WhatsApp Image 2024-05-03 at 11.55.27

Vereadores aprovam privatização da Sabesp em votação ilegal e contra a vontade do povo

WhatsApp Image 2024-05-03 at 11.55.27

 

Ontem, 02/05, na Câmara Municipal de São Paulo foi aprovado o projeto criminoso que autoriza a entrega da Sabesp, uma das maiores empresas de saneamento do mundo, ao mercado e contra a vontade do povo!

Uma votação golpista que desrespeita a decisão do Tribunal da Justiça de São Paulo, que condicionava a realização da segunda votação somente após a realização de todas as audiências públicas já marcadas, para que a população pudesse se manifestar sobre a venda do patrimônio de São Paulo. Além disso, o impacto orçamentário da privatização também não foi comprovado.

A população foi impedida de participar da votação e manifestantes foram expulsos do plenário por protestarem contra esse crime cometido na Câmara Municipal!

É de extrema importância entender os males que iremos enfrentar após a privatização. Sofremos o suficiente com a ENEL causando diversos apagões e aumento da conta de luz em São Paulo.

Tarcísio mente ao afirmar que a privatização vai abaixar a tarifa. Ele promete uma redução de até 1%, mas, para agradar o mercado, já autorizou um aumento de 16% na conta d’água nos últimos dois anos. A privatização também não garante que São Paulo terá qualidade na água.

É um fato que o serviço irá piorar e a conta d’água vai aumentar!

DIGAMOS NÃO A PRIVATIZAÇÃO, vamos continuar na luta em defesa das estatais, unificando as forças com os trabalhadores pelo fim da tentativa do Tarcísio de Freitas de privatizar São Paulo.

PRIVATIZAR A SABESP É COISA DE LADRÃO!

CES 2060

29º Congresso da UMES convoca luta contra o corte de R$ 9 bilhões na Educação de SP e por um Ensino Médio do tamanho dos nossos sonhos

CES 2060

Encontro reuniu mais de 200 escolas da cidade de São Paulo e elegeu a nova diretoria para o biênio 2024-2026

 

Centenas de estudantes da cidade de São Paulo mostraram mais uma vez a força do movimento secundarista em um dos mais representativos encontros realizados na capital paulista. O 29º Congresso da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) lotou a Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, em repúdio ao corte de mais de R$ 9 bilhões de Tarcísio na Educação de São Paulo e em defesa de um Ensino Médio que tenha compromisso com a juventude e com o desenvolvimento do país. 

 

O congresso foi gigante. Representantes eleitos em mais de 200 escolas da cidade aprovaram a pauta de reivindicações e a nova diretoria da maior entidade secundarista da América Latina e que irá liderar a luta dos estudantes no biênio 2024-2026.

CES 1543

 

MOVIMENTOS SOCIAIS SAÚDAM OS ESTUDANTES

 

A abertura do 29º Congresso contou com representantes de importantes segmentos dos movimentos sociais de São Paulo. Lucca Gidra, que conduziu a entidade durante o mandato anterior, relembrou em seu discurso as conquistas dos estudantes da cidade neste último período. 

 

“Desde o 11 de agosto de 2021, no Dia do Estudante, na primeira manifestação pós-pandemia, lutamos contra o fascismo de Bolsonaro. E a gente não sabia se iríamos ser vitoriosos, ou não. Nós lutamos contra Bolsonaro nas ruas e aprovamos a nossa campanha para que os estudantes tirassem os seus títulos de eleitor”, disse.

“Temos orgulho de ter iniciado uma campanha para que a juventude mostrasse nas urnas o seu repúdio a Bolsonaro. Iniciamos nossa campanha nas escolas e 11 mil estudantes tiraram os seus títulos de eleitor e contribuíram para derrotar o fascismo. À campanha dos estudantes, se somaram os movimentos sociais, intelectuais e artistas e o resultado foi de que mais de 2 milhões de jovens de 16 a 18 anos exercessem o direito ao voto nas eleições”, ressaltou Lucca.  

 

“Estou relembrando isso para mostrar a força das decisões que tomamos. A luta faz a lei. É ela que resolve nossos problemas. Não estamos aqui prometendo nenhum ‘sonho de brigadeiro caseiro’ e nenhum ‘projeto de vida’, mas viemos falar que se a gente se organizar, se a gente lutar, a gente consegue mudar o nosso futuro. A gente consegue mudar a nossa Educação”, enfatizou.    

 

“O congresso de hoje serve para a gente pensar qual o caminho das escolas estaduais, federais e municipais da cidade, qual caminho da Educação, qual o caminho para o Brasil. Uma coisa é certa: o Brasil tem muito inimigo. Tem muita gente querendo atacar a nossa educação. O Brasil, que é um país rico, gigante pela própria natureza, está sendo apequenado pelo mercado financeiro, pelo déficit zero, pelo arcabouço fiscal. Está sendo roubados aos bilhões, pelas altas taxas de juros do Banco Central. Foram mais de R$ 700 bilhões destinados para os juros no último ano. Enquanto o dinheiro da educação representa só 2% do orçamento federal”, destacou. 

 

“Não podemos aceitar isso. O dinheiro do suor do povo brasileiro tem que vir para a educação, para a saúde e para o desenvolvimento do país”, pontou o líder estudantil.

CES 1651

 

“SÃO PAULO NÃO SERÁ LABORATÓRIO DO BOLSONARISMO”

 

A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Jade Beatriz, levou uma mensagem de apoio à luta dos estudantes de São Paulo contra os cortes de Tarcísio na Educação e na resistência ao avanço da extrema direita.

 

“São Paulo não pode ser laboratório do bolsonarismo”, destacou a líder estudantil em sua fala, relembrando os retrocessos de Tarcísio e Feder na educação e a sua lógica privatista que visa destruir o Estado. 

 

Ela também destacou a necessidade de lutar para a garantia do orçamento da Educação. “Não queremos somente o ‘básico’, temos direito a muito mais e vamos lutar por isso”, disse. 

CES 1624

 

ORÇAMENTO FEDERAL DA EDUCAÇÃO AMEAÇADO

 

O ex-secretário de Educação, César Callegari, também saudou os estudantes pelo seu grandioso encontro. Ele alertou para o risco da retirada da obrigatoriedade da execução do orçamento da Educação prevista da LDO apresentada pelo governo federal.

“Este congresso é da maior importância porque a educação brasileira só avança pela luta. Novamente os inimigos da educação estão sabotando as condições e os direitos dos estudantes brasileiros.

 

“Agora mesmo, nós vimos a apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias do governo federal. Somente com a luta vamos continuar defendendo as garantias constitucionais de financiamento da educação brasileira”, alertou o especialista.

 

“Estamos falando do dinheiro fundamental para que possamos garantir salários e condições de trabalho para professores da educação básica, da creche ao ensino médio e técnico. Somente com os recursos da educação é que vamos ter condições de garantir uma escola bem equipada, bem preparada, para que a educação seja de fato um direito de todos”, enfatizou.

CES 1564

 

DERROTAR O AVANÇO DA EXTREMA DIREITA

 

O presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM), professor Claudio Fonseca, destacou a “força da juventude organizada na luta em defesa da educação pública, gratuita, laica e de qualidade social para todos e em todos os níveis”. 

Cláudio reforçou ainda a necessidade de luta em defesa da água, que está ameaçada de privatização pelo governo de São Paulo. “É necessário defender a água com a mesma força que lutamos em defesa da Educação”, ressaltou o líder trabalhador, convocando os estudantes a se somarem à luta em defesa da Sabesp e contra as privatizações. 

O sindicalista relembrou ainda o avanço de pautas da extrema direita no Congresso Nacional e destacou a discussão de projetos como o que criminaliza o Movimento Sem Terra (MST) e a luta por terra no país, além do projeto criminaliza do porte de drogas onde, segundo ele, o “Congresso está indo por um caminho que torna muito pior a situação e pode colocar milhares de jovens pobres na cadeia e potencializar o crime organizado”. 

 

“Vemos um crescimento da extrema direita na cidade de São Paulo e é importante  nestas eleições que os jovens exerçam o seu direito de voto para derrotar a extrema direita. Vamos exercer a democracia e, em outubro, vamos derrotar a extrema direita e votar em candidatos que podem derrotar o extremismo”, concluiu.

 

GOVERNO QUE  NÃO SE IMPORTA COM A EDUCAÇÃO, É INIMIGO DO BRASIL

 

O presidente do Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo, Chico Poli, saudou o tema do 29º Congresso da UMES: “Detonar os inimigos da Educação e do Brasil” e ressaltou a necessidade de lutar contra os ataques de Tarcísio e Feder na Educação de São Paulo. 

 

“Estamos diante de um governo que defende um corte de mais de R$ 9 bilhões na Educação e, ao mesmo tempo, propõe a criação de escolas cívico-militares sem qualquer objetivo de melhoria das condições. Este é o mesmo governo que mantém, ainda hoje, mais de 50 escolas de lata em todo o Estado e agora pretende entregar 33 escolas a uma parceria público privada”, criticou.

“Enquanto isso, mantém os professores mal remunerados e sem condições de trabalho”, alertou.

 

Chico relembrou ainda a situação de baixo investimento em educação do Brasil. “Um dos países mais ricos do mundo, a 9ª economia do mundo, mas que é o 87º lugar no ranking da Educação”.  

 

“Educação não é gasto, é investimento. Quem acha que Educação custa caro, experimenta a ignorância.Governos que não se importam com isso são inimigos do Brasil”, pontuou Chico Poli 

DEFENDER A ÁGUA E A VIDA

 

José Faggian, presidente Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do estado de São Paulo (Sintaema), agradeceu aos estudantes pela luta em defesa da água desde o início da luta contra a privatização da Sabesp. 

Ele ressaltou as ameaças de Tarcísio a São Paulo com sua política de estado mínimo. “Tarcísio ameaça a privatização da segurança, dos presídios, linhas do Metrô, da CPTM e da Sabesp. É importante que a gente entenda que estamos em um projeto de estado mínimo que não é de interesse da classe trabalhadora”, disse. 

“Quem precisa de transporte coletivo, educação pública, transporte de qualidade, são os trabalhadores e seus filhos. Os estudantes têm papel fundamental para resistir a esse projeto”, completou.

 

Também participaram do Congresso:, Dona Cicera do Jardim São Luís, representando movimentos de moradia; Valério Bemfica, presidente do Centro Popular de Cultura da UMES; Renan Alencar, representante Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Raissa Cordeiro, do Movimento Sobre Nós; Keila Pereira, presidente da Federação das Mulheres Paulistas; Luísa Martins, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES); Caio Guilherme, diretor de Ciência e Tecnologia da União Nacional dos Estudantes (UNE); Fabiano Pavio, coordenador do projeto Capoeira da UMES; Junior Almeida, coordenador Nacional da Juventude Pátria Livre (JPL); Roberto Guido, diretor da Apeoesp e Simeia Mello, coordenadora do Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil.

CES 1826

 

VALENTINA MACEDO, NOVA PRESIDENTE 

 

Ao final do congresso, os representantes das mais de 200 escolas da cidade de São Paulo presentes no 29º Congresso da UMES, elegeram a estudante Valentina Macedo para liderar a luta contra os cortes na Educação de São Paulo e pela construção de um Ensino Médio do tamanho dos sonhos da juventude. 

 

Estudante da ETEC José Rocha Mendes, Valentina Macedo tem 19 anos e terá a responsabilidade de liderar a principal entidade secundarista da América Latina para a gestão 2024-2026.

 

Em seu discurso, Valentina destacou a necessidade de lutarmos contra o corte de mais de R$ 9 bilhões no Orçamento da Educação, planejado por Tarcísio e Feder, que está em pauta na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).   

 

“Vamos nos mobilizar ainda mais para barrar os cortes que o Tarcísio e o Feder querem fazer na Educação do Estado de São Paulo. Cada estudante aqui vai chegar na sua escola amanhã para conversar com os estudantes e mostrar os motivos de precisarmos aumentar o investimento na Educação”, disse a nova presidente da UMES.

 

“Precisamos olhar para o futuro e lutar agora, no presente. Vamos com tudo! Essa gestão está só começando!”, conclamou.

 

PLATAFORMA DA PRÓXIMA GESTÃO

Ao longo do dia, os estudantes participaram de debates em grupos de discussão e apresentaram seus posicionamentos a partir dos seguintes temas: Educação, Movimento Estudantil, Conjuntura Nacional e Cultura. As propostas apresentadas nos debates ajudaram a formular a plataforma de lutas para a próxima gestão da UMES.

 

 

NÃO AO CORTE DE 9 BILHÕES NA EDUCAÇÃO DE TARCÍSIO E FEDER! 

 

 

EM DEFESA DOS PISOS CONSTITUCIONAIS DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO! 

 

 

REVOGAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO! 

 

 

CAPOEIRA NAS ESCOLAS! PELA APLICAÇÃO DA LEI NO 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003 

 

 

VIVA A CULTURA POPULAR BRASILEIRA, COMBATE AOS MONOPÓLIOS E A CULTURA ENLATADA. 

 

 

CAMPANHA DE COMBATE AO ASSÉDIO NAS ESCOLAS! 

 

 

MENOS PARA OS BANCOS E MAIS PARA EDUCAÇÃO! 

 

 

PELO FIM DO DÉFICIT ZERO E DO ARCABOUÇO FISCAL! 

 

 

MAIS DINHEIRO PARA INVESTIMENTOS PÚBLICOS E DERRUBADA DA TAXA DE JUROS 

 

 

EM DEFESA DO GRÊMIO LIVRE E PRA LUTAR! 

 

 

NÃO AO DESMONTE DO ENSINO TÉCNICO INTEGRAL NO ESTADO! 

 

 

PELA EXPANSÃO DOS INSTITUTOS FEDERAIS NA CIDADE TIRADENTES E NO JARDIM ÂNGELA! 

 

 

PRISÃO PARA BOLSONARO E PARA OS GOLPISTAS! 

 

 

APROVAÇÃO DO PL 2630, EM DEFESA DA REGULAMENTAÇÃO DAS REDES SOCIAIS! 

 

 

4° EDIÇÃO DOS JOGOS ESTUDANTIS DA CIDADE DE SÃO PAULO – JESP!

 

 

NÃO ÀS ESCOLAS CÍVICO-MILITARES! 

 

 

MANIFESTAÇÃO 11 DE AGOSTO DIA DO ESTUDANTE, TODOS ÀS RUAS CONTRA OS CORTES NA EDUCAÇÃO! 

 

 

ENSINO EM TEMPO INTEGRAL, COM QUALIDADE DE ENSINO, ESPORTE E ARTE NAS ESCOLAS. 

 

 

REFORMA NAS ESCOLAS, PELA IMEDIATA RETOMADA DO PDDE (PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NAS ESCOLAS) COM VERBA PARA OS GRÊMIOS ESTUDANTIS

 

 

VALORIZAÇÃO AOS PROFESSORES, COM MELHORES SALÁRIOS E CONCURSOS! 

 

 

TODO ESTUDANTE COM TÍTULO NA MÃO, NESSAS ELEIÇÕES VOTE PELA EDUCAÇÃO!

 

 

CONTRA PRIVATIZAÇÃO DA SABESP! 

 

 

EM DEFESA DAS ESTATAIS PAULISTAS! 

 

 

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO E DA GESTÃO ESCOLAR! 

 

 

ESCOLAS ABERTAS PARA A COMUNIDADE NOS FINS DE SEMANA COM CULTURA E ESPORTE! 

 

 

AUTONOMIA DO PROFESSOR NA SALA DE AULA DENTRO DAS ESCOLAS ESTADUAIS! 

 

 

POR UMA EDUCAÇÃO VERDADEIRA: PARA ALÉM DE PLATAFORMAS E SLIDES!

 

 

CAMPANHA: LIBERDADE OU DEPENDÊNCIA, DROGAS TÔ FORA! 

 

 

POR ESCOLAS SEGURAS E LIVRES DE QUALQUER TIPO DE VIOLÊNCIA! 

 

 

DISCUTIR A EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS!

 

 

MELHORIA NA INFRAESTRUTURA DAS ETECS 

 

 

MAIS VAGAS NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS

 

 

MELHORIA DA SEGURANÇA NAS ESCOLAS INCLUSÃO DE PESSOAS PCDS NAS ESCOLAS E ETECS 

 

 

PROJETOS DE DIGNIDADE MENSTRUAL NAS ESCOLAS 

 

 

MAIS ACESSO À ATIVIDADES CULTURAIS NAS ESCOLAS

 

 

PROMOÇÃO DE ATIVIDADES QUE INCENTIVEM O USO DOS ESPAÇOS CULTURAIS EXISTENTES NAS ESCOLAS 

 

 

COMBATE À EVASÃO ESCOLAR MELHORIAS NO CURRÍCULO ESCOLAR 

 

 

REAFIRMAR A IMPORTÂNCIA DOS GRÊMIOS ESTUDANTIS E DA PARTICIPAÇÃO DAS ENTIDADES 

 

 

INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA TECNOLÓGICA 

 

 

CRIAÇÃO DE UM CANAL DE DENÚNCIA CONTRA O ASSÉDIO NAS ESCOLAS

 

 

BIBLIOTECA E LABORATÓRIO EM TODAS AS ESCOLAS 

 

 

PASSE LIVRE PARA CURSINHO PRÉ VESTIBULAR 

 

 

MELHORIA DA MERENDA 

 

 

PELA FIM DA SUBSTITUIÇÃO DE AULAS PELA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 

 

NÃO AO FIM DAS AULAS DE ARTES, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA

CARD 29 CONGRESSO

TODOS AO 29º CONGRESSO DA UMES

CARD 29 CONGRESSO

 

Os estudantes de São Paulo têm uma importante missão no próximo dia 17 de abril: é hora de defender a Educação e o Brasil no 29º Congresso da UMES.

O 29º Congresso da UMES acontece em um momento especial. São 40 anos de trajetória, com muitas conquistas e inúmeras lutas que os estudantes da cidade de São Paulo estiveram na vanguarda.

Temos várias tarefas nesse próximo período e a organização dos estudantes será fundamental para darmos conta do recado. É hora de fortalecer a democracia e mostrar a força da mobilização popular para mudarmos o nosso Brasil.

Precisamos avançar na revogação da deforma que destruiu o Ensino Médio. Aprovar as 2.400 horas de Formação Geral Básica, colocar fim aos itinerários de “como fazer brigadeiro” e retomar o Ensino Técnico integrado ao Médio.

Aqui no Estado de São Paulo, temos que barrar o corte da Educação. As escolas públicas estão numa situação lastimável, sem professor, sem infraestrutura, sem laboratório, com sala de aula precária.

Por tudo isso, é fundamental a presença de todos os estudantes neste 29º Congresso da UMES, que será realizado no dia 17 de abril, na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, no centro de São Paulo.

Vamos DETONAR! Com muita mobilização na rua, com muitas assembleias nas escolas, com muita atividade, com grêmios fortes, que é isso que a gente precisa.

 

ACESSE AQUI A TESE AO 29º CONGRESSO DA UMES

 

Nikolas e Bolsonaro

Nikolas Ferreira na presidência da Comissão de Educação fortalece o terraplanismo bolsonarista

Nikolas e Bolsonaro

 

A indicação do deputado Nikolas Ferreira (PL) para a presidência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados é motivo de alerta para os estudantes. Um dos principais nomes do bolsonarismo no Congresso, Nikolas representa todo o retrocesso daqueles que atacaram a Educação Pública e a Ciência e que foram combatidos pelos estudantes durante o governo do inelegível.

Segundo as notícias veiculadas pela imprensa, a indicação do deputado teria como principal razão “provocar” os parlamentares que realmente se preocupam com a Educação Brasileira.

Neste ano de 2024, importantes pautas de interesse dos estudantes e da sociedade deverão ser debatidos no parlamento brasileiro, em especial as mudanças no Ensino Médio e no Plano Nacional de Educação, que são fundamentais para mudarmos a realidade de milhões de jovens brasileiros.

Um dia após a sua eleição, o deputado, que já chegou a dizer “não ter estudado” se o planeta Terra é ou não redondo e que “cagaria” para o tema, afirmou que pretende debater a famigerada educação domiciliar (homeschooling), onde os pais, ou tutores, seriam os responsáveis formais pela educação dos filhos.

A tese, que exclui a escola como eixo fundamental da Educação já foi amplamente rechaçada por todo o setor educacional, mantendo coro somente entre os fundamentalistas religiosos e bolsonaristas, que tem aversão a tudo o que é coletivo.

Vale lembrar que o parlamentar possui ainda uma condenação por transfobia contra a deputada Duda Salabert (PDT-MG) e, ao longo da pandemia, manteve uma postura anti-cientifica, divulgando diversas fake news contra a vacinação da população e incentivando os ataques de Bolsonaro à Saúde, que resultaram na morte de mais de 700 mil brasileiros.

A UMES de São Paulo se coloca a postos para um debate sério e construtivo em defesa da educação e dos estudantes brasileiros e repudia qualquer tentativa de transformar a Comissão de Educação em um ambiente de retrocesso pelos aliados do bolsonarismo.

cartilha de grêmios

Organize o Grêmio Estudantil com a UMES!

cartilha de grêmios

O Grêmio Livre Estudantil é a principal representação dos estudantes no ambiente escolar. É por meio dele que os estudantes apresentam suas demandas e lutam pela melhoria da Educação.

O Grêmio também é o primeiro instrumento democrático que a maioria dos jovens tem em seu desenvolvimento.

O Grêmio é a principal ferramenta da democracia dentro da escola. Tamanha a sua importância que sua existência é regulamentada por leis municipal, estadual e federal, neste caso, a Lei do Grêmio Estudantil, garante a livre organização dos estudantes e sua atuação como representação dos alunos.

É dever da União Municipal dos Estudantes Secundaristas fomentar a criação e apoiar a organização dos Grêmios Livres Estudantis. É por meio dos Grêmios que a UMES-SP atua nas escolas. O Grêmio Livre é a força principal do Movimento Estudantil.

Com base nisso, a UMES-SP desenvolveu uma nova cartilha sobre os grêmios estudantis. Nela podemos encontrar os direitos que o grêmio possui dentro da escola, qual a função do grêmio, processo eleitoral e outras pautas importantes.

Ficou interessado? Venha organizar seu grêmio com a gente!

Baixe aqui a Cartilha de Grêmios da UMES

Caras Pintadas2

BLOCO UMES CARAS PINTADAS – 30 anos de folia pelas ruas do Bixiga

Caras Pintadas2

Desfile comemorou os 30 anos do Bloco UMES Caras Pintadas – Foto: César Ogata

 

O Bloco UMES Caras Pintadas voltou às ruas na noite desta terça-feira levando alegria aos foliões do Bixiga. O desfile deste ano teve um tema especial: comemorar os 40 anos da UMES, os 30 anos de Bloco e do nosso trabalho cultural.

Uma grande festa que arrastou centenas de foliões com diversas atrações como, a Capoeira na UMES, que celebra os seus 10 anos, a Companhia de Samba Paulista e a Bateria Galo de Rinha, do Bloco Kolombolo.

“O nosso bloco de carnaval, UMES Caras Pintadas, foi um espetáculo, sucesso de público, sucesso de show de música, um sucesso de alegria que contagiou as ruas do Bixiga”, comemorou o presidente da UMES, Lucca Gidra. “O bloco foi ótimo para marcar nosso início de ano, para nos vigorar, trazer alegria e força para tocar esse ano de 2024, que vai ser um ano com muitas lutas para se travar”.

 

Caras Pintadas5

Apresentação da Capoeira da UMES, que completa 10 anos – Foto: César Ogata

 

Lucca relembra que bloco comemora os 40 anos da UMES. “Estamos iniciando esse nosso quadragésimo aniversário, com muita festa, muita alegria e com esse bloco que foi um espetáculo e a gente só tem a tirar boas memórias e boas recordações”, comemorou.

Junior Fernandes, organizador do bloco, destaca que são muitas celebrações envolvidas no desfile dos 30 anos do UMES Caras Pintadas. “Esse desfile de 2024 foi muito especial, um ano de comemoração, onde a nossa gloriosa UMES, completa 40 anos de vida lutando por uma educação melhor pra juventude”, disse.

“Nosso CPC completa 30 anos de existência levando cultura e arte pra escolas e também no nosso Cine-Teatro, a capoeira da UMES que completa 10 anos, levando a nossa cultura popular à cidade”, destacou.

Junior relembra que todos os anos o bloco aborda em suas marchinhas temas de interesse político e social para os estudantes, como a homenagem à Amazônia, ou a luta contra Bolsonaro. “Todos os anos nossa marchinha tem a questão política muito forte, mas, este ano, também usamos pra falar de alegria. O nosso bloco foi lindo, todo mundo cantando e pulando, aonde paramos com o carro foi pura alegria”, disse.

 

Caras Pintadas4

Companhia Paulista de Samba conduziu o desfile do bloco – Foto: César Ogata

 

Caras Pintadas3

Bateria Rinha de Galo, do bloco Kolombolo – Foto: César Ogata

2024 - Banner Teatro

CURSO DE FORMAÇÃO EM ARTES CÊNICAS CPC-UMES – 16ª EDIÇÃO

2024 - Banner Teatro

 

O CPC-UMES tem a satisfação de apresentar a 16ª Edição do Curso de Teatro totalmente gratuito. 

Serão realizadas oficinas de formação em artes cênicas voltadas para estudantes de escolas públicas. Para atender às diferentes experiências e níveis de conhecimento, dividimos as turmas em dois grupos: uma turma voltada para iniciantes no teatro e outra destinada aos mais experientes na área.

 As aulas acontecerão de segunda a sexta aqui no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, com início em março e encerramento em julho.

As inscrições começam a partir de 01/02 e vão até 29/02.

 

Local das Aulas:

Cine-Teatro Denoy de Oliveira – Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista

 

Turmas Iniciantes

Carga horária: 4 horas semanais – 1 vez por semana

Duração: de março a julho de 2024

Horário: das 14 às 18 horas – Turmas de quarta e sexta.

 

Turma Avançada

Carga Horária: 10 horas semanais – 3 vezes por semana

Duração: de março a julho de 2024

Horários: segunda – das 14h às 16h

                 terça – das 14h às 18h

                 quinta – das 14h às 18h

 

Todas as turmas receberão lanche durante as aulas e auxílio-transporte.

 

 

ATENÇÃO

 

As vagas para a “16ª edição da Oficina de Formação em Artes Cênicas CPC-UMES” foram preenchidas

Por isso, novas inscrições entrarão na lista de espera para vagas remanescentes.

 

Preencha o formulário disponível no site da UMES no link abaixo:

https://forms.gle/L41Nr7Jg2tup869a7

As inscrições também podem ser feitas pessoalmente em nossa sede de segunda a sexta das 9h às 18h.

 

Em caso de dúvidas entre em contato conosco pelo WhatsApp 11 3289-7475 ou pelo e-mail cursodeteatrodaumes@gmail.com

Não perca essa oportunidade e venha fazer parte do nosso núcleo de teatro!

O projeto é uma realização do CPC-UMES e conta com o apoio do Ministério da Cultura.

carteirinhasiteumes24

Solicite aqui o seu Bilhete Único do Estudante 2025

Nós que nos amavamos tanto

Mostra Permanente de Cinema Italiano no Bixiga chega ao 9º ano – Veja a programação

Nós que nos amavamos tanto

“Nós Que Nos Amávamos Tanto”, de Ettore Scola

 

Situado no coração do Bixiga, o Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta a 9ª Mostra Permanente de Cinema Italiano. Desde 2016, o Centro Popular de Cultura da UMES tem se dedicado a essa filmografia que se revelou uma grande surpresa: descobrimos que ela é muito mais vasta do que imaginávamos. Muito além dos clássicos eternizados, trouxemos à tela pequenos tesouros desconhecidos pelo público brasileiro.

Neste ano, escolhemos festejar o aniversário de 50 anos de estreia de “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (Ettore Scola, 1974), além do centenário de Marcello Mastroianni e os 90 anos de Sophia Loren. Um filme e dois atores, três dos maiores símbolos italianos, três imortais na história do cinema. Além disso, prestamos nossas homenagens aos cineastas Francesco Maselli e Giuliano Montaldo, que faleceram em 2023.

A 9ª Mostra Permanente de Cinema Italiano traz 43 filmes de 27 diretores ao longo de todo o ano, sempre às segundas-feiras, 19h, com entrada gratuita. Participem!

 

Mostra CinemaItaliano BannerWeb 700x250 2024

 

PROGRAMAÇÃO DE 2024

 

19/02 – ONTEM, HOJE E AMANHÃ

Vittorio De Sica (1963), 118 min. Comédia/Romance

26/02 – UMBERTO D.

Vittorio De Sica (1952), 89 min. Drama

04/03 – PERIGO: DIABOLIK

Mario Bava (1968), 105 min. Crime/Ação

11/03 – OS REVOLTOSOS

Francesco Maselli (1955), 102 min. Drama/Guerra

18/03 – TOTÓ FORA DA LEI

Camillo Mastrocinque (1956), 104 min. Comédia

25/03 – DOIS DESTINOS

Valerio Zurlini (1962), 115 min. Drama

01/04 – A MOÇA COM A VALISE

Valerio Zurlini (1961), 111 min. Romance/Drama

08/04 – KAPO – UMA HISTÓRIA DO HOLOCAUSTO

Gillo Pontecorvo (1960), 116 min. Drama/Guerra

15/04 – A BATALHA DE ARGEL

Gillo Pontecorvo (1966), 121 min. Drama/Guerra

22/04 – O PRIMEIRO HOMEM

Gianni Amelio (2011), 101 min. Drama

29/04 – BLOW UP – DEPOIS DAQUELE BEIJO

Michelangelo Antonioni (1966), 111 min. Thriller/Mistério

06/05 – PROFISSÃO: REPÓRTER

Michelangelo Antonioni (1975), 119 min. Thriller/Mistério

13/05 – O MUNDO PERDIDO

Vittorio De Seta (1954-59), 120 min. Documentário/Curta-Metragem

20/05 – O LADRÃO APAIXONADO

Mario Monicelli (1960), 106 min. Comédia/Drama

27/05 – O MARQUÊS DO GRILO

Mario Monicelli (1981), 135 min. Comédia/Ficção Histórica

03/06 – SACCO E VANZETTI

Giuliano Montaldo (1971), 125 min. Drama/História

10/06 – AGNES VAI MORRER

Giuliano Montaldo (1976), 135 min. Drama/Guerra

17/06 – A DÉCIMA VÍTIMA

Elio Petri (1965), 93 min. Ficção Científica/Comédia

24/06 – A PROPRIEDADE NÃO É MAIS UM ROUBO

Elio Petri (1973), 125 min. Comédia/Thriller

01/07 – ABAIXO A MISÉRIA!

Gennaro Righelli (1945), 90 min. Comédia/Drama

08/07 – A GRANDE BELEZA

Paolo Sorrentino (2013), 142 min.Comédia/Drama

15/07 – NÁPOLES MILIONÁRIA

Eduardo De Filippo (1950), 102 min. Comédia/Drama

22/07 – ERA UMA VEZ NO OESTE

Sergio Leone (1968), 175 min. Faroeste

29/07 – O BOM, O MAU E O FEIO (TRÊS HOMENS EM CONFLITO)

Sergio Leone (1966), 161 min. Faroeste

05/08 – MUSSOLINI – O ÚLTIMO ATO

Carlo Lizzani (1974), 135 min. Guerra/Drama

12/08 – OS PALHAÇOS

Federico Fellini (1970), 92 min. Comédia/Fantasia

19/08 – SESSÃO DUPLA: TOBY DAMMIT e ENSAIO DE ORQUESTRA

Federico Fellini (1968/1978), 115 min. Terror/Comédia

26/08 – AMORES NA CIDADE

Antonioni, Fellini, Lattuada, Lizzani, Maselli, Dino Risi, Zavattini (1953), 115 min. Drama/Romance

02/09 – SEM PIEDADE

Alberto Lattuada (1948), 95 min. Crime/Thriller

09/09 – O MAFIOSO

Alberto Lattuada (1962), 105 min. Comédia/Crime

16/09 – A VISITA

Antonio Pietrangeli (1964), 107 min. Comédia/Romance

23/09 – NÓS QUE NOS AMÁVAMOS TANTO

Ettore Scola (1974), 127 min. Comédia/Drama

30/09 – UM DIA MUITO ESPECIAL

Ettore Scola (1977), 106 min. Drama

07/10 – A IRRESISTÍVEL SABELLA

Dino Risi (1957), 99 min. Comédia

14/10 – ALMAS PERDIDAS

Dino Risi (1977), 102 min. Mistério

21/10 – SESSÃO DUPLA: A RICOTA e TEOREMA

Pier Paolo Pasolini (1963/1968), 133 min. Comédia/Mistério

28/10 – POCILGA

Pier Paolo Pasolini (1969), 99 min. Drama/Grotesco

04/11 – ALLEGRO NON TROPPO

Bruno Bozzetto (1976), 85 min. Fantasia/Musical

11/11 – OS GIRASSÓIS DA RÚSSIA

Vittorio De Sica (1970), 107 min. Guerra/Drama

18/11 – O LEOPARDO

Luchino Visconti (1963), 186 min. Drama/História

25/11 – POR UM DESTINO INSÓLITO

Lina Wertmüller (1974), 116 min. Comédia/Aventura

 

DIRETORES APRESENTADOS NA EDIÇÃO DE 2024

 

VITTORIO DE SICA (1901-1974)

Diretor, ator, escritor e produtor, Vittorio De Sica nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, ele fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.

De Sica voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Umberto D” (1951) – os dois primeiros realizados em parceria com o escritor Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Decameron 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).

 

MARIO BAVA (1914-1980)

Nasceu em Sanremo. Passou sua infância dentro de estúdios da era muda do cinema onde seu pai, Eugenio Bava, trabalhava com escultor, fotógrafo e câmera. A carreira de Bava começa como assistente de fotografia, para depois migrar para o departamento de efeitos especiais junto a seu pai. Como diretor, inicia com “I Vampiri” (1957), considerado o primeiro filme de terror italiano depois da era do cinema mudo. Depois, dirige “A Máscara do Demônio’ (1960), terror gótico de enorme sucesso. Suas obras mais conhecidas são: “A Garota Que Sabia Demais” (1963) e “Seis Mulheres Para o Assassino” (1964), que criaram as principais características do sub-gênero giallo.

 

FRANCESCO MASELLI (1930-2023)

Nasceu em Roma. O escritor e dramaturgo Luigi Pirandello, Prêmio Nobel de Literatura, foi seu padrinho de batismo. Durante a ocupação nazista, Maselli organizou os estudantes de ensino médio na União dos Estudantes Italianos. Após a libertação de Roma, ingressou no Partido Comunista Italiano. Rodou seu primeiro curta-metragem em oito milímetros em 1945 e em 1947 foi admitido no Centro Experimental de Cinematografia, graduando-se em 1949. Começou sua carreira como assistente de direção de Luigi Chiarini, Michelangelo Antonioni e Luchino Visconti. Seu longa de estreia foi “Os Revoltosos” (1955).

Ao longo de toda a vida, Francesco Maselli se dedicou às atividades políticas e em defesa da cultura. Foi membro do Comitê Cultural do Partido Comunista Italiano, presidiu a Associação Nacional de Autores de Cinema, foi fundador da Federação Europeia de Realizadores do Audiovisual, entre outras associações em defesa do Cinema.

Entre seus filmes de maior sucesso, estão: “Os Delfins” (1960), “Os Indiferentes” (1964) e “O Suspeito” (1975).

 

CAMILLO MASTROCINQUE (1901-1969)

Camillo Mastrocinque nasceu em Roma. Aos 24, já participava de grandes produções como o épico Ben-Hur (1925). Seu primeiro filme foi “Regina della Scala” (1937). Focou sua carreira em comédias, com uma parceria bem-sucedida com o ator Totó. Seus principais filmes são: “A Quadrilha dos Honestos” (1956), “Totò, Peppino e la…malafemmina” (1956) e “Totòtruffa ’62” (1961). Mastrocinque também assina produções do gênero horror, como “A Cripta do Vampiro” (1964), com Christopher Lee.

 

VALERIO ZURLINI (1926-1982)

Nascido em Bolonha, estudava Direito quando ingressou na Resistência, em 1943. Depois da 2ª Guerra Mundial, foi assistente de direção no Piccolo Teatro de Milão. Realizou em 1954 seu primeiro longa: “Quando o Amor é Mentira”, baseado no romance de Vasco Pratolini, “Le Ragazze di San Frediano”. Seu segundo longa, “Verão Violento” (1959), lhe trouxe notoriedade. “A Moça com a Valise” (1961) repetiu a dose. Mas Zurlini ficou mais conhecido por suas adaptações literárias: “Dois Destinos” (1962), adaptação de outro romance de Vasco Pratolini; “Mulheres no Front” (1965), baseado em romance de Ugo Pirro; “La Promessa” (1970) em uma peça de Aleksei Arbuzov e seu último filme “O Deserto dos Tártaros” (1976), em romance de Dino Buzzati.

 

GILLO PONTECORVO (1919-2006)

Gillo Pontecorvo foi um diretor de cinema italiano conhecido por suas obras com forte engajamento político. Nascido em Pisa, foi um cineasta influente no cinema realista. Sua obra mais famosa, “A Batalha de Argel” (1966), é um marco no cinema mundial, retratando a luta pela independência da Argélia. Pontecorvo combinou habilmente técnicas documentais com dramatização, gerando realismo e impacto social. Seu estilo autoral e comprometimento com questões sociais e políticas marcaram seu legado no cinema como um diretor visionário e provocador.

 

GIANNI AMELIO (1945 – )

De Catanzaro, região da Calábria, se formou em Filosofia na Universidade de Messina. Em 65, vai para Roma e trabalha como assistente de câmera. Pouco tempo depois, começa a dirigir seus próprios projetos para televisão. Em 1979, dirige seu maior sucesso na TV, “Il Piccolo Archimede”, que o faz ser comparado a Luchino Visconti. Em 1982, estreia no cinema com o filme “Colpi al Cuore”. Anos depois, filmaria seu primeiro grande sucesso “I ragazzi di via Panisperna” (1988), ganhador do prêmio de Melhor Filme no Festival de Albano. Em 1990, seu filme “As Portas da Justiça” é indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Entre seus sucessos estão: “O Ladrão de Crianças” (1992), “América – O Sonho de Chegar” (1994) e “Assim É Que Se Ria” (1998), que lhe rendeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza.

 

MICHELANGELO ANTONIONI (1912-2007)

Nasceu em Ferrara. Graduado em Economia, chega a Roma em 1940, onde entra para o Centro Sperimentale di Cinematografia, na Cinecittà. O primeiro sucesso foi “A Aventura” (1960), seguido por “A Noite” (1961) e “O Eclipse” (1962), que formam uma trilogia. Em 1964, lança seu primeiro filme colorido “O Deserto Vermelho”. Em 1966, seu primeiro filme em inglês, “Blow-Up – Depois Daquele Beijo”, e “Zabriskie Point” (1970), rodado nos EUA. Em 1985, sofreu um AVC e, apesar de ficar parcialmente paralítico e quase impossibilitado de falar, dirigiu outro filme com ajuda de Wim Wenders, “Além das Nuvens” (1995). Nesse mesmo ano é premiado com um Oscar pelo conjunto da sua obra.

 

VITTORIO DE SETA (1923-2011)

Nascido em Palermo, Vittorio De Seta estudou Arquitetura em Roma, antes de se tornar diretor. Realizou dez documentários entre 1954 e 1959, antes de dirigir sua principal obra “Bandidos em Orgosolo” (1961). Seus documentários e filmes focavam essencialmente o dia-a-dia de muitos trabalhadores sicilianos pobres, e eram notáveis a sua capacidade de narração, melodias calmas e cores fortes. Apesar de sua curta cinematografia, De Seta possui importância histórica para o cinema italiano e mundial. Também dirigiu “Um Homem Pela Metade” (1966), “L’invitata” (1969) e “Lettere dal Sahara” (2006).

 

MARIO MONICELLI (1915-2010)

Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 colaborou em cerca de 40 filmes, como argumentista, roteirista e assistente de direção. Como diretor, estreia em parceria com Stefano Vanzina em 1949 com “Totò Cerca Casa”. A colaboração dos dois diretores gerou oito filmes, entre eles, o célebre “Guardie e Ladri” (1951). “Os Eternos Desconhecidos” (1958), é considerado o primeiro do filão da commedia all`italiana. Em 1959, “A Grande Guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza e rendeu sua primeira indicação ao Oscar. A segunda viria em 1963, com “Os Companheiros”. Diversas outras películas merecem destaque, em sua carreira de mais de 60 filmes: “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966), “Meus Caros Amigos” (1975), “Um Burguês Muito Pequeno” (1977), “Quinteto Irreverente” (1982).

 

GIULIANO MONTALDO (1930-2023)

Nascido em Gênova, Giuliano Montaldo fez sua estréia como diretor com “Tiro Al Piccione” (1960), um filme sobre a Resistência Partisan. Seu segundo filme, “Una Bella Grinta”, estrelado por Norma Benguel, sobre um alpinista social durante a época do “milagre econômico italiano”, ganhou o prêmio especial do júri no Festival de Berlim (1965). Naquele ano, também foi assistente de direção da obra-prima de Pontecorvo “A Batalha de Argel”. Depois de ter filmado para a Paramount, nos EUA, voltou à Itália para realizar “Gott Mit Uns” (1969), “Sacco e Vanzetti” (1971) e “Giordano Bruno” (1973). Com “Agnes Vai Morrer” (1976), retomou o tema da Resistência. Em seguida, voltou-se para a televisão, tendo dirigido, entre outras, a minissérie Marco Polo (1982). Entre 1999 e 2003, foi presidente da RAI Cinema. Seus filmes mais recentes são: “Os Demônios de São Petersburgo” (2008), o documentário “O Ouro de Cuba” (2009) e “O Industrial” (2011).

 

ELIO PETRI (1929-1982)

Um dos mais fascinantes e irreverentes diretores de toda a Europa, o romano Elio Petri dirigiu os clássicos “Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita” (1970), “A Classe Operária Vai ao Paraíso” (1972) e “Juízo Final” (1976). Começou a carreira como crítico de cinema do L’Unità, jornal do Partido Comunista Italiano. Escreveu roteiros para Giuseppe De Santis, Carlos Lizzani e Dino Risi. Estreou na direção com “O Assassino” (1961). Realizou 13 longas, entre os quais “A Décima Vítima” (1965), “Condenado Pela Máfia” (1967), “A Propriedade não é mais um Furto” (1973), “A Boa Notícia” (1979). Seu cinema político combinava a abordagem marxista com uma alta capacidade cinematográfica na utilização de gêneros e estilos diversos, contribuindo para o debate do período, com observações sobre a sociedade e o poder, explorando questões sociais ainda hoje relevantes, como o crime organizado, a relação entre autoridades e cidadãos, o papel do artista, os direitos de classe e o consumismo.

 

GENNARO RIGHELLI (1886-1949)

Nascido em Salerno, foi diretor, roteirista e ator. Seguindo os passos de seu pai, inicia sua carreira teatral em 1902 em uma “companhia dialetal”, ou seja, um grupo que se utilizava de um dialeto regional da Itália, ao invés de sua língua oficial. Chegou ao cinema em 1911, ainda na época do cinema mudo, realizando curtas nos quais também atuava. Dirigiu grandes filmes históricos, dramas populares e comédias sentimentais. Seu filme “Silêncio Por Amor” (1930) é considerado o primeiro filme sonoro da Itália. Dirigiu Anna Magnani em “Abaixo a Pobreza” (1945), logo após a atriz ficar mundialmente conhecida com “Roma, Cidade Aberta” (1945). Também dirigiu “O Correio Secreto” (1928), “Colpi di Timone” (1942) e “Abaixo a Riqueza!” (1946).

 

PAOLO SORRENTINO (1970 – )

Nasceu em Nápoles, começou a trabalhar com cinema aos 25 anos, depois de cursar a Faculdade de Economia e Negócios. Seu primeiro filme foi o curta “Un Paradiso”, em 1994. Em 2002 participa do documentário “La Primavera del 2002 – L’Italia Protesta, l’Italia Si Ferma”, junto a mais de 40 diretores como Marco Bellochio, Mario Monicelli, Gillo Pontecorvo e os Irmãos Taviani. Seu próximo filme, “As Consequências do Amor” (2004), foi apresentado no Festival de Cannes e indicado à Palma de Ouro. Seu primeiro sucesso, “Il Divo” (2008), conta a história das ligações do líder democrata-cristão Giulio Andreotti com a máfia. Dirigiu também “O Amigo da Família” (2006), “Aqui É o Meu Lugar” (2011), “A Grande Beleza” (2013), “Juventude” (2015), “O Jovem Papa” (2016, série para televisão).

 

EDUARDO DE FILIPPO (1900 – 1984)

Nascido em Nápoles, foi dramaturgo, diretor, roteirista e ator. Assim como seu pai, Eduardo Scarpetta, Eduardo De Filippo foi um dos atores e autores mais representativos do teatro popular napolitano. Diversos membros da família Scarpetta/De Filippo se consagraram por sua atuação no teatro e posteriormente no cinema. Por sua contribuição e defesa da cultura popular italiana, Eduardo De Filippo foi nomeado senador vitalício da Itália em 1981.

Já estabelecido no teatro, Eduardo De Filippo começou a trabalhar com cinema em 1932. Seu primeiro filme como diretor foi “In campagna è caduta una stella” (1940), no qual também atua junto com seu irmão Peppino. Colaborou com Vittorio de Sica em alguns filmes, como no roteiro de “Matrimônio à Italiana” (1964), uma refilmagem do filme “Filumena Marturano” (1951) do próprio Eduardo. Entre seus filmes de maior sucesso estão: “Nápoles Milionária” (1950), “Napolitani a Milano” (1953), “Miseria e Nobiltà” (1955) e “Le Voci di Dentro” (1978).

 

SERGIO LEONE (1929 – 1989)

Sergio Leone foi um renomado diretor de cinema, célebre por seu impacto nos filmes de Velho Oeste. Nasceu em Roma e tornou-se um ícone do cinema mundial com sua abordagem estética inovadora. Leone ganhou reconhecimento principalmente pela “trilogia dos dólares”, estrelando Clint Eastwood, que redefiniu o gênero western spaghetti. Sua direção caracterizava-se por closes intensos, trilhas sonoras marcantes e a ampliação dos silêncios dramáticos. Além do sucesso nos westerns, ele explorou outros gêneros, como o épico “Era Uma Vez na América”. Sua visão única e influência perduram, consolidando-o como um dos mestres do cinema mundial.

 

CARLO LIZZANI (1922-2013)

Carlo Lizzani nasceu em Roma e começou sua carreira como roteirista em filmes como “Alemanha, Ano Zero” (Roberto Rossellini, 1948), e “Arroz Amargo” (Giuseppe De Santis, 1949), pelo qual recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Original. Como diretor, estreou com “Achtung! Banditi!” (1951), drama sobre a resistência antifascista. Seu filme “Os Amantes de Florença” (1954), adaptação do romance de Vasco Pratolini, recebeu o Prêmio Internacional do Festival de Cannes e duas Fitas de Prata. Pelo filme “Bandidos em Milão” (1968), ele ganhou o David di Donatello de Melhor Diretor e a Fita de Prata de Melhor Roteiro. Por seu filme de 1996, “Celluloide”, que fala das dificuldades enfrentadas por Roberto Rossellini durante as filmagens de “Roma, Cidade Aberta” (1945), recebeu outro David di Donatello.

 

FEDERICO FELLINI (1920-1993)

Nascido e criado em Rimini, região da Emilia-Romagna, Fellini se mudou para Roma em 1939, e começou escrever e desenhar caricaturas na revista Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema em 1942, redigindo histórias para o comediante Aldo Fabrizzi. A partir de 1945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada. Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Roma” (1972)”, “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978). “E La Nave Va” (1983).

 

CESARE ZAVATTINI (1902 – 1989)

De Luzzara, região da Emilia-Romagna. Foi roteirista, jornalista, dramaturgo, escritor, poeta e pintor italiano. Cesare Zavattini é mais conhecido por ser um dos principais expoentes do neo-realismo italiano, tendo contribuído no argumento e roteiro de diversos filmes do gênero, como os de Vittorio de Sica: “Ladrões de Bicicleta” (1948) e “Milagre em Milão” (1951), este último baseado no livro “Totó o Bom” (1943) de Zavattini.

Entre os cineastas com quem Zavattini trabalhou em seus mais de 80 roteiros, estão: Michelangelo Antonioni, Mauro Bolognini, René Clément, Giuseppe De Santis, Federico Fellini, Pietro Germi, Alberto Lattuada, Mario Monicelli, Elio Petri, Dino Risi, Roberto Rossellini, Luchino Visconti e Damiano Damiani. Como diretor, assinou apenas três filmes: “Amores na Cidade” (1953) e “I Misteri di Roma” (1963), ambos filmes coletivos, e “La veritaaaà” (1982), filme para televisão.

 

ALBERTO LATTUADA (1914-2005)

Lattuada nasceu em Milão e desde jovem manifestava um grande interesse pela literatura, o que o levou a escrever muitos artigos sobre cinema e a fundar uma publicação – Camminare – juntamente com seu companheiro de colégio Alberto Mondadori. Foi um dos nomes do neorrealismo, atuando no chamado “Grupo de Milão”, onde, além dele, nomes como Luigi Comencini e Dino Risi também figuravam. Lattuada começou no cinema como decorador de sets em 1933. Em 1940 participou do roteiro do filme “Piccolo Mondo Antico”, de Mario Soldati, que foi premiado no Festival de Veneza. Dirigiu seu primeiro filme em 1942, “Giacomo L’ Idealista”, mas começou a ser notado e a fazer sucesso com “O Bandido” (1946), seguido de “Il Delitto di Giovanni Episcopo” (1947). Em sua extensa filmografia destacam-se ainda “La Spiaggia” (1954) e “Bianco, Rosso e…” (1972), estrelado por Sophia Loren.

 

ANTONIO PIETRANGELI (1919-1968)

Romano, escrevia resenhas de filmes para revistas. Como roteirista, destaca-se sua participação nas obras “Obsessão” (1943), de Visconti, e “Europa ’51” (1952), de Rossellini. Na direção, estreou em 1953 com o filme “O Sol nos Olhos”. “Adua e suas Companheiras” (1960) foi um filme de destaque. “Conheço Bem Essa Moça” lhe rendeu três prêmios Nastro d’Argento de melhor diretor, melhor roteiro e melhor ator coadjuvante (Ugo Tognazzi). Pietrangeli faleceu aos 49 anos enquanto trabalhava no filme “História de um Adultério”, finalizado pelo diretor Valerio Zurlini.

 

ETTORE SCOLA (1931-2016)

Nasceu em Trevico. Ingressou no cinema como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpaso”, 1962). Seu primeiro filme foi “Fala-me de Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento internacional com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), tocante painel da Itália pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Splendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.

 

DINO RISI (1916-2008)

O milanês Dino Risi estudou medicina e formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista e trabalhou como assistente de direção. Nos anos 50, mudou para Roma, se tornando um dos grandes criadores da commedia all’italiana, junto a Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre eles: “O Signo de Vênus” (1955), “Um Vida Difícil ” (1961), “Aquele que Sabe Viver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (1971). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu o Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.

 

PIER PAOLO PASOLINI (1922-1975)

Poeta, escritor e cineasta, Pasolini nasceu em Bolonha. Compôs os primeiros poemas em dialeto friulano, “Poesia a Casarsa” (1942). Seus romances “Vadios” (1954) e “Uma Vida Violenta” (1959) lhe asseguraram o êxito literário. Dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, escrevendo depois roteiros e realizando vários filmes, entre os quais “Accattone” (1961), “Mamma Roma” (1962), “O Evangelho Segundo Mateus” (1964), “Gaviões e Passarinhos” (1966), “Édipo Rei” (1967), “Teorema” (1968), “Medeia” (1969), “Pocilga” (1969), “Decameron” (1971), “Salò ou os 120 Dias de Sodoma” (1975). Repudiado pelo Vaticano, quando lançado em 1964 no Festival de Veneza, “O Evangelho…” foi reabilitado em 2014, um ano após a posse do Papa Francisco, como “o melhor filme já feito sobre a vida de Jesus Cristo”.

 

BRUNO BOZZETTO (1938 – )

Bruno Bozzetto, nascido em Milão, é um renomado animador, ilustrador e diretor italiano. Reconhecido por seu estilo único de animação, Bozzetto tornou-se um ícone do cinema de animação europeu. Ganhou destaque com curtas como “Mister Tao” e “Europe and Italy”, além de filmes como “Allegro non Troppo” (1976), uma sátira genial à animação clássica. Seu humor inteligente e crítico aborda questões sociais e políticas de maneira cativante, conquistando fãs ao redor do mundo. Bozzetto é celebrado por sua inventividade e contribuição significativa para o universo da animação.

 

LUCHINO VISCONTI (1906-1976)

Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, nasceu em Milão e descende da família Visconti da antiga nobreza italiana. Começou seu trabalho no cinema como assistente do diretor francês Jean Renoir nos filmes “Toni” (1934), “Les Bas-Fonds” (1936), “Partie de Campagne” (1936). Ingressou no Partido Comunista da Itália em 1942. Seu primeiro filme como diretor foi “Obsessão” (1943). Voltou-se em seguida para o teatro. Em 1948, realizou “La Terra Trema”, um clássico do cinema neo-realista. Recebeu sua primeira premiação no Festival de Veneza (Leão de Prata), em 1957, pelo filme “As Noites Brancas” – baseado em conto de Fiodor Dostoievski. Em 1960, chega aos cinemas “Rocco e Seus Irmãos” e, em 1963, o mais aplaudido de seus trabalhos, “O Leopardo”, adaptação do romance de mesmo nome de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Depois vieram “As Vagas Estrelas da Ursa” (1965), “O Estrangeiro” (1967), “Os Deuses Malditos” (1969), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig” (1972), “Violência e Paixão” (1974) e “O Intruso” (1976). Assina também a direção de 42 peças teatrais e 20 óperas encenadas entre 1945 e 1973.

 

LINA WERTMÜLLER (1928-2021)

Nascida em Roma, Arcangela Felice Assunta Wertmüller von Elgg Spanol von Braucich estudou teatro e trabalhou como assistente de direção de Giorgio Lullo nos anos 50. No cinema, foi assistente de Federico Fellini em “Oito e Meio” (1963). Estreou como diretora com “I Basilischi” (1963). Em 1965 dirigiu o filme em episódios “Questa Volta Parliamo di Uomini” e para a televisão “Il Giornalino di Gian Burrasca”, adaptação do romance homônimo de Vamba. Assinou outras dezessete longa-metragens, entre os quais “Mimi, o Metalúrgico” (1972), “Amor e Anarquia” (1973), “Pasqualino Sete Belezas” (1975), “Sábado, Domingo e Segunda” (1990), “Ninfa Plebeia” (1996). Em 2001 lançou “A Pequena Orfã”, telefilme estrelado por Sophia Loren, extraído do romance homônimo da escritora napolitana Maria Orsini Natale. Lina foi a primeira mulher indicada ao Oscar de Melhor Direção, por “Pasqualino Sete Belezas” e, em 2019, a cineasta foi agraciada com um Oscar pelo conjunto de sua obra.