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Mesmo com pandemia, governo congela verba para internet na Educação Básica

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Falta de acesso à internet impede o desenvolvimento pleno dos estudantes 

O governo Jair Bolsonaro não destinou recursos emergenciais para a educação básica no contexto da pandemia do coronavírus. A covid-19 levou ao fechamento de escolas por todo o país e à necessidade de adaptações das redes para o ensino remoto.

Mesmo com as aulas se tornando apenas online, até junho deste ano não houve execução orçamentária para o Educação Conectada, cujo objetivo é ampliar o acesso à internet nas escolas. A dotação orçamentária do programa é de R $ 197,4 milhões, mas nenhuma porcentagem do valor foi empenhada (etapa em que há comprometimento com o pagamento) ou paga no primeiro semestre de 2020.

Os repasses do programa Ensino Médio em Tempo Integral, cuja dotação atual é de R $ 860,9 milhões, também não foram realizados nesse período.

Os dados são de um relatório sobre a execução orçamentária do MEC (Ministério da Educação) elaborado pela ONG Todos pela Educação. O levantamento considera o período até o fim do mês de junho e tem como base as informações disponíveis no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), do governo federal.

As redes estaduais e municipais são responsáveis pela maior parte dos gastos relacionados à educação básica. Mas, com projeção de perda de R $ 24 bilhões a R $ 54 bilhões no orçamento da educação devido à queda na arrecadação de impostos, estados e municípios enfrentam uma situação financeira delicada.

Em maio deste ano, o Congresso Nacional aprovou um PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Orçamento de Guerra, afrouxando as regras para que o governo gaste mais em ações no combate à pandemia durante o período de calamidade pública — previsto para durar até 31 de dezembro deste ano.

Mesmo diante desse cenário, entre abril e junho de 2020, o governo federal não editou novas MPs (Medidas Provisórias) direcionadas para a educação básica. Em comparação, cerca de R $ 615,3 milhões foram disponibilizados, por meio de MPs editadas pelo governo, para universidades federais e hospitais universitários.

De acordo com o levantamento, os esforços realizados pelo MEC se limitaram à transferência antecipada de parcelas já previsão do Programa Dinheiro Direto na Escola — o que, na avaliação da ONG, “revelação falta de compreensão do papel da massa no pacto federativo brasileiro”. Até o terceiro bimestre deste ano, 44% dos recursos do programa incorporados feitos empenhados e 41% incorporados sido pagos.

“Mesmo diante de todos os desafios enfrentados por estados e municípios para garantir a oferta de atividades remotas, conectividade e segurança alimentar aos alunos, passados quatro meses de pandemia, não há ‘dinheiro novo’ para a educação básica no governo federal”, diz o relatório.

O texto também destaca que o MEC poderia ter criado nacionais para financiar pacotes de dados às redes, tendo como ponto de partida os recursos que iluminados parados e que têm como destino programas originais como o Educação Conectada e o Ensino Médio em Tempo Integral.

Previsão de corte para 2021

O levantamento mostra ainda que a baixa execução orçamentária no MEC como um todo quando se analisa as despesas discricionárias, que não são obrigatórias e dependentes da atuação direta dos gestores.

Segundo o relatório, até a metade do ano, apenas 22% das despesas discricionárias (que envolvem gastos como luz e água, mas não salários) foram pagas. Por outro lado, as despesas obrigatórias têm praticamente 100% de empenho e quase metade do valor total pago.

Outro divulgado pela ONG, em junho, apontou que cerca de 60% dos gastos realizados pelo complemento até abril deste ano diziam respeito a compromissos assumidos em 2019, mas que não sido devolvidos.

A situação se mantém semelhante até o fim do primeiro semestre, e o relatório alerta para o risco de que, a não ser que haja um avanço expressivo no pagamento das despesas aprovadas, o carregamento de restos a pagar de 2020 para 2021 tende a ser tão expressivo quanto o de 2019 para 2020.

Soma-se a esse cenário o fato de o Orçamento do MEC para 2020 ser o menor desde 2012, em valores reais, mesmo após a inclusão dos recursos condicionados ao descumprimento da chamada regra de ouro. Até o terceiro bimestre deste ano, a dotação orçamentária da massa era de R $ 142,9 bilhões.

Em junho, o Congresso autorizou o governo a descumprir a regra da economia, que proíbe o Executivo de se endividar para pagar gastos correntes (como conta de luz e salário de servidor), em um crédito de R $ 343,6 bilhões.

A manobra não paga que cerca de R $ 15,5 bilhões, condicionados ao descumprimento da regra, eliminados ao Orçamento do MEC.

Há ainda preocupação com os sinais de que, para 2021, o Orçamento do MEC será ainda mais reduzido. No início de agosto, uma massa anunciou que planeja um corte de R $ 4,2 bilhões no orçamento das despesas discricionárias — o que corresponde a uma queda de 18,2% em relação ao Orçamento deste ano.

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Governo de SP anuncia reabertura de escolas para atividades de recuperação – veja as regras

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Medição de temperatura deve ser obrigatória na entrada das escolas – Foto: Reprodução

 

  • – Escolas estaduais só fornecerão merenda seca na retomada das atividades em SP
  • – Início da reabertura em 8 de setembro deve acontecer em 128 dos 625 municípios paulistas;  
  • – 1º, 2º, 5º e 9º anos do fundamental e 3º do médio serão prioridade na volta às aulas
  • – Apenas 20% dos alunos matriculados poderão participar das atividades de recuperação
  • – Escolas da capital paulista ainda não devem retornar

 

As escolas que reabrirem a partir da próxima terça-feira (8) não contaram com refeições para os alunos que freqüentarem aulas e apenas a famigerada merenda seca estará disponível aos estudantes.

Segundo decreto do governo de São Paulo, publicado na terça-feira (1º), com regras para reabertura das escolas, a medida ocorrerá para evitar o perigo de contaminação pelo novo coronavírus.

A partir de terça, os municípios estão autorizados a abrir escolas para atividades de reforço escolar e plantão de dúvidas, entre outros, inclusive para colégios municipais e particulares.

Apesar da reabertura das escolas, entretanto, é decidida pelos municípios. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), por exemplo, já adiantou que vai esperar a realização de um inquérito sorológico com alunos de escolas estaduais e privadas para decidir quando autoriza a volta às aulas. A testagem deve ocorrer em primeiro mês — ou seja, os colégios da cidade renovados na próxima semana. A capital já fez duas pesquisas com estudantes de escolas municipais e o número de assintomáticos preocupa.

Na Grande SP, ao menos dez cidades já afirmaram que não voltam às aulas presenciais neste ano. Na segunda (31), as prefeituras de Cotia, Itapevi, Mairiporã, Mauá, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Santo André disseram que só retomam as atividades escolares em 2021. Nesta (terça), Vargem Grande Paulista também confirmou que vai esperar o ano que vem.

O governo João Doria (PSDB) planeja retomar as aulas definitivamente em 7 de outubro, mas a decisão ainda não está fechada.

A volta às aulas terá uma série de regras, como limite de 20% de alunos (veja normas abaixo). Os estudantes devem ser comunicados pela escola para manifestar interesse e também podem procurar o colégio.

A UMES mantém o diálogo com a Secretaria de Educação paulista para garantir um retorno seguro às aulas para o conjunto dos estudantes e todos os profissionais envolvidos. Para isso, defendemos que a volta às aulas esteja vinculada a um criterioso plano de testagem, rastreio e isolamento dos infectados pela Covid-19.

Somente com a busca ativa e o rastreio poderemos barrar o avanço das infecções e garantir a segurança de todos.

Leia: Retornar às aulas apenas com combate inteligente ao vírus!

Segundo o subsecretário estadual de Articulação Regional, Henrique Pimentel, 128 cidades pretendem retomar as atividades presencias em 8 de setembro.

Quando as aulas voltarem integralmente, explica ele, os alunos matriculados em escolas estaduais que fornecem o vale-merenda de R$ 55 ficarão sem o benefício, que será substituído pela distribuição de kits com alimentos.

“Quanto menos tocarmos no alimento melhor, por isso a opção por não preparar as refeições”, diz Pimentel. Segundo ele, cerca de 800 mil famílias estão aptas ao benefício, como beneficiários do Bolsa Família, ou que estão em extrema pobreza. “O Merenda em Casa vai se transformar nenhum kit alimento e será um complemento para as famílias que precisem.”

Alunos, professores e servidores que aloja confirmada a contaminação por coronavírus deve ficar em isolamento. Segundo o decreto publicado pelo governo estadual, se um estudante testar positivo para Covid-19, todos os colegas da turma a qual pertence deve ficar em isolamento por 14 dias.

O mesmo será válido para os servidores. Professores, por exemplo, que costumam dar aula para mais de uma turma, caso sejam detectados com o novo coronavírus ficarão persistão e todos os alunos que tiveram contato com ele também, incluindo ainda os outros profissionais que atuam na escola.

“Essa é uma orientação feita pelas autoridades de saúde”, explica o subsecretário de Articulação Regional, Henrique Pimentel.

Um dos pontos do decreto que causou estranheza foi a autorização para que os servidores do grupo de risco para o novo coronavírus puderam atuar. Segundo o texto, os profissionais idosos, participam das atividades presenciais mediante assinatura de termo de responsabilidade.

Segundo o secretário, “isso foi uma demanda de alguns diretores. É para o caso de pessoas que tem mais de 60 anos, por exemplo, mas se sentem aptos a retornar. Nossa recomendação é ninguém do grupo de risco retorne. Mas, às vezes, uma quarentena afeta a saúde mental das pessoas”.

 

Volta às aulas em São Paulo – Regras

Planejamento escolar

As normas são válidas para todas as escolas do estado de SP

Escolas poderão receber presencialmente até 20% dos alunos matriculados. Os municípios terão autonomia para decidir sobre o retorno das aulas presenciais a partir de 8 de setembro

As atividades presenciais somente poderão ocorrer em escolas localizadas em regiões que já estejam há 28 dias seguidos classificadas na fase amarela do Plano São Paulo

Dentre as atividades autorizadas no próximo dia 8 estão: reforço e recuperação da aprendizagem; acolhimento emocional e plantão de dúvidas

O governo estadual avalia a possibilidade de retomar as aulas integralmente em 7 de outubro

Atenção

  • Alunos, professores e servidores que tiverem confirmada a contaminação por coronavírus deverão ficar em isolamento. Segundo o decreto publicado pelo governo estadual, se um estudante testar positivo para Covid19, todos os alunos da turma a qual pertence deverão ficar em isolamento por 14 dias.
  • O mesmo será válido para os servidores. Professores, por exemplo, que costumam dar aula para mais de uma turma, caso sejam detectados com o novo coronavírus ficaram isolados e todos os alunos que tiveram contato com ele também, incluindo ainda os outros profissionais que atuam na escola.

 

Medidas para o calendário escolar 2020

 

Escolas da rede estadual devem oferecer

  • Sabão líquido
  • Álcool em gel
  • Máscaras de tecido para alunos e funcionários
  • Protetores de face para funcionários
  • Termômetros

 

Prioridade para o retorno será para os seguintes grupos de estudantes

  • Sem acesso a equipamentos de tecnologia ou à conexão de internet
  • Embora com acesso, apresente dificuldades de aprendizagem
  • Apresente sinais de distúrbios emocionais relacionados ao isolamento social
  • Alunos do 1º e 2º anos do ensino fundamental, em processo de alfabetização
  • Alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental, ou alunos da 3ª série do ensino médio


Medidas de prevenção

  • Oferta de merenda com alimentos que não precisem de preparo
  • Medir a temperatura da criança antes de sair de casa, na entrada da escola também deve ser aferida
  • Não será permitida a entrada na escola de estudantes com sintomas de Covid-19
  • Os estudantes e servidores devem usar máscaras de tecido no transporte escolar e público e por todo o percurso
  • Veículos do transporte escolar devem intercalar um assento ocupado e um livre e disponibilizar álcool em gel 70%
  • Realizar limpeza dos veículos do transporte escolar entre uma viagem e outra
  • Janelas de transporte escolar devem ficar semiabertas
  • Higienizar os prédios, as salas de aula e demais superfícies antes do início das aulas em cada turno
  • Higienizar os banheiros antes da abertura, após o fechamento e, no mínimo a cada três horas
  • Utilizar marcação no piso para sinalizar o distanciamento de 1,5 metro. isso vale para as carteiras
  • Evitar que pais ou qualquer outra pessoa de fora entre na escola
  • Evitar aglomerações e horários de pico do transporte público
  • Estudantes e servidores devem lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool em gel 70% ao entrar na escola
  • Estudantes devem usar máscara enquanto estiveram na escola, exceto para crianças com menos de 2 anos
  • Eventos como feiras, palestras, seminários, festas, assembleias, competições e campeonatos esportivos estão proibidos
  • Estudantes não podem compartilhar materiais

 

Os intervalos ou recreios devem ser feitos com revezamento das turmas em horários alternados

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USP abre inscrições para vestibular com 50% das vagas para escolas públicas

 

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A Fuvest abriu nesta segunda-feira (31) as inscrições para o vestibular 2021 que vai selecionar os candidatos para os cursos de graduação da Universidade de São Paulo (USP).

As inscrições serão encerradas no dia 23 de outubro, no site da Fuvest. Para quem não fez a solicitação de isenção, é necessário o pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 182,00.

A primeira fase das provas está marcada para 10 de janeiro de 2021, com a prova de conhecimentos gerais. No dia 21 de fevereiro de 2021 será a prova de Português e redação, já na segunda fase do certame. E, no dia 22 de fevereiro, a prova das disciplinas específicas de acordo com a carreira escolhida pelos candidatos.

Vagas para estudantes de escolas públicas

Neste vestibular de 2021 serão oferecidas 11.147 vagas na USP. E a mudança da data do Enem não interferiu no plano da universidade de tornar o Sisu uma das principais modalidades de ingresso e, pela primeira vez, metade das vagas da universidade será destinada a alunos que cursaram o Ensino Médio todo em escolas públicas.

Do total geral de vagas oferecidas, 8.242 serão destinadas para seleção pelo vestibular da Fuvest. As 2.905 vagas serão destinadas pela Universidade de São Paulo para a seleção de estudantes pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu)/Enem.

No ano passado, 45% das vagas foram destinadas às cotas de escola pública. A Fuvest destaca a importância do aumento para 50% no vestibular de ingresso para o ano que vem.

“Eu considero esse um fato notável e ele tem que ser registrado com ênfase porque ele revela, demonstra o interesse da USP pela inclusão dos alunos das classes mais desfavorecidas, ou seja, aqueles que na maior parte da Fuvest”, afirma a Prof. Dra. Belmira Bueno, diretora-executiva do Fuvest.

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São Paulo realiza a 1ª Mostra de Cinema Virtual – veja a programação

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  Anna Karenina – A História de Vronsky, abre a Mostra Internacional de Cinema Virtual de São Paulo – Foto: Reprodução/Mosfilm

Entre os dias 1 e 30 de setembro, São Paulo realiza a 1ª Mostra Internacional de Cinema Virtual. Durante todo o mês serão exibidos 33 filmes de 21 países diferentes e, dentre eles, cinco clássicos do cinema soviético e russo do Estúdio Mosfilm, disponibilizados pelo CPC-UMES Filmes.

A iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Secretaria de Relações Internacionais, em parceria com consulados, embaixadas e institutos dos países participantes e da organização Amigos da Arte.

“Mais uma iniciativa boa e positiva para o setor de Cultura e Economia Criativa, que tanto vem sofrendo com os efeitos da pandemia. A plataforma #CulturaEmCasa vai transmitir, de forma inédita e gratuita, 33 filmes de 21 países durante o mês de setembro”, anunciou o governador de São Paulo, João Doria.

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A programação será exibida diariamente pela plataforma #CulturaEmCasa, às 19h e às 22h. Os filmes ficarão disponíveis por tempo limitado para exibição por demanda. São 22 longas, dois curtas de animação e nove documentários inéditos no Brasil, todos com legendas em português

De acordo com o secretário Sérgio Sá Leitão, a mostra foi incluída no calendário anual de eventos estratégicos de difusão cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. “É uma oportunidade fantástica para termos acesso a uma produção cinematográfica de altíssima qualidade e grande diversidade. Por isso, continuaremos a realizar a Mostra Internacional de Cinema Virtual de São Paulo nos próximos anos”, afirmou.

Plataforma

A plataforma de streaming e vídeo por demanda #CulturaEmCasa foi lançada pelo Governo de São Paulo em 20 de abril. Em quatro meses, o serviço gratuito registrou 1,5 milhão de visualizações nos mais de mil conteúdos ofertados, com 575 mil usuários únicos.

O objetivo é ampliar o acesso da população a conteúdos culturais e artísticos de alta qualidade gerados pelas instituições vinculadas à Secretaria de Cultura e Economia Criativa e também por artistas e produtores independentes de São Paulo.

 

Veja os filmes do Estúdio Mosfilm que serão exibidos:

 

Anna Karenina. A História de Vronsky

Karen Shakhnazarov (2017), com Elizaveta Boyarskaya, Maksim Matveyev, Vitaly Kishchenko, Kirill Grebenshchikov e Makar Mikhalkin, Rússia, 138 min.

Corria o ano de 1904. Um hospital militar russo funciona numa semi-abandonada aldeia chinesa. Serguey Karenin, chefe desse hospital, fica sabendo que o oficial ferido que está sendo operado é o conde Vronsky, amante de sua mãe. Karenin vai até Vronsky e lhe dirige a pergunta que o atormentara por toda a vida: o que fez sua mãe querer deixar de viver? Publicado em 1877, o aclamado romance de Tolstoi narra o trágico caso extraconjugal de Anna Karenina. Nesta adaptação cinematográfica, Shakhnazarov o tempera com os escritos Vikenty Veresaev sobre a guerra russo-japonesa, avançando 30 anos no tempo para recontar a história sob o ponto de vista de Vronsky, em vários flashbacks.

 

Braço de Diamante

Leonid Gayday (1968), com Yuriy Nikulin, Nina Grebeshkova, Andrey Mironov, URSS, 100 min.

O cidadão soviético Semyon Gorbunkov sai a passeio num cruzeiro marítimo. Em seu retorno, acaba levando à URSS jóias escondidas por engano no gesso colocado em torno de seu braço esquerdo depois de uma queda em Istambul. Enquanto os contrabandistas realizam várias tentativas para recuperar as pedras preciosas, um capitão da polícia russa usa Gorbunkov como isca para pegar os criminosos. Mas a esposa do nosso herói começa a desconfiar que ele foi recrutado pela inteligência estrangeira ou está tendo um caso. Está armado o quiproquó.

 

O Conto do Czar Saltan

Aleksander Ptushko (1966), com Vladimir Andreyev, Larissa Golubkina, Oleg Vidov, URSS, 87 min.

Imortalizado na ópera de Rimsky-Korsakov, o célebre poema de Aleksandr Pushkin baseado num conto popular russo recebe a adaptação cinematográfica de um mestre dos efeitos especiais, cujas animações se integram à realidade com rara inteligência e beleza. Em “O Conto do Czar Saltan” a czarina traída por suas irmãs invejosas aporta numa ilha mágica depois de ter sido lançada ao mar com seu filho, o príncipe Gvidon, dentro de um barril selado. Com a ajuda de um cisne encantado que realiza os seus desejos, o príncipe inicia uma fantástica aventura que o levará ao encontro do pai e ao desmascaramento das farsantes.

 

12 Cadeiras

Leonid Gayday (1970), com Archil Gomiashvili, Serguey Filippov, Mikhail Pugovkin, Natalya Krachkovskaya, URSS, 161 min.

Na Rússia Soviética, ex-aristocrata procura os diamantes escondidos pela sogra. Baseado no romance de Ilia Ilf e Evgueny Petrov.

Campeãs de bilheteria, as comédias de Gayday venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS.

 

O Caminho para Berlim

Serguey Popov (2015), com Amir Abdykalov, Yuriy Borisov, Maksim Demchenko. Rússia, 82 min.

Condenado por covardia à pena de fuzilamento, tenente russo cruza a estepe escoltado por soldado cazaque até o posto de comando, local da execução. Para chegarem ao destino, eles terão que enfrentar juntos o cerco alemão. Baseado no romance “Dois na Estepe” de Emmanuil Kazakevich e nos diários de guerra de Konstantin Simonov, o filme foi lançado em 2015 por ocasião das comemorações do 70º. aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre o fascismo. Os acontecimentos que ele evoca ocorreram no verão de 1942, na Frente Sul. O filme foi premiado com a menção ecumênica do júri do Festival Internacional de Montreal (2015).

 

culturaemcasa

 

Mostra Internacional de Cinema Virtual

Programação

1/9 – 19h – terça

Sabores do Templo – A Simplicidade da Cura – documentário – Coreia

disponível de 01 a 15 de setembro

1/9 – 22h – terça

Anna Karenina – A História de Vronsky – longa – Rússia

sessão única

2/9 – 19h – quarta

Braço de Diamante – longa – Rússia

sessão única

2/9 – 22h – quarta

Guarani – longa – Paraguai

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

3/9 – 19h – quinta

Piqueiro (Píquero/Mr Blue Footed Booby) – curta de animação – Equador

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

3/9 – 19h – sexta

O Conto do Czar Saltan – longa – Rússia

sessão única

4/9 – 19h – sexta

O Conto do Czar Saltan – longa – Rússia

sessão única

4/9 – 22h – sexta

Hindi Medium – longa – Índia

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

5/9 – 19h – sábado

Mamaliga Blues – documentário – Moldávia

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

5/9 – 22h – sábado

Anna Karenina – A História de Vronsky – longa – Rússia

sessão única

6/9 – 19h – domingo*

Pink – longa – Índia

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

6/9 – 22h – domingo

O Marco Invisível – documentário – Alemanha

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

7/9 – 19h – segunda

12 Cadeiras – longa – Rússia

sessão única

7/9 – 22h – segunda

Hindi Medium – longa – Índia

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

8/9 – 19h – terça

Braço de Diamante – longa – Rússia

sessão única

8/9 – 22h – terça

O Caminho Para Berlim – longa – Rússia

sessão única

9/9 – 19h – quarta

Anna Karenina – A História de Vronsky – longa – Rússia

sessão única

9/9 – 22h – quarta

O Caminho Para Berlim – longa – Rússia

sessão única

10/9 – 19h – quinta

Vizir (Wazir) – longa – Índia

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

10/9 – 22h – quinta

Braço de Diamante – longa – Rússia

sessão única

11/9 – 19h – sexta

Djon África – longa – Cabo Verde

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

11/9 – 22h – sexta

Pequenos Gigantes (Giant Little Ones) – longa – Canadá

sessão única

12/9 – 19h – sábado

Só o Melhor Para o Nosso Filho Kees (Only the Best for Our Son) – documentário – Países Baixos

disponível durante 7 dias a partir da data de estreia

12/9 – 22h – sábado

Espelho Triplo Asiático 2016: Reflexos – trilogia de curtas em um longa – Japão

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

13/9 – 19h – domingo

Fronteira (Frontera) – curta de animação – Equador

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

13/9 – 22h – domingo

Procurando Tita (Buscando a Tita) – documentário – Argentina

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

14/9 – 19h – segunda

O Caminho para Berlim – longa – Rússia

sessão única

14/9 – 22h – segunda

Espelho Triplo Asiático 2016: Reflexos – trilogia de curtas em um longa – Japão

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

15/9 – 19h – terça

O Conto do Czar Saltan – longa – Rússia

sessão única

15/9 – 22h – terça

12 Cadeiras – longa – Rússia

sessão única

16/9 – 19h – quarta

Brasileiros – longa – Hungria

disponível durante 12 horas a partir da estreia

16/9 – 22h – quarta

Anna Karenina – A História de Vronsky – longa – Rússia

sessão única

17/9 – 19h – quinta

O Caminho para Berlim – longa – Rússia

sessão única

17/9 – 22h – quinta

Procurando Tita (Buscando a Tita) – documentário – Argentina

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

18/9 – 19h – sexta

Lubaraun – documentário – Nicarágua

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

18/9 – 22h – sexta

Férias (Ferien) – longa – Alemanha

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

19/9 – 19h – sábado

Pequenos Gigantes (Giant Little Ones) – longa – Canadá

sessão única

19/9 – 22h – sábado

Dafne – longa – Itália

disponível da estreia até o fim do mês de novembro

20/9 – 19h – domingo

Haenyeo, a Força do Mar – documentário – Coreia

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

20/9 – 22h – domingo

Pecados Antigos, Longas Sombras (La Isla Mínima) – longa – Espanha

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

21/9 – 19h – segunda

O Caminho para Berlim – longa – Rússia

sessão única

21/9 – 22h – segunda

Braço de Diamante – longa – Rússia

sessão única

22/9 – 19h – terça

Braço de Diamante – longa – Rússia

sessão única

22/9 – 22h – terça*

12 Cadeiras – longa – Rússia

sessão única

23/9 – 19h – quarta

Os Modernos (Los Modernos) – longa – Uruguai

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

23/9 – 22h – quarta

O Conto do Czar Saltan – longa – Rússia

sessão única

24/9 – 19h – quinta

The Black Creoles – documentário – Nicarágua

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

24/9 – 22h – quinta

12 Cadeiras – longa – Rússia

sessão única

25/9 – 19h – sexta

Meridiano do Vinho – documentário – Geórgia

exibição por tempo indeterminado

25/9 – 22h – sexta

Emma Peeters – longa – Bélgica

sessão única

26/9 – 19h – sábado

Lua de Cigarras – longa – Paraguai

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

26/9 – 22h – sábado

Bardsongs – longa – Países Baixos

disponível durante 7 dias a partir da estreia

27/9 – 19h – domingo

Falso Perfil – longa – Angola

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

27/9 – 22h – domingo

Sawah – longa – Luxemburgo

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

28/9 – 19h – segunda

12 Cadeiras – longa – Rússia

sessão única

28/9 – 22h – segunda

Fronteira (Frontera) – curta de animação – Equador

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

29/9 – 19h – terça

O Conto do Czar Saltan – longa – Rússia

sessão única

29/9 – 22h – terça

Os Modernos (Los Modernos) – longa – Uruguai

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

30/9 – 19h – quarta

Anna Karenina – A História de Vronsky – longa – Rússia

sessão única

30/9 – 22h – quarta

Pecados Antigos, Longas Sombras (La Isla Mínima) – longa – Espanha

disponível da estreia até o fim do mês de setembro

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Cinema Russo em Casa: assista neste fim de semana “Cossacos de Kuban”

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Nesta sexta-feira, 28/08/20, continuamos o projeto “Cinema Russo em Casa”, com a exibição gratuita de um filme por semana no nosso canal do Youtube.

O filme desta semana será COSSACOS DE KUBAN (Ivan Pyriev, 1949), a maior produção musical do cinema soviético. O filme se passa às margens do rio Kuban, nos primeiros anos do pós-guerra, e conta a história de dois kolkhozes (cooperativas agrícolas) que competem para ver quem consegue colher mais trigo.

A exibição estará disponível de sexta, 28/08, 19h, até domingo, 30/08, 19h.

 

Para acessar o canal clique aqui:

Canal CPC

 

 

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A programação do Cinema Russo em Casa está confirmada até novembro deste ano.

 

Cossacos de Kuban

Ivan Pyriev (1949), com Serguey Lukyanov, Marina Ladynina, Aleksandr Khvylya, Vladlen Davydov, URSS, 110 min.

Sinopse

Ambientado nas estepes do rio Kuban, nos primeiros anos do pós-guerra, o filme conta a história de dois kolkhozes (cooperativas agrícolas) que competem para ver quem consegue colher mais trigo. Realizado em cores, “Cossacos de Kuban” foi a maior produção musical do cinema soviético.

Direção: Ivan Pyriev (1901-68)
Nascido na aldeia de Kamen-na-Obi, oeste da Sibéria, Ivan Aleksandrovich Pyriev iniciou a carreira no Teatro Proletkult, contracenou com Grigori Alexandrov no curta-metragem “Diário de Glumov” (Eisenstein, 1923). Estreou como diretor de cinema com “Mulher Estranha” (1929). Em seguida vieram “Funcionário do Governo” (1930), “A Transportadora da Morte” (1933), “O Cartão do Partido” (1936).
Entre os anos 1938-49 dirigiu sete musicais, “A Noiva Rica” (1938), “A Tratorista” (1939), “A Bem-Amada” (1940), “Encontro em Moscou” (1941), “Às Seis da Tarde, Depois da Guerra” (1944), “Conto da Terra Siberiana” (1947), “Cossacos de Kuban” (1949), dividindo com Grigori Alexandrov a condição de diretor mais bem sucedido do país, no gênero. Realizou também o drama de guerra “Os Partisans” (1942). Em 1951, dirigiu em parceria com o cineasta holandês Joris Ivens o documentário “Vitória da Amizade”. Em 1954, concluiu “Devoção”.
Fundador da União dos Cineastas Soviéticos e membro do Soviete Supremo da URSS, Pyriev recebeu seis prêmios Stalin (1941, 1942, 1946, 1946, 1948, 1951) e foi diretor d estúdio Mosfilm (1954-57). Realizou mais cinco películas, três das quais adaptações dos clássicos de Dostoievsky – “O Idiota” (1958), “Noites Brancas” (1959) e “Os Irmãos Karamazov” (1969), concluído por Kirill Lavrov e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. As outras duas são “Nosso Amigo Comum” (1961) e “A Luz de Uma Estrela Distante” (1965).

Argumento Original: Nikolay Pogodin (1900-62)

Nascido em uma família camponesa em Gundorovskaya Stantsiya, província de Donetsk, Nikolay Stukalov Pogodin passou a infância viajando com sua mãe de uma aldeia cossaca para outra. Trabalhou como encadernador e carpinteiro. Serviu como voluntário no Exército Vermelho, durante a guerra civil. Em 1920 trabalhou como repórter em Rostov e foi correspondente itinerante do “Pravda”, de 1922 a 1932. Escreveu várias peças para teatro, entre as quais “Tempo” (1929), “Poema do Machado” (1931), “Meu Amigo” (1932). Em 1936, sua peça “Aristocratas” foi levada ao cinema por Yevgeni Chervyakov. Vieram depois “Um Homem com uma Arma” (Seguey Yutkevitch, 1937), “Luz Sobre a Rússia” (Serguey Yutkevich, 1947), “Três Encontros” (Aleksandr Ptusko e Vsevolod Pudovkin, 1949), “Cossacos do Kuban” (Ivan Pyriev, 1950), “Turbilhões Hostis” (Mikhail Kalatozov, 1953), “O Lutador e o Palhaço” (Boris Barnet, 1957).
De 1951 a 1960, Pogodin foi editor-chefe da revista “Teatro”.

 

Música Original: Isaak Dunayevsky (1900-55)

Considerado um dos maiores compositores soviéticos, Isaak Osipovich Dunaievsky nasceu em Lokhvitsa (Ucrânia). Em 1919 formou-se em violino e teoria musical no Conservatório Kharkiv. Transferiu-se para Moscou, em 1924, indo trabalhar no Teatro Hermitage. Foi diretor e regente do Music Hall de Leningrado (1929-34). Depois retornou a Moscou para trabalhar em suas operetas e músicas para cinema. Dunayevsky criou balés, cantatas, 80 coros, 80 canções e romances, música de 88 peças teatrais e 42 filmes, 52 composições para orquestra sinfônica, 47 para piano e 12 para orquestra de jazz. Escreveu a trilha das cinco comédias musicais de Aleksandrov – “Amigos Extraordinários” (1934), “Circus” (1936), “Volga-Volga” (1938), “O Caminho Luminoso” (1940) e “Primavera” (1947). Compôs também, entre outras, as trilhas de “Três Camaradas” (Semyon Timoshenko, 1935), “Os Filhos do Capitão Grant” (Vladimir Weinstock, 1936), “Meu Amor” (Vladimir Korsh-Sablin, 1940), “Cossacos de Kuban” (Ivan Pyriev, 1949).

 

Ouça o especial A música do Cinema – Isaak Dunayevsky:

 

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A pergunta de Trump a Bolsonaro

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Bolsonaro não conseguiu responder por que sua esposa recebeu R$ 89 mil em depósitos de Fabrício Queiroz. 

 

E não é por falta de gente perguntando:

 

 

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Secretário da Educação de SP quer prioridade a professores na vacinação contra Covid-19

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O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, defendeu em declaração, a inclusão imediata dos professores no grupo prioritário de vacinação assim que uma vacina contra o novo coronavírus estiver disponível no País.

“Os profissionais da saúde, professores e policiais, que trabalham com o público, devem ser públicos prioritários, além daquelas pessoas com mais de 60 anos e que têm comorbidades”, disse em entrevista à Rádio Eldorado, na manhã desta quarta-feira (26).

Ao menos 40% dos profissionais da Educação encontram-se no grupo de risco para a Covid-19.

A UMES mantém o diálogo com a Secretaria de Educação paulista para garantir um retorno seguro às aulas para o conjunto dos estudantes e todos os profissionais envolvidos. Para isso, defendemos que a volta às aulas esteja vinculada a um criterioso plano de testagem, rastreio e isolamento dos infectados pela Covid-19.

Somente com a busca ativa e o rastreio poderemos barrar o avanço das infecções e garantir a segurança de todos.

Leia: Retornar às aulas apenas com combate inteligente ao vírus!

Segundo o secretário, a previsão de retorno às atividades escolares não-obrigatórias em 8 de setembro e retomada das aulas presenciais em outubro está mantida. Isso será possível somente para as regiões que estiverem há pelo menos 28 dias na fase 3 (amarela) do plano estadual de flexibilização da quarentena, que tem cinco fases, com o retorno de até 35% dos alunos.

Porém, enquanto o Brasil não tiver uma vacina registrada, os profissionais de ensino que fazem parte do grupo de risco não deverão retornar às atividades no Estado.

“No mês de outubro, não poderão retornar aqueles no grupo de risco. Os demais poderão retornar, no sistema de rodízio. A gente vai ter um reforço de contratação de professores para reorganizar a carga horária dos nossos profissionais”, disse Soares.

De acordo com o secretário, as determinações e protocolos dependerão da demanda para o atendimento dos alunos, dos casos individuais de cada professor, e, principalmente, do comportamento da pandemia e de uma possível vacina. 

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VITÓRIA: PEC do Novo Fundeb é aprovada

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O Senado Federal aprovou, por 79 votos favoráveis e nenhum contrário, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Novo Fundeb em primeiro e segundo turno. A Emenda deve ser promulgada pelo Congresso Nacional na quarta-feira (26).

A votação unânime do Novo Fundeb simboliza uma conquista não somente dos estudantes, mas também de todo o povo brasileiro, já que o fundo garante o investimento na educação básica, que vem sendo atacada pelo governo Bolsonaro desde a sua posse.

A medida torna o financiamento permanente e aumenta o volume de recursos repassados pela União para Estados e municípios bancarem o pagamento de professores e outras despesas da educação básica. A PEC aumenta complementação da União na cesta do Fundeb dos atuais 10% para 23% em seis anos.

Desde o começo da gestão Bolsonaro, o governo se movimentou contra a proposta na articulação do Legislativo e tentou incluir o programa Renda Brasil, em substituição ao Bolsa Família, no mesmo pacote de repasses, o que deixaria a despesa assistencial fora do teto de gastos. A estratégia, porém, foi rejeitada pelo Congresso.

No Senado, a PEC sofreu apenas uma mudança na redação. O relator retirou um dispositivo do texto que previa repasse de recursos do financiamento para escolas privadas. De acordo com Flávio Arns, porém, a Constituição já autoriza essa transferência para instituições comunitárias e filantrópicas e o trecho da PEC limitaria o pagamento para essas entidades.

Em 2020, o Fundeb envolve uma cesta de R$ 173,7 bilhões que financia a maior parte dos salários de professores e outras despesas de Estados e municípios com a educação básica. Desse valor, R$ 15,8 bilhões corresponde à complementação da União. Com a PEC, o aporte do governo federal deve subir para R$ 17,5 bilhões em 2021 e chegar a R$ 39,3 bilhões em 2026, de acordo com cálculos da Consultoria de Orçamento da Câmara.

Para Flávio Arns, no período pós-pandemia, a educação precisa ser “a principal bandeira do Brasil”.

“Se você tiver a escolaridade, a educação formal, você vai ter trabalho, vai ser melhor remunerado, vai participar mais, a saúde melhora, os programas de assistência ficam mais direcionados. Na área econômica, você precisa ter gente com escolaridade para que haja recuperação no pós-pandemia. Então é a educação como prioridade absoluta”, afirmou o senador do Paraná.

“Os recursos do Fundeb são destinados às redes estaduais e municipais de educação. O Fundeb atende tudo que vem antes da faculdade: creche, pré-escola, ensino fundamental e médio, educação de jovens e adultos, educação profissional, indígenas, quilombolas, educação especial. Trata-se de um dos principais instrumentos de redistribuição de recursos do país, realocando valores no âmbito de cada estado, entre o governo estadual e as prefeituras, para tornar o sistema educacional mais equitativo e menos desigual. Se não fosse o Fundeb, nós teríamos uma grande disparidade de atendimentos no Brasil. O Fundeb é, de fato, o maior instrumento para tornar o Brasil menos desigual”, destacou afirmou Flávio Arns durante a leitura de seu relatório.

Presidente Bolsonaro, por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?

Pergunta tomou as redes sociais nesta segunda-feira; um tuíte com o questionamento é registrado a cada 35 segundos

 

Na tarde de domingo (24), Jair Bolsonaro foi perguntado por um jornalista o porquê de a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ter recebido um depósito de R$ 89 mil feito por Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro.

O presidente respondeu com uma ameaça: “Vontade de encher sua boca com uma porrada.”

Os repórteres presentes o questionaram e quiseram saber se o ataque era dirigido a toda imprensa ou apenas ao repórter. “Isso é uma ameaça presidente?”, perguntaram. Bolsonaro ficou calado.

Fabrício Queiroz operava o esquema de “rachadinha” no gabinete de Flavio Bolsonaro quando o filho de Bolsonaro era deputado estadual.

Um vídeo que mostra a ameaça de agressão rapidamente viralizou na internet. Jornalistas, famosos e pessoas diversas se revoltaram com o tom de voz do presidente da República para com o profissional e decidiram repetir a pergunta dele:

 

“Presidente Jair Bolsonaro, por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?”

Entenda

No dia 7 de agosto, a revista Crusoé obteve acesso a um relatório do Coaf que mostra que Fabrício Queiroz e a esposa dele, Márcia Aguiar, depositaram R$ 89 mil em cheques na conta de Michelle Bolsonaro.

O caso veio à tona pela primeira vez em 2018, mas, à época, o valor que se tinha conhecimento era o de R$ 24 mil. Bolsonaro justificou dizendo que havia emprestado dinheiro a Queiroz, e que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro quitou a dívida depositando os valores na conta de Michelle.

Porém, o valor é maior. Os extratos mostram que Queiroz começou a abastecer a conta de Michelle em 2011 e perdurou até 2016. O relatório mostra que os valores recebidos pelo ex-assessor foram aumentando ao passar desses anos.

Os depósitos entre 2011 e 2013 eram em cheques de R$ 3 mil. Em 2011, foram três cheques, somando R$ 9 mil passados para Michelle Bolsonaro, em 2012 foram seis, somando R$ 18 mil, e em 2013 foram, novamente, três cheques, completando R$ 9 mil. Em 2016 foram noves cheques que totalizam R$ 36 mil.

Entre janeiro e junho de 2011 também foram registrados depósitos feitos pela esposa de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar, que somam mais R$ 17 mil passados para Michelle Bolsonaro.

No fim de 2018, quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) relatou o depósito de R$ 24 mil feito por Queiroz para Michelle, Jair Bolsonaro disse que se tratava da devolução de parte de um empréstimo de R$ 40 mil que ele supostamente teria feito para o ex-assessor de seu filho e faz-tudo da família.

Após as novas revelações ficou claro que Bolsonaro mentiu.

Esse mesmo relatório informou que o ex-assessor movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, valor que não condizia com seu salário. Mais tarde, descobriu-se que entre janeiro de 2014 e de 2017, Fabrício Queiroz movimentou R$ 7 milhões.

Rachadinha

Queiroz recolhia parte do salário dos assessores de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e repassava parte para a família Bolsonaro, conforme denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro. Com parte do dinheiro, pagou mais de R$ 150 mil das mensalidades escolares dos filhos de Flávio.

Queiroz foi preso pela Polícia Federal quando estava escondido no sítio do ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.

O Palácio do Planalto disse que não comentará a ameaça feita por Bolsonaro no domingo (23). Já seu líder na Câmara do Deputados, Ricardo Barros, considerou que ele é “assim mesmo”, e que “não vai mudar”.

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Chamado de ladrão, mestre Nenê é espancado por policiais em São Paulo

 

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Valdenir Alves dos Santos, conhecido como mestre Nenê, foi agredido por policiais militares na noite da última quarta-feira, 19. Segundo os PMs, eles confundiram o mestre, que estava com o filho no colo, com um suspeito de um roubo na região da Vila Madalena.

 

O motivo da “confusão”: mestre Nenê é negro.

 

Mestre Nenê estava junto com seu filho, de cinco anos, na calçada em frente a sua casa conversando com vizinhos quando uma viatura o abordou de forma violenta.

 

Ao entrar em casa, ele foi perseguido por policiais que o violentaram, empurrando-o no chão, com seu filho no colo. Após a criança ser retirada do local por amigos, os policiais seguiram com força desmedida para algemá-lo.

 

Mestre Nenê foi levado à 14ª Delegacia de Polícia de São Paulo, onde ficou nervoso e ainda tentaram dopá-lo. Posteriormente, foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e abertura de inquérito.

 

A ação violenta da polícia contra o mestre foi amplamente repudiada por diversas lideranças da capoeira, entidades do movimento negro e cultural.

Fabiano Pavio coordenador do projeto “Capoeira na UMES”, lamentou o episódio envolvendo o mestre Nenê e cobrou um “pedido formal por parte do Estado e da PM” e que a justiça seja feita com a apuração do caso. “É o mínimo que esperamos”, disse.

“A PM diz que teve roubos na região, foram abordar o mestre e seus vizinhos, ele pegou a criança e levou para dentro de casa e a polícia diz que ele fugiu e isso foi o motivo do espancamento. O Nenê nem armado estava, ele estava na frente de sua residência, isso demonstra o racismo que existe em parte da corporação, porque se fosse um homem branco sentado em frente de sua casa na “Vila Madalena”, não seria abordado dessa forma, isso é, se fosse abordado…”, criticou.

O professor de capoeira relembra que “infelizmente o que vemos é um presidente da República que estimula o preconceito e o racismo, o resultado é o que aconteceu com o mestre”. “O caso é que, a maioria das pessoas abordadas e mortas em atuações policiais, são negras, isso precisa mudar”, pontuou Pavio. 

Vídeos e mensagens exigindo uma retratação foram divulgados em diversas redes sociais:

O Instituto da Advocacia Negra Brasileira (IANB) também manifestou repúdio à ação da PM “em mais um caso evidente de racismo estrutural”. “Repudiamos todo e qualquer caso de violência policial e expressamos sinceras condolências ao Mestre Nenê e sua família, e se dispõe a ajudar no que for possível e pertinente”, afirma a entidade em nota.

 

Mestre Nenê, nascido no Mato Grosso, possui um trabalho cultural enraizado em São Paulo desde 1992, conhecido em todo o Brasil, com diversos trabalhos de cultura popular, capoeira angola, tambor de crioula e confecção de instrumentos artesanais

 

Mestre Nenê foi aluno do saudoso Mestre Ananias e é um dos zeladores da Roda da Praça da República, principal ponto de encontro de capoeiristas da cidade de São Paulo. 

 

A Casa Mestre Ananias repudiou a ação dos policiais:

 

Nota de repúdio

 

Mestre Nenê foi atacado pela polícia ontem.

 

Aluno do finado Mestre Ananias foi atacado pela PM de São Paulo, na noite de ontem. Ele estava em frente de casa, com o filho no colo. A justificativa para o espancamento foi um suposto roubo na Vila Madalena. Teve uma abordagem da polícia e o Mestre Nenê, que estava em frente de casa com outros vizinhos, não aceitou a abordagem, pegou o filho no colo e entrou. 

 

Os policiais consideraram fuga, o espancaram e levaram algemado para o DP. Lá, o Mestre ficou nervoso, consideraram que ele tinha problema psiquiátrico e quiseram dopá-lo. Mais uma triste e revoltante situação de agressão. Isso se chama racismo e despreparo da polícia. Não podemos ser coniventes com esse tipo de violência. 

 

Mestre Nenê é reconhecido mundialmente, a capoeira e os saberes dos mestres são Patrimônios Imateriais da Cultura Brasileira, está presente em mais de 200 países nos cinco continentes. A classe capoeiristica não pode ser conivente com esta violência. O mínimo que esperamos é uma pedido de desculpas oficial do Secretário de Segurança Pública de São Paulo – General João Camilo Pires de Campos – ou do Governador de São Paulo – João Dória.