A cobiça envenenou a alma dos homens
A cobiça envenenou a alma dos homens… – Charles Chaplin em “O Grande Ditador” (1940)

A cobiça envenenou a alma dos homens… – Charles Chaplin em “O Grande Ditador” (1940)


Nesta terça-feira (24/03) Jair Bolsonaro fez um pronunciamento criminoso e desumano em rede nacional ao defender que as pessoas descumpram as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde e saiam às ruas, ampliando a propagação do novo coronavírus (Covid-19).
Em seu pronunciamento, Bolsonaro voltou a atacar a imprensa, governadores e os médicos e especialistas que estão se dedicando integralmente ao combate ao Covid-19. A pandemia já matou mais de 15 mil vítimas em todo o mundo e infectou mais de 500 mil pessoas.
No Brasil, o coronavírus já foram registradas a morte de 46 brasileiros e deixou milhares de infectados. Mas aqui, a crise ainda está apenas começando.
Bolsonaro criticou ainda os governos e prefeituras que fecharam escolas e recomendaram que as pessoas fiquem em casa e defendeu a “volta à normalidade”. Sem qualquer respaldo científico, Bolsonaro voltou a dizer que caso seja infectado, não seria mais que uma “gripezinha”, ou um “resfriadinho”.
Não é à toa que o pronunciamento foi repelido em todas as principais cidades do país. Pelo 8º dia seguido, panelaços foram realizados contra o desserviço de Bolsonaro.
A União Municipal dos Estudantes Secundaristas lançou a campanha #ajudeseuvizinho que tem como objetivo ajudar e auxiliar pessoas que estão na considerada zona de risco do Covid-19. Com a iniciativa, propomos que os jovens apoiem os idosos para que estes não precisem se expor ao vírus.
“Em época de pandemia precisamos contribuir com aqueles que precisam de nós, faça parte você também”, convida a diretoria da UMES nas redes sociais.
Enquanto Bolsonaro chama a pandemia do coronavírus, que já matou 11 pessoas no Brasil e com ao menos 970 casos confirmados, “gripezinha” o povo brasileiro dá lições de empatia e solidariedade.
Mais de 15 mil voluntários se inscreveram como voluntários para apoiar o trabalho das equipes de saúde no Rio de Janeiro. Governadores e prefeitos se mobilizam para tentar barrar o avanço do vírus enquanto o presidente debocha das vítimas e deixa de fazer o seu trabalho.
Na noite desta sexta-feira, 20, a TV Bandeirantes divulgou um duro editorial contra os ataques do deputado Eduardo Bolsonaro à China e o apoio do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, às declarações tresloucadas.
No editorial, a Band chama Eduardo Bolsonaro de “deputado irresponsável” e Ernesto Araújo de “idiota”. “Por quanto tempo ainda veremos um idiota ocupar a cadeira de Rio Branco?”, indaga o texto lido pelo âncora do Jornal da Band.
Veja:

Pelo terceiro dia seguido, moradores de grandes cidades do país voltaram a protestar com um panelaço contra Jair Bolsonaro em repúdio à sua conduta na crise do coronavírus. No Brasil, já foram confirmadas 7 mortes e 621 infectados.
A UMES reafirma seu compromisso com a população e parabeniza a todos os que se manifestam contra a destruição que está sendo promovida por Bolsonaro. Um presidente que ao invés de se empenhar para combater o avanço do coronavírus, incentiva a aglomeração de seus apoiadores e apresenta medidas contra os trabalhadores.

Em São Paulo, as panelas voltaram a ecoar contra Bolsonaro em bairros como Higienópolis, Campos Elíseos, Vila Madalena, Pompéia e Bela Vista, na região central. Na Bela Vista, foi projetada em uma fachada mensagem contrária ao presidente. Manifestantes também buzinaram e gritaram pela saída do presidente.
APLAUSOS
Também foi registrado em alguns lugares nesta quinta-feira (19) outro tipo de mobilização, com aplausos às equipes de saúde envolvidas no combate à doença.
Pelas redes sociais, também foi convocado um “aplausaço” para esta sexta-feira (20) em homenagem a profissionais de saúde que atuam na crise. Em alguns bairros de São Paulo e Recife, esse tipo de ação já ocorreu nesta quinta nas varandas de condomínios.

Tropa de Choque reprimiu protestos de servidores públicos na Alesp
O desembargador Antonio Carlos Malheiros, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu liminar para suspender os efeitos da PEC 49/20, que modifica o regime próprio de previdência social dos servidores públicos titulares de cargos efetivos do estado. No início do mês, a Alesp aprovou em 2º turno a reforma da previdência estadual.
A decisão foi proferida em ação direta de inconstitucionalidade movida pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). O sindicato alegou vício na condução do processo legislativo que aprovou a PEC proposta pelo Executivo estadual.
O desembargador identificou violações ao artigo 10 da Constituição Estadual e ao artigo 31 do regimento interno da Alesp. Em sua decisão, o magistrado afirmou ainda que os trâmites necessários para a votação da proposta não teriam sido observados corretamente.
Segundo o parágrafo único do artigo 10 da Carta paulista, “salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações da Assembleia Legislativa e de suas Comissões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros”.
Para o magistrado, houve um trâmite diferenciado para a aprovação da reforma. Trâmite esse não excepcionado pela Constituição estadual.
“Inexiste, a princípio, qualquer indício de que as razões, que levaram à Proposta de Emenda Constitucional 18/19, de autoria do Governador do Estado de São Paulo, à votação pela Casa Legislativa, estejam incluídas no rol do autorizativo constitucional, para que houvesse um trâmite diferenciado”, afirmou o relator.
Em não havendo qualquer determinação constitucional, Malheiros afirmou que o processo legislativo não pode ser alterado, devendo seguir as regras já existentes na Casa Legislativa. Assim, os efeitos da reforma da previdência foram suspensos, “uma vez que os documentos trazidos aos autos são hábeis a comprovar a existência de direito líquido e certo, além do fumus boni juris e o periculum in mora“.
Outro vício preliminar identificado foi o fato de parecer do relator especial ter sido aprovado, em detrimento de parecer da Comissão de Constituição e Justiça, o que, em tese, fere o artigo 31, parágrafo primeiro, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa.
Decisão do STF
Malheiros afirmou que a liminar não desrespeita decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, que havia autorizado a votação da reforma da previdência dos servidores paulistas. Isso porque, segundo Malheiros, “o que se verifica, no presente caso, é o processo legislativo, apontado como inconstitucional, diante do comando exarado pela Constituição do Estado de São Paulo”.

Comunicado
Tendo em vista a situação de emergência que se encontra o país e seguindo as recomendações da prefeitura e do governo do estado de São Paulo, a União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo – UMES informa a suspensão das atividades em sua sede central e subsedes regionais pelos próximos 30 dias.
A UMES informa ainda que toda a programação de cinema, teatro, ensaios e outras atividades oferecidas ao público no Cine-Teatro Denoy de Oliveira além das aulas e rodas do Projeto Capoeira da Umes somente serão retomadas após a confirmação das garantias de saúde pública, respeitando a orientação das autoridades oficiais.
Seguiremos acompanhando as informações sobre as providências a serem tomadas no próximo período e nos colocamos à disposição, por meio do nosso site e de nossas redes sociais, para informá-los de qualquer novidade.
UNIÃO MUNICIPAL DOS ESTUDANTES
SECUNDARISTAS DE SÃO PAULO
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@capoeiraumes
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Comunicado
Em função da recomendação do governo de São Paulo, anunciada neste domingo (15), o Cine-Teatro Denoy de Oliveira informa que irá suspender sua programação de cinema, teatro, ensaios e demais atividades pelos próximos 30 dias.
Desta forma, as exibições de “Os Girassóis da Rússia” na Mostra Permanente de Cinema Italiano desta segunda-feira (16), e de “O Julgamento do Macaco”, na 2ª Mostra Democrática Cinema com Partido, no sábado (21), estão suspensas, bem como a das três semanas seguintes, respeitando a orientação das autoridades oficiais.
Seguiremos acompanhando as informações sobre as providências a serem tomadas no próximo período e estamos aqui para informá-los de qualquer novidade.

Galileu e seu discípulo Andrea Sarti
O filme “A vida de Galileu”, de Joseph Losey, iniciou no último sábado (14), a temporada de 2020 da Mostra Democrática Cinema com Partido. O filme, de 1975, é uma adaptação cinematográfica da peça teatral escrita por Bertold Brecht e apresenta a comprovação pelo cientista da teoria de Copérnico de que a Terra gira em torno do Sol.
O fato, no entanto, contava com a reprovação da Igreja Católica que para manter a estrutura de poder, colocava a Terra e a criação divina – o homem, como o centro do Universo.
Ao abrir o debate, o presidente da UMES, Lucas Chen, relembrou que o filme de Joseph Losey tornou-se ainda mais contemporâneo na atual situação do país. “No ano passado, quando passamos o filme pela primeira vez, nós não tínhamos ainda presenciado os cortes das verbas na Educação e na Ciência pelo governo Bolsonaro”, relembrou Chen.
“Temos um presidente que nega a ciência e que hoje fortalece ainda mais o discurso do obscurantismo e da perseguição”, destacou o estudante.
O presidente do Centro Popular de Cultura da Umes – CPC-UMES, Valério Bemfica, ofereceu ao público presente uma analogia entre o processo de perseguição vivido por Galileu e os tempos atuais.
“Essa peça traz questões muito semelhantes às que a gente vive hoje. Nos altos escalões do governo, a mentalidade criacionista é dominante. Veja, há 2,5 mil anos, já se considerava que a Terra era esférica. Mas hoje, tem gente dizendo que a Terra é plana, ou seja, um retrocesso de mais de 2 mil anos de conhecimento da humanidade.
A discussão que temos que fazer é onde está a ciência e onde está o obscurantismo. Acreditar somente na palavra que foi ‘revelada’ era o instrumento de dominação da época. E o conhecimento abala as estruturas.
É isso que temos que ter consciência. E saber que uma entidade como a UMES, que defende a Educação, que defende o Saber e a Cultura, tem um papel fundamental neste momento que é fazer a defesa do conhecimento contra o obscurantismo”, apontou Valério.
Veja a íntegra do debate: