ai carmela

Ney Piacentini debate o filme Ai, Carmela! no Cinema com Partido esse sábado (20)

ai carmela

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

20/07 – 10H: “AI, CARMELA!” (1990), DE CARLOS SAURA

 

 

SINOPSE

Carmela, Paulino e Gustavete compõem um trio de artistas que, durante a Guerra Civil, percorre a Espanha entretendo as tropas republicanas. Aprisionados por um esquadrão falangista, se enredam numa teia onde terão que escolher entre encenar uma paródia que ridiculariza a República ou enfrentar o pelotão de fuzilamento. Prêmio Goya (melhor filme, 1991).

 

Após a exibição do filme, a sessão contará com a presença de Ney Piacentini, que é ator, diretor, professor e pesquisador teatral. Tem mestrado e doutorado em Pedagogia Teatral, é professor de Interpretação e Performance no Instituto de Artes da Unesp e de Direção de Atores no Curso de Pós-Graduação em Direção Teatral da FPA.

 

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Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Ai, Carmela! (1990), de Carlos Saura

Duração: 102 minutos

Quando: 20/07 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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Fellini em cartaz no Cine-Teatro Denoy de Oliveira

 

E-LA-NAVE-VA

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano

Uma das mais importantes cinematografias do mundo, a italiana, já quase não é vista nas telas de cinema e televisão do Brasil, cada vez mais abarrotadas de subprodutos da indústria hollywoodiana.
Enquanto o governo insiste em não realizar uma política cultural que garanta aos brasileiros o acesso às melhores obras da produção cinematográfica mundial, inclusive a nossa, a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) vai fazendo o que pode para preencher a lacuna.

15/07 – 19H: “E LA NAVE VÁ” (1983), DE FEDERICO FELLINI.

SINOPSE:
Um navio de luxo parte da Itália em 1914 para jogar no mar as cinzas de uma cantora de ópera. Lá dentro, os excêntricos amigos da falecida e seus admiradores convivem uns com os outros. Entre os passageiros estão diversos artistas e nobres, de vários países. Durante a viagem o navio acolhe refugiados sérvios, o que traz problemas quando ele é abordado por uma embarcação do Império Austro-Húngaro, que tinha declarado guerra à Sérvia recentemente.

O DIRETOR:
Federico Fellini (1920-1993) Nascido e criado em Rimini, região da Emilia-Romagna, Fellini se mudou para Roma, em 1939, e começou a ganhar a vida escrevendo e desenhando caricaturas na revista semanal Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema, em 1942, redigindo histórias o para o comediante Aldo Fabrizzi. Em 1943, casou-se com a atriz Giulietta Masina – vencedora no Festival de Cannes pela participação em “Noites de Cabíria”, filme dirigido pelo próprio Fellini em 1957. A partir de 1 945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada.
Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Roma” (1972)”, “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978). “E La Nave Va” (1983).



SERVIÇO:
Filme: E la nave va (1983) , de Federico Fellini
Duração: 132 minutos
Quando: 15/07 (segunda-feira)
Que horas: pontualmente às 19 horas.
Quanto: entrada franca
Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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Estudantes bloqueiam Esplanada dos Ministérios em protesto contra reforma da Previdência

Passeata interditou via S1 nesta sexta-feira. Ato foi convocado pela UNE, que realiza em Brasília o 57º congresso da entidade.

 

12União Nacional do Estudantes (UNE) faz protesto em Brasília contra reforma da previdência
Foto: TV Globo/Reprodução

 

Estudantes bloquearam a Esplanda dos Ministérios, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (12), em protesto contra a reforma da Previdência. O ato, convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e centrais sindicais, interditou todas as faixas da via S1, na altura da Rodoviária do Plano Piloto, por volta das 12h.

 

Os participantes da mobilização se concentraram no Museu Nacional Honestino Guimarães às 10h e iniciaram uma passeata em direção ao Congresso Nacional. Por causa do bloqueio, motoristas enfrentaram lentidão nas principais vias da área central da capital.

 

13União Nacional do Estudantes (UNE) faz protesto em Brasília contra reforma da previdência
Foto: TV Globo/Reprodução

 

Desde quarta-feira (10), a UNE realiza em Brasília o 57º congresso da entidade. O evento segue até domingo (14). Durante esses dias, além da manifestação e de palestras, estão previstos shows.

 

Reforma da Previdência

 

Os deputados iniciam nesta sexta-feira (12) o quarto dia de análise da reforma da Previdência em plenário. A “maratona” dos deputados começou na última terça (9).

 

Na noite de quarta (10), a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno, por 379 votos a 131, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as regras de aposentadoria.

 

Para concluir a votação, os parlamentares ainda precisam analisar emendas e destaques apresentados pelos partidos para tentar alterar pontos específicos do texto.

 

PONTO A PONTO: entenda a proposta aprovada na Câmara

 

  • Considerada uma das principais apostas da equipe econômica para sanear as contas públicas, a proposta de reforma da Previdência estabelece, entre outros pontos:

Imposição de idade mínima para os trabalhadores se aposentarem: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres;

 

Tempo mínimo de contribuição previdenciária passará a ser de 15 anos para as mulheres e 20 anos para os homens;

 

Regras de transição para quem já está no mercado de trabalho.

 

Por G1 DF e TV Globo
g1.globo.com

 

 

lava jato a italiana

Comédia sobre lava jato italiana entra em cartaz no Cine-Teatro Denoy de Oliveira

lava jato a italiana

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

13/07 – 10H: “LAVA JATO À ITALIANA” (1962), DE LUIGI ZAMPA

 

SINOPSE

Em 1937, 15° ano da dominação fascista na Itália, prefeito assustado convoca o conselho de pequena cidade prestes a receber a visita de um inspetor ministerial, vindo de Roma, incógnito, para realizar uma inspeção no território. Hilariante transposição da comédia “O Inspetor Geral” (Nikolai Gogol, 1836), para o ambiente Mediterrâneo.

 

Após a exibição do filme, a sessão contará com a presença de Carlos Lopes, que é médico psiquiatra, chefe de redação do Jornal Hora do Povo e autor de “Os crimes do cartel do bilhão contra o Brasil – O esquema que assaltou a Petrobrás”.

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Lava Jato à Italiana (1962), de Luigi Zampa

Duração: 110 minutos

Quando: 13/07 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

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“Reforma de Bolsonaro e Guedes é um crime de lesa-pátria”

aaaa-1Votação foi em primeiro turno na Câmara. Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

 

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) condenou a aprovação do desmonte da Previdência, em primeiro turno, na Câmara dos Deputados. “A reforma de Bolsonaro e Guedes vai destroçar a economia de pequenos municípios, movimentada por pensões e aposentadorias de 1 a 2 salários mínimos. Vai gerar mais desempregos e punir mais os pobres”, denunciou Orlando Silva.

 

André-figueiredo-768x516O líder da bancada do PDT, André Figueiredo (CE).
Foto: Luis Macedo – Câmara dos Deputados

 

Para o líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), “fazer uma reforma em que mais de 80% vai ser retirado de quem recebe até três salários mínimos” é um “crime de lesa-pátria!”. O deputado denunciou a “reforma” e conclamou  todos os colegas a votarem contra a PEC 6 no segundo turno. “Que votem a favor do Brasil, que votem contra essa reforma! Que nós possamos defender a causa dos professores, que nós possamos defender a causa das mulheres, que nós possamos defender a causa dos mais humildes”, afirmou.

 

Após pressão do Planalto, que incluiu a promessa de liberação de R$ 3 bilhões em emendas, e a barganha de votos por cargos públicos, a Câmara Federal aprovou em primeiro turno por 379 votos a 131 a proposta de ataque aos direitos previdenciários dos trabalhadores brasileiros.

Na véspera da votação o governo liberou R$ 1 bilhão para o subornar parlamentares e aprovar seu confisco da aposentadoria. Do início de julho até a votação foram R$ 2,6 bilhões no toma lá da “nova política” de Bolsonaro.

 

A proposta a aprovada, através do substitutivo do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da PEC 6, estabelece idade mínima para a aposentadoria: 65 anos para homens e 62 para mulheres. O objetivo do governo é tirar R$ 1 trilhão dos aposentados para pagar juros aos bancos.

 

Foram mantidas também mudanças no cálculo dos benefícios, que passa a contabilizar a média de todas as contribuições e exige mais tempo de trabalho para atingir valor maior na aposentadoria.

 

Serão exigidos 40 anos de contribuição para um benefício igual a 100% da média das contribuições, enquanto o piso será de 60% da média.

 

Oposição-luis-macedo-câmara-dos-deputados-768x516Deputados denunciaram o esbulho contra a aposentadoria dos trabalhadores.
Foto: Luis Macedo – Câmara dos Deputados

 

Mesmo com toda a chantagem e a compra de votos por parte de Jair Bolsonaro ficaram de fora da proposta, a capitalização (poupança individual), que se passasse significaria a destruição da Previdência Pública, e mudanças na aposentadoria de pequenos produtores e trabalhadores rurais.

 

“O Brasil vai acordar”, advertiu o deputado André Figueiredo. “Quem votar nessa reforma, pode ter certeza, e vai ser no curto prazo, verá que vai ser a copeira, vai ser o pedreiro, aqueles que vão sentir na pele o que é ter 40% a menos de aposentadoria logo após a eventual promulgação desta PEC. Vai ser a viúva que, ao perder seu marido, vai ver o que é perder 50% da renda familiar de 2 mil reais que vai passar para mil reais da noite para o dia. É isso que nós queremos para o nosso país?”, continuou.

 

O parlamentar advertiu: “Tudo que fazemos nesta Casa está sendo gravado na história; está sendo gravado nos corações dos brasileiros que estão nos assistindo. Já, já nós prestaremos contas a eles. Estaremos dentro deste Parlamento dizendo: “cadê os empregos?”, dizendo “cadê o desenvolvimento?”. “Em compensação, estaremos visualizando o empobrecimento, a miséria, a infelicidade da grande maioria do povo brasileiro”, alertou.

 

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-R), líder da oposição criticou a reforma. “Isso significa que será uma contribuição definida e uma aposentadoria que não se sabe quando será. Tirando dos pobres e jogando para os bancos. E pior: não estamos combatendo os 460 bilhões de sonegação e não estamos resolvendo nenhuma igualdade ou justiça previdenciária”, disse.

 

Jandira reafirmou que a oposição vai lutar até o fim para derrotar essa proposta.

 

Outro líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), avaliou que o resultado foi “muito ruim para o Brasil”. “Votamos contra essa proposta de Reforma da Previdência aprovada, pois ela é cruel contra os trabalhadores que mais trabalham e menos ganham”.

 

Molon-laex-fereiraAlessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição.
Foto: Alex Ferreira – Câmara dos Deputados

 

“O governo Bolsonaro diz que vai cortar privilégios, mas as principais mudanças desta reforma da Previdência afetam quem ganha até R$ 2 mil. Enquanto isso, o mesmo governo presenteou ruralistas exportadores com isenção de R$ 83 bilhões. Quem são os privilegiados?”, questionou Molon.

 

Túlio Gadelha (PDT-PE), deputado vice-líder da Minoria na Câmara: “eu não sei o que a população brasileira fez de mal ao presidente Jair Bolsonaro para ele mandar esse projeto. […] A oposição vai estar vigilante dentro desses processos para evitar que mais retrocessos venham”, afirmou.

 

No final da sessão de quarta-feira, o plenário da Câmara rejeitou por 265 votos a 184 uma emenda do deputado Wellington Roberto (PL-PB) à proposta da reforma da Previdência (PEC 6/19) que excluía os professores das mudanças da reforma, mantendo as regras atuais para esses profissionais de educação infantil e ensino médio, no setor público ou privado.

 

Logo depois a sessão foi encerrada para continuar na quinta-feira (11) as votações.

 

Por  Publicado em 10 de julho de 2019

 

 

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Bolsonaro teve a pior atuação do Brasil em campo

 

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“Mas se os atletas não trocaram o tradicional grito de “é campeão!” por “mito”, tampouco se mostraram incomodados com a interação presidencial. Muito pelo contrário. Na fotografia, estavam felizes. No vídeo, satisfeitos”

 

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, conseguiu transformar o que seria a merecida festa desportiva dos jogadores brasileiros em seu churrascão de eterna campanha eleitoral. 

 

 

“Quem é ele, quem é?”, deviam se perguntar os peruanos mais desavisados. Não sei quem convidou, dizem ter sido o preparador físico Fábio Mahseredjian, apoiado pelo médico Rodrigo Lasmar, mas muitos jogadores adoraram. E, conforme prenunciou a canção cantada por Zeca Pagodinho, isso não prestou mesmo. O cara pagava mico e cismou de zoar. A arquibancada, então, sacramentou: o que é dele tá guardado, no fim da festa o bicho vai pegar. 

 

 

Sei que o danado bebeu. Bebeu demais – da popularidade dos atletas –, se riu sozinho, encheu o bolso com uma medalha que não conquistou. Foi pra fila do Médici. Roubou um pedaço de prestígio e o troféu, que estava na mão do outro capitão ali, quase fez o Tite chorar. 

 

 

 

Ai, ai, ai. E não é que a vaia comeu antes mesmo de a festa acabar? Isso porque, na verdade, ela já tinha jantado Bolsonaro minutos antes. Logo na entrada dos engravatados para a cerimônia de premiação, a plateia deu sinais sonoros claros de que não toleraria mimimi e gracinhas do mandatário. 

 

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Com a recepção negativa, Paulo Guedes engatou uma ré previdenciária, fugindo do vexame. O trilhão ali era de vaias. Moro também achou melhor procurar outra comarca. Bolsonaro marchou sozinho rumo à vergonha e, tratando as vaias como fake news, acenou alegremente. Um deficiente auditivo que assistisse à cena poderia jurar que o ‘presidento’ estava sendo aclamado.

 

 

Houve aplausos, é verdade. Quanto mais caro o setor, mais sonoros. A captação dos microfones da transmissão, no entanto, entregou na casa das famílias brasileiras, tradicionais ou não, um uníssono deveras desfavorável. Até o narrador narrou o lance – dramático.

 

 

Um entusiasta da semiologia também ficaria confuso: Bolsonaro foi vaiado por pessoas vestidas com a camisa da CBF. Mais ainda. Ingresso a ingresso, os presentes pagantes compuseram a espantosa renda de R$ 38 milhões (não por acaso, haverá outra Copa América em 2020). A amarelinha elitizada parece, na verdade, não engolir o antiquado Bolsonaro no lugar que deveria ser do novérrimo e novíssimo inovador Amoedo.

 

 

Durante a entrega das medalhas, Bolsonaro fez marcação alta em Tite, homem a homem, com direito a puxão no pescoço, talvez querendo descobrir o segredo de se manter em um cargo enquanto a aprovação despenca, mas o técnico brasileiro deu um drible de corpo taticamente perfeito no ‘presidento’ e se safou de ouvi-lo dizer “cuestão”. Das arquibancadas, ecoavam gritos mandando o presidente tomar caju, famoso suco homofóbico reservado a personae non gratae.

 

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A manifestação do público, entretanto, não refletiu o sentimento dos jogadores. Da maioria deles, ao menos. Suspeita-se que o vídeo divulgado no Twitter pelo presidente tenha tido o áudio original adulterado, colocado por cima outro áudio com os gritos de “mito”, uma vez que o movimento das bocas de jogadores e integrantes da comissão não está sincronizado com a palavra.

 

 

Mas se os atletas não trocaram o tradicional grito de “é campeão!” por “mito”, tampouco se mostraram incomodados com a interação presidencial. Muito pelo contrário. Na fotografia, estavam felizes. No vídeo, satisfeitos. Era possível, também, ver um Casemiro de lado, não se sabe se intencionalmente, um Tite à distância e nada mais.

 

 

Nada mesmo. Durante a coletiva de imprensa, um jornalista estrangeiro ousou perguntar para Tite sobre a presença de Bolsonaro. No meio da formulação, foi repreendido por um assessor-censor que tentou vetar a questão, atitude que desencadeou pronta reclamação dos jornalistas brasileiros que até então não tinham tocado no assunto. Tite preferiu responder, mas desconversou. Mais adiante, novamente apertado, desconversou um pouquinho mais. 

 

 

Não tem um Sócrates ali para barrar o escancarado faturamento político. Nem tem uma Rapinoe para peitar publicamente o penetra. Contaminado por um presidente absolutamente equivocado, o troféu da Copa América passa bem. Apenas perdeu o brilho.

 

 

Chiliques ou manifestações de solidariedade podem ser enviados para o Twitter da autora: @damarinaandrade.

 

Postado em Blog Ultrajano por Marina Andrade em 08/jul/2019

 

 

 

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Reitora da UnB defende mobilização contra corte de verbas da educação

P4-Marcia-UNB

Em entrevista ao site da União Nacional dos Estudantes (UNE), a reitora da Universidade de Brasília, a professora Márcia Abrahão Moura falou sobre a situação da universidade mediante os atuais cortes realizados pelo governo Bolsonaro. Para ela, as mobilizações contra os cortes de verbas são “importantíssimas”.

Estar no comando de uma universidade federal em tempos tão sombrios não é tarefa fácil. Cortes e desqualificação por parte do governo fazem com que as direções de instituições tão importantes para o país passem por maus bocados. É assim na Universidade de Brasília (UnB) que vai receber mais de 10 mil estudantes entre os dias 10 e 14 de Julho para o 57º. Congresso da UNE e pautar alternativas de luta para as dificuldades do setor educacional brasileiro.

À frente de uma das universidades mais importantes do país a reitora Márcia Abrahão Moura, primeira mulher a exercer o cargo na instituição idealizada por Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira, destaca que o único caminho é a reversão dos cortes anunciados pelo governo. Por ali, R$38 milhões em verbas foram congelados.

“Não há mais o que cortar. O único caminho é a reversão do bloqueio orçamentário”, ressalta.

Confira entrevista na íntegra:

A UnB teve 30% de sua verba bloqueada pelo MEC, ação que posteriormente foi suspensa pela Justiça Federal. Como a universidade é impactada por essas incertezas quanto ao orçamento? Algum serviço foi paralisado?

Foi suspensa por apenas algumas horas. Ainda no mesmo dia, a AGU entrou com um recurso e a liminar que suspendia o bloqueio foi derrubada. A UnB tem R$ 48,5 stop-asthma-info.com, o que equivale a cerca de 31% do nosso orçamento discricionário na Fonte Tesouro.

Lidar com essa situação tem sido muito difícil. Não há como apontar projetos ou iniciativas específicas prejudicadas, uma vez que o orçamento não é alocado por áreas de conhecimento ou por cursos. Os espaços acadêmicos, como salas de aula e a própria Biblioteca Central, são compartilhados por toda comunidade, em atividades na graduação, na pós, em pesquisa e extensão. No caso da Biblioteca, atendemos todo o DF e Entorno.

O maior problema é que, com o bloqueio, os recursos ficam indisponíveis no sistema. Já não conseguimos, por exemplo, indicar dotação orçamentária para a renovação de contratos de prestação de serviços que venham a se encerrar nas próximas semanas. Também poderá haver comprometimento do pagamento de contas básicas, como água e luz, no próximo semestre. Isso paralisa a nossa gestão e prejudica o andamento das atividades-meio.

Qual é a postura da UnB diante dos cortes? Houve algum tipo de modificação no dia a dia da universidade para suavizar os impactos da redução de verbas?

Quando assumimos a Reitoria, no final de 2016, nos deparamos com uma grave situação de desequilíbrio orçamentário. Os recursos foram reduzidos em 45%, mas os contratos continuavam muito caros. Fizemos, então, um grande esforço para ajustar as contas e também para utilizar os recursos de maneira mais inteligente – por exemplo: estamos instalando placas solares fotovoltaicas em todos os campi, com a expectativa de sermos mais sustentáveis e, ao mesmo tempo, reduzir o valor de nossas faturas de energia.

Assim, em colaboração com toda comunidade, conseguimos fechar 2018 e entrar em 2019 de maneira equilibrada. Depois de todo esse caminho percorrido, não há mais como pedir sacrifícios a nossos estudantes, professores e técnicos. Não há mais o que cortar. O único caminho é a reversão do bloqueio orçamentário. Temos atuado fortemente, na gestão da Universidade e com a Andifes, em parceria com deputados, senadores e OAB, para sensibilizar o MEC e o governo quanto à urgente necessidade de desbloquear os recursos.

O anúncio dos cortes veio acompanhado de uma narrativa de ataque e desqualificação das ciências, principalmente na área de humanas, como filosofia e sociologia. Como enxerga esse comportamento do governo?

Acredito que isso é resultado de um profundo desconhecimento sobre o papel das universidades, de um modo geral, para o desenvolvimento do país. Não há como uma nação crescer, inclusive economicamente, sem um investimento sólido e perene em saúde, educação, ciência e tecnologia.
Temos tentado, em gestões junto ao MEC e a parlamentares de diversas legendas, conscientizar sobre a atuação da Universidade. Sempre levamos, além dos dados orçamentários, informações sobre nossos indicadores acadêmicos e exemplos concretos do impacto que temos na sociedade. Infelizmente, o atual governo parece pouco interessado nisso e sempre nos confronta com a afirmação de que o atual modelo de universidade está falido. As universidades públicas são um bem de toda sociedade brasileira. Executam atividades de ensino, pesquisa e extensão em forte interação com a comunidade e, portanto, são parceiras naturais de qualquer governo para melhoria de indicadores sociais e econômicos. É uma pena que esse potencial não seja percebido. E não há como preterir uma área do conhecimento. Todas são importantes para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade em geral.

No último mês de maio, milhares de estudantes tomaram as ruas do país em defesa da universidade. Quão fundamental é a participação dos estudantes nesta luta contra os cortes? Qual recado a senhora daria a eles?

Os estudantes, assim como as entidades que representam docentes e técnicos, desempenham papel fundamental na defesa a educação pública e inclusiva. As mobilizações que têm início nos movimentos são importantíssimas, porque complementam o trabalho que fazemos na Administração, de diálogo com o MEC, parlamentares e outros representantes da sociedade civil.

Eu diria aos estudantes que sigam abraçando a UnB, que nos ajudem a mostrar, cada vez mais, o que a Universidade realiza. Os estudantes são o coração de nossa instituição, as pessoas que renovam, a cada semestre, nossas esperanças de um futuro melhor. 

Publicado no site da União Nacional dos Estudantes – UNE

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Aumento de 88% do desmatamento da Amazônia é início do “apagão ambiental”

DESMATAMENTO-FOTO-AFP

 

 

Na quinta-feira, 4 de julho, deu no Jornal Nacional que o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) detectou o aumento de 88% no desmatamento da Amazônia. Segundo o Inpe, que monitora a região por satélites, em tempo real, a Amazônia perdeu 920 quilômetros quadrados de floresta, neste mês de junho – área quase igual a da cidade do Rio de Janeiro. Em junho de 2018, havia perdido 485 quilômetros quadrados.

 

Só em Juara, Mato Grosso, o MapBiomas, que reúne universidades e empresas de tecnologia, calcula que foram cortadas mais de 300 mil árvores no mês.

“Efetivamente, há uma expansão de atividades na região, seja por mineração, por grilagem de terra, por expansão agrícola”, avaliou o coordenador do programa de monitoramento do Inpe, Cláudio Almeida.

Em maio, a ex-ministra Marina Silva publicou um artigo, com o título de “O Apagão Ambiental”, denunciando o desmonte – “extremamente agressivo”, disse ela – do sistema nacional de meio ambiente.

 

Tangido pelos interesses do consórcio da motosserra, Bolsonaro e seu ministro Ricardo Salles estabeleceram como ponto de honra rever as demarcações das áreas de proteção ambiental, reservas indígenas e quilombolas tidas por eles como fatores que “dificultavam cada vez mais o nosso progresso aqui no Brasil”.

 

Procurando rebater a reação internacional a essa estupidez gananciosa e predadora, Bolsonaro declarou ao vivo e em cores: “Convidei inclusive Macron e Angela Merkel para sobrevoar a Amazônia. Se encontrassem, num espaço entre Boa Vista e Manaus, um quilômetro quadrado de desmatamento, eu concordaria com eles”.

 

O MapBiomas identificou muitos problemas exatamente nesse trecho sugerido por Bolsonaro. Foram mais de 2 mil alertas ou focos de desmatamento nos últimos seis meses (janeiro a junho). Segundo os pesquisadores, 95% foram desmatamentos ilegais.

 

No artigo, Marina sintetiza o significado dessa política com aguda precisão: “Sacrificar os recursos de um milênio pelos lucros de uma década”.

 

Ler e divulgar esse trabalho é um passo importante na luta para isolar e derrotar os promotores da tragédia que nos ameaça.

 

(S.R.)

 

 

O apagão ambiental

Por Marina Silva

 

É muito difícil fazer uma síntese da situação que o Brasil está vivendo, as agressões ao bom-senso são contínuas e caracterizam um clima de guerra em que o diálogo e o entendimento se tornam quase impossíveis. Esse é o governo do fim: vamos acabar com isso, vamos acabar com aquilo, extinguir, cortar, encerrar. Nenhuma política construtiva, só o desmonte do que existia antes.

 

Esse desmonte é extremamente agressivo no sistema nacional de meio ambiente. Estão ameaçados os marcos regulatórios, processos e estruturas que deram suporte às políticas de proteção de nossos ativos ambientais dos últimos trinta anos, levadas a cabo em diferentes governos de diferentes partidos. Isso acarretará graves e irreparáveis prejuízos ao futuro do país: na gestão e a proteção dos recursos hídricos, do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, nas ações de prevenção e combate ao desmatamento da Amazônia e demais biomas, no plano nacional de mudanças climáticas, nas políticas de proteção da biodiversidade, no licenciamento ambiental. Tudo está sob ameaça, o que desloca o Brasil da posição de respeito que havia conquistado no mundo, para uma espécie de pária ambiental. Em menos de 6 meses do novo governo, estamos vendo o Brasil se tornar um país do começo do século 20, onde poluição e destruição do meio ambiente eram sinônimo de progresso e “modernidade”.

 

Foi em função dessa ameaça sem precedente, que nós, ex-ministros de meio ambiente de diferentes governos em diferentes períodos, nos reunimos para nos posicionar conjuntamente, alertando a sociedade sobre os riscos de um verdadeiro apagão ambiental em nosso país.

 

Tomo emprestado do setor energético a palavra apagão, usada para caracterizar uma situação de crise estrutural no fornecimento de energia. É uma crise ambiental estrutural induzida que estamos vivendo, imposta pelo governo Bolsonaro. Um apagão energético, por falta de planejamento e investimento na geração e distribuição de energia, é uma situação que exige do país um enorme esforço de superação, mas é possível, em prazo razoavelmente curto, superar a crise. Um apagão ambiental, entretanto, é muito mais grave e suas consequências se estendem por várias gerações. Quem não acredita, pode olhar as imagens dos vales dos rios atingidos pelo rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho e imaginar quanto tempo vai demorar para que a vida, humana e da natureza em geral, se recupere.

 

O desmonte irresponsável é acelerado: a saída do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente para o da Agricultura, a entrega da Agência Nacional de Águas para o Ministério do Desenvolvimento Regional, a extinção da Secretaria Nacional de Mudanças Climáticas, o desmantelamento da Educação Ambiental e, agora, a decisão de rever 334 áreas de proteção ambiental administradas pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). O que está em curso é uma tentativa de acabar com os fundamentos legais sustentados pelo artigo 225 da Constituição Federal. Por ele, cabe ao Estado usar instrumentos de incentivos positivos e coercitivos para moldar os valores e comportamentos da sociedade em relação aos recursos naturais, de modo a que nosso estilo de vida e nossos modelos produtivos respeitassem os limites, a capacidade de suporte e regeneração dos ambientes naturais e a necessidade de preservar os biomas em que se sustentam as nossas vidas.

 

Para o grupo que promove o apagão, não é admissível que o Estado, mesmo sob pena de graves consequências para a saúde e o meio ambiente, imponha qualquer limite sobretudo ao interesse econômico.

 

No final das contas, é disso que se trata: sacrificar os recursos de um milênio pelo lucro de uma década. Todos os retrocessos já realizados, em curso e planejados, derivam dessa visão. E assim, uma das maiores potências ambientais do mundo pode ser devastada em poucos anos. Para enfrentar esse crime de lesa-pátria, dois caminhos são essenciais: mobilizar a sociedade em defesa de seu patrimônio ambiental e fazer valer judicialmente, nos tribunais, os preceitos de nossa Constituição, que está sendo atacada.

 

Nossa resistência é legal e pacífica. Infelizmente, não estamos enfrentando grupos com a mesma disposição para o diálogo e a paz, como mostra o aumento dos assassinatos e da violência contra as comunidades e suas lideranças, em todo o Brasil, numa guerra que tende a se agravar muito com a permissão irresponsável do uso de armas por grileiros e latifundiários. Devemos, apesar de tudo, manter o bom combate e a esperança de que a sociedade brasileira acorde para sua força e responsabilidade para com as futuras gerações.

 

Para encerrar, duas notas a propósito do desmonte do ICMBio e a revisão das unidades de conservação que revelam os despropósitos desse governo:

 

Despropósito 1: Basta o anúncio da revisão das 334 unidades de conservação, já está dada a senha para que grileiros, exploradores ilegais de madeira e garimpeiros possam começar a invadir as áreas, principalmente aquelas em que a pressão é muito forte e há interesses econômicos para extingui-las. Além disso, torna extremamente vulnerável a atuação das pessoas que têm a função pública de fiscalizar e coloca em risco suas vidas.

 

Despropósito 2: A criação do ICMBio, responsável pela Política Nacional de Unidades Conservação, ocorreu mediante medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional e referendada pelo STF. Para a seleção de seu presidente, foi constituído um comitê de busca com renomadas autoridades da área ambiental, como o recém-falecido professor Paulo Nogueira Neto. Foi considerada a trajetória dos candidatos, seu conhecimento técnico, experiência e capacidade de negociação. Indicações por critérios políticos e não técnicos, em desrespeito às normas legais de escolha do presidente do ICMbio, aconteceram no governo Bolsonaro em prejuízo da gestão do Instituto e das unidades de conservação.

 

Fonte: Hora do Povo

 

 

 

Fantozzi 1975 - Liu Bosisio Paolo Villaggio Plinio Fernando

O icônico azarado “Fantozzi” será exibido na Mostra Permanente de Cinema Italiano

Fantozzi 1975 - Liu Bosisio Paolo Villaggio Plinio Fernando

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano

 

 

Uma das mais importantes cinematografias do mundo, a italiana, já quase não é vista nas telas de cinema e televisão do Brasil, cada vez mais abarrotadas de subprodutos da indústria hollywoodiana.

Enquanto o governo insiste em não realizar uma política cultural que garanta aos brasileiros o acesso às melhores obras da produção cinematográfica mundial, inclusive a nossa, a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) vai fazendo o que pode para preencher a lacuna.

 

 

08/07 – 19H: “FANTOZZI” (1975), DE LUCIANO SALCE

 

 

SINOPSE

O contador Ugo Fantozzi é um empregado humilde e azarado. Servil aos seus superiores e ignorado pelos colegas, tanto que permaneceu preso por engano nos velhos banheiros da empresa por dezoito dias sem que ninguém percebesse. Mesmo em casa, as coisas não são melhores: casado com a desajeitada Pina e pai da esquisita Mariangela, todas as manhãs ele tem que enfrentar dificuldades e imprevistos para poder carimbar o cartão de entrada. 

 

O DIRETOR

Luciano Salce nasceu e morreu em Roma. Foi ator, diretor e cineasta, tendo se formado na Regia Accademia di Arti Drammatica, em Roma, atuou como assistente de direção para Vito Pandolfi e Luchino Visconti no final da década de 1940. Já em 1950, Salce, sendo um jovem italiano, vem para o Brasil dirigindo importantes trabalhos para o Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC, como “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho, realizado em 1951, no Theatro Municipal de São Paulo, estrelado pela icônica atriz Cacilda Becker.

Salce assina seu primeiro trabalho cinematográfico para a companhia Vera Cruz como diretor da comédia “Uma Pulga na Balança” (1953), ainda no Brasil. Voltando pra Itália em 1954, dirige filmes como “As Pílulas do Amor” (1960) e “Fantozzi” (1975).

 

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Fantozzi (1975), de Luciano Salce

Duração: 108 minutos

Quando: 08/07 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

O ataque ao ensino técnico

Ao longo dos anos a educação vem recebendo ataques impiedosos de governos neoliberais, que apesar de se revezarem no poder, mas tem sempre o mesmo propósito, o de acabar com a educação pública, gratuita e de qualidade. Evidenciado nos ataques à educação do governo Dilma (PT), que em 2015 cortou cerca 13 bilhões do Ministério da Educação. Herdando o mesmo pensamento, Michel Temer (MDB) estabelece a ideia do congelamento de gastos do setor publico por vinte anos, que está em vigor como Emenda Constitucional 95, com o intuito de diminuir os investimentos públicos.

 

Jair Bolsonaro (PSL) e sua corja de abutres que cada vez mais mostram sua verdadeira face abraçam os ataques anteriores ao atacar o direito do povo brasileiro sempre procurando uma maneira de sequestrar o que é do setor público, inibindo assim, o país de se desenvolver.

 

O ministro da economia Paulo Guedes quer apresentar uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que desvincula 100% dos gastos do Orçamentopara a educação e a saúde. A proposta retira da Constituição Federal, como estabelecido hoje, que a União deve investir na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) o equivalente a 18% da Receita Líquida de Impostos e também as Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) de 15% da Receita Corrente Líquida. O intuito é o de entregar para o setor especulativo, que não produz exatamente nada, a não ser, o pensamento individualista, que muito se assemelha com esse governo que pode muito bem ser intitulado o governo do retrocesso.

 

Mas, além disso, havia um Projeto de Lei criado no final do mandato de Temer que tem o propósito de atacar os Institutos Federais. O Projeto de Lei 11.279/19 altera a Lei nº 11.892/2008 que rege instituições federais de educação profissional e tecnológica e de ensino superior.

 

Tudo mascarado por uma temática de investimento, crescimento social e a construção de novas Universidades Federais no alto e baixo amazonas e do meio e alto Solimões, para os estudantes e moradores que residem em áreas carentes do território brasileiro. Mas no PL não havia uma explicação concreta que dizia o quanto seria o investimento, para que assim, houvesse a construção e continuidade desses novos campus.

 

O Projeto tinha o intuito de promover o desmembramento dos IF´s, o que tem grande importância para São Paulo, como por exemplo, o IF São Paulo, que é localizado no centro da capital e tem sua importância por dar o pontapé inicial dos institutos no município, mas também o IF Pirituba que tem o dever de levar o desenvolvimento para uma área carente de evolução social e econômica, com cursos técnicos e superiores, além de mais dois existentes na Bahia com a mesma relevância de construção do Estado.

 

A Lei queria acabar com o mestrado e doutorado acadêmicos nos institutos e com 20% das cotas para a formação de professores da educação básica, além de diminuir as vagas ensino médio integrado ao técnico para o aumento de vagas para somente o ensino técnico.

 

Na segunda feira, 18 de março, o Projeto de Lei foi retirado de tramitação da câmara. Mas era evidente que com a Emenda que congela o investimento público, o nosso ensino técnico não iria receber a verba adequada para a construção dos novos institutos, que ficariam como outros investimentos, pela metade e outros sendo danificados.

 

O governo Bolsonaro consegue ser ainda mais reacionário que o governo Temer, então as perspectivas para um novo projeto que ataque ainda mais o ensino técnico são grandes, podemos usar como exemplo a proposta da reforma da previdência de Bolsonaro, que é muito pior que a de Temer.

 

Os estudantes mais uma vez se levantam e sempre irão se levantar em quanto houver pensamentos antipopulares e antinacionais, envoltos de crueldades atacando o que o povo brasileiro conquistou. É através de cada estudante que se levanta que conseguiremos defende a pátria, o direito à democracia, pluralidade de ideias e paz dentro de nossas escolas, junto à busca pela escola pública gratuita e de qualidade para que haja o desenvolvimento do nosso país.