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Só com demissão de Weintraub o Enem retomará credibilidade

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As consequências da desorganização e da inépcia do governo Bolsonaro se fazem sentir novamente na área da educação. Agora, de forma mais grave, pois coloca em dúvida um dos exames educacionais mais importantes do país, responsável por definir o futuro de milhões de jovens que tem no resultado do Enem, critério fundamental para a possibilidade de cursar o ensino superior.

Desde a noite de sexta-feira (17), milhares de estudantes denunciaram que suas notas do Enem eram discrepantes com o número de acertos nas questões objetivas. No sábado (18), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou um vídeo nas redes sociais admitindo “algumas inconsistências na contabilização e correção da segunda prova do Enem”. Segundo ele, um grupo muito pequeno de pessoas teve o gabarito trocado quando foram fechados os envelopes. Corrigimos aqui o português sofrível do ministro, que, no original, afirmou que “… teve o gabarito trocado quando foi fechado (sic) os envelopes”.

Sem mesmo identificar ou apurar a extensão do problema, Weintraub se apressou em dizer que foram poucos os prejudicados. Nossas entidades estudantis, a UBES e a UNE, desde o início endossaram as denúncias dos estudantes nas redes sociais e continuam exigindo uma investigação profunda sobre o problema, seja para garantir a lisura do processo e não prejudicar os estudantes que fizeram as provas, seja para garantir a credibilidade do Enem, que continuará existindo quando esse governo do atraso se for.

Desde cedo o ministro afirmou que o problema estava restrito a 0,1% dos candidatos; ou que não passava de 10% de acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Agora, chegaram ao número de cerca de seis mil provas com erros. Seja qual for o percentual dos afetados, o erro é grave e interfere no resultado geral do exame, na medida em que as notas são calculadas com base na média geral, na maior e menor nota; se a média geral sobe ou diminui, todas as notas são afetadas. Agora, com a abertura para as inscrições no Sisu, estudantes relatam problemas e dificuldades para fazer a inscrição.

Se nenhum governo ou ministério está livre de erros, o que dizer desse ministério, tão desorganizado e com gente tão despreparada. Somente no ano passado, o presidente do INEP, autarquia responsável pela organização e realização do Enem, foi trocado três vezes. Essa é apenas uma das questões que provocaram instabilidade e descontinuidade no trabalho para a realização do Enem.

Lembramos ainda que a gráfica que agora é apontada como a responsável pelo problema, é uma empresa sem nenhuma experiência em exames como o Enem. Foi escolhida pelo governo, mesmo sendo a segunda colocada na licitação para a impressão das provas e gabaritos. O governo deveria ter mais responsabilidade com a escolha da gráfica para realizar esse tipo de trabalho, que exige sigilo e perícia técnica.

Entre tantos outros problemas que pipocaram desde que esse governo assumiu, imagine como se sentiram os funcionários responsáveis pelo exame quando ouviram do Presidente da Republica as afirmações de que as questões do exame seriam aprovadas por ele. Quem se acha no direito de aprovar questões do Enem, no mínimo, precisa ter e cobrar responsabilidade do ministro.

Na lista das barbeiragens desse ministério encontram-se outras questões, como o recurso de R$ 1 bilhão recuperado com a Lava Jato e destinado ao MEC, que não foi utilizado mesmo com a educação sofrendo cortes em todas as áreas.

Ao invés de concentrar investimentos e esforços na melhoria do Enem, o ministro preferiu orientar seu alvo para o ataque às entidades estudantis, na tentativa de calar a oposição à sua política de morte à educação.

Por tudo isso, defendemos a imediata demissão do ministro Weintraub e que se realize uma apuração independente sobre os problemas ocorridos, para que não reste dúvidas sobre a credibilidade e o futuro do Enem, assim como para solucionar o problema das notas individuais, de forma a não prejudicar nenhum estudante. Não se pode manter à frente do MEC, um sujeito que dá péssimo exemplo, não domina, sequer, a língua portuguesa e acumula casos de incompetência que demonstram sua total incapacidade de conduzir um ministério tão importante.

Iago Montalvão, presidente da União Nacional dos Estudantes

Pedro Gorki, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

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Erro na correção do Enem comprova a incompetência de Weintraub

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Pouco depois do ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, afirmar que seu governo teria realizado “o melhor Enem da história”, estudantes passaram a questionar as notas que foram divulgadas.

 

O governo admitiu o erro na correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas atribuiu o problema a uma falha na impressão dos gabaritos. Weintraub ainda tentou minimizar o erro, afirmando que seriam “apenas” 6 mil estudantes prejudicados.

 

No entanto, ao menos 60 mil estudantes entraram em contato por meio do canal do governo questionando os resultados divulgados.

 

Mais uma vez, o “ser humano Weintraub” demonstrou a completa incompetência deste governo que não possui qualquer compromisso com os jovens e com a educação brasileira.

 

Vale relembrar que desde o começo da gestão Bolsonaro, três pessoas foram indicadas para assumir a diretoria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – um dos órgãos mais importantes do MEC, responsável pela realização do Enem. Em uma das crises, o delegado da Polícia Federal Elmer Vicenzi, pediu demissão depois de não viabilizar a entrega de dados sigilosos dos estudantes brasileiros para os membros do governo Bolsonaro.

 

DEBOCHE

 

Pouco depois de confirmar os erros na correção, Weintraub novamente debochou dos estudantes brasileiros ao publicar vídeo tocando gaita no sofá com o texto: “Apesar da gritaria dos Frias e dos Marinhos, eu voltei, agora pra ficar…”, escreveu, em referência às famílias que controlam os grupos de comunicação Folha de S. Paulo e Globo, respectivamente.

 

A UMES defende a realização de nova correção das provas dos estudantes que se sentiram lesados pelo ato do governo e que seja realizada uma apuração séria e imparcial sobre o problema.

 

O Enem se transformou em um importante instrumento para a garantia da entrada dos estudantes nas universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Não podemos tolerar que esta estrutura seja destruída pela incompetência do “imprecionante” ministro e do governo Bolsonaro.

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Orlando Silva: Por que Lula deu uma canelada no PCdoB?

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Deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP)

 

Hoje cedo um camarada me alertou: “Lula foi desrespeitoso com o Partido”. Reagi: “deve ser Fake News!”

 

Minha reação foi a mesma que a maioria dos nossos teria diante de um registro desses. Lula é muito querido entre os comunistas.

 

Fui ver a entrevista. E, quando entra em tela o nome de Flávio Dino, o presidente nos brinda, para a minha surpresa, com frases absolutamente dispensáveis.

 

As pérolas: “o PT é um partido muito grande se comparado ao PCdoB”; “é difícil eleger um comunista e Flávio sabe disso” e “é muito difícil eleger alguém de esquerda sem o PT”.

 

As mesmas frases ditas por um analista político dispensariam qualquer comentário. Mas, sendo proferidas por Lula, merecem atenção.

 

O presidente estava num ambiente controlado, sem estresse e pode desenvolver seus raciocínios com clareza e sem pressão.

 

Lula, como ele próprio disse, sempre contou com o apoio do PCdoB (ele disse 4 vezes, mas na verdade foram 5). O PCdoB é o único partido que o apoiou em todas as suas campanhas presidenciais.

 

O presidente Lula considerar difícil a eleição de um comunista para presidente não surpreende, afinal, ele considerava impossível uma vitória para o governo do Maranhão. Flávio Dino foi eleito e reeleito governador sem seu apoio. Mas qual a utilidade de reforçar a retórica anti-comunista?

 

Que o PT é “grande” em relação ao PCdoB não chega a ser uma “descoberta”. O PT é o maior partido político do Brasil – e já conquistou uma rejeição da mesma proporção. Aliás, essa é a principal explicação para ter sido derrotado por um candidato nanico, Jair Bolsonaro, de um partido então minúsculo, o PSL.

 

Esquerda vencer sem PT? Impossível! Claro! E se um partido de esquerda não estiver aliado ao PT? Esteja certo de que esse partido nem era tão de esquerda assim… esse raciocínio conhecemos desde o final dos anos 70 do século passado.

 

Flávio Dino é a novidade da esquerda brasileira. Cresceu sem “dedaço” e não incubado por nenhum grande líder. A sua competência já está à mostra no governo do Maranhão. Sua capacidade política é reconhecida até pelos adversários. Flávio Dino opera a política de frente ampla que o PCdoB elaborou, mas aplica com timidez sob os olhares severos e críticos dos “companheiros”.

 

Anote aí, o elogio do presidente Lula a Flávio Dino é como um “abraço de urso”, daí ser adequado Flávio saber o ponto exato de proximidade – ou será esmagado.

 

A canelada do presidente Lula no PCdoB ou é um teste para as vértebras dos comunistas ou uma recaída após lembranças da chapa Osmar-Batista-Alemão? De qualquer modo, requer uma resposta fria, como a boa diplomacia ensina.

 

Assistindo as falas do presidente Lula fiquei um pouco triste, mas bola pra frente!

 

Ah! E lembrei de Criolo, em Demorô: “onde falta respeito a amizade vai pro lixo…muda essa roupa, corta esse cabelo…” #ficaadica!

 

Texto reproduzido do Facebook do deputado em 16 de janeiro de 2020

“Bolsonaro é o homem da mamata, do carguinho e da roubalheira”, diz Ciro

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“Ao contrário do que pensa o Fernando Haddad, a indústria tem um papel chave na economia de qualquer país que queira ser independente”, assinalou o ex-governador, em palestra na Universidade Estadual a da Bahia

 

O ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PDT), provável candidato a presidente em 2022, afirmou, em sua primeira palestra do ano de 2020, na Universidade do Estado da Bahia, na quinta-feria (16), que conviveu com Jair Bolsonaro na Câmara Federal, inclusive com gabinetes próximos, no mesmo corredor, e que todo mundo sabia que Bolsonaro tinha seis funcionários fantasmas que assinavam os recibos sem trabalhar e devolviam parte dos salários que eram embolsados por ele.

 

Assista a íntegra da palestra de Ciro Gomes na Universidade Estadual da Bahia nos primeiros 60 minutos do vídeo abaixo:

 

 

 

 

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Bloco Umes Caras Pintadas agita o Bixiga no dia 15 de fevereiro

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O Bloco Umes Caras Pintadas já tem data para ocupar as ruas do Bixiga em 2020!

 

No dia 15 de fevereiro, o bloco celebrará o seu 26ª desfile, levando alegria e agitando os foliões no bairro que é a nossa casa.

Como não poderia faltar, a critica aos retrocessos do governo Bolsonaro na Educação e Cultura darão o tom da marchinha carnavalesca do bloco. Tudo de forma leve e descontraída, do jeito que o povo gosta.

Este ano, o Bloco UMES Caras Pintadas tem uma novidade. O dia da folia mudou para o sábado do pré-carnaval paulista. Um dos blocos mais tradicionais da cidade vai desfilar em um dos principais dias do Carnaval Paulista e promete levar uma multidão para brincar na rua.

 

A Companhia Paulista de Samba, liderada pelo bixiguento Kaká Silva e formada por músicos de toda a cidade de São Paulo vai embalar a festa.

A concentração do Bloco UMES Caras Pintadas está marcada para as 15 horas e o desfile pelo Bixiga começa às 16 horas.


BLOCO UMES CARAS-PINTADAS

Fundado no ano de 1993, o bloco carnavalesco UMES Caras-Pintadas já contou com a presença e composição de sambas-enredo de personalidades do samba como Nelson Sargento, Oswaldinho da Cuíca, Luis Carlos da Vila, Luizinho SP, Aldo Bueno, Quinteto em Branco e Preto, Tobias da Vai-Vai, Chapinha do Samba da Vela, Dayse do Banjo, Helinho Guadalupe e outros bambas, agitando os desfiles e levando alegria ao Bixiga.

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Confirme sua presença no evento e junte-se a nós no Carnaval

 

Dia 15 de fevereiro

Concentração às 15 horas

Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista – Em frente a Sede da UMES

Macaqueação de Goebbels por Roberto Alvim é caso de internação psiquiátrica

 Assim como Goebbels havia afirmado em meados do século XX que a “arte alemã da próxima década será heroica” e “imperativa”, Alvim afirmou que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa” Foto: Reprodução/Youtube

 

A imitação tosca que o funcionário do governo, Roberto Alvim, Secretário Especial da Cultura de Bolsonaro, fez de Joseph Goebbels, auxiliar de Hitler, na quinta-feira (16), revela, não só a estupidez e o despreparo da falange bolsonarista aboletada no governo, como a necessidade urgente, aliás, já apontada neste mesmo dia pelo presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, de impedimento psiquiátrico dessa gente.

Até música de Wagner, preferida dos nazistas, ele usou de fundo musical em sua encenação.

Como disse Celeste Silveira, uma comentarista das redes sociais, a cena teve efeito contrário ao pretendido pelo “repimpado secretário de cultura”. “Ele não parecia Goebbels, mas sim um locutor de enterro depois de se empanturrar de dobradinha”, comentou a jornalista.

E o som de Wagner ao fundo, música da ópera Lohengrin, uma obra citada por Hitler em Mein Kampf, acabou dando o tom fúnebre ao episódio. Não faltou uma cruz bizarra na mesa.

Ao que parece o efeito da encenação realmente não foi o esperado pelo aluado. Sua demissão era esperada para qualquer momento já que, como disse Maia, ele “passou de todos os limites e deve ser afastado”.

A declaração de Alvim foi dada em um vídeo postado na página da Secretaria Especial de Cultura no YouTube para divulgar um concurso nacional de artes.

Na peça sinistra ele afirma: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”.

Para ficar totalmente idêntico à cena nazista, só faltou ele se levantar e sair mancando após a fala [Goebbels tinha um defeito na perna].

Sem cérebro – aliás, esse parece ser um critério fundamental para quem quer integrar o atual governo -, o funcionário de Bolsonaro fez um copiar-colar sem vergonha da frase dita pelo nazista no final da década de 30 e início da década de 40 do século passado.

Goebbels se dirigia a diretores de teatro do Ministério da Propaganda de Hitler e a fala foi relatada no livro “A biografia de Goebbels”, de Peter Longerich.

“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”, disse o nazista.

O nível da insanidade de Alvim é tanta que até o astrólogo da Virgínia, Olavo de Carvalho, que também já andou frequentando enfermarias psiquiátricas na década de 70, principalmente depois que tentou uma “transmigração” com a barca do Egito em Pinheiros – que acabou obrigando os bombeiros a derrubarem a casa lacrada de onde ele partiria com o barco em direção ao Egito – afirmou que “ele [Roberto Alvim] não deve estar bem da cabeça”.

E, convenhamos, Olavo conhece bem esses sintomas.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não tem dúvida: tem que internar já. O problema é só achar vaga.

Como diz um amigo psiquiatra, a maldita política antimanicomial, ao fechar as arapucas, acabou fechamento também hospitais psiquiátricos sérios. O resultado é que almas penadas como a de Roberto Alvim estão à solta por aí sem o tratamento adequado.

Essa gente desconectada acabou encontrando no governo Bolsonaro um abrigadouro excepcional para suas alucinações. Todo mundo ali bate no mesmo diapasão. Está difícil concluir quem é mais reacionário e quem reúne menos neurônios funcionantes. Não necessariamente nessa ordem.

Vai desde monarquistas que sonham em sentar no trono, passando por picaretas profissionais, assaltantes de fundos de pensão disfarçados de “doutores” em economia, dançarinos da chuva, até gente que fala com Jesus de cima de uma goiabeira.

Chefiados, é claro, pelo mais descerebrado de todos, o próprio Bolsonaro, que anunciara há algum tempo que o Brasil se surpreenderia com a qualidade intelectual das pessoas que ele escolheu para a área da cultura. O resultado não podia ser outro.

Diante da reação generalizada de repúdio da sociedade e a exigência de sua demissão, o secretário da cultura saiu em sua própria defesa. “O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota. É típico dessa corja”.

“Não há nada de errado com a frase. Todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a arte brasileira, e houve uma coincidência com uma frase de um discurso de Goebbels… Não o citei e jamais o faria. Foi, como eu disse, uma coincidência retórica. Mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional”, disse.

Não adiantou nada. Nem seu chefe, que fez altos elogios ao seu intelecto e à sua capacidade, está conseguindo garantir sua permanência no cargo. A paspalhice em transe de Alvim foi tamanha que a encenação deve colocar um fim na sua meteórica passagem pelo governo. É esperado para qualquer momento o anúncio de sua demissão.

Roberto Alvim foi exonerado do cargo no final da manhã de sexta-feira (17). A exoneração já foi publicada no Diário Oficial. Faltou ao Secretário da Cultura um pouco mais de informação sobre o que acabou acontecendo com o seu guru, Goebbels, e outros nazistas na década a que ele se referiu na fala sobre a cultura.

Se lesse um pouco mais, Alvim ficaria sabendo que Joseph Goebbels não conseguiu implantar a arte superior, a arte da raça pura, ariana. O fim da loucura nazista foi trágico.

Goebbels acabou seus dias encurralado num cubículo blindado em Berlim, recebendo chumbo grosso dos soviéticos, que ele e Hitler também chamavam de “corja”.

Ele teve que distribuir cianureto para a mulher e filhos antes de ingerir a sua e partir, junto com Hitler, rumo à prestação de contas de seus crimes cometidos ao som de Wagner.

O tempo de sobrevida de Alvim por aqui, pelo jeito, será bem menor que seu guru alemão.

Do Jornal Hora do Povo

Alvim Goeblles

Secretário da Cultura de Bolsonaro repete chefe da propaganda nazista em discurso

Alvim Goeblles

 

Não bastasse a perseguição a artistas, a censura a filmes e peças teatrais, e outras iniciativas de destruição da Cultura Brasileira, o governo de Bolsonaro mostra agora a sua face oculta.

 

O secretário da Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, fez um discurso, divulgado na manhã desta sexta-feira repetindo o ministro de Adolf Hitler para a Propaganda da Nazista, Joseph Goebbels.

 

Assim como Goebbels havia afirmado em meados do século XX que a “arte alemã da próxima década será heroica” e “imperativa”, Alvim afirmou que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa”.

 

Após a repercussão e as criticas ao discurso, o governo resolveu demitir o secretário.

 

 

Compare os discursos:

 

Roberto Alvim

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada.”

 

Joseph Goebbels

“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada.”

 

Robert Alvim é um dos indicados pelo guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, para integrar os ministérios e secretarias chaves do governo.

 

Antes do seu discurso, Alvim já havia anunciado a criação da “Semana Margaret Thatcher e Ronald Reagan”, em homenagem à primeira-ministra inglesa e ao presidente dos EUA reconhecidos por gestões marcadas pela recessão, desemprego, arrocho salarial, impostos sobre a população e alívio tributário e financeiro para os monopólios financeiros e industriais. 

 

Foi ele também que ofendeu uma das principais atrizes brasileiras, Fernanda Montenegro, antes de assumir o cargo de secretário. Segundo ele, a atriz era “sórdida” e “mentirosa”, além de dizer que tinha “desprezo” por ela.

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Cantador e compositor Luiz Vieira morre aos 91 anos

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Faleceu nesta quinta-feira (16), aos 91 anos após complicações respiratórias, o cantador e compositor pernambucano Luiz Vieira, ícone da música brasileira.

 

A UMES lamenta a morte deste grande brasileiro que, na década de 90, participou do projeto UMES Cantarena no teatro de nossa sede.

 

O grande sucesso de Vieira foi a canção Paz do Meu Amor, regravada muitas vezes por grandes nomes da música brasileira. Artistas como Caetano Veloso, Rita Lee, Nara Leão e Luiz Gonzaga cantaram suas composições. Menino de Braçanã foi seu primeiro hit, gravada em 1953.

 

Ao completar 90 anos, Luiz Vieira ganhou uma homenagem em vida em 2019, quando nomes como Angela Maria, Ayrton Montarroyos, Zeca Baleiro, Maria Alcina, Renato Teixeira, Sérgio Reis, Claudette Soares, Daniel e outros nomes da música brasileira gravaram suas músicas no disco “Luiz Vieira 90 anos”, gravado ao vivo durante um show em 2018.

 

Com João do Vale, compôs diversos sucessos, como “A Voz do Povo”:

 

Meu samba é a voz do povo
Se alguém gostou
Eu posso cantar de novo

 

Eu fui pedir aumento ao patrão
Fui piorar minha situação
O meu nome foi pra lista
Na mesma hora
Dos que iam ser mandados embora

 

Eu sou a flor que o vento jogou no chão
Mas ficou um galho
Pra outra flor brotar
A minha flor o vento pode levar
Mas o meu perfume fica boiando no ar

 

Luiz Rattes Vieira Filho era de Caruaru, de 1928, e já havia sido chofer de caminhão, motorista de táxi, guia de cego, engraxate e lapidário mesmo depois de fazer sua primeira composição aos 8 anos de idade e de ter cantado em circos e parques de diversão.

 

Depois de se firmar como cantor, ganhou um programa na TV Excelsior, Encontro com Luiz Vieira, em 1962, mesmo ano em que colocou Prelúdio Pra Ninar Gente Grande, conhecida como Menino Passarinho, nas paradas de sucesso. Quando era chamado de cantor, tratava logo de corrigir: cantor não, cantador.

 

Veja a participação de Luiz Vieira no programa Senhor Brasil, da TV Cultura:

 

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Bolsonaro abre as portas do MEC para privatização

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Decreto assinado por Bolsonaro no fim de 2019 reestrutura o Ministério da Educação (MEC), atualmente comandado por Abraham Weintraub.

 

O texto, que altera a função de cargos e secretarias da pasta, foi publicado no Diário Oficial em 31 de dezembro.

 

Em ao menos 25 trechos do decreto, o governo prevê a possibilidade de articulação do MEC com entidades privadas. Segundo o texto, políticas públicas e programas de educação de ao menos três secretarias e seis diretorias internas do ministério poderiam ser executados por meio de fundações ou instituições privadas.

 

A mudança afeta as secretarias de:

Educação Básica

Educação Profissional e Tecnológica

Educação Superior

 

O texto também prevê a busca por articulação com entidades privadas nas seguintes diretorias:

Políticas e Diretrizes da Educação Básica

Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação

Políticas para Escolas Cívico-Militares

Políticas e Regulação da Educação Profissional e Tecnológica

Articulação e Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica

Políticas de Alfabetização

 

O que propõe o decreto

 

Os órgãos internos do MEC ficam autorizados a articular políticas públicas e programas educacionais com entidades privadas em áreas como formação de profissionais, avaliação de recursos didáticos e pedagógicos, produção de metodologias e formulação e implantação de políticas de educação profissional e tecnológica, por exemplo.

 

O texto autoriza até que fundações ou instituições privadas participem ao lado do ministério do monitoramento e da avaliação de indicadores das políticas e ações relacionadas à educação básica.

 

O texto ainda prevê articulação com entidades privadas, incluindo as estrangeiras, para o “avanço do ensino superior”. As parcerias, segundo o texto, poderiam acontecer também na área de alfabetização.

 

O Future-se

 

Uma das principais propostas do MEC em 2018 foi justamente a abertura das universidades e institutos federais à realização de parcerias público-privadas, criação de fundos com doações e até a venda dos nomes dos campi. Lançado em julho de 2019, o Future-se tinha como objetivo garantir autonomia financeira às instituições de ensino, por meio da captação de recursos próprios e do empreendedorismo.

 

A proposta foi rejeitada pelas instituições que, em 2019, enfrentaram um contingenciamento de recursos que impactou o funcionamento das universidades. Em outubro, 29 delas já tinham rejeitado o programa, que tem adesão voluntária, segundo o sindicato dos docentes das instituições de ensino superior.

No início de janeiro de 2020, o MEC abriu pela segunda vez o programa para consulta pública. A pasta precisa ainda enviar o texto ao Congresso para a aprovação do programa, que prevê a alteração de algumas leis para poder ser colocado em prática.

 

O Decreto

 

Para entender as consequências para a educação pública do texto assinado por Bolsonaro, o Nexo conversou com

Em entrevista ao jornal Nexo, a doutora em educação Miriam Fábia Alves, professora da UFG (Universidade Federal de Goiás) e vice-presidente da Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação), apontou as consequência da medida:

 

Como avalia o decreto?

​​O decreto tem uma ênfase muito grande na educação básica. À Secretaria de Educação Básica compete à implementação e o acompanhamento das políticas. Essa relação entre educação básica e iniciativa privada está explicitamente aprofundada no decreto. Aparece em outros lugares, mas esse é um filão. Temos visto crescer significativamente o interesse do setor privado em se apropriar da possibilidade do recurso público nessa que é a maior fatia do bolo da educação brasileira hoje.

 

Como se dá a participação da iniciativa privada nas políticas de educação hoje?

Parte significativa da educação básica está sob competência e responsabilidade dos estados e municípios. São eles os responsáveis. Essa incidência do setor privado se dá especialmente com os acordos, os termos de cooperação com o setor privado, especialmente em assessorias, prestação de serviços e produção de material didático para as escolas. É uma coisa que não é de agora no Brasil. Ela vem crescendo nos últimos anos e tem ganhado fôlego. O programa O Jovem de Futuro [lançado em 2007, é uma parceria entre o Instituto Unibanco e secretarias estaduais de educação para oferecer assessoria técnica, formações, análises de dados e o apoio de sistemas tecnológicos], por exemplo, é uma entrada da iniciativa privada na rede pública de educação básica, especialmente pensando no ensino médio, que se dá com diferentes formas de acordos e termos: assessoria, acompanhamento de programas, formação de professores.

 

Considerando o papel dos estados e municípios, o que significa esse decreto do MEC, que é um órgão federal?

Do ponto de vista do que é a política, torna-se explícito quem é o interlocutor na proposição da política educacional brasileira. Esses setores privados ganham um protagonismo muito significativo na concepção, na proposição da política e no seu acompanhamento. Uma das questões que está posta com o decreto é o acompanhamento e a produção de dados sobre a política educacional brasileira. Isso não é qualquer coisa. Quando vemos o artigo 11º, um dos itens diz que a Secretaria de Educação Básica pode organizar e coordenar os sistemas de gestão da informação, de monitoramento e de avaliação e analisar os indicadores em articulação com entidades privadas. Historicamente, no Brasil, esse papel foi feito especialmente na esfera pública. Mesmo que muitos desses dados sejam tratados e apresentados pelas entidades privadas, esse dado vem do poder público. Pessoalmente, avalio que isso é um risco muito grande do ponto de vista das desigualdades que marcam a realidade educacional brasileira. Isso agora parece que vai ganhando outra conformação.

 

Quais consequências pode ter?

Vou pegar a questão do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira]. Quem é que historicamente produziu esses dados [indicadores educacionais] nas últimas décadas? O Inep é o grande responsável. Um órgão do poder público, com os profissionais do poder público. Se eu terceirizo essa tarefa, acho que a gente corre riscos de ampliar as desigualdades educacionais brasileiras. E também me preocupa sobremaneira o que é que nós vamos dizer da educação brasileira quando eu lido com essa flexibilização proposta aqui. Eu não acho que isso traga benefícios ao conjunto da educação nacional, pelo contrário. Penso que a gente tem aqui uma sinalização de mais problemas.

 

Os governos anteriores já seguiam essa linha de articulação com a iniciativa privada?

Tem uma penetração do setor privado na educação brasileira que não é de agora. É histórica. O que me parece mudar na perspectiva aqui é que a gente tem um cenário em que se amplia essa participação do setor privado. Como é que esse controle se dá com essa ampliação? Isso é muito mais complicado. No Brasil a gente tem uma construção de uma narrativa que é de desvalorização do público e de supervalorização do privado. E acho que essa forma com que o governo tem atualmente lidado, como se a iniciativa privada fosse boazinha, generosa, complacente, e quisesse o bem do país, é um equívoco. A iniciativa privada tem seu lugar. Mas essa forma endossa ainda mais essa narrativa que desvaloriza o público e valoriza o privado. O setor privado tem problemas e a gente vem acompanhando isso. A gente precisa ponderar o que a gente chama de qualidade da iniciativa privada.

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5ª edição da Mostra Permanente de Cinema Italiano da Umes começa dia 03 de fevereiro

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Situado no coração do Bixiga, o Cine-Teatro Denoy de Oliveira inicia no dia 03 de fevereiro sua Mostra Permanente de Cinema Italiano. 

 

Chegando ao 5º ano e com mais de 150 filmes exibidos, a Mostra foi inaugurada em 2016 pelo CPC-UMES (Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo).

 

Neste ano vamos exibir 40 obras de 23 cineastas e, pelos olhos de cada um deles, a história da Itália e da humanidade nos é apresentada: a sátira social da “commedia all’italiana” de Luciano Salce, o realismo fantástico de Federico Fellini, o registro das condições de vida dos trabalhadores rurais por parte de Ermanno Olmi, as angústias da vida entediada da burguesia italiana – uma marca de Michelangelo Antonioni – e a impressionante luta de um povo contra o fascismo é assim exibido, sem rodeios, pelo neorrealismo de Roberto Rossellini e Luigi Zampa. Durante a 5ª edição, traremos também alguns dos lançamentos mais recentes da cinematografia italiana, que nos mostra que essa continua sendo uma das maiores do mundo.

 

A partir do dia 18 de maio, a Mostra Permanente de Cinema Italiano  será realizada em uma nova proposta, um jeito novo de transmitir cinema a todos que buscam cultura de qualidade.

 

Nossas exibições serão à distância, sempre às segundas-feiras, às 19 horas, mas agora você assistirá de casa!

 

Os filmes são exibidos sempre às segundas-feiras, às 19h, com entrada franca. Esperamos vocês!

 

Para saber mais sobre como participar da sessão, clique aqui.

 

 

MOSTRA PERMANENTE DE CINEMA ITALIANO

 

Para receber o link da sessão da sessão,
fale com a gente no nosso


WhatsApp (11) 94662-6916


ou pelo nosso
email: cineteatro@umes.org.br

 

 

PROGRAMAÇÃO DE 2020

 

03/02 – EM GUERRA POR AMOR

Pif (2016), 99 min.

 

10/02 – NÓS QUE NOS AMÁVAMOS TANTO

Ettore Scola (1974), 127 min.

 

17/02 – A ROMANA

Luigi Zampa (1954), 108 min.

 

02/03 – VIVER EM PAZ

Luigi Zampa (1947), 90 min.

 

09/03 – ANOS DIFÍCEIS

Luigi Zampa (1948), 113 min.

 

16/03 – OS GIRASSÓIS DA RÚSSIA

Vittorio de Sica (1970), 107 min.

 

23/03 – O CONDENADO DE ALTONA

Vittorio de Sica (1962), 114 min.

 

30/03MATRIMÔNIO À ITALIANA

Vittorio de Sica (1964), 102 min.

 

06/04 – BEM-VINDO AO NORTE

Luca Miniero (2012), 110 min.

 

13/04 – A AVENTURA

Michelangelo Antonioni (1960), 144 min.

 

27/04OS CARBONÁRIOS

Luigi Magni (1969), 125 min.

 

04/05 – EM NOME DO PAPA REI

Luigi Magni (1977), 105 min.

 

11/05 – O MONSTRO NA PRIMEIRA PÁGINA 

Marco Bellocchio (1972), 86 min.

 

18/05 – AMARCORD

Federico Fellini (1973), 127 min.

 

25/05 – NOITES DE CABÍRIA

Federico Fellini (1957), 110 min.

 

01/06 – ABISMO DE UM SONHO

Federico Fellini (1952), 86 min.

 

08/06 – INVESTIGAÇÃO SOBRE UM CIDADÃO ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA

Elio Petri (1970), 112 min.

 

15/06 – O ASSASSINO

Elio Petri (1961), 97 min.

 

22/06 – CONDENADO PELA MÁFIA

Elio Petri (1967), 99 min.

 

29/06 – CINEMA PARADISO

Giuseppe Tornatore (1988), 124 min.

 

06/07 – A DESCONHECIDA 

Giuseppe Tornatore (2006), 118 min.

 

13/07 – FANTOZZI II

Luciano Salce (1976), 110 min.

 

20/07 – ESPOSAMANTE

Marco Vicario (1977), 106 min.

 

27/07 – O BELO ANTONIO

Mauro Bolognini (1960), 105 min.

 

03/08 – A CASA INTOLERANTE

Mauro Bolognini (1959), 110 min.

 

10/08 – LIBERA, AMORE MIO!

Mauro Bolognini (1975), 110 min.

 

17/08 – CONHEÇO BEM ESSA MOÇA

Antonio Pietrangeli (1965), 115 min.

 

24/08 – A ÁRVORE DOS TAMANCOS

Ermano Olmi (1978), 190 min.

 

31/08 – A NOIVA

Ermano Olmi (1963), 77 min.

 

14/09DÁ PARA FAZER

Giulio Manfredonia (2008), 111 min.

 

21/09 – O GRITO DA CARNE

Mario Mattoli (1948), 91 min.

 

28/09DEUSES MALDITOS

Luchino Visconti (1969), 150 min.

 

05/10 – ROCCO E SEUS IRMÃOS

Luchino Visconti (1960), 177 min.

 

12/10O INOCENTE

Luchino Visconti (1976), 129 min.

 

19/10 – UMA JANELA PARA A LUA

Alberto Simone (1995), 88 min.

 

26/10 – OS CEM PASSOS

Marco Tulio Giordana  (2000), 114 min.

 

09/11 – O MELHOR DA JUVENTUDE – PARTE 1

Marco Tullio Giordana (2003), 180 min.

 

16/11 – O MELHOR DA JUVENTUDE – PARTE 2

Marco Tullio Giordana (2003), 180 min.

 

23/11 – CIAO, PROFESSORE! 

Lina Wertmüller (1992), 100 min.

 

30/11 – ROMA CIDADE ABERTA

Roberto Rosselini (1945), 105 min.

 

DIRETORES APRESENTADOS NA PROGRAMAÇÃO DE 2020

 

PIF (1972)

Conhecido como Pif, Pierfrancesco Diliberto é um apresentador de TV nascido em Palermo. Iniciou sua carreira artística trabalhando como assistente de direção para Franco Zeffirelli em “Chá Com Mussolini” (1999) e para Marco Tulio Giordana no filme “Os Cem Passos” (2000). Depois disso, começou a trabalhar para a televisão, primeiro como autor e depois como apresentador de programas de entretenimento. Como a máfia sempre esteve presente em seu trabalho, publicou em 2012 um conto intitulado “Sarà stata una fuga di gas” no livro “Dove eravamo. Vent’anni dopo Capaci e Via D’Amelio”, um compilado de vários autores em lembrança aos 20 anos da morte de Giovanni Falcone e Paolo Borsellino. Como diretor de cinema, Pif lançou dois filmes: “A Máfia Mata Apenas No Verão” (2013) e “Em Guerra Por Amor” (2016).

 

ETTORE SCOLA (1931-2016)

Ettore Scola nasceu em Trevico, Itália. Ingressou na indústria cinematográfica como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpaso”, 1962). Dirigiu seu primeiro filme, “Vamos Falar Sobre as Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento internacional com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), um tocante painel da Itália do pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º. Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Desde então, realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Splendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.

 

LUIGI ZAMPA (1905-1991)

Luigi Zampa nasceu em 1901 em Roma. Estudou Engenharia e, nesse período, ele escreveu algumas comédias, entre 1930 e 1932, além de, em 1933, dirigir seu primeiro o curta-metragem documental “Risveglio Di Una Cittá”. Logo após, estudou Roteiro e Direção no consagrado Centro Sperimentale di Cinematografia, entre os anos 1932 e 1937. Sua atuação como diretor de longa se deu com “L’Attore Scomparso” (1941), tendo dirigido filmes como seu primeiro sucesso, o premiado “Viver em Paz” (1947), indo clássicos como “Campane a Martello” (1949) e “Anni Ruggenti ” (1962). Em suas obras, o entretenimento está intrinsecamente ligado à notação de costumes decorrente da observação do comportamento italiano diante de mudanças na sociedade.

 

VITTORIO DE SICA (1901-1974)

Diretor, ator, escritor e produtor, Vittorio De Sica nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, ele fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.

De Sica voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Humberto D” (1951) – os dois primeiros realizados em parceria com o escritor Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Decameron 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).

 

LUCA MINIERO (1967)

Formado em Literatura Moderna, o napolitano Luca Miniero começou seu trabalho dirigindo campanhas para a TV. Seu primeiro filme, “Piccole Cose Di Valore Non Quantificable” (1999), um curta feito em parceria com o amigo Paolo Genovese, chamou atenção da crítica para o novo diretor que surgia. Luca Miniero se estabeleceu no gênero da comédia. Em 2002, seu primeiro longa-metragem “Incantesimo Napoletano”, também em parceria com Paolo Genovese, ganhou um David di Donatello e dois prêmios no Globo de Ouro da Itália. Em 2010, o diretor produz seu primeiro trabalho solo, “Bem-Vindo ao Sul” foi sucesso de bilheteria e o filme mais assistido na Itália naquele ano, façanha que ele volta a conquistar em 2012 com a sequência “Bem-Vindo ao Norte”. Dirigiu também “La scuola più bella del mondo” (2014), “Un boss in salotto” (2014) e “Sono tornato” (2018).

 

MICHELANGELO ANTONIONI (1912-2007)

Michelangelo Antonioni nasceu em Ferrara. Graduado em Economia, Michelangelo chega à Roma em 1940, onde começa a estudar no Centro Sperimentale di Cinematografia na Cinecittà. O primeiro sucesso de Antonioni foi “A Aventura” (1960), seguido por “A Noite” (1961) e “O Eclipse” (1962), formando uma trilogia. Em 1964, Antonioni lança o seu primeiro filme colorido “O Deserto Vermelho”, que junto com os outros três, formam uma tetralogia. Em 1966, lança o seu primeiro filme em inglês, “Blow-Up – Depois Daquele Beijo”, e “Zabriskie Point” (1970), rodado nos Estados Unidos.

Em 1985, ele sofreu um acidente vascular cerebral, e, apesar de ter ficado parcialmente paralítico e quase impossibilitado de falar, dirigiu outro filme com ajuda de Wim Wenders, “Além das Nuvens” (1995). Nesse mesmo ano é premiado com um Oscar pelo conjunto da sua obra.

 

LUIGI MAGNI (1928-2013)

Luigi Magni nasceu em Roma e começou sua carreira como roteirista em 1956 com o filme “Tempo de Férias”. Em 1968, foi roteirista do filme de Mario Monicelli, “A Garota com a Pistola”, que foi sucesso comercial e de crítica projetando Magni à direção. Estreou com a comédia “Faustina”(1968), mas foi com o filme “Os Carbonários”(1969) que o cineasta alcançou sucesso, tendo a maior bilheteria do cinema italiano do ano. Além disso, o filme marcou o início da parceria com o ator Nino Manfredi. Em 1977, Magni alcançou o reconhecimento crítico e alguns prêmios importantes, como o Prêmio David di Donatello, com o filme “Em Nome do Papa Rei”. 

Já foi membro do júri no Festival Internacional de Filmes de Moscou e se aposentou do cinema em 2004, junto com a morte do ator Nino Manfredi, com quem trabalhou até 2003.

 

MARCO BELLOCCHIO (1939)

Bellocchio nasceu em Bobbio, Emilia-Romagna. Estudou cinema em Roma, no Centro Experimental de Cinematografia (1959-62), e depois em Londres. De volta a Itália, dirigiu, com a idade de 26 anos, seu primeiro filme, o polêmico e inconformista “De Punhos Cerrados” (1965), que é até hoje uma de suas obras mais assistidas. Realizou cerca de 30 longas, entre os quais se incluem “La China È Vizina” (1967), “Nel Nome del Padre” (1972), “Sbatti Il Mostro In Prima Pagina” (1972), “A Gaivota” (1977), “Diabo no Corpo” (1986), “Il Sorriso de Mia Madre” (2002), “Bom Dia, Noite” (2003), “Vencer” (2009), “Bella Addormentata” (2012).

 

FEDERICO FELLINI (1920-1993)

Nascido e criado em Rimini, região da Emilia-Romagna, Fellini se mudou para Roma, em 1939, e começou a ganhar a vida escrevendo e desenhando caricaturas na revista semanal Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema, em 1942, redigindo histórias o para o comediante Aldo Fabrizzi. Em 1943, casou-se com a atriz Giulietta Masina – vencedora no Festival de Cannes pela participação em “Noites de Cabíria”, filme dirigido pelo próprio Fellini em 1957. A partir de 1 945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada.

Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Roma” (1972)”, “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978). “E La Nave Va” (1983).

 

ELIO PETRI (1929-1982)

Um dos mais fascinantes e irreverentes diretores de toda a Europa, o romano Elio Petri dirigiu os clássicos “Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita” (1970), “A Classe Operária Vai ao Paraíso” (1972) e “Juizo Final” (1976). Começou a carreira como crítico de cinema do L’Unità, jornal do Partido Comunista Italiano. Escreveu roteiros para Giuseppe De Santis, Carlos Lizzani e Dino Risi. Estreou na direção com “O Assassino” (1961). Realizou 13 longas, entre os quais “A Décima Vítima” (1965), “Condenado Pela Máfia” (1967), “A Propriedade não é mais um Furto” (1973), “A Boa Notícia” (1979). Seu cinema político combinava a abordagem marxista com uma alta capacidade cinematográfica na utilização de gêneros e estilos diversos, contribuindo para o debate do período, com observações sobre a sociedade e o poder, explorando questões sociais ainda hoje relevantes, como o crime organizado, a relação entre autoridades e cidadãos, o papel do artista, os direitos de classe e o consumismo.

 

GIUSEPPE TORNATORE (1956)

Nascido na Sicília, Tornatore atuou no teatro, foi fotógrafo free-lance e trabalhou na TV estatal italiana, a RAI. Lançou seu primeiro longa-metragem em 1985: “O Camorrista”. Em 1988, obteve sucesso mundial e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com “Cinema Paradiso”. Dirigiu também “Estamos Todos Bem” (1990), “Sempre aos Domingos” (1991), “Uma Simples Formalidade” (1994), “O Homem das Estrelas” (1995), “A Lenda do Pianista do Mar” (1998), “Malena” (2000), “A Desconhecida” (2006), “Baaria, A Porta do Vento” (2009), “O Melhor Lance” (2013), “Lembranças de um Amor Eterno” (2016).

 

LUCIANO SALCE (1922-1989)

Luciano Salce nasceu e morreu em Roma. Foi ator, diretor e cineasta, tendo se formado na Regia Accademia di Arti Drammatica, em Roma, atuou como assistente de direção para Vito Pandolfi e Luchino Visconti no final da década de 1940. Já em 1950, Salce, sendo um jovem italiano, vem para o Brasil dirigindo importantes trabalhos para o Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC, como “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho, realizado em 1951, no Theatro Municipal de São Paulo, estrelado pela icônica atriz Cacilda Becker.

Salce assina seu primeiro trabalho cinematográfico para a companhia Vera Cruz como diretor da comédia “Uma Pulga na Balança” (1953), ainda no Brasil. Voltando pra Itália em 1954, dirige filmes como “As Pílulas do Amor” (1960) e “Fantozzi” (1975).

 

MARCO VICARIO (1925)

Nascido Renato Vicario, mudou seu nome no início da carreira como ator, aos 25 anos, para não ser confundido com o famoso ator de fotonovela, Renato Vicario. Frequentou aulas de teatro no Centro Sperimentale di Cinematografia de Roma e atuou em cerca de 17 filmes, mas só obteve algum sucesso quando iniciou sua carreira como produtor, diretor e roteirista, através da Atlantic Film, produtora que ele mesmo fundou.

Entre seus filmes mais conhecidos estão: “7 homens de ouro” (1965), “O Grande Sucesso dos 7 Homens de Ouro” (1966) e “Esposamante” (1977).

 

MAURO BOLOGNINI (1922-2001)

Mauro Bolognini nasceu em Pistoia, na região da Toscana. Formado também em arquitetura, Mauro estudou cenografia na Academia Nacional Italiana de Cinema. Começou a trabalhar como assistente dos diretores Luigi Zampa na Itália, e Yves Allégret e Jean Delannoy na França. Estreou em 1953 com o filme ”Ci Troviamo In Galleria”. Seu primeiro sucesso de crítica e público foi o filme “O Belo Antônio”, em 1960. Além de grandes títulos de cinema, Bolognini também dirigiu produções teatrais e óperas.

Outros filmes dirigidos por Bolognini foram: ”A Longa Noite das Loucuras’ (1959), com Elsa Martinelli; ”Caminho Amargo” (1961), com Jean-Paul Belmondo e Claudia Cardinale; ”Desejo que Atormenta” (1962), com Anthony Franciosa e Claudia Cardinale; ”As Bruxas” (1967), com Silvana Mangano; ”A Grande Burguesia” (1974), com Catherine Deneuve e Giancarlo Giannini; entre outros.

 

ANTÔNIO PIETRANGELI (1919-1968)

Antonio Pietrangeli foi um grande praticante do gênero de comédia. Começou no universo do cinema escrevendo resenhas de filmes para revistas italianas. Como roteirista, destaca-se sua participação nas obras “Obsessão” (1943), dirigido por Luchino Visconti e “Europa ‘51”(1952), dirigido por Roberto Rossellini. Na direção, estreou em 1953 com o filme “O Sol nos Olhos”. “Adua e seus Amigos” (1960) foi um filme de destaque, contando com Marcello Mastroianni e Simone Signoret. O filme “Conheço Bem Essa Moça” rendeu três prêmios Nastro d’Argento como melhor diretor, melhor roteiro e melhor ator coadjuvante para Ugo Tognazzi.

Pietrangeli faleceu aos 49 anos enquanto trabalhava no filme “História de um Adultério”, que foi finalizado pelo diretor Valerio Zurlini.

 

ERMANNO OLMI (1931-2018)

Nascido em Bergamo, Ermanno Olmi começou em 1953 a dirigir documentários e curtas. Seu primeiro longa foi “O Tempo Parou” (1959). Dois anos depois, “O Posto” (1961) rende a Olmi o prêmio David di Donatello de Melhor Diretor. Em 1978, “A Árvore dos Tamancos” ganhou 18 prêmios, entre eles a Palma de Ouro e o Prêmio do Júri Ecumênico, em Cannes, e o César de Melhor Filme Estrangeiro, na França. 

Ermanno Olmi também dirigiu “Camminacammina” (1983), “A Lenda do Santo Beberrão” (1988), “O Segredo do Bosque Velho” (1993), “O Objetivo das Armas” (2001) e “Tickets” (2005), em parceria com o iraniano Abbas Kiarostami e o inglês Ken Loach. Apesar da saúde debilitada, lançou em 2014 mais um filme de sucesso, “Os Campos Voltarão”.

 

GIULIO MANFREDONIA (1967)

Giulio Manfredonia nasceu em Roma. Começou sua carreira como assistente de direção e no ano de 2001 estreou como diretor com a comédia “Se Fossi In Te”. Seu próximo filme segue também o gênero comédia, “È Già Ieri” (2004) é uma releitura de um bem-sucedido filme americano. Em 2008, lança “Dá Para Fazer”, filme inspirado na história real de uma cooperativa de ex-pacientes de um hospital psiquiátrico. Além dos trabalhos para o cinema, dirigiu séries para televisão.

 

MARIO MATTOLI (1898-1980)

Nascido em Tolentino, Macerata, fundou a companhia teatral Spettacoli Za-bum com o objetivo de misturar o humor dos atores de revista ao drama dos atores da prosa. Por lá, passaram nomes que se tornariam muito conhecidos, como Vittorio de Sica, Alberto Sordi e Aldo Fabrizi. Em 1934, fez sua estreia como diretor de cinema em “Tempo Massimo”, cujo roteiro foi escrito também por ele e estrelado por Vittorio De Sica. Em seus 32 anos de carreira, dirigiu mais de 80 longas-metragens, firmando uma parceria de sucesso com Totò, com quem realizou 16 filmes.

Entre suas obras mais conhecidos estão “Dramas da Nobreza” (1938), “Aulas de Amor” (1941), “O Grito da Carne” (1948), “O Turco Napolitano”, (1953), “Miséria e Nobreza” (1954) e “O Médico dos Loucos” (1954).

 

LUCHINO VISCONTI (1906-1976)

Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, nasceu em Milão e descende da família Visconti da antiga nobreza italiana. Começou seu trabalho no cinema como assistente do diretor francês Jean Renoir nos filmes “Toni” (1934), “Les Bas-Fonds” (1936), “Partie de Campagne” (1936). Ingressou no Partito Comunista d’Italia em 1942. Seu primeiro filme como diretor foi “Obsessão” (1943). Voltou-se em seguida para o teatro. Em 1948, realizou “La Terra Trema”, um clássico do cinema neorrealista. Recebeu sua primeira premiação no Festival de Veneza (Leão de Prata), em 1957, pelo filme “As Noites Brancas” – baseado em conto de Fiodor Dostoievski. Em 1960, chega aos cinemas “Rocco e Seus Irmãos” e, em 1963, o mais aplaudido de seus trabalhos, “O Leopardo”, adaptação do romance de mesmo nome de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Depois vieram “As Vagas Estrelas da Ursa” (1965), “O Estrangeiro” (1967), “Os Deuses Malditos” (1969), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig” (1972), “Violência e Paixão” (1974) e “O Intruso” (1976).

Visconti assina também a direção de 42 peças teatrais e 20 óperas encenadas entre 1945 e 1973.

 

ALBERTO SIMONE (1956)

Nascido em Messina, Alberto Simone formou-se em Psicologia na Sapienza Università di Roma. Estreou no cinema com um curta-metragem chamado “La scala poggiata alla luna”, em 1993. Depois, dirigiu seu primeiro longa-metragem, “Uma Janela para a Lua” (1995), no qual utiliza sua experiência como psicólogo. O filme lhe rendeu o prêmio David di Donatello de Melhor Diretor e o Globo de Ouro de Melhor Obra-Prima (prêmio atribuído ao melhor filme do ano na Itália). Em colaboração com a RAI, empresa estatal de rádio e televisão, dirigiu e produziu filmes e séries de sucesso para a televisão, entre os quais: “Uma história qualquer” (2000), “As razões do coração” (2001), “Um defeito de família” (2002), “Uma família em amarelo” (2005), “Em nome do filho” (2008) e “Comissário Manara” (2009).

 

MARCO TULLIO GIORDANA (1950)

O milanês Marco Tullio Giordana iniciou sua carreira como co-roteirista do documentário “Forza Italia!” (1978) de Roberto Faenza. Depois, lançou seu primeiro filme, “Maledetti vi amerò” (1980), que foi exibido no mesmo ano no Festival de Cannes e foi bastante elogiado pela crítica. Depois disso, colaborou e dirigiu diversos outros filmes, tanto para o cinema quanto para a televisão. Em 2000, com o filme “Os Cem Passos”, ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza. Em 2003, contratado pela RAI para produzir uma minissérie de quatro episódios, o cineasta lança “O Melhor da Juventude”, que acaba por ser lançado no Festival de Cannes e, posteriormente, no circuito de cinema italiano como um filme dividido em duas partes. Com esse filme, Marco Tullio Giordana conquistou 6 prêmios David di Donatello, incluindo o de Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Diretor assim como os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Roteiro no Globo de Ouro italiano.

Também dirigiu “Pasolini – Um Delito Italiano” (1995), “Quando sei nato non puoi più nasconderti” (2005), “Sanguepazzo” (2008), “Piazza Fontana: Uma Conspiração Italiana” (2012) e “Nome di donna” (2018).

 

LINA WERTMÜLLER (1928)

Nascida em Roma, Arcangela Felice Assunta Wertmüller von Elgg Spanol von Braucich estudou teatro e trabalhou como assistente de direção de Giorgio Lullo nos anos 50. No cinema, foi assistente de Federico Fellini em “Oito e Meio” (1963). Estreou como diretora com “I Basilischi” (1963). Em 1965 dirigiu o filme em episódios “Questa Volta Parliamo di Uomini” e para a televisão “Il Giornalino di Gian Burrasca”, adaptação do romance homônimo de Vamba. Assinou outros dezessete longa-metragens, entre os quais “Mimi, o Metalúrgico” (1972), “Amor e Anarquia” (1973), “Pasqualino Sete Belezas” (1975), “Sábado, Domingo e Segunda” (1990), “Ninfa Plebeia” (1996). Em 2001 lançou “A Pequena Orfã”, telefilme estrelado por Sofia Loren, extraído do romance homônimo da escritora napolitana Maria Orsini Natale.

 

ROBERTO ROSSELINI (1906-1977)

Nascido em Roma, Roberto Rossellini realizou, em 1945, a obra tida como marco zero do neorrealismo, movimento que influenciou as correntes estéticas do pós-guerra, desde Godard e Satyajit Ray até o Cinema Novo brasileiro. Seu pai era proprietário do cine-teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendadas pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Nos últimos dias da ocupação nazista, o diretor levou a câmera às ruas para captar a insurreição popular que libertou a cidade em junho de 1944. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado no roteiro que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini.

Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc” (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

Nos anos 60-70, com foco na TV, fez filmes sobre personagens históricos, a começar por Giuseppe Garibaldi, “Viva a Itália” (1961). Nesta safra se incluem “A Tomada do Poder por Luís XIV” (1966), “Sócrates” (1971), “Blaise Pascal” (1971), “Santo Agostinho” (1972), “Descartes” (1974), “Anno Uno” (1974), “O Messias” (1975).