“Olho no Óleo” – Ouça a Marchinha que irá embalar o Bloco UMES Caras-Pintadas

Ouça abaixo a Marchinha “OLHO NO ÓLEO” que irá embalar o Bloco UMES CARAS-PINTADAS 2014:

 

OLHO NO ÓLEO

(Helinho Guadalupe / Fernando Szegeri)

 

REFRÃO:

Olha que tem gente aí

O ouro negro louca pra entregar

Pra eles Libras e pra nós a conta sempre sobra

Pra cara de pau só vendo óleo de peroba

 

Pode sossegar, oh seu Gegê!

Dessa briga não vamos correr

O petróleo é nosso, Emília

E Monteiro Lobato sabia

 

Pré-sal no nosso feijão

Pra aumentar de vez essa pressão

Olha, quero ver, Mamãe, o que você diz

Quando a UMES pinta a cara e vai pra rua ser feliz

 

VEJA AQUI O VÍDEO COM A MARCHINHA!

 

UMES elege representantes para o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito

Os representantes da UMES, Macos Kaue e Thaisa Maria, foram eleitos, titular e suplente consequentemente, membros do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito de São Paulo.

A eleição foi realizada no último sábado, 15, com a participação de estudantes e diversos outros membros da sociedade civil. Os representantes da UMES foram eleitos no segmento Movimento Estudantil Secundarista.

O Conselho, implementado pela Prefeitura de São Paulo, contará ainda com representantes de diversos outros segmentos: Movimento Estudantil Universitário, Meio Ambiente e Saúde, Juventude, Sindicato de Trabalhadores, ONGs, Ciclistas, Pessoa com Deficiência, Idoso e Movimentos Sociais.

Além disso, haverá ainda representantes por região da cidade – Leste, Sul, Oeste, Norte e Centro Expandido – que serão eleitos na votação que ocorre no próximo dia 22.

O objetivo do Conselho, como afirmou o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, durante a abertura da votação, é garantir a participação popular na melhoria da mobilidade urbana.

 

Veja abaixo as propostas apresentadas pela UMES durante a campanha:

 

– Fortalecimento do Bilhete Único do Estudante.

– Ampliação do número de alunos atendidos e dos benefícios.

– Ampliação da frota com ônibus de qualidade a preços justos.

– Ampliação do horário de funcionamento do sistema de transporte coletivo.

– Apoio à criação de empresa pública de ônibus no município.

– Fortalecimento da São Paulo Transporte com a ampliação do quadro técnico e dos processos tecnológicos.

– Bilhete Único Mensal para estudantes de cursos técnicos com os mesmos direitos dos demais alunos.

– Apoio à priorização do transporte público, com mais corredores e infraestrutura .

– Pela ampliação do sistema metroviário com a renovação da frota de trens, seguindo modelos como de Buenos Aires, Paris, Moscou.

– Fortalecimento da CPTM com a ampliação do atendimento e diminuição do intervalo entre os trens, com garantia de segurança.

– Pela universalização do direito do Bilhete Único do Estudante a todos os estudantes regularmente matriculados nos cursos reconhecidos pela Prefeitura Municipal, inclusive os que residem próximo à escola, uma vez que o estudante também utiliza o transporte para estudo, lazer e esporte fora dos períodos de aula.

Trabalhadores Sem Terra cercam o Congresso por reforma agrária

Os manifestantes tiveram ainda que enfrentar violência policial durante ato em frente ao STF

 

Cerca de 20 mil pessoas fizeram manifestação nesta quarta-feira, 12, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Os manifestantes participam do VI Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que começou segunda-feira, 10, e encerra na sexta, 14, no ginásio Nilson Nelson. Durante a caminhada, que partiu do Ginásio onde está sendo realizado o congresso, os trabalhadores carregavam faixas com cobranças ao governo, como “Dilma, cadê a reforma agrária?”, “Exigimos uma reforma política” e “Dilma, se liberte do agronegócio”.

Denunciando a paralisia da reforma agrária, os manifestantes exigiram que fossem recebidos pelo governo. Com a pressão dos trabalhadores, durante a marcha, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, desceu do Palácio do Planalto até o ato, onde os dirigentes lhe entregaram uma carta direciona da à presidente Dilma.

Na carta, os integrantes do MST reivindicam uma maior ação do governo, que muito pouco ou nada tem feito pela reforma agrária. “Estamos discutindo os problemas sociais do campo, a realidade agrária e a necessidade urgente de fazer mudanças nas políticas agrárias do seu Governo”, diz o início da carta.

Segundo o MST, no último ano do governo Lula, 55 mil famílias foram assentadas no país. No governo Dilma, os dados oficiais apontam 21 mil em 2011, 22 mil em 2010 e 30 mil no ano passado. Mas o movimento contesta os números de 2013. De acordo com o movimento, foram apenas sete mil novos assentamentos. O documento mostra que existem mais de cem mil famílias esperando por assentamentos, “acampadas há mais de oito anos. O Governo foi incapaz de resolver esse grave problema social e político. A média de famílias assentadas por desapropriações foi de apenas 13 mil por ano, a menor média após os governos da ditadura militar”.

A carta ainda aponta que “além dos vários projetos que estão sendo implantados, há mais de 80 mil lotes vagos, com água e a infraestrutura necessária para assentamentos. Basta cumprir a promessa feita e ter agilidade administrativa para assentar milhares de famílias de camponeses nesses lotes”. E denuncia que, na contramão do governo passado, “o Governo, na Medida Provisória que encaminhou o problema das dívidas de créditos passados, incluiu a privatização dos lotes da Reforma Agrária. Essa decisão irá permitir e incentivar a venda dos lotes nos assentamentos”.

O movimento ainda lembra o plano nacional de agroecologia, que tinha como princípio o fortalecimento da agricultura familiar, e que foi discutido com as entidades e movimentos populares, mas que permaneceu engavetado. “E, do outro lado, o Ministério da Agricultura afronta a ANVISA, ao liberar o uso de venenos agrícolas ainda mais perigosos para o meio ambiente e, sobretudo para a saúde das pessoas. Enquanto no mundo todo se aprovam leis para controlar e restringir o uso de venenos agrícolas, aqui vamos em direção contrária, facilitando a liberalização dos agrotóxicos”.

“A sociedade brasileira padece de graves problemas estruturais, na educação, no sistema tributário, na saúde e no transporte público, que precisam de soluções e que foram denunciados nas mobilizações populares do ano passado. Esses problemas não se resolvem com medidas paliativas. É preciso mexer nos interesses dos bancos que se apropriam da maior parte dos recursos de nossos impostos. Por isso, nos somamos a dezenas de movimentos populares e organizações políticas para lutar por uma reforma do sistema político brasileiro, que hoje é refém dos interesses das empresas financiadoras”, termina o manifesto.  O congresso nacional do MST conta com representantes de 23 estados e 250 convidados internacionais.

 

VANDALISMO POLICIAL

Após a carta ser entregue ao ministro Carvalho, a manifestação seguiu para o Supremo Tribunal Federal (STF), no intuito de reivindicar o julgamento do mensalão tucano e de casos de assassinatos de camponeses e criticar a atuação do Poder Judiciário e ainda o julgamento do mensalão, “de exceção”. Havia faixas com dizeres “Crime é condenar sem provas” e “STF, refém da Rede Globo”.

Para adentrar o STF, os manifestantes derrubaram as grades laterais do Congresso Nacional. Enquanto os trabalhadores tentavam entrar no prédio, os ministros do STF estavam reunidos no plenário da Corte. A sessão era presidida pelo vice-presidente, Ricardo Lewandowski, e foi interrompida.

Neste momento, a Polícia Militar (PM) agiu com vandalismo e violência utilizando spray de pimenta de forma generalizada, além de arma de choque e bombas. O MST reagiu jogando pedaços de paus e pedras e policiais responderam com bombas de gás. “Vinte policiais agiram com brutalidade no meio de quinze mil pessoas para criar um fato político e legitimar a violência contra a gente”, afirmou Fábio Tomas, do MST de São Paulo. Doze manifestantes ficaram feridos e um militante do MST foi preso.

 

Fonte: Hora do Povo

Parlamentares condenam o projeto que visa criminalizar os movimentos sociais

Vários senadores, principalmente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), reagiram na quarta-feira (12) contra o projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo (PLS 499), assinado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) e pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). O projeto teve origem na Comissão Mista criada pelo ato conjunto dos presidentes do Senado e da Câmara, destinada a consolidar a legislação federal e regulamentar dispositivos da Constituição Federal.

O projeto foi analisado por uma comissão especial e constava da pauta do plenário, mas a discussão acabou sendo adiada com o objetivo de aprofundar o debate visando esclarecer alguns pontos considerados vagos.

O senador Roberto Requião (PMDB/PR) classificou a decisão como um “surto de lucidez” do colégio de líderes, apontando que existe uma pressão da mídia usando a morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão quando filmava um protesto no Rio. “Essa é uma medida fascista e antidemocrática, se querer impor ao cidadão brasileiro o impedimento de se manifestar, sobre qualquer assunto”, disse. “Evidente que o crime [contra o cinegrafista] tem que ser punido – seja ele culposo ou doloso –, mas o que eu vejo é que, com o pretexto de condenar a morte absurda, se pretende condenar o Brasil a não mais fazer manifestação. A transformar qualquer manifestação contra a Copa do Mundo em um ato de terrorismo”, afirmou.

O projeto traz uma “inovação” tenebrosa: cria o chamado “Terrorismo contra coisa” (Art. 4º Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante dano a bem ou serviço essencial) com pena de reclusão de 8 a 20 anos. Lista os bens ou serviços essenciais que vão desde barragens a isntituições de ensino. Com tal “inovação”, não é sem razão a preocupação dos parlamentares que consideram que o PLS realmente visa criminalizar os protestos sociais. O artigo 2 do projeto é ainda mais revelador ao supostamente caracterizar o “terrorismo”: “Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação de liberdade de pessoa”. O título “Incitação ao terrorismo”, com a previsão de penas de 3 a 8 anos, também desvenda as intenções dos seus mentores e não foi à toa que setores do governo e da mídia terrorista e direitista, que têm alergia crônica a manifestações e estão em pânico com a possibilidade de protestos durante a Copa, passaram a instigar a aprovação a toque de caixa de tal projeto “antiterror”, usando a pretexto a morte do cinegrafista da Bandeirantes.

Já há legislação farta contra o terrorismo. A Constituição de 88 e a lei 8.072/1990, que define o terrorismo como crime hediondo, tratam do assunto. Não é preciso uma lei específica para combater os bobocas black blocs. É o que argumentou o senador Roberto Requião, destacando que as leis existentes no Brasil são suficientes para punir os dois manifestantes que admitiram ter levado à manifestação ou lançado o rojão que atingiu Santiago. “Aquele raio de rojão poderia ter matado qualquer pessoa. Não foi um atentado à imprensa. Por isso, é um fato que tem que ser duramente reprimido, mas de acordo com a legislação penal”, acrescentou.

A senadora Ana Rita (PT/ES), que preside a CDH, também advertiu: “Receamos que esse tipo de projeto possa vir a criminalizar as manifestações públicas, a atuação dos movimentos sociais e colocar em risco a democracia brasileira, conquistada a duras penas”. “É preciso, sim, que as manifestações preservem a vida das pessoas, mas não podemos permitir a criminalização de movimentos sociais”, opinou. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT/PE), também mostrou preocupação com o teor do projeto, por considerar muito vaga a definição do que seria considerado um ato de terror, endossando assim o temor à possibilidade de criminalizar movimentos sociais.

Para o senador Cristovam Buarque (PDT/DF), a aprovação do projeto na forma em que está redigido pode representar um retrocesso para a democracia. “Temos que ter bom senso e não aprovar leis que representam um retrocesso na democracia e para a mobilização das pessoas que querem nos dizer que estão descontentes com a classe política”, comentou.

Os parlamentares elogiaram a decisão dos líderes partidários de adiar a discussão da matéria e concordaram em subscrever requerimento do senador Paulo Paim (PT/RS) para que a questão passe pelo crivo da CDH.

 

Fonte: Hora do Povo

Black blocs borram as calças e passam a se acusar mutuamente

Acusado de acender rojão que causou a morte de cinegrafista se entrega à polícia

 

O black block suspeito de acender o rojão que causou a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Ilídio Santiago Andrade, durante manifestação contra o aumento das passagens de ônibus de R$ 2,75 para R$ 3,00 na quinta-feira (6), no Rio de Janeiro, foi preso nesta quarta-feira (12) em Feira de Santana, cidade a cerca de cem quilômetros da capital baiana, Salvador.

Caio Silva de Souza tem 23 anos, estava a caminho da casa dos avós no Ceará, teria desistido e decido se entregar à polícia em Feira de Santana após ter sido denunciado por outro integrante do grupo, Fábio Raposo, e ter conversado com a namorada. Em uma delegacia da capital baiana, falou à imprensa que não sabia que tinha acendido um rojão, mas outro artefato de menor potência, um “cabeça de nego”.

O cinegrafista Santiago Andrade foi atingido na cabeça pelo rojão, levado para o Hospital Souza Aguiar, onde após quatro dias internado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo), teve morte encefálica diagnosticada na segunda-feira (10).

Um mandato de prisão contra ele, pelo crime de homicídio doloso qualificado por uso de explosivo, foi expedido na segunda-feira (10) pela Justiça do Rio de Janeiro. Caio tem duas passagens por tráfico de drogas nas delegacias de Mesquita (53ª DP) e de Comendador Soares (56ª DP). Além das passagens por tráfico, ele teve seu nome citado em outros dois boletins de ocorrência, ambos registrados após manifestações no Rio.

Fábio Raposo, que permanece preso desde o dia 9, admitiu que entregou o rojão a outro membro do grupo. Ele fez um retrato falado descrevendo Caio em afirmou que ele teria acendido o rojão. Ele também está sendo indiciado por homicídio.

Segundo o advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Caio e Fábio Raposo, os manifestantes recebem dinheiro para participar dos atos. Ele atribui o pagamento a “diretórios regionais de partidos políticos, vereadores, determinados deputados estaduais”.

Em reportagem publicada pelo jornal O Globo, no domingo (9), Nunes afirmou ter recebido uma ligação da ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, nessa ligação, ela teria dito que um dos responsáveis por acender o rojão que matou o cinegrafista tinha ligações com deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). O deputado negou o fato e lembrou que o advogado Nunes representou o ex-deputado estadual Natalino Guimarães, que perdeu o mandato após investigações da CPI das Milícias em 2008, presidida por Freixo.

“Natalino foi preso em 2008 graças às investigações da CPI das Milícias, presidida por mim na Assembleia Legislativa. À época, mais de 200 pessoas, entre elas várias autoridades, foram indiciadas. Natalino e seu irmão, Jerominho, que dividiam o poder, cumprem pena em presídios federais”, disse Freixo.

 

Fonte: Hora do Povo

Plano Nacional de Educação começa a tramitar na Câmara

Entidades e parlamentares defendem recuperação do texto formulado pelos deputados que destina o investimento federal para a Educação pública

 

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o Plano Nacional de Educação (PNE) se reuniu na última segunda-feira (11) em primeira reunião de trabalho do ano para discutir as alterações feitas pelos senadores. As modificações feitas pelo Senado retiraram o caráter público da Educação brasileira e o texto foi rechaçado pelas lideranças estudantis e dos movimentos em defesa da Educação.

O PL 8033/10, que compreende o PNE, foi aprovado na Câmara em outubro de 2012 e em dezembro do ano passado, depois de ter passado por três comissões foi aprovado no plenário do Senado.

O projeto aprovado na Câmara dos Deputados em 2012 estabelecia como meta “ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio”.

No Senado, porém, o projeto foi alterado pelos senadores José Pimentel (PT-CE) e Eduardo Braga (PMDB-AM). Entre outras alterações, suprimiu-se a palavra “público” após a palavra “educação”, na frase: ”ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio” (grifo nosso).

Com as mudanças feitas pelo Senado o Projeto volta a Câmara para ser comparado, opondo-se um texto ao outro, sem abertura de prazo para a apresentação de emendas. O relator poderá propor a supressão de parte do substitutivo, dos incisos ou parágrafos que tenham sido acrescentados no Senado. Concluída a votação do colegiado, a matéria ainda seguirá para apreciação do Plenário e depois para sanção presidencial.

Para o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, o texto do Senado “traz retrocessos em seu conteúdo”. Daniel promete pressão para a retomada do texto aprovado na Câmara. “Nossa pauta é a mesma bandeira defendida historicamente pelo partido do governo e de outros de esquerda, que ajudaram a elegê-lo”, disse.

Segundo o assessor do deputado Ângelo Vanholi (PT-PR), relator da proposta, Ronaldo Pinto, os esforços serão para manter a redação da Câmara, em especial quanto à meta 20. “Mas a comissão e o plenário vão dialogar com as lideranças de todos os partidos e com o governo, já que algumas alterações feitas no Senado são fruto dessas articulações. Queremos aprovar um plano que seja bom para os movimentos e para a educação”, afirmou o assessor.

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), existem “sérios retrocessos que precisam ser eliminados do texto”. Para a CONTEE não restringir os gastos ao setor público “na prática, representa a abertura para que recursos públicos sejam destinados ao setor privado, o que contraria a defesa da sociedade de um PNE que garanta educação pública, de qualidade e socialmente referenciada”.

 

CONAE

O governo está empenhado em barrar a discussão sobre o texto do PNE e, para tanto, decidiu adiar a II Conferência Nacional de Educação (Conae) que ocorreria em conjunto com a votação do PNE na Câmara.

A II Conae estava marcada para os dias 17 a 23 de fevereiro e reuniria em Brasília cerca de cinco mil participantes, oriundos dos movimentos sociais, de entidades ligadas à Educação, representantes da sociedade civil e de governos municipais, estaduais e federal. Com a atitude unilateral do governo, a Conae foi transferida para o mês de novembro, após o segundo turno das eleições presidenciais.

O cancelamento da Conae recebeu criticas de diversas entidades que, utilizariam o evento para denunciar os problemas no texto aprovado no Senado. Entidades como a UNE, UBES, o Fórum Nacional da Educação (conjunto de entidades que organizam a Conae), a Campanha Nacional pelo Direito a Educação, CNI, MST, além das centrais sindicais, repudiaram a medida do governo.

Elas prometem agora ampliar a pressão em cima dos deputados para que o texto original seja aprovado.

Na reunião desta segunda-feira, foi sugerida a realização de audiência pública para ouvir a sociedade civil, com data a ser definida. A comissão especial volta a se reunir na próxima quarta-feira (19).

 

Fonte: Hora do Povo

CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: O Fascismo de Todos os Dias

Neste sábado, 15/02, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “O Fascismo de Todos os Dias”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca! 

 

O FASCISMO DE TODOS OS DIAS 

Mikhail Romm (1965), URSS, 138 min.

 

Sinopse

Intercalando imagens do presente (1965) e material capturado do arquivo do Ministério de Propaganda do III Reich, da coleção pessoal de fotos de Hitler e fotografias apreendidas de soldados alemães da SS, Mikhail Romm, diretor e também narrador do filme, desenvolve uma aguda reflexão sobre a natureza do nazismo, enquanto reconstrói a trajetória de sua ascensão e queda. “O Fascismo de Todos os Dias” é de longe o mais profundo, criativo e impactante documentário realizado sobre o tema.

 

Direção e Argumento Original: Mikhail Romm (1901-71)

Mikhail Romm Ilich nasceu na cidade siberiana de Irkutsk, serviu no Exército Vermelho durante a Guerra Civil (1918-21), graduou-se em escultura pelo Instituto Artístico-Técnico de Moscou. Em 1931 ingressou no Mosfilm Estúdio, atuou como produtor e diretor. No Instituto de Cinematografia Gerasimov (VGIK), desde 1962, foi professor de proeminentes cineastas como Andrei Tarkovsky, Grigori Chukhrai, Gleb Panfilov, Elem Klimov. Realizou 18 longas, entre os quais “Treze” (1936), “Lenin em Outubro” (1937), “Lenin em 1918” (1939), “Sonho” (1941), “Garota nº. 217” (1945), “A Questão Russa” (1947), “Missão Secreta” (1950), “Nove Dias em Um Ano” (1962), “O Fascismo de Todos os Dias” (documentário, 1965). Recebeu o Prêmio Stalin nos anos de 1941, 1946, 1948, 1949, 1951. De seu filme “Sonho” disse o presidente Franklin Roosevelt: “é um dos maiores do mundo”.

 

Música Original: Alemdar Karamanov (1934-2007)

Considerado por Shostakovitch como “um dos compositores mais originais do nosso tempo”, Alemdar Sabitovich Karamanov nasceu em Simferopol, Ucrânia, estudou piano no Colégio de Música da Crimeia. Em 1953 transferiu-se para o Conservatório de Moscou. Criou 24 sinfonias (1954-83), três balés (1961-85), várias obras para orquestra e coro, o Hino Nacional da República Autônoma da Crimeia (1992), as trilhas dos filmes “Fascismo de Todos os Dias” (Mikhail Romm, 1965),  “Khorovod” (Vladimir Kuchinsky, 1994), entre outras.

Karamanov foi membro da União dos Compositores da URSS e Artista do Povo da Ucrânia (1994). 

VI Congresso do MST: no governo Dilma reforma agrária retrocedeu

Reunidos no ginásio Nilson Nelson em Brasília, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou, nesta segunda-feira, a abertura de seu VI Congresso Nacional, com 15 mil delegados de 23 estados e o Distrito Federal e 250 convidados internacionais, sob o lema “Lutar e construir uma reforma agrária popular”.

Durante o congresso, que ocorre até sexta-feira, o MST também comemora 30 anos desde a sua fundação, em 1984, e aproveita para reformular as diretrizes do movimento diante da situação política que o país atravessa. Na avaliação do movimento, o atual governo apresenta uma das piores conjunturas para a reforma agrária.

De acordo com o MST, no último ano do governo Lula, 55 mil famílias foram assentadas no país. No governo Dilma, os dados oficiais apontam 21 mil em 2011, 22 mil em 2010 e 30 mil no ano passado. Mas o movimento contesta os números de 2013. Segundo o movimento, foram apenas sete mil novos assentamentos. “A reforma agrária vive hoje, no governo Dilma, seu pior momento”, ressalta Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST.

Para a entidade a alta concentração fundiária no campo brasileiro não se alterou e, mais grave, o capital internacional domina uma área cada vez maior. “A composição da aliança do agronegócio é formada por transnacionais, com o dinheiro da financeirização, pelo latifúndio no Brasil abrindo espaço, pelo Congresso Nacional, onde a bancada ruralista possui mais de 200 representantes e o MST apenas dois deputados, pelo Judiciário, no qual adormecem processos referentes à desapropriação de 200 mil hectares de terra, e por essa mídia, com as bênçãos do governo federal”, afirma.

Conforme João Pedro Stédile, também coordenador nacional, “o governo Dilma foi ‘bundão’ na reforma agrária”. “É nossa obrigação criticar o governo Dilma. Como diria dom Pedro Casaldáliga, se nós do MST nos calarmos, as pedras vão falar por nós. O governo sabe que tem dívida conosco”, explica Stédile. Para ele, o governo Dilma tem orientação à direita e cita como exemplo a presença da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidenta da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), na base aliada. “Há oito anos, a Kátia Abreu queria derrubar o governo, e fomos lá defendê-lo. Dilma é refém do agronegócio”, diz.

“A questão da luta pela terra hoje está fora da pauta da sociedade e do governo. Está cooptada por muitos intelectuais que acham que a reforma agrária e a luta pela terra não existe mais. Portanto, a luta pela terra está despolitizada. Ela tem acontecido, seja a luta dos indígenas, dos quilombolas, dos pescadores, a nossa luta. Mas está escondida, abafada”, denuncia Conceição. O dirigente ainda observa que, enquanto crescem os subsídios para as multinacionais e o perdão das dívidas dos grandes latifundiários, os recursos para a reforma agrária são cada vez mais burocratizados e de difícil acesso.

Outro ponto de pauta do Congresso será a “privatização dos assentamentos”, que é o repasse, por parte dos assentados, das terras recebidas por eles para o setor privado. “Não há dinheiro público nos assentamentos, o mercado está tomando conta desses locais, que estão sendo privatizados a cada dia”, criticou Alexandre.

“Quatro transnacionais controlam 58% do setor sucroalcooleiro. Os próprios donos de terras já estão sentido efeitos como falta de mão de obra”, aponta Stédile. “Hoje, 85% de todas as terras agricultáveis são apenas quatro culturas: soja/milho, cana-de-açúcar, eucalipto e pastagem para gado. Consumimos 20% de todos os venenos, embora sejamos só 5% da produção (mundial)”, conclui.

Os Trabalhadores Sem Terra realizam também, como parte do Congresso, uma grande marcha em defesa da Reforma Agrária na capital federal, quarta-feira, 12, e durante a noite será realizado uma festa em comemoração ao aniversário de 30 anos do MST.

Na quinta-feira (13/02), acontece o ato político pela Reforma Agrária, com a participação de movimentos sociais, intelectuais, partidos políticos e convidados internacionais. Os militantes também pretendem entregar à presidente Dilma Rousseff uma carta em que detalham suas reivindicações em relação à Reforma Agrária.

A entidade defende um novo projeto, que visa inclusive à democratização da educação no campo. “Também queremos democratizar a educação, levando as escolas ao campo, e não a política que o MEC estimula, de levar para a cidade. Tem criança que passa quatro horas por dia de condução, para estudar”, diz Stédile.

Segundo ele, o processo atual de “letargia” em relação à reforma agrária tornou necessário a busca de fatos novos, que mostrem que o agronegócio não é o futuro. “A leitura é que essa política de composição de classe do Lula e da Dilma já bateu no teto. O Lula fez uma série de programas sociais para incluir os jovens na faculdade, e o número aumentou de 6% para 12%. É bom, mas ainda temos 88% fora. Para botar 10% do PIB na educação, tem de pôr a mão no superávit primário. Só com essa ‘politiquinha’ de ProUni e Enem, não resolve mais essa pressão”, ressalta.

 

Fonte: Hora do Povo

 

Veja mais:

 

MST reavalia ações e lutas pela reforma agrária no país – Rede Brasil Atual

MST completa 30 anos e diz que reforma agrária está ‘paralisada’ – G1

Direita usa crimes de seus pupilos em prol do aumento do ônibus no Rio

Mídia ensinou black blocs a ser contra partidos e disparar rojões na direção errada

 

O cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Ilídio Andrade, de 49 anos, ferido com a explosão de um rojão durante uma manifestação contra o aumento da passagem de ônibus, de R$ 2,75 para R$ 3, no Rio de Janeiro, teve morte encefálica diagnosticada nesta segunda-feira (10), segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Santiago foi atingido na cabeça quando registrava o protesto, na quinta-feira (6) e sofreu afundamento do crânio, sendo submetido a uma cirurgia após ser levado para o Hospital Souza Aguiar, desde então, estava em coma induzido.

Na quinta-feira (6), cerca de mil pessoas se reuniram pacificamente na Igreja da Candelária. Estudantes, integrantes de partidos políticos e black blocs caminharam em direção à Central do Brasil.

Dentro da estação de trem, mascarados subiram nas catracas. Algumas delas foram quebradas. Houve confronto com a Polícia Militar, e muita correria. Passageiros se sentiram mal. Outros fugiram do tumulto.

Do lado de fora, um grupo atirou paus e pedras nos PMs. Os policiais lançaram bombas de efeito moral. Manifestantes mascarados arrancaram placas de metal para usar como escudo, chutaram tapumes e também apedrejaram uma delegacia. Uma fogueira foi feita no meio da rua, impedindo a passagem de carros e ônibus. Eles também derrubaram um dos portões principais da Central do Brasil.

Fotos e vídeos mostram o momento em que Santiago é atingido na cabeça. O rojão, do tipo “buscapé” não tinha vareta (que ajuda a dar direção), e quando lançado seguiu em direção aleatória.

O estudante, Fábio Raposo, de 22 anos, confessou à polícia ter entregue o rojão a outro manifestante que o acendeu. Ele foi preso no domingo (9) em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça.

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido da Polícia Civil e decretou, na noite da segunda-feira (10), a prisão temporária do homem suspeito de ter acendido o rojão. De acordo com a Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça, o nome do suspeito é Caio Silva de Souza.

O delegado Maurício Luciano, da 17ª DP (São Cristóvão), havia informado mais cedo que Fábio Raposo reconheceu a foto do suspeito na penitenciária Bandeira Stampa, onde está preso. Com a identificação, o delegado disse ter convicção de quem teria sido o responsável por acender o artefato e pediu sua prisão.

 

PROTESTO

Uma nova manifestação contra o aumento das passagens foi realizada na segunda-feira no centro do Rio. Cerca de mil pessoas participaram do protesto. O aumento da passagem feito pelo prefeito da capital, Eduardo Paes, está em vigor desde sábado (8).

O aumento da tarifa foi autorizado pela Prefeitura do Rio um dia após o Tribunal de Contas do Município (TCM) divulgar o relatório da auditoria realizada nas contas das empresas de ônibus do Rio e liberar o reajuste.

Os manifestantes caminharam até o prédio da Federação de Transportes do Rio de Janeiro (Fetranspor), onde realizaram um ato contra o aumento das passagens e queimaram uma catraca de ônibus envolta em papel e álcool. De acordo com a polícia, o ato foi considerado pacífico. Muitos dos manifestantes portavam cartazes em memória de Santiago.

Risco de desabamento interdita escola na zona leste

Os estudantes da EE Major Cosme de Faria, localizada no Jardim Aurora, na zona leste, estão sem aulas desde a última sexta-feira. O telhado que cobre o acesso entre corredores, banheiros e área administrativa está apoiado por escoras de madeira e há risco de desabamento, segundo professores. Trata-se de uma área de passagem obrigatória para os que circulam pela escola, que recebe mais de dois mil alunos em três turnos. Diante dos riscos, há interdição e solicitação de vistoria na Defesa Civil.

 

 

Fonte: APEOESP