Dilma esconde que fez setor público pagar R$ 820 bi de juros aos bancos

No debate da Rede Bandeirantes, na terça-feira, Dilma declarou que “eu queria destacar que o Brasil hoje paga o menor volume de juros de sua história”.

É mentira – e ela sabe perfeitamente que é mentira. Mas não é qualquer mentira.

É 176 bilhões de vezes mentira – pois R$ 176,66 bilhões é o que o governo Dilma, até agora, pagou a mais, em juros, que o segundo governo Lula. Precisamente: R$ +176.658.982.892 (176 bilhões, 658 milhões, 982 mil e 892 reais).

Reparemos que isso é o que Dilma transferiu a mais em três anos e meio (janeiro de 2011 a junho de 2014) contra os quatro anos do segundo mandato de Lula.

Portanto, em uma comparação de três anos e meio com os quatro anos do mandato que lhe antecedeu, Dilma já ultrapassou as anteriores transferências em juros por mais de R$ 176 bilhões.

No entanto, ela acha que pode dizer que “eu queria destacar que o Brasil hoje paga o menor volume de juros de sua história” – e sair impune.

Essa falta de escrúpulos nada tem a ver com política – por exemplo, não há uma linha nos discursos de Getúlio, Juscelino ou Jango que seja mentira. Pode haver até equívocos de abordagem (por exemplo, no início do governo Juscelino). Mas não mentira, muito menos mentira consciente (o leitor pode conferir um exemplo disso na última página desta edição).

A falta de inibição para dizer qualquer coisa, menos a verdade, não tem a ver com política, mas com falência moral, falta de compromisso com o país e desprezo pelo povo.

Vejamos o que Dilma, até agora, segundo o BC, transferiu ao parasitário setor financeiro, sob a forma de juros:

 

2011: R$ 201.057.500.482;

 

2012: R$ 175.718.350.674;

 

2013: R$ 217.866.148.012;

 

2014 (até junho): R$ 93.334.973.950;

 

TOTAL: R$ 687.976.973.118.

 

Em três anos e meio, 687 bilhões, 976 milhões, 973 mil e 950 reais.

Essa é a parte do governo federal. Porém, ao aumentar os juros básicos, através do BC, e por coação (os “programas de reestruturação e ajuste fiscal”), o governo federal obriga que a drenagem de dinheiro do povo se espalhe pelo conjunto do setor público – Estados, municípios e estatais (nesse caso, sobretudo as estaduais e municipais, pois Lula, em boa hora, excluiu os grupos Petrobrás e Eletrobrás dessa hemorragia). Assim, vejamos os juros transferidos pelo conjunto do setor público:

 

2011: R$ 236.673.306.187;

 

2012: R$ 213.862.792.444;

 

2013: R$ 248.855.689.749;

 

2014 (até junho): R$ 120.246.332.126;

 

TOTAL: R$ 819.638.120.506.

 

Em três anos e meio, o setor público (governos federal, estaduais, municipais e estatais) foi saqueado em 819 bilhões, 638 milhões, 120 mil e 506 reais, em juros. Quase um trilhão de reais, desviados da Saúde, Educação, dos investimentos públicos em geral, e de qualquer outro serviço público.

Nem vamos nos reportar aos governos anteriores a Fernando Henrique, pois é óbvio que Dilma, para falar em “menor volume de juros da história”, expulsou da História do Brasil os governos Getúlio, Juscelino e João Goulart. Como ela não tem autoridade para tal, não precisamos nos preocupar.

Até porque, o que ela afirmou, implicitamente, é que pagou menos juros do que Lula.

Não é a primeira vez que demonstra, assim, a sua ingratidão, jogando nas costas de Lula a responsabilidade que lhe compete, apesar dela não existir, política ou eleitoralmente, exceto pelo esforço – e bota esforço nisso – do ex-presidente.

Durante o segundo governo Lula, houve transferências de juros de R$ 511,32 bilhões (governo federal) e R$ 694,43 bilhões (conjunto do setor público).

Portanto, em três anos e meio, Dilma aumentou as transferências de juros aos bancos em +34,55% (governo federal) e +18% (setor público), percentagens que correspondem, respectivamente, a R$ +176,66 bilhões e R$ +125,21 bilhões.

Se compararmos com o primeiro mandato de Lula, então, o aumento na locupletação do setor financeiro por juros foi de +54,21% (governo federal) e +38,77% (setor público).

Outra vez vale a observação: estamos comparando quatro anos de Lula com três anos e meio de Dilma – e, mesmo assim, o volume do pagamento de juros desses três anos e meio supera amplamente o que houve nos quatro anos de Lula, seja no primeiro ou no segundo mandato.

Houve algum outro governo que, em três anos e meio, permitisse – na verdade, promovesse – tal sangria de dinheiro para o setor financeiro?

Não, leitor, e não por acaso Dilma conseguiu o menor crescimento de toda a História da República (com exceção de Collor, que, desse ponto de vista – o amor à verdade – parece o guia do atual governo).

Os aumentos de juros são uma pilhagem ao setor produtivo (isto é, aos trabalhadores e empresários produtivos) em benefício do setor parasitário – financeiro – da economia. No caso atual, uma dupla pilhagem: através dos juros e também pela taxa de câmbio, deformada pela entrada de dólares desvalorizados, atraídos pelas altas taxas de juros, fazendo com que o câmbio passe a subsidiar importações contra a produção interna, pelo barateamento das primeiras e encarecimento da última.

A estagnação e retrocesso do país, devido à desindustrialização e desnacionalização, foi a consequência dessa derrama de juros.

Logo depois de Dilma tomar posse, houve cinco aumentos na taxa básica de juros seguidos, de 19/01/2011 a 31/08/2011 (quando, depois de uma mobilização intensa da sociedade, que acabou por arrastar a própria Dilma, a taxa teve a sua primeira, embora ainda minúscula, redução).

A taxa real foi de 4,4%(dezembro de 2010) para 6,8%, uma taxa astronômica, representando um diferencial em relação à média internacional de 7,6 pontos percentuais (ou +111,76%!).

Depois disso, de 31/08/2011 a 7/03/2013, os juros baixaram, até que Dilma se rendeu completamente aos tubarões da agiotagem. Houve, então, de 17 de abril de 2013 a 2 de abril de 2014, nove aumentos seguidos, outra vez, da taxa básica, com a concordância explícita – mesmo aplauso e incentivo – do Planalto.

Marina Silva, no debate, falou no cansaço do eleitorado com a polarização PSDB-PT. Certamente, as pessoas têm todas as razões para estar fartas de tucanos e neo-tucanos (isto é, petistas que se tornaram tucanos sem mudar de partido).

Sobretudo pela mentira, pelo desrespeito à inteligência do povo.

CARLOS LOPES

 

FONTE: HORA DO POVO

Os Azeredo mais os Benevides na Revista Cult

Confira a crítica sobre a peça “Os Azeredo mais os Benevides” escrita pelo professor Wellington Andrade na Revista Cult. A peça, em cartaz pela sua 2ª temporada no Teatro Denoy de Oliveira, foi escrita por Oduvaldo Vianna Filho e está sendo dirigida por João das Neves.

 

“Cinquenta anos depois de escrita, Os Azeredo mais os Benevides, de Oduvaldo Vianna Filho, ainda tem o que dizer ao Brasil do século XXI”, diz artigo na revista Cult, que você pode acessar aqui

 

 

Os Azeredo mais os Benevides

 

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

 

Sinopse

 

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

Curta Temporada  – Apresentações especiais para escolas.

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

Para alcançar metas do PNE, futuros presidentes terão que triplicar investimentos

Por R7

 

Os próximos presidentes do Brasil terão que praticamente triplicar os investimentos federais em educação pública para cumprir o novo PNE (Plano Nacional da Educação). De acordo com projeção baseada no percentual do PIB (Produto Interno Bruto) investido em 2012 (último dado disponível), os repasses do governo federal precisam saltar dos atuais R$ 40 bilhões para R$ 108 bilhões em dez anos.   

O cálculo pressupõe gastos necessários para atender a algumas metas estabelecidas no PNE, como a exigência de elevar de 15% para 33% a taxa de jovens entre 18 e 24 anos matriculados em universidades, além da implantação do CAQ (Custo Aluno Qualidade), um novo índice de qualidade da educação, que ainda precisa ser regulamentado.   

Segundo a Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação), o índice de qualidade exigirá que o investimento federal em educação básica passe dos atuais R$ 9 bilhões para R$ 46 bilhões.   

Já para o ensino universitário a conta é mais simples. Se a taxa de matrículas entre jovens deve ir de 15% para 33%, então os gastos têm que ser, ao menos, duplicados. Assim, o investimento da União na área deve pular de R$ 31 bilhões para R$ 62 bilhões.  

A partir desses cálculos, nos próximos dez anos, o investimento direto em educação, que hoje representa quase 1% do PIB (R$ 40 bilhões), terá que saltar para 2,45% do PIB (R$ 108 bilhões).

 

Educação Básica

 

Luiz Araújo, professor do departamento de Planejamento e Administração da UnB (Universidade de Brasília), destaca que, se todos os Estados e municípios continuarem aplicando 20% de seus impostos em educação, como a lei estabelece, eles terão que receber mais dinheiro da União para custear os alunos e cumprir as métricas do índice de qualidade.  

— Teremos que fazer uma conta mais real para verificar quem realmente estará abaixo do índice de qualidade e rever a legislação que estabelece as formas de complementação de dinheiro.  

Procurado, o MEC (Ministério da Educação) diz que a regulamentação do índice de qualidade será feita em até dois anos, dentro do prazo que prevê o PNE.   

— Já em relação ao investimento em educação, existe um grande esforço do governo federal, Estados e municípios no sentindo de ampliar os recursos, que vem crescendo consistentemente ao longo dos anos, respondeu o órgão por meio de mensagem eletrônica.  

 

Garantia

 

A reitora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Soraya Smaili, afirma que esse investimento é necessário, mas deve ser feito de forma específica: “Nós queremos a expansão não só das vagas no ensino superior, mas também da pesquisa e da extensão universitária”.  

Citando a atual estrutura do financiamento da educação superior pública no Brasil, a reitora destaca que as universidades devem ter autonomia de financiamento a partir de verbas garantidas.   

Hoje, o dinheiro encaminhado para as federais é definido pelos ministérios do Planejamento e da Educação, junto ao grupo de reitores das universidades.

Uma matriz atribui um peso a diferentes indicadores das universidades, como o número de estudantes na graduação e o número de cursos recém-criados. As instituições recebem mais ou menos dinheiro conforme os indicadores que têm e os pesos atribuídos a eles.   

— Isso não permite um planejamento das ações de médio e de longo prazo. Então, em vez de ficarmos discutindo a cada ano a matriz de quanto vai para cada universidade, nós deveríamos ter a garantia de um valor de financiamento, como as estaduais paulistas que têm isso definido por lei.   

 

Estudantes da EE Martins Penna conferem “Os Azeredo mais os Benevides” nesta sexta

Nesta sexta é dia dos alunos da EE Martins Penna, da zona sul da cidade, assistirem à peça “Os Azeredo mais os Benevides”, em cartaz no Cine Teatro Denoy de Oliveira, na sede central da UMES.

São 40 alunos e dois professores que vieram conferir a segunda temporada do espetáculo escrito por Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, e dirigido por João das Neves. As apresentações acontecem as sextas e sábados às 20h e aos domingos às 19h.

Os estudantes da escola estão bastante animados. Para alguns deles, inclusive, esta é a primeira vez que pisam em um teatro.

“Para mim vai ser uma experiência única, pois é a primeira vez que venho ao teatro. Além disso, acho muito importante poder conhecer a história através do teatro, que de certa forma está sendo resgatada. Me contaram que essa peça foi proibida na época da ditadura militar”, disse Analice Lima, estudante da EE Martins Penna.

 

Os Azeredo mais os Benevides

 

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

Sinopse

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

Curta Temporada  – Apresentações especiais para escolas.

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

USP: Reitor perde na justiça e manda PM atacar funcionários

Justiça mandou reitoria apresentar proposta de reajuste salarial e declarou que corte de salário dos grevistas sem julgamento da greve é ilegal
 

O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) negou pedido de liminar da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) para que considerasse a greve de funcionários e professores, que já dura mais de 85 dias, “ilegal e abusiva”.

Em audiência de conciliação, na última quarta-feira (20), a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, considerou que a proposta de “reajuste de 0%”, apresentada pela reitoria ao conjunto de funcionários, não é proposta para negociação na data-base e propôs que a universidade apresente um percentual de reajuste em uma nova reunião de negociação.

Esta já é a maior greve de funcionários e professores da USP em 10 anos. A paralisação começou em 27 de maio. Na tentativa de enfraquecer o movimento grevista, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, cortou o ponto dos grevistas, o que foi proibido pela decisão da desembargadora.

Por meio de uma “ação declaratória de abusividade do direito de greve”, protocolada na terça-feira (19) no TRT-SP, a Reitoria solicitou que fosse “reconhecida liminarmente a ilegalidade do movimento paredista diante da extrema essencialidade do serviço público de saúde do Hospital Universitário e da educação das unidades universitárias”.

A USP pediu ao TRT-SP, na ação principal, que fosse declarada a “ilegalidade e abusividade” da greve, bem como adotada “multa diária de 100 mil reais por unidade universitária”, que seria arcada pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

Em sua decisão, a desembargadora levou em conta, para negar a pretensão da Reitoria da USP, que “a questão relativa a serviços inadiáveis e essenciais abrangida no presente feito é aquela atinente aos Hospitais Universitários” e que a USP “reconhece a inocorrência de greve de trabalhadores exercentes das funções de médico”, sendo que, sobre o serviço prestado pelos demais trabalhadores do HU, está sendo cumprido o percentual de 31% acordado entre a Reitoria e o Sintusp “para socorrer as necessidades do Hospital”.

“Como a greve iniciou-se em maio e somente na data de ontem (no caso, dia 19) o Suscitante (a reitoria) cuidou de vir a Juízo com o pleito e pedido liminar, não é crível que não estivesse de acordo com o percentual mencionado pelo Suscitado (o Sintusp)”, observou a desembargadora.

A representante do TRT concluiu que “tendo as partes estabelecido o percentual necessário para as necessidades essenciais e inadiáveis, observando os estritos termos da Lei, não há como o Poder Judiciário atuar ao arrepio da Lei […]. Nada a deferir quanto à liminar pretendida, devendo ser mantido o percentual já estabelecido e assim prestigiada a Autonomia da Vontade Coletiva das Partes”.

A representante do Ministério Público do Trabalho (MPT) presente na audiência, procuradora Silvana Valladares de Oliveira, também se posicionou contra o pedido de liminar proposto pela Reitoria. “Segundo esclarecido na audiência, os serviços essenciais para o atendimento das necessidades inadiáveis da população vêm sendo cumpridos, na forma acordada pelas partes. Dessa forma, não há razão para o deferimento de medida liminar ou até mesmo de proposição de nova ação por esta Instituição [USP], haja vista os termos do artigo 11 da Lei 7783/89”.

A procuradora do MPT pressionou a reitoria para que negocie com os trabalhadores da USP. “Tendo em vista o longo lapso temporal da greve e a necessidade de solução do conflito coletivo, de forma que as aulas voltem a ocorrer e os trabalhadores sejam ouvidos em suas reivindicações, conclama as partes à negociação coletiva e sugere que o Reitor da Universidade apresente o orçamento e demais documentos que possam auxiliar na busca de uma solução negociada para o atual impasse”. A reitoria e o Sintusp aceitaram a proposta da desembargadora para nova reunião de negociação, agora junto ao Núcleo de Conciliação de Coletivos (NCC) que ficou marcada para a próxima quarta-feira (27).

 

PM ataca grevistas e estudantes com bombas de gás e balas de borracha
 

A reitoria da USP solicitou ação da Tropa de Choque da Polícia Militar para barrar atividade promovida pelos grevistas nesta quarta-feira (20). Estudantes, professores e trabalhadores da instituição realizaram um piquete nas entradas da universidade, trancando os portões de acesso do campus Butantã. A PM agiu com truculência, utilizou-se de bombas de gás lacrimogêneo, efeito moral e balas de borracha para dispersar os manifestantes.

A polícia militar entrou no campus pelo portão do Hospital Universitário e dirigiu-se, com quatro viaturas da força tática para o portão 2 – saída da Av. Politécnica. Os manifestantes não ofereceram resistência e os policiais abriram os portões com alicates. Por volta das 05h30 da manhã, a polícia com 12 viaturas da força tática e 20 motos da ROCAM, reprimiu brutalmente as pessoas que estavam no protesto no portão 3.

No portão principal manifestantes denunciavam as violações praticadas pela polícia e relatavam que algumas pessoas estavam machucadas com ferimentos nos olho. Uma funcionária teve uma bala de borracha alojada na perna.

A tropa de choque avançou contra a população que estava reunida no cruzamento da Rua Afrânio Peixoto com a Rua Alvarenga. Manifestantes seguiram pela Av. Vital Brasil, entraram na Av. Francisco Morato e ao chegar ao terminal de ônibus do Butantã foram dispersados com truculência pela policia. “Estávamos encurralados e havia muita bomba. Não tinha para onde ir, as balas de borracha vinham também de dentro das viaturas” relataram manifestantes.

Fonte: Hora do Povo

Foto: UOL

 

Estudantes da EE Caetano Mielle assistem Os Azeredo mais os Benevides

Estudantes e professores da EE Caetano Mielle, da zona leste da cidade, assistiram a apresentação da peça “Os Azeredo mais os Benevides”, no cine-teatro Denoy de Oliveira, na última sexta-feira (15).

A visita organizada pelo Grêmio estudantil, cuja presidente é Thaisa Maria, tesoureira da UMES, fez parte da comemoração do Dia do Estudante (11 de agosto).

“Ter a oportunidade de assistir a um espetáculo dessa importância aqui, na casa do estudante, é uma bela forma de comemorar o nosso dia, mas também reforçar nossa luta pela defesa da cultura brasileira e, principalmente, o acesso dos estudantes a ela”, diz a diretora da UMES.

Organize sua escola e assista ao espetáculo também!

 

Estudantes da EE Caetano Mielle no Teatro Denoy de Oliveira

 

Os Azeredo mais os Benevides

 

A peça iria inaugurar o teatro da UNE, no ano de 1964. A trilha musical estava sendo composta por Edu Lobo, que já havia feito “Chegança”, especialmente para o espetáculo. O golpe que depôs o presidente João Goulart impediu que isso acontecesse. O prédio da UNE foi incendiado na madrugada do dia 1º. de abril.

Para encarar o desafio de trazê-la à luz, 50 anos depois, nada mais apropriado do que contar com o trabalho do diretor João das Neves, que no auge dos 80 anos de uma vida talentosa e coerente se lembra bem do dia em que teve que deixar o prédio da UNE que ardia em chamas. E montá-la no palco que leva o nome do multiartista Denoy de Oliveira, outro ex-integrante do CPC da UNE que estava lá naquela ocasião. A trilha musical iniciada por Edu Lobo foi completada pelo maestro Marcus Vinicius.

Sinopse

“Uma funda amizade/ aqui começou./ Um doutor de verdade/ e um camponês meu amor.” Assim canta Lindaura, sublinhando o início da amizade entre o camponês Alvimar e Esperidião, um jovem e empreendedor senhor de terras. Uma amizade que vai sendo desmontada com o passar dos anos, por mais que os dois homens se obstinem em preservá-la.

 

Ficha Técnica

Peça de Oduvaldo Vianna Filho

Direção: João das Neves

Música: Edu Lobo (Chegança); Marcus Vinícius

Elenco: Chico Américo; Danilo Caputo; Emerson Natividade; Erika Coracini; Ernandes Araujo; Graça Berman; Guilherme Vale; João Ribeiro; Junior Fernandes; Leonardo Horta; Léo Nascimento; Marcio Ribeiro; Mariana Blanski; Paula Bellaguarda; Pedro Monticelli; Rafaela Penteado; Rebeca Braia; Ricardo Mancini; Telma Dias; Zeca Mallembah.

Cenografia: João das Neves e Rodrigo Cohen

Figurinos: Rodrigo Cohen

Direção Musical: Léo Nascimento

Assistente de Direção: Alexandre Kavanji

Iluminação: Leandra Demarchi

Preparação Corporal e Orientação de Movimento: Alicio Amaral e Juliana Pardo  

 

Produção: CPC-UMES

Ingressos: R$ 30,00 (meia-entrada R$ 15,00)

Horários: Sextas e Sábados 20h; Domingos 19h

Curta Temporada  – Apresentações especiais para escolas.

 

CINE-TEATRO DENOY DE OLIVEIRA

Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Tel: 3289-7475

 

ETEC Getúlio Vargas realiza Semana do Estudante

Os estudantes da ETEC Getúlio Vargas realizam nesta semana (de 18 a 23) uma grande programação de atividades em comemoração ao Dia do Estudante (11 de Agosto). Organizado pelo Grêmio da escola, as atividades incluem um Show de Talentos, apresentações musicais, campeonatos de jogos, aulas de dança e ainda uma festa aberta à comunidade no próximo sábado (23).

As atividades começaram nesta segunda-feira com um duo de guitarras e a primeira fase do Show de Talentos, quando 10 grupos se apresentaram. Na terça e quarta, mais 10 grupos se apresentarão por dia, totalizando 30 apresentações. A partir de quinta-feira, os grupos mais bem votados pelos alunos voltarão a mostrar seu talento e os 5 melhores participarão da grande festa no sábado.

Segundo a estudante Juliana Carvalho, presidente do Grêmio e organizadora do evento, o show está tendo uma ótima repercussão entre os alunos.

“Muitos sabem fazer alguma coisa, tem seu talento e precisam de uma oportunidade para mostrá-lo. A escola é o melhor lugar pra isso”, comenta.

Julia, que é diretora de imprensa, também conta que a partir desta semana, acontecerão aulas de dança gratuitas para os alunos da GV. A primeira apresentação do grupo será na festa de sábado.

“Todos os interessados podem se inscrever para as aulas de dança, que acontecem de terças e sextas, das 15:30h às 16:40h”.

 

Grande Festa no Sábado

 

Para encerrar com chave de ouro a semana do estudante, no sábado, a partir das 11:30h até às 21:30h, acontecerá uma festa aberta à comunidade. Além da apresentação dos grupos selecionados no show de Talentos e do grupo de dança da escola, a escola prepara barracas de comida, campeonatos de jogos e de videogame, guerra de tinta e muito mais. “Cola ai, vai ser dahora”, convida Renan, suplente do grêmio.

Os ingressos antecipados para a festa estão sendo vendidos a R$2 e na hora por R$4. 

Plano Municipal de Educação prevê aplicação de 30% dos impostos na área

Audiências públicas para debater projeto que estabelecerá metas para a educação do município pelos próximos dez anos começaram no último sábado (16)

 

As audiências públicas para debater o novo Plano Municipal de Educação de São Paulo começaram no último sábado (16). O projeto de lei 415, de 2012, tramita agora na Comissão de Educação, Cultura e Esportes na Câmara Municipal e estabelece mudanças no financiamento da educação pública, como a descentralização de recursos e a destinação anual de 30% da receita de impostos da cidade para manutenção e desenvolvimento do ensino, e também prevê estratégias de gestão democrática e de combate a desigualdades sociais, raciais e de gênero. As metas estabelecidas no texto do plano irão vigorar na cidade nos próximos dez anos.

O projeto municipal tem um ano para ser aprovado e busca aplicar as mudanças propostas no Plano Nacional de Educação (PNE), em vigor desde junho deste ano.

No plano, estão previstas alterações na forma de repasses dos recursos para as unidades escolares, visando a descentralização destas verbas, além da criação de um centro de pesquisa e informação no município. “A ideia é retomar os 30% da receita resultante de impostos e das transferências para manutenção e desenvolvimento do ensino e deixar 5%, no mínimo, para a educação inclusiva, em que entram outros gastos, como uniforme, materiais, esporte, lazer e cultura, e estudar as estratégias para isso”, explica Ananda Grinkraut, integrante do Fórum Municipal de Educação.

Além das mudanças na forma de financiamento, Ananda reforça que o texto do projeto de lei busca normatizar a gestão democrática da educação em São Paulo. Membros de conselhos institucionais – órgãos que fiscalizam recursos e normatizam a política – receberão treinamento administrativo para desempenhar as funções e conselhos escolares serão reativados. O plano também prevê a participação da comunidade escolar na elaboração e atualização do projeto político pedagógico da escola, e a promoção de mecanismos e práticas de combate a qualquer forma de preconceito e discriminação.

“Considerando o gigantismo e a complexidade que caracteriza a cidade de São Paulo é importante termos um plano para cada uma das regiões da cidade, com metas específicas para enfrentarmos melhor a desigualdade que ainda está colocada na educação brasileira e também aqui na capital.”

As datas, locais e temas das audiências públicas podem ser consultados no site da Câmara Municipal e no endereço www.deolhonoplano.org.br/saopaulo.

Ensino médio em SP é o pior em seis anos

Em português, a nota dos alunos significa que eles não percebem, por exemplo, que personagens emitem opiniões diferentes sobre o mesmo tema nos quadrinhos

 

O desempenho em Português e Matemática dos alunos do ensino médio da rede estadual de São Paulo piorou em 2013 e é o mais baixo desde 2008, conforme avaliação do governo do estado.

No fim do ensino fundamental (9.º ano), a nota média da rede caiu em Língua Portuguesa e teve leve aumento em Matemática – mas mostrou estagnação nos últimos seis resultados. O 5.º ano do ensino fundamental, fim do primeiro ciclo, manteve a melhora.

Os resultados são da última edição do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), que ocorre anualmente em toda a rede.

Eles mostram problemas no ciclo final do ensino fundamental e no ensino médio, apontados como gargalos da educação. Ambas as etapas estão desde 2008 no patamar baixo de proficiência – a escala ainda demarca o abaixo do básico, adequado e avançado.

No ensino médio, a nota média caiu nas duas disciplinas. Passou de 268,4 para 262,7 em Língua Portuguesa – quando o adequado é acima de 300.

A nota significa que os alunos não percebem, por exemplo, que personagens emitem opiniões diferentes sobre um mesmo tema em uma tira de quadrinhos.

Em Matemática, a nota média da rede passou de 270,4 para 268,7 – a nota adequada é 350. Nesse caso, não se consegue interpretar os dados de uma tabela simples.

A distância entre a nota obtida e o considerado adequado nesta disciplina representa mais de três anos de estudo, aproximadamente.

Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP) Ocimar Alavarse, especialista em avaliação, o que mais preocupa é que os indicadores estejam há anos em níveis tão baixos.

Para ele, os índices reforçam a avaliação de que as iniciativas do governador Geraldo Alckmin (PSDB) não têm surtido efeito, além de indicar que o modelo educacional implementado há anos também precisa ser repensado.

“Esses números colocam a necessidade de rediscussão dessa política, que foi estabelecida com bonificação a professores vinculada aos dados”, disse ele. “Outros fatores pesam, como a complexidade da rede e o grande número de professores eventuais. Mas alguma coisa no modelo precisa ser revista.”

Na avaliação do 9.º ano, os estudantes da escola do Estado tiraram 226,3 em Português e 242,6 em Matemática. Para o professor Mozart Ramos Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna, os resultados mostram uma crise do modelo de escola para os jovens.

“O resultado é claramente o efeito do distanciamento entre a escola e o jovem, que se manifesta e se perpetua de forma intensa no ensino médio”, diz ele. “Temos um currículo que não dialoga com o jovem e ao mesmo tempo professores de Geografia dando aula de Química, ou o contrário.”

Fonte: O Estado de São Paulo

 

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