Nazareno Godeiro: entreguistas querem dar pré-sal de Libra às famílias Rochefeller e Rotschild por 0,1% do valor
Veja abaixo o vídeo produzido pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), publicado no portal Viomundo:
Veja abaixo o vídeo produzido pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), publicado no portal Viomundo:
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) comunicou na quinta-feira (12) ao Plenário do Senado a apresentação de projeto de decreto legislativo que susta o edital do leilão do Campo de Libra, localizado na camada de pré-sal. Requião apontou que a Petrobras foi alvo de espionagem do governo norte-americano e denunciou irregularidades no leilão, marcado para o dia 21 de outubro.
Também assinam o projeto os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Clique aqui e ouça o pronunciamento do Senador
Veja abaixo a íntegra do projeto e a justificativa de Roberto Requião:
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2013
Susta as Resoluções nºs 4, de 22/05/2013, e 5, de 25/06/2013, do Conselho Nacional de Política Energética, a Portaria MME nº 218, de 20/06/2013, e o Edital de Licitação para outorga do Contrato de Partilha de Produção e respectiva minuta de contrato, publicados no DOU do dia 03/09/2013.
O CONGRESSO NACIONAL, no uso de suas atribuições e, com fundamento no artigo 49, inciso V, da Constituição Federal, Decreta:
Art. 1o. Ficam sustados as Resoluções nºs 4, de 22/05/2013, e 5, de 23/06/2013, do Conselho Nacional de Política Energética, a Portaria MME nº 218, de 20/06/2013, o Edital de Licitação para outorga do Contrato de Partilha de Produção e a minuta de Contrato de Partilha de Produção para exploração e produção, elaborados igualmente pela Agência Nacional de Petróleo, publicados no DOU do dia 03/09/2013.
Art. 2º. Este Decreto Legislativo entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICATIVA
O Brasil precisa encontrar formas de equacionar sua necessidade de obter receitas que não sejam através de leilões, pois a Petrobrás domina a tecnologia, tem os recursos necessários e já descobriu mais de 60 bilhões de barris no pré-sal: Tupi – 9 bilhões; Iara – 4 bilhões; Franco – 9 bilhões; Carioca – 10 bilhões; Sapinhoá – 2 bilhões; Libra 15 bilhões; Área das baleias (ES) – 6 bilhões; outros menores – 5 bilhões.
Estas descobertas somadas aos 14,2 bilhões existentes antes do pré-sal dão ao País uma auto-suficiência superior a 50 anos.
Assim, o País pode, de forma mais racional e em seu interesse, explorar todo o pré-sal sem açodamento.
Nenhum país soberano, independente, leiloa petróleo já descoberto. Aliás, Woodrow Wilson, ex-presidente dos EUA dizia: “A Nação que possui petróleo em seu subsolo e o entrega a outro país para explorar não zela pelo seu futuro”.
Aqui não se trata nem mais de explorar, mas de desenvolver a produção de campo perfurado, testado e comprovado.
O campo de Libra foi adquirido pela Petrobrás para aumentar o seu capital por participação da União através da cessão onerosa de 7 blocos para a Petrobras por conta da Lei 12.276/10, onde deveria extrair os estimados 5 bilhões de barris.
A Petrobrás pagou à União por estes blocos.
Quando perfurou o campo de Franco, encontrou reserva de 9 bilhões de barris; quando perfurou Libra, achou reserva da ordem de 15 bilhões de barris, o que ultrapassou o limite dos 5 bilhões de barris.
Junto com o campo de Franco, que lhe é interligado, revelaram reservas de cerca de 24 bilhões de barris.
Esta sem dúvida é uma área de energia do mais alto interesse estratégico para o País, e pela Lei 12.351/10, em seu artigo 12º, a ANP deveria negociar um contrato de partilha com a Petrobrás dos 19 bilhões excedentes aos 5 bilhões cedidos, mantendo essa riqueza no País para o bem do povo brasileiro.
Ao invés disto, a ANP tomou o campo da Petrobrás e o está leiloando. É algo inédito no mundo.
Nem país militarmente ocupado leiloa petróleo já descoberto.
A Petrobrás não foi ressarcida das perfurações de Libra e Franco e nem é isso o que se busca, mas tal fato corrobora a afirmativa de vários diretores de que Libra fez parte da cessão onerosa.
Assim a Petrobrás terá que desembolsar de imediato R$ 4,5 bilhões para ficar com 30% do campo, ou R$15 bilhões para ficar com 100% de um campo que já lhe pertencia.
Para se ter uma ideia, R$4,5 bilhões é o valor de um sistema de produção FPSO com capacidade para 200 mil barris por dia e que a empresa poderia estar comprando para produzir Libra.
É importante colocar os números em jogo: o governo pode receber algo da ordem de grandeza de R$15 bilhões, que pode dobrar, mas o valor recuperável que o Campo de Libra guarda é de R$1.650 bilhões, mais de dez vezes, que deixarão de estar sob o controle do Brasil e mesmo supondo que metade retorne ao País pela Lei de Partilha, o Brasil ainda assim perderia para as empresas estrangeiras R$800 bilhões.
A Lei 12.351/2010, em seu artigo 18º, estabelece um percentual fixo do excedente em óleo, a ser pago à União Federal para definir o vencedor do leilão.
No entanto, a Agência Nacional do Petróleo estabeleceu, por conta da Portaria do CNPE, uma variação desse percentual em função da produção diária por poço (unidade de produção) e do preço do petróleo sem que haja dispositivo legal que dê cobertura a esta atitude.
E foi além: o edital criou a possibilidade de o produtor levar grande vantagem sobre a União.
A tabela publicada na pagina 41 do edital explicita esse risco: quando as condições são muito favoráveis a ambos (produção por poço superior a 24000b/dia e o preço barril acima de US$170), o consórcio cede 3,9% do seu percentual para a União.
Por outro lado, quando as condições forem muito desfavoráveis, para ambos, (produção por poço abaixo de 4000 barris por dia e o preço do petróleo abaixo de US$60), a União abre mão de 26,9% do seu percentual de óleo lucro em favor do Consórcio.
Ou seja, o risco é todo da União.
O consórcio é ressarcido de tudo.
O bônus de assinatura estabelecido, de R$15 bilhões, por lei não pode ser ressarcido em nenhuma hipótese.
No entanto, a resolução número 5 do Conselho Nacional de Política Energética e o contrato de partilha elaborado pela ANP dizem que o Bônus de assinatura será considerado no cálculo do custo em óleo.
Isto significa que o bônus será abatido da parcela que o consórcio vai pagar à União, ou seja, o bônus será compensado ao longo do contrato. Isto fere a Lei 12.351/2010.
A ANP estabeleceu no edital a exigência de “operador A” para todos os consórcios concorrentes.
Por lei, a Petrobrás é a operadora única dos campos do pré-sal.
Logo esta exigência é descabida e cria uma ameaça: o Governo vem impondo à Petrobrás obrigação de importar derivados no mercado internacional e repassá-lo para as distribuidoras internacionais, suas concorrentes, a preços bem menores.
Isto vem estrangulando a Petrobrás, financeiramente, de modo a inviabilizar a sua atuação no pré-sal, entregando todo o petróleo para o cartel internacional, em detrimento do povo brasileiro, dono dessa riqueza.
Erra o Governo em obrigar e erra Petrobrás em obedecer.
Ambos ferem a lei das S.A, a Lei 6.404/1976.
E a Petrobrás ainda transgride o seu regulamento, que proíbe este tipo de lesão aos seus acionistas não controladores, hoje, detentores de 52% do seu capital social.
Alem do mais, lembramos que as multinacionais exportam o óleo bruto, o que gera prejuízo para o País.
Só de impostos, a perda é de 30%, devido à isenção de impostos de exportação pela Lei Kandir.
Não refinar no país significa empregos perdidos aqui e geração no exterior com a construção e operação de refinarias.
O edital estabeleceu um percentual mínimo de 41,65% do óleo lucro, de um campo já descoberto, testado e comprovado.
É uma aberração se considerarmos que os países exportadores ficam com a média de 80% e o Abu Dabi, segundo o ministro Lobão, fica com 98%.
Ora, o maior campo do mundo atual, descoberto, testado e com risco zero não pode ser leiloado nem ter um percentual mínimo tão baixo.
Os artigos 2º (2.8.1) e 6º (6.3) do contrato de partilha do leilão de Libra rezam que os royalties pagos serão ressarcidos em petróleo.
Isto é expressamente vedado pelo artigo 42 § 1º da Lei 12.351/2010.
Portanto o contrato desrespeita frontalmente a legislação.
A Agencia Nacional do Petróleo e Biocombustíveis publicou o texto final do Edital e do Contrato referentes ao leilão de Libra antes do parecer do TCU.
Ora, pela Constituição, o TCU é o órgão que representa o poder legislativo nas funções de fiscalização contábil, financeira e patrimonial da administração direta quanto à legalidade, legitimidade, economicidade e renuncia de receitas.
Ocorre que o edital e o contrato, conforme já mencionado, contêm artigos que favorecem os consórcios em detrimento da União.
Os elementos arrolados acima já seriam suficientes para a suspensão dos atos aqui contestados, situação que se agrava diante da recente divulgação de espionagem sobre informações estratégicas da Petrobras, realizada pelo governo norte-americano.
É de conhecimento geral que nos computadores da Petrobrás se encontram dois tipos de informações estratégicas, imensamente cobiçadas por suas concorrentes: a tecnologia de exploração em águas profundas, o acesso em tempo real das análises geológicas das características físicas e econômicas dos poços e onde existem mais áreas com potencial de produção de petróleo óleo no pré-sal.
A obtenção ilegal de informações estratégicas da Petrobrás beneficia, por óbvio, suas concorrentes no mercado internacional de petróleo, dentre as quais a norte-americanas Chevron e Exxon, a inglesa British Petroleum e anglo-holandesa Shell.
Se o conjunto de irregularidades detectadas nos atos normativos do certame já eivavam o processo de vícios insanáveis, a comprovação da espionagem norte-americana nos arquivos e comunicações da Petrobrás agride a soberania nacional e compromete irremediavelmente a realização do pretendido leilão.
Na eleição de 2010 a presidente Dilma declarou enfaticamente que o pré-sal era nosso passaporte para o futuro e que entregar o pré-sal era perder dinheiro necessário ao nosso desenvolvimento.
O Leilão dos campos do pré-sal, particularmente o de Libra, que não tem mais qualquer risco, é pura entrega.
E o ex-presidente Lula, por ocasião do anúncio da descoberta do pré-sal afirmou que o pré-sal era um patrimônio da Nação e não era para ser entregue a meia dúzia de empresas.
À vista disso, cabe ao Congresso Nacional impedir a realização do referido leilão.
Sala das Sessões, em de setembro de 2013.
Senador ROBERTO REQUIÃO
Senador PEDRO SIMON
Senador RANDOLFE RODRIGUES
Informações: Viomundo e Agência Brasil
No próximo sábado, 14/09, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “A Batalha da Rússia”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca!
A BATALHA DA RÚSSIA
Frank Capra, Anatole Litvak (1943), EUA, 82 min.
Sinopse
Síntese da epopeia escrita pelo povo soviético e o Exército Vermelho, durante a 2ª Guerra Mundial, o filme parte dos antecedentes da invasão nazista à URSS e prossegue até a vitória soviética em Stalingrado, que marcou, em 2 de fevereiro de 1943, a virada nos rumos da guerra, obrigando os nazistas a passarem da ofensiva à defensiva.
“A Batalha da Rússia” é o quinto documentário da série “Why We Fight”, também composta por “Prelúdio de Uma Guerra” (1942), “Ataque Nazista” (1943), “Dividir e Conquistar” (1943), “Batalha da Inglaterra” (1943), “Batalha da China” (1944) e “War Comes To America” (1945), produzida pelo Exército dos EUA e supervisionada por Frank Capra.
Direção: Frank Capra (1897-1991), Anatole Litvak (1902-74)
Francesco Rosario Capra nasceu na Sicília, mas se consagrou como cineasta nos EUA. Desembarcou no país com sua família em 1903, tornando-se cidadão norte-americano em 1920. Entre 1926 e 27, estreou na direção com três filmes de sucesso estrelados pelo comediante Harry Langdon. Nos próximos dez anos, dirigiria 25 filmes para a Columbia Pictures.
Antes de se estabelecer como diretor de comédias sociais, Capra se tornou conhecido como um eficiente artesão de produções rentáveis. A partir da Década de 30, seus filmes compõem um penetrante painel do New Deal, a reação da sociedade à Grande Depressão, ao retratarem homens simples lutando para defender seus valores contra capitalistas gananciosos e instituições corruptas.
Frank Capra dirigiu 54 filmes, entre os quais “Loucura Americana” (1932), “Dama por um Dia” (1933), “Aconteceu Naquela Noite” (1934), “O Galante Mr. Deeds” (1936), “Do Mundo Nada se Leva” (1938), “A Mulher Faz o Homem” (1939), “Meu Adorável Vagabundo (1941), “Esse Mundo é um Hospício” (1944), “A Felicidade Não se Compra” (1946). Engajou-se também na realização de documentários que popularizaram a política de Roosevelt em relação à 2ª. Guerra Mundial. Ao longo da vida, Capra foi homenageado com seis estatuetas do Oscar e recebeu o Leão de Ouro (Festival de Veneza, 1982), em reconhecimento à sua carreira.
Mikhail Anatol Litvak nasceu em Kiev, Ucrânia. Em 1915, começou a trabalhar como ajudante e depois como ator em um teatro de São Petersburgo. Após a Revolução, foi assistente de direção no estúdio Nordkino Leningrado e, em pouco tempo, começou a dirigir curtas. Em 1925, partiu para Berlim, trabalhou na edição do filme de Georg Wilhelm Pabst, “Rua das Lágrimas” (1925), e realizou seu primeiro longa, “Dolly Macht Karriere” (1930). Com a ascensão do nazismo, mudou-se para a França e dirigiu cinco películas, entre as quais o sucesso internacional “Mayerling” (1936). De 1937 a 1941, atuou nos EUA como diretor contratado da Warner, realizando “The Woman I Love” (1937), “Nobres Sem Fortuna” (1937), “Confissões de um Espião Nazista” (1939), “Tudo Isto e o Céu Também” (1940) e “Dois Contra uma Cidade Inteira” (1940). Dirigiu com Frank Capra a série “Why We Fight”. Ao final da guerra (com patente de Coronel), realizou “Uma Vida Por Um Fio” e “A Cova da Serpente” (ambos de 1948). Radicou-se em Paris no início dos anos 50. O penúltimo dos 41 filmes que dirigiu foi “A Noite dos Generais” (1967).
Argumento Original: Julius Epstein (1909-2000), Philip Epstein (1909-1952)
Os gêmeos Julius e Philip Epstein nasceram em Nova York. Ambos se formaram em 1931, pela Universidade da Pensilvânia. A parceria entre os dois foi frequente tanto na produção de argumentos originais quanto na de roteiros adaptados de vários sucessos de Hollywood como “Casablanca” (Michael Curtiz, 1942), pelo qual os irmãos e o dramaturgo Howard Koch ganharam um Oscar. A dupla também assina os roteiros de “Quatro Filhas” (Michael Curtiz, 1938), “Quatro Esposas” e “Daughters Courage” (ambos de Michael Curtiz, 1939), “Satã Janta Conosco” (Willliam Keighley, 1942), “Este Mundo É um Hospício” (Frank Capra, 1944), “A Última Vez que Vi Paris” (Richard Brooks, 1954) e “Os Irmãos Karamazov” (Richard Brooks, 1958). Todos os filmes da série “Why we Fight” tiveram a participação de Julius e Philip Epstein como roteiristas.
Em 1952, no auge da caça as bruxas, Jack Warner entregou os nomes dos Irmãos Epstein ao Comitê de Atividades Antiamericanas. Eles não foram convocados para depor. Nos questionários previamente enviados pela comissão, quando inquiridos se já tinham sido membros de uma “organização subversiva”, eles escreveram: “Yes. Warner Brothers.”
Música Original: Dimitri Tiomkin (1894-1979)
O maestro ucraniano Dimitri Zinovievich Tiomkin é considerado um dos mais importantes compositores do cinema americano. Educado no Conservatório de São Petersburgo, mudou-se para Nova Iorque em 1925 e depois para Hollywood, em 1930. Sua grande chance veio em 1937, com o convite de Frank Capra para criar a música de “Horizonte Perdido”. Compôs também as trilhas de diversos clássicos, como “A Felicidade Não se Compra” (Frank Capra, 1946), “Do Mundo Nada se Leva” (Frank Capra, 1948), “Rio Vermelho” (Howard Hawks, 1948), “Matar Ou Morrer” (Fred Zinnemann, 1952), “Disque M para Matar” (Alfred Hitchcock, 1954), “Um Fio de Esperança” (William A. Wellman, 1954), “Assim Caminha a Humanidade (George Stevens, 1956), “Rio Bravo” (Howard Hawks, 1959), “Os Canhões de Navarone” (J. Lee Thompson, 1961). Recebeu 22 indicações para o Oscar. Seu último trabalho cinematográfico foi realizado para a produção soviética “Tchaikovsky” (Igor Talankin, 1970).
A UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo), que representa os 4 milhões de estudantes de ensinos fundamental, médio e educação profissional da capital, manifesta apoio à reforma educacional anunciada pelo prefeito da cidade, Fernando Haddad, e pelo secretário de Educação, César Callegari, o Programa Mais Educação São Paulo, que põe fim à aprovação automática no ensino público municipal.
O fim desse nefasto mecanismo foi a principal bandeira debatida e aprovada em nosso 22º Congresso, realizado em 2012, que discutiu, em centenas de escolas de São Paulo, os principais problemas da educação.
Afirmamos, na ocasião, e reafirmamos nas ruas durante o último período, que é imprescindível, no processo de ensino, a ideia-força: EXERCITAR e AVALIAR, assim como professores garantidos de autonomia e autoridade.
Defendemos em nossa tese do Congresso, “uma efetiva cobrança da aplicação político-pedagógica de exercitar e avaliar até o alcance de resultados satisfatórios, com alunos recebendo as teorias disciplinares e as exercitando incessantemente até a sua compreensão, em sala, com o apoio do mestre. Alunos com deveres de casa, exercitando a matéria dada na aula e estimulados a integrarem esta atividade com os pais ou responsáveis”.
É elogiável, no plano apresentado pela Prefeitura, a abolição da aprovação automática com o advento de uma avaliação sistemática e comprometida dos educandos, restituindo a autoridade dos professores.
Também merece ser ressaltada a busca pela retomada da ideia-força EXERCITAR/AVALIAR, estimulando os alunos nos deveres de casa e proporcionando aos professores condições pedagógicas de cobrar o exercício realizado aferindo nota avaliativa da performance deste aluno, podendo identificar assim as insuficiências do educando ou até mesmo do próprio educador, tornando ainda possível o acompanhamento de pais e responsáveis que mergulham com seus filhos no processo de desenvolvimento de novos cidadãos plenos do direito a uma educação pública gratuita e de qualidade.
Parabenizamos, portanto, a Prefeitura, através de seu secretário de Educação, salientando que, para nós, representa uma vitória ver nossas bandeiras serem apresentadas em um projeto de governo, confiantes na sua ampliação para a esfera estadual e para outros municípios e estados do país.
Saudações Estudantis
Rodrigo Lucas Paulo
Presidente
Veja, nos links abaixo, notícias e vídeos sobre o programa da Prefeitura:
Prefeitura de SP lança projeto que cria três ciclos no ensino fundamental
Plano de educação de Haddad aumenta rigor sobre alunos
Proposta do prefeito agrada docente que quer mais poderes
Após 21 anos, alunos de São Paulo terão lição de casa, nota e boletim
Reportagem divulgada no Fantástico de domingo (08/09) revela que a Petrobras foi espionada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
Na semana passada, a presidente Dilma havia alertado que o principal alvo das espionagens dos Estados Unidos é o pré-sal. Na reportagem, especialistas também apontam que o interesse dos EUA está voltado paras as áreas do pré-sal, principalmente o Campo de Libra, o maior já descoberto em todo o mundo. Com isso, fica sob suspeita o leilão de Libra marcado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para outubro.
Na última quinta-feira, 5, milhares de pessoas tomaram a Avenida Paulista contra o leilão. A manifestação foi organizada pela CUT, FUP, CGTB, MAB, MST, UNE, além de diversas outras entidades.
Clique aqui e assista a reportagem do Fantástico.
Abaixo, a matéria publicada no site da Globo:
A reportagem exibida neste domingo (8) aponta que a rede privada de computadores da estatal brasileira foi invadida pela NSA, informação que contradiz a posição oficial da agência, dada ao jornal “The Washington Post”, onde afirmou não fazer espionagem econômica de nenhum tipo, incluindo o cibernético.
Os dados sobre a empresa estão em documentos vazados por Edward Snowden, analista de inteligência contratado pela NSA, que divulgou esses e outros milhares de registros em junho passado. O jornalista Glenn Greenwald foi quem recebeu os papéis das mãos de Snowden. A Petrobras não quis comentar o caso. A NSA nega espionagem para roubar segredos de empresas estrangeiras.
Na última semana, o Fantástico já havia divulgado que a presidente Dilma Rousseff e o que seriam seus principais assessores foram alvos diretos de espionagem da NSA.
O novo documento é uma apresentação que recebeu a classificação “ultrassecreta” e que foi elaborada em maio de 2012, para ensinar novos agentes a espionar redes privadas de computador – redes internas de empresas, governos e instituições financeiras e que existem, justamente, para proteger informações.
O nome da Petrobras, a maior empresa do Brasil, aparece logo no início do documento mostrado pelo Fantástico, com o título “Muitos alvos usam redes privadas”.
Não há informações sobre a extensão da espionagem, nem se a agência americana conseguiu acessar o conteúdo guardado nos computadores da empresa. O que se sabe, segundo a reportagem, é que a Petrobras foi alvo de espionagem, mas não há informações a respeito dos documentos que a NSA buscava.
Este tipo de informação é liberado apenas para quem os americanos chamam de “Five eyes” (cinco olhos, na tradução literal), termo utilizado para se referir aos cinco países aliados na espionagem: EUA, Inglaterra, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
O nome da Petrobras aparece em vários slides. Além da estatal, estão listados também como alvos da NSA a infraestrutura do Google, o provedor de e-mails e serviços de internet da companhia. A empresa, que já foi apontada como colaboradora da agência norte-americana, desta vez aparece como vítima.
As redes privadas do Ministério das Relações Exteriores da França e da Swift (Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Globais, na tradução do inglês), cooperativa que reúne mais de 10 mil bancos de 220 países, também foram analisadas. Qualquer remessa de recursos que ultrapassa fronteiras nacionais necessita ser analisada pela Swift.
Nomes de outras empresas e instituições que também passaram por espionagem foram apagados para não comprometer operações que, segundo a reportagem, envolvam alvos ligados ao terrorismo.
Para cada alvo há uma pasta que reúne todas as comunicações interceptadas e os endereços de IP – a identificação de computadores ligados à rede privada – que deveriam estar imunes a esses ataques.
De acordo com Greenwald, esses documentos trazem informações de segurança nacional que não devem ser publicadas, por isso os vetos aos nomes. “Ninguém tem dúvida que os Estados Unidos, assim como todos os outros países, têm direito de fazer espionagem para garantir a segurança nacional. Mas tem muito mais informações (…) sobre espionagem contra inocentes ou contra pessoas que não têm nada a ver com terrorismo ou questões industriais”, explica.
Espionagem pode ter durado muito tempo
De acordo com Paulo Pagliusi, doutor em segurança da informação e autor de um livro sobre o tema, todas as redes privadas apresentadas nos documentos da NSA exibidos pelo Fantástico são de empresas reais, não são casos fictícios.
“Tanto é que tem algumas coisas que chamam a atenção. Por exemplo, havia alguns números que estavam tapados. Por que eles estariam tapados se não fosse um caso real e não queriam que os alunos tivessem conhecimento”, questiona o especialista. Ainda segundo Pagliusi, tais informações podem ter sido obtidas no decorrer de um longo período, com a ajuda de um sistema de espionagem “muito eficaz”, que gera um resultado “muito poderoso”.
Segundo a reportagem do Fantástico, o faturamento anual da Petrobras é de mais de R$ 280 bilhões, maior do que a arrecadação de muitos países. A estatal brasileira tem ainda dois supercomputadores utilizados para as chamadas pesquisas sísmicas, que avaliam as reservas de petróleo a partir de testes feitos em alto mar. Com esta tecnologia a empresa conseguiu mapear o pré-sal, a maior descoberta recente de novas reservas de petróleo no mundo.
A rede privada de computadores da empresa também guarda informações estratégicas associadas a negócios que envolvem bilhões de reais. Por exemplo, detalhes de cada lote de leilão marcado para outubro, que é a exploração do Campo de Libra, na Bacia de Santos, parte do pré-sal.
Segundo Roberto Villa, ex-diretor da Petrobras, o leilão de Libra é o maior da história do petróleo. “É um leilão de uma área que já se sabe que tem petróleo, não tem risco. [Se essa informação vazou], alguém vai ter vantagem. Eventualmente, se essa informação vazou e alguém dispõe dela, ele vai numa posição muito melhor no leilão. Ele sabe onde carregar mais e onde nem carregar. É um segredinho bom”, explica Villa.
Para Antônio Menezes, também ex-diretor da estatal brasileira, o possível vazamento de informações sobre o campo do pré-sal é muito grave e impactaria o mercado internacional. “Comercialmente, o efeito internacional disso aí é de uma concorrência com carta marcada pra alguns lugares, alguns países, para alguns amigos”, disse.
Questionado pela reportagem sobre quais informações sigilosas da Petrobras poderiam ter sido procuradas, Adriano Pires, especialista em infraestrutura, disse que, se fosse espião, buscaria principalmente aquelas ligadas à tecnologia de exploração de petróleo no mar.
“A Petrobras é a [empresa] número um no mundo em explorar petróleo no mar. E o pré-sal existe em qualquer lugar do mundo: na África, no Golfo americano, no Mar do Norte. Então, se eu detenho essa tecnologia, posso tirar [petróleo do] do pré-sal onde eu quiser”, afirma o especialista.
Como funciona
Na apresentação da Agência de Segurança Nacional dos EUA, aparecem documentos preparados pela Agência de Espionagem da Inglaterra, aliada dos americanos em questões de espionagem.
Os registros feitos pelos ingleses mostram como funcionam dois programas: “Flying Pig” e “Hush Puppy”, que monitoram as redes privadas por onde trafegam as informações que deveriam ser seguras. Essas redes são conhecidas pela sigla TLS/SSL.
As redes TLS/SSL são também o sistema de segurança usado em transações financeiras, como, por exemplo, quando alguém acessa seu banco por um caixa eletrônico. A conexão entre o ponto remoto e a central do banco trafega por uma espécie de túnel protegido na internet: o que passa por ele ninguém poderia ver.
A apresentação da NSA explica ainda como a interceptação das informações é realizada. De acordo com o documento, a espionagem é feita por meio de um ataque à rede de computadores conhecido como “man in the middle” (ou homem no meio, na tradução do inglês). Nesse caso, os dados são desviados para a central da NSA e, depois, chegam ao destinatário, sem que ninguém fique sabendo.
Os documentos divulgados por Snowden também listam os resultados obtidos na espionagem. Segundo a reportagem, com o sistema de espionagem, a NSA encontrou dados de redes de governos estrangeiros, companhias aéreas, companhias de energia, como a Petrobras, e organizações financeiras.
A apresentação da NSA mostra ainda, com detalhes, como os dados de um “alvo” escolhido por eles vão sendo desviados, passando por filtros de espionagem desde a origem, até chegar aos supercomputadores da agência norte-americana.
Em um dos registros divulgados por Snowden e obtido pelo Fantástico, a NSA diz que a América Latina é alvo chave do programa “Silverzephyr”. O programa registra metadados, o total de informações que trafega na rede, e o conteúdo de gravações de voz e fax.
Dilma cobrou explicações de Obama
No último domingo (1º), o Fantástico mostrou como a presidente do Brasil foi alvo direto de espionagem (veja vídeo ao lado). Na última quinta-feira (5), Dilma se reuniu com o líder político norte-americano, Barack Obama, durante o encontro dos 20 países mais desenvolvidos do mundo (o G-20), na Rússia, e cobrou explicações.
“O que eu pedi é o seguinte: eu acho muito complicado ficar sabendo dessas coisas pelo jornal. Eu quero saber o que há. Se tem ou não tem, eu quero saber. Tem ou não tem? Além do que foi publicado pela imprensa, eu quero saber tudo que há em relação ao Brasil. Tudo. Tudinho. Em inglês, everything”, disse Dilma a jornalistas.
Na última sexta-feira (6), Dilma afirmou que Obama se comprometeu a dar explicações sobre as denúncias de espionagem dos EUA até a próxima quarta-feira (11).
“O presidente Obama declarou para mim que assumia a responsabilidade direta e pessoal pelo integral esclarecimento dos fatos e que proporia para exame do Brasil medidas para sanar o problema. Diante do meu ceticismo devido à falta de resultados do encontro entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o vice-presidente [Joe] Biden, ocorrido semana passada, o presidente Obama me reiterou que ele assumia a responsabilidade direta e pessoal tanto para a apuração das denúncias como para oferecer as medidas que o governo brasileiro considerasse adequadas”, declarou a presidente na Rússia.
Dilma afirmou ter dito a Obama que a questão não era de “desculpas”, mas de uma solução rápida. Segundo ela, estabeleceu-se a próxima quarta-feira como prazo para uma resposta. “Como eu disse que esse processo era um processo lento, que não queria esclarecimentos técnicos, nao era só uma questão de desculpas,era uma questão de não admissão desse nível de intrusão, e que era importante que fosse solucionado com rapidez, chegou-se a uma data, quarta-feira”, afirmou Dilma.
Quebra de criptografia
A reportagem do Fantástico mostra ainda que no dia em que a presidente e Obama se encontraram, reportagem publicada simultaneamente por dois grandes jornais – o inglês “The Guardian” e o americano “The New York Times” — , revelou que a NSA e a GCHQ inglesa quebram os códigos de comunicações protegidas de diversos provedores de internet, podendo assim espionar as comunicações e transações bancárias de milhões de pessoas.
O texto mostrou que a criptografia, o sistema de códigos que é fornecido por algumas operadoras de internet, já vem com uma vulnerabilidade, inserida propositalmente pela NSA, e que permite que os espiões entrem no sistema e até façam alterações, sem deixar rastros.
Há também sinais de que alguns equipamentos de computação montados nos EUA já saem de fábrica com dispositivos de espionagem instalados. O “New York Times” diz que isso foi feito com pelo menos um governo estrangeiro que comprou computadores norte-americanos. Mas não revela qual governo pagou por equipamentos para ser espionado.
A NSA enviou nota afirmando que não usa sua capacidade de espionagem para roubar segredos de empresas estrangeiras. Questionada pelo Fantástico sobre o motivo de ter espionado a Petrobras, a agência norte-americana informou que isso é tudo o que tem a dizer no momento.
Após a exibição da reportagem no Fantástico, uma segunda nota de imprensa, desta vez assinada pelo diretor nacional de inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, foi enviada pela Agência de Segurança Nacional.
O órgão do governo americano alega coletar informações econômicas e financeiras para prevenir crises que possam afetar os mercados internacionais.
No entanto, reafirmou que não rouba segredos de empresas de fora dos EUA que possam beneficiar companhias americanas. A Embaixada Britânica em Brasília e o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido informaram que não comentam assuntos de inteligência.
Fonte: G1
Presidenta vê o pré-sal do país na mira da espionagem dos EUA
Depois da revelação feita no último domingo [25/08] pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, de documentos, obtidos pelo jornalista do jornal britânico The Guardian, Glenn Greenwald, mostrando que os EUA espionaram comunicações de Dilma Rousseff com seus principais assessores, a presidente fez uma reunião para discutir que medidas tomar a respeito do assunto. Já na manhã de segunda-feira (2) compareceram ao Palácio os ministros Paulo Bernardo (Comunicações), José Eduardo Cardozo (Justiça), José Elito Carvalho Silveira (Gabinete de Segurança Institucional), Celso Amorim (Defesa), Luiz Alberto Figueiredo Machado (Relações Exteriores) e Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência).
Durante a reunião, Dilma Rousseff, segundo relato de um participante, alertou que o pré-sal foi o principal alvo de interesse dos Estados Unidos na espionagem. Integrantes do governo lembram, segundo nota publicada pelo “Painel da Folha”, que todas as empresas petrolíferas norte-americanas já sinalizaram a autoridades brasileiras que participarão do leilão de Libra, e previsto para a mesma semana em que a presidente deverá ir a Washington. A viagem da presidente aos EUA poderá até ser descartada, segundo integrantes do governo, porque Dilma estaria indignada com a bisbilhotagem, além de considerar insuficiente a resposta dada pelo governo norte-americano sobre o episódio. A área de inteligência do governo suspeita que os Estados Unidos espionaram a Petrobrás e os planos brasileiros para a exploração do pré-sal.
LEILÃO
Sem dúvida, com o nível a que chegou a espionagem dos americanos no Brasil, todo o processo de discussão sobre o leilão de petróleo do campo de Libra passou a estar sob suspeita. Quem pode garantir o sigilo das informações sigilosas sobre Libra, se até a presidenta foi espionada? “O que chama mais a atenção é que a violação de sigilo atingiu a chefe do nosso governo”, destacou o Ministro da Justiça, Eduardo Cardozo. “Se violação do sigilo atingiu a presidente, o que não dizer de cidadãos brasileiros e de outras empresas?”, questionou. O que dizer do que eles podem ter feito em órgãos como a ANP (Agência Nacional do Petróleo), por exemplo? Com suspeitas tão graves como essas e os interesses do Brasil correndo sérios riscos, a manutenção do leilão de Libra – o maior campo de petróleo do mundo -, neste momento, parece uma medida muito arriscada. É claro que, em algum momento, uma ação temerária como a realização de um leilão desse porte será colocada em xeque. Não há mais nenhuma garantia da lisura do processo.
Se já era um atentado à soberania nacional o processo de leilão de Libra organizado temerariamente pela Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP), agora com a comprovação da espionagem, as irregularidades apontadas ganham uma dimensão ainda maior. Libra é uma área petrolífera estratégica para o país e o futuro dos brasileiros, descoberta pela Petrobrás. A cobiça sobre ela por parte das multinacionais, principalmente norte-americanas, é muito grande, devido à importância que tem Libra.
A ANP publicou um edital do leilão de Libra em que estipula um mínimo de 41,65% do excedente em óleo para a União quando nos Emirados Árabes as empresas ficam com apenas 2%, segundo reconheceu o ministro Edison Lobão. Qual a lógica de entregar uma reserva já descoberta de petróleo, a maior do mundo, para as petroleiras multinacionais e permitir que elas fiquem com 60% do óleo-lucro? A ANP também criou uma tabela de variação do petróleo que favorece as múltis. A lei diz que em áreas estratégicas a Petrobrás pode ser contratada sozinha para explorar o petróleo. E é o caso de Libra, mas a ANP passa por cima da legislação e programa um leilão que está mais para concessão do que partilha, como apontou o ex-presidente da Estatal, Sérgio Gabrielli. Portanto, esses vícios aliados à escandalosa quebra de sigilo da presidente do país é muito grave a nada recomendável que se mantenha esse leilão.
Diante da gravidade dos fatos, a presidente cogita até mesmo chamar o embaixador brasileiro nos EUA, Mauro Vieira, caso Barack Obama não mude sua postura arrogante e dê “explicações convincentes”. “Não há necessidade dessa arapongagem toda para saber que não existe, no Brasil, ameaça à segurança americana”, lembrou Paulo Bernardo (Comunicações). A percepção da presidente Dilma e de alguns de seus ministros de que os interesses dos EUA estão mais na questão comercial, particularmente no processo de licitação do pré-sal, do que em segurança, foi reforçada com as declarações de Obama feitas na terça-feira (3) na Suécia. Ele veio com uma conversa fiada de que a inteligência dos Estados Unidos não está “bisbilhotando os e-mails das pessoas ou escutando seus telefonemas”. “O que nós estamos tentando fazer é mirar, bem especificamente, em algumas áreas de preocupação”, disse Obama, acrescentando que tais áreas incluem ações contra o terrorismo, armas de destruição em massa e segurança cibernética. A desculpa saiu muito esfarrapada e complicou ainda mais a situação de Obama para explicar a espionagem contra a presidente.
Autoridades brasileiras reagiram com ceticismo às declarações de Obama. “Como as comunicações privadas de Dilma teriam entrado nessas categorias?”, indagam. “O Brasil não é uma base conhecida de operações terroristas, não produz armas nucleares, e tem sido uma democracia estável”, dizem. Também não convenceu a afirmação de que talvez não tenha havido espionagem. “Só porque nós podemos fazer algo, não significa que devemos fazê-lo”, disse Obama. O que ele não disse é que, segundo os documentos revelados por Glenn Greenwald no domingo, a NSA estava comemorando a espionagem já feita no Brasil e não programando uma possível espionagem futura.
EXPLICAÇÕES
Dilma levará o assunto à reunião do G-20, quinta e sexta-feira, na Rússia, e ao encontro dos Brics, fórum formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Além disso, ela usará a tribuna da Assembleia-Geral da ONU, dia 24, em Nova York, para cobrar ação internacional contra a violação de telefonemas e correspondências eletrônicas. O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, considerou os fatos “gravíssimos”, e disse que eles representam “uma violação inaceitável da soberania do Brasil”. “O tipo de reação (do Brasil) dependerá da resposta que for dada (pelos EUA)”, disse Machado. O chanceler convocou o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, para cobrar explicações.
Outro fato que reforça as suspeitas da presidente Dilma de que o interesse é o Pré-sal, é que, nas denúncias de Edward Snowden, reveladas pelo Fantástico, os documentos mostram que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) espionou emails, telefonemas e mensagens de texto, não só de seus, mas também do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, quando ainda era candidato a presidente. Coincidentemente o México é um país que, como o Brasil, também vem discutindo mudanças em sua legislação sobre a exploração de petróleo. Não parece, portanto, nem um pouco uma coincidência o que aconteceu com a presidente Dilma.
SÉRGIO CRUZ
Matéria publicada na Hora do Povo, Edição 3.184
A Petrobras criou a Missão Netuno como parte das comemorações dos 60 anos da empresa, que será festejado no dia 3 de outubro.
De acordo com a Petrobras, “iremos descer a 2.000 metros na região do Pré-sal e lá fincaremos a bandeira do nosso país. Nessa jornada levaremos junto uma cápsula com mensagens inspiradoras para o futuro, que serão resgatadas daqui a 10 anos. Escreva agora a sua mensagem e participe dessa missão. Você tem até o dia 15 de setembro para participar”.
Veja no link abaixo o vídeo e escreva a sua carta.
Publicado no Portal da CUT
“Leilão é privatização! O petróleo é nosso e não abrimosmão”
Sob o comando da FUP e do MAB, milhares marcham na Paulista em defesa da soberania e contra os leilões do petróleo
Milhares de pessoas ocuparam a avenida Paulista, nesta quinta-feira (5), no Ato Nacional em Defesa da Soberania e Contra os Leilões de Petróleo, convocado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), com a participação da CUT, MST, CGTB e inúmeras entidades dos movimentos sociais.
Entoando “Leilão é privatização! O petróleo é nosso e não abrimos mão”, manifestantes de 17 Estados brasileiros destacaram a relevância do campo de Libra, o mais valioso reservatório do pré-sal para o desenvolvimento nacional, e a importância do governo Dilma honrar o compromisso assumido durante a última campanha eleitoral e não privatizar. Com estimativa de 15 bilhões de barris de óleo de qualidade comprovada, o campo descoberto a partir de um investimento de R$ 200 milhões, pela Petrobrás, está situado na Bacia de Santos, possui 1.458 quilômetros quadrados, em águas com profundidade entre 1,7 mil e 2,4 mil metros sob o nível do mar. Conforme projeções, a produção diária de Libra será de pelo menos um milhão de barris, o equivalente à metade do que o país extrai atualmente. Como este é um bem cada vez mais finito, a estimativa é que o valor do campo supere US$ 1 trilhão.
Segundo explicou o coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina, Silvaney Bernardi, o leilão marcado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para o final de outubro será o primeiro sob o regime de partilha de produção, mas a nova Lei do Petróleo (12.351/2010) permite que a União celebre o contrato de exploração do campo de Libra diretamente com a Petrobrás, sem colocá-lo em licitação.
Vinda de Paranaguá, São Mateus do Sul, Araucária e Curitiba, a delegação sulista foi uma das primeiras a desembarcar em São Paulo, portando faixas e bonecos gigantes, representando a multinacional Chevron e denunciando o cartel estrangeiro.
“A FUP e os movimentos sociais exigem que Libra fique integralmente com a Petrobrás e não apenas 30% dele, como prevê o regime de partilha e é a vontade da ANP. Condenamos a realização do leilão e estamos nas ruas para impedir esse enorme crime de lesa-Pátria”, enfatizou Silvaney.
O que está em jogo, alertou o coordenador da FUP, João Antonio Moraes, “é se vamos manter a soberania do povo brasileiro sobre um bem estratégico para o desenvolvimento nacional ou se vamos repassar para as mãos do cartel estrangeiro esse controle”. Lembrando que guerras como a do Iraque e da Líbia foram feitas para tomar de assalto as fontes energéticas desses países – e citando as recentes ameaças de Obama à Síria, com igual propósito -, Moraes conclamou o governo Dilma a refletir sobre os descaminhos anunciados para o setor, que seria tomado de assalto por empresas estrangeiras, “sem qualquer compromisso com o país”.
Pelo balanço da ANP, atuam atualmente no setor dez empresas, oito estrangeiras e duas brasileiras – a Petrobrás, estatal, e a OGX, privada. “A única que alavanca o desenvolvimento nacional é a Petrobrás, que está construindo cinco novas refinarias, as demais só se interessam por importar, por gerar mais lucros para as suas matrizes”.
Conforme o Sindicato Nacional da Indústria e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), dos 62 navios encomendados à indústria de petróleo, 59 foram pela Petrobrás e 3 pela estatal venezuelana PDVSA. De acordo com o dirigente da FUP, o país não pode cometer o erro de continuar exportando produtos in natura, como já fez com o ouro, o ferro e o pau-brasil, “pois isso leva uma nação a se manter eternamente no subdesenvolvimento”.
Outro ponto inaceitável, alertou Moraes, é a precarização, o grave rebaixamento das condições de trabalho impostas pelos cartéis privados: “Na OGX, por exemplo, dos 6.500 trabalhadores contratados, 6.200 são terceirizados. Os 300 que são próprios só atuam, praticamente, em áreas administrativas”.
Diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores, Júlio Turra frisou que o petróleo tem sido “motivo de guerras movidas pelo imperialismo em todo o mundo – que é o que estamos vendo novamente na Síria”. “O petróleo é um patrimônio que só pertence ao povo brasileiro. Leiloar uma reserva por R$ 15 bilhões, quando seu valor estimado é de vários trilhões, é um crime. Leilão é privatização e sabemos que privatização é terceirização e precarização, como temos denunciado nas nossas mobilizações contra o Projeto de Lei 4330”, acrescentou.
Também membro da direção nacional cutista, o líder petroleiro Roni Barbosa reiterou a importância de que “o Brasil coloque o petróleo como elemento central do desenvolvimento da nação e não abra mão da sua soberania”. “É inaceitável que em troca de um bônus, que é comparado a nada se vemos as gigantescas riquezas do pré-sal, de trilhões de reais, deixemos o povo com a menor fatia. Não podemos permitir que o nosso futuro seja comprometido por uma decisão errada como essa do leião. A manifestação é para que o governo reflita e não entregue às transnacionais uma riqueza que só pertence ao povo brasileiro”, assinalou.
Para o coordenador do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo, Itamar Sanches, “o fundamental neste momento é aproveitar o imenso patrimônio do pré-sal para garantir um consumo sustentável”. “Queremos desenvolver toda a cadeia produtiva aqui no Brasil: petroquímica, refinarias e transformados plásticos”, acrescentou.
Na avaliação de Lucineide Varjão, coordenadora da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ), “o leilão seria altamente prejudicial para os trabalhadores, um verdadeiro desastre, pois nos deixaria à mercê de decisões tomadas à nossa revelia”.
ÁGUA E ENERGIA, COM SOBERANIA
O coordenador nacional do MAB, Gilberto Cervinski, lembrou que o lema do movimento “Água e energia com soberania, distribuição da riqueza e controle popular” ganha maior expressão “nesta Semana da Pátria, em que estamos lutando para que nosso país avance nas conquistas sociais”. “Manifestamos nossa grande preocupação com os anúncios do leilão do petróleo e das hidrelétricas devolvidas ao governo no processo de renovação das concessões ocorrido recentemente”, destacou Cervinski.
Em carta entregue no escritório da Secretaria Geral da Presidência da República, o MAB exigiu o cancelamento dos leilões e a imediata formulação de uma política de direitos das populações atingidas por barragens, além de um fundo “para a execução dos programas de recuperação e desenvolvimento das comunidades atingidas”.
O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas, enfatizou que seria um completo absurdo o governo “entregar Libra ao capital estrangeiro para fazer caixa para o superávit primário”. “Dilma prometeu não privatizar e o povo está aqui para que o seu patrimônio não caia nas mãos da British Petroleum, da Esso e de outras transnacionais. Não queremos que o nosso dinheiro vá para fora, mas que seja aplicado no Brasil, em saúde, educação, transporte e moradia”, acrescentou.
Representando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro alertou para as graves consequências sociais, econômicas e ambientais de uma eventual entrega do petróleo do pré-sal ao cartel estrangeiro. “Esse é um tema que dialoga com a defesa da nossa soberania, mas também diz respeito ao interesse público, da Humanidade, contra os abusos do grande capital”, frisou.
O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), Rodrigo Lucas, defendeu que as imensas riquezas do pré-sal devem ficar com a Petrobrás, “para que o povo brasileiro prospere e o país cresça com investimento na tecnologia nacional, com cursos técnicos, com inovação, rompendo a dependência”. “Sou brasileiro, não abro mão, quero o petróleo para o futuro da nação”, entoou.
Dirigente da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), Lidia Correa apontou que os recursos do pré-sal dialogam com as necessidades do país, “que quer mais Estado, educação, saúde e transporte público de qualidade. Leilão é retrocesso, é menos Estado”.
Em nome da União Nacional dos Estudantes, Katu Silva reiterou o compromisso histórico dos estudantes brasileiros com a defesa da soberania. “Não vamos permitir a entrega desse bem estratégico ao cartel do petróleo e da guerra”, concluiu.
“Há homens que lutam um dia e são bons
há outros que lutam um ano e são melhores,
há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis”
Bertold Brecht
É com muito pesar que recebemos nesta quinta-feira a notícia do falecimento do Professor Carlos Ramiro de Castro, o Carlão.
Líder sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlão foi presidente da APEOESP, Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, e não mediu esforços na luta em defesa dos professores e da educação pública e de qualidade.
Amigo dos estudantes, Carlão foi homenageado no 20º Congresso da UMES por sua luta incansável por um país mais justo e soberano. Carlão foi um imprescindível. Mais uma vez, prestamos nossos sinceros sentimentos, convictos de que a sua luta permanece nos corações de todos os estudantes.
Carlão será velado hoje na sede da APEOESP, na Praça da República, 282, às 20 horas. O sepultamento ocorrerá na sua cidade natal, Braúna em local e horário ainda a ser definido.
Os estudantes de São Paulo rechaçam as ameaças feitas pelos Estados Unidos de ataque à Síria sob a alegação de um suposto uso de armas químicas pelo governo daquele país contra a população civil.
A acusação do governo norte-americano já foi desmentida pela ONU e questionada por líderes de diversos países, entre eles o chanceler russo Serguei Lavrov, que afirmou que “não há fatos que deem sustentação, há apenas conversa repetitiva do tipo ‘nós sabemos com certeza’”.” Então ainda não há quaisquer fatos”, disse.
Diversas entidades brasileiras que compõe Comitê de Solidariedade ao Povo da Síria convocam para a próxima sexta-feira, dia 06 de setembro, um ato em solidariedade ao povo e defesa da soberania da Síria.
“Chamamos o governo brasileiro da presidente Dilma Roussef a posicionar-se com firmeza contra qualquer agressão, ataque ou ingerência na República Árabe da Síria”, ressalta o Comitê.
Na última semana, as centras CUT e CGTB também condenaram as ameaças norte-americanas à Síria. “Novamente, o governo dos EUA acusa o governo sírio de estar utilizando armas químicas, tal como fez no Iraque, sem apresentar provas”, ressalta nota da CUT.
A concentração do ato será na capital paulista, na praça Ramos de Azevedo, a partir das 17 horas.
A Petrobras recebeu 6 prêmios na quarta edição do Prêmio Empresário Amigo do Esporte, realizada pelo Ministério do Esporte na noite desta segunda-feira (02), no Clube Pinheiros, em São Paulo. A homenagem, que premiou as diversas empresas que patrocinam projetos através da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), contou com a presença do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, além de autoridades e atletas.
Gabriela Peixinho, coordenadora do Programa Petrobras
Esporte & Cidadania, recebeu o prêmio de atletas
De acordo com o ministro, “a quarta edição do Prêmio Empresário Amigo do Esporte coroa a iniciativa do governo brasileiro, que tem se esforçado para o melhor uso da legislação, dos atletas que apoiaram desde o início a criação dessa lei, das entidades, clubes e instituições que procuram promover o esporte educacional, de lazer, e de inclusão social por meio dessa legislação”.
Para Aldo Rebelo, é importante que essa premiação, além da gratidão, do reconhecimento e da homenagem aos que têm contribuído para que o êxito da lei seja também “uma aposta na capacidade da sociedade brasileira reunir suas energias para promover o desenvolvimento não apenas econômico, mas social e esportivo da nossa pátria”, completou.
Uma das empresas mais premiadas na cerimônia, a Petrobras recebeu o bronze nas categorias Maior Amigo do Esporte, Amigo do Esporte de Rendimento, Amigo do Esporte Educacional, além do primeiro lugar no prêmio Melhor Amigo do Esporte no estado do Amazonas, e o segundo lugar nos estados da Bahia e São Paulo.
“A Petrobras investe em todas as manifestações esportivas, desde o esporte educacional até a formação de atletas. Acreditamos que o esporte é um direito e dessa forma conseguimos ampliar o acesso e promover o desenvolvimento humano e social, buscando sempre contribuir para que todos tenham a oportunidade de explorar e desenvolver suas potencialidades, habilidades e competências”, afirmou Gabriela Peixinho, coordenadora do Programa Petrobras Esporte & Cidadania, da Gerência Executiva de Responsabilidade Social. A Petrobras também foi representada na premiação pelo gerente regional de Comunicação São Paulo e Sul, Diego Pila.
Também esteve presente no evento, Paulo Vieira, presidente da Comissão Técnica da Lei de Incentivo ao Esporte, e as atletas Rafaela da Silva, que conquistou a medalha de ouro no Mundial de Judô, Mayra Aguia e Sarah Menezes, medalhista de ouro nas Olimpíadas de Londres 2012 e bronze no Mundial de Judô.
Rodrigo, presidente da UMES, e Paulo Vieira, presidente da
Comissão Técnica da Lei de Incentivo ao Esporte
O presidente da UMES, Rodrigo Lucas Paulo, presente no evento, entregou ao ministro um álbum de fotos do 2º Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo (JESP II), realizado pela UMES, no primeiro semestre deste ano. A primeira e a segunda edição dos Jogos Estudantis da Cidade de São Paulo receberam o patrocínio da Petrobras, na categoria Esporte Educacional, e possibilitou uma ampla ação nas escolas públicas da cidade de São Paulo, conscientizando os estudantes da importância da prática esportiva. O JESP II mobilizou, ao todo, 1009 alunos-atletas de 60 escolas de todas as regiões da cidade, com 96 equipes participantes, atingindo reunindo um público de 14.862 pessoas, através das sessões de cineclubes realizadas no projeto.
Informações: Ministério do Esporte e Agência Petrobras