CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: O CASO MATTEI
Neste sábado, 16/08, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “O Caso Mattei”, de Francesco Rosi. A sessão tem início às 16h no Cine-Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista. A entrada é gratuita!
O CASO MATTEI
Francesco Rosi (1972), com Gian Maria Volonté, Luigi Squarzina, Gianfranco Ombuen, Edda Ferronao, ITÁLIA, 116 min.
Sinopse
No rescaldo da 2ª Guerra Mundial, Enrico Mattei consegue impedir a venda da nascente indústria italiana de hidrocarbonetos para empresas norte-americanas e desenvolve a ENI, estatal de petróleo e gás que confronta o cartel das “Sete Irmãs” em países africanos e do Oriente Médio. Em 27 de outubro de 1962, Mattei voltava de uma viagem a Catania (na Sicília, sul do país) quando seu avião caiu. A investigação oficial concluiu que foi acidente. O diretor Francesco Rosi aponta em outra direção, com fortes razões para isso. O filme é intercalado com imagens suas tentando encontrar o jornalista Mauro De Mauro, que desapareceu enquanto fazia pesquisas para o roteiro da obra.
Em 1995 a revelação do capo arrependido Tommaso Buscetta, de que a máfia siciliana tinha explodido o avião de Mattei a pedido dos “amigos americanos”, levou à reabertura das investigações. Em 21 de novembro de 1997 a Justiça italiana confirmou que foi um atentado a bomba que matou, em 1962, o empresário Enrico Mattei.
Direção: Francesco Rosi (1922)
Nascido em Nápoles, o cineasta Francesco Rosi estudou Direito. No inicio dos anos 40 trabalhou no rádio como jornalista. Ingressou na indústria cinematográfica em 1948, foi assistente de vários cineastas, entre os quais Luchino Visconti com quem fez “La Terra Trema” (1948), “Belíssima” (1951) e “Senso” (1956). Sua carreira de diretor, marcada por obras de grande empenho social e político, começou em 1958 com “O Desafio”. Tem entre seus filmes grandes sucessos como “O Caso Mattei” (1972), “Lucky Luciano” (1973) e “Cadáveres Ilustres” (1976). Recebeu o Urso de Prata de Melhor Diretor em 1962 por “Bandido Giuliano” e o Prêmio de Ouro do 11° Festival de Moscou, de 1979 por “Cristo Parou em Eboli”. Em 2008 foi homenageado no Festival de Berlim com um Urso de Ouro pelo conjunto da obra.
Argumento Original: Tonino Guerra (1920-2012)
Antonio Guerra nasceu em Santarcangelo di Romagna, foi poeta, escritor e roteirista. Durante a 2° Guerra Mundial esteve preso num campo de concentração. Escreveu seu primeiro roteiro, em 1954, para “Nasce un Campione”, do diretor Elio Petri, com o qual colaborou em outras realizações, inclusive “Os Dias São Contados” (1962). Seu nome está presente nos créditos de mais de 100 filmes realizados por diretores de estilos diversos, italianos ou não, como “Vidas Vazias” (Damiano Damiani, 1963), “Blow Up” (Michelangelo Antonioni, 1966), “Os Girassóis da Rússia” (Vittorio de Sica, 1970), “Caso Mattei” e “Cadáveres Ilustres” (Francesco Rosi, 1972 e 1976), “Amarcord” (Federico Fellini, 1974), “A Noite de São Lourenço” (Irmãos Taviani, 1982), “Nostalgia” (Andrei Tarkovsky, 1983), “O Apicultor” e “Paisagem na Neblina” (Theo Angelopoulos, 1986 e 1988), “Estamos Todos Bem ” (Giuseppe Tornatore,1990).
Música Original: Piero Piccioni (1921-2004)
Nascido em Turim, Piero Piccioni foi pianista, maestro, compositor e organista. Autodidata, escreveu suas primeiras músicas aos 13 anos. Em 1938 estreou como pianista na EIAR – Rádio Pública da Itália. Compôs mais de 300 trilhas musicais para cinema e televisão. Tem entre seus trabalhos “A Condenação Mundial” (Gianni Franciolini, 1952), “Praia” (Alberto Lattuada, 1953), “O Belo Antonio” (Mauro Bologhini, 1960), “Bandido Giuliano” e “O Caso Mattei” (Francesco Rosi, 1962 e 1972), “O Desprezo” (Jean-Luc Godard, 1963), “Um Italiano na América” (Alberto Sordi, 1967) e “Por Um Destino Insólito” (Lina Wertmuller, 1974).