militar entrou no campus pelo portão do Hospital Universitário e dirigiu-se, com quatro viaturas da força tática para o portão 2 – saída da Av. Politécnica. Os manifestantes não ofereceram resistência e os policiais abriram os portões com alicates. Por volta das 05h30 da manhã, a polícia com 12 viaturas da força tática e 20 motos da ROCAM, reprimiu brutalmente as pessoas que estavam no protesto no portão 3.

No portão principal manifestantes denunciavam as violações praticadas pela polícia e relatavam que algumas pessoas estavam machucadas com ferimentos nos olho. Uma funcionária teve uma bala de borracha alojada na perna.

A tropa de choque avançou contra a população que estava reunida no cruzamento da Rua Afrânio Peixoto com a Rua Alvarenga. Manifestantes seguiram pela Av. Vital Brasil, entraram na Av. Francisco Morato e ao chegar ao terminal de ônibus do Butantã foram dispersados com truculência pela policia. “Estávamos encurralados e havia muita bomba. Não tinha para onde ir, as balas de borracha vinham também de dentro das viaturas” relataram manifestantes.

Fonte: Hora do Povo

Foto: UOL