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Aniversário de São Paulo terá bolo e samba no Bixiga

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Evento conta com apoio da UMES e é realizado em frente à sede da entidade

O Bixiga mais uma vez se une para preparar o maior bolo comunitário do mundo em comemoração ao Aniversário de São Paulo. É tradição, todo dia 25 de janeiro tem festa na Rua Rui Barbosa e os moradores vão chegando com suas massas, formando um bolo gigante.

Este ano haverá uma exposição de bolos decorados por boleiras profissionais com a temática cidade de São Paulo, além do Fusca Literário, que estará presente com sua banca de troca de livros.

E festa nessa cidade tem que ter show. Uma “Ode ao Samba do Bixiga” está sendo preparada pelos melhores músicos do bairro que é berço do samba paulistano: Oswaldinho da Cuíca, Elizeth Rosa, Thobias da Vai-Vai, Aldo Bueno, Anderson Sono, Maurício Jr, Kauê Aruan, Anderson Nikiba, Paulo África Rogério, Anderson Esquerda, Alex Riza e mais. Também vai ter show da OBMJ (Orquestra Brasileira de Música Jamaicana) e da Bateria 013.

18O bairro inteiro se mobiliza para a realização do “Maior Bolo Comunitário do Mundo”

Quem faz o bolo é você!

O primeiro Bolo do Bixiga aconteceu em 1986 quando São Paulo completou 432 anos. Armandinho Puglisi teve a ideia de fazer um bolo gigante para presentear a cidade, que tantos imigrantes acolheu. Como não tinha dinheiro para essa façanha, convocou todas as mammas da comunidade e, no dia 25 de janeiro daquele ano, cada uma foi chegando com uma assadeira e um único e gigante bolo se formou.

O Bolo foi crescendo a cada ano e ganhando fama. Após a morte de Armandinho, Walter Taverna assume a tarefa de organização da festa e o Bolo do Bixiga chega até mesmo a entrar para o Guinness Book como o maior bolo do mundo.

Em 2009, a tradição foi interrompida depois que um programa de TV incentivou uma guerra de bolos, o que fez com que os patrocinadores sumissem. Mas em 2017, a comunidade se uniu e fez um resgate da história. As mammas, as mainhas e os manos foram convocados a fazer as iguarias, e o Bixiga fez novamente um bolo gigantes para comemorar o aniversário de São Paulo.

Para que essa tradição continue, é preciso que você faça seu bolo e leve à Rua Rui Barbosa no dia 25 de janeiro, a partir das 9 horas. Como deve ser esse bolo? Como a sua criatividade mandar! Pode ser simples, decorado, com nome da sua empresa escrito ou como você imaginar. O importante é levar o bolo para fazer parte desta história!

O Bolo do Bixiga é a união em massa de uma comunidade que trabalha todos os dias para manter viva a história do bairro mais tradicional de São Paulo.

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Bolo do Bixiga – Aniversário de São Paulo

Quando: Sábado – 25 de janeiro
Horário: 9h00

Onde: Rua Rui Barbosa
em frente à sede da UMES

Entrada: gratuita

Faça seu bolo e Vem pro Bixiga!

Do Portal do Bixiga

guardachuva weintraub

Só com demissão de Weintraub o Enem retomará credibilidade

guardachuva weintraub

As consequências da desorganização e da inépcia do governo Bolsonaro se fazem sentir novamente na área da educação. Agora, de forma mais grave, pois coloca em dúvida um dos exames educacionais mais importantes do país, responsável por definir o futuro de milhões de jovens que tem no resultado do Enem, critério fundamental para a possibilidade de cursar o ensino superior.

Desde a noite de sexta-feira (17), milhares de estudantes denunciaram que suas notas do Enem eram discrepantes com o número de acertos nas questões objetivas. No sábado (18), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou um vídeo nas redes sociais admitindo “algumas inconsistências na contabilização e correção da segunda prova do Enem”. Segundo ele, um grupo muito pequeno de pessoas teve o gabarito trocado quando foram fechados os envelopes. Corrigimos aqui o português sofrível do ministro, que, no original, afirmou que “… teve o gabarito trocado quando foi fechado (sic) os envelopes”.

Sem mesmo identificar ou apurar a extensão do problema, Weintraub se apressou em dizer que foram poucos os prejudicados. Nossas entidades estudantis, a UBES e a UNE, desde o início endossaram as denúncias dos estudantes nas redes sociais e continuam exigindo uma investigação profunda sobre o problema, seja para garantir a lisura do processo e não prejudicar os estudantes que fizeram as provas, seja para garantir a credibilidade do Enem, que continuará existindo quando esse governo do atraso se for.

Desde cedo o ministro afirmou que o problema estava restrito a 0,1% dos candidatos; ou que não passava de 10% de acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Agora, chegaram ao número de cerca de seis mil provas com erros. Seja qual for o percentual dos afetados, o erro é grave e interfere no resultado geral do exame, na medida em que as notas são calculadas com base na média geral, na maior e menor nota; se a média geral sobe ou diminui, todas as notas são afetadas. Agora, com a abertura para as inscrições no Sisu, estudantes relatam problemas e dificuldades para fazer a inscrição.

Se nenhum governo ou ministério está livre de erros, o que dizer desse ministério, tão desorganizado e com gente tão despreparada. Somente no ano passado, o presidente do INEP, autarquia responsável pela organização e realização do Enem, foi trocado três vezes. Essa é apenas uma das questões que provocaram instabilidade e descontinuidade no trabalho para a realização do Enem.

Lembramos ainda que a gráfica que agora é apontada como a responsável pelo problema, é uma empresa sem nenhuma experiência em exames como o Enem. Foi escolhida pelo governo, mesmo sendo a segunda colocada na licitação para a impressão das provas e gabaritos. O governo deveria ter mais responsabilidade com a escolha da gráfica para realizar esse tipo de trabalho, que exige sigilo e perícia técnica.

Entre tantos outros problemas que pipocaram desde que esse governo assumiu, imagine como se sentiram os funcionários responsáveis pelo exame quando ouviram do Presidente da Republica as afirmações de que as questões do exame seriam aprovadas por ele. Quem se acha no direito de aprovar questões do Enem, no mínimo, precisa ter e cobrar responsabilidade do ministro.

Na lista das barbeiragens desse ministério encontram-se outras questões, como o recurso de R$ 1 bilhão recuperado com a Lava Jato e destinado ao MEC, que não foi utilizado mesmo com a educação sofrendo cortes em todas as áreas.

Ao invés de concentrar investimentos e esforços na melhoria do Enem, o ministro preferiu orientar seu alvo para o ataque às entidades estudantis, na tentativa de calar a oposição à sua política de morte à educação.

Por tudo isso, defendemos a imediata demissão do ministro Weintraub e que se realize uma apuração independente sobre os problemas ocorridos, para que não reste dúvidas sobre a credibilidade e o futuro do Enem, assim como para solucionar o problema das notas individuais, de forma a não prejudicar nenhum estudante. Não se pode manter à frente do MEC, um sujeito que dá péssimo exemplo, não domina, sequer, a língua portuguesa e acumula casos de incompetência que demonstram sua total incapacidade de conduzir um ministério tão importante.

Iago Montalvão, presidente da União Nacional dos Estudantes

Pedro Gorki, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

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Erro na correção do Enem comprova a incompetência de Weintraub

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Pouco depois do ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, afirmar que seu governo teria realizado “o melhor Enem da história”, estudantes passaram a questionar as notas que foram divulgadas.

 

O governo admitiu o erro na correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas atribuiu o problema a uma falha na impressão dos gabaritos. Weintraub ainda tentou minimizar o erro, afirmando que seriam “apenas” 6 mil estudantes prejudicados.

 

No entanto, ao menos 60 mil estudantes entraram em contato por meio do canal do governo questionando os resultados divulgados.

 

Mais uma vez, o “ser humano Weintraub” demonstrou a completa incompetência deste governo que não possui qualquer compromisso com os jovens e com a educação brasileira.

 

Vale relembrar que desde o começo da gestão Bolsonaro, três pessoas foram indicadas para assumir a diretoria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – um dos órgãos mais importantes do MEC, responsável pela realização do Enem. Em uma das crises, o delegado da Polícia Federal Elmer Vicenzi, pediu demissão depois de não viabilizar a entrega de dados sigilosos dos estudantes brasileiros para os membros do governo Bolsonaro.

 

DEBOCHE

 

Pouco depois de confirmar os erros na correção, Weintraub novamente debochou dos estudantes brasileiros ao publicar vídeo tocando gaita no sofá com o texto: “Apesar da gritaria dos Frias e dos Marinhos, eu voltei, agora pra ficar…”, escreveu, em referência às famílias que controlam os grupos de comunicação Folha de S. Paulo e Globo, respectivamente.

 

A UMES defende a realização de nova correção das provas dos estudantes que se sentiram lesados pelo ato do governo e que seja realizada uma apuração séria e imparcial sobre o problema.

 

O Enem se transformou em um importante instrumento para a garantia da entrada dos estudantes nas universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Não podemos tolerar que esta estrutura seja destruída pela incompetência do “imprecionante” ministro e do governo Bolsonaro.

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Orlando Silva: Por que Lula deu uma canelada no PCdoB?

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Deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP)

 

Hoje cedo um camarada me alertou: “Lula foi desrespeitoso com o Partido”. Reagi: “deve ser Fake News!”

 

Minha reação foi a mesma que a maioria dos nossos teria diante de um registro desses. Lula é muito querido entre os comunistas.

 

Fui ver a entrevista. E, quando entra em tela o nome de Flávio Dino, o presidente nos brinda, para a minha surpresa, com frases absolutamente dispensáveis.

 

As pérolas: “o PT é um partido muito grande se comparado ao PCdoB”; “é difícil eleger um comunista e Flávio sabe disso” e “é muito difícil eleger alguém de esquerda sem o PT”.

 

As mesmas frases ditas por um analista político dispensariam qualquer comentário. Mas, sendo proferidas por Lula, merecem atenção.

 

O presidente estava num ambiente controlado, sem estresse e pode desenvolver seus raciocínios com clareza e sem pressão.

 

Lula, como ele próprio disse, sempre contou com o apoio do PCdoB (ele disse 4 vezes, mas na verdade foram 5). O PCdoB é o único partido que o apoiou em todas as suas campanhas presidenciais.

 

O presidente Lula considerar difícil a eleição de um comunista para presidente não surpreende, afinal, ele considerava impossível uma vitória para o governo do Maranhão. Flávio Dino foi eleito e reeleito governador sem seu apoio. Mas qual a utilidade de reforçar a retórica anti-comunista?

 

Que o PT é “grande” em relação ao PCdoB não chega a ser uma “descoberta”. O PT é o maior partido político do Brasil – e já conquistou uma rejeição da mesma proporção. Aliás, essa é a principal explicação para ter sido derrotado por um candidato nanico, Jair Bolsonaro, de um partido então minúsculo, o PSL.

 

Esquerda vencer sem PT? Impossível! Claro! E se um partido de esquerda não estiver aliado ao PT? Esteja certo de que esse partido nem era tão de esquerda assim… esse raciocínio conhecemos desde o final dos anos 70 do século passado.

 

Flávio Dino é a novidade da esquerda brasileira. Cresceu sem “dedaço” e não incubado por nenhum grande líder. A sua competência já está à mostra no governo do Maranhão. Sua capacidade política é reconhecida até pelos adversários. Flávio Dino opera a política de frente ampla que o PCdoB elaborou, mas aplica com timidez sob os olhares severos e críticos dos “companheiros”.

 

Anote aí, o elogio do presidente Lula a Flávio Dino é como um “abraço de urso”, daí ser adequado Flávio saber o ponto exato de proximidade – ou será esmagado.

 

A canelada do presidente Lula no PCdoB ou é um teste para as vértebras dos comunistas ou uma recaída após lembranças da chapa Osmar-Batista-Alemão? De qualquer modo, requer uma resposta fria, como a boa diplomacia ensina.

 

Assistindo as falas do presidente Lula fiquei um pouco triste, mas bola pra frente!

 

Ah! E lembrei de Criolo, em Demorô: “onde falta respeito a amizade vai pro lixo…muda essa roupa, corta esse cabelo…” #ficaadica!

 

Texto reproduzido do Facebook do deputado em 16 de janeiro de 2020

“Bolsonaro é o homem da mamata, do carguinho e da roubalheira”, diz Ciro

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“Ao contrário do que pensa o Fernando Haddad, a indústria tem um papel chave na economia de qualquer país que queira ser independente”, assinalou o ex-governador, em palestra na Universidade Estadual a da Bahia

 

O ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PDT), provável candidato a presidente em 2022, afirmou, em sua primeira palestra do ano de 2020, na Universidade do Estado da Bahia, na quinta-feria (16), que conviveu com Jair Bolsonaro na Câmara Federal, inclusive com gabinetes próximos, no mesmo corredor, e que todo mundo sabia que Bolsonaro tinha seis funcionários fantasmas que assinavam os recibos sem trabalhar e devolviam parte dos salários que eram embolsados por ele.

 

Assista a íntegra da palestra de Ciro Gomes na Universidade Estadual da Bahia nos primeiros 60 minutos do vídeo abaixo:

 

 

 

 

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Bloco Umes Caras Pintadas agita o Bixiga no dia 15 de fevereiro

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O Bloco Umes Caras Pintadas já tem data para ocupar as ruas do Bixiga em 2020!

 

No dia 15 de fevereiro, o bloco celebrará o seu 26ª desfile, levando alegria e agitando os foliões no bairro que é a nossa casa.

Como não poderia faltar, a critica aos retrocessos do governo Bolsonaro na Educação e Cultura darão o tom da marchinha carnavalesca do bloco. Tudo de forma leve e descontraída, do jeito que o povo gosta.

Este ano, o Bloco UMES Caras Pintadas tem uma novidade. O dia da folia mudou para o sábado do pré-carnaval paulista. Um dos blocos mais tradicionais da cidade vai desfilar em um dos principais dias do Carnaval Paulista e promete levar uma multidão para brincar na rua.

 

A Companhia Paulista de Samba, liderada pelo bixiguento Kaká Silva e formada por músicos de toda a cidade de São Paulo vai embalar a festa.

A concentração do Bloco UMES Caras Pintadas está marcada para as 15 horas e o desfile pelo Bixiga começa às 16 horas.


BLOCO UMES CARAS-PINTADAS

Fundado no ano de 1993, o bloco carnavalesco UMES Caras-Pintadas já contou com a presença e composição de sambas-enredo de personalidades do samba como Nelson Sargento, Oswaldinho da Cuíca, Luis Carlos da Vila, Luizinho SP, Aldo Bueno, Quinteto em Branco e Preto, Tobias da Vai-Vai, Chapinha do Samba da Vela, Dayse do Banjo, Helinho Guadalupe e outros bambas, agitando os desfiles e levando alegria ao Bixiga.

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Confirme sua presença no evento e junte-se a nós no Carnaval

 

Dia 15 de fevereiro

Concentração às 15 horas

Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista – Em frente a Sede da UMES

Macaqueação de Goebbels por Roberto Alvim é caso de internação psiquiátrica

 Assim como Goebbels havia afirmado em meados do século XX que a “arte alemã da próxima década será heroica” e “imperativa”, Alvim afirmou que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa” Foto: Reprodução/Youtube

 

A imitação tosca que o funcionário do governo, Roberto Alvim, Secretário Especial da Cultura de Bolsonaro, fez de Joseph Goebbels, auxiliar de Hitler, na quinta-feira (16), revela, não só a estupidez e o despreparo da falange bolsonarista aboletada no governo, como a necessidade urgente, aliás, já apontada neste mesmo dia pelo presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, de impedimento psiquiátrico dessa gente.

Até música de Wagner, preferida dos nazistas, ele usou de fundo musical em sua encenação.

Como disse Celeste Silveira, uma comentarista das redes sociais, a cena teve efeito contrário ao pretendido pelo “repimpado secretário de cultura”. “Ele não parecia Goebbels, mas sim um locutor de enterro depois de se empanturrar de dobradinha”, comentou a jornalista.

E o som de Wagner ao fundo, música da ópera Lohengrin, uma obra citada por Hitler em Mein Kampf, acabou dando o tom fúnebre ao episódio. Não faltou uma cruz bizarra na mesa.

Ao que parece o efeito da encenação realmente não foi o esperado pelo aluado. Sua demissão era esperada para qualquer momento já que, como disse Maia, ele “passou de todos os limites e deve ser afastado”.

A declaração de Alvim foi dada em um vídeo postado na página da Secretaria Especial de Cultura no YouTube para divulgar um concurso nacional de artes.

Na peça sinistra ele afirma: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”.

Para ficar totalmente idêntico à cena nazista, só faltou ele se levantar e sair mancando após a fala [Goebbels tinha um defeito na perna].

Sem cérebro – aliás, esse parece ser um critério fundamental para quem quer integrar o atual governo -, o funcionário de Bolsonaro fez um copiar-colar sem vergonha da frase dita pelo nazista no final da década de 30 e início da década de 40 do século passado.

Goebbels se dirigia a diretores de teatro do Ministério da Propaganda de Hitler e a fala foi relatada no livro “A biografia de Goebbels”, de Peter Longerich.

“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”, disse o nazista.

O nível da insanidade de Alvim é tanta que até o astrólogo da Virgínia, Olavo de Carvalho, que também já andou frequentando enfermarias psiquiátricas na década de 70, principalmente depois que tentou uma “transmigração” com a barca do Egito em Pinheiros – que acabou obrigando os bombeiros a derrubarem a casa lacrada de onde ele partiria com o barco em direção ao Egito – afirmou que “ele [Roberto Alvim] não deve estar bem da cabeça”.

E, convenhamos, Olavo conhece bem esses sintomas.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não tem dúvida: tem que internar já. O problema é só achar vaga.

Como diz um amigo psiquiatra, a maldita política antimanicomial, ao fechar as arapucas, acabou fechamento também hospitais psiquiátricos sérios. O resultado é que almas penadas como a de Roberto Alvim estão à solta por aí sem o tratamento adequado.

Essa gente desconectada acabou encontrando no governo Bolsonaro um abrigadouro excepcional para suas alucinações. Todo mundo ali bate no mesmo diapasão. Está difícil concluir quem é mais reacionário e quem reúne menos neurônios funcionantes. Não necessariamente nessa ordem.

Vai desde monarquistas que sonham em sentar no trono, passando por picaretas profissionais, assaltantes de fundos de pensão disfarçados de “doutores” em economia, dançarinos da chuva, até gente que fala com Jesus de cima de uma goiabeira.

Chefiados, é claro, pelo mais descerebrado de todos, o próprio Bolsonaro, que anunciara há algum tempo que o Brasil se surpreenderia com a qualidade intelectual das pessoas que ele escolheu para a área da cultura. O resultado não podia ser outro.

Diante da reação generalizada de repúdio da sociedade e a exigência de sua demissão, o secretário da cultura saiu em sua própria defesa. “O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota. É típico dessa corja”.

“Não há nada de errado com a frase. Todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a arte brasileira, e houve uma coincidência com uma frase de um discurso de Goebbels… Não o citei e jamais o faria. Foi, como eu disse, uma coincidência retórica. Mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional”, disse.

Não adiantou nada. Nem seu chefe, que fez altos elogios ao seu intelecto e à sua capacidade, está conseguindo garantir sua permanência no cargo. A paspalhice em transe de Alvim foi tamanha que a encenação deve colocar um fim na sua meteórica passagem pelo governo. É esperado para qualquer momento o anúncio de sua demissão.

Roberto Alvim foi exonerado do cargo no final da manhã de sexta-feira (17). A exoneração já foi publicada no Diário Oficial. Faltou ao Secretário da Cultura um pouco mais de informação sobre o que acabou acontecendo com o seu guru, Goebbels, e outros nazistas na década a que ele se referiu na fala sobre a cultura.

Se lesse um pouco mais, Alvim ficaria sabendo que Joseph Goebbels não conseguiu implantar a arte superior, a arte da raça pura, ariana. O fim da loucura nazista foi trágico.

Goebbels acabou seus dias encurralado num cubículo blindado em Berlim, recebendo chumbo grosso dos soviéticos, que ele e Hitler também chamavam de “corja”.

Ele teve que distribuir cianureto para a mulher e filhos antes de ingerir a sua e partir, junto com Hitler, rumo à prestação de contas de seus crimes cometidos ao som de Wagner.

O tempo de sobrevida de Alvim por aqui, pelo jeito, será bem menor que seu guru alemão.

Do Jornal Hora do Povo

Alvim Goeblles

Secretário da Cultura de Bolsonaro repete chefe da propaganda nazista em discurso

Alvim Goeblles

 

Não bastasse a perseguição a artistas, a censura a filmes e peças teatrais, e outras iniciativas de destruição da Cultura Brasileira, o governo de Bolsonaro mostra agora a sua face oculta.

 

O secretário da Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, fez um discurso, divulgado na manhã desta sexta-feira repetindo o ministro de Adolf Hitler para a Propaganda da Nazista, Joseph Goebbels.

 

Assim como Goebbels havia afirmado em meados do século XX que a “arte alemã da próxima década será heroica” e “imperativa”, Alvim afirmou que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa”.

 

Após a repercussão e as criticas ao discurso, o governo resolveu demitir o secretário.

 

 

Compare os discursos:

 

Roberto Alvim

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada.”

 

Joseph Goebbels

“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada.”

 

Robert Alvim é um dos indicados pelo guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, para integrar os ministérios e secretarias chaves do governo.

 

Antes do seu discurso, Alvim já havia anunciado a criação da “Semana Margaret Thatcher e Ronald Reagan”, em homenagem à primeira-ministra inglesa e ao presidente dos EUA reconhecidos por gestões marcadas pela recessão, desemprego, arrocho salarial, impostos sobre a população e alívio tributário e financeiro para os monopólios financeiros e industriais. 

 

Foi ele também que ofendeu uma das principais atrizes brasileiras, Fernanda Montenegro, antes de assumir o cargo de secretário. Segundo ele, a atriz era “sórdida” e “mentirosa”, além de dizer que tinha “desprezo” por ela.

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Cantador e compositor Luiz Vieira morre aos 91 anos

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Faleceu nesta quinta-feira (16), aos 91 anos após complicações respiratórias, o cantador e compositor pernambucano Luiz Vieira, ícone da música brasileira.

 

A UMES lamenta a morte deste grande brasileiro que, na década de 90, participou do projeto UMES Cantarena no teatro de nossa sede.

 

O grande sucesso de Vieira foi a canção Paz do Meu Amor, regravada muitas vezes por grandes nomes da música brasileira. Artistas como Caetano Veloso, Rita Lee, Nara Leão e Luiz Gonzaga cantaram suas composições. Menino de Braçanã foi seu primeiro hit, gravada em 1953.

 

Ao completar 90 anos, Luiz Vieira ganhou uma homenagem em vida em 2019, quando nomes como Angela Maria, Ayrton Montarroyos, Zeca Baleiro, Maria Alcina, Renato Teixeira, Sérgio Reis, Claudette Soares, Daniel e outros nomes da música brasileira gravaram suas músicas no disco “Luiz Vieira 90 anos”, gravado ao vivo durante um show em 2018.

 

Com João do Vale, compôs diversos sucessos, como “A Voz do Povo”:

 

Meu samba é a voz do povo
Se alguém gostou
Eu posso cantar de novo

 

Eu fui pedir aumento ao patrão
Fui piorar minha situação
O meu nome foi pra lista
Na mesma hora
Dos que iam ser mandados embora

 

Eu sou a flor que o vento jogou no chão
Mas ficou um galho
Pra outra flor brotar
A minha flor o vento pode levar
Mas o meu perfume fica boiando no ar

 

Luiz Rattes Vieira Filho era de Caruaru, de 1928, e já havia sido chofer de caminhão, motorista de táxi, guia de cego, engraxate e lapidário mesmo depois de fazer sua primeira composição aos 8 anos de idade e de ter cantado em circos e parques de diversão.

 

Depois de se firmar como cantor, ganhou um programa na TV Excelsior, Encontro com Luiz Vieira, em 1962, mesmo ano em que colocou Prelúdio Pra Ninar Gente Grande, conhecida como Menino Passarinho, nas paradas de sucesso. Quando era chamado de cantor, tratava logo de corrigir: cantor não, cantador.

 

Veja a participação de Luiz Vieira no programa Senhor Brasil, da TV Cultura:

 

Bolsonaro

Bolsonaro abre as portas do MEC para privatização

Bolsonaro

 

Decreto assinado por Bolsonaro no fim de 2019 reestrutura o Ministério da Educação (MEC), atualmente comandado por Abraham Weintraub.

 

O texto, que altera a função de cargos e secretarias da pasta, foi publicado no Diário Oficial em 31 de dezembro.

 

Em ao menos 25 trechos do decreto, o governo prevê a possibilidade de articulação do MEC com entidades privadas. Segundo o texto, políticas públicas e programas de educação de ao menos três secretarias e seis diretorias internas do ministério poderiam ser executados por meio de fundações ou instituições privadas.

 

A mudança afeta as secretarias de:

Educação Básica

Educação Profissional e Tecnológica

Educação Superior

 

O texto também prevê a busca por articulação com entidades privadas nas seguintes diretorias:

Políticas e Diretrizes da Educação Básica

Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação

Políticas para Escolas Cívico-Militares

Políticas e Regulação da Educação Profissional e Tecnológica

Articulação e Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica

Políticas de Alfabetização

 

O que propõe o decreto

 

Os órgãos internos do MEC ficam autorizados a articular políticas públicas e programas educacionais com entidades privadas em áreas como formação de profissionais, avaliação de recursos didáticos e pedagógicos, produção de metodologias e formulação e implantação de políticas de educação profissional e tecnológica, por exemplo.

 

O texto autoriza até que fundações ou instituições privadas participem ao lado do ministério do monitoramento e da avaliação de indicadores das políticas e ações relacionadas à educação básica.

 

O texto ainda prevê articulação com entidades privadas, incluindo as estrangeiras, para o “avanço do ensino superior”. As parcerias, segundo o texto, poderiam acontecer também na área de alfabetização.

 

O Future-se

 

Uma das principais propostas do MEC em 2018 foi justamente a abertura das universidades e institutos federais à realização de parcerias público-privadas, criação de fundos com doações e até a venda dos nomes dos campi. Lançado em julho de 2019, o Future-se tinha como objetivo garantir autonomia financeira às instituições de ensino, por meio da captação de recursos próprios e do empreendedorismo.

 

A proposta foi rejeitada pelas instituições que, em 2019, enfrentaram um contingenciamento de recursos que impactou o funcionamento das universidades. Em outubro, 29 delas já tinham rejeitado o programa, que tem adesão voluntária, segundo o sindicato dos docentes das instituições de ensino superior.

No início de janeiro de 2020, o MEC abriu pela segunda vez o programa para consulta pública. A pasta precisa ainda enviar o texto ao Congresso para a aprovação do programa, que prevê a alteração de algumas leis para poder ser colocado em prática.

 

O Decreto

 

Para entender as consequências para a educação pública do texto assinado por Bolsonaro, o Nexo conversou com

Em entrevista ao jornal Nexo, a doutora em educação Miriam Fábia Alves, professora da UFG (Universidade Federal de Goiás) e vice-presidente da Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação), apontou as consequência da medida:

 

Como avalia o decreto?

​​O decreto tem uma ênfase muito grande na educação básica. À Secretaria de Educação Básica compete à implementação e o acompanhamento das políticas. Essa relação entre educação básica e iniciativa privada está explicitamente aprofundada no decreto. Aparece em outros lugares, mas esse é um filão. Temos visto crescer significativamente o interesse do setor privado em se apropriar da possibilidade do recurso público nessa que é a maior fatia do bolo da educação brasileira hoje.

 

Como se dá a participação da iniciativa privada nas políticas de educação hoje?

Parte significativa da educação básica está sob competência e responsabilidade dos estados e municípios. São eles os responsáveis. Essa incidência do setor privado se dá especialmente com os acordos, os termos de cooperação com o setor privado, especialmente em assessorias, prestação de serviços e produção de material didático para as escolas. É uma coisa que não é de agora no Brasil. Ela vem crescendo nos últimos anos e tem ganhado fôlego. O programa O Jovem de Futuro [lançado em 2007, é uma parceria entre o Instituto Unibanco e secretarias estaduais de educação para oferecer assessoria técnica, formações, análises de dados e o apoio de sistemas tecnológicos], por exemplo, é uma entrada da iniciativa privada na rede pública de educação básica, especialmente pensando no ensino médio, que se dá com diferentes formas de acordos e termos: assessoria, acompanhamento de programas, formação de professores.

 

Considerando o papel dos estados e municípios, o que significa esse decreto do MEC, que é um órgão federal?

Do ponto de vista do que é a política, torna-se explícito quem é o interlocutor na proposição da política educacional brasileira. Esses setores privados ganham um protagonismo muito significativo na concepção, na proposição da política e no seu acompanhamento. Uma das questões que está posta com o decreto é o acompanhamento e a produção de dados sobre a política educacional brasileira. Isso não é qualquer coisa. Quando vemos o artigo 11º, um dos itens diz que a Secretaria de Educação Básica pode organizar e coordenar os sistemas de gestão da informação, de monitoramento e de avaliação e analisar os indicadores em articulação com entidades privadas. Historicamente, no Brasil, esse papel foi feito especialmente na esfera pública. Mesmo que muitos desses dados sejam tratados e apresentados pelas entidades privadas, esse dado vem do poder público. Pessoalmente, avalio que isso é um risco muito grande do ponto de vista das desigualdades que marcam a realidade educacional brasileira. Isso agora parece que vai ganhando outra conformação.

 

Quais consequências pode ter?

Vou pegar a questão do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira]. Quem é que historicamente produziu esses dados [indicadores educacionais] nas últimas décadas? O Inep é o grande responsável. Um órgão do poder público, com os profissionais do poder público. Se eu terceirizo essa tarefa, acho que a gente corre riscos de ampliar as desigualdades educacionais brasileiras. E também me preocupa sobremaneira o que é que nós vamos dizer da educação brasileira quando eu lido com essa flexibilização proposta aqui. Eu não acho que isso traga benefícios ao conjunto da educação nacional, pelo contrário. Penso que a gente tem aqui uma sinalização de mais problemas.

 

Os governos anteriores já seguiam essa linha de articulação com a iniciativa privada?

Tem uma penetração do setor privado na educação brasileira que não é de agora. É histórica. O que me parece mudar na perspectiva aqui é que a gente tem um cenário em que se amplia essa participação do setor privado. Como é que esse controle se dá com essa ampliação? Isso é muito mais complicado. No Brasil a gente tem uma construção de uma narrativa que é de desvalorização do público e de supervalorização do privado. E acho que essa forma com que o governo tem atualmente lidado, como se a iniciativa privada fosse boazinha, generosa, complacente, e quisesse o bem do país, é um equívoco. A iniciativa privada tem seu lugar. Mas essa forma endossa ainda mais essa narrativa que desvaloriza o público e valoriza o privado. O setor privado tem problemas e a gente vem acompanhando isso. A gente precisa ponderar o que a gente chama de qualidade da iniciativa privada.