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UMES – 39 ANOS DE HISTÓRIA!

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Hoje se completam 39 anos de existência da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo, a gloriosa UMES, que foi fundada em 1984, refundada em 1990 e segue até hoje ativa na luta pela educação e pelo Brasil!

 

Ao longo destes anos, a UMES participou das mais importantes lutas e obteve grandes conquistas, como o passe livre estudantil, a meia-entrada, além das derrotas de Collor e Bolsonaro. A UMES sempre esteve na linha de frente, organizando e mobilizando os estudantes em todas as principais batalhas do país!

 

Levamos como uma das nossas bandeiras a defesa da cultura popular brasileira. Durante o Congresso da UMES de 1994 foi aprovada a criação do Centro Popular de Cultura da UMES, o CPC-UMES, que contou com grande empenho de grandes figuras da nossa cultura, como Sérgio Rubens de Araújo Torres e o cineasta Denoy de Oliveira, este último, estrela de nossa última mostra de cinema, criada em sua homenagem.

 

 

Sua paixões continuam vivas no fundamental trabalho cultural que a UMES produz diariamente e que possui um resultado impressionante: diversas mostras de cinema nacional e internacional, 10 anos do projeto de capoeira, Bloco Umes Caras Pintadas, mais de 100 CDs de música gravados, inúmeros shows com os melhores artistas da música popular brasileira, cursos de formação, apresentações teatrais e muito mais.

 

A UMES luta contra as injustiças, organiza a revolta para obtermos vitórias. É uma ferramenta do povo e dos estudantes para poderem mudar e melhorar a realidade que vivemos.

 

Fizemos muita coisa durante esses 39 anos, muitas lutas e batalhas. Mas temos muito a contribuir nas lutas do presente e nas lutas que virão.

 

O Brasil precisa entrar nos trilhos do desenvolvimento e precisamos melhorar a vida do povo. A educação não pode ser tratada como gasto e nem mercadoria. É preciso de investimento nas escolas, um Ensino Médio que responda aos anseios da juventude, Ensino Integral e Técnico de qualidade para nossos estudantes!

 

Continuaremos na luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade. Por uma pátria livre e soberana.

 

Agradecemos a todos os estudantes, gremistas, ativistas e pessoas que participam e contribuíram de alguma forma para construção da entidade que representa os estudantes da maior cidade do nosso país.

 

 

Agradecemos a todos àqueles que a UMES representa, a cada grêmio estudantil, e a todos os ativistas que constroem a luta nos dias de hoje.

E para aqueles que ainda não participam, que essas palavras sirvam como um convite: venham para luta com a gente! Temos muito por fazer ainda!

 

União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo

11 de Novembro de 2023.

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Governo envia projeto ao Congresso para revogar a Deforma do Ensino Médio

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Nossa luta agora é para que o Congresso aprove uma nova política nacional para o Ensino Médio que garanta qualidade e esteja vinculada aos interesses do país

 

O presidente Lula enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei que altera a Lei nº 9.394/1996, de diretrizes e bases da educação nacional, estabelecendo novas alterações na política nacional do Ensino Médio. A medida revoga o desmonte realizado pelos governos Temer e Bolsonaro, batizado de Novo Ensino Médio, que reduzia os conteúdos obrigatórios e instaurava os chamados “itinerários normativos”.  

O projeto apresentado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, traz significativos avanços à proposta inicial que havia sido enviada pelo MEC à Casa Civil, em especial a recomposição da carga horária destinada à Formação Geral Básica (FGB) do ensino médio para 2.400 horas.

As alterações reforçam o posicionamento apresentado pelos movimentos estudantis e de luta pela Educação que defendem o retorno dos conteúdos das matérias essenciais, assim como a proibição da aplicação das disciplinas da FGB na modalidade à distância, o chamado EAD.

O ministro da Educação, Camilo Santana, esteve ao lado do presidente para a assinatura do projeto acompanhado de representantes de diversas entidades representativas do setor.

“Na busca pelo consenso, o que nos une é a certeza de que nossa juventude merece mais oportunidades, com ensino médio atrativo e de qualidade. O MEC seguirá de portas abertas para construir coletivamente as soluções que a Educação e o Brasil precisam”, afirmou Santana.

VITÓRIA DOS ESTUDANTES

Lideranças do movimento estudantil consideraram a proposta de reforma do Ensino Médio apresentada pelo presidente Lula como uma importante vitória. “A revogação da deforma do Ensino Médio é uma das principais lutas dos estudantes”, afirmou o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP), Lucca Gidra.

“O Novo Ensino Médio piorou muito a situação das escolas brasileiras, esta deforma foi elaborada de acordo com os interesses de grandes grupos empresariais sem levar em conta a realidade da escola pública no Brasil”, avaliou Lucca.

Na avaliação do líder estudantil, “o projeto de lei apresentado pelo governo Lula revoga os principais pontos deste ataque à educação e oferece condições para avançarmos na luta por uma educação de qualidade”.     

“Este projeto representa uma importante vitória da luta daqueles que defendem a educação pública brasileira. Agora precisaremos atuar no Congresso, pressionando os parlamentares, para garantir os avanços e a aprovação urgente desta reformulação do Ensino Médio”.

PRECISAMOS DE INVESTIMENTO

Lucca pondera que apenas a mudança na grade curricular não será capaz de garantir a mudança necessária do Ensino Médio.

“Não iremos transformar o ensino brasileiro sem investimento. O Brasil exige uma educação de qualidade, com direito ao Ensino Integral de verdade para todos os estudantes, com acesso ao Ensino Técnico que esteja vinculado às necessidades do nosso país e uma universidade pública que permita que alcancemos nossos sonhos. O investimento é o principal passo para darmos um salto de qualidade na educação do Brasil e estaremos na luta para mudar esta situação”, pontuou Lucca.

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Mostra “Denoy de Oliveira – A Arte da Resistência”, celebra os 90 anos do fundador do CPC-UMES

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A partir do dia 31 de outubro, o Centro Popular de Cultura da UMES (CPC-UMES) inicia uma série de homenagens a um dos seus fundadores. “Denoy de Oliveira – A arte da resistência” celebrará os 90 anos do nascimento e os 25 anos da partida desse grande artista que, além de cineasta, também foi ator, diretor, dramaturgo, roteirista, produtor e compositor.

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As homenagens acontecerão no Cine-Teatro que leva o nome de Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, no Bixiga, entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro. Onde serão exibidos dois documentários e quatro longas-metragens de ficção dirigidos por ele, além do curta de animação Cristo Procurado, dirigido pelo irmão, Rui de Oliveira.

Integrante do Centro Popular de Cultura da UNE, até o seu fechamento pelo golpe militar de 1964, e um dos fundadores do Grupo Opinião, Denoy possui “uma existência rica como poucas e que inspira e norteia o trabalho do CPC da UMES até hoje”, como define a equipe do CPC-UMES.

Após as exibições dos filmes da também serão realizadas rodas de conversa com amigos e personalidades sobre a trajetória de Denoy e sua obra.

 

EXPOSIÇÃO

 

O saguão do Cine-Teatro abrigará ainda uma exposição contando a trajetória de Denoy desde os tempos de teatro amador, passando pelo Teatro Nacional de Comédia, CPC da UNE, Grupo Opinião, a consagração como cineasta e a fundação da APACI (Associação Paulista de Cineastas) e do CPC-UMES. Tótens sonoros permitirão aos presentes conhecer um pouco da faceta cantor e compositor de Denoy.

Os materiais foram cedidos pelos irmãos, o também cineasta Xavier de Oliveira e o ilustrador Rui de Oliveira, e pela família da viúva, Maraci Mello.

“A homenagem que Denoy merece não cabe em cinco dias ou em um espaço tão pequeno como o nosso. Esse é só o começo! Com o auxílio da família faremos nesses dias uma pequena exposição com alguns dos momentos marcantes da vida de nosso fundador. Nos concentraremos, principalmente, nas suas três principais áreas de atuação: cinema, teatro e música. O mote? A Arte da Resistência!”, destaca a equipe do CPC-UMES.

 

SERVIÇO:

 

 

Mostra Denoy de Oliveira – A arte da resistência

Abertura: de 31 de outubro até 4 de novembro, sempre às 19 horas.

Local: Cine-Teatro Denoy de Oliveira

Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista – São Paulo – SP

 

 

Exposição Denoy de Oliveira – A arte da resistência

Abertura: 31 de outubro, às 18 horas.

Funciona até 4 de novembro, das 18 h às 23 h.

Local: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista – São Paulo – SP

 

 

PROGRAMAÇÃO

 

TERÇA – 31/10 – 19 h

 

Cristo Procurado 

CURTA-METRAGEM | 1990 | DIR. RUI DE OLIVEIRA

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Numa cidade latino-americana, durante uma missa, personalidades percebem com espanto que Cristo não está mais pregado à cruz. Os esquemas de segurança são acionados. Cristo será encontrado à frente de uma passeata. A repressão é violenta.

 

A animação, dirigida por Rui de Oliveira, é dedicada por ele ao irmão, Denoy, que fez a produção executiva do filme e criou as vozes da maioria dos personagens.

 

 

Amante Muito Louca 

COMÉDIA | 1973 | DIR. DENOY DE OLIVEIRA

(DEBATE COM Rui de Oliveira e Xavier de Oliveira)

 

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Filme de estreia de Denoy na Direção. Conta a história de Amâncio, um alto funcionário de um banco, casado e pai de dois filhos, típico pai de família da classe média brasileira. Paralelamente à sua vida familiar, aparentemente bem constituída e em perfeita harmonia, Amâncio tem uma amante: a temperamental vedete de teatro Brigite, a louca!

 

Nas férias do bancário, a família decide viajar para Cabo Frio. Brigite se sente rejeitada e resolve também desfrutar dos prazeres da família oficial, para o terror do amante.

  

FESTIVAL DE GRAMADO 1974

 

Melhor Filme, Prêmio Especial do Júri, Melhor Diretor, Melhor Atriz (Teresa Raquel), Melhor Ator Revelação (Stepan Nercessian)

 

PRÊMIO GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO 1975

 

Melhor Diretor (Denoy de Oliveira)

 

PRÊMIO CORUJA DE OURO DO INSTITUTO NACIONAL DO CINEMA

 

Melhor Atriz (Teresa Raquel)

 

 

QUARTA- 01/11 – 19 h

 

 

7 Dias de Agonia (O encalhe) 

DRAMA | 1982 | DIR. DENOY DE OLIVEIRA

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Numa estrada enlameada, em dia de chuva torrencial, os veículos atolam um após o outro, totalizando trezentos. Motoristas e passageiros estão todos encalhados, e cada um vive seu drama particular: a carga de Zezinho é de sorvetes, um fazendeiro conduz um cavalo de raça para cruzamento, uma kombi com freiras fica retida entre caminhões, um ônibus lotado de retirantes não consegue passagem.

 

Enquanto todos aguardam uma solução, a fome e o cansaço criam inesperadas relações.

 

 

FESTIVAL DE GRAMADO – 1982

Melhor Atriz Coadjuvante – Ruthinéia de Moraes

 

PRÊMIO GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO – 1983

Melhor Filme

 

FESTIVAL DEL NUEVO CINE LATINOAMERICANO DE HAVANA – 1983

Prêmio “El Quijote”

Melhor Filme

 

PRÊMIO ESPECIAL DA “AIR FRANCE”

Melhor Diretor – Denoy de Oliveira

 

QUINTA – 02/11 – 19 h

 

 O Baiano Fantasma

DRAMA | 1984 | DIR. DENOY DE OLIVEIRA

 

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Lambusca (José Dumont) é um paraibano que vem para São Paulo em busca de uma vida melhor. Vai morar na favela, em casa do conterrâneo Antenor. O retirante acaba trabalhando para um grupo de agiotas, fazendo cobrança de dívidas.

 

Durante uma “visita” sua, um devedor tem um ataque do coração e morre. Lambrusca vira suspeito pela morte e perde suas mordomias. Ele consegue fugir, mas a polícia, uma vizinha sonhadora e uma cantora de boate estão em seu encalço.

 

No final do filme, Denoy de Oliveira presta homenagem a dois homens do norte, que amam a sua cultura. Ao seu pai, Francisco Xavier, que identifica como paraense, sapateiro e anarquista. E ao veterano ator Rafael de Carvalho, identificado como paraibano, contador/ator e “soldado do povo” que faz seu último filme.

 

FESTIVAL DE GRAMADO 1984

 Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator – José Dumont

 

FESTIVAL DE HAVANA 1985

Melhor Ator – José Dumont

 

II FESTIVAL DE CINEMA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Troféu de Ouro de Melhor Filme

 

PRÊMIO GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO

 Melhor Filme, Melhor Ator – José Dumont, Melhor Ator Coadjuvante – Júlio Calasso e Prêmio Especial a Rafael Carvalho.

 

TROFÉU APCA 1985

Melhor Ator Coadjuvante (Carlos Bucka)

 

 

SEXTA – 03/11 – 19 h

 

Pega Ladrão! 

DOCUMENTÁRIO | 1994 | DIR. DENOY DE OLIVEIRA

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Produzido em 1994 pelo CPC-UMES, com direção de Denoy de Oliveira, fotografia de Hemano Penna e música de Caíto Marcondes. “Pega Ladrão!” nasce com a finalidade de se contrapor à massacrante campanha em toda mídia contra as nossas estatais. Vai atrás do neoliberalismo privatizador e da rapinagem sobre nossas riquezas, denunciando a privatização das estatais brasileiras, nos setores de siderurgia, eletricidade, telecomunicações e petróleo. O vídeo traz depoimentos de Barbosa Lima Sobrinho, Euzébio Rocha, general Andrada Serpa, Nelson Werneck Sodré e dos estudantes no 30º Congresso da UBES.

 

 JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA 1994

 Tatu de Ouro de Melhor Vídeo Educativo

 

 

Que Filme “tu vai” Fazer? 

DOCUMENTÁRIO| 1991 |DIR. DENOY DE OLIVEIRA

que filme

 

Num cemitério, um cineasta contempla as lápides da Embrafilme e da reserva de mercado, extintas por Collor no início de seu governo. Após o sepultamento, Denoy de Oliveira percorre todo o Brasil perguntando ao povo “Que Filme ‘Tu Vai’ Fazer?”. Com o cinema brasileiro em amplo desmonte, Denoy entrevista o público e outros cineastas que falam de seus sonhos e projetos. Um painel vai sendo desenhado sob o rancor e o deboche de um personagem símbolo, o Jack da MPA (Motion Pictures Association).

 

 

SÁBADO – 04/11 – 19 h

 

A Grande Noitada

COMÉDIA | 1998 | DIR. DENOY DE OLIVEIRA

 

noitada 

 

Um rico industrial, Tristão Roque Brasil (Othon Bastos), é amargamente derrotado nas eleições para prefeito. Quando sua empresa quase lança no mercado um produto estragado, Tristão tem um princípio de enfarte. Em casa, a vida de Tristão é ainda mais decepcionante. A esposa o trata com frieza e seus filhos só querem seu dinheiro. A única alegria está nos momentos que passa assistindo a óperas. Rumando solitário para a récita de ‘Elixir do Amor’, Tristão encontra Mimi, uma manicure que o leva para o que seria sua primeira relação extraconjugal. Em meio à grande noitada, Tristão tem um novo ataque.

 

XXX FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO 1998

 

Prêmio Especial da Crítica Melhor Ator Coadjuvante (Augusto Pompêo)


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Denoy Gonçalves de Oliveira (Belém, PA, 1933 – São Paulo, SP, 1998). Diretor, ator, produtor, dramaturgo, roteirista, compositor. Cresce no subúrbio do Rio de Janeiro, onde começa a trabalhar aos 14 anos em funções diversas. Cursa Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a partir de 1957, sem concluir a graduação, e artes cênicas na Escola de Teatro Martins Pena. Depois de várias peças amadoras, estreia como ator profissional na peça O Círculo de Giz Caucasiano (1962), dirigida por José Renato para o Teatro Nacional de Comédia.

Em 1963 passa a integrar o Centro Popular de Cultura da UNE. Em 1964, após o fechamento do CPC pelo Golpe Militar, funda junto com Ferreira Gullar, Vianninha, João das Neves Teresa Aragão, Paulo Pontes, Armando Costa e Pichin Plá o Grupo Opinião. Começa no cinema com o irmão e cineasta Xavier de Oliveira (1937), fazendo produção, trilhas sonoras e atuando. Em 1973 escreve e dirige seu primeiro longa Amante “Muito Louca”! (1973), prêmio de melhor direção no 2º Festival de Gramado. Muda-se, em 1976 para São Paulo, onde se torna um dos principais articuladores da fundação da Associação Paulista de Cineastas (Apaci).

Dirige mais três longas 7 Dias de Agonia (O Encalhe) (1982), O Baiano Fantasma (1984) e A Grande Noitada (1997), pelos quais é premiado nacional e internacionalmente, além de curtas, médias e documentários.

Atua em diversos filmes, além de compor e cantar trilhas sonoras, escrever roteiros e produzir. Em 1994 funda o Centro Popular de Cultura da UMES.

 

 

Xavier de Oliveira (Rio de Janeiro, 1937) é cineasta, roteirista, produtor. Seu curta de estreia, Escravos de Job (1965) venceu o 1º Festival JB/Mesbla de Cinema Amador. Dirigiu cinco longas-metragens (Marcelo Zona Sul, André a Cara e a Coragem, O Vampiro de Copacabana, Gargalhada Final e Adágio ao Sol), além de curtas e documentários. Fez também roteiros e, produziu e atuou.

 

 

Rui de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro. Estudou pintura no Museu de Arte Moderna desta cidade, artes gráficas na Escola de Belas Artes da UFRJ e, durante 6 anos ilustração na Moholy-Nagy University of Art and Design, em Budapeste. Estudou também cinema de animação no estúdio húngaro Pannónia Film.

Foi Diretor de Arte da TV-Globo e da TV-Educativa atual TV-Brasil. Entre suas aberturas e vinhetas destacam-se as criadas para a primeira versão da novela Sítio do Pica-Pau Amarelo e a reformulação do vídeo-grafismo da TVE.

Já ilustrou mais de 140 livros e projetou dezenas de capas para as principais editoras de literatura infanto-juvenil brasileiras, e é autor de seis filmes de animação, tendo recebido muitos prêmios por seu trabalho com animador e ilustrador. Entre eles por 4 vezes o Prêmio Jabuti de ilustração. Recebeu em 2006 o prêmio de literatura infanto-juvenil da Academia Brasileira de Letras com o seu livro Cartas Lunares.

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NÃO AO CORTE DE 9 BILHÕES DE TARCÍSIO NA EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO

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O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) enviou para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para reduzir o orçamento da Educação no Estado de 30% para 25% da receita. Com a medida, a já combalida educação pública paulista sofrerá um corte de R$ 9 bilhões para o próximo ano.

A brecha que a proposta do governo para justificar o corte é que a Constituição Federal determina que os estados apliquem 25% de seus recursos no ensino público. Porém, a Constituição do Estado de São Paulo determina que o valor mínimo a ser aplicado anualmente é de 30%.Tarcísio alega que a medida deve ser realizada para aumentar o orçamento da Saúde em SP.

A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) considera que o corte de Tarcísio representa um dos mais sérios ataques à Educação de São Paulo realizado nos últimos anos.

“Desde a reorganização escolar de 2015 [quando o governo estadual anunciou o fechamento de mais de 3 mil salas de aula no Estado], eu acho que a educação do estado de São Paulo nunca teve tão em risco quanto agora, com esse corte de R$ 9 bilhões. As escolas já estão sem estrutura, já tem falta de professores constantes, os alunos já carecem de questões básicas, como, por exemplo, a gente tem uma aula num laboratório, e agora, com esse corte, a possibilidade de a gente ter uma educação de qualidade fica quase impossível”, diz Lucca Gidra, presidente da UMES.

“O que precisamos é de mais investimento e o que o governador está fazendo de maneira muito insensível é cortar o orçamento da educação justamente no momento que a gente precisa investir, precisamos avançar nosso país, precisamos nos desenvolver, ele está fazendo esse corte”, repudia Lucca.

PRECARIZAÇÃO

Tarcísio alega que a proposta de flexibilizar a vinculação adicional de 5% para que possa ser utilizado tanto na manutenção e no desenvolvimento do ensino, como para financiamento adicional das ações e serviços de saúde, para o fortalecimento do setor de saúde no estado.

Mas, como alerta Lucca, os recursos são essenciais para a educação do Estado que sofre com escolas sem recursos e destruídas.

“Só para ter uma ideia da importância dessa verba, esses R$ 9 bilhões representam 16% do orçamento da área e esses recursos vão fazer falta. As escolas esse ano já pararam de receber absorvente, que estavam previstos no programa dignidade íntima, já receberam menos dinheiro para investimento e reforma nos prédios. Os grêmios também ficaram sem verbas esse ano”, disse o presidente da UMES.

“Então o governo já está fazendo uma política de diminuição de repasse das políticas públicas que vieram do último período e agora, com esse corte, vai ficar mais gritante a situação. É um projeto que visa precarizar o ensino para abrir margem para privatizar”, denuncia Lucca.

PROTESTO

“Tarcísio e seu secretário, Renato Feder já jogaram abertamente que pretendem privatizar a gestão das escolas, que querem mercantilizar o máximo possível e essa precarização do ensino vem nesse sentido”, .

O líder estudantil ressalta ainda que as necessidades da saúde não podem ser justificativa para cortar a verba da educação.

“É claro que precisa de verba pra saúde, mas não é retirando o dinheiro da educação que a gente vai resolver o problema da saúde. Precisamos de dinheiro pra ambos e precisamos de investimento para ambos. É uma vergonha que o estado de São Paulo, o maior do país, na segunda maior economia da América Latina, tenha escolas que não tem professor, escola que não tem laboratório, escola onde a galera sai da escola sem saber o básico de português e de matemática”, critica.

Lucca afirma que um ato foi convocado por professores e estudantes para a próxima sexta-feira, dia 20, contra os cortes de Tarcísio.

“Dia 20, convocamos todo mundo, chamamos para a manifestação em frente à Secretaria de Educação para dar um basta e barrar esses cortes”, ressalta Lucca.

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Pedro Monzón Barata, Cônsul Geral de Cuba em São Paulo, apresenta a primeira sessão de “Eu Sou Cuba” na 9ª Mostra Mosfilm

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Lucca Gidra, presidente da UMES, e Pedro Monzón Barata / Foto: Eduardo Ogata

 No último sábado (07), tivemos a honra de receber Pedro Monzón Barata, Cônsul Geral de Cuba em São Paulo, para apresentar a primeira sessão do filme “Eu Sou Cuba”, de Mikhail Kalatozov, na 9ª Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo.

Desde que recebeu nosso convite para estar conosco, o Cônsul ficou bastante animado, e preparou um belíssimo discurso, que certamente tornou a sessão e o momento únicos na história da Mostra Mosfilm.

Destacamos alguns trechos marcantes da fala do Cônsul, e ao final desta postagem reproduzimos o discurso na íntegra.

Agradecemos mais uma vez a participação do Cônsul, e o esperamos nas próximas edições da Mostra.

A seguir, os destaques:

“O cinema foi um objetivo central do desenvolvimento cultural de Cuba, e por isso foi uma das primeiras instituições criadas no mesmo ano do triunfo da Revolução Cubana, em 1959, com o nome de Instituto del Arte y la Industria Cinematográfica (ICAIC).”

“Eu Sou Cuba”, o filme que apreciaremos hoje, foi precisamente uma expressão, na área do cinema, desse propósito cultural de Cuba, e das magníficas relações que estavam começando entre o nosso país e a União Soviética, em todas as esferas.
Filmado em preto e branco, foi lançado em 1964 em ambos os países. Levou mais de um ano para ser produzido e foi o resultado de uma coprodução entre o MOSFILM e a ICAIC, da qual participaram milhares de pessoas.
Seu diretor é Mikhail Kalatozov, que já era um cineasta muito famoso, tendo dirigido anteriormente o renomado filme soviético “Quando Voam as Cegonhas”.

“Além do fato de eu ser cubano, minha conexão com esse filme se deve à minha amizade com o infelizmente falecido Sergio Corrieri, o protagonista principal.”

“Sergio Corrieri se destacou como homem de teatro, televisão e cinema. Participou de vários filmes cubanos, entre os quais os mais famosos são “Hombre de Maisinicú” e “Memorias del Subdesarrollo”, também considerado uma joia da filmografia latino-americana.”
“Foi por isso que tomei conhecimento dos detalhes e da importância desse filme anos atrás, quando fui Embaixador de Cuba na Malásia, entre 2004 e 2008.”

“Corrieri me contou sobre as peculiaridades desse filme e como poderia ser interessante apresentá-lo ao público da Malásia.

Então, no início do ano 2000, comecei a procurar o filme, o que foi particularmente difícil. No final, obtive a licença de projeção e conseguimos levá-lo para a Malásia, exatamente na época em que Corrieri estava nos visitando como Presidente do ICAP.

O filme foi exibido para o público da Malásia e apresentado pelo próprio Sergio Corrieri. O resultado foi muito positivo.”

“O filme se desdobra em quatro histórias que retratam a tragédia cubana durante a terrível ditadura de Fulgencio Batista, que precedeu o triunfo da Revolução. O ingrediente constante e comum, que conecta todas as histórias, é a extrema polarização da riqueza em Cuba, liderada por uma elite corrupta que desfrutava de uma vida suntuosa, enquanto a maioria do povo vivia em condições de miséria, ignorância e insalubridade. O filme reflete também a extrema repressão contra a população e a massa estudantil insatisfeita.”
“A humilhante subordinação aos Estados Unidos, em torno da qual floresceram cassinos, drogas e crimes, que envergonharam os cubanos, é um protagonista muito importante em ‘Eu Sou Cuba’.”

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Valério Bemfica, presidente do CPC-UMES, Pedro Monzón Barata, Bernardo Torres e Susana Lischinsky, do CPC-UMES Filmes
Foto: Eduardo Ogata

 A seguir, a íntegra do discurso:

 

Discurso integral de Pedro Monzón Barata, Cônsul Geral de Cuba em São Paulo, por ocasião da exibição do filme “Eu Sou Cuba” na 9ª Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo, em 07/10/23.

Queridos amigos, boa noite.

Hoje assistiremos a um filme excepcionalmente interessante sobre Cuba.
Deixem-me dar algumas informações básicas.

O cinema foi um objetivo central do desenvolvimento cultural de Cuba, e por isso foi uma das primeiras instituições criadas no mesmo ano do triunfo da Revolução Cubana, em 1959, com o nome de Instituto del Arte y la Industria Cinematográfica (ICAIC).

Eu Sou Cuba”, o filme que apreciaremos hoje, foi precisamente uma expressão, na área do cinema, desse propósito cultural de Cuba, e das magníficas relações que estavam começando entre o nosso país e a União Soviética, em todas as esferas.

Filmado em preto e branco, foi lançado em 1964 em ambos os países. Levou mais de um ano para ser produzido e foi o resultado de uma coprodução entre o MOSFILM e a ICAIC, da qual participaram milhares de pessoas.

Seu diretor é Mikhail Kalatozov, que já era um cineasta muito famoso, tendo dirigido anteriormente o renomado filme soviético “Quando Voam as Cegonhas”.

O roteiro foi compartilhado entre um famoso poeta soviético, Evgeny Evtushenko, e o também famoso escritor cubano Enrique Pineda Barnet, que tem em seu currículo vários filmes cubanos importantes, como “La Bella del Alhambra”.

O elenco é eminentemente cubano, com destaque para os atores Sergio Corrieri e Salvador Wood. Muitos dos outros participantes não eram realmente artistas, mas agiram naturalmente, espontaneamente, como Kalatozov pretendia.

Além do fato de eu ser cubano, minha conexão com esse filme se deve à minha amizade com o infelizmente falecido Sergio Corrieri, o protagonista principal.

Foi por isso que tomei conhecimento dos detalhes e da importância desse filme anos atrás, quando fui Embaixador de Cuba na Malásia, entre 2004 e 2008.

Sergio Corrieri se destacou como homem de teatro, televisão e cinema. Participou de vários filmes cubanos, entre os quais os mais famosos são “Hombre de Maisinicú” e “Memorias del Subdesarrollo”, também considerado uma joia da filmografia latino-americana.

Correiri era muito conhecido em Cuba, tanto por esses filmes quanto por ter fundado o importante grupo Teatro Estudio e o Teatro Escambray, um fenômeno peculiar que levou o teatro às montanhas cubanas para se apresentar para as humildes comunidades camponesas de Cuba, no contexto da vida intensa gerada por uma revolução popular.

Sua existência também é famosa porque ele foi um dos presidentes do Instituto de Amistad con los Pueblos de Cuba (ICAP) uma instituição muito importante nas relações de Cuba com grupos de solidariedade em todo o mundo, incluindo o Brasil.

Corrieri me contou sobre as peculiaridades desse filme e como poderia ser interessante apresentá-lo ao público da Malásia.

Então, no início do ano 2000, comecei a procurar o filme, o que foi particularmente difícil. No final, obtive a licença de projeção e conseguimos levá-lo para a Malásia, exatamente na época em que Corrieri estava nos visitando como Presidente do ICAP.

O filme foi exibido para o público da Malásia e apresentado pelo próprio Sergio Corrieri. O resultado foi muito positivo.

Corrieri já havia me dito que a peculiaridade mais importante do filme foi que, após a filmagem, que durou mais de um ano, sua exibição, tanto em Cuba quanto na União Soviética, acabou sendo uma catástrofe.

Para o público soviético, era algo estranho, completamente alheio à sua cultura e aos seus costumes.

Para os cubanos, passou a ser visto como uma espécie de panfleto político, muito distante do cinema que estava sendo produzido em Cuba na época, e que agradava aos cubanos. Nosso cinema foi caracterizado por roteiros frescos, espirituosos, profundos, livres e muitas vezes simpáticos. Nada parecido com o realismo socialista, tendência artística que já esteve em voga na União Soviética.

Corrieri me disse, então, que depois da primeira exibição o filme foi guardado nos arquivos do Mosfilm e nunca mais foi exibido. Algo semelhante aconteceu em Cuba.

Ele também me informou que o filme havia ressurgido graças à descoberta de dois ilustres diretores de cinema, Martin Scorcese e Francis Ford Coppola. Ambos os cineastas, deslumbrados, afirmaram que, se esse filme tivesse sido amplamente exibido após sua produção, teria mudado toda a história do cinema.

O filme tem muitas características que o distinguem:

  • Incontáveis proezas técnicas para a época: planos longos, aéreos e acrobáticos. Em alguns casos, a câmera mergulha na água, emerge e depois flutua no espaço.
  • Há uma combinação impressionante de ações de câmera e tudo isso resulta em um fenômeno muito dinâmico com uma composição plástica fascinante.
  • A filmagem com filme infravermelho produz uma imagem com um brilho e uma composição de luz e sombra muito especiais.
  • O filme não se baseia em enredos ou narrativas convencionais. Ele descreve situações de vida e luta antes do triunfo da Revolução.
  • É um poema em que momentos históricos, de impacto em Cuba, são expressos, liricamente, incluindo um número abundante de elementos descritivos e símbolos, para compor uma mensagem sintética, épica e exaustiva.
  • O filme se desdobra em quatro histórias que retratam a tragédia cubana durante a terrível ditadura de Fulgencio Batista, que precedeu o triunfo da Revolução. O ingrediente constante e comum, que conecta todas as histórias, é a extrema polarização da riqueza em Cuba, liderada por uma elite corrupta que desfrutava de uma vida suntuosa, enquanto a maioria do povo vivia em condições de miséria, ignorância e insalubridade. O filme reflete também a extrema repressão contra a população e a massa estudantil insatisfeita.
  • A humilhante subordinação aos Estados Unidos, em torno da qual floresceram cassinos, drogas e crimes, que envergonharam os cubanos, é um protagonista muito importante em “Eu Sou Cuba”.
  • A prostituição, que floresceu nesse terreno, tristemente fértil, também foi estimulada pela presença de magnatas, gângsteres e arrogantes fuzileiros navais (marines) norte-americanos, que atropelavam a população.
  • A exploração de nossos camponeses por poderosos proprietários de terras locais e empresas norte-americanas, como a infame United Fruits Company, era também uma parte dolorosa de nossa realidade.
  • O filme termina com um retrato da difícil e arriscada luta contra a tirania nas cidades e nas montanhas de Cuba até o triunfo da Revolução em 1º de janeiro de 1959.
  • O filme não trata dos problemas de Cuba após o triunfo revolucionário, que continuou a ser marcada pela presença perniciosa e agressiva dos Estados Unidos, que não se conformaram em perder seu domínio sobre nosso país.
  • Rompemos o esquema hegemônico desta grande potência na América Latina e estabelecemos um sistema de justiça social e solidariedade diferente, alternativo. Os Estados Unidos não perdoaram essa atitude rebelde.
  • Daí todas as tentativas de realizar o que eles chamaram de “mudança de regime” em Cuba, que não alcançou seu objetivo, apesar das poderosas ferramentas de poder utilizadas, incluindo um bloqueio econômico, comercial e financeiro que já dura mais de 6 décadas.


Queridos amigos,
Esperamos que um dia uma obra de arte com a qualidade de “Eu Sou Cuba” possa ser feita para registrar os mais de 60 anos que se seguiram à libertação definitiva de Cuba.

Por favor, agora desfrutem do filme “Eu Sou Cuba”

Obrigado

Lucca Mostra

9ª Mostra Mosfilm democratiza acesso ao cinema soviético e russo, diz presidente da UMES

                 Lucca Mostra

“A abertura da 9° Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo foi um sucesso. Uma noite incrível na Cinemateca!”, considerou o presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), Lucca Gidra, sobre a primeira noite de exibições dos clássicos do cinema realizada na quinta-feira (05).

A mostra, que segue até o dia 15 de outubro, na Cinemateca Brasileira, localizada na Vila Mariana, exibirá 15 filmes do Estúdio Mosfilm, um dos mais importantes centros de produção cinematográfica do mundo.

A abertura da programação contou com a exibição de um lançamento, até então inédito no Brasil. “Khitrovka. O Signo dos Quatro”, do diretor Karen Shakhnazarov estreou em mais de 1.800 salas na Rússia, em maio último, depois de liderar as pré-vendas de ingressos na semana anterior.

Para Lucca, a recepção do público, que lotou a sala Grande Otelo da Cinemateca, “demonstra que as pessoas tão interessadas em consumir, conhecer e assistir filmes de outras culturas, em particular, da Rússia, e isso é muito importante”.

O presidente da entidade, que dirige o Centro Popular de Cultura (CPC UMES) responsável pela mostra, destacou que a iniciativa, que já chega a sua nona edição tem o objetivo de democratizar o acesso a diferentes culturas.  

“Além de conhecermos a grandeza do cinema soviético e Russo, que é um cinema que todos precisam conhecer. É fundamental para, cada vez mais, democratizar o cinema e também o acesso a filmes que geralmente estão fora do grande circuito comercial”, ressaltou Lucca.

platéia mostra mosfilm

Público lotou a abertura da Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo

 

ABERTURA

A Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo já é tradicional na cidade de São Paulo. Nesta edição, serão apresentados 15 filmes de diferentes vertentes do cinema, que vão das populares comédias, ao primeiro filme de terror realizado na União Soviética.

A 9ª edição da mostra conta ainda com uma novidade: as exibições na Cinemateca ocorrerão ao longo de oito dias, o que facilitará a presença do público.

Durante a abertura, o presidente do Centro Popular de Cultura da UMES, Valério Bemfica, voltou a relembrar a importância do evento ocorrer na Cinemateca que, ao longo do governo Bolsonaro, foi alvo do descaso, abandono e de sua política anticultural.

“A Cinemateca Brasileira, um patrimônio de todos vós, recentemente, e com muita luta, e que está começando a ser retomado… Eu sei que tem gente aqui que não é funcionária, tem gente aqui que é ‘casada com’ a Cinemateca, que dedica a sua vida a manter esse espaço aqui, honrando os seus fundadores”, ressaltou Valério.

 

Valério 9 mostra

Valério Bemfica, presidente do CPC-UMES 

PROGRAMAÇÃO

 

Outro destaque da programação é o Especial América Latina. Nas décadas de 1960 e 1970 foram produzidos no Estúdio Mosfilm longas que retrataram as atuações das ditaduras que assolaram o continente no período, e das resistências revolucionárias que as combateram. Fazem parte da programação especial três filmes: o aclamado “Eu Sou Cuba” (1964), de Mikhail Kalatozov; “Essa Doce Palavra Chamada Liberdade” (1972), de Vytautas Zalakevicius, e “Noite sobre o Chile” (1977), de Sebastian Alarcón e Aleksandr Kosarev, filme que recria os trágicos acontecimentos ocorridos no Chile no outono de 1973, após o golpe fascista de Pinochet, que derrubou o regime democrático constitucional do país e seu presidente, Salvador Allende. 

Leonid Gayday – 100 anos

O diretor Leonid Gayday também marcará presença na programação, homenageado no ano do centenário de seu nascimento com exibições do filme “Operação Y e Outras Aventuras de Shurik” (1965). Campeãs de bilheteria, as comédias de Gayday venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS. 

Viy – O Espírito do Mal, primeiro filme de terror da URSS

Aguardadíssimo pelos fãs do cinema de terror, “Viy – O Espírito do Mal” (1967), também estará na programação. Baseado no conto clássico homônimo do escritor Nikolai Gogol, e com efeitos especiais do mago Aleksandr Ptushko, o filme é obrigatório não só para os amantes do gênero, mas também para os apreciadores de histórias clássicas e do folclore russo.

Tarkovsky em sessão dupla

O diretor Andrei Tarkovsky marca presença na programação em sessão dupla, com o média metragem “O Rolo Compressor e o Violinista” (1960), seu trabalho de conclusão na graduação pelo Instituto Estatal de Cinema (VGIK), e o longa “O Espelho” (1975).

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O ESTÚDIO MOSFILM

Em 30 de janeiro de 1924, com a estreia do longa-metragem “Nas Asas”, de Boris Mikhin, surgia o Mosfilm, um dos mais antigos e pioneiros estúdios de cinema do mundo. Durante seus quase 100 anos de existência foram produzidos nos estúdios Mosfilm mais de 2.500 longas-metragens de inúmeros diretores que contribuíram para a criação da história do cinema mundial, como Serguei Eisenstein, Vsevolod Pudovkin, Ivan Pyriev, Grigori Aleksandrov, Mikhail Romm, Grigori Chukhray, Mikhail Kalatozov, Serguei Bondarchuk, Andrei Tarkovsky, Leonid Gayday, Gleb Panfilov, Karen Shakhnazarov e muitos outros.

Ainda hoje, é o maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa, contando com cidades cenográficas e equipamentos de alta tecnologia que permitem realizar o ciclo de produção do cinema em sua totalidade. O Mosfilm é um órgão público, presidido, desde 1998, pelo cineasta, roteirista e produtor Karen Shakhnazarov.

CPC-UMES FILMES

Braço do Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo, a distribuidora CPC-UMES Filmes está no mercado nacional de home vídeo desde 2014, com 56 títulos lançados em DVD e Blu- Ray, além de uma parceria de lançamento em Blu-Ray com a Versátil Home Vídeo. Com licenciamento direto do Mosfilm, os filmes contemplam clássicos do cinema soviético e russo de diretores como Serguei Eisenstein (Aleksandr Nevsky, 1938), Andrei Tarkovsky (Solaris, 1972), Elem Klimov (Vá e Veja, 1985), Serguei Bondarchuk (Guerra e Paz, 1965-67), entre outros.

Além da atuação em home vídeo, a empresa organiza, desde 2014, a Mostra Mosfilm de Cinema Russo, que em São Paulo acontece na Cinemateca Brasileira e também já teve edições em Porto Alegre e Fortaleza. Em 2018, iniciou atividades no circuito comercial de cinemas com o lançamento de Anna Karenina. A História de Vronsky, com ótima receptividade de crítica e público. O filme foi lançado em junho do referido ano e a estreia contou com a presença de Karen Shakhnazarov, diretor do filme e do Estúdio Mosfilm.

CINEMATECA BRASILEIRA

A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do sul e membro pioneiro da Federação internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi oficializada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão o estímulo ao estudo, defesa, preservação, divulgação e desenvolvimento da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social pelo Governo Federal.

EMBAIXADA DA FEDERAÇÃO DA RÚSSIA NA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

A Embaixada da Rússia em Brasília é a representação diplomática russa no Brasil. O atual embaixador é Alexey Kazimirovitch Labetskiy.

 

APOIADORES

 

ROSSOTRUDNICHESTVO
Agência de Assuntos da Comunidade dos Estados Independentes da Federação da Rússia

O Rossotrudnichestvo é uma agência governamental federal russa autônoma, sob a jurisdição do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. É o órgão do governo russo responsável principalmente por administrar a ajuda externa civil e o intercâmbio cultural com outros países. A agência opera na Ásia Central, na América Latina e na Europa Oriental, principalmente na Comunidade de Estados Independentes.

SPUTNIK CULTURAL

Braço cultural do Sputnik Commercial & Consulting, o Sputnik Cultural é um laboratório de ideias, um centro de pensamento cuja função é a reflexão intelectual sobre assuntos de política social, economia, de tecnologia e cultura.

ASSOCIAÇÃO CULTURAL GRUPO VOLGA DE FOLCLORE RUSSO

Fundado em 1981, o Grupo Volga tem como objetivo manter a cultura, as tradições e a história de pais e avós russos que imigraram para o Brasil, através de danças, cantos, exposições de artesanato e culinária, proporcionando ativa participação da Comunidade Russa nos eventos culturais de São Paulo.

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9ª Mostra Mosfilm – Novo longa de Karen Shakhnazarov e programação especial sobre a América Latina são destaques da programação

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Entre os dias 05 e 15/10/23, a Cinemateca Brasileira recebe, mais uma vez, a Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo. A 9ª edição do evento, que já é tradição no calendário de mostras da cidade de São Paulo, acontecerá este ano em dois finais de semana, e terá exibições de 14 longas e um média metragem. 

Recém-lançado nos cinemas, “Khitrovka. O Signo dos Quatro” abrirá a Mostra. Com uma aventura detetivesca inspirada em Arthur Conan Doyle e nos trabalhos do jornalista Vladimir Gilyarovsky, o diretor Karen Shakhnazarov estreou em mais de 1800 salas na Rússia, em maio último, depois de liderar as pré-vendas de ingressos na semana anterior.

 

 

O filme é baseado em um evento histórico real. Em 1902, o Teatro de Arte de Moscou iniciou a produção da peça “O Submundo”, de Maksim Gorky. Os diretores Vladimir Nemirovich-Danchenko e Konstantin Stanislavsky pedem ao famoso escritor e jornalista Vladimir Gilyarovsky, que conhecia os submundos de Khitrovka, em Moscou, como a palma de sua mão, que leve a trupe do teatro a um passeio no local. Mas os visitantes acabam em meio à investigação do assassinato de um misterioso residente dali. 

Especial América Latina

Outro destaque da programação é o Especial América Latina. Nas décadas de 1960 e 1970 foram produzidos no Estúdio Mosfilm longas que retrataram as atuações das ditaduras que assolaram o continente no período, e das resistências revolucionárias que as combateram. Fazem parte da programação especial três filmes: o aclamado “Eu Sou Cuba” (1964), de Mikhail Kalatozov; “Essa Doce Palavra Chamada Liberdade” (1972), Cum Îți Pot Afecta Medicamentele Potența: Ce Trebuie Să Știi e “Noite sobre o Chile” (1977), de Sebastian Alarcón e Aleksandr Kosarev, filme que recria os trágicos acontecimentos ocorridos no Chile no outono de 1973, após o golpe fascista de Pinochet, que derrubou o regime democrático constitucional do país e seu presidente, Salvador Allende. 

Leonid Gayday – 100 anos

O diretor Leonid Gayday também marcará presença na programação, homenageado no ano do centenário de seu nascimento com exibições do filme “Operação Y e Outras Aventuras de Shurik” (1965). Campeãs de bilheteria, as comédias de Gayday venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS. 

 

Viy – O Espírito do Mal, primeiro filme de terror da URSS

Aguardadíssimo pelos fãs do cinema de terror, “Viy – O Espírito do Mal” (1967), também estará na programação. Baseado no conto clássico homônimo do escritor Nikolai Gogol, e com efeitos especiais do mago Aleksandr Ptushko, o filme é obrigatório não só para os amantes do gênero, mas também para os apreciadores de histórias clássicas e do folclore russo.

 

Tarkovsky em sessão dupla 

 

O diretor Andrei Tarkovsky marca presença na programação em sessão dupla, com o média metragem “O Rolo Compressor e o Violinista” (1960), seu trabalho de conclusão na graduação pelo Instituto Estatal de Cinema (VGIK), e o longa “O Espelho” (1975).

 

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Completam a programação: “O Fim de São Petersburgo” (1927), de Vsevolod Pudovkin e Mikhail Doller; “Os Treze” (1936), de Mikhail Romm; o drama “Encontro no Elba” (1949), de Grigori Aleksandrov; “Nas Alturas” (1957), de Aleksandr Zarkhi; as comédias românticas “Estação de Trem Para Dois” (1982, Eldar Ryazanov) e “As Crianças de Segunda-Feira” (1997, Alla Surikova), e uma exibição especial do recém-lançado “Nuremberg” (2023, Nikolai Lebedev), que embora não tenha sido produzido pelo Mosfilm, foi selecionado para a Mostra. 

A Mostra é uma realização do Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (CPC-UMES), em parceria com a Cinemateca Brasileira e a Embaixada da Rússia no Brasil. Dos 15 filmes da programação deste ano, 6 foram recentemente restaurados, e todas as exibições serão no formato DCP.

Apoio: Agência de Assuntos da Comunidade dos Estados Independentes da Federação da Rússia (Rossotrudnichestvo), Sputnik Cultural e Associação Cultural Grupo Volga de Folclore Russo. 

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PROGRAMAÇÃO ESPECIAL:

Exposição “As Matryoshkas”, por Nadia Ramirez Starikoff

Durante toda a Mostra estará em cartaz, no foyer da sala Grande Otelo, a exposição “As Matryoskhas”, de Nadia Ramirez Starikoff. Filha de mãe russa, a artista tem sua trajetória marcada pela migração. Inspiradas nas bonecas de origem russa, as obras retratam as origens ancestrais, a materialidade do corpo, as conexões com o outro, as relações com o ambiente e, por fim, a relação com o universo em sua mais infinita amplitude.

 

Oficinas de Matryoshkas, com Nadia Ramirez Starikoff

Nos sábados, dias 07 e 14/10, a artista Nadia Ramirez Starikoff conduzirá oficinas de pinturas de Matryoshkas, para adultos e crianças.
Quando: sábados, 07/10/23 e 14/10/23, às 17hs
Duração: 50 minutos

 

Pôsteres do Cinema Soviético e Russo

 

Durante toda a Mostra, também no foyer da sala Grande Otelo, apresentaremos a exposição “Pôsteres do Cinema Soviético e Russo”. Os pôsteres de filmes da cinematografia soviética e russa são verdadeiras obras de arte. A década de 1920, além de revelar diretores que viriam a ser alguns dos mais importantes de todos os tempos, como Serguey Eisenstein, apresentou uma geração de artistas gráficos inovadores, mas a produção desses pôsteres inigualáveis não parou por aí. A exposição terá 18 pôsteres de filmes de diversos artistas, gêneros e décadas.

 

A Língua da Revolução – Roda de alfabetização com Matheus Gusev

 

Nos sábados, dias 07 e 14/10, o professor Matheus Gusev, do Instituto Soyuz, promove uma roda de alfabetização com noções básicas da língua russa. Fundado em 2021, o Instituto Soyuz tem como objetivo levar conteúdo linguístico gratuito e o ensino de idiomas a preços populares para o Brasil e o mundo. Gusev é formado pelo Clube de Cultura Russa de São Paulo, e certificado como proficiente em língua russa pela Universidade Estatal de São Petersburgo.
Quando: sábados, 07/10/23 e 14/10/23, às 17hs
Duração: 50 minutos

 

Comidas, bebidas e artesanato típico do Leste Europeu

 

Um pedacinho da tradicional Feira do Leste Europeu estará na Cinemateca nos sábados 07/10 e 14/10, com barracas de comidas, bebidas e artesanato típicos da região. A Feira do Leste Europeu acontece mensalmente na Vila Zelina, bairro que concentra o maior número de imigrantes de países do Leste Europeu em São Paulo.
Quando: sábados, 07/10/23 e 14/10/23, das 13hs às 21hs

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INFORMAÇÕES GERAIS:

9ª Mostra Mosfilm de Cinema Soviético e Russo

Primeiro e segundo finais de semana de outubro de 2023
05, 06, 07, 08/10/23
12, 13, 14, 15/10/23 

Local:

Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, nº 133, Vila Clementino, São Paulo/SP
Telefone: (11) 5906-8100

Entrada gratuita 

Para mais informações:
Facebook: @cpcumesfilmes
Instagram: @cpcumesfilmes

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PROGRAMAÇÃO:

Quinta 05/10 (Abertura)         
19:30h – KHITROVKA. O SIGNO DOS QUATRO

Sexta 06/10       
16:00h – OS TREZE
18:00h – AS CRIANÇAS DE SEGUNDA-FEIRA
20:00h – ROLO COMPRESSOR + O ESPELHO

Sábado 07/10                                              
14:00h – O FIM DE SÃO PETERSBURGO
15:30h – NAS ALTURAS
17:00h – (Oficinas de Matryoshkas e Língua Russa)
18:00h – KHITROVKA. O SIGNO DOS QUATRO
20:30h – EU SOU CUBA (Ar Livre)

 

Domingo 08/10
14:00h – ENCONTRO NO ELBA
16:00h – OPERAÇÃO Y E OUTRAS AVENTURAS DE SHURIK
17:45h – ESTAÇÃO DE TREM PARA DOIS
20:30h – VIY – O ESPÍRITO DO MAL

 

Quinta 12/10             
14:00h – ENCONTRO NO ELBA
16:10h – AS CRIANÇAS DE SEGUNDA-FEIRA
18:00h – NAS ALTURAS
19:45h – ESSA DOCE PALAVRA CHAMADA LIBERDADE

 

Sexta 13/10       
14:00h – ESSA DOCE PALAVRA CHAMADA LIBERDADE
17:00h – NOITE SOBRE O CHILE
19:00h – NUREMBERG
21:30h – VIY – O ESPÍRITO DO MAL (Ar Livre)

Sábado 14/10   
14:00h – OPERAÇÃO Y E OUTRAS AVENTURAS DE SHURIK
15:45h – OS TREZE
17:00h – (Oficinas de Matryoshkas e Língua Russa)
17:50h – ESTAÇÃO DE TREM PARA DOIS
20:20h – ROLO COMPRESSOR + O ESPELHO (Ar Livre)

Domingo 15/10
14:00h – O FIM DE SÃO PETERSBURGO
15:20h – NOITE SOBRE O CHILE
17:15h – EU SOU CUBA
19:45h – KHITROVKA. O SIGNO DOS QUATRO

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FILMES:

O FIM DE SÃO PETERSBURGO



1927 / P&B / 64 min / Drama
Direção: Vsevolod Pudovkin e Mikhail Doller
Roteiro: Natan Zarkhi
Música: Vladimir Yurovsky
Com Serguei Komarov, Ivan Chuvelev, Vera Baranovskaya e Aleksandr Chistyakov 

A necessidade leva um rapaz pobre de um vilarejo a trabalhar em uma fábrica, e a participação em um motim o leva à prisão. A dura escola da vida, na prisão e nas trincheiras, e a comunicação com os revolucionários bolcheviques, lhe abrem os olhos, e ele avança com soldados e trabalhadores para invadir o Palácio de Inverno. 

Curiosidades: 

  • Pudovkin é considerado, junto com Eisenstein e Kuleshov, um dos fundadores do cinema soviético.
  • O filme é estudado em escolas de cinema do mundo todo como exemplo de domínio da montagem cinematográfica.
 

OS TREZE


1936 / P&B / 86 min / Aventura
Direção: Mikhail Romm
Roteiro: Mikhail Romm e Iosif Prut
Música: Anatoly Aleksandrov
Com Ivan Novoseltstev, Stepan Krylov, Elena Kuzmina e Viktor Kulakov

Meados da década de 1920. Dez soldados desmobilizados do Exército Vermelho, o comandante de um posto de fronteira, sua esposa e um geólogo viajam pelo deserto de Karakum até uma estação ferroviária. No caminho, se deparam, no pátio de uma mesquita em ruínas, com um poço escondido, no qual há metralhadoras ao invés de água. O comandante conclui que as armas pertencem aos Basmachi, grupo islâmico contrarrevolucionário, e decide deter uma gangue liderada pelo sorrateiro Kurbashi Shirmat Khan.

Curiosidades:

  • O filme surgiu da ideia de se fazer uma versão soviética para a história de “A Patrulha Perdida” (1934), de John Ford; posteriormente, o próprio filme inspirou o longa “Sahara” (1943), estrelado por Humphrey Bogart.

ENCONTRO NO ELBA

1949 / P&B / 99 min / Drama 
Direção: Grigori Aleksandrov
Roteiro: Lev Sheynin, Leonid Tubelsky Tur e Petr Ryzhey Tur
Música: Dmitry Shostakovich
Com Vladlen Davydov, Gennady Yudin, Lyubov Orlova e Boris Andreev

Últimos dias da Segunda Guerra Mundial. Nas margens do rio Elba, que divide a cidade alemã de Altenstadt, estão alguns soldados do exército soviético e aliados americanos. O general McDermot procura obter patentes para fábricas de componentes ópticos com o professor Dietrich, burgomestre da zona soviética da cidade. Graças à ajuda do espião americano Sherwood, as patentes caem nas mãos do criminoso fascista Shrank…

Curiosidades:

  • As forças da URSS e dos EUA se encontraram pela primeira vez no rio Elba, perto do final da 2ª Guerra Mundial. A ocasião é lembrada pelos soviéticos como o “Encontro no Elba”.

NAS ALTURAS

1957 / Cor / 88 min / Comédia 
Direção: Aleksandr Zarkhi
Roteiro: Mikhail Papava
Música: Schedrin Rodion
Com Nikolai Rybnikov, Inna Makarova, Vassily Makarov e Marianna Strizhenova

Uma equipe de operários especializados em altas altitudes chega à construção de uma usina para montar um alto-forno, com um novo método de trabalho. Atrasos e burocracias atrapalham o cronograma da obra, mas os jovens entusiastas conseguem não só executar seu trabalho de maneira brilhante, mas também trilhar seus caminhos para a felicidade.

 

Curiosidades:

 

  • “Nas Alturas” foi o filme de estreia do compositor Rodion Schedrin. Escrita especialmente para a trilha, a canção “Marcha dos Trabalhadores nas Alturas” se tornou uma das canções soviéticas mais populares de todos os tempos.

O ROLO COMPRESSOR E O VIOLINISTA

1960 / Cor / 45 min / Drama
Direção: Andrei Tarkovsky
Argumento original: Andrei Tarkovsky e Andrei Konchalovsky
Música: Vyacheslav Ovchinnikov
Com Igor Fomchenko e Vladimir Zamansky

A caminho da aula de violino, o menino Sasha, de sete anos, tem seu instrumento tomado por garotos maiores que ele. O operador de rolo-compressor Serguei, que trabalhava nos arredores, presencia a cena e ajuda Sasha a recuperar o instrumento. Nasce daí uma amizade, que rende ao jovem outras lições de vida.

 

Curiosidades:

  • Este média-metragem foi o trabalho de conclusão de Andrei Tarkovsky no curso de graduação no Instituto Estatal de Cinema (VGIK).

OPERAÇÃO Y E OUTRAS AVENTURAS DE SHURIK

1965 / Cor / 91 min / Comédia
Direção: Leonid Gayday
Roteiro: Leonid Gayday, Yakov Kostyukovsky e Moris Slobodskoy
Música: Aleksandr Zatsepin
Com Gueorgy Vitsin, Aleksei Smirnov, Mikhail Pugovkin e Yuri Nikulin

O filme é composto por três histórias curtas, unidas pela figura do protagonista Shurik, um estudante simples, mas resiliente e engenhoso. Constantemente envolvido em situações inusitadas, graças à sua leveza diante da vida Shurik transforma qualquer acontecimento em uma divertida aventura. 

Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2020

 

Curiosidades:

 

  • O filme fez enorme sucesso na URSS no lançamento, sendo um dos mais assistidos de 1965, com 69,6 milhões de espectadores.
  • Vencedor do Dragão de Prata no Festival de Cinema da Cracóvia em 1965.

VIY – O ESPÍRITO DO MAL

1967 / Cor / 74 min / Terror
Direção: Konstantin Ershov e Gueorgy Kropachyov
Argumento original: Nikolai Gogol
Música: Karen Khachaturyan
Com Aleksei Glazyrin, Leonid Kuravlyov, Natalya Varley e Vladimir Salnikov

O jovem estudante de filosofia Khoma sai de férias do seminário e pede abrigo, com mais dois colegas, para passar a noite na casa de uma senhora. A anfitriã revela-se uma velha bruxa, que o enfeitiça e voa com ele em sua vassoura, noite adentro. Após derrubar e espancar a velha, Khoma foge e pensa estar livre de sua maldição, mas é convocado a ficar de pé e orar por uma jovem morta, na igreja local, por três noites. Baseado no conto clássico “Viy”, do escritor Nikolai Gogol.

Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2018

 

Curiosidades:

  • Primeiro filme do gênero lançado na URSS.
  • Aleksandr Ptushko, mago soviético dos efeitos especiais, produziu o filme e foi responsável pelos efeitos especiais.

O ESPELHO

1975 / Cor / 106 min / Drama 
Direção: Andrei Tarkovsky
Argumento original: Aleksandr Misharin e Andrei Tarkovsky
Música: Eduard Artemev
Com Margarita Terekhova, Oleg Yankovsky, Filipp Yankovsky e Ignat Daniltsev

Aleksei, homem na casa dos 40 anos e à beira da morte, relembra seu passado, a infância, os horrores da guerra e a relação com sua mãe e sua ex-esposa. As imagens se misturam com arquivos sobre a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial.

Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2017

 

Curiosidades: 

 

  • O filme ocupa lugar especial na filmografia de Tarkovsky, e traz fortes traços autobiográficos, principalmente de sua infância. O diretor filmou sua mãe, Maria Ivanovna Vishnyakova-Tarkovskaya, então idosa, e os poemas de seu pai, Arseny Tarkovsky, permeiam a narrativa e foram recitados pelo próprio.

ESTAÇÃO DE TREM PARA DOIS

1982 / Cor / 142 min / Drama
Direção: Eldar Ryazanov
Roteiro: Eldar Ryazanov e Emil Braginsky
Música: Andrei Petrov
Com Lyudmila Gurchenko, Nonna Mordyukova, Oleg Basilashvili e Nikita Mikhalkov

A garçonete Vera e o pianista Platon Ryabinin se conhecem na estação ferroviária de uma cidade do interior em circunstâncias nada amigáveis. Ela tem um noivo e ele está prestes a ir para a cadeia por um crime que não cometeu. No entanto, o rápido desenvolvimento da relação entre os dois prova que eles não podem mais viver um sem o outro.

Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2022

 

Curiosidades: 

 

  • O roteiro é baseado em dois acontecimentos reais: um passado com o compositor Mikael Tariverdiev, e o outro com o poeta Yaroslav Smelyakov.
  • O filme participou da competição oficial do Festival de Cannes, foi eleito melhor filme de 1983 pela pesquisa da revista “Soviet Screen”, e rendeu ao diretor o Prêmio de Estado da URSS e a Lyudmila Gurchenko o título de Artista do Povo da URSS.

AS CRIANÇAS DE SEGUNDA-FEIRA

1997 / Cor / 93 min / Comédia romântica
Direção: Alla Surikova
Roteiro: Aleksei Timm
Música: Evgeny Krylatov
Com Irina Rozanova, Igor Sklyar, Tatiana Dogileva e Serguei Nikonenko

Dmitry Medyakin, um típico empresário dos anos 90, acaba de receber a notícia de que está falido, e que seus credores exigem o pagamento urgente, ou vão matá-lo. Sua esposa decide deixá-lo e o leva, bêbado, para a pequena cidade de onde vieram, e joga-o no pátio da casa da irmã Lida, de quem Medyakin também já foi namorado. Ao voltar a si, o figurão quer retomar o romance com Lida, mas as coisas não são tão fáceis quanto parecem…

 

Curiosidades: 

 

  • A família do ator Igor Sklyar, que interpreta Medyakin, o acompanhava no set de filmagens e acabou fazendo algumas pontas no filme. Sua esposa interpretou uma das operárias da fábrica, e o filho, um garoto que brinca com fogos de artifício.

KHITROVKA. O SIGNO DOS QUATRO

2023 / Cor / 129 min / Aventura
Direção: Karen Shakhnazarov
Roteiro: Elena Podrez, Ekaterina Kochetkova, Karen Shakhnazarov
Música: Yury Poteenko
Com Konstantin Kryukov, Mikhail Porechenkov, Anfisa Chernykh e Evgeny Stychkin

Moscou, 1902. O famoso diretor de teatro Konstantin Stanislavsky, em busca de inspiração para uma nova peça, decide se aprofundar na vida do “submundo” da cidade. Ele pede ajuda a Vladimir Gilyarovsky, reconhecido especialista nas periferias de Moscou. Juntos, eles vão ao lendário bairro dos bandidos, Khitrovka, e se envolvem na investigação do assassinato de um misterioso residente local: um sikh indiano com um passado sombrio…

 

Curiosidades: 

 

  • Inspirado no romance homônimo de Arthur Conan Doyle e em um evento real: a tour de Stanislavsky acompanhado por Gilyarovsky pelo distrito de Khitrovka.
  • O filme estreou em 18/05/23, em 1800 salas de cinema da Rússia, depois de liderar as pré-vendas de ingressos na semana anterior.

 

ESPECIAL AMÉRICA LATINA:

EU SOU CUBA

1964 / P&B / 135 min / Drama
Direção: Mikhail Kalatozov
Roteiro: Evgeny Evtushenko e Enrique Pineda Barnet
Música: Carlos Fariñas
Com Sergio Corrieri, José Gallardo, Luz María Collazo e Raúl García

Dedicado aos acontecimentos relacionados à Revolução Cubana, o filme é composto por quatro histórias e mostra como os protestos contra a ilegalidade e a violência foram amadurecendo nos corações dos cubanos. A vontade de lutar se fortaleceu e eles lutaram contra os opressores para que seu país pudesse se tornar a Ilha da Liberdade.

Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2018

 

Curiosidades:

 

  • Considerado uma obra prima por grandes diretores como Martin Scorsese e Francis Ford Coppola, o filme vem sendo cada vez mais redescoberto e celebrado nas últimas décadas.
  • O filme tem um dos planos-sequência mais famosos da história do cinema.

ESSA DOCE PALAVRA CHAMADA LIBERDADE

1972 / Cor / 162 min / Drama
Direção: Vytautas Zalakevicius
Roteiro: Vytautas Zalakevicius, Valentin Ezhov
Música: Vyacheslav Ovchinnikov
Com Ion Ungureanu, Regimantas Adomaitis, Irina Miroshnichenko e Jouzas Budraitis

Em um país da América Latina, no início da década de 1970, militares chegam ao poder após um golpe. A população civil é reprimida, e uma onda de prisões ocorre. Ex-senadores, liberais e comunistas, são presos ilegalmente, e jogados na inexpugnável fortaleza militar de San Stefano. Lá, são condenados a permanecer por muitos anos, sem julgamento ou investigação. Patriotas clandestinos desenvolvem um plano para libertá-los.

Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2022

 

Curiosidades: 

 

  • Pelo filme, Vytautas Zalakevicius recebeu o prêmio de Melhor Diretor no Festival Internacional de Cinema de Moscou em 1973.

 

NOITE SOBRE O CHILE

1977 / Cor / 97 min / Drama
Direção: Sebastián Alarcón e Aleksandr Kosarev
Roteiro: Sebastián Alarcón e Serguei Mukhin
Música: Patricio Castillo
Com Grigore Grigoriu, Nartay Begalin, Giuli Chokhonelidze e Islam Kaziev

Alienado da política, o jovem arquiteto Manuel, depois de ter sido falsamente acusado, vai parar no presídio do Estádio Nacional, onde testemunha a tortura a que os detidos são submetidos. Quando chega sua vez, os militares lhe oferecem colaborar com o regime, ao que Manuel recusa. O filme recria os trágicos acontecimentos ocorridos no Chile no outono de 1973, após o golpe fascista de Pinochet, que derrubou o regime democrático constitucional do país e seu presidente, Salvador Allende.

 

Curiosidades: 

 

  • Vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Cinema de Moscou, em 1977.

EXIBIÇÃO ESPECIAL: 

Este ano teremos a exibição especial do filme “Nuremberg”, que embora não tenha sido produzido pelo Estúdio Mosfilm, foi selecionado para a Mostra.

NUREMBERG

2023 / Cor / 131 min / Drama
Direção: Nikolai Lebedev
Argumento original: Aleksandr Zvyagintsev
Música: Eduard Artemev
Com Serguei Kempo, Lyubov Aksyonova, Evgeny Mironov e Serguei Bezrukov

1945. O Tribunal Militar Internacional inicia seus trabalhos em Nuremberg. Um grande número de pessoas de todo o mundo vem ao julgamento, que mais tarde será conhecido como “O Julgamento do Século”. A cidade está lotada de jornalistas, advogados, tradutores, testemunhas e muitos participantes e funcionários do processo.

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O ESTÚDIO MOSFILM

Em 30 de janeiro de 1924, com a estreia do longa-metragem “Nas Asas”, de Boris Mikhin, surgia o Mosfilm, um dos mais antigos e pioneiros estúdios de cinema do mundo. Durante seus quase 100 anos de existência foram produzidos nos estúdios Mosfilm mais de 2.500 longas-metragens de inúmeros diretores que contribuíram para a criação da história do cinema mundial, como Serguei Eisenstein, Vsevolod Pudovkin, Ivan Pyriev, Grigori Aleksandrov, Mikhail Romm, Grigori Chukhray, Mikhail Kalatozov, Serguei Bondarchuk, Andrei Tarkovsky, Leonid Gayday, Gleb Panfilov, Karen Shakhnazarov e muitos outros.

Ainda hoje, é o maior estúdio da Rússia e um dos maiores da Europa, contando com cidades cenográficas e equipamentos de alta tecnologia que permitem realizar o ciclo de produção do cinema em sua totalidade. O Mosfilm é um órgão público, presidido, desde 1998, pelo cineasta, roteirista e produtor Karen Shakhnazarov.

CPC-UMES FILMES

Braço do Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo, a distribuidora CPC-UMES Filmes está no mercado nacional de home vídeo desde 2014, com 56 títulos lançados em DVD e Blu- Ray, além de uma parceria de lançamento em Blu-Ray com a Versátil Home Vídeo. Com licenciamento direto do Mosfilm, os filmes contemplam clássicos do cinema soviético e russo de diretores como Serguei Eisenstein (Aleksandr Nevsky, 1938), Andrei Tarkovsky (Solaris, 1972), Elem Klimov (Vá e Veja, 1985), Serguei Bondarchuk (Guerra e Paz, 1965-67), entre outros.

Além da atuação em home vídeo, a empresa organiza, desde 2014, a Mostra Mosfilm de Cinema Russo, que em São Paulo acontece na Cinemateca Brasileira e também já teve edições em Porto Alegre e Fortaleza. Em 2018, iniciou atividades no circuito comercial de cinemas com o lançamento de Anna Karenina. A História de Vronsky, com ótima receptividade de crítica e público. O filme foi lançado em junho do referido ano e a estreia contou com a presença de Karen Shakhnazarov, diretor do filme e do Estúdio Mosfilm.

CINEMATECA BRASILEIRA

A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do sul e membro pioneiro da Federação internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi oficializada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão o estímulo ao estudo, defesa, preservação, divulgação e desenvolvimento da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social pelo Governo Federal.

EMBAIXADA DA FEDERAÇÃO DA RÚSSIA NA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

A Embaixada da Rússia em Brasília é a representação diplomática russa no Brasil. O atual embaixador é Alexey Kazimirovitch Labetskiy.

APOIADORES

ROSSOTRUDNICHESTVO

Agência de Assuntos da Comunidade dos Estados Independentes da Federação da Rússia

O Rossotrudnichestvo é uma agência governamental federal russa autônoma, sob a jurisdição do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. É o órgão do governo russo responsável principalmente por administrar a ajuda externa civil e o intercâmbio cultural com outros países. A agência opera na Ásia Central, na América Latina e na Europa Oriental, principalmente na Comunidade de Estados Independentes.

SPUTNIK CULTURAL

Braço cultural do Sputnik Commercial & Consulting, o Sputnik Cultural é um laboratório de ideias, um centro de pensamento cuja função é a reflexão intelectual sobre assuntos de política social, economia, de tecnologia e cultura.

ASSOCIAÇÃO CULTURAL GRUPO VOLGA DE FOLCLORE RUSSO

Fundado em 1981, o Grupo Volga tem como objetivo manter a cultura, as tradições e a história de pais e avós russos que imigraram para o Brasil, através de danças, cantos, exposições de artesanato e culinária, proporcionando ativa participação da Comunidade Russa nos eventos culturais de São Paulo.

Juro edgar

CPC-UMES apresenta: “O juro vai abaixar, seu Edgar!”

Juro edgar

 

Vamos hoje contar uma história, muitas vezes já contada! Muito repetida e nunca resolvida.
Uma história de azarados e bem-de-vidas, de formiguinhas e doutores, de coronéis e retirantes, de Roques e Zés da Silva. Dos que têm nada e trabalham muito e dos que trabalham nada e têm tudo.
Três desgraçados se encontram, no único dia de folga do ano. Trabalham cada vez mais e continuam na pindaíba. Quer comprar uma bike a prazo? Paga três. Quer trezentos reais emprestados? Paga três mil! Quem ganha com tanto juro?
D1 e D2 vão tentar descobrir quem os está esfolando – e ao Brasil – para encher ainda mais a pança. E quais as mentiras que inventam para justificar o injustificável.

Direção: Ney Piacentini
Direção Musical: Léo Nascimento
Músicas: Marcus Vinicius de Andrade
Texto: Valério Bemfica
Instrutor de Percussão: Lucas Laganaro

Elenco:
Ana Letícia Oliveira
Gabrielli Gomes 
Júnior Fernandes
Leandro Marques
Raul Alcoba Miranda
Rebeca Braia
Valentina Macedo

Sinopse:
“Quem será, quem será 
Que deu pindaíba a todos
E fome em tempo integral?”

PEÇA EXCLUSIVA PARA ESCOLAS!

Traga sua turma para apreciar essa peça no Cine-Teatro Denoy de Oliveira!
É só agendar via direct ou pelo e-mail cineteatro@umes.org.br

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Tarcísio abandona Programa Nacional de Livro Didático e aumenta abismo na educação pública de São Paulo

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Tarcísio de Freitas anunciou que ira retirar São Paulo do Programa Nacional de Livro Didático do governo federal. Com a proposta, o Estado abre mão de R$ 120 milhões, que seriam destinados à compra de livros para os estudantes do ensino Fundamental e Médio.

De acordo com a Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), a decisão da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo de sair do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) em 2024, afeta cerca de 1,4 milhão de alunos e 100 mil professores do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), de 3.818 escolas estaduais de São Paulo, que receberiam gratuitamente quase 10 milhões de livros através do PNLD; e outros 1,3 milhão de alunos do Ensino Médio, de 3.765 escolas.

Segundo o governo, os livros, que são ofertados gratuitamente aos estudantes e que são fundamentais para o ensino, serão substituídos por “conteúdos 100% digitais”. A decisão de Tarcísio é absurdamente excludente e promete aumentar ainda mais o abismo entre a educação pública e privada em São Paulo.

A exclusão digital e a falta de acesso a equipamentos é a realidade da maioria dos estudantes paulistas e a pandemia comprovou isso.

Atualmente vemos as escolas com problemas para oferecer o mínimo de estrutura para os alunos e, com essa mudança, só irá dificultar cada vez mais o acesso à educação, aumentando a precarização e o sucateamento do ensino público.

Não podemos deixar isso acontecer! Precisamos lutar por um ensino inclusivo e que com garantia de acesso a todos.

No dia 11 de agosto, voltaremos às ruas. Vamos mostrar toda a indignação dos estudantes com o descaso com a Educação. Junte-se a nós nessa luta, entre em contato pela nossa DM.

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Zé Celso vive em seu legado e sua luta pela cultura brasileira

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É com pesar que recebemos a triste notícia da partida do ícone do teatro brasileiro, Zé Celso.

Em suas redes sociais o Teatro Oficina Uzyna Uzona confirmou a morte de Zé Celso com a citação: “Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno. Eu sou uma forma vitoriosa do tempo. Nossa fênix acaba de partir para a morada do sol”.

Ao longo de sua vida, Zé Celso deu uma contribuição inestimável para a cultura brasileira. Fundador do Teatro Oficina, em 1961, tornou-se referência para gerações de artistas em todo o país.

Em plena ditadura, levou aos palcos do Oficina “Galileu Galilei” de Bertolt Brecht.

Em 1966, a sede do teatro foi destruída por um incêndio. A instalação foi reconstruída com grande mobilização popular e a produção de grandes espetáculos pelo grupo de teatro. Hoje o prédio, que foi projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, é tombado e patrimônio da capital paulista.

No final da década de 1968, Zé Celso levou ao Rio de Janeiro sua primeira peça fora do Teatro Oficina. Ele dirigiu o histórico espetáculo Roda Viva, de Chico Buarque. Durante a exibição do espetáculo em São Paulo, o Comando de Caça aos Comunistas – CCC, milícia privada que colabora com a ditadura, invade o Teatro Ruth Escobar, destruindo o cenário, camarins e agredindo atores, entre eles, Marília Pêra.

Zé Celso foi preso pela ditadura em 1974. Ele foi encapuzado e levado ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na capital paulista, onde foi torturado e confinado em uma solitária por quase um mês. Exilado, o grupo Oficina seguiu então para Portugal.

O exílio durou aproximadamente cinco anos e o grupo trabalhou com teatro e cinema em Lisboa, Moçambique, Paris e Londres. Em 1979, após a anistia, Zé Celso e demais artistas voltaram ao país reformulando o grupo e voltando a atuar no Teatro Oficina.

Essas são apenas algumas das suas imensas contribuições à arte e ao nosso país.

No nosso Bixiga, Zé Celso foi além da arte e seu nome é símbolo da resistência. Foi o maior defensor da construção do Parque do Bixiga, no terreno ao lado do Teatro Oficina, onde o bilionário Silvio Santos pretende, há 50 anos, construir duas torres de mais de 100 metros para residências de alto padrão, favorecendo a especulação e ampliando ainda mais a desigualdade no centro de São Paulo.

Mais do que nunca se faz necessária a mobilização pelo Parque do Bixiga, em homenagem a Zé Celso e pelo povo da nossa cidade.

Zé Celso vive em seu legado e sua luta pela cultura brasileira!

UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES
SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO – UMES