Estudantes da EE Martins Penna conferem “Os Azeredo mais os Benevides” nesta sexta

Nesta sexta é dia dos alunos da EE Martins Penna, da zona sul da cidade, assistirem à peça “Os Azeredo mais os Benevides”, em cartaz no Cine Teatro Denoy de Oliveira, na sede central da UMES.

São 40 alunos e dois professores que vieram conferir a segunda temporada do espetáculo escrito por Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, e dirigido por João das Neves. As apresentações acontecem as sextas e sábados às 20h e aos domingos às 19h.

Os estudantes da escola estão bastante animados. Para alguns deles, inclusive, esta é a primeira vez que pisam em um teatro.

“Para mim vai ser uma experiência única, pois é a primeira vez que venho ao teatro. Além disso, acho muito importante poder conhecer a história através do teatro, que de certa forma está sendo resgatada. Me contaram que essa peça foi proibida na época da ditadura militar”, disse Analice Lima, estudante da EE Martins Penna.

 

Os Azeredo mais os Benevides

 

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

Sinopse

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

Curta Temporada  – Apresentações especiais para escolas.

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

USP: Reitor perde na justiça e manda PM atacar funcionários

Justiça mandou reitoria apresentar proposta de reajuste salarial e declarou que corte de salário dos grevistas sem julgamento da greve é ilegal
 

O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) negou pedido de liminar da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) para que considerasse a greve de funcionários e professores, que já dura mais de 85 dias, “ilegal e abusiva”.

Em audiência de conciliação, na última quarta-feira (20), a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, considerou que a proposta de “reajuste de 0%”, apresentada pela reitoria ao conjunto de funcionários, não é proposta para negociação na data-base e propôs que a universidade apresente um percentual de reajuste em uma nova reunião de negociação.

Esta já é a maior greve de funcionários e professores da USP em 10 anos. A paralisação começou em 27 de maio. Na tentativa de enfraquecer o movimento grevista, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, cortou o ponto dos grevistas, o que foi proibido pela decisão da desembargadora.

Por meio de uma “ação declaratória de abusividade do direito de greve”, protocolada na terça-feira (19) no TRT-SP, a Reitoria solicitou que fosse “reconhecida liminarmente a ilegalidade do movimento paredista diante da extrema essencialidade do serviço público de saúde do Hospital Universitário e da educação das unidades universitárias”.

A USP pediu ao TRT-SP, na ação principal, que fosse declarada a “ilegalidade e abusividade” da greve, bem como adotada “multa diária de 100 mil reais por unidade universitária”, que seria arcada pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

Em sua decisão, a desembargadora levou em conta, para negar a pretensão da Reitoria da USP, que “a questão relativa a serviços inadiáveis e essenciais abrangida no presente feito é aquela atinente aos Hospitais Universitários” e que a USP “reconhece a inocorrência de greve de trabalhadores exercentes das funções de médico”, sendo que, sobre o serviço prestado pelos demais trabalhadores do HU, está sendo cumprido o percentual de 31% acordado entre a Reitoria e o Sintusp “para socorrer as necessidades do Hospital”.

“Como a greve iniciou-se em maio e somente na data de ontem (no caso, dia 19) o Suscitante (a reitoria) cuidou de vir a Juízo com o pleito e pedido liminar, não é crível que não estivesse de acordo com o percentual mencionado pelo Suscitado (o Sintusp)”, observou a desembargadora.

A representante do TRT concluiu que “tendo as partes estabelecido o percentual necessário para as necessidades essenciais e inadiáveis, observando os estritos termos da Lei, não há como o Poder Judiciário atuar ao arrepio da Lei […]. Nada a deferir quanto à liminar pretendida, devendo ser mantido o percentual já estabelecido e assim prestigiada a Autonomia da Vontade Coletiva das Partes”.

A representante do Ministério Público do Trabalho (MPT) presente na audiência, procuradora Silvana Valladares de Oliveira, também se posicionou contra o pedido de liminar proposto pela Reitoria. “Segundo esclarecido na audiência, os serviços essenciais para o atendimento das necessidades inadiáveis da população vêm sendo cumpridos, na forma acordada pelas partes. Dessa forma, não há razão para o deferimento de medida liminar ou até mesmo de proposição de nova ação por esta Instituição [USP], haja vista os termos do artigo 11 da Lei 7783/89”.

A procuradora do MPT pressionou a reitoria para que negocie com os trabalhadores da USP. “Tendo em vista o longo lapso temporal da greve e a necessidade de solução do conflito coletivo, de forma que as aulas voltem a ocorrer e os trabalhadores sejam ouvidos em suas reivindicações, conclama as partes à negociação coletiva e sugere que o Reitor da Universidade apresente o orçamento e demais documentos que possam auxiliar na busca de uma solução negociada para o atual impasse”. A reitoria e o Sintusp aceitaram a proposta da desembargadora para nova reunião de negociação, agora junto ao Núcleo de Conciliação de Coletivos (NCC) que ficou marcada para a próxima quarta-feira (27).

 

PM ataca grevistas e estudantes com bombas de gás e balas de borracha
 

A reitoria da USP solicitou ação da Tropa de Choque da Polícia Militar para barrar atividade promovida pelos grevistas nesta quarta-feira (20). Estudantes, professores e trabalhadores da instituição realizaram um piquete nas entradas da universidade, trancando os portões de acesso do campus Butantã. A PM agiu com truculência, utilizou-se de bombas de gás lacrimogêneo, efeito moral e balas de borracha para dispersar os manifestantes.

A polícia militar entrou no campus pelo portão do Hospital Universitário e dirigiu-se, com quatro viaturas da força tática para o portão 2 – saída da Av. Politécnica. Os manifestantes não ofereceram resistência e os policiais abriram os portões com alicates. Por volta das 05h30 da manhã, a polícia com 12 viaturas da força tática e 20 motos da ROCAM, reprimiu brutalmente as pessoas que estavam no protesto no portão 3.

No portão principal manifestantes denunciavam as violações praticadas pela polícia e relatavam que algumas pessoas estavam machucadas com ferimentos nos olho. Uma funcionária teve uma bala de borracha alojada na perna.

A tropa de choque avançou contra a população que estava reunida no cruzamento da Rua Afrânio Peixoto com a Rua Alvarenga. Manifestantes seguiram pela Av. Vital Brasil, entraram na Av. Francisco Morato e ao chegar ao terminal de ônibus do Butantã foram dispersados com truculência pela policia. “Estávamos encurralados e havia muita bomba. Não tinha para onde ir, as balas de borracha vinham também de dentro das viaturas” relataram manifestantes.

Fonte: Hora do Povo

Foto: UOL

 

Estudantes da EE Caetano Mielle assistem Os Azeredo mais os Benevides

Estudantes e professores da EE Caetano Mielle, da zona leste da cidade, assistiram a apresentação da peça “Os Azeredo mais os Benevides”, no cine-teatro Denoy de Oliveira, na última sexta-feira (15).

A visita organizada pelo Grêmio estudantil, cuja presidente é Thaisa Maria, tesoureira da UMES, fez parte da comemoração do Dia do Estudante (11 de agosto).

“Ter a oportunidade de assistir a um espetáculo dessa importância aqui, na casa do estudante, é uma bela forma de comemorar o nosso dia, mas também reforçar nossa luta pela defesa da cultura brasileira e, principalmente, o acesso dos estudantes a ela”, diz a diretora da UMES.

Organize sua escola e assista ao espetáculo também!

 

Estudantes da EE Caetano Mielle no Teatro Denoy de Oliveira

 

Os Azeredo mais os Benevides

 

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

Sinopse

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

Curta Temporada  – Apresentações especiais para escolas.

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

 

ETEC Getúlio Vargas realiza Semana do Estudante

Os estudantes da ETEC Getúlio Vargas realizam nesta semana (de 18 a 23) uma grande programação de atividades em comemoração ao Dia do Estudante (11 de Agosto). Organizado pelo Grêmio da escola, as atividades incluem um Show de Talentos, apresentações musicais, campeonatos de jogos, aulas de dança e ainda uma festa aberta à comunidade no próximo sábado (23).

As atividades começaram nesta segunda-feira com um duo de guitarras e a primeira fase do Show de Talentos, quando 10 grupos se apresentaram. Na terça e quarta, mais 10 grupos se apresentarão por dia, totalizando 30 apresentações. A partir de quinta-feira, os grupos mais bem votados pelos alunos voltarão a mostrar seu talento e os 5 melhores participarão da grande festa no sábado.

Segundo a estudante Juliana Carvalho, presidente do Grêmio e organizadora do evento, o show está tendo uma ótima repercussão entre os alunos.

“Muitos sabem fazer alguma coisa, tem seu talento e precisam de uma oportunidade para mostrá-lo. A escola é o melhor lugar pra isso”, comenta.

Julia, que é diretora de imprensa, também conta que a partir desta semana, acontecerão aulas de dança gratuitas para os alunos da GV. A primeira apresentação do grupo será na festa de sábado.

“Todos os interessados podem se inscrever para as aulas de dança, que acontecem de terças e sextas, das 15:30h às 16:40h”.

 

Grande Festa no Sábado

 

Para encerrar com chave de ouro a semana do estudante, no sábado, a partir das 11:30h até às 21:30h, acontecerá uma festa aberta à comunidade. Além da apresentação dos grupos selecionados no show de Talentos e do grupo de dança da escola, a escola prepara barracas de comida, campeonatos de jogos e de videogame, guerra de tinta e muito mais. “Cola ai, vai ser dahora”, convida Renan, suplente do grêmio.

Os ingressos antecipados para a festa estão sendo vendidos a R$2 e na hora por R$4. 

Plano Municipal de Educação prevê aplicação de 30% dos impostos na área

Audiências públicas para debater projeto que estabelecerá metas para a educação do município pelos próximos dez anos começaram no último sábado (16)

 

As audiências públicas para debater o novo Plano Municipal de Educação de São Paulo começaram no último sábado (16). O projeto de lei 415, de 2012, tramita agora na Comissão de Educação, Cultura e Esportes na Câmara Municipal e estabelece mudanças no financiamento da educação pública, como a descentralização de recursos e a destinação anual de 30% da receita de impostos da cidade para manutenção e desenvolvimento do ensino, e também prevê estratégias de gestão democrática e de combate a desigualdades sociais, raciais e de gênero. As metas estabelecidas no texto do plano irão vigorar na cidade nos próximos dez anos.

O projeto municipal tem um ano para ser aprovado e busca aplicar as mudanças propostas no Plano Nacional de Educação (PNE), em vigor desde junho deste ano.

No plano, estão previstas alterações na forma de repasses dos recursos para as unidades escolares, visando a descentralização destas verbas, além da criação de um centro de pesquisa e informação no município. “A ideia é retomar os 30% da receita resultante de impostos e das transferências para manutenção e desenvolvimento do ensino e deixar 5%, no mínimo, para a educação inclusiva, em que entram outros gastos, como uniforme, materiais, esporte, lazer e cultura, e estudar as estratégias para isso”, explica Ananda Grinkraut, integrante do Fórum Municipal de Educação.

Além das mudanças na forma de financiamento, Ananda reforça que o texto do projeto de lei busca normatizar a gestão democrática da educação em São Paulo. Membros de conselhos institucionais – órgãos que fiscalizam recursos e normatizam a política – receberão treinamento administrativo para desempenhar as funções e conselhos escolares serão reativados. O plano também prevê a participação da comunidade escolar na elaboração e atualização do projeto político pedagógico da escola, e a promoção de mecanismos e práticas de combate a qualquer forma de preconceito e discriminação.

“Considerando o gigantismo e a complexidade que caracteriza a cidade de São Paulo é importante termos um plano para cada uma das regiões da cidade, com metas específicas para enfrentarmos melhor a desigualdade que ainda está colocada na educação brasileira e também aqui na capital.”

As datas, locais e temas das audiências públicas podem ser consultados no site da Câmara Municipal e no endereço www.deolhonoplano.org.br/saopaulo.

Ensino médio em SP é o pior em seis anos

Em português, a nota dos alunos significa que eles não percebem, por exemplo, que personagens emitem opiniões diferentes sobre o mesmo tema nos quadrinhos

 

O desempenho em Português e Matemática dos alunos do ensino médio da rede estadual de São Paulo piorou em 2013 e é o mais baixo desde 2008, conforme avaliação do governo do estado.

No fim do ensino fundamental (9.º ano), a nota média da rede caiu em Língua Portuguesa e teve leve aumento em Matemática – mas mostrou estagnação nos últimos seis resultados. O 5.º ano do ensino fundamental, fim do primeiro ciclo, manteve a melhora.

Os resultados são da última edição do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), que ocorre anualmente em toda a rede.

Eles mostram problemas no ciclo final do ensino fundamental e no ensino médio, apontados como gargalos da educação. Ambas as etapas estão desde 2008 no patamar baixo de proficiência – a escala ainda demarca o abaixo do básico, adequado e avançado.

No ensino médio, a nota média caiu nas duas disciplinas. Passou de 268,4 para 262,7 em Língua Portuguesa – quando o adequado é acima de 300.

A nota significa que os alunos não percebem, por exemplo, que personagens emitem opiniões diferentes sobre um mesmo tema em uma tira de quadrinhos.

Em Matemática, a nota média da rede passou de 270,4 para 268,7 – a nota adequada é 350. Nesse caso, não se consegue interpretar os dados de uma tabela simples.

A distância entre a nota obtida e o considerado adequado nesta disciplina representa mais de três anos de estudo, aproximadamente.

Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP) Ocimar Alavarse, especialista em avaliação, o que mais preocupa é que os indicadores estejam há anos em níveis tão baixos.

Para ele, os índices reforçam a avaliação de que as iniciativas do governador Geraldo Alckmin (PSDB) não têm surtido efeito, além de indicar que o modelo educacional implementado há anos também precisa ser repensado.

“Esses números colocam a necessidade de rediscussão dessa política, que foi estabelecida com bonificação a professores vinculada aos dados”, disse ele. “Outros fatores pesam, como a complexidade da rede e o grande número de professores eventuais. Mas alguma coisa no modelo precisa ser revista.”

Na avaliação do 9.º ano, os estudantes da escola do Estado tiraram 226,3 em Português e 242,6 em Matemática. Para o professor Mozart Ramos Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna, os resultados mostram uma crise do modelo de escola para os jovens.

“O resultado é claramente o efeito do distanciamento entre a escola e o jovem, que se manifesta e se perpetua de forma intensa no ensino médio”, diz ele. “Temos um currículo que não dialoga com o jovem e ao mesmo tempo professores de Geografia dando aula de Química, ou o contrário.”

Fonte: O Estado de São Paulo

 

Pronunciamento de Dilma provoca choro de bebê

Bebê chora ao ouvir falação de Dilma na televisão. Veja até o final. 

 

Filhos de Eduardo Campos fazem homenagem ao pai

Assista abaixo a linda homenagem que Zé, João, Pedro, Maria Eduarda e Miguel prestaram ao pai, Eduardo Campos, no último Dia dos Pais (10 de Agosto). Nesta data, Eduardo também completou 49 anos. A postagem do vídeo no canal do candidato acompanhou a mensagem: “O melhor presente de aniversário que já recebi. Muito obrigado, meus filhos. Amo vocês”.

Três dias depois, o ex governador de Pernambuco e candidato a presidente da República, foi vítima de um acidente aéreo e faleceu, deixando à família e ao povo brasileiro um legado de luta e esperanças de ver um Brasil melhor. 

 

Os Azeredo mais os Benevides no Cine-Teatro Denoy de Oliveira

A peça “Os Azeredo mais os Benevides”, de Oduvaldo Vianna Filho, está em cartaz em sua segunda temporada no Cine-Teatro Denoy de Oliveira com elenco de 20 atores e direção de João das Neves.

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

 

Sinopse

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

Curta Temporada 

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

 

“Eduardo se empenhou nos ideais de um mundo melhor”, diz Marina

Morte trágica num acidente aéreo do ex-governador de Pernambuco comoveu e gerou homenagens de todo o país 

 

Durante esses 10 meses de convivência aprendi a respeitá-lo, admirá-lo e a confiar nas suas atitudes e nos seus ideais de vida. Foram 10 meses de intensa convivência e começamos a fiar juntos principalmente a esperança de um mundo melhor, de um mundo mais justo”, afirmou Marina Silva, na quarta-feira, em Santos, após a confirmação de que Eduardo Campos estava no avião que caíra na cidade.

Quando Marina decidiu entrar no PSB, após o registro da Rede de Sustentabilidade ter sido recusado, Eduardo demonstrou a sua conhecida lealdade. Em outubro de 2013, diante do alvoroço aprontado pela mídia – e por alguns políticos pouco acostumados, talvez por não ter ideias ou propostas que possam sensibilizar o povo, com a disputa democrática – Eduardo declarou:

“Aqueles que estão incomodados com o surgimento de um caminho, de uma aliança que voltou a animar a política brasileira, procuram de todas as formas, até meio desesperadas, tentar atrapalhar essa construção de maneiras muito precárias e elementares. Uma é imaginar que vai me jogar contra a Marina, ou a Marina contra mim, o que é completamente impossível”.

Na quarta-feira, mostrando os inevitáveis sinais da emoção, Marina frisou como “Eduardo estava empenhado com esses ideais [de um mundo mais justo] até os últimos segundos de sua vida”.

“A imagem que quero guardar dele é a da despedida de ontem: cheio de alegria, sonhos, compromissos. Espero que seja com esse espírito que possa consolar sua família e a todos nós”.

Em outubro, ele declarara que sua aliança com Marina “tem como referência o interesse público, a necessidade de fazer política colocando não só ideias, mas um pensamento renovador”.

A escolha de Marina para sua vice teve o sentido de unir as forças vivas – e não se trata de um clichê, mas as forças que, por estarem vivas, estão inconformadas com a estagnação e o retrocesso, impostos ao país após o término do mandato de Lula – para dar um novo rumo ao país.

O próprio Eduardo sintetizou a questão: “a maior política social que pode ser feita hoje é não deixar o Brasil nesse crescimento medíocre”.

Marina tem toda razão ao se referir aos sonhos de Eduardo, tais como eles os explicitou: “… emancipar o nosso povo, construir um povo que tenha consciência de nação, de seus direitos, da sua força, da sua capacidade de transformar, que parecem, aos que não têm crença, impossível de transformar”.

A questão é, exatamente, levar à frente, tão longe quanto possível, “a necessidade de refazer a leitura do caminho estratégico”, diante da falência de “duas décadas onde os ventos neoliberais impuseram quase que um pensamento único ao mundo”.

O resultado, isto é, o fracasso desse engodo, podemos ver numa situação em que, ainda nas palavras de Eduardo, “o Brasil vive três anos em sequência de baixo crescimento econômico, onde se começa a colocar em risco as conquistas que tivemos num passado recente, as conquistas que tivemos não só no plano institucional, no plano democrático. Essas conquistas ainda são muito incipientes, esses milhões de brasileiros que conseguiram um precário trabalho, com uma renda ainda muito baixa. Se não retomarmos o ciclo de crescimento econômico, veremos aqueles que ascenderam três ou quatro degraus, descer essa escada de uma vez – em uma situação muito mais vulnerável que antes, carregados, sobretudo, de frustração, de dívidas e de desesperança. Isso é tudo que não precisamos ver na vida brasileira: um povo que não tenha esperança de lutar e de construir dias melhores, não vê os obstáculos que são colocados pelos interesses dos que querem manter o desequilíbrio social”.

Do ponto de vista político, isso significa que não existe tarefa mais urgente do que derrotar Dilma nessas eleições e o seu espelho tucano. Qualquer dessas alternativas não são alternativas para o Brasil. Mais quatro anos dessa terra arrasada – juros altos, política anti-industrial e privilégios aos pistoleiros de Wall Street – são muito parecidos com a tortura, não de alguns, o que já seria hediondo, mas de milhões, dezenas de milhões de brasileiros.

Gore Vidal, falando dos EUA, disse que naquele país dominava “um regime de partido único com duas alas direita”. É mais ou menos o que está se tentando impor ao Brasil. É isso que nós precisamos varrer.

Portanto, deve substituir Eduardo, como candidato a presidente, a melhor pessoa para vencer as eleições contra o atual estado de coisas. Aliás, foi para potencializar esse caminho que ele escolheu sua vice.

Marina referiu-se, na quarta-feira, emocionada, à família de Eduardo:

“Quero pedir a Deus que sustente a Renata, ao Zé, ao João, a Duda, o Pedro, o pequenino Miguel e a todos os familiares dos companheiros de Eduardo Campos. Esta é, sem sombra de dúvida, uma tragédia. Uma tragédia que impõe luto e muita tristeza. Eu sei que os brasileiros estão compartilhando com cada um de nós e principalmente com sua família, com seus amigos e conosco”.

 

Fonte: Hora do Povo

Foto: Divulgação