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Assista ao filme “Viagem À Itália“ (1954), de Roberto Rossellini, na Mostra Permanente de Cinema Italiano

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A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

17/06 – 19H: “VIAGEM À ITÁLIA” (1954), DE ROBERTO ROSSELLINI

 

 

SINOPSE

Catherine (Ingrid Bergman) e Alexander Joyce (George Sanders) formam um rico casal de ingleses que viaja para Nápoles, na Itália, com o objetivo de vender uma propriedade que eles herdaram. O relacionamento começa a esfriar e a tensão entre os dois cresce cada vez mais. Catherine entra numa jornada nostálgica ao se lembrar de um poeta que a amava e morreu na guerra. A memória dele supre a falta de romance em seu dia-a-dia. Ela começa a percorrer os museus de Nápoles e Pompéia, imergindo-se no fascínio que os habitantes da cidade tinham pelos mortos. Alexander vaga pela ilha de Capri, flertando com mulheres, mas sem se envolver com nenhuma. Entretanto, todas essas experiências fazem com que eles acabem redescobrindo o verdadeiro sentido do amor que há entre eles.

 

O DIRETOR

Nascido em Roma, Roberto Rossellini realizou, em 1945, a obra tida como marco zero do neorrealismo, movimento que influenciou as correntes estéticas do pós-guerra, desde Godard e Satyajit Ray até o Cinema Novo brasileiro. Seu pai era proprietário do cine-teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendadas pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Nos últimos dias da ocupação nazista, o diretor levou a câmera às ruas para captar a insurreição popular que libertou a cidade em junho de 1944. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado no roteiro que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini.

Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

Nos anos 60-70, com foco na TV, fez filmes sobre personagens históricos, a começar por Giuseppe Garibaldi, “Viva a Itália” (1961). Nesta safra se incluem “A Tomada do Poder por Luís XIV” (1966), “Sócrates” (1971), “Blaise Pascal” (1971), “Santo Agostinho” (1972),   “Descartes” (1974), “Anno Uno” (1974), “O Messias” (1975).

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Viagem À Itália (1954), de Roberto Rossellini

Duração: 85 minutos

Quando: 17/06 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

coronel delmiro gouveia

Desnacionalização das empresas brasileiras é retratada em filme sobre o Coronel Delmiro Gouveia

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

15/06 – 10H: “CORONEL DELMIRO GOUVEIA” (1976), DE GERALDO SARNO

 

 

SINOPSE

Ao perder o domínio do mercado brasileiro de linhas de costura, a Machine Cottons tenta comprar a fábrica do concorrente. Delmiro Gouveia se nega a vendê-la. É misteriosamente assassinado. Em 1929, a fábrica é adquirida pela Machine, desmontada e suas peças lançadas na Cachoeira de Paulo Afonso. O filme narra a saga do pioneiro da indústria no Nordeste.


Após o filme, durante o debate, contaremos com a presença de Sérgio Cruz, médico e jornalista, redator da Hora do Povo.

 

 

 

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SERVIÇO

Filme: Coronel Delmiro Gouveia (1976), de Geraldo Sarno

Duração: 90 minutos

Quando: 15/06 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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Justiça manda suspender cortes na verba das universidades federais

Protesto-dia-15No mês de maio, milhões de estudantes foram às ruas contra os cortes na verba das universidade – Foto: Cuca da UNE/Divulgação

A Justiça Federal da Bahia determinou a suspenção dos cortes nas verbas e custeio das universidades federais realizados por Bolsonaro e seu ministro da Educação Abraham Weintraub. Segundo a decisão, o MEC tem 24 horas para cumprir a reintegração da verba das instituições federais de ensino, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

A decisão da juíza Renata Almeida, da 7ª Vara Federal, na Bahia, acolhe a ação do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (UnB). De acordo com a juíza, o corte realizado pelo governo não possui “critérios amparados em estudos”.

Ela cita ainda “diversas ações populares e ações civis públicas” com a mesma solicitação.

“Não se está aqui a defender a irresponsabilidade da gestão orçamentária, uma vez que é dever do administrador público dar cumprimento às metas fiscais estabelecidas em lei, mas apenas assegurando que os limites de empenho, especialmente em áreas sensíveis e fundamentais segundo a própria Constituição Federal, tenham por base critérios amparados em estudos que garantam a efetividade das normas constitucionais”, escreveu.

Ela também criticou os ataques do ministro da Educação, Abraham Weintraub, às universidades federais, acusando-as de balbúrdia.

“Não há necessidade de maiores digressões para concluir que as justificativas apresentadas não se afiguram legítimas para fins de bloqueio das verbas originariamente destinadas à UNB, UFF e UFBA, três das maiores e melhores Universidades do país, notoriamente bem conceituadas, não apenas no ensino de graduação, mas também na extensão e na produção de pesquisas científicas. As instituições de ensino em questão sempre foram reconhecidas pelo trabalho de excelência acadêmico e científico ali produzido, jamais pela promoção de “bagunça” em suas dependências”, seguiu a juíza.

Em abril deste ano, o governo anunciou o corte de em média 30% na verba de custeio – destinada ao pagamento de despesas como água, luz, limpeza, manutenção e segurança, das instituições federais de ensino. De acordo com os reitores das universidades, o corte inviabilizará as instituições a partir do segundo semestre.

Leia mais: Corte atinge até 54% da verba para custeio das universidades, aponta Andifes

Após o corte, estudantes, professores, pesquisadores e cientistas das universidades públicas iniciaram uma série de atos em defesa da Educação e em repúdio à perseguição ao conhecimento realizada pelo governo Bolsonaro.

Nos dias 15 e 30 de maio, milhões de pessoas saíram às ruas de todo o país em manifestações gigantescas contra os cortes.

Por   Publicado em 7 de junho de 2019

 
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14 de junho GREVE GERAL!

Contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro!
Todo ser humano tem direito à Educação, Emprego e Aposentadoria. Não deixe que roubem o seu!

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Diretoria da UMES se reúne com Secretário Executivo da Prefeitura

Na tarde de ontem diretoria da UMES esteve reunida com Lucas Sorrillo Secretário executivo da Prefeitura e Davi Rodrigues vice presidente da UPES e trataram assuntos  e projetos para o movimento estudantil.

 

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Assista ao filme “Nós, As Mulheres“, de Rossellini, Visconti, Zampa, Franciolini e Guarini, na Mostra Permanente de Cinema Italiano!

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A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

10/06 – 19H: “NÓS, AS MULHERES” (1953), DE ROSSELLINI, VISCONTI, ZAMPA, FRANCIOLINI E GUARINI

 

 

SINOPSE

Episódios que mostram atrizes famosas interpretando a si mesmas em situações cotidianas. Alida Valli tenta seduzir o noivo de sua assistente. Ingrid Bergman aparece em seu dia-a-dia, cuidando dos filhos, cozinhando e recebendo visitas. Isa Miranda lamenta ter aberto mão da maternidade para se dedicar à carreira de atriz. E Anna Magnani que briga com um taxista por causa de seu cachorrinho de estimação.

 

OS DIRETORES

Roberto Rosselini (1906-1977)

Nascido em Roma, Roberto Rossellini realizou, em 1945, a obra tida como marco zero do neorrealismo, movimento que influenciou as correntes estéticas do pós-guerra, desde Godard e Satyajit Ray até o Cinema Novo brasileiro. Seu pai era proprietário do cine-teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendadas pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Nos últimos dias da ocupação nazista, o diretor levou a câmera às ruas para captar a insurreição popular que libertou a cidade em junho de 1944. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado no roteiro que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini.

Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

Nos anos 60-70, com foco na TV, fez filmes sobre personagens históricos, a começar por Giuseppe Garibaldi, “Viva a Itália” (1961). Nesta safra se incluem “A Tomada do Poder por Luís XIV” (1966), “Sócrates” (1971), “Blaise Pascal” (1971), “Santo Agostinho” (1972),   “Descartes” (1974), “Anno Uno” (1974), “O Messias” (1975).

Luchino Visconti (1906-1976)

Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, nasceu em Milão e descende da família Visconti da antiga nobreza italiana. Começou seu trabalho no cinema como assistente do diretor francês Jean Renoir nos filmes “Toni” (1934), “Les Bas-Fonds” (1936), “Partie de Campagne” (1936). Ingressou no Partito Comunista d’Italia em 1942. Seu primeiro filme como diretor foi “Obsessão” (1943). Voltou-se em seguida para o teatro. Em 1948, realizou “La Terra Trema”, um clássico do cinema neorrealista. Recebeu sua primeira premiação no Festival de Veneza (Leão de Prata), em 1957, pelo filme “As Noites Brancas” – baseado em conto de Fiodor Dostoievski. Em 1960, chega aos cinemas “Rocco e Seus Irmãos” e, em 1963, o mais aplaudido de seus trabalhos, “O Leopardo”, adaptação do romance de mesmo nome de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Depois vieram “As Vagas Estrelas da Ursa” (1965), “O Estrangeiro” (1967), “Os Deuses Malditos” (1969), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig” (1972), “Violência e Paixão” (1974) e “O Intruso” (1976).

Visconti assina também a direção de 42 peças teatrais e 20 óperas encenadas entre 1945 e 1973.

Luigi Zampa (1905-91)

Luigi Zampa nasceu em 1901 em Roma. Estudou Engenharia e, nesse período, ele escreveu algumas comédias, entre 1930 e 1932, além de, em 1933, dirigir seu primeiro o curta-metragem documental “Risveglio Di Una Cittá”. Logo após, estudou Roteiro e Direção no consagrado Centro Sperimentale di Cinematografia, entre os anos 1932 e 1937. Sua atuação como diretor de longa se deu com “L’Attore Scomparso” (1941), tendo dirigido filmes como seu primeiro sucesso, o premiado “Vivere In Pace” (1947), indo clássicos como “Campane a Martello” (1949) e “Anni Ruggenti ” (1962). Em suas obras, o entretenimento está intrinsecamente ligado à notação de costumes decorrente da observação do comportamento italiano diante de mudanças na sociedade.

Gianni Franciolini (1910-1960)

Gianni nasceu em Florença. Começou a frequentar os espaços cinematográficos desde muito cedo, indo a Paris em 1930 para ser assistente dos diretores Eugène Deslaw e Georges Lacombe. Voltou à Itália em 1938 colaborando como roteirista e também assistente de direção de icônicos diretores como Camillo Mastrocinque e Mario Soldati. Seu primeiro trabalho autoral foi o longa-metragem “Inspetor Vargas“ (1940), gravando em seguida “Faróis no Nevoeiro“ (1942), sendo considerado um dos filmes que abriram o caminho para o neorrealismo. Franciolini também assinou grandes obras como “A Noiva Não Pode Esperar“ (1949), “Bom Dia, Elefante“ (1952) e “Nós, As Mulheres“ (1953), em que divide a direção com Roberto Rossellini, Luchino Visconti, Luigi Zampa e Alfredo Guarini.

Alfredo Guarini (1901-1981)

Nascido em Gênova, dirigiu a maioria dos seus filmes durante os anos 40 e 50. Fundou em 1934 a empresa “Tirena Filmes” onde trabalhou com diretor e produtor. Dirigiu o primeiro episódio de  “Nós, as Mulheres”, “Quatro Atrizes e Uma Esperança”. É produtor de “Documento Z3”(1942) , “As Paredes de Malapaga” (1949, René Clement), “Romance na Itália” (1954, Roberto Rossellini).

 

 

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SERVIÇO

Filme: Nós, As Mulheres (1953), de Roberto Rossellini, Luchino Visconti, Luigi Zampa, Gianni Franciolini e Alfredo Guarini

Duração: 95 minutos

Quando: 10/06 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

o levante

Cinema Com Partido apresenta filme sobre a revolta indiana sob o domínio inglês

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

08/06 – 10H: “MANGAL PANDEI, O LEVANTE” (2005), DE KETAN MEHTA

 

 

SINOPSE

Em 1857, o subcontinente indiano, governado há 100 anos pela Companhia Britânica das Índias Orientais, se rebela, dando início à 1ª. Guerra da Independência, liderada por Mangal Pandei. Um conto épico de amizade, traição, amor e sacrifício. E tudo bem temperado com estonteantes números musicais.


Após a exibição do filme, a sessão contará com a presença de Marcos Kaue, que é ex-presidente da UMES e ex-diretor da UBES.

 

 

 

 

 

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SERVIÇO

Filme: Mangal Pandei, O Levante (2005), de Ketan Mehta

Duração: 144 minutos

Quando: 08/06 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

Ex-ministros-Educação

Seis ex-ministros da Educação condenam os cortes de Bolsonaro

Ex-ministros-EducaçãoCristovam Buarque, Murílio Hingel, Renato Janine Ribeiro, José Goldemberg, Fernando Haddad e Aloizio Mercadante participaram do lançamento do Observatório da Educação – Foto: HP

Ex-ministros da Educação dos governos Fernando Collor, Itamar Franco, Lula e Dilma se encontraram, nesta terça-feira (4), no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), para discutir as propostas do governo Bolsonaro para a Educação. Os ministros demonstraram uma “grande preocupação com as políticas públicas para a educação”, uma vez que os cortes do ministro da Educação Abraham Weintraub no orçamento das universidades e institutos federais “podem ter efeitos irreversíveis e até fatais”.

A reunião contou com os ex-ministros José Goldemberg, do governo Collor, que também foi reitor da USP, Murílio Hingel, do governo Itamar, Cristovam Buarque, Fernando Haddad, ambos ex-ministros de Lula, Aloizio Mercadante e Renato Janine Ribeiro, ambos do governo Dilma, e estabeleceu o Observatório da Educação Brasileira, que será sediado no próprio IEA.

Em documento consensual, os ministros afirmaram que “é impressionante que, diante de um assunto como a educação que conta com especialistas e estudiosos bem formados, o governo atue de forma sectária, sem se preocupar com a melhoria da qualidade e da equidade do sistema, para assegurar a igualdade de oportunidade”. O ex-ministro Murílio Hingel acredita que “o documento é muito importante” e destaca um ponto fundamental que é a garantia de recursos para que a educação se desenvolva nos estados e municípios.

PERSEGUIÇÃO

Para Goldemberg, “o esforço não está sendo feito na direção correta” e causará prejuízos para a educação do país. “E educação precisa de certas garantias fundamentais. A autonomia do professor e a liberdade de cátedra são inegociáveis. Os professores perderam prestígio justamente por ingerência externa nessas questões”. “Agora, os ministros quando quiseram nomear alguém para seu corpo gestor deverão pedir permissão para o Palácio do Planalto. Isso me lembra muito a estrutura do Serviço Nacional de Informações (SNI) da época da ditadura militar”.

Os ministros afirmaram que “a educação se tornou a grande esperança, a grande promessa da nacionalidade e da democracia. Com espanto, porém, vemos que, no atual governo, ela é apresentada como ameaça”, uma vez que Bolsonaro e Weintraub acreditam que as universidades estão impregnadas de marxismo e dentro delas só há balbúrdia.

Para Renato Janine Ribeiro, se os cortes previstos por Weitraub para as universidades e institutos federais forem mantidos, “o resultado será catastrófico. Os reitores já estão prevendo fechamento de turmas, de campi, falta de dinheiro para pagar contas, como de água e luz”.

Os ex-ministros participam agora de uma coletiva de imprensa. Em breve mais informações.

Por   Publicado em 4 de junho de 2019 

 
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Mais de um milhão de pessoas saem às ruas em defesa da educação brasileira

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Na capital paulista, mais de 300 mil pessoas participaram do ato no Largo da Batata – Foto: AFP

 

Neste 30 de maio, mais de um milhão de pessoas foram às ruas de todo o país contra o corte de R$ 5,8 bilhões no orçamento da Educação realizado por Bolsonaro e seu ministro da Educação Abraham Weintraub.

Estudantes, pais de estudantes, professores e demais trabalhadores participaram do segundo dia de mobilização contra os cortes. De acordo com o levantamento da União Nacional dos Estudantes (UNE), foram realizados protestos em 208 cidades de todas as unidades da federação.

O corte do orçamento da Educação atinge diretamente as verbas de custeio, o que inviabiliza as instituições federais de ensino. No caso das universidades federais, o corte está na ordem de 30% da verba destinada ao pagamento de despesas como água, luz, limpeza, segurança e manutenção das unidades.

Desde que assumiu o Ministério da Educação (MEC), Abraham Weintraub tem gasto muita energia atacando as universidades públicas. Há um mês, o ministro anunciou o corte de pelo menos 30% no orçamento das universidades e institutos federais de todo o país. Diversos reitores universitários e de Institutos Federais (IFs) afirmaram que é impossível manter a qualidade com cortes tão profundos.

2Dirigentes das entidades estudantis: UMES, UPES, UEE-SP, UNE e UBES, durante o ato de São Paulo –
Foto: 
kboughoff/Cuca da UNE

Para Marianna Dias, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), que convocou as manifestações, “os estudantes organizados mostraram sua força. Muita gente deve ter duvidado que seria possível colocar tanta gente na rua por duas vezes, mas foi um dia vitorioso para a luta de massas do nosso país”.

No dia 15, data da primeira manifestação, Bolsonaro chamou os dois milhões de manifestantes de “idiotas úteis” e “imbecis”. Desta vez, seu ministro da Educação falou que os professores coagem os alunos a participarem das manifestações.

“Bolsonaro não compreende o que é essa multidão na rua, e, enquanto ele não compreender, nós vamos estar nas ruas, mobilizados. O Bolsonaro não quer se defrontar com a realidade, porque, se ele fizer isso, vai perceber que ela não está a seu favor. Não têm professor algum coagindo seus alunos a irem para as ruas. São os estudantes que estão motivando todo o povo brasileiro a lutar pelos seus direitos”, afirmou Marianna em entrevista à Hora do Povo.

O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Pedro Gorki, avalia que “é na rua que vamos barrar esse crime contra a Educação. A movimentação da massa dos estudantes, a massa dos trabalhadores e de pessoas preocupadas com a educação vai garantir o recuo do ministro”.

“Dia 15 foi imenso, hoje foi imenso. O recado para o governo está sendo dado: ‘Bolsonaro está indo no caminho contrário do que a juventude quer, do que o povo quer e do que o país precisa. Sonhamos com um país independente, desenvolvido, soberano, com tecnologia e oportunidades, e esses cortes nos deixam mais longe disso”, comentou.

Karen Castelli, diretora da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), afirmou que “a pós-graduação brasileira, que é parte importante da pesquisa brasileira, que produz muita tecnologia, será destruída com esses cortes. Primeiro por conta da infraestrutura, dos insumos, das coisas que precisamos para desenvolver a pesquisa, mas também por conta das bolsas, que estão sendo cortadas pelo ministro”.

Leia mais – 30 de Maio: Estudantes voltam às ruas contra os cortes de Bolsonaro

A manifestação em São Paulo teve sua concentração às 16h, no Largo da Batata, na zona oeste da cidade, e caminhou em direção a Avenida Paulista. Cerca de 300 mil pessoas participaram.

O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), Lucas Chen, afirmou que “essa é a continuidade da nossa luta. As entidades estão fortes, os estudantes estão na rua. Vamos barrar os cortes do Bolsonaro e do Weintraub desse jeito”.

{mp4}2019/unes{/mp4}

A presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), Nayara Souza, afirmou que “os atos aconteceram nos interiores de todo o estado, onde tempos universidades federais, a UNESP, a UNICAMP. É saldo é muito positivo, é lindo ver estudante, professor e trabalhador lutando pela Educação”.

Leia mais – SP: Manifestantes ocupam o Largo da Batata em defesa da Educação

Assim como o primeiro ato, realizado no dia 15, a manifestação desta manifestação adquiriu um caráter nacional.

No Rio de Janeiro, 100 mil pessoas estiveram na Candelária, no centro, a partir das 15h. A manifestação seguiu pela Avenida Rio Branco até chegar à Cinelândia.

Leia mais – Rio: Manifestantes fazem ato da Candelária à Cinelândia contra os cortes

Em Belo Horizonte (MG), 200 mil pessoas se concentraram na Praça Afonso Arinos, no centro, às partir das 17, e caminharam até a Praça da Estação, onde aconteceram shows com artistas que rejeitam os cortes na Educação.

3Em Belo Horizonte, protesto se estendeu da Praça Afonso Arinos até a Praça da Estação –
Foto: Cristiane Mattos/ O Tempo

Em Fortaleza (CE), 100 mil marcharam da Praça da Gentilândia até a Concha Acústica da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde um ato cultural foi realizado. O corte de 30% no orçamento da UFC afetará “gravemente seu ensino, pesquisa e extensão”, afirmou Henry Campos, reitor da universidade.

Em Refice (PE), 100 mil pessoas compuseram o ato que marchou da frente do Ginásio Pernambucano, no centro, até a Praça da Independência. “O presidente Jair Bolsonaro não voltou atrás com os cortes. Não vamos parar enquanto ele não suspender o contingenciamento até que ele entenda que só com a educação o Brasil vai voltar a avançar”, afirmou Manuella Mirella, presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEE-PE).

4Multidão nas ruas da capital pernambucana – Foto: caldaspedr/Cuca da UNE 

Em Porto Alegre (RS), mesmo sob forte chuva, a manifestação contou com 20 mil pessoas participaram do protesto. A concentração aconteceu em frente à Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). De lá, caminharam até a Esquina Democrática. A UFRGS teve R$ 55,83 milhões cortados de seu orçamento. De acordo com Rui Vicente Oppermann, reitor da instituição, o corte “implicará na impossibilidade de arcar com os pagamentos de despesas básicas de funcionamento, como energia elétrica, água e telecomunicações”.

 

Por   Publicado em 30 de maio de 2019

 
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Assista ao filme “Bem Vindo Ao Sul”, de Luca Miniero, na Mostra Permanente de Cinema Italiano

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A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

03/06 – 19H: “BEM-VINDO AO SUL” (2010), DE LUCA MINIERO

 

SINOPSE

Alberto é responsável pela agência dos correios em uma cidade pequena em Brianza e para agradar sua mulher Silvia, que gostaria de se mudar para Milão, está pronto para tudo, até mesmo fingir ser deficiente para obter um emprego na grande metrópole. Sua farça é descoberta e a punição é ser transferido para uma pequena cidade na Campânia. E é lá onde “pagará seus pecados” até conhecer pessoas legais que tentam fazê-lo se sentir e viver à vontade. Mas como dizer aos antigos amigos e especialmente a Silvia que tudo está bem?

 

O DIRETOR

Formado em Literatura Moderna, o napolitano Luca Miniero começou seu trabalho dirigindo campanhas para a TV. Seu primeiro filme, “Piccole Cose Di Valore Non Quantificable” (1999), um curta feito em parceria com o amigo Paolo Genovese, chamou atenção da crítica para o novo diretor que surgia. Luca Miniero se estabeleceu no gênero da comédia. Em 2002, seu primeiro longa-metragem “Incantesimo Napoletano”, também em parceria com Paolo Genovese, ganhou um David di Donatello e dois prêmios no Globo de Ouro da Itália. Em 2010, o diretor produz seu primeiro trabalho solo, “Bem-Vindo ao Sul” foi sucesso de bilheteria e o filme mais assistido na Itália naquele ano, façanha que ele volta a conquistar em 2012 com a sequência “Bem-Vindo ao Norte”. Dirigiu também “La scuola più bella del mondo” (2014), “Un boss in salotto” (2014) e “Sono tornato” (2018).

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Bem-Vindo Ao Sul (2010), de Luca Miniero

Duração: 102 minutos

Quando: 03/06 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)