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Feder recusa convite para MEC após ser atacado por bolsonaristas

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O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder disse ter declinado o convite de Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Educação. A decisão acontece após Feder ser atacado por seitas bolsonaristas que ficaram insatisfeitas com a sua indicação.

 

“Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro, por quem tenho grande apreço, mas declino do convite recebido. Sigo com o projeto no Paraná, desejo sorte ao presidente e uma boa gestão no Ministério da Educação”, escreveu Renato Feder em suas redes sociais. Ele relatou que recebeu o convite de Bolsonaro para ser ministro na noite da última quinta-feira, 2.

 

Alas do governo ligadas ao escritor Olavo de Carvalho pressionaram Bolsonaro a reverter o convite feito ao secretário. Com isso, ele ficou de fora antes mesmo de ser anunciado oficialmente e é o segundo cotado da pasta que cai sem nunca ter sido ministro efetivamente.

 

A pasta do MEC está sem titular desde a saída de Abraham Weintraub, no último dia 18, após o governo ser pressionado a fazer um gesto de trégua ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro chamou integrantes da Corte de “vagabundos” em uma reunião ministerial. Bolsonaro chegou a escolher o economista Carlos Alberto Decotelli para a pasta. O governo, porém, pediu que ele deixasse o cargo após questionamentos a seu currículo.

 

Reação

 

Antes de anunciar o “não” ao convite de Bolsonaro, o secretário Renato Feder usou as redes sociais para reagir à pressão de alas ligadas ao escritor Olavo de Carvalho e aos militares no governo federal. Pelo Twitter, o paranaense publicou uma série de mensagens neste domingo, 5, com seu currículo e se defendeu de ataques que recebeu.

 

Uma das respostas dadas por ele foi à suposta divulgação de livros com “ideologia de gênero” – um tema caro a bolsonaristas – no Paraná. “Não existe nenhum material com esse conteúdo aprovado ou distribuído pela Secretaria”, escreveu.

 

Neste domingo, 5, o paranaense escreveu no Twitter que gostaria de ser avaliado pelos índices da Educação no Paraná, e não por manifestações feitas no passado. Em 2007, Feder escreveu um livro defendendo a extinção do MEC e a privatização da rede de ensino no Brasil.

 

Ao jornal “Estado de S. Paulo”, ele havia dito que não acredita mais nessa visão e, pelas redes sociais, reforçou o posicionamento mais uma vez. “Escrevi um livro quando tinha 26 anos de idade. Hoje, mais maduro e experiente, mudei de opinião sobre as ideias contidas nele.”

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Com currículo fraudulento, Decotelli pede demissão antes mesmo da posse no MEC

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Carlos Decotelli, que foi anunciado por Bolsonaro para o Ministério da Educação, pediu demissão nesta terça-feira (30), cinco dias após a sua nomeação e antes mesmo da sua cerimônia de posse. O pedido de demissão aconteceu após a confirmação da completa fraude de seu currículo Lates.

Decotelli havia sido escolhido para suceder Abraham Weintraub, que deixou o cargo após defender a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, Weintraub, que conduziu a política de devastação da educação pública do governo Bolsonaro, está em um “auto-exílio” em Miami, nos EUA.

A escolha de seu nome ocorreu como forma de dar uma imagem técnica ao MEC. Mas os problemas com o currículo provocaram efeito inverso, ridicularizando o governo, exatamente em um momento de necessidade de um sinal de seriedade com a educação.

As fraudes no currículo de Decotelli são diversas: como o doutorado pela Universidade Nacional de Rosario, da Argentina; o pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha; e até mesmo a titularidade de professor na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

O reitor da Universidade de Rosario, Franco Bartolacci, negou que ele tenha obtido o título. Ao contrário disso, ele foi reprovado pela banca examinadora da instituição.

Em seu currículo, Decotelli escreveu ter feito uma pesquisa de pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha, que informou que o novo ministro não possui título da instituição.

Em nota divulgada na noite de segunda-feira (29), a FGV (Fundação Getúlio Vargas) negou que o economista tenha sido professor ou pesquisador da instituição.

A informação também constava em seu currículo, inclusive no texto divulgado pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) quando assumiu a presidência do fundo em fevereiro do ano passado.

“A FGV destruiu a minha imagem criando o fake de que nunca fui professor; foi a pá de cal”, disse Decotelli à Folha. Ele encaminhou fotos de prêmios recebidos pela FGV como professor e uma tabela de aulas ministradas.

PLÁGIO

Há ainda sinais de plágio na sua dissertação de mestrado.

Segundo o professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Chile, Enrico Rezende, responsável por avaliar projetos e trabalhos de pós graduação que recebem financiamento público e tem experiência em detectar plágios, a dissertação de Decotelli possui 73% de conteúdo plagiado.

“Estamos falando de ao menos 73% do texto plagiado. ‘Ao menos’, porque algumas referências podem ter passado despercebidas”, disse o professor chileno. “Absolutamente, é um caso de plágio inquestionável”, disse.

Com a repercussão negativa e a posterior demissão do ministro, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Augusto Heleno, afirmou que ocupantes de cargo no governo tem “antecedentes criminais, contas irregulares e pendentes, histórico de processos e vedações do controle interno” examinados. “No caso de Ministros, cada um é responsável pelo seu currículo”, afirmou, em nota publicada no Twitter.

 

Veja vídeo sobre as mentiras nos currículos dos ministros de Bolsonaro:

 

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Rodrigo Maia detona Weintraub: “Ele estava fugindo de alguém?”

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), questionou na terça-feira (23), em entrevista a jornalistas, se o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub estava “fugindo de alguém” ao viajar para os Estados Unidos. “Estranho, né?”, acrescentou.

Após a anunciar a saída do ministério na quinta-feira (18), Weintraub teve sua exoneração publicada no sábado (20) no “Diário Oficial”, depois dele ter informado em uma rede social que estava na Flórida (EUA).

O episódio provocou polêmica. Weintraub é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal, e o Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que apure o caso, uma vez que, segundo o MP, dinheiro público pode ter sido usado na viagem de Weintraub.

Mais cedo, nesta terça, o “Diário Oficial” publicou um novo decreto, informando que a exoneração de Weintraub se deu a partir de sexta (19). Questionado sobre o assunto, Rodrigo Maia respondeu:

“Eu não entendi porque. Ele estava fugindo de alguém? Estranho, né? Vai ser a primeira vez na história que alguém diz que está exilado e tem o apoio do governo, né? Geralmente, é o contrário: as pessoas fogem porque estão sendo perseguidas pelo governo. Então, eu acho que é uma coisa meio atabalhoada, né? Não faz muito sentido. Ninguém está sentindo a falta dele no Ministério da Educação, né? Ninguém queria que ele ficasse do Brasil de qualquer jeito porque, de fato, é uma pessoa que mais atrapalhou do que ajudou.”

Veja:

 

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Direitos Já! – Ato em defesa da democracia reúne lideranças políticas na sexta-feira

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Ato virtual reúne FHC, Sarney, Temer, Haddad e Boulos e se compara com Diretas Já

Convidado, Lula diz que não participará; Sergio Moro não foi chamado

 

Está marcado para esta sexta (26) um ato virtual que, se bem-sucedido, representará a mais robusta união até agora dos movimentos pró-democracia e, consequentemente, de oposição ao bolsonarismo. Espera-se a presença dos ex-presidentes FHC (PSDB), José Sarney (MDB) e Michel Temer (MDB), de expoentes da esquerda e do centro, de ex-candidatos à presidência, além de representantes da sociedade civil. Convidado, Lula diz que não participará. Sergio Moro não foi chamado.

Mega

O organizador do evento é Fernando Guimarães, ex-PSDB e coordenador do grupo Direitos Já. “O Brasil não viu uma reunião tão ampla quanto essa”, diz o sociólogo. “O ato assume um papel de ser um grande palanque, como foram as Diretas. A gente vai se imaginar no Vale do Anhangabaú”, completa. 

Presentes

De acordo com Guimarães, o presidente do STF, Dias Toffoli, prometeu participar, assim como o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, e o arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer. “Estarão 100 das mais importantes lideranças e personalidades da política e da sociedade”, diz trecho do convite. 

Na lista

Luciano Huck, Guilherme Boulos (PSOL), o governador Flávio Dino (PCdoB-MA), Bruno Araújo (PSDB) e os ex-candidatos Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) estão confirmados, de acordo com a organização. Os movimentos Basta!, Estamos Juntos e Somos 70% também vão fazer parte.

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

Publicado no Painel da Folha de S. Paulo

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Dias 23 e 24 de junho – Assista grátis “Eles Lutaram Pela Pátria”

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O Sputnik Brasil está com dicas ótimas para passarmos a quarentena curtindo o melhor da cultura russa.

Hoje e amanhã (23/06 e 24/06) a recomendação é o filme “Eles Lutaram Pela Pátria”, do diretor Serguei Bondarchuk, cujo centenário completa-se em setembro próximo. Estamos disponibilizando o longa gratuitamente, em parceria com o Mosfilm, no nosso canal do Youtube.

 

Aproveitem para se inscrever no canal e fiquem atentos. Em breve teremos mais novidades!

Corram, é só até amanhã!

 

 

Clique na aqui e acessem o link:

 

Sputinik eles lutaram

 

 

ELES LUTARAM PELA PÁTRIA
1975 / COR / 157 MIN / GUERRA 

 

Direção: Serguei Bondarchuk
Elenco: Vassily Shukshin, Vyacheslav Tikhonov, Serguei Bondarchuk e Yury Nikulin

Sinopse: Reconstituição dos três dias de retirada de um regimento do Exército Vermelho em direção à Stalingrado, sob a ótica de três soldados de origens diferentes — um engenheiro agrônomo, um mecânico e um mineiro. Baseado em romance do Nobel de literatura Mikhail Sholokhov, foi indicado à Palma de Ouro de 1975.

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Bancos de sangue em situação crítica

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Os bancos de sangue estão com estoque mínimo de bolsas de sangue e isso é super preocupante.

A UMES-SP está realizando esta campanha com o intuito de ajudar a situação da saúde pública. Nosso sangue pode salvar até 4 vidas. Se interessou? Mande uma mensagem para nós!

 

Veja o recado da Lia, diretora da UMES, sobre a campanha de doação de sangue:

 

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50 mil brasileiros mortos – Não é uma gripezinha

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Nesta semana o Brasil ultrapassou a triste barreira de 50.000 mortes registradas por Covid-19. Enquanto atingimos esta marca, o que vemos é um total descaso do governo Bolsonaro com a saúde pública e com as vítimas do coronavírus.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro agiu com absoluta irresponsabilidade, ignorando todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e chegou afirmar que a Covid-19 seria apenas “uma gripezinha”.

Bolsonaro preferiu incentivar aglomerações, desrespeitar as determinações de isolamento e atacar aqueles que se opuseram aos seus crimes.

Tamanha a omissão deste governo, que estamos há mais de 30 dias sem um ministro de Saúde efetivo no nosso país. O Ministério, que deveria coordenar a ação de combate à pandemia, está sem comando.

Não fosse o esforço de governadores, prefeitos, profissionais de saúde e a imensa solidariedade do nosso povo, nossa situação seria ainda pior.

A UMES denuncia mais uma vez: não é só uma gripezinha!

 

Veja o editorial do Jornal Nacional, da TV Globo, sobre os 50 mil mortos no Brasil:  

 

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Weintraub fugiu em “pânico de ter que acertar contas com a lei”, diz o deputado federal Orlando Silva

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Deputado federal Orlando Silva – Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

 

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) comentou a saída esbaforida do país do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub.  

“Embora ainda não o fosse juridicamente, Abraham Weintraub pode ser considerado foragido”, escreveu no Twitter.

“Sua saída do país aos sustos denuncia o pânico de ter que acertar as contas com a lei. Além disso, Bolsonaro só o exonerou formalmente após a fuga, para que mantivesse prerrogativa de foro”, afirmou Orlando Silva.

O deputado compartilhou em sua rede social – com o comentário: “‘Cem’ legenda” – um meme com a foto de Weintraub e a palavra escrita “Procura-çe”, em referência à dificuldade do ex-ministro de falar o português corretamente, apesar de estar na pasta da Educação.

Outros parlamentares se pronunciaram sobre a demissão de Weintraub e sua saída do Brasil.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), cobrou um próximo ministro com preparo para ocupar o cargo.

“Por ser uma área estratégica para o país, espero que o próximo ministro da educação tenha um indiscutível preparo técnico e intelectual, uma vez que os efeitos das políticas públicas em setores estruturantes devem ser duradouros”, disse.

A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), declarou que “Abraham Weintraub era o ministro que jamais poderia ter sido ministro”.

“Não tinha compostura nem capacidade técnica para ocupar tão importante pasta. Seu único legado é um recado ao governo: a sociedade está farta do radicalismo e de atentados à democracia. O Brasil merece respeito”, assinalou.

O deputado Fábio Trad (PSD-MS), vice-líder do bloco que seu partido integra, tratou a situação ironicamente.

“Impressionante: um rolo em cima do outro neste governo. Hoje é o Weintraub indo embora do país com uma pressa estranha. Ontem, caso Queiroz. E o pano de fundo é a pandemia com mais de um milhão de infectados. Brasil parece que vive uma realidade invertida. Deus nos livre!”, comentou Trad.

Os jornalistas também não se furtaram a comentar o episódio.  

O colunista Ricardo Noblat enfatizou que “Weintraub fugiu para os Estados Unidos com medo de ser preso”.

“Uma fuga patrocinada pelo governo Bolsonaro. Ocupará em Washington vaga de diretor do Banco Mundial. Ganhará 115 mil reais por mês livres de impostos. Nada mal para o pior ministro da Educação da história do Brasil”, acrescentou.

A colunista do Estadão, Vera Magalhães, classificou a indicação de Weintraub para o Banco Mundial como uma “mamata”.

“Mamata, uso indevido de prerrogativa de servidor público, burla ao princípio da publicidade que rege a administração pública. Como tudo no governo Bolsonaro, o Diário Oficial é tratado como extensão do Vivendas da Barra (condomínio onde Bolsonaro mora na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro)”, disse.

Publicado no Jornal Hora do Povo

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CAIU! – O “imprecionante” não é mais ministro da Educação

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Abraham Weintraub anunciou nesta quinta-feira (18) que está deixando o cargo de Ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro.

Em 14 meses à frente do MEC, Weintraub não poupou esforços na defesa do obscurantismo e na destruição da educação brasileira. O bolsonarista atacou as universidades e institutos federais, acusando-as de “balbúrdia” para defender o corte nas verbas de custeio.

Em meio à crise causada pelo corte nas verbas das universidades, lançou o famigerado “Future-se”, projeto que ameaçava só repassar receita às universidades federais que passassem a ser administradas por entidades privadas.

Fomos nós, estudantes que nos colocamos na linha de frente da resistência aos ataques de Bolsonaro à Educação e à Ciência. Em todas as regiões do país, as entidades estudantis levaram milhões de brasileiros às ruas em repúdio aos cortes na verba da Educação. Fomos vitoriosos e eles foram obrigados a recuar.

Foi Weintraub também um dos principais fiadores da MP da ID Estudantil que tinha o único objetivo de atacar as entidades estudantis brasileiras. A medida abusiva foi firmemente rechaçada pelo Congresso Nacional e perdeu sua validade sem nem mesmo ter tido comissão instalada.

Abraham Weintraub provou não possuir respeito por qualquer instituição democrática brasileira. O ministro sem educação pediu demissão em vídeo vergonhoso ao lado de Bolsonaro com direito a tentativa de abraço. Vale lembrar que este foi o que na reunião ministerial declarou: “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”. Causando repúdio de toda sociedade contra o flagrante atentado a Democracia.

Hoje, tivemos a queda do pior ministro da Educação da história brasileira. A saída de Weintraub é mais uma prova de que o povo brasileiro e suas instituições democráticas lutarão contra os ataques deste governo. Cabe a nós, agora, organizarmos cada vez mais as forças em defesa da Democracia, da Educação e do Brasil.

 

Veja a trajetória de Weintraub à frente do MEC nos últimos 14 meses:

•          Fundeb: Considerado o tema mais urgente para a educação no ano, o novo modelo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) está em tramitação e não houve consenso entre parlamentares e governo sob a gestão de Weintraub. O então ministro retirou apoio de proposta que previa Fundeb permanente com 40% de recursos da União. O MEC defende aumentar o repasse de 10% para 15%.

•          Revoga portaria sobre inclusão: no último dia como titular, revogou portaria sobre políticas de inclusão na pós-graduações, como o acesso a negros, indígenas e pessoas com deficiência.

•          Future-se: O projeto “Future-se” – que agora tramita na Câmara como o projeto de lei PL 3076/2020 – pretende mudar financiamento das universidades, apostando no apoio da iniciativa privada. Nasceu como resposta de Weintraub às críticas do gasto da União com as federais.

•          Carteirinha estudantil: apontada como tentativa de esvaziar a UNE, o MEC lançou um aplicativo para emitir a carteirinha de estudante digital. Sem apoio no Congresso, A medida provisória que criou a carteirinha estudantil não foi votada e perdeu a validade.

•          Contingenciamento de verbas: No fim de abril, governo anunciou o congelamento de R$ 1,7 bi dos gastos das universidades. A medida gerou atos e paralisações em centenas de cidades. Antes de atingir de forma ampla todas as federais, Weintraub associou o corte de verbas à prática de balbúrdia em universidades. A palavra balbúrdia foi usada contra UFSC, UFBA e UnB. Inicialmente, o corte sem motivos explicados, atingiu três universidades federais.

•          Corte de bolsas da Capes: Entre janeiro e setembro do ano passado, o Ministério da Educação e a Capes já fizeram três anúncios de cortes em bolsas de pós-graduação, mestrado e doutorado: foram congeladas 11 mil bolsas da Capes para novos pesquisadores. Segundo o próprio ministro, essas vagas tinham sido bloqueadas porque a prévia do Orçamento 2020 não previa espaço para esses pagamentos.

•          Erros no Enem: Na edição de 2019, cerca de 6 mil estudantes foram afetados por erros na correção das provas. À época, Weintraub reconheceu que houve “inconsistências” na correção dos gabaritos da prova. Além do erro nas correções, a edição de 2019 teve também o vazamento de uma das páginas da prova durante o dia do exame, em 3 de novembro.

•          Enem digital: Medida anunciada em gestões anteriores está prevista para ser implementada em versão piloto neste ano de 2020. A meta do ex-ministro era que o Enem seja 100% digital até 2026.

•          Falta de liderança na pandemia: A Comissão Externa da Câmara apontou que faltou liderança do MEC na redução dos problemas causados pela Covid-19 na educação. Uma das críticas é que a pasta não deu diretrizes e apoio para o ensino remoto.

•          Disputa judicial para adiar o Enem na pandemia: O governo enfrentou questionamentos judiciais com cobranças pelo adiamento da prova por causa dos efeitos da pandemia da Covid-19. Weintraub adotou posição contrária ao adiamento desde que foi acionado por órgãos e entidades como a Defensoria Pública da União (DPU) e a União Nacional dos Estudantes (UNE). A decisão pelo adiamento só ocorreu após o Senado aprovou projeto que adia Enem, e o texto seguir para avaliação da Câmara dos Deputados. O ex-ministro disse ter tomado a decisão pelo adiamento após ouvir líderes do Centro.

•          Desrespeito à lista tríplice das consultas para reitores: Durante a gestão de Weintraub, Bolsonaro editou MP que permitia ao ministro escolher reitores temporários de universidades federais durante a pandemia. Criticada por diversos setores por inconstitucionalidade, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), devolveu para o Palácio do Planalto a medida provisória. Antes dela, em dezembro, o governo já tinha editado outra medida provisória que mudava as regras para escolha de reitores. Na visão de entidades, ela feria a lei e desrespeitava as federais.

•          Perda dos recursos de R$ 1,6 bilhão do fundo da Petrobras: O recurso de fundo bilionário da Petrobras não foi utilizado pelo Ministério da Educação. Neste ano, o STF determinou que dinheiro vá para combate ao coronavírus.

•          Crítica aos cursos de humanas: Na gestão de Weintraub, na qual o ministro fez críticas ao gasto para formação de alunos em cursos como filosofia, o presidente Jair Bolsonaro disse que o MEC estudava ‘descentralizar’ investimento em cursos de filosofia e sociologia.

•          Acusação de maconha nas universidades: Em entrevista ao “Jornal da Cidade”, o ministro disse que há plantações de maconha em universidades; reitores criticaram ataques e retórica agressiva de Weintraub.

•          Descompromisso com Plano Nacional: No período, o MEC lança uma lista de compromissos para a educação básica. Entretanto, apesar de especialistas verem na lista um “primeiro passo”, apontaram que ela “ignora” a lei do Plano Nacional de Educação. Ao mesmo tempo, o Orçamento do governo federal foi elaborado prevendo cortes para educação básica em 2020, mesmo tendo o ex-ministro ameaçando retirar ‘recursos futuros’ das universidades e repassar a educação infantil.

•          Tempo de aprender: Novo programa de alfabetização do MEC prevê curso online para professor, teste de fluência para aluno e intercâmbio com Portugal. Apontado como um dos focos pedagógicos da gestão, a Política Nacional de Alfabetização foi alvo de críticas, como à voltada ao caderno de implementação, classificado como ‘muito genérico’ por especialistas.

Além do MEC

          Apontou ‘crise falsa’ na Amazônia: Em agosto, depois que líderes europeus manifestaram preocupação com os incêndios na região amazônica, Weintraub atribuiu o que chamou de “crise amazônica falsa” a uma suposta reação de “agricultores europeus diante da iminente invasão de produtos brasileiros” dentro do acordo entre União Europeia e Mercosul.

•          Ofensas ao STF: A polêmica mais recente surgiu após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. Weintraub defendeu a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem chamou de “vagabundos”.

•          Suspeito de racismo: No começo de abril, Weintraub fez, em uma rede social, insinuações de que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus. Depois, ele apagou o texto. O texto de Weintraub imitava o jeito de falar do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, que troca a letra “R” pela “L”.

•          Noite dos Cristais brasileira: Após a PF cumprir mandados de busca e apreensão contra aliados de Bolsonaro, Weintraub, afirmou que o dia será lembrado como a “Noite dos Cristais brasileira”. A “Noite dos Cristais” consistiu em uma onda de violência contra os judeus, ordenada pelo regime nazista de Adolf Hitler, na Alemanha, que revelou ao mundo a violência antissemita. Entidades judaicas reagiram contra a publicação do ministro.