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Bolsonaro teve a pior atuação do Brasil em campo

 

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“Mas se os atletas não trocaram o tradicional grito de “é campeão!” por “mito”, tampouco se mostraram incomodados com a interação presidencial. Muito pelo contrário. Na fotografia, estavam felizes. No vídeo, satisfeitos”

 

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, conseguiu transformar o que seria a merecida festa desportiva dos jogadores brasileiros em seu churrascão de eterna campanha eleitoral. 

 

 

“Quem é ele, quem é?”, deviam se perguntar os peruanos mais desavisados. Não sei quem convidou, dizem ter sido o preparador físico Fábio Mahseredjian, apoiado pelo médico Rodrigo Lasmar, mas muitos jogadores adoraram. E, conforme prenunciou a canção cantada por Zeca Pagodinho, isso não prestou mesmo. O cara pagava mico e cismou de zoar. A arquibancada, então, sacramentou: o que é dele tá guardado, no fim da festa o bicho vai pegar. 

 

 

Sei que o danado bebeu. Bebeu demais – da popularidade dos atletas –, se riu sozinho, encheu o bolso com uma medalha que não conquistou. Foi pra fila do Médici. Roubou um pedaço de prestígio e o troféu, que estava na mão do outro capitão ali, quase fez o Tite chorar. 

 

 

 

Ai, ai, ai. E não é que a vaia comeu antes mesmo de a festa acabar? Isso porque, na verdade, ela já tinha jantado Bolsonaro minutos antes. Logo na entrada dos engravatados para a cerimônia de premiação, a plateia deu sinais sonoros claros de que não toleraria mimimi e gracinhas do mandatário. 

 

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Com a recepção negativa, Paulo Guedes engatou uma ré previdenciária, fugindo do vexame. O trilhão ali era de vaias. Moro também achou melhor procurar outra comarca. Bolsonaro marchou sozinho rumo à vergonha e, tratando as vaias como fake news, acenou alegremente. Um deficiente auditivo que assistisse à cena poderia jurar que o ‘presidento’ estava sendo aclamado.

 

 

Houve aplausos, é verdade. Quanto mais caro o setor, mais sonoros. A captação dos microfones da transmissão, no entanto, entregou na casa das famílias brasileiras, tradicionais ou não, um uníssono deveras desfavorável. Até o narrador narrou o lance – dramático.

 

 

Um entusiasta da semiologia também ficaria confuso: Bolsonaro foi vaiado por pessoas vestidas com a camisa da CBF. Mais ainda. Ingresso a ingresso, os presentes pagantes compuseram a espantosa renda de R$ 38 milhões (não por acaso, haverá outra Copa América em 2020). A amarelinha elitizada parece, na verdade, não engolir o antiquado Bolsonaro no lugar que deveria ser do novérrimo e novíssimo inovador Amoedo.

 

 

Durante a entrega das medalhas, Bolsonaro fez marcação alta em Tite, homem a homem, com direito a puxão no pescoço, talvez querendo descobrir o segredo de se manter em um cargo enquanto a aprovação despenca, mas o técnico brasileiro deu um drible de corpo taticamente perfeito no ‘presidento’ e se safou de ouvi-lo dizer “cuestão”. Das arquibancadas, ecoavam gritos mandando o presidente tomar caju, famoso suco homofóbico reservado a personae non gratae.

 

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A manifestação do público, entretanto, não refletiu o sentimento dos jogadores. Da maioria deles, ao menos. Suspeita-se que o vídeo divulgado no Twitter pelo presidente tenha tido o áudio original adulterado, colocado por cima outro áudio com os gritos de “mito”, uma vez que o movimento das bocas de jogadores e integrantes da comissão não está sincronizado com a palavra.

 

 

Mas se os atletas não trocaram o tradicional grito de “é campeão!” por “mito”, tampouco se mostraram incomodados com a interação presidencial. Muito pelo contrário. Na fotografia, estavam felizes. No vídeo, satisfeitos. Era possível, também, ver um Casemiro de lado, não se sabe se intencionalmente, um Tite à distância e nada mais.

 

 

Nada mesmo. Durante a coletiva de imprensa, um jornalista estrangeiro ousou perguntar para Tite sobre a presença de Bolsonaro. No meio da formulação, foi repreendido por um assessor-censor que tentou vetar a questão, atitude que desencadeou pronta reclamação dos jornalistas brasileiros que até então não tinham tocado no assunto. Tite preferiu responder, mas desconversou. Mais adiante, novamente apertado, desconversou um pouquinho mais. 

 

 

Não tem um Sócrates ali para barrar o escancarado faturamento político. Nem tem uma Rapinoe para peitar publicamente o penetra. Contaminado por um presidente absolutamente equivocado, o troféu da Copa América passa bem. Apenas perdeu o brilho.

 

 

Chiliques ou manifestações de solidariedade podem ser enviados para o Twitter da autora: @damarinaandrade.

 

Postado em Blog Ultrajano por Marina Andrade em 08/jul/2019

 

 

 

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Reitora da UnB defende mobilização contra corte de verbas da educação

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Em entrevista ao site da União Nacional dos Estudantes (UNE), a reitora da Universidade de Brasília, a professora Márcia Abrahão Moura falou sobre a situação da universidade mediante os atuais cortes realizados pelo governo Bolsonaro. Para ela, as mobilizações contra os cortes de verbas são “importantíssimas”.

Estar no comando de uma universidade federal em tempos tão sombrios não é tarefa fácil. Cortes e desqualificação por parte do governo fazem com que as direções de instituições tão importantes para o país passem por maus bocados. É assim na Universidade de Brasília (UnB) que vai receber mais de 10 mil estudantes entre os dias 10 e 14 de Julho para o 57º. Congresso da UNE e pautar alternativas de luta para as dificuldades do setor educacional brasileiro.

À frente de uma das universidades mais importantes do país a reitora Márcia Abrahão Moura, primeira mulher a exercer o cargo na instituição idealizada por Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira, destaca que o único caminho é a reversão dos cortes anunciados pelo governo. Por ali, R$38 milhões em verbas foram congelados.

“Não há mais o que cortar. O único caminho é a reversão do bloqueio orçamentário”, ressalta.

Confira entrevista na íntegra:

A UnB teve 30% de sua verba bloqueada pelo MEC, ação que posteriormente foi suspensa pela Justiça Federal. Como a universidade é impactada por essas incertezas quanto ao orçamento? Algum serviço foi paralisado?

Foi suspensa por apenas algumas horas. Ainda no mesmo dia, a AGU entrou com um recurso e a liminar que suspendia o bloqueio foi derrubada. A UnB tem R$ 48,5 stop-asthma-info.com, o que equivale a cerca de 31% do nosso orçamento discricionário na Fonte Tesouro.

Lidar com essa situação tem sido muito difícil. Não há como apontar projetos ou iniciativas específicas prejudicadas, uma vez que o orçamento não é alocado por áreas de conhecimento ou por cursos. Os espaços acadêmicos, como salas de aula e a própria Biblioteca Central, são compartilhados por toda comunidade, em atividades na graduação, na pós, em pesquisa e extensão. No caso da Biblioteca, atendemos todo o DF e Entorno.

O maior problema é que, com o bloqueio, os recursos ficam indisponíveis no sistema. Já não conseguimos, por exemplo, indicar dotação orçamentária para a renovação de contratos de prestação de serviços que venham a se encerrar nas próximas semanas. Também poderá haver comprometimento do pagamento de contas básicas, como água e luz, no próximo semestre. Isso paralisa a nossa gestão e prejudica o andamento das atividades-meio.

Qual é a postura da UnB diante dos cortes? Houve algum tipo de modificação no dia a dia da universidade para suavizar os impactos da redução de verbas?

Quando assumimos a Reitoria, no final de 2016, nos deparamos com uma grave situação de desequilíbrio orçamentário. Os recursos foram reduzidos em 45%, mas os contratos continuavam muito caros. Fizemos, então, um grande esforço para ajustar as contas e também para utilizar os recursos de maneira mais inteligente – por exemplo: estamos instalando placas solares fotovoltaicas em todos os campi, com a expectativa de sermos mais sustentáveis e, ao mesmo tempo, reduzir o valor de nossas faturas de energia.

Assim, em colaboração com toda comunidade, conseguimos fechar 2018 e entrar em 2019 de maneira equilibrada. Depois de todo esse caminho percorrido, não há mais como pedir sacrifícios a nossos estudantes, professores e técnicos. Não há mais o que cortar. O único caminho é a reversão do bloqueio orçamentário. Temos atuado fortemente, na gestão da Universidade e com a Andifes, em parceria com deputados, senadores e OAB, para sensibilizar o MEC e o governo quanto à urgente necessidade de desbloquear os recursos.

O anúncio dos cortes veio acompanhado de uma narrativa de ataque e desqualificação das ciências, principalmente na área de humanas, como filosofia e sociologia. Como enxerga esse comportamento do governo?

Acredito que isso é resultado de um profundo desconhecimento sobre o papel das universidades, de um modo geral, para o desenvolvimento do país. Não há como uma nação crescer, inclusive economicamente, sem um investimento sólido e perene em saúde, educação, ciência e tecnologia.
Temos tentado, em gestões junto ao MEC e a parlamentares de diversas legendas, conscientizar sobre a atuação da Universidade. Sempre levamos, além dos dados orçamentários, informações sobre nossos indicadores acadêmicos e exemplos concretos do impacto que temos na sociedade. Infelizmente, o atual governo parece pouco interessado nisso e sempre nos confronta com a afirmação de que o atual modelo de universidade está falido. As universidades públicas são um bem de toda sociedade brasileira. Executam atividades de ensino, pesquisa e extensão em forte interação com a comunidade e, portanto, são parceiras naturais de qualquer governo para melhoria de indicadores sociais e econômicos. É uma pena que esse potencial não seja percebido. E não há como preterir uma área do conhecimento. Todas são importantes para o desenvolvimento das pessoas e da sociedade em geral.

No último mês de maio, milhares de estudantes tomaram as ruas do país em defesa da universidade. Quão fundamental é a participação dos estudantes nesta luta contra os cortes? Qual recado a senhora daria a eles?

Os estudantes, assim como as entidades que representam docentes e técnicos, desempenham papel fundamental na defesa a educação pública e inclusiva. As mobilizações que têm início nos movimentos são importantíssimas, porque complementam o trabalho que fazemos na Administração, de diálogo com o MEC, parlamentares e outros representantes da sociedade civil.

Eu diria aos estudantes que sigam abraçando a UnB, que nos ajudem a mostrar, cada vez mais, o que a Universidade realiza. Os estudantes são o coração de nossa instituição, as pessoas que renovam, a cada semestre, nossas esperanças de um futuro melhor. 

Publicado no site da União Nacional dos Estudantes – UNE

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Aumento de 88% do desmatamento da Amazônia é início do “apagão ambiental”

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Na quinta-feira, 4 de julho, deu no Jornal Nacional que o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) detectou o aumento de 88% no desmatamento da Amazônia. Segundo o Inpe, que monitora a região por satélites, em tempo real, a Amazônia perdeu 920 quilômetros quadrados de floresta, neste mês de junho – área quase igual a da cidade do Rio de Janeiro. Em junho de 2018, havia perdido 485 quilômetros quadrados.

 

Só em Juara, Mato Grosso, o MapBiomas, que reúne universidades e empresas de tecnologia, calcula que foram cortadas mais de 300 mil árvores no mês.

“Efetivamente, há uma expansão de atividades na região, seja por mineração, por grilagem de terra, por expansão agrícola”, avaliou o coordenador do programa de monitoramento do Inpe, Cláudio Almeida.

Em maio, a ex-ministra Marina Silva publicou um artigo, com o título de “O Apagão Ambiental”, denunciando o desmonte – “extremamente agressivo”, disse ela – do sistema nacional de meio ambiente.

 

Tangido pelos interesses do consórcio da motosserra, Bolsonaro e seu ministro Ricardo Salles estabeleceram como ponto de honra rever as demarcações das áreas de proteção ambiental, reservas indígenas e quilombolas tidas por eles como fatores que “dificultavam cada vez mais o nosso progresso aqui no Brasil”.

 

Procurando rebater a reação internacional a essa estupidez gananciosa e predadora, Bolsonaro declarou ao vivo e em cores: “Convidei inclusive Macron e Angela Merkel para sobrevoar a Amazônia. Se encontrassem, num espaço entre Boa Vista e Manaus, um quilômetro quadrado de desmatamento, eu concordaria com eles”.

 

O MapBiomas identificou muitos problemas exatamente nesse trecho sugerido por Bolsonaro. Foram mais de 2 mil alertas ou focos de desmatamento nos últimos seis meses (janeiro a junho). Segundo os pesquisadores, 95% foram desmatamentos ilegais.

 

No artigo, Marina sintetiza o significado dessa política com aguda precisão: “Sacrificar os recursos de um milênio pelos lucros de uma década”.

 

Ler e divulgar esse trabalho é um passo importante na luta para isolar e derrotar os promotores da tragédia que nos ameaça.

 

(S.R.)

 

 

O apagão ambiental

Por Marina Silva

 

É muito difícil fazer uma síntese da situação que o Brasil está vivendo, as agressões ao bom-senso são contínuas e caracterizam um clima de guerra em que o diálogo e o entendimento se tornam quase impossíveis. Esse é o governo do fim: vamos acabar com isso, vamos acabar com aquilo, extinguir, cortar, encerrar. Nenhuma política construtiva, só o desmonte do que existia antes.

 

Esse desmonte é extremamente agressivo no sistema nacional de meio ambiente. Estão ameaçados os marcos regulatórios, processos e estruturas que deram suporte às políticas de proteção de nossos ativos ambientais dos últimos trinta anos, levadas a cabo em diferentes governos de diferentes partidos. Isso acarretará graves e irreparáveis prejuízos ao futuro do país: na gestão e a proteção dos recursos hídricos, do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, nas ações de prevenção e combate ao desmatamento da Amazônia e demais biomas, no plano nacional de mudanças climáticas, nas políticas de proteção da biodiversidade, no licenciamento ambiental. Tudo está sob ameaça, o que desloca o Brasil da posição de respeito que havia conquistado no mundo, para uma espécie de pária ambiental. Em menos de 6 meses do novo governo, estamos vendo o Brasil se tornar um país do começo do século 20, onde poluição e destruição do meio ambiente eram sinônimo de progresso e “modernidade”.

 

Foi em função dessa ameaça sem precedente, que nós, ex-ministros de meio ambiente de diferentes governos em diferentes períodos, nos reunimos para nos posicionar conjuntamente, alertando a sociedade sobre os riscos de um verdadeiro apagão ambiental em nosso país.

 

Tomo emprestado do setor energético a palavra apagão, usada para caracterizar uma situação de crise estrutural no fornecimento de energia. É uma crise ambiental estrutural induzida que estamos vivendo, imposta pelo governo Bolsonaro. Um apagão energético, por falta de planejamento e investimento na geração e distribuição de energia, é uma situação que exige do país um enorme esforço de superação, mas é possível, em prazo razoavelmente curto, superar a crise. Um apagão ambiental, entretanto, é muito mais grave e suas consequências se estendem por várias gerações. Quem não acredita, pode olhar as imagens dos vales dos rios atingidos pelo rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho e imaginar quanto tempo vai demorar para que a vida, humana e da natureza em geral, se recupere.

 

O desmonte irresponsável é acelerado: a saída do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente para o da Agricultura, a entrega da Agência Nacional de Águas para o Ministério do Desenvolvimento Regional, a extinção da Secretaria Nacional de Mudanças Climáticas, o desmantelamento da Educação Ambiental e, agora, a decisão de rever 334 áreas de proteção ambiental administradas pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). O que está em curso é uma tentativa de acabar com os fundamentos legais sustentados pelo artigo 225 da Constituição Federal. Por ele, cabe ao Estado usar instrumentos de incentivos positivos e coercitivos para moldar os valores e comportamentos da sociedade em relação aos recursos naturais, de modo a que nosso estilo de vida e nossos modelos produtivos respeitassem os limites, a capacidade de suporte e regeneração dos ambientes naturais e a necessidade de preservar os biomas em que se sustentam as nossas vidas.

 

Para o grupo que promove o apagão, não é admissível que o Estado, mesmo sob pena de graves consequências para a saúde e o meio ambiente, imponha qualquer limite sobretudo ao interesse econômico.

 

No final das contas, é disso que se trata: sacrificar os recursos de um milênio pelo lucro de uma década. Todos os retrocessos já realizados, em curso e planejados, derivam dessa visão. E assim, uma das maiores potências ambientais do mundo pode ser devastada em poucos anos. Para enfrentar esse crime de lesa-pátria, dois caminhos são essenciais: mobilizar a sociedade em defesa de seu patrimônio ambiental e fazer valer judicialmente, nos tribunais, os preceitos de nossa Constituição, que está sendo atacada.

 

Nossa resistência é legal e pacífica. Infelizmente, não estamos enfrentando grupos com a mesma disposição para o diálogo e a paz, como mostra o aumento dos assassinatos e da violência contra as comunidades e suas lideranças, em todo o Brasil, numa guerra que tende a se agravar muito com a permissão irresponsável do uso de armas por grileiros e latifundiários. Devemos, apesar de tudo, manter o bom combate e a esperança de que a sociedade brasileira acorde para sua força e responsabilidade para com as futuras gerações.

 

Para encerrar, duas notas a propósito do desmonte do ICMBio e a revisão das unidades de conservação que revelam os despropósitos desse governo:

 

Despropósito 1: Basta o anúncio da revisão das 334 unidades de conservação, já está dada a senha para que grileiros, exploradores ilegais de madeira e garimpeiros possam começar a invadir as áreas, principalmente aquelas em que a pressão é muito forte e há interesses econômicos para extingui-las. Além disso, torna extremamente vulnerável a atuação das pessoas que têm a função pública de fiscalizar e coloca em risco suas vidas.

 

Despropósito 2: A criação do ICMBio, responsável pela Política Nacional de Unidades Conservação, ocorreu mediante medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional e referendada pelo STF. Para a seleção de seu presidente, foi constituído um comitê de busca com renomadas autoridades da área ambiental, como o recém-falecido professor Paulo Nogueira Neto. Foi considerada a trajetória dos candidatos, seu conhecimento técnico, experiência e capacidade de negociação. Indicações por critérios políticos e não técnicos, em desrespeito às normas legais de escolha do presidente do ICMbio, aconteceram no governo Bolsonaro em prejuízo da gestão do Instituto e das unidades de conservação.

 

Fonte: Hora do Povo

 

 

 

Fantozzi 1975 - Liu Bosisio Paolo Villaggio Plinio Fernando

O icônico azarado “Fantozzi” será exibido na Mostra Permanente de Cinema Italiano

Fantozzi 1975 - Liu Bosisio Paolo Villaggio Plinio Fernando

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano

 

 

Uma das mais importantes cinematografias do mundo, a italiana, já quase não é vista nas telas de cinema e televisão do Brasil, cada vez mais abarrotadas de subprodutos da indústria hollywoodiana.

Enquanto o governo insiste em não realizar uma política cultural que garanta aos brasileiros o acesso às melhores obras da produção cinematográfica mundial, inclusive a nossa, a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) vai fazendo o que pode para preencher a lacuna.

 

 

08/07 – 19H: “FANTOZZI” (1975), DE LUCIANO SALCE

 

 

SINOPSE

O contador Ugo Fantozzi é um empregado humilde e azarado. Servil aos seus superiores e ignorado pelos colegas, tanto que permaneceu preso por engano nos velhos banheiros da empresa por dezoito dias sem que ninguém percebesse. Mesmo em casa, as coisas não são melhores: casado com a desajeitada Pina e pai da esquisita Mariangela, todas as manhãs ele tem que enfrentar dificuldades e imprevistos para poder carimbar o cartão de entrada. 

 

O DIRETOR

Luciano Salce nasceu e morreu em Roma. Foi ator, diretor e cineasta, tendo se formado na Regia Accademia di Arti Drammatica, em Roma, atuou como assistente de direção para Vito Pandolfi e Luchino Visconti no final da década de 1940. Já em 1950, Salce, sendo um jovem italiano, vem para o Brasil dirigindo importantes trabalhos para o Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC, como “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho, realizado em 1951, no Theatro Municipal de São Paulo, estrelado pela icônica atriz Cacilda Becker.

Salce assina seu primeiro trabalho cinematográfico para a companhia Vera Cruz como diretor da comédia “Uma Pulga na Balança” (1953), ainda no Brasil. Voltando pra Itália em 1954, dirige filmes como “As Pílulas do Amor” (1960) e “Fantozzi” (1975).

 

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Fantozzi (1975), de Luciano Salce

Duração: 108 minutos

Quando: 08/07 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

O ataque ao ensino técnico

Ao longo dos anos a educação vem recebendo ataques impiedosos de governos neoliberais, que apesar de se revezarem no poder, mas tem sempre o mesmo propósito, o de acabar com a educação pública, gratuita e de qualidade. Evidenciado nos ataques à educação do governo Dilma (PT), que em 2015 cortou cerca 13 bilhões do Ministério da Educação. Herdando o mesmo pensamento, Michel Temer (MDB) estabelece a ideia do congelamento de gastos do setor publico por vinte anos, que está em vigor como Emenda Constitucional 95, com o intuito de diminuir os investimentos públicos.

 

Jair Bolsonaro (PSL) e sua corja de abutres que cada vez mais mostram sua verdadeira face abraçam os ataques anteriores ao atacar o direito do povo brasileiro sempre procurando uma maneira de sequestrar o que é do setor público, inibindo assim, o país de se desenvolver.

 

O ministro da economia Paulo Guedes quer apresentar uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que desvincula 100% dos gastos do Orçamentopara a educação e a saúde. A proposta retira da Constituição Federal, como estabelecido hoje, que a União deve investir na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) o equivalente a 18% da Receita Líquida de Impostos e também as Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) de 15% da Receita Corrente Líquida. O intuito é o de entregar para o setor especulativo, que não produz exatamente nada, a não ser, o pensamento individualista, que muito se assemelha com esse governo que pode muito bem ser intitulado o governo do retrocesso.

 

Mas, além disso, havia um Projeto de Lei criado no final do mandato de Temer que tem o propósito de atacar os Institutos Federais. O Projeto de Lei 11.279/19 altera a Lei nº 11.892/2008 que rege instituições federais de educação profissional e tecnológica e de ensino superior.

 

Tudo mascarado por uma temática de investimento, crescimento social e a construção de novas Universidades Federais no alto e baixo amazonas e do meio e alto Solimões, para os estudantes e moradores que residem em áreas carentes do território brasileiro. Mas no PL não havia uma explicação concreta que dizia o quanto seria o investimento, para que assim, houvesse a construção e continuidade desses novos campus.

 

O Projeto tinha o intuito de promover o desmembramento dos IF´s, o que tem grande importância para São Paulo, como por exemplo, o IF São Paulo, que é localizado no centro da capital e tem sua importância por dar o pontapé inicial dos institutos no município, mas também o IF Pirituba que tem o dever de levar o desenvolvimento para uma área carente de evolução social e econômica, com cursos técnicos e superiores, além de mais dois existentes na Bahia com a mesma relevância de construção do Estado.

 

A Lei queria acabar com o mestrado e doutorado acadêmicos nos institutos e com 20% das cotas para a formação de professores da educação básica, além de diminuir as vagas ensino médio integrado ao técnico para o aumento de vagas para somente o ensino técnico.

 

Na segunda feira, 18 de março, o Projeto de Lei foi retirado de tramitação da câmara. Mas era evidente que com a Emenda que congela o investimento público, o nosso ensino técnico não iria receber a verba adequada para a construção dos novos institutos, que ficariam como outros investimentos, pela metade e outros sendo danificados.

 

O governo Bolsonaro consegue ser ainda mais reacionário que o governo Temer, então as perspectivas para um novo projeto que ataque ainda mais o ensino técnico são grandes, podemos usar como exemplo a proposta da reforma da previdência de Bolsonaro, que é muito pior que a de Temer.

 

Os estudantes mais uma vez se levantam e sempre irão se levantar em quanto houver pensamentos antipopulares e antinacionais, envoltos de crueldades atacando o que o povo brasileiro conquistou. É através de cada estudante que se levanta que conseguiremos defende a pátria, o direito à democracia, pluralidade de ideias e paz dentro de nossas escolas, junto à busca pela escola pública gratuita e de qualidade para que haja o desenvolvimento do nosso país.

 

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São Paulo anuncia pacote para educação municipal

Após ouvir toda a rede com o programa SME Presente, São Paulo cria índice próprio e atenderá pedidos dos estudantes e professores

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A Secretaria Municipal de Educação (SME) debateu em cada região as demandas educacionais e considerando as diferenças sociais de cada local através do SME Presente, rodada de conversas e debates que aconteceram em 12 Diretorias Regionais de Educação e reuniram mais de 10 mil educadores. Foram apresentadas hoje (03), as medidas adotadas, pelo secretário de educação João Cury e o Prefeito Bruno Covas. 

Em 2019, a rede municipal de educação passará a ser a primeira rede municipal a contar com seu índice educacional próprio, que considera sua realidade O Índice de Desenvolvimento da Educação Paulistana (IDEP), de maneira inédita, irá considerar a proficiência dos estudantes a partir da Prova São Paulo e dos dados dos territórios, como nível socioeconômico e a complexidade de gestão de cada unidade. 

Atualmente, a SME considera como indicador o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que é formado a partir dos resultados do Saeb e da taxa de aprovação dos estudantes. O novo indicador para a rede pública paulistana será composto por: proficiência apurada dos estudantes do 3º ao 9º anos na Prova São Paulo, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências da Natureza; nível Socioeconômico (Inse) da escola disponibilizados pelo INEP a partir dos questionários do Saeb e Indicador de Complexidade da Gestão (ICG) fornecidos pelo INEP, que calcula o quão complexa é a administração de cada escola. 

Para que as escolas alcancem a meta proposta pelo índice, um pacote de ações que atendem os anseios da rede foi preparado com a participação de todos e abaixo estão as ações divididas por grupos de atendimentos, são elas: 


Escolas

Reforma das Unidades 

A Secretaria Municipal de Educação ouviu mais de 10 mil educadores e conseguiu eleger a prioridade de atendimento das unidades que receberão reforma nos próximos meses. Serão investidos R$64 milhões em 108 escolas, distribuídas em todas as regiões da cidade. 

Previsto como meta no Plano de Metas do biênio 2019/2020, a reforma de unidades escolares receberá até o final de 2020 R$300 milhões. Essa primeira etapa foi realizada em conjunto com os educadores e levantadas as principais prioridades nos encontros SME Presente. 


Rolê Cultural 

Chegarão diretamente para as unidades, conforme pedido da rede, valores para o Programa “Rolê Cultural”, que garantirá o aluguel de ônibus de transporte para 1150 escolas transportarem seus alunos para atividades culturais na cidade, investimento de R$6,5 milhões. 

A transferência será feita via Programa de Transferência de Recursos Financeiros (PTRF) e cada valor estará destinado para uma atividade específica. 


Estagiários para Educação Especial 

A Educação Especial, na Rede Municipal de Ensino, em sua grande maioria se apresenta na forma de inclusão dos alunos com alguma deficiência em classes comuns e quando necessário, com apoio educacional especializado (AEE) fora do horário regular de aulas em turmas denominadas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). 

No segundo semestre de 2019, a Secretaria Municipal de Educação preparou a ampliação no número de estagiários que apoiam as ações pedagógicas dentro da sala de aula, ampliando com mais 300 contratos. 


Entrega de mobiliário 

A Secretaria Municipal de Educação está iniciando em 128 EMEFs a entrega de mobiliário para refeitório novo, com investimento de R$ 332 mil a Pasta irá retirar equipamentos que não são trocados desde 2013, melhorando mesas e bancos disponíveis na área de alimentação de EMEFs e em CEUs da cidade. 


Nutricionistas na Rede Parceira 

A Secretaria Municipal de Educação (SME) anuncia mais uma iniciativa para fortalecer a qualidade da alimentação escolar que é oferecida às crianças matriculadas nos Centros Educacionais Infantis (CEIs) da Rede Parceira. A partir de agosto a medida permitirá que as unidades contem com a supervisão e orientação técnica de nutricionistas que acompanharão todas as etapas do fornecimento da merenda. A ação terá investimento de R$5 milhões e junto a distribuição de verbas do FLVO dará as unidades de ensino mais autonomia. 


Disponibilização de Composteiras 

A Secretaria Municipal de Educação e a Amlurb estão investindo R$2,1 milhões na implantação do proejto de compostagem de resíduos orgânicos nas escolas municipais de São Paulo. O projeto prevê a instalação de composteira em 300 unidades de ensino. 


Professores


Formações para Professores

São Paulo passará a contar com um espaço próprio para treinar seus professores, será a Escola de Formação para Professores que ficará localizada na rua Estado de Israel, região da Vila Mariana. 

A escola deverá oferecer cursos presenciais e a distância para atender as demandas de todos os educadores da rede, não apenas os professores. 

Em 2019, a Pasta realizou mais de 442 formações para mais de 100 mil servidores da educação. 


Professores da rede municipal terão acesso gratuito ao Pacote Office

A Secretaria Municipal da Educação, em parceria com a Microsoft, vai disponibilizar, gratuitamente, a plataforma de produtos office 365 da Microsoft, incluindo licenças de tecnologias da empresa, como o Office 365 Educacional, com Word (editor de textos), Excel (planilha de cálculos), PowerPoint (apresentação de slides), OneNote (bloco de notas dinâmico) o OneDrive (armazenamento de arquivos), para 55 mil professores da rede. 

O e-mail terá o domínio @sme.prefeitura.sp.gov.br e capacidade de 50 megabytes. Além da conta de e-mail, será disponibilizado 1 terabyte de espaço online, via Onedrive, um dos aplicativos da Microsoft, para armazenamento de fotos, vídeos, textos e documentos. 


Estudantes


Grêmios Estudantis 

O Projeto de Lei que institui os Grêmios Estudantis na cidade e entregará R$5 mil para cada agremiação, junto com a direção da unidade escolar, decidir onde investir o dinheiro. A eleição dos Grêmios acontecerá de maneira unificada em todas as regiões da cidade em agosto e o repasse acontecerá ainda em 2019. 


Instrumentos Musicais

A Secretaria Municipal de Educação investiu R$1,8 milhão na aquisição de 115 kits de instrumentos musicais. A distribuição acontecerá para as Escolas Municipais de Ensino Fundamental. 

A primeira entrega será realizada para 57 escolas e os kits contarão com: trompetes, trombones, trompas, tubas, pratos, euphoniuns, caixas, bombos entre outros. 

A expectativa é que o material esteja disponível até o final de 2019. 


Imprensa Jovem 

O Projeto de Educomunicação envolve 2,5 mil jovens de todas as idades, que utilizam a comunicação como forma de aprender e informar a comunidade escolar. Esses jovens agora terão o poder de decidir como investir o valor de R$2 mil para melhorar equipamento ou a programação das rádios, TVs, Canais e sites existentes. 

Em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, também serão distribuídas credenciais de imprensa, para que as equipes do Imprensa Jovem participem dos grandes eventos da cidade, além de cursos de fotografia gratuitos para a garotada aprimorar suas imagens. 

Ao todo, 300 escolas contam com o Projeto Imprensa Jovem, um dos escolhidos no Desafio Aprendizagem Criativa Brasil, iniciativa organizada pela Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa com apoio da Fundação Lemann e do MIT Media Lab.

 

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Uniformes

A cidade de São Paulo distribui anualmente 652.435 kits de uniforme para seus alunos, neste ano a Secretaria de Educação está investindo para melhorar e mudar a qualidade dos itens. O processo de licitação já foi iniciado e a audiência pública irá acontecer no dia 18 de julho. 

Serão investidos R$100 milhões para o fornecimento desse material. 

 

Confira a galeria de imagens

 

Publicado em: 03/07/2019 – http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br

 

 

batizado

7° Batizado e troca de Graduações é um sucesso

batizado

 

O Projeto de capoeira da UMES realizou o seu 7º Batizado e troca de graduação, o evento ocorreu na UESP (União das escolas de samba paulista), nos dias 28 e 29. Entre os dois dias de Batizado estima-se que participaram mais de 200 pessoas, o evento contou com a participação de grupos tradicionais da capoeira.

 

No primeiro dia de evento ocorreu uma roda de abertura que contou com a participação do projeto de capoeira da UMESPA (União metropolitana dos Estudantes de Porto Alegre) que teve como inspiração para a criação do seu projeto o próprio grupo de capoeira da UMES.

 

O segundo dia de evento foi carregado de atividades e oficinas, logo às 10h da manhã ocorreu uma vivência infantil com o Mestre Adelmo, depois da oficina ás 11h, começou o batizado dos alunos do QLC (Quilombolas de Luz Capoeira). No período da tarde iniciou uma oficina de dança afro com a professora Marilene Almeida e logo começou o batizado dos alunos do GGC (Grupo Geração Capoeira), onde o primeiro aluno do projeto Islan Gonsalves – o Ligeiro, como é conhecido na capoeira – se formou e pegou a corda de graduado, se tornando o primeiro graduado formado pelo projeto de capoeira da UMES.

 

O 7º Batizado e troca de graduação, homenageou Chico da Matilde, popularmente conhecido como Dragão do Mar.

 

Chico da Matilde nasceu em no dia 15 de abril de 1839, em Aracati, município no litoral leste do Ceará e se tornou um líder jangadeiro, Em 1881 cravou seu nome na história como o lendário Dragão do Mar, deflagrando uma greve de seus companheiros contra o transporte de escravos no estado do Ceará que mais tarde se tornou o primeiro estado brasileiro a abolir a escravidão.

 

Para Pavio, professor e coordenador do projeto de capoeira da UMES “O Brasil vive um momento muito conturbado, é muita incerteza, mas se esse governo se fortalecer se transformará em certeza, certeza de dias piores. Um governo totalitário destrói qualquer nação.

 

Lembrar da história de luta dos nossos heróis e resgatar o espírito dela é necessário para este momento, pois corremos o risco de voltar a escravidão e numa condição pior, porque vem com um fascismo em ascendência.

 

Este é o momento de juntarmos as forças, sejam elas de direita ou esquerda, para barrar este retrocesso que é o governo Bolsonaro.

 

A história do Dragão do Mar mostra um momento, onde por conta de uma seca, causou uma recessão enorme no Ceará, uma parte dos grandes fazendeiros resolveram vender seus escravos para o sul do país e alguns começaram a defender o fim da escravidão e o Chico da Matilde entra e cena neste período e soma forças com essa parcela e consegue acabar com o embarque de escravos no Ceará e o governo de lá apoia e a elite também, ou seja ele conseguiu unir uma frente para acabar com a escravidão e deu certo , hoje precisamos de uma frente para acabar com o retrocesso e Dragão do mar nos ensinou que para isso é necessário juntar todas as forças, sejam amigas ou não. “Assim se constrói uma nação”

 

O Evento terminou com um churrasco de comemoração pelo sucesso do batizado.

Em breve fotos do evento!

os deuses malditos

Cinema Com Partido aborda Nazismo com debate

os deuses malditos

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

06/07 – 10H: “OS DEUSES MALDITOS” (1969), DE LUCHINO VISCONTI

 

 

SINOPSE

Nos anos de 1933 e 1934, traições e assassinatos marcam a luta pelo poder entre os membros da família von Essenbeck, reis do aço na Alemanha.  A história se entrelaça com a crônica da violência e degradação que marcou a ascensão do nazismo naquele país. Prêmio de melhor direção e melhor ator coadjuvante (Sindicato dos Críticos de Cinema da Itália, 1970).


Após o filme, a sessão contará com a presença de Nathaniel Braia, que é professor de História e editor da seção Internacional do jornal Hora do Povo.

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Os Deuses Malditos (1969), de Luchino Visconti

Duração: 156 minutos

Quando: 06/07 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

o amor

Solidão e fé abordadas na obra prima “O Amor”, de Rossellini, será exibida na próxima segunda (01)

o amor

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano

 

Uma das mais importantes cinematografias do mundo, a italiana, já quase não é vista nas telas de cinema e televisão do Brasil, cada vez mais abarrotadas de subprodutos da indústria hollywoodiana.

Enquanto o governo insiste em não realizar uma política cultural que garanta aos brasileiros o acesso às melhores obras da produção cinematográfica mundial, inclusive a nossa, a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) vai fazendo o que pode para preencher a lacuna.

 

 

01/07 – 19H: “O AMOR” (1948), DE ROBERTO ROSSELLINI

 

 

SINOPSE

Duas histórias: na primeira, “A Voz Humana”, uma mulher abandonada se desespera ao tentar fazer com que seu amado retorne; Na segunda, “O Milagre”, uma mulher dada como louca crê que está grávida do filho de um santo, interpretado por Federico Fellini.

 

O DIRETOR

Nascido em Roma, Roberto Rossellini realizou, em 1945, a obra tida como marco zero do neorrealismo, movimento que influenciou as correntes estéticas do pós-guerra, desde Godard e Satyajit Ray até o Cinema Novo brasileiro. Seu pai era proprietário do cine-teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendadas pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Nos últimos dias da ocupação nazista, o diretor levou a câmera às ruas para captar a insurreição popular que libertou a cidade em junho de 1944. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado no roteiro que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini.

Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

Nos anos 60-70, com foco na TV, fez filmes sobre personagens históricos, a começar por Giuseppe Garibaldi, “Viva a Itália” (1961). Nesta safra se incluem “A Tomada do Poder por Luís XIV” (1966), “Sócrates” (1971), “Blaise Pascal” (1971), “Santo Agostinho” (1972),   “Descartes” (1974), “Anno Uno” (1974), “O Messias” (1975).

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: O Amor (1948), de Roberto Rossellini

Duração: 79 minutos

Quando: 01/07 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

posto de controle

Premiado documentário sobre a atuação do Governo israelense sobre os palestinos será exibido no Cinema Com Partido

posto de controle

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

29/06 – 10H: “POSTO DE CONTROLE” (2003), DE YOAV SHAMIR

 

 

SINOPSE

Revoltante inventário de táticas para humilhar os palestinos nos territórios ocupados pelo governo nazissionista de Israel. Documentado com câmera na mão, o filme registra o cotidiano de diversos postos, em Belém, Hebron, Faixa de Gaza, Nablus e Jenin. Prêmio de melhor filme no Festival Internacional de Documentários de Amsterdam (IFDA – 2003). 

 

Após a exibição do filme, a sessão contará com a presença de Michel Gherman, que é historiador com licenciatura em Educação pela UFRJ, Mestre em Antropologia e Sociologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém e Doutor em História Social pela UFRJ, além de ser coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos e Árabes e pesquisador do Núcleo de Estudos da Política da UFRJ e colaborador do Instituto Brasil-Israel (IBI).

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Posto de Controle  (2003), de Yoav Shamir

Duração: 80 minutos

Quando: 29/06 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)