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Segunda edição da mostra democrática “Cinema Com Partido” entra em cartaz no próximo sábado (14) com “A Vida de Galileu”, de Joseph Losey

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

14/03 – 10H: “A VIDA DE GALILEU” (1975), DE JOSEPH LOSEY

 

 

SINOPSE

As observações astronômicas de Galileu, utilizando o recém-inventado telescópio, reforçaram a teoria de Copérnico de que a Terra gira em torno do Sol – e não o oposto, como queria a Igreja. Em 1616 a Inquisição começa a julgar o cientista por “prejudicar a Fé Sagrada ao tomar a Sagrada Escritura como falsa”. O filme adapta peça de Bertolt Brecht, que Losey dirigiu na Broadway em 1947, com Charles Laughton no papel de Galileu.

 

Após o filme, nosso debate contará com a presença de Valério Bemfica, que é Presidente do Centro Popular de Cultura (CPC-UMES).

 

 

 

Confira nossa programação completa: http://bit.ly/CinemaComPartido2020

 

SERVIÇO

Filme: A Vida de Galileu (1975), de Joseph Losey

Duração: 145 minutos

Quando: 14/03 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

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Guedes se diz tranquilo com destruição causada no país

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Há quatro dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, na FIESP, que “se fizer muita besteira”, o dólar iria para R$ 5. Na segunda-feira, o dólar foi comprado a mais de R$ 5 nas casas de câmbio.

A queda na Bolsa (-12,17%) e a nova alta na cotação do dólar, que chegou a R$ 4,79, fechando em R$ 4,72, depois que o Banco Central (BC) queimou U$ 3 bilhões e 465 milhões (três bilhões e 465 milhões de dólares) das reservas monetárias no mercado de dólar à vista, só fazem evidenciar a destruição econômica a que os marginais bolsonaristas estão submetendo o país.

Nesta segunda-feira, Guedes disse estar “tranquilo” com a situação, tentando ignorar a destruição causada por eles. O ministro diz que a solução para a crise é aprovar reformas que destroem o Estado Nacional. Ou seja, aumentar a dose do veneno bolsonarista contra o povo.

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Weintraub debocha de mulheres na véspera do 8 de Março

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O ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro (sem partido) Abraham Weintraub aproveitou o “Dia Internacional da Mulher” para zombar de menstruação, em sua conta no Twitter, neste sábado, 7, véspera da data que marca a luta das mulheres por igualdade.

O ministro quis criticar com deboche os projetos de lei (PL) das deputadas Tabata Amaral (PDT-SP) e Marília Arraes (PT-PE) que propõem a distribuição gratuita de absorventes femininos em escolas e unidades de saúde.

“A nova esquerda (colar de pérolas e financiada por monopolistas) quer gastar R$ 5 bilhões (elevando impostos) para fornecer ‘gratuitamente’ absorventes femininos. Como será o nome da nova estatal? CHICOBRÁS? MenstruaBR?”, disse Weintraub.

O PL 6340/2019 de Marilia prevê “o fornecimento de absorventes higiênicos nas escolas públicas e nas unidades de saúde em âmbito nacional”.

O objetivo do PL é evitar constrangimentos para as mulheres que não têm condições financeiras de comprá-los e, por conta disso, acabam utilizando materiais prejudiciais à saúde.

“Em razão desse fato, muitas jovens estudantes abandonam as escolas quando começam o período menstrual ou faltam às aulas, numa média de cinco dias por mês durante nesse período. Isso significa que essas estudantes perdem em media 45 dias de aulas por ano, com óbvias consequências para o processo educacional e de socialização dessas jovens”, afirma a justificativa do PL 6340/2019.

“Esse projeto não trata apenas da distribuição de absorventes higiênicos para estudantes e mulheres de baixa renda, mas sim de levar dignidade e esperança por um futuro mais justo e igualitário, portanto, não podemos cruzar os braços para essa triste realidade e permitir que problemas como a falta de material escolar, merenda ou absorventes íntimos sejam fatores que desencorajam essas jovens de frequentarem as escolas, reduzindo as chances de um futuro melhor”, afirma o projeto que Weintraub não leu, por óbvio.

BOLSONARO SEM CENSURA – Uma profecia de Glauber Rocha

 

“Aprenderão! Aprenderão!

Dominarei esta terra!

Botarei essas histéricas tradições em ordem!

Pela força, pelo amor da força!

Pela harmonia universal dos infernos!

Chegaremos a uma civilização!”

Cena do filme Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha, com Paulo Autran no papel do ditador de Eldorado.

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Pibinho de Guedes vira festival de memes na internet; veja

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O Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 cresceu 1,1% em relação ao ano anterior. O crescimento pífio ficou abaixo da evolução do Governo Temer nos anos de 2017 e 2018, quando a economia brasileira registrou 1,3%. O resultado do PIB só confirma o desastre da política econômica deste governo.

As promessas de geração de emprego e de retomada do crescimento econômico no início do governo não aconteceram e a crise se agravou tanto no último trimestre de 2019 que nenhuma orquestração de “recuperação” da economia foi capaz de esconder: quedas generalizadas na produção industrial, nas vendas do comércio varejista e no setor de serviços. O ano encerrou com 11,6 milhões de desempregados e mais de 38 milhões de brasileiros no trabalho precário, um recorde na taxa de informalidade.

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Após a divulgação dos dados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), não demorou muito para o ‘pibinho’ ser um dos assuntos mais falados no Twitter.

Muitos internautas ironizaram nos comentários o primeiro ano de mandato do Governo Bolsonaro, sobretudo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o homem de confiança do presidente.

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Senadores tiram FNDCT da PEC dos Fundos

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Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (4/3) a Proposta de Emenda à Constituição 187/2019, a chamada PEC dos Fundos Públicos. O texto final do relator, senador Otto Alencar (PSD/BA), trouxe uma importante vitória para a comunidade científica e acadêmica, ao retirar do escopo da PEC o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), preservando a principal fonte de financiamento à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) do País.

O texto foi aprovado por votação simbólica, sem registro dos nomes, após acordo de lideranças. Além do FNDCT, foram excluídos da proposta os fundos de Segurança Pública, Antidrogas e o de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). A emenda permite ao governo usar para outras finalidades o dinheiro dos fundos infraconstitucionais e vinculados a áreas específicas.

O resultado foi uma conquista das entidades que compõem a Iniciativa para Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br), em especial da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que vêm liderando manifestações no Congresso na veemente defesa da manutenção do Fundo.

“Foi uma vitória significativa da comunidade científica e acadêmica brasileira”, comemorou o presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira.

Ele destacou o empenho de parlamentares de vários partidos, inclusive governistas; de pesquisadores que convenceram parlamentares de seus estados; da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI)/CNI, Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e também de setores do próprio governo, como o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). “A aliança dos vários setores ligados à área foi importante para reverter essa situação, que seria trágica”, acrescentou Moreira, referindo-se à possível extinção do FNDCT, caso não fosse retirado da PEC.

A negociação entre os líderes foi motivada pelo voto em separado do líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), que apresentou dados demonstrando que vários fundos estratégicos, entre eles o FNDCT, são investidos no desenvolvimento do País, o que sensibilizou os demais senadores da Comissão a debaterem a necessidade de tratar como exceção aqueles com maior impacto nas políticas nacionais. A tese recebeu apoio dos senadores Izalci Lucas (PSDB/DF), Alessandro Vieira (PSB/SE), Jorginho Mello (PL/SC), Antonio Anastasia (PSB/MG), Eduardo Braga (MDB/AM), Veneziano Vital do Rêgo (PSB/PB), Rogério Carvalho (PT/SE), Major Olímpio (PSL/SP), Randolfe Rodrigues (Rede/AC), Fabiano Contarato (Rede/ES), Weverton (PDT/MA), Humberto Costa (PT/PE) e José Serra (PSDB/SP). Todos defenderam a necessidade de manter o financiamento à ciência, sendo que alguns deles reconheceram e elogiaram publicamente o trabalho da SBPC durante a tramitação da proposta.

Antes da votação, representantes da ICTP.br distribuíram um folder aos parlamentares mostrando que entre 1994 e 2019, a Finep – gestora do FNDCT – desembolsou R$ 79,09 bilhões para o financiamento de 11 mil projetos. Entre eles, estão os que colocaram a ciência brasileira na vanguarda mundial, como o Laboratório de Sequenciamento Genômico, o Navio Polar da Marinha Brasileira, laboratórios da Coppe e ICTs que levaram ao Pré-Sal e à construção do acelerador de partículas do tipo síncrotron Sirius, o mais avançado da América Latina.

Os próximos passos, de acordo com Moreira, incluem acompanhar a votação da PEC 187 no plenário do Senado e, posteriormente, da Câmara, além de tentar reverter o contingenciamento do FNDCT e os cortes orçamentários que atingiram os recursos para o fomento do CNPq. “Nossa luta continua no Congresso Nacional pela recuperação dos recursos para ciência tecnologia e educação”.

Para o presidente da SBPC, a tramitação da PEC 187 deixou evidente a necessidade de união da comunidade científica e acadêmica. “A lição principal que tiramos é que se a comunidade estiver unida, conversar com outros setores, tiver uma posição clara e firme nos princípios de defesa da ciência e tecnologia, do desenvolvimento mais amplo do País, podemos reverter posicionamentos contrários, contando, inclusive com senadores da base do governo”.

Janes Rocha, Jornal da Ciência

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“Anos difíceis”, de Luigi Zampa, será exibido na próxima segunda (09) na Mostra de cinema italiano!

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano

 

Chegando ao 5º ano e com mais de 150 filmes exibidos, neste ano vamos exibir 40 obras de 23 cineastas e, pelos olhos de cada um deles, a história da Itália e da humanidade nos é apresentada: a sátira social da “commedia all’italiana” de Luciano Salce, o realismo fantástico de Federico Fellini, o registro das condições de vida dos trabalhadores rurais por parte de Ermanno Olmi, as angústias da vida entediada da burguesia italiana – uma marca de Michelangelo Antonioni – e a impressionante luta de um povo contra o fascismo é assim exibido, sem rodeios, pelo neorrealismo de Roberto Rossellini e Luigi Zampa. 

Durante a 5ª edição, traremos também alguns dos lançamentos mais recentes da cinematografia italiana, que nos mostra que essa continua sendo uma das maiores do mundo. Todas as segundas às 19 horas com entrada franca!

 

 

 

09/03 – 19H: “ANOS DIFÍCEIS”, DE LUIGI ZAMPA

 

SINOPSE

Com a ascensão de Mussolini ao poder, Aldo Piscitello, um funcionário público que evita se envolver em assuntos políticos, é forçado a se filiar ao Partido Fascista. Para evitar sua demissão, evitar conflitos e para satisfazer sua esposa, fascista declarada, Aldo consente. Os anos passam e o funcionário público se torna um filiado exemplar no Partido Fascista, mas torce secretamente pela queda de Mussolini. Um dia, Aldo Piscitello percebe que evitar os conflitos lhe custou um preço alto demais.

 

O DIRETOR

Luigi Zampa nasceu em 1901 em Roma. Estudou Engenharia e, nesse período, ele escreveu algumas comédias, entre 1930 e 1932, além de, em 1933, dirigir seu primeiro o curta-metragem documental “Risveglio Di Una Cittá”. Logo após, estudou Roteiro e Direção no consagrado Centro Sperimentale di Cinematografia, entre os anos 1932 e 1937. Sua atuação como diretor de longa se deu com “L’Attore Scomparso” (1941), tendo dirigido filmes como seu primeiro sucesso, o premiado “Viver em Paz” (1947), indo clássicos como “Campane a Martello” (1949) e “Anni Ruggenti ” (1962). Em suas obras, o entretenimento está intrinsecamente ligado à notação de costumes decorrente da observação do comportamento italiano diante de mudanças na sociedade.

 

 

Confira nossa programação completa: http://bit.ly/CinemaItaliano2020

 

 

SERVIÇO

Filme: Anos Difíceis (1948), de Luigi Zampa

Duração: 113 minutos

Quando: 09/03 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

“Eu nasci pra defender os que não tem voz”, diz Leci ao votar contra a reforma da Previdência paulista

 

 

A deputada estadual Leci Brandão (PCdoB) repudiou a aprovação da reforma da Previdência dos servidores paulistas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

 

“O Servidor Público precisa ser respeitado. A Reforma da Previdência do governo de São Paulo não vai melhorar a vida de ninguém. Tenho a consciência tranquila de estar do lado certo, do lado das trabalhadoras e trabalhadores”, destacou a deputada em importante discurso no Plenário da Alesp.

 

Veja:

 

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Ciro: culpa não é do vírus. “É a falta de projeto. É o Brasil entregue ao financismo”

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O ex-governador se refere ao caos na economia brasileira com a disparada do dólar e a queda nas bolsas

O ex-governador e ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes (PDT), usou sua rede social no sábado (29) para opinar sobre o os motivos que estão levando ao agravamento da crise econômica no Brasil.

Ele falou sobre a recente disparada do dólar e a queda nas bolsas. Para o ex-governador, não é o coronavírus o responsável pelo caos que está se instalando na economia brasileira. “É a falta de projeto. “É o Brasil entregue ao financismo”, denuncia o pedetista.

“‘Sem política industrial e de comércio exterior, quebraremos de novo’. Assim escrevi aqui em nov/2019. Assim permanece. Não é coronavírus, é falta de projeto, é política econômica que só privilegia os ricos. É incompetência e despreparo! É o Brasil entregue ao financismo”, avaliou o ex-governador.

A economia brasileira já vem ladeira abaixo antes da emergência da epidemia com o novo coronavírus. A produção industrial já havia caído 1,1% em 2019. As projeções para o PIB apontam para números muito próximos de 1% no ano passado. Bem abaixo das previsões otimistas, feitas pelo Banco Central, que divulgaram entusiasmados que o PIB cresceria em torno de 2,5% em 2019. Nem isso se confirmou. Os investimentos são os menores em 50 anos.

O economista Nilson Araújo de Sousa, em entrevista ao HP, (v. Nilson Araújo de Souza: Bolsonaro e Guedes estão destruindo o Brasil) citou o Monitor do PIB da FGV, que mostra que a taxa de investimento (FBCF/PIB) foi de apenas 15,3%, a menor taxa em 50 anos, segundo estudo do economista da FGV Marcel Balassiano.

O professor Nilson afirmou também que “as contas externas vêm se deteriorando desde o ano passado”. “O déficit em transações correntes (que registra o intercâmbio de mercadorias e serviços com o exterior, bem como as transferências de renda) subiu drasticamente de US$ 14,5 bilhões em 2018 para US$ 50,7 bilhões em 2019, resultante, sobretudo, da forte queda do superávit comercial, que foi de US$ 53 bilhões para US$ 39 bilhões”, disse ele.

“O quadro se agravou em janeiro deste ano, quando o déficit em transações correntes foi de US$ 11,9 bilhões (cifra próxima à do ano inteiro de 2018), devido, principalmente, a queda das exportações (19,5%). Teria que haver um amplo programa nacional de desenvolvimento, puxado pelo investimento público e pelo mercado interno, que desse o norte para o conjunto da economia”, acrescentou o professor.

Eduardo Moreira, economista e operador do mercado financeiro, também argumenta que a crise no país está sendo causada pelo desgoverno. No dia em que a bolsa caiu 7% logo após o carnaval, ele lembra que a bolsa de valores brasileira já vem caindo há muito mais tempo do que o surgimento da epidemia do coronavírus. “A bolsa de valores brasileira teve uma queda em dólares de 20% desde o seu pico no final do ano passado”, disse ele.

Moreira disse que as demais bolsas pelo mundo afora caíram muito menos do que isso. A Dow Jones (bolsa americana), segundo ele, caiu 9% e, na bolsa do México, por exemplo, a queda não passou de 10%. Ele citou outras bolsas, como a da Espanha, para mostrar que a instabilidade política brasileira, provocada pela insanidade de Bolsonaro e Guedes, é a principal causa da disparada do dólar e pela queda nas bolsas. Para ele, “a epidemia do coronavírus é apenas mais um fator a agravar a situação caótica da economia brasileira”.

Publicado no Jornal Hora do Povo

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Servidores protestam na Alesp contra projeto que destrói a Previdência estadual

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Servidores de diversas categorias estaduais realizam protesto nesta terça-feira para barrar a aprovação do projeto de reforma da Previdência do estado em segundo turno.

O presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), deputado Cauê Macris (PSDB), convocou duas sessões extraordinárias para votação em segundo turno da PEC da reforma da Previdência dos servidores nesta terça-feira (3). A primeira sessão está marcada para as 9h15.

A votação do texto em primeiro turno ocorreu na sessão extraordinária das 19h do dia 18 de fevereiro, há quase duas semanas. A segunda etapa deveria ter acontecido no dia seguinte, mas a sessão foi cancelada após discussões entre deputados.

O horário da sessão provocou indignação de deputados e servidores. A expectativa era de que o expediente começasse apenas à tarde ou à noite, como ocorre normalmente.

Deputados da oposição denunciam que a convocação para a parte da manhã é manobra para conter mobilizações de servidores, que estavam se programando para chegar na Alesp às 14h.

“É um grande golpe contra os servidores para tentar neutralizar o ato e as manifestações que ocorrerão. Querem se esconder, mas não conseguirão, amanhã teremos milhares de pessoas aqui na Alesp a partir das 9h”, disse ao Agora o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL).

“Nós vamos lotar a Alesp e as imediações, não vamos deixar que façam as coisas dessa forma. É um golpe dado pelo presidente da Alesp”, disse a deputada estadual Professora Bebel (PT), também presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de SP).

O deputado Campos Machado (PTB), que na última sexta-feira (28) entrou com mandado de segurança na Justiça estadual contra a tramitação da PEC, também se posicionou contra a convocação.

“A decisão do presidente Cauê Macris é abusiva, desrespeitosa e acintosa, pois além de temer a decisão do judiciário paulista, ainda busca impedir a presença democrática de servidores na Assembleia Legislativa.”

Emídio de Souza (PT), que foi à Justiça estadual em dezembro também com um mandado de segurança contra a tramitação da PEC (disputa que foi parar no STF), utilizou as redes sociais pedir a mobilização de servidores.

“Peço a vocês que façam um esforço e, a partir das 8h, já se concentrem. Para mostrar que não é com esse tipo de golpe baixo que vai se desmobilizar qualquer área do funcionalismo”, publicou em sua página do Facebook.

“Com uma forte pressão, poderemos impedir mais este ataque contra os servidores públicos estaduais”, disse a deputada Bebel.

Para ela, o governador quer aprovar às pressas a reforma para “fazer caixa para o Estado às custas dos servidores e realizar às escondidas uma reforma administrativa”.

Em entrevista ao Jornal O Estado de São Paulo, nesta semana, a Professora Bebel disse que “tanto sob o olhar do Estado, quanto sob o olhar dos servidores, a reforma da previdência estadual não é necessária. Se estivesse faltando dinheiro, o governador não daria tanta isenção fiscal quanto dá. O governo diz que, ao criar, quer economizar R$ 32 bilhões em dez anos – o que significa cerca de R$ 3,2 bilhões por ano. Ora, a renúncia fiscal já está acima de R$ 3 bilhões. O Estado de São Paulo já teve uma reforma previdenciária em 2007, como o próprio governador reconheceu em campanha. Os servidores já estão pagando a alíquota de 11% desde então, portanto o governo deveria ter um “colchão” de recursos suficiente para a sustentabilidade da previdência”.

De acordo com a deputada Bebel, dentro da reforma está contida também uma reforma administrativa. “Isso porque a reforma abre a possibilidade de transformar o salário dos servidores em subsídio, o que impede o acréscimo de gratificações e adicionais. Com isso, trata-se o funcionário público como se ele tivesse cargo eletivo. O subsídio é para o governador, seus secretários, os deputados estaduais. Para o servidor, que tem carreira, não”, ressalta.

Por tudo isso, na avaliação da deputada e presidenta da Apeoesp, “o bom senso demandaria que o governador melhorasse essas distorções todas, antes da votação em segundo turno. É por isso que vejo a possibilidade de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a reforma, que fará com que pessoas fiquem doentes em serviço e não consigam se aposentar. Uma reforma que fere direitos humanos não pode ser considerada constitucional”.