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Estudantes defendem vacina para todos, aumento do auxílio emergencial e acesso à educação na pandemia

 

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Nesta terça-feira (30) os estudantes foram às ruas das principais cidades do país e ocuparam as redes sociais na defesa por “Vida, Pão, Vacina e Educação” e contra o governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com as entidades estudantis, o lema vida, pão, saúde e educação sintetiza as preocupações centrais do povo brasileiro em meio à explosão da pandemia, que já matou 317 mil brasileiros.

A luta pela vacinação como preservação da vida, pelo auxílio emergencial e contra a carestia dos alimentos, que aflige principalmente os mais pobres. E também a recuperação do orçamento para as áreas de educação e ciência, que estão nos menores patamares em uma década e que são a saída para a superação da crise sanitária, econômica e social.

 
 

VIDA, PÃO, VACINA E EDUCAÇÃO! Fotos @thaynan.diniz

Publicado por UMES SP em Terça-feira, 30 de março de 2021

A UMES se somou ao ato nacional convocado pelas entidades estudantis União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), entre outras organizações. 

Por todo o país foram colocadas faixas e cartazes da campanha e por manifestações por meio das redes sociais.

Lucas Chen, presidente da UMES, disse que os estudantes não vão aceitar que Bolsonaro continue sabotando as vacinas. “Enquanto Bolsonaro finge não existir a crise sanitária, econômica e política, o povo se organiza e luta por vacinas e auxílio emergencial. Não vamos aceitar que o presidente da República continue sabotando a vacinação enquanto morrem mais de 3 mil brasileiros por dia. Os atos deram o recado, Bolsonaro não sairá ileso de suas ações”, disse.

“É o grito dos estudantes que não aguentam mais e que não se calarão diante de um governo genocida”, disse Rozana Barroso, presidente da UBES. “Não podemos perder uma geração para a desesperança, a fome, o trabalho precário, a evasão escolar. Exigimos urgência para vacinar toda a população, exigimos direito à vida”.

 

A jornada de lutas da juventude é um conjunto de mobilizações que marcam o mês de março, em homenagem a Edson Luis, secundarista assassinado pela polícia da ditadura militar em 28 de março de 1968, no Rio de Janeiro. As ações também “descomemoram” o Golpe Militar de 1964.

A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) também participou. “A educação e a ciência estão na mira da ‘tesoura’ do governo Bolsonaro. Para que universidades, institutos federais e instituições de pesquisa enfrentem a pandemia, estimulem o desenvolvimento e a recuperação do País é preciso mais recursos!”

“As prioridades do país são vacinação em massa, isolamento social e auxílio emergencial de 600 reais. Para o Brasil se livrar do caos, é preciso da um BASTA a Bolsonaro”, destacou o deputado Orlando Silva.

 

 

 

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Severino Pipoqueiro – Bixiga perde mais um dos seus ilustres moradores para a Covid-19

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É com profundo pesar que nos despedimos de mais um amigo vítima da Covid-19. Severino João de Lima, o nosso Severino Pipoqueiro, uma das pessoas mais carinhosas do nosso Bixiga, faleceu na madrugada desta terça-feira (30).

Severino, um pernambucano que veio para São Paulo ajudar a construir esta cidade, trabalhou por mais de 45 anos vendendo sua saborosa pipoca em frente ao Teatro Sérgio Cardoso, na Rua Rui Barbosa. Era também o nosso pipoqueiro oficial nas sessões e peças do Cine-Teatro Denoy de Oliveira.

Gerações de estudantes e de bixiguentos tiveram a honra de conviver com Severino. Todos nós ficamos marcados por sua alegria.  

A todos os seus familiares e amigos, nossos sinceros sentimentos.

Obrigado Severino

União Municipal dos Estudantes Secundaristas – UMES

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Decreto transforma Educação em atividade essencial no estado de São Paulo

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O governador de São Paulo, João Doria, publicou no sábado (27) um decreto que declara a Educação como atividade essencial no estado. Fazendo assim com que ela seja priorizada dentro das ações do Plano SP de combate à Covid-19.

Segundo o governo estadual, as escolas, principalmente as que atendem alunos da educação infantil até o ensino médio e, portanto, compreende a educação básica, têm papel que vão além do ensino aprendizagem. Essas unidades contribuem para a segurança alimentar, socialização, saúde mental, integridade física e proteção social de seus estudantes. A escola garante acolhimento, direitos sociais e construção do futuro.

“Não sei se as pessoas conseguem entender quão importante é isso para nosso futuro como país. Estamos falando de ir além do ensino e da aprendizagem de crianças e jovens. As escolas abertas contribuem para a segurança alimentar dos mais pobres, para a socialização, a saúde mental, a integridade física e proteção social dos estudantes. Sem educação não há ciência, não há medicina, não há vida. Portanto, precisa ser essencial”, destacou o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares.

Durante um ano de escolas fechadas para conter a pandemia os estudantes enfrentaram diversas dificuldades de acesso à educação. A suspensão das aulas presenciais causou prejuízos enormes, seja do ponto de vista cognitivo, da saúde mental ou socioeconômico dos estudantes, reiterando a nolvadex-tamoxifen.net da educação.

No início de março de 2021, as escolas do estado de São Paulo reabriram para os estudantes de forma escalonada e com até 35% da capacidade ao mesmo tempo. Com o retorno às aulas, milhares de alunos puderam voltar ao ambiente escolar.

A partir de então, a UMES realizou inspeção em diversas escolas para garantir o cumprimento dos protocolos de segurança, garantindo assim que estudantes e professores possuam condições de manter o funcionamento das escolas.

Com o recrudescimento da pandemia diante da nova onda de coronavírus, as aulas foram novamente paralisadas na chamada “fase emergencial” do Plano São Paulo. As escolas, no entanto, seguem abertas àqueles que necessitam de acesso à merenda e para recebimento dos chips de internet.

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Cinema com Partido debate ciência e Estado Laico em “O Julgamento do Macaco”

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Presidente da UMES, Lucas Chen, e o jornalista Clóvis Monteiro

Na última quinta-feira (25), a União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) a exibição de mais uma sessão do Cinema com Partido – 2ª Mostra Democrática. O filme apresentado foi “O Julgamento do Macaco”, de Stanley Kramer (1960)’, que discute a abordagem da evolução das espécies frente às crenças religiosas.

A sessão do Cinema com partido contou ainda com debate realizado por Lucas Chen, presidente da UMES, e Clovis Monteiro, editor-geral do Jornal Hora do Povo e membro do Núcleo de Popularização dos Conhecimentos sobre Evolução Humana (IEA-USP).

“O Julgamento do Macaco” é o nome pelo qual ficou popularmente conhecida a causa ajuizada em 1925 pelo Estado do Tennessee contra John Thomas Scopes, um professor acusado de ensinar a teoria da evolução a seus alunos do colegial, o que violava uma lei estadual editada naquele ano que, por razões religiosas, proibia o ensino do evolucionismo darwiniano nas escolas públicas.

Criacionismo e Escola Sem Partido, que já exalavam acentuado bolor há 100 anos, são revividos no filme como metáfora do macarthismo que flagelou a democracia americana nos anos 50. O filme foi premiado no Festival de Berlim, com o título de melhor ator para Frederic March.

Em um rico debate, o jornalista Clovis Monteiro elucidou o papel da educação para a divulgação científica nos tempos atuais, em meio à pandemia, a discussão sobre o combate a Covid-19 por meio da ciência e da tecnologia é fundamental para a freada da doença e do vírus no Brasil e no mundo.

“É importante discutir e elencar a ciência contra a barbárie nos tempos atuais”, defendeu Clovis, que também destacou a importância do Estado laico frente às tentativas de transformá-lo em uma teocracia.

“É um caso real onde a ciência e a verdade foram julgadas nos Estados Unidos já em 1900. Um século depois, uma pequena (mas barulhenta) turma volta a condenar o direito de pensar e zomba dos avanços científicos em plena pandemia cuja única solução, a vacina, é uma arma desenvolvida pela ciência viva”, ressaltou o presidente da UMES, Lucas Chen. 

Veja o debate:

 

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Cinema Soviético e Russo em Casa apresenta “O Caminho para Berlim”

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Nesta sexta-feira (26), o projeto “Cinema Soviético e Russo em Casa” exibirá no canal do CPC-UMES Filmes no Youtube o filme “O Caminho para Berlim”, de Serguey Popov.

A exibição estará disponível de sexta (26), 19h, até domingo (28), 19h.

Baseado no romance “Dois na Estepe”, de Emmanuil Kazakevich, o longa conta a história de um tenente russo que, condenado por covardia à pena de fuzilamento, cruza a estepe escoltado por um soldado cazaque até um posto de comando, local da execução. Para chegarem ao destino, eles terão que enfrentar juntos o cerco alemão.

Para acessar o canal clique em http://bit.ly/CPCUMESFilmes

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Assista o trailer:

 

 

O Caminho para Berlim

Serguey Popov (2015), com Amir Abdykalov, Yuriy Borisov, Maksim Demchenko. Rússia, 82 min.

Sinopse

Condenado por covardia à pena de fuzilamento, tenente russo cruza a estepe escoltado por soldado cazaque até o posto de comando, local da execução. Para chegarem ao destino, eles terão que enfrentar juntos o cerco alemão. Baseado no romance “Dois na Estepe” de Emmanuil Kazakevich e nos diários de guerra de  Konstantin Simonov, o filme foi lançado em 2015 por ocasião das comemorações do 70º. aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre o fascismo. Os acontecimentos que ele evoca ocorreram no verão de 1942, na Frente Sul. O filme foi premiado com a menção ecumênica do júri do Festival Internacional de Montreal (2015).

Direção: Serguey Popov (1974)

Serguey Aleksandrovich Popov, nasceu em Moscou. Em 1997, ingressou no VGIK (Instituto Gerasimov de Cinematografia), indo estudar na faculdade de direção de longas-metragens, na oficina dirigida por Karen Shakhnazarov e Andrey Eshpay. Formou-se em 2002, apresentando como trabalho de conclusão de curso o filme “Revelação”. Nos anos 2002-2003 foi diretor dos programas “Novo Século” e “Cauda de Cometa” na TVS. Atua como diretor de cinema e séries de televisão, tendo realizado, entre outras criações, “Caçadores” de Ícones” (série de TV, 2005), “Amigo ou Inimigo?” (série de TV, 2006), “Sol Frio” (2008), “Desejo” (2009), “Furtseva” (série de TV, 2011), “Quinta-Feira, Dia 12” (2012), “A Sétima Runa” (série de TV, 2014), “O Caminho para Berlím” (2015).

Argumento Original: Emmanuil Kazakevich (1913-62),
Konstantin Simonov (1915-79)

Filho de Henekh Kazakevich, editor da revista literária “O Mundo Vermelho”, editada em idiche, Emmanuil Genrikhovich Kazakevich nasceu em Kremenchuk, Ucrânia. No início dos anos 1930, mudou-se para a região autônoma judaica de Birobidzhan, onde se tornou presidente de um kolkhoz. Publicou na imprensa local seus poemas escritos em idiche, bem como traduções dos poetas russos. Ingressou no Exército Vermelho em 1941. Seu primeiro romance em língua russa, “A Estrela”, ganhou o Prêmio Stalin em 1948. A história foi adaptada para cinema por Aleksandr Ivanov (1953) e Nikolai Lebedev (2002). Seguiram-se “Dois na Estepe” (1949), “Primavera no Oder” (1949), “O Coração de um Amigo” (1953), “A Casa na Esquina”(1957), “A Luz do Dia” (1961) e “O Caderno Azul” (1961).Autor do poema “Espere Por Mim” (1942), um dos mais conhecidos da literatura russa, o poeta, dramaturgo e romancista Konstantin Mikhailovich Simonov nasceu em São Petersburgo. Estudou no Instituto Gorky de Literatura. Sua primeira peça, “A História de Um Amor”, foi encenada no Teatro Lenin Komsomol em 1941. Durante a guerra, alistou-se no Exército. Grande parte de sua correspondência militar foi publicada na revista “Estrela Vermelha”. Foi secretário da União dos Escritores da URSS (1946-50 e 1967-69). Teve várias obras adaptadas para cinema, entre elas a peça “O Povo Russo” que deu origem ao filme “Em Nome da Pátria” (Vsevolod Pudovkin, Dmitri Vasilyev, 1943), “Espere Por Mim” (Aleksandr Stolper, 1943), “Dias e Noites” (Aleksandr Stolper, 1945), “Os Vivos e os Mortos” (Aleksandr Stolper, 1945), “A Questão Russa” (Mikhail Romm, 1947), “Normandia – Neman” (Charles Spaak e Elsa Triolet, 1960), “Vinte Dias Sem Guerra” (Aleksei German, 1976).

Música Original: Roman Dormidoshin (1974)

Nasceu na cidade de Podolski, nas proximidades de Moscou. Formou-se em piano e composição no Conservatório Estatal de Moscou. Suas obras abarcam o campo da música sinfônica, popular e eletrônica. Estreou no cinema em 2001, escrevendo a música de “Dia de Dever” (Roman Krushchev). Entre suas obras se incluem as trilhas de “Sol Frio” (Serguey Popov, 2008), “Pechorin” (Roman Krushchev, 2011), a refilmagem do clássico “Auroras Nascem Tranquilas” (Renat Davletyarov, 2015), “O Caminho Para Berlim” (Serguey Popov, 2015).

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300 mil vidas

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O Brasil atingiu nesta quarta-feira a infame marca de 300 mil vidas perdidas para a Covid-19.

Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o país registrou hoje um total de 300.675 mortes pela doença, um dia depois de atingir a marca assombrosa de mais de três mil mortes em apenas 24 horas.

São mais de 300 mil vidas de brasileiros que foram interrompidas de forma repentina. Pessoas que tinha um futuro a construir no nosso país.

Enquanto isso, o governo Bolsonaro continua a impedir nossa saída desta pandemia. Na terça-feira, o presidente fez um mentiroso discurso, em que falava que não faltaram esforços do seu governo para combater a pandemia. O mesmo presidente que incentiva aglomerações, nega a ciência, rejeita o uso de máscaras, defende o uso de remédios que não servem para tratar o coronavírus e sabota a vacinação, diz agora que “não mede esforços” contra o coronavírus. Synthroid (levotiroxina sódica) é um hormônio tireoidiano sintético usado para tratar o hipotireoidismo, uma condição na qual a glândula tireoide não produz hormônios suficientes. A synthroid online sale ajuda a normalizar o metabolismo, a energia e o crescimento celular, imitando os efeitos do hormônio natural tiroxina (T4).

Felizmente, os brasileiros repudiaram as mentiras deste sabotador e responderam novamente ao discurso com um estrondoso panelaço que tomou conta do país.

São 300 mil brasileiros que perderam suas vidas. E essas mortes não ficarão impunes.

CPI da Pandemia Já!

Vacina Já!

Fora Bolsonaro!

 

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Profissionais da Educação e da Segurança de São Paulo serão vacinados a partir de abril

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Instittuto Butantan entrega mais 2 milhões de doses da CoronaVac ao Plano Nacional. Total já chega a 27 milhões

 

Imunização dos trabalhadores da educação é importante vitória para garantia de um retorno seguro às aulas em São Paulo

O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (24) o início da vacinação para professores e policiais. Segundo o governador, João Doria (PSDB), a imunização de profissionais da segurança pública começará em 5 de abril e a dos profissionais de educação a partir do dia 12 de abril.

A imunização para idosos de 69, 70 e 71 anos também foi antecipada em um dia e começa já na próxima sexta-feira (26).  

A primeira etapa de vacinação de profissionais da educação vai abranger todos os professores, da rede pública e privada, a partir dos 47 anos. Esta primeira etapa abrangerá 350 mil professores, diretores de escolas, inspetores de alunos e outros profissionais que trabalham nas escolas das redes municipal, estadual e privada do Estado de São Paulo, o que corresponde a 40% dos profissionais apenas na rede estadual.

Para os profissionais da educação privada, o Estado irá exigir contracheques dos últimos 12 meses que comprovem o exercício da função, com o objetivo de evitar fraudes na aplicação das doses. Aqueles que forem terceirizados, como merendeiras, faxineiros etc., terão que preencher um cadastro prévio que será validado pelo diretor da instituição. O governo ainda vai avaliar a vacinação dos professores para incluir outras idades no Plano Estadual de Imunização aos poucos.

Durante a coletiva, o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, apresentou mais um exemplo do impacto do fechamento das escolas na vida dos estudantes.

“Cerca de 56% das crianças aprendiam a alfabetização no final do primeiro ano, antes da pandemia. Hoje, este número não chega a 21% e traz em si ainda mais desigualdade, porque aqueles que estão aprendendo não são os que mais precisam”, afirmou o secretário.  

SEGURANÇA

Cerca de 180 mil profissionais de segurança pública também serão imunizados, entre agentes ativos da Polícia Militar, Civil, Científica e da escolta penitenciária, além dos efetivos de todas as guardas civis e metropolitanas. “Esses profissionais são essenciais e estão expostos diariamente na rua, cumprindo seu dever e obrigação de proteger a população, mas também os que estão nos serviços essenciais e na linha de frente, os profissionais da saúde”, declarou o governador.

De acordo com o general João Campos, secretário estadual de Segurança Pública, pelo menos 79 policiais da ativa morreram em São Paulo após contraírem o novo coronavírus. Ele ainda afirmou que 56% desses casos eram de agentes entre 46 e 55 anos. 

 

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UMES lamenta a perda do ex-deputado federal Haroldo Lima, vítima da Covid-19

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Faleceu na madrugada desta quarta-feira (24), o ex-deputado federal Haroldo Lima, importante liderança brasileira e um baluarte da defesa da democracia. O histórico dirigente comunista foi mais uma vítima da pandemia de Covid-19, uma das quase 300 mil vidas perdidas pela pandemia no Brasil.

Engenheiro, Haroldo teve uma vida pública marcada pela dedicação à causa da democracia e do socialismo. Foram mais de 60 anos de militância, iniciada no final da década de 1950, ainda como líder estudantil. Egresso das fileiras da JUC (Juventude Universitária Católica), ele foi um dos fundadores da AP (Ação Popular), que seria incorporada ao PCdoB em 1972.

Com o Golpe de 64 – que impôs a criminosa ditadura no País –, Haroldo permaneceu por mais de dez anos na clandestinidade. Em 1976, já na condição de destacado dirigente nacional do PCdoB, foi um dos presos e barbaramente torturados na Chacina da Lapa, em São Paulo. Libertado em 1979, com a Anistia, ajudou a estruturar o Partido em todo Brasil. Prozac (fluoxetina) é um antidepressivo que pertence à classe dos inibidores da recaptação da serotonina (ISRS). É usado para tratar uma variedade de transtornos mentais, incluindo depressão, transtornos de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e outros. O prozac online sale atua aumentando os níveis de serotonina no cérebro.

A partir de 1983, Haroldo Lima exerceu quatro mandatos como deputado federal – incluindo o período da Assembleia Constituinte. Em 2020, foi candidato ao Senado pela Bahia, recebendo mais de 1,2 milhão de votos. Em 2005, assumiu a direção geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Haroldo Lima também se destacou por seu amplo conhecimento sobre a realidade transformadora da China. Dedicando-se a entender o processo revolucionário que acontece naquele país.

Nesses tempos sombrios da pandemia, Haroldo Lima deu uma contribuição fundamental para compreendermos as razões de a China ter superado a crise, enquanto os países ocidentais sofrem os impactos do coronavírus. Em novembro, o ex-deputado participou de debate com os estudantes de São Paulo promovido pela UMES, sobre como a “China conseguiu erradicar a pobreza e o que o Brasil pode aprender com o exemplo chinês”.

A UMES agradece ao camarada Haroldo Lima pela sua grande contribuição à luta pela democracia e liberdade dos povos. Neste triste momento, nos solidarizamos com a sua família e com todos os seus companheiros de luta.

HAROLDO LIMA, PRESENTE!

 

Veja aqui o debate com Haroldo Lima e a professora Isabela Nogueira sobre o desenvolvimento da China:

 

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Mais de 1.500 economistas apoiam o documento: “País Exige Respeito; a Vida Necessita da Ciência e do Bom Governo”

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A carta aberta, que já conta com adesão de 1.500 economistas, além de ex-ministros de Estado, banqueiros e centenas de representantes de instituições públicas e privadas, denuncia que “a situação econômica e social é desoladora” e defendem: “a vacinação em massa é condição sine qua non para a recuperação econômica e redução dos óbitos”

Economistas, banqueiros e empresários, entre ex-presidentes do Banco Central, ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do BNDES divulgaram, no domingo (21) a carta aberta: “País Exige Respeito; a Vida Necessita da Ciência e do Bom Governo”.

“A insuficiente oferta de vacinas no país não se deve ao seu elevado custo, nem à falta de recursos orçamentários, mas à falta de prioridade atribuída à vacinação”, destacam.

“Enquanto caminhamos para atingir a marca tétrica de 3 mil mortes por dia e um total de mortes acumuladas de 300 mil ainda esse mês, o quadro fica ainda mais alarmante com o esgotamento dos recursos de saúde na grande maioria de estados, com insuficiente número de leitos de UTI, respiradores e profissionais de saúde. Essa situação tem levado a mortes de pacientes na espera pelo atendimento, contribuindo para uma maior letalidade da doença”, ressaltam os economistas.

Segundo o documento, “esta recessão, assim como suas consequências sociais nefastas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia. Sabemos que a saída definitiva da crise requer a vacinação em massa da população”.

“O PIB encolheu 4,1% em 2020 e provavelmente observaremos uma contração no nível de atividade no primeiro trimestre deste ano. A taxa de desemprego, por volta de 14%, é a mais elevada da série histórica, e subestima o aumento do desemprego, pois a pandemia fez com que muitos trabalhadores deixassem de procurar emprego, levando a uma queda da força de trabalho entre fevereiro e dezembro de 5,5 milhões de pessoas”, avaliam.

“A contração da economia afetou desproporcionalmente trabalhadores mais pobres e vulneráveis, com uma queda de 10,5% no número de trabalhadores informais empregados, aproximadamente duas vezes a queda proporcional no número de trabalhadores formais empregados”.

Eles alertam que “o quadro atual ainda poderá deteriorar-se muito se não houver esforços efetivos de coordenação nacional no apoio a governadores e prefeitos para limitação de mobilidade. Enquanto se busca encurtar os tempos e aumentar o número de doses de vacina disponíveis, é urgente o reforço de medidas de distanciamento social. Da mesma forma é essencial a introdução de incentivos e políticas públicas para uso de máscaras mais eficientes, em linha com os esforços observados na União Europeia e nos Estados Unidos”.

Os signatários do documento destacam o papel negacionista de Jair Bolsonaro frente à pandemia.

“Líderes políticos, com acesso à mídia e às redes, recursos de Estado, e comandando atenção, fazem a diferença: para o bem e para o mal. O desdenho à ciência, o apelo a tratamentos sem evidência de eficácia, o estímulo à aglomeração, e o flerte com o movimento antivacina, caracterizou a liderança política maior no país. Essa postura reforça normas antissociais, dificulta a adesão da população.

 

 

A seguir, a íntegra da carta:

O País Exige Respeito; a Vida Necessita
da Ciência e do Bom Governo

 

Carta Aberta à Sociedade Referente a Medidas de Combate à Pandemia

O Brasil é hoje o epicentro mundial da Covid-191, com a maior média móvel de novos casos.

Enquanto caminhamos para atingir a marca tétrica de 3 mil mortes por dia e um total de mortes acumuladas de 300 mil ainda esse mês, o quadro fica ainda mais alarmante com o esgotamento dos recursos de saúde na grande maioria de estados, com insuficiente número de leitos de UTI, respiradores e profissionais de saúde. Essa situação tem levado a mortes de pacientes na espera pelo atendimento, contribuindo para uma maior letalidade da doença.

A situação econômica e social é desoladora. O PIB encolheu 4,1% em 2020 e provavelmente observaremos uma contração no nível de atividade no primeiro trimestre deste ano². A taxa de desemprego, por volta de 14%, é a mais elevada da série histórica, e subestima o aumento do desemprego, pois a pandemia fez com que muitos trabalhadores deixassem de procurar emprego, levando a uma queda da força de trabalho entre fevereiro e dezembro de 5,5 milhões de pessoas.

A contração da economia afetou desproporcionalmente trabalhadores mais pobres e vulneráveis, com uma queda de 10,5% no número de trabalhadores informais empregados, aproximadamente duas vezes a queda proporcional no número de trabalhadores formais empregados³.

Esta recessão, assim como suas consequências sociais nefastas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia. Sabemos que a saída definitiva da crise requer a vacinação em massa da população. Infelizmente, estamos atrasados. Em torno de 5% da população recebeu ao menos uma dose de vacina, o que nos coloca na 45ª posição no ranking mundial de doses aplicadas por habitante.

O ritmo de vacinação no país é insuficiente para vacinar os grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI) no 1º semestre de 2021, o que amplia o horizonte de vacinação para toda a população para meados de 2022.

As consequências são inomináveis. No momento, o Brasil passa por escassez de doses de vacina, com recorrentes atrasos no calendário de entregas e revisões para baixo na previsão de disponibilidade de doses a cada mês. Na semana iniciada em 8 de março foram aplicadas, em média, apenas 177 mil doses por dia.

No ritmo atual, levaríamos mais de 3 anos para vacinar toda a população. O surgimento de novas cepas no país (em especial a P.1) comprovadamente mais transmissíveis e potencialmente mais agressivas, torna a vacinação ainda mais urgente. A disseminação em larga escala do vírus, além de magnificar o número de doentes e mortos, aumenta a probabilidade de surgirem novas variantes com potencial de diminuir a eficácia das vacinas atuais.

Vacinas são relativamente baratas face ao custo que a pandemia impõe à sociedade. Os recursos federais para compra de vacinas somam R$ 22 bilhões, uma pequena fração dos R$ 327 bilhões desembolsados nos programas de auxílio emergencial e manutenção do emprego no ano de 2020.

Vacinas têm um benefício privado e social elevado, e um custo total comparativamente baixo. Poderíamos estar em melhor situação, o Brasil tem infraestrutura para isso. Em 1992, conseguimos vacinar 48 milhões de crianças contra o sarampo em apenas um mês.

Na campanha contra a Covid-19, se estivéssemos vacinando tão rápido quanto a Turquia, teríamos alcançado uma proporção da população duas vezes maior, e se tanto quanto o Chile, dez vezes maior. A falta de vacinas é o principal gargalo. Impressiona a negligência com as aquisições, dado que, desde o início da pandemia, foram desembolsados R$ 528,3 bilhões em medidas de combate à pandemia, incluindo os custos adicionais de saúde e gastos para mitigação da deteriorada situação econômica. A redução do nível da atividade nos custou uma perda de arrecadação tributária apenas no âmbito federal de 6,9%, aproximadamente R$ 58 bilhões, e o atraso na vacinação irá custar em termos de produto ou renda não gerada nada menos do que estimados R$ 131,4 bilhões em 2021, supondo uma recuperação retardatária em 2 trimestres.

Nesta perspectiva, a relação benefício custo da vacina é da ordem de seis vezes para cada real gasto na sua aquisição e aplicação. A insuficiente oferta de vacinas no país não se deve ao seu elevado custo, nem à falta de recursos orçamentários, mas à falta de prioridade atribuída à vacinação.

O quadro atual ainda poderá deteriorar-se muito se não houver esforços efetivos de coordenação nacional no apoio a governadores e prefeitos para limitação de mobilidade. Enquanto se busca encurtar os tempos e aumentar o número de doses de vacina disponíveis, é urgente o reforço de medidas de distanciamento social.

Da mesma forma é essencial a introdução de incentivos e políticas públicas para uso de máscaras mais eficientes, em linha com os esforços observados na União Europeia e nos Estados Unidos.

A controvérsia em torno dos impactos econômicos do distanciamento social reflete o falso dilema entre salvar vidas e garantir o sustento da população vulnerável. Na realidade, dados preliminares de óbitos e desempenho econômico sugerem que os países com pior desempenho econômico tiveram mais óbitos de Covid-19. A experiência mostrou que mesmo países que optaram inicialmente por evitar o lockdown terminaram por adotá-lo, em formas variadas, diante do agravamento da pandemia – é o caso do Reino Unido, por exemplo. Estudos mostraram que diante da aceleração de novos casos, a população responde ficando mais avessa ao risco sanitário, aumentando o isolamento voluntário e levando à queda no consumo das famílias mesmo antes ou sem que medidas restritivas formais sejam adotadas.15 A recuperação econômica, por sua vez, é lenta e depende da retomada de confiança e maior previsibilidade da situação de saúde no país.

Logo, não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada.

O efeito devastador da pandemia sobre a economia tornou evidente a precariedade do nosso sistema de proteção social. Em particular, os trabalhadores informais, que constituem mais de 40% da força de trabalho, não têm proteção contra o desemprego. No ano passado, o auxílio emergencial foi fundamental para assistir esses trabalhadores mais vulneráveis que perderam seus empregos, e levou a uma redução da pobreza, evidenciando a necessidade de melhoria do nosso sistema de proteção social. Enquanto a pandemia perdurar, medidas que apoiem os mais vulneráveis, como o auxílio emergencial, se fazem necessárias. Em paralelo, não devemos adiar mais o encaminhamento de uma reforma no sistema de proteção social, visando aprimorar a atual rede de assistência social e prover seguro aos informais. Uma proposta nesses moldes é o programa de Responsabilidade Social, patrocinado pelo Centro de Debate de Políticas Públicas, encaminhado para o Congresso no final do ano passado.

Outras medidas de apoio às pequenas e médias empresas também se fazem necessárias. A experiência internacional com programas de aval público para financiamento privado voltado para pequenos empreendedores durante um choque negativo foi bem-sucedida na manutenção de emprego, gerando um benefício líquido positivo à sociedade.

O aumento em 34,7% do endividamento dos pequenos negócios durante a pandemia amplifica essa necessidade. A retomada de linhas avalizadas pelo Fundo Garantidor para Investimentos e Fundo de Garantia de Operações é uma medida importante de transição entre a segunda onda e o pós-crise.

“Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e é fundamental que a partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados, informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para perder em debates estéreis e notícias falsas”

Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e é fundamental que a partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados, informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para perder em debates estéreis e notícias falsas. Precisamos nos guiar pelas experiências bem-sucedidas, por ações de baixo custo e alto impacto, por iniciativas que possam reverter de fato a situação sem precedentes que o país vive.

Medidas indispensáveis de combate à pandemia: a vacinação em massa é condição sine qua non para a recuperação econômica e redução dos óbitos.

1 – Acelerar o ritmo da vacinação

O maior gargalo para aumentar o ritmo da vacinação é a escassez de vacinas disponíveis. Deve-se, portanto, aumentar a oferta de vacinas de forma urgente. A estratégia de depender da capacidade de produção local limitou a disponibilidade de doses ante a alternativa de pré-contratar doses prontas, como fizeram o Chile e outros países. Perdeu-se um tempo precioso e a assinatura de novos contratos agora não garante oferta de vacinas em prazo curto. É imperativo negociar com todos os laboratórios que dispõem de vacinas já aprovadas por agências de vigilância internacionais relevantes e buscar antecipação de entrega do maior número possível de doses. Tendo em vista a escassez de oferta no mercado internacional, é fundamental usar a política externa – desidratada de ideologia ou alinhamentos automáticos – para apoiar a obtenção de vacinas, seja nos grandes países produtores seja nos países que têm ou terão excedentes em breve.

A vacinação é uma corrida contra o surgimento de novas variantes que podem escapar da imunidade de infecções passadas e de vacinas antigas. As novas variantes surgidas no Brasil tornam o controle da pandemia mais desafiador, dada a maior transmissibilidade.

Com o descontrole da pandemia é questão de tempo até emergirem novas variantes. O Brasil precisa ampliar suas capacidades de sequenciamento genômico em tempo real, de compartilhar dados com a comunidade internacional e de testar a eficácia das vacinas contra outras variantes com máxima agilidade. Falhas e atrasos nesse processo podem colocar em risco toda a população brasileira, e também de outros países.

2 – Incentivar o uso de máscaras tanto com distribuição gratuita quanto com orientação educativa

Economistas estimaram que se os Estados Unidos tivessem adotado regras de uso de máscaras no início da pandemia poderiam ter reduzido de forma expressiva o número de óbitos. Mesmo se um usuário de máscara for infectado pelo vírus, a máscara pode reduzir a gravidade dos sintomas, pois reduz a carga viral inicial que o usuário é exposto. Países da União Europeia e os Estados Unidos passaram a recomendar o uso de máscaras mais eficientes – máscaras cirúrgicas e padrão PFF2/N95 – como resposta às novas variantes. O Brasil poderia fazer o mesmo, distribuindo máscaras melhores à população de baixa renda, explicando a importância do seu uso na prevenção da transmissão da Covid.

Máscaras com filtragem adequada têm preços a partir de R$ 3 a unidade. A distribuição gratuita direcionada para pessoas sem condições de comprá-las, acompanhada de instrução correta de reuso, teria um baixo custo frente aos benefícios de contenção da Covid-1923. Considerando o público do auxílio emergencial, de 68 milhões de pessoas, por exemplo, e cinco reusos da máscara, tal como recomenda o Center for Disease Control do EUA, chegaríamos a um custo mensal de R$ 1 bilhão. Isto é, 2% do gasto estimado mensal com o auxílio emergencial. Embora leis de uso de máscara ajudem, informar corretamente a população e as lideranças darem o exemplo também é importante, e tem impacto na trajetória da epidemia. Inversamente, estudos mostram que mensagens contrárias às medidas de prevenção afetam a sua adoção pela população, levando ao aumento do contágio.

3 – Implementar medidas de distanciamento social no âmbito local com coordenação nacional

O termo “distanciamento social” abriga uma série de medidas distintas, que incluem a proibição de aglomeração em locais públicos, o estímulo ao trabalho a distância, o fechamento de estabelecimentos comerciais, esportivos, entre outros, e – no limite – escolas e creches. Cada uma dessas medidas tem impactos sociais e setoriais distintos. A melhor combinação é aquela que maximize os benefícios em termos de redução da transmissão do vírus e minimize seus efeitos econômicos, e depende das características da geografia e da economia de cada região ou cidade. Isso sugere que as decisões quanto a essas medidas devem ser de responsabilidade das autoridades locais.

Com o agravamento da pandemia e esgotamento dos recursos de saúde, muitos estados não tiveram alternativa senão adotar medidas mais drásticas, como fechamento de todas as atividades não-essenciais e o toque de recolher à noite. Os gestores estaduais e municipais têm enfrentado campanhas contrárias por parte do governo federal e dos seus apoiadores. Para maximizar a efetividade das medidas tomadas, é indispensável que elas sejam apoiadas, em especial pelos órgãos federais. Em particular, é imprescindível uma coordenação em âmbito nacional que permita a adoção de medidas de caráter nacional, regional ou estadual, caso se avalie que é necessário cercear a mobilidade entre as cidades e/ou estados ou mesmo a entrada de estrangeiros no país. A necessidade de adotar um lockdown nacional ou regional deveria ser avaliado. É urgente que os diferentes níveis de governo estejam preparados para implementar um lockdown emergencial, definindo critérios para a sua adoção em termos de escopo, abrangência das atividades cobertas, cronograma de implementação e duração.

Ademais, é necessário levar em consideração que o acréscimo de adesão ao distanciamento social entre os mais vulneráveis depende crucialmente do auxílio emergencial. Há sólida evidência de que programas de amparo socioeconômico durante a pandemia aumentaram o respeito às regras de isolamento social dos beneficiários. É, portanto, não só mais justo como mais eficiente focalizar a assistência nas populações de baixa renda, que são mais expostas nas suas atividades de trabalho e mais vulneráveis financeiramente.

Dentre a combinação de medidas possíveis, a questão do funcionamento das escolas merece atenção especial. Há estudos mostrando que não há correlação entre aumento de casos de infecção e reabertura de escolas no mundo. Há também informações sobre o nível relativamente reduzido de contágio nas escolas de São Paulo após sua abertura.

As funções da escola, principalmente nos anos do ensino fundamental, vão além da transmissão do conhecimento, incluindo cuidados e acesso à alimentação de crianças, liberando os pais – principalmente as mães – para o trabalho. O fechamento de escolas no Brasil atingiu de forma mais dura as crianças mais pobres e suas mães. A evidência mostra que alunos de baixa renda, com menor acesso às ferramentas digitais, enfrentam maiores dificuldade de completar as atividades educativas, ampliando a desigualdade da formação de capital humano entre os estudantes. Portanto, as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a reabrir em um esquema de distanciamento social. Há aqui um papel fundamental para o Ministério da Educação em cooperação com o Ministério da Saúde na definição e comunicação de procedimentos que contribuam para a minimização dos riscos de contágio nas escolas, além do uso de ferramentas comportamentais para retenção da evasão escolar, como o uso de mensagens de celular como estímulo para motivar os estudantes, conforme adotado em São Paulo e Goiás.

4 – Criar mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional

Preferencialmente pelo Ministério da Saúde e, na sua ausência, por consórcio de governadores – orientada por uma comissão de cientistas e especialistas, se tornou urgente. Diretrizes nacionais são ainda mais necessárias com a escassez de vacinas e logo a necessidade de definição de grupos prioritários; com as tentativas e erros no distanciamento social; a limitada compreensão por muitos dos pilares da prevenção,

particularmente da importância do uso de máscara, e outras medidas no âmbito do relacionamento social. Na ausência de coordenação federal, é essencial a concertação entre os entes subnacionais, consórcio para a compra de vacinas e para a adoção de medidas de supressão.

O papel de liderança: Apesar do negacionismo de alguns poucos, praticamente todos os líderes da comunidade internacional tomaram a frente no combate ao Covid-19 desde março de 2020, quando a OMS declarou o caráter pandêmico da crise sanitária. Informando, notando a gravidade de uma crise sem precedentes em 100 anos, guiando a ação dos indivíduos e influenciado o comportamento social.

Líderes políticos, com acesso à mídia e às redes, recursos de Estado, e comandando atenção, fazem a diferença: para o bem e para o mal. O desdenho à ciência, o apelo a tratamentos sem evidência de eficácia, o estímulo à aglomeração, e o flerte com o movimento antivacina, caracterizou a liderança política maior no país. Essa postura reforça normas antissociais, dificulta a adesão da população a comportamentos responsáveis, amplia o número de infectados e de óbitos, aumenta custos que o país incorre.

O país pode se sair melhor se perseguimos uma agenda responsável. O país tem pressa; o país quer seriedade com a coisa pública; o país está cansado de ideias fora do lugar, palavras inconsequentes, ações erradas ou tardias. O Brasil exige respeito.

Assinam a carta:

1 – Affonso Celso Pastore

2 – Alexandre Lowenkron

3 – Alexandre Rands

4 – Alexandre Schwartsman

5 – Álvaro de Souza

6 – Amanda de Albuquerque

7 – Ana Carla Abrão

8 – André de Castro Silva

9 – André Luis Squarize Chagas

10 – André Magalhães

11 – André Portela

12 – Andrea Lucchesi

13 – Angélica Maria de Queiroz

14 – Aod Cunha

15 – Armínio Fraga

16 – Beny Parnes

17 – Bernard Appy

18 – Bráulio Borges

19 – Braz Camargo

20 – Carlos Alberto Manso

21 – Carlos Ari

22 – Carlos Brunet Martins Filho

23 – Carlos Góes

24 – Carolina Grottera

25 – Cassiana Fernandez

26 – Christiano Penna

27 – Claudia Sussekind Bird

28 – Claudio Considera

29 – Cláudio Frischtak

30 – Claudio Ribeiro de Lucinda

31 – Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt

32 – Daniel Cerqueira

33 – Daniel Gleizer

34 – Danielle Carusi Machado

35 – Danilo Camargo Igliori

36 – Demósthenes Madureira de Pinho Neto

37 – Dimitri Szerman

38 – Edmar Bacha

39 – Eduardo Amaral Haddad

40 – Eduardo Augusto Guimarães

41 – Eduardo Mazzilli de Vassimon

42 – Eduardo Pontual

43 – Eduardo Souza-Rodrigues

44 – Eduardo Zilberman

45 – Eduardo Zylberstajn

46 – Eleazar de Carvalho

47 – Elena Landau

48 – Fabiana Rocha

49 – Fábio Barbosa

50 – Fabio Giambiagi

51 – Felipe Salto

52 – Fernando Genta

53 – Fernando Postali

54 – Fernando Veloso

55 – Flávio Ataliba

56 – Francisco Ramos

57 – Francisco Soares de Lima

58 – Gabriella Seiler

59 – Genaro Lins

60 – Giovanna Ribeiro

61 – Guilherme Irffi

62 – Guilherme Tinoco

63 – Guilherme Valle Moura

64 – Gustavo Gonzaga

65 – Gustavo Loyola

66 – Helcio Tokeshi

67 – Helena Arruda Freire

68 – Henrique Félix

69 – Horácio Lafer Piva

70 – Humberto Moreira

71 – Ilan Goldfajn

72 – Isacson Casiuch

73 – Joana C.M. Monteiro

74 – Joana Naritomi

75 – João Mário de França

76 – José Augusto Fernandes

77 – José Monforte

78 – José Olympio Pereira

79 – José Roberto Mendonça de Barros

80 – José Tavares de Araujo

81 – Josué Alfredo Pellegrini

82 – Juliana Camargo

83 – Juliano Assunção

84 – Laísa Rachter

85 – Laura de Carvalho Schiavon

86 – Laura Karpuska

87 – Leandro Piquet Carneiro

88 – Leane Naidin

89 – Leany Barreiro Lemos

90 – Leonardo Monteiro Monasterio

91 – Leonardo Rezende

92 – Lucas M. Novaes

93 – Lucia Hauptmann

94 – Luciano Losekann

95 – Luciene Pereira

96 – Luís Meloni

97 – Luis Terepins

98 – Maílson da Nóbrega

99 – Manoel Pires

100 – Manuel Thedim

101 – Marcela Carvalho Ferreira de Mello

102 – Marcelo André Steuer

103 – Marcelo Barbará

104 – Marcelo Cunha Medeiros

105 – Marcelo de Paiva Abreu

106 – Marcelo F. L. Castro

107 – Marcelo Fernandes

108 – Marcelo Justus

109 – Marcelo Kfoury

110 – Marcelo Leite de Moura e Silva

111 – Marcelo Pereira Lopes de Medeiros

112 – Marcelo Trindade

113 – Marcílio Marques Moreira

114 – Márcio Garcia

115 – Márcio Holland

116 – Márcio Issao Nakane

117 – Marco Bonomo

118 – Marcos Lederman

119 – Marcos Ross Fernandes

120 – Maria Alice Moz-Christofoletti

121 – Maria Cristina Pinotti

122 – Maria Dolores Montoya Diaz

123 – Mário Ramos Ribeiro

124 – Marisa Moreira Salles

125 – Maurício Canêdo Pinheiro

126 – Mauro Rodrigues

127 – Miguel Nathan Foguel

128 – Mônica Viegas Andrade

129 – Naercio Menezes Filho

130 – Natália Nunes Ferreira-Batista

131 – Nilson Teixeira

132 – Octavio de Barros

133 – Otaviano Canuto

134 – Patrícia Franco Ravaioli

135 – Paula Carvalho Pereda

136 – Paula Magalhães

137 – Paulo Hartung

138 – Paulo Hermanny

139 – Paulo Ribeiro

140 – Paulo Tafner

141 – Pedro Bodin de Moraes

142 – Pedro Cavalcanti Ferreira

143 – Pedro Henrique Thibes Forquesato

144 – Pedro Malan

145 – Pedro Moreira Salles

146 – Persio Arida

147 – Priscilla Albuquerque Tavares

148 – Rafael B. Barbosa

149 – Rafael Dix-Carneiro

150 – Regina Madalozzo

151 – Renato Fragelli

152 – Renê Garcia Jr.

153 – Ricardo de Abreu Madeira

154 – Ricardo Markwald

155 – Roberto Bielawski

156 – Roberto Iglesias

157 – Roberto Olinto

158 – Rodrigo Menon S. Moita

159 – Rogério Furquim Werneck

160 – Ruben Ricupero

161 – Ruy Ribeiro

162 – Sabino da Silva Porto Júnior

163 – Samira Schatzmann

164 – Samuel Pessoa

165 – Sandra Rios

166 – Sérgio Besserman Vianna

167 – Sergio Margulis

168 – Silvia Matos

169 – Solange Srour

170 – Stephanie Kestelman

171 – Synthia Santana

172 – Thomas Conti

173 – Tiago Cavalcanti

174 – Tomás Urani

175 – Vagner Ardeo

176 – Vilma da Conceição Pinto

177 – Vinicius Carrasco

178 – Vinícius de Oliveira Botelho

179 – Vitor Pereira

180 – Walter Novaes

181 – Wilfredo Leiva Maldonado

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Cinema com Partido: o papel transformador da ciência é tema de debate

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Na última quinta-feira (18), iniciamos a programação do Cinema com Partido – 2ª Mostra Democrática. A estreia da mostra contou com a exibição do filme ‘A vida de Galileu (1975)’, com a apresentação e debate realizado por Lucas Chen, presidente da Umes e Valério Bemfica, presidente do Centro Popular de Cultura da Umes (CPC-UMES).

Veja o debate na íntegra:

O presidente da Umes, Lucas Chen, relembrou que o filme em questão e a mostra como um todo, tornou-se ainda mais contemporânea e necessária na atual situação do país. “ A Mostra Democrática Cinema com Partido é uma atividade muito importante nos dias atuais. Ela fala de retrocesso, pandemia, crise sanitária, um presidente negacionista, que joga contra a ciência, contra a vacina. Todos esses temas foram retratados ao longo da história do cinema, das mais diferentes narrativas. Temas como esse, fazem parte da nossa proposta de exibição e debate, para que o nosso país consiga superar este momento de crise”, disse.

 

“Quando exibimos o filme pela primeira vez há alguns anos atrás, nós não tínhamos ainda presenciado firmemente, a política criminosa, arbitrária e anti-povo de Bolsonaro, que não só se atenta aos crimes a saúde, a crise sanitária, a ciência e tecnologia, mas que também já realizou diversas atrocidades com os estudantes, como os cortes das verbas na Educação e na Ciência. Temos um presidente que nega a ciência e que hoje fortalece ainda mais o discurso do obscurantismo e da perseguição”, destacou Chen.

 

Valério Bemfica, começou sua fala introduzindo aspectos do filme e da peça de Bertold Brecht em que foi baseada o filme até chegar nas discussões do negacionismo e nas questões atuais, propriamente ditas.

 

“O filme, baseado em uma obra de Bertold Brecht, chamada A Vida de Galileu, sendo uma história bem recorrente. Em muitos momentos da história da humanidade, cientistas e pessoas que pensavam e duvidavam de alguma questão recorrente ou verdade absoluta, passam a ser vistas como inimigas e logo, tendo que ser combatidas”.

 

“O filme oferece ao público uma analogia entre o processo de perseguição vivido por Galileu e os tempos atuais. Essa obra traz questões muito semelhantes às que a gente vive hoje. Nos altos escalões do governo, a mentalidade criacionista e anti ciência é dominante, principalmente vista com a pandemia. Além das discussões de anticiência, antivacina que já perpetuava na época, encontramos a mesma discussão, fervorosa no país, que nos deixa à mercê da maior catástrofe sanitária já vista. Veja também, há 2,5 mil anos, já se considerava que a Terra era esférica. Mas hoje também tem gente dizendo que a Terra é plana, ou seja, um retrocesso de mais de 2 mil anos de conhecimento da humanidade”, disse.

 

“O filme traz uma questão importante, sobre o papel da ciência e como ela pode ser transformadora para abalar as estruturas. Além disso, o filme mostra as análises das verdades e de como elas se projetam como absolutas, levando em conta as crenças ou as opiniões. Tem coisas que podem ser opiniões, mas tem outras que são as verdades lógicas, embasadas em conteúdo e estudos”.

 

“A discussão que temos que fazer é onde está a ciência e onde está o obscurantismo e o negacionismo. Acreditar somente na palavra que foi ‘revelada’ era o instrumento de dominação da época. E o conhecimento abala as estruturas. É isso que temos que ter consciência e é o conhecimento que precisamos preservar. Também faz parte que uma entidade como a Umes, que defende a Educação, que defende a ciência, o saber e a Cultura, tem um papel fundamental neste momento que é fazer a defesa do conhecimento contra o obscurantismo e o negacionismo”, apontou Valério. 

A MOSTRA

O Cinema com Partido – 2ª Mostra Democrática acontece todas as quintas-feiras pontualmente às 19 horas na sala virtual do Cine-Teatro Denoy de Oliveira. Para participar das sessões do Cinema com Partido, basta entrar em contato conosco pelo nosso Whatsapp: +55 11 94662-6916 – ou pelo nosso email: cineteatro@umes.org.br

A próxima sessão será em 25 de março, com “O julgamento do Macaco”, de Stanley Kramer (1960). O debate que acontece logo após o filme será com Walter Neves, professor do Instituto de Biociências da USP, é conhecido como o “pai” de Luzia, o mais antigo crânio humano encontrado nas Américas.

Clique aqui e veja a programação completa do Cinema com Partido