CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: A Noite dos Generais

Neste sábado, 18/01, o Cinema no Bixiga retoma as suas atividades com a apresentação do filme “A Noite dos Generais”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca! 

 

A NOITE DOS GENERAIS

Anatole Litvak (1967), com Philippe Noiret, Peter O’Toole, Omar Sharif, Joanna Pettet. FRANÇA, 148 min


Sinopse
Durante a 2ª Guerra Mundial, uma prostituta é brutalmente assassinada em Varsóvia. Encarregado do caso, o major Grau possui uma pista: a testemunha viu que o criminoso usava o uniforme de general alemão. Grau tem três suspeitos, mas é promovido a tenente-coronel e transferido para Paris. Lá, passados dois anos, ele reencontra os suspeitos – um pouco antes do Dia D, à época em que oficiais da Wehrmacht conspiram contra o Fuhrer. Novo crime envolvendo uma prostituta oferece a Grau, um Javert a serviço de uma boa causa, a chance de reabrir o caso, desta vez contando com a ajuda do inspetor Morands, membro da Resistência Francesa, com quem sela um pacto.

 

Direção: Anatole Litvak (1902-74)

Mikhail Anatol Litvak nasceu em Kiev, Ucrânia. Em 1915, começou a trabalhar como ajudante e depois como ator em um teatro de São Petersburgo. Após a Revolução, foi assistente de direção no estúdio Nordkino Leningrado e, em pouco tempo, começou a dirigir curtas. Em 1925, partiu para Berlim, trabalhou na edição do filme de Georg Wilhelm Pabst, “Rua das Lágrimas” (1925), e realizou seu primeiro longa, “Dolly Macht Karriere” (1930). Com a ascensão do nazismo, mudou-se para a França e dirigiu cinco películas, entre as quais o sucesso internacional “Mayerling” (1936). De 1937 a 1941, atuou nos EUA como diretor contratado da Warner, realizando “The Woman I Love” (1937), “Nobres Sem Fortuna” (1937), “Confissões de um Espião Nazista” (1939), “Tudo Isto e o Céu Também” (1940) e “Dois Contra uma Cidade Inteira” (1940). Dirigiu com Frank Capra a série “Why We Fight”.

Ao final da guerra (com patente de Coronel), realizou “Uma Vida Por Um Fio” e “A Cova da Serpente” (ambos de 1948). Radicou-se em Paris no início dos anos 50. O penúltimo dos 41 filmes que dirigiu foi “A Noite dos Generais” (1967).

 

Argumento Original: Hans Hellmut Kirst (1914-89)

Nascido em Osterode, Prússia Oriental, hoje Ostróda, Polônia, o veterano da 2ª Guerra Mundial Hans Hellmut Kirst escreveu cerca de 60 romances focados na vida militar. Em 1944 fez o Air War College, em Kitzingen. Foi crítico de cinema do jornal Munchner Merhur e da ZDF, emissora de televisão pública, situada em Mainz. Tornou-se autor de best-sellers alemães. Entre suas obras estão “Fábrica dos Oficiais” (1960) e “A Noite dos Generais” (1967).

 

Música Original: Maurice Jarre (1924-2009)

Nascido em Lyon, Maurice-Alexis Jarre iniciou seu aprendizado musical no conservatório de Paris, onde estudou percussão, composição e harmonia. Celebrizou-se, principalmente, por compor trilhas musicais das quais se destacam a parcerias com o diretor David Lean, que lhe renderam três prêmios Oscar: “Lawrence da Arábia” (1962), “Dr. Jivago” (1965) e “Passagem para a India” (1984). Jarre compôs para o teatro, concertos, óperas, balés e gravou seis CDs. Trabalhou também com John Frankeheimer (“O Trem”, 1965), René Clemente (“Paris Está em Chamas?”, 1966), Richard Brooks (“Os Profissionais”, 1966), Anatole Litvak (“A Noite dos Generais”, 1967), Luchino Visconti (“Os Deuses Malditos”, 1969), John Huston (“O Homem que Queria Ser Rei”, 1975), Moustapha Akkad (“O Leão do Deserto”, 1981), Peter Weir (“Sociedade dos Poetas Mortos”, 1989)

 

 

Chomsky: “guerra dos EUA às drogas é fraude para criminalizar os pobres”

Em vídeo conferência realizada no final de dezembro junto a estudantes do ensino básico do colégio Petroc, no condado de Devon na Inglaterra, o linguista norte-americano Noam Chomsky afirmou que “a guerra [dos EUA] contra as drogas é uma fraude, uma fraude total. Não tem nada a ver com as drogas e só resultou na criminalização dos pobres. E os pobres são em sua maioria negros e latinos”.

Em 1986, o presidente Reagan anunciou a “guerra contra as drogas”, que desde então passou a ser tema de doutrina geopolítica. Já em dezembro de 1989 os EUA invadem o primeiro país, o Panamá, sob a argumentação de combate ao narcotráfico.

Chomsky falou da importância de Martin Luther King e do movimento antirracista nos EUA e destacou que nos anos 1960-70, após o país viver um período de crescimento econômico que garantiu a esses segmentos [negros e latinos] algumas melhoras sociais. “Assim, as questões dos negros, bem como dos latinos, começaram a se chocar contra algumas barreiras dentro do país, e houve uma grande reação. Parte da reação resultou em restituir a criminalização da população negra em meados dos anos 1970, e o instrumento utilizado foi ‘combate’ às drogas”.

 

Fonte: Hora do Povo

Equador denuncia que Chevron perpetrou escuta clandestina

Pressionada pela justiça para indenizar os prejudicados pelo vazamento de líquidos tóxicos a Chevron espionou e-mails do presidente Rafael Correa e outras autoridades do Equador

 

A petroleira norte-americana Chevron, em ação clandestina e ilegal, espionou os correios eletrônicos do presidente do Equador, Rafael Correa, visando descobrir e boicotar a estratégia do governo na defesa do país, vítima que foi do desastre ambiental e humano cometido na Amazônia por essa transnacional.

“A Chevron tem ‘hackeado’ os correios eletrônicos do presidente Correa, os meus e os do Procurador Geral do Estado, Diego García Carrión”, denunciou o secretário jurídico da Presidência do Equador, Aléxis Mera, na sexta-feira (10), em entrevista concedida à Gama TV e divulgada pela agência notícias oficial do Equador, ANDES.

Na investigação que vinha sendo realizada pela Promotoria do país andino descobriu-se que a espionagem da Chevron foi facilitada pelo deputado opositor Cléver Jiménez, em cujo gabinete e escritórios encontraram-se também documentos que continham informação sobre as ações que o governo preparava contra a multinacional. “Essa espionagem pôs em perigo o país porque nos correios eletrônicos havia conversações entre Correa e seu advogado que continham políticas de Estado, que implicavam segredo naquele momento. Isso pode comprometer algumas negociações internacionais”, detalhou Mera.

Durante o período em que operou na província de Sucumbíos, no nordeste equatoriano, a Chevron – então com o nome de Texaco – derramou mais de 70 bilhões de litros de águas e lodos tóxicos, contaminando cerca de 450 mil hectares de terreno, causando inúmeros danos ao meio ambiente e à população local, acusando depois os moradores da região de suposta “extorsão criminosa”.

“Este é um dos maiores desastres ambientais que o planeta já sofreu”, declarou o presidente Rafael Correa, reiterando que os danos provocados pela contaminação na Amazônia equatoriana superam os conhecidos casos da British Petroleum no Golfo do México, e da Exxon Valdez, no Alasca, ambos nos Estados Unidos.

A Corte Nacional de Justiça do Equador (CNJ) ratificou em 2013 a sentença da Corte de Sucumbíos, estabelecendo em 8,6 bilhões de dólares a indenização às milhares de pessoas prejudicadas pela irresponsabilidade da Chevron. A transnacional, que já não atua no Equador, age de todas as maneiras, principalmente ilegais, para evitar o pagamento. Nessa tentativa, buscou entregar à Corte de Justiça dos Estados Unidos, que trata da questão, mais de 20 desses correios eletrônicos clandestinamente espionados do presidente Correa, do Procurador e do secretário, no intuito de dar sustentação para sua linha de defesa que é de se passar por “injustiçada”. A Chevron afirma, falsamente, que os poços onde foram jogados os lixos já foram limpos e que suas atividades não são responsáveis por nenhum dos danos causados ao meio ambiente e à saúde pública.

O tribunal norte-americano, porém, considerou que o desgaste seria demasiado e não aceitou como evidência as mensagens interceptadas de forma clandestina, dando ganho assim a Aléxis Mera, que estava representando o país latino-americano. “Eles tiveram que reconhecer que tudo isso eram comunicações privadas, de caráter de assessoria e ganhamos o processo da Chevron nos EUA”, asseverou o secretário jurídico equatoriano.

“’Hackear correios eletrônicos já parece costume. Aconteceu com o Brasil e com a Angela Merkel. Mas, por mais que seja costume, não vamos permitir que façam isso conosco, esses fatos não devem ficar na impunidade”, assinalou o jurista.

Rafael Correa destacou que chegou o momento de estampar a “verdade”, pois a companhia estadunidense está promovendo uma campanha multimilionária para fugir das suas responsabilidades.

 

SUSANA SANTOS

Texto extraído da Hora do Povo – Edição 3.216

Professor e cientista José Eduardo Martinho Hornos

O professor José Eduardo Martinho Hornos, destacado cientista, fundador e dirigente nacional do Partido Pátria Livre (PPL), faleceu na manhã do dia 28 de dezembro passado.

O cientista faleceu em Havana, Cuba, onde se encontrava para tratamento contra um câncer avançado no fígado. No entanto, complicações da doença não permitiram que o professor fosse avaliado a tempo pela medicina cubana.

Formado em Física pela USP e doutorado na Universidade Yale, em New Haven, Connecticut, Estados Unidos, o Prof. Hornos foi um defensor do domínio do Brasil sobre a tecnologia nuclear. Fundou o Centro de Estudos Nucleares Almirante Álvaro Alberto e o Centro de Proteção Ambiental para o Uso de Energia Nuclear, sediado no Espaço Almirante Álvaro Alberto, no Instituto de Física de São Carlos.

O Centro reuniu um grupo de físicos da Universidade de São Paulo, que tem o problema energético brasileiro como foco de suas atividades de Extensão e Serviços à Comunidade. O interesse pelo tema data de março de 2007, quando iniciou as pesquisas sobre armazenamento geológico de combustível usado.

José Eduardo Hornos visitou as instalações nucleares e repositórios em diversos países e preparou estudos de apoio para o programa brasileiro. Foi assíduo pesquisador e colaborador com cientistas chineses na elaboração dos modelos matemáticos para os supercomputadores de última geração.

Foi para os EUA estudar com físicos renomados e voltou ao Brasil para seguir suas pesquisas, sempre militando e participando de toda a luta pela redemocratização do país.

Teórico brilhante dedicou sua vida ao desenvolvimento da ciência no Brasil. Por suas mãos, dezenas de jovens obtiveram sua pós-graduação em física. Foi fundador da ADUSP, da ANDES e por diversas vezes eleito para o Conselho Universitário da USP. Enfrentou com bravura e coragem os problemas de sua vida e da luta do povo brasileiro. Foi dirigente do Movimento Revolucionário 8 de Outubro, organização política na qual ingressou em 1976 na luta contra a ditadura e pela redemocratização do país.

O Zé Edu, ou Prof. Hornos para seus alunos, deixa para sua esposa Tatiana Anjos Hornos, seus filhos, seus amigos e companheiros uma destacada página de lutas e de glórias. Seu corpo foi cremado e suas cinzas trazidas para o Brasil.

 

Fonte: Hora do Povo

Beth Carvalho rebate declaração de Thiaguinho: “O que ele canta não é samba”

A próxima edição do Prêmio da Música Brasileira, que acontece no dia 14 de maio no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, celebra os 25 anos da premiação. “Pela primeira vez, ao invés de homenagear um artista, vamos dedicar a noite a um ritmo, o samba”, conta José Maurício Machline, o idealizador do evento, que conta com o apoio da Vale do Rio Doce.

Ele chamou Beth Carvalho para fazer a curadoria do show. “Fiquei honrada com o convite. Não sou uma profunda conhecedora do samba como o Sérgio Cabral e o Haroldo Costa, mas tenho a prática da vivência”, diz a cantora. Beth reclama dos rumos do ritmo que canta há 48 anos está tomando. “Não está em um momento fértil como já esteve”. E rebate a polêmica declaração do cantor Thiaguinho, que no ano passado disse que mudou a história do samba. “Sem juízo de valores, mas o que ele e os chamados grupos de pagode cantam, pra mim, é uma outra música, não é samba”.

 

Fonte: Bruno Astuto – portal Época

Haddad testa ônibus e inicia implementação de corredor na zona leste

Após visita a Itaquera, prefeito volta ao centro de transporte coletivo; desapropriações para corredor de ônibus foram autorizadas por decreto

 

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), assinou no dia 10, em Itaquera, o decreto que regulamenta o Programa de Incentivos Fiscais para Prestadores de Serviços na Zona Leste, pacote fiscal com o objetivo de dinamizar a economia local.

Após a cerimônia, Haddad tomou o ônibus 4310-10 para retornar ao centro. O trajeto escolhido pelo prefeito vai da estação de transferência de Itaquera ao Terminal Parque Dom Pedro II, uma das principais ligações entre a zona leste e a região central.

Também nesta sexta-feira a prefeitura publicou o decreto que autoriza desapropriações para a construção dos trechos 1, 2 e 3 do Corredor Leste – Radial 1, que criará corredores exclusivos para ônibus com faixa à esquerda no trajeto percorrido por Haddad. A partir de hoje, a prefeitura tem cinco anos para iniciar a desapropriação de sete terrenos e imóveis privados nos bairros da Mooca e do Tatuapé, com o objetivo de abrir espaço para o corredor.

Com previsão de entrega para junho de 2016, o primeiro trecho do corredor terá 12 quilômetros de extensão entre o Terminal Parque Dom Pedro, no centro, e a estação Vila Matilde, na zona leste; o trajeto também permitirá integração nas estações Belém, Tatuapé e Carrão do Metrô. O projeto prevê ainda a construção de um viaduto sobre a linha do Metrô na altura da estação Penha.

A Radial 2 da obra terá cinco quilômetros de extensão e vai interligar com as estações do Metrô Guilhermina, Patriarca e Arthur Alvim – para esse trecho, serão necessárias 76 desapropriações. Já a Radial 3 terá extensão de 14 quilômetros e vai interligar o Terminal Vila Carrão com a Estação Itaquera e necessitará de 828 desapropriações; o projeto contém a construção de 100 habitações populares para reassentamento de famílias.

A obra, com custo estimado de R$ 446 milhões, integra os projetos do PAC-Cidades, do governo federal, e está entre as ações da prefeitura que podem atrasar por conta da ação judicial movida pela Fiesp, que ameaça causar prejuízo de até R$ 4,2 bilhões ao orçamento da cidade. A peça orçamentária de 2014 prevê cerca de R$ 300 milhões para a obra. A RBA entrou em contato com a prefeitura para confirmar a situação do investimento para o corredor de ônibus, mas não houve resposta até o fechamento da matéria.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

 

Sete anos depois, ninguém foi julgado pelas mortes em cratera do metrô de São Paulo

Justiça não conseguiu sequer concluir audiências com testemunhas; prescrições começam em 2015

 

Passados exatos sete anos do desabamento na linha 4/Amarela do metrô de São Paulo, ocorrido em 12 de janeiro de 2007, nenhum dos 14 acusados pelo acidente, que provocou sete mortes, foi levado a julgamento. O processo arrastando-se lentamente pela Justiça paulista, que até agora não conseguiu sequer concluir as audiências com as testemunhas do caso. A perspectiva é de impunidade, já que os crimes começam a prescrever em 2015.

Segundo a promotora Eliana Passareli, que assumiu o processo em 2009, a principal dificuldade está em ouvir as 112 testemunhas de defesa.

“Cada réu tem direito a oito testemunhas. É um problema para ouvi-las, pois cada uma está em um lugar e pode-se trocar testemunhas ou alegar o que quiser”, disse ela, referindo-se ao número de convocações e cartas precatórias – utilizadas para o depoimento de uma testemunha que não pode se deslocar – que não obtiveram retorno. Do outro lado, as 110 testemunhas de acusação já foram ouvidas.

Para a promotora, há um risco real de impunidade. “É possível que o crime prescreva, mas não é possível dizer com exatidão quando isso vai ocorrer porque depende da pena concreta de cada réu, se é que eles serão condenados”, afirmou.

O Código Penal determina que a prescrição de um crime se dá com a passagem do dobro do tempo de pena aplicável a ele. Sendo cada crime considerado isoladamente.

A denúncia do caso está elaborada principalmente sobre a responsabilidade – de caráter culposo – pelo desabamento, do qual resultaram mortes e danos estruturais em pelo menos 66 residências. A punição máxima, nesses casos, é de quatro anos de reclusão. Em 12 de janeiro de 2015, se completarão oito anos, dobro da pena máxima possível. E uma condenação depois disso pode não surtir mais efeito algum.

Para o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino Prazeres, a impunidade do caso está permitindo menor rigor na fiscalização das obras atuais.

“Antes, todas as obras eram fiscalizadas pelos metroviários. Agora, parte das obras dos monotrilhos e mesmo da linha Amarela ficam sob fiscalização da própria empreiteira que está operando. E onde ainda podemos atuar, nosso poder de fiscalização foi bastante reduzido”, afirmou.

Já a preocupação sobre a condenação, também apontada pela promotora, se dá porque a denúncia criminal por responsabilidade no desabamento foi apresentada pelo ex-promotor público Arnaldo Hossepian, hoje procurador do estado, em janeiro de 2009, com base em um laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), feito a pedido do Metrô. E desconsiderou o laudo do Instituto de Criminalística, órgão da Polícia Civil.

A escolha já motivou um pedido de anulação do processo, feito pelos réus Fábio Andreani Gandolfo e Alexandre Cunha Martins. O pedido de liminar foi negado pela Justiça, mas segue para apreciação no julgamento de mérito.

 

Falhas

O laudo do IPT, com 400 páginas, apontou falha nas análises e sondagens do terreno, que começou a ceder com o avanço das escavações no fim de dezembro de 2006. Apesar disso, as obras foram aceleradas e as detonações de explosivos não pararam. A situação exigia avaliações de estabilidade do solo, que também não foram realizadas. Ações que não estavam no projeto, como o aprofundamento de uma rampa, aliada à deficiência na fiscalização dos trabalhos e à inexistência de uma gestão de risco fizeram com que a possibilidade de desabamento não fosse identificada.

Uma reunião entre os responsáveis pela obra chegou a ser realizada no dia 11 de janeiro, em virtude dos problemas estruturais apresentados pela escavação. A única medida definida foi o reforço das paredes do túnel com barras de ferro. Seriam necessárias 345 peças, mas o canteiro só contava com 30. E mesmo essa ação o laudo aponta não ter sido executada completamente.

Apesar do risco reconhecido e da visível instabilidade das escavações, foi realizada ao menos uma explosão de rocha na manhã do dia 12.

Tomadas as providências apontadas pelo IPT, o acidente poderia ter sido evitado, na avaliação do promotor à época da denúncia. Com base nisso, Hossepian denunciou 14 pessoas, por negligência ou imprudência.

O Consórcio Via Amarela contestou o laudo e apresentou um outro documento apontando que o terreno esponjoso e a chuva seriam responsáveis pela instabilidade e pelo consequente desmoronamento.

Do grupo de empreiteiras que formam o Consórcio Via Amarela foram denunciados: Fábio Andreani Gandolfo, diretor do consórcio, responsável pelo acompanhamento da obra; José Maria Gomes de Aragão, engenheiro residente; Alexandre Cunha Martins, também engenheiro; Takashi Harada, gestor de projetos; Murillo Dondici Ruiz, projetista responsável pelo túnel que desmoronou; Alberto Mota, projetista; Osvaldo Souza Sampaio, também projetista; e Luis Rogério Martinati, coordenador de projetos.

Já no Metrô foram denunciados: Marco Antonio Buocompagno, gerente de construção; José Roberto Leite Ribeiro, gerente de construção civil; Cyro Guimarães Mourão Filho, coordenador de fiscalização; Jelson Antonio Sayeg de Siqueira e German Freiberg, ambos fiscais de obras, todos funcionários do Metrô. Um mês após a denúncia, o engenheiro do Metrô Celso da Fonseca Rodrigues foi incluído como réu no processo.

No plano governamental, nenhuma sanção foi aplicada ao Consórcio Via Amarela, pelo então governador José Serra (PSDB).

 

O acidente

Às 15h do dia 12 de janeiro de 2007, uma cratera de 80 metros de diâmetro e 30 de profundidade se abriu no canteiro de obras da estação pinheiros, no túnel sentido estação Faria Lima, engolindo caminhões e materiais no local e também uma parte da rua Capri.

Abigail Rossi, de 75 anos, aposentada, e Cícero da Silva, 58, office-boy, caminhavam pela rua Capri. Francisco Torres, 48, motorista de caminhão, estava trabalhando no canteiro de obras.

No mesmo local, o motorista de lotação Reinaldo Aparecido Leite, 40 anos, o cobrador Wescley Adriano da Silva e os passageiros Valéria Alves Marmit, 37, advogada, e Márcio Alambert, 31, funcionário público, circulavam rumo ao ponto final da lotação, no bairro de Pinheiros, vindos da Casa Verde. Todos foram engolidos pela cratera. A busca pelas vítimas durou 13 dias.

Nas ruas do entorno, 66 casas tiveram sua estrutura abalada pelo acidente.

A empreiteira Odebrecht informou: “Logo após o acidente, as famílias que tiveram parentes vitimados foram indenizadas. O mesmo ocorreu com a maior parte das famílias que tiveram seus bens afetados, com exceção daquelas com as quais o Consórcio não conseguiu chegar a um acordo e que, em razão disso, ingressaram com ações judiciais. Além das indenizações, o Consórcio prestou toda assistência material e psicológica”.

Segundo notícias veiculadas na época, as indenizações ficaram em torno de R$ 100 mil. Mas a informação não foi confirmada pela empreiteira.

A RBA procurou os familiares de vítimas, mas não conseguiu localizá-los. Uma única parente encontrada sintetizou o sentimento das famílias. “Falar o que meu filho? Depois de tanto tempo, a gente só queria justiça, mas nem isso eu acredito mais”, disse.

Quando a estação Pinheiros foi inaugurada, familiares foram exigir do governador Geraldo Alckmin (PSDB) que fosse colocada uma placa no local em memória às vítimas. O pedido nunca foi atendido.

 

A obra

A linha 4 – Amarela do Metrô de São Paulo começou a ser construída em setembro de 2004 e a previsão era de que fosse entregue em 2008. No entanto, as duas primeiras estações – Faria Lima e Paulista – foram entregues somente em 25 de maio de 2010. Até agora, são somente cinco estações operando: Luz, Pinheiros, Butantã, além das duas outras citadas.

As estações Oscar Freire, Fradique Coutinho e Higienópolis-Mackenzie estão prometidas para este ano. São Paulo-Morumbi e Vila Sônia não têm previsão de entrega.

O Consórcio Via Amarela é formado pelas empreiteiras Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. O sistema de construção é uma Parceria Público Privada, em que a iniciativa privada realiza a construção e recebe a concessão do serviço por 30 anos. Além disso, o valor para construção é pago pela obra completa, ou seja, se as empresas concluírem o processo antes do estimado, o ganho é delas.

O processo é alvo de muitas críticas, justamente por colocar em risco a integridade da obra em nome do lucro.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

 

Etecs divulgam lista de classificação no vestibulinho 2014

A lista de classificação geral dos candidatos que participaram do processo seletivo das Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) para o 1º semestre de 2014 já está no site  www.vestibulinhoetec.com.br. A informação será também divulgada na Etec em que o candidato pretende estudar.

A relação inclui quem se inscreveu no Ensino Médio, Ensino Técnico Integrado ao Médio, nos demais cursos do Ensino Técnico e no processo de avaliação e certificação de competências para acesso às vagas remanescentes do 2º módulo.

Os convocados devem fazer a matrícula em horário definido pela unidade de ensino nos dias relacionados abaixo, desde que não seja feriado municipal na cidade onde a Etec está localizada:

 

– 13 e 14 de janeiro: 1ª lista de convocação e matrícula;

– 15 e 16 de janeiro: 2ª lista de convocação e matrícula;

– 17 de janeiro: 3ª lista de convocação e matrícula;

– 20 de janeiro: 4ª lista de convocação e matrícula;

– 21 de janeiro: 5ª lista de convocação e matrícula.

 

Matrícula

A matrícula dos convocados dependerá da apresentação dos seguintes documentos:

 

– requerimento de matrícula – será fornecido pela Etec – preenchido e assinado. Se o candidato tiver menos de 16 anos no momento da matrícula, caberá a seu responsável legal assinar o documento;

– cópia simples com apresentação do original ou autenticado em cartório da cédula de identidade (RG) ou da cédula de identidade de estrangeiro (RNE), da carteira nacional de habilitação com foto dentro da validade, do CPF ou documento expedido por ordem ou conselho profissional, como OAB, Crea, Coren e CRC;

– duas fotos 3×4 recentes e iguais.

Quem concluiu o Ensino Fundamental regular, deve levar também cópia simples com apresentação do original do histórico escolar com certificado de conclusão do Ensino Fundamental; ou documento original da declaração de conclusão do Ensino Fundamental, assinada por agente escolar da escola de origem, contendo a data em que o certificado e o histórico serão emitidos. Estes documentos são dispensáveis para a matrícula no 1º módulo dos cursos técnicos

 

Quem concluiu ou estiver estudando o Ensino Médio regular, deve levar cópia simples com apresentação do original do histórico escolar com certificado de conclusão do Ensino Médio; ou documento original da declaração de conclusão do Ensino Médio, assinada por agente escolar da escola de origem, ou declaração que está matriculado a partir da 2ª série do Ensino Médio.

Quem concluiu ou estiver estudando o Ensino de Educação de Jovens e Adultos – EJA (supletivo) ou o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos – Encceja, deve levar cópia simples com apresentação do original do histórico escolar com certificado de conclusão do Ensino Médio, ou do boletim de aprovação do Encceja emitido e enviado pelo MEC, ou certificado de aprovação do Encceja em duas áreas de estudos avaliadas, emitido e enviado pelo MEC, ou documento que comprove a eliminação de no mínimo quatro disciplinas; ou documento original da  declaração de conclusão do Ensino Médio, firmada pela direção da escola de origem, contendo a data em que o certificado e o histórico serão emitidos,  ou  da declaração que está matriculado a partir do 2º semestre da EJA.

Para o candidato que realizou o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) – certificado ou declaração de conclusão do Ensino Médio, expedido pelos Institutos Federais ou pela Secretaria  de Educação do Estado.

O candidato que ingressou no Sistema de Pontuação Acrescida pelo item escolaridade pública deverá, obrigatoriamente, levar a cópia simples com apresentação do original da declaração escolar ou do histórico escolar, contendo o detalhamento das séries cursadas e o nome da escola, para comprovar que cursou integralmente da 5ª a 8ª série ou do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental em instituições públicas.

 

Fonte: Uol

Projeto Tamar desenvolve trabalhos de pesquisa, conservação e educação ambiental

A Petrobras é a patrocinadora oficial do Projeto Tamar desde 1983. O objetivo do projeto é a preservação das tartarugas marinhas ao longo da costa brasileira. Coordenado pelo Ibama, o Tamar possui 22 estações de proteção em mais de mil quilômetros de costa. Durante esses anos de trabalho, protegeu e liberou ao mar mais de 9 milhões de filhotes.

O projeto desenvolve pesquisas e ações com o objetivo de afastar a ameaça de extinção, sendo referência mundial na preservação de tartarugas marinhas.

Participam diretamente do projeto 1.300 pessoas, entre pescadores e moradores das localidades beneficiadas. Além de gerar empregos para as comunidades costeiras, o Tamar desenvolve um intenso programa de educação ambiental e ação social, promovendo a melhoria de qualidade da população.

Durante seus trinta e três anos de existência, o Projeto Tamar se tornou referência mundial, participando de inúmeros eventos internacionais/nacionais e publicando artigos nos principais veículos voltados para as suas linhas de trabalho com pesquisa, conservação e educação ambiental.

 

Veja o vídeo Projeto Tamar – Lições que vêm do mar – Petrobras

 

Fonte: Petrobrás e portal Tamar

Dica de Leitura: “Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles

Cecília Meireles, profundamente tocada pela saga de Tiradentes e os ideais da Inconfidência Mineira, escreveu uma das obras-primas da nossa literatura, o “Romanceiro da Inconfidência”. Captando com extrema sensibilidade o sentimento popular – o que transparece na escolha do tipo de verso que usa, que lembra todo tempo o cancioneiro popular – Cecília transmitiu, mais do que o heroísmo e a indignidade da traição, a identidade que sempre houve entre Tiradentes e o povo – e entre este e o seu herói. Abaixo, trechos desse poema narrativo escrito em 1953:

 

“Ele era o Alferes Tiradentes,

enforcado naquela praça:

muitas coisas não se compreendem,

tudo se esquece, tempo passa…

mas essa crisólita, sempre,

parece diamante sem jaça”

 

 

“Ó grandes muros sem eco,

presídios de sal e treva

onde os homens padeceram sua vasta solidão…

 

Não choraremos o que houve,

nem os que chorar queremos:

contra rocas de ignorância

rebenta a nossa aflição.

 

Choramos esse mistério,

esse esquema sobre-humano,

a força, o jogo, o acidente

da indizível conjunção

que ordena vidas e mundos

em pólos inexoráveis

de ruína e de exaltação.

 

Ó silenciosas vertentes

por onde se precipitam

inexplicáveis torrentes,

por eterna escuridão!”

 

Fontes: Hora do Povo e Livraria Cultura