Anuário da educação básica mostra falta de professores bem preparados

Um anuário sobre a educação básica no Brasil mostrou a dimensão das deficiências de qualificação de professores do ensino público em algumas disciplinas.

 

Nas aulas no cursinho, ninguém pisca o olho. Muitos dos alunos chegaram da escola pública e estão vendo pela primeira vez o conteúdo que, para a maioria, já é revisão.

 

A Giovana Negri, de 18 anos, diz que, no ensino médio, praticamente não teve aula de química.

“A minha aula de química eu tinha artes, foi praticamente o ano inteiro assim sem aula. Então, foi bem difícil e, assim, nunca ninguém repôs aula”, contou.

 

A defasagem da Larissa em matemática vem de antes, do ensino fundamental.

“Ficava muito tempo sem professor, muito, muito tempo. Cheguei no meu primeiro ensino médio foi difícil, porque muitas coisas tinham no fundamental, só que eu não aprendi. Então, nossa, foi difícil para mim, complicado”, explicou Larissa dos Santos, de 17 anos.

Quem prepara os alunos do ensino médio para o vestibular sabe bem a lacuna que ficou no aprendizado.

 

“O que ele deveria ter aprendido em três anos é em oito meses, quatro meses, seis meses que ele acaba aprendendo. Ou matemática, física, química ou biologia. Geralmente o professor de ciências ou de matemática que acaba substituindo os professores de outras disciplinas na escola pública”, explicou a diretora pedagógica Alessandra Venturi.

 

As dificuldades começam lá atrás, nos anos finais do ensino fundamental. Quando os estudantes passam a ter contato com novas disciplinas, que exigem professores com mais conhecimento sobre cada assunto. Em muitas escolas públicas do país, esse profissional não existe.

 

O anuário brasileiro da educação básica, divulgado nesta terça (25), mostra que, em 2018, quatro em cada dez professores não tinham a formação adequada para o que ensinavam no sexto e também no nono ano do fundamental. Segundo o levantamento, quase 38% dos docentes do fundamental não fizeram o curso de licenciatura ou a complementação pedagógica necessária para ensinar uma disciplina específica. No ensino médio, o índice chegou perto dos 30%.

 

Quem reuniu e analisou os dados destaca ainda a falta de condições de trabalho para os professores nas escolas públicas e os baixos salários. Fatores que explicam o abandono da profissão e a falta de atrativos para que os estudantes com as melhores notas se dediquem à missão de ensinar.

 

“E o que acontece é isso: a gente tem apagão em algumas disciplinas. Uma coisa que a gente precisa entender de uma vez por todas é que a qualidade da educação, a qualidade do ensino, nunca será superior à qualidade dos seus professores. Então ou o Brasil leva a sério atratividade para carreira e a formação desses professores ou a gente vai perder essa batalha. E perder essa batalha é perder a possibilidade de ter um futuro melhor”, avaliou Priscila Cruz, presidente executiva do Todos pela Educação.

 

 

Por Jornal Nacional – 25/06/2019 22h05 

 

7. la macchina ammazzacattivi1 1

“A Máquina de Matar Pessoas Más” (1952), de Rossellini, entra na sequência de exibições da Mostra Permanente de Cinema Italiano

7. la macchina ammazzacattivi1 1

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: Mostra Permanente de Cinema Italiano

 

 

Uma das mais importantes cinematografias do mundo, a italiana, já quase não é vista nas telas de cinema e televisão do Brasil, cada vez mais abarrotadas de subprodutos da indústria hollywoodiana.

Enquanto o governo insiste em não realizar uma política cultural que garanta aos brasileiros o acesso às melhores obras da produção cinematográfica mundial, inclusive a nossa, a UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) vai fazendo o que pode para preencher a lacuna.

 

 

24/06 – 19H: “A MÁQUINA DE MATAR PESSOAS MÁS” (1952), DE ROBERTO ROSSELLINI

 

 

SINOPSE

Um demônio coloca na câmera fotográfica de um profissional correto o poder para castigar, na Terra, aqueles que são maus. O fotógrafo usa sua nova arma para atingir a todos na sua cidade, começando pelos ricos ou ilustres. Logo, os pobres que ele tanto supunha amar se transformam também em suas vítimas. Inevitavelmente, ele parte para destruir todos.

 

O DIRETOR

Nascido em Roma, Roberto Rossellini realizou, em 1945, a obra tida como marco zero do neorrealismo, movimento que influenciou as correntes estéticas do pós-guerra, desde Godard e Satyajit Ray até o Cinema Novo brasileiro. Seu pai era proprietário do cine-teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendadas pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Nos últimos dias da ocupação nazista, o diretor levou a câmera às ruas para captar a insurreição popular que libertou a cidade em junho de 1944. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado no roteiro que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini.

Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

Nos anos 60-70, com foco na TV, fez filmes sobre personagens históricos, a começar por Giuseppe Garibaldi, “Viva a Itália” (1961). Nesta safra se incluem “A Tomada do Poder por Luís XIV” (1966), “Sócrates” (1971), “Blaise Pascal” (1971), “Santo Agostinho” (1972),   “Descartes” (1974), “Anno Uno” (1974), “O Messias” (1975).

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: A Máquina de Matar Pessoas Más (1952), de Roberto Rossellini

Duração: 80 minutos

Quando: 24/06 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

Vitória-2

OAB pede para STF suspender corte de Bolsonaro na Educação

Vitória-2
Na capital do Espirito Santo, centenas de estudantes criticaram o corte no orçamento – Foto: Edson Chagas/Mídia Ninja

 

O Conselho Federal da OAB ajuizou no Supremo Tribunal Federal ação questionando a legalidade do corte de R$ 5,4 bilhões nas verbas para a educação superior realizado pelo governo Bolsonaro. A ordem pede a concessão de uma medida cautelar para suspender os bloqueios na verba de custeio das universidades federais.

O corte foi anunciado pelo ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, no final do mês de abril. Segundo a Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o corte chegou a atingir até 54% das verbas discricionárias das universidades.

Leia mais: Bolsonaro, Inimigo da Educação

Segundo a OAB, a medida viola a autonomia das universidades. Na petição, o Conselho Federal defende que a educação é um direito garantido pela Constituição e um dos pilares do Estado Democrático de Direito por seu caráter estruturante à promoção da cidadania e pluralismo político, princípios fundamentais da República. 

Na petição, a OAB questiona a manifestação de Weintraub sobre os motivos do corte de verba. Em 30 de abril, o ministro bolsonaristas alegou que o bloqueio ocorreria em três) universidades federais: a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade de Brasília (UnB). Segundo ele a motivação para a limitação orçamentária seria o “desempenho acadêmico abaixo do esperado” e a realização de eventos que foram classificados como “balbúrdia”.

“As alegações do ministro indicam objetivos não republicanos, seja de retaliação a universidades consideradas incômodas ao governo, seja de chantagem para usar os recursos da pasta como moeda de troca visando à obtenção de respaldo político a pautas do Poder Executivo”, aponta a OAB.

A OAB afirma ainda que os cortes realizados pelo governo Bolsonaro podem inviabilizar as universidades federais. “Várias universidades foram a público declarar o risco de paralisação das suas atividades e de demissão de funcionários terceirizados, de descontinuar pesquisas e projetos de extensão e de reduzir a prestação de serviços públicos para a comunidade ao seu entorno”.

“Em outras palavras, as diversas universidades e instituições de ensino federais protestaram e denunciaram o caos no sistema da educação superior que os atos governamentais aqui questionados causaram”, destacou a Ordem.

A OAB relembrou ainda que os cortes de Bolsonaro já provocaram comoção nacional. Nos dias 15 e 30 de maio, milhões de pessoas foram às ruas de todo o país nos primeiros grandes atos contra com o governo Bolsonaro em repúdio ao bloqueio de verbas.  

sp

Em 15 de maio, Avenida Paulista foi ocupada por milhares de manifestantes contra os cortes de Bolsonaro– Foto: Nelson Almeida/AFP

 

Para a OAB, o corte “atenta contra postulados basilares do Estado Democrático de Direito e fragiliza direito constitucional que mereceu tratamento reforçado pela CRFB/88: o direito à educação”.

Amicus Curiae

A OAB também protocolou mais duas petições para entrar como amicus curiae em ações contra o bloqueio de verbas para a educação que tramitam na 7ª Vara Federal da Bahia e no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Numa das ações, a juíza Renata Almeida acatou o pedido do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) e destacou que o corte realizado pelo governo não possui “critérios amparados em estudos”.

“Não se está aqui a defender a irresponsabilidade da gestão orçamentária, uma vez que é dever do administrador público dar cumprimento às metas fiscais estabelecidas em lei, mas apenas assegurando que os limites de empenho, especialmente em áreas sensíveis e fundamentais segundo a própria Constituição Federal, tenham por base critérios amparados em estudos que garantam a efetividade das normas constitucionais”, escreveu a juíza da 7ª Vara Federal.

A liminar concedida pela juíza foi revogada pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Carlos Moreira Alves. Em seu parecer, o juiz usou parte da argumentação de Weintraub de que os cortes são “indispensáveis para o alcance da estabilidade econômica do país”.

Clique aqui e leia a ADPF da OAB

 

Por   Publicado em 20 de junho de 2019

 

thumb 52922 media image 1144x724

Golpe Militar no Chile vira tema do Cinema Com Partido

thumb 52922 media image 1144x724

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

22/06 – 10H: “O DESAPARECIDO” (1982), DE COSTA-GAVRAS

 

 

SINOPSE

Após o golpe militar no Chile (1973), jornalista norte-americano levado a interrogatório desaparece no sinistro Estádio Nacional. Seu pai, um empresário de Nova York, vai a Santiago ajudar a nora a encontrá-lo. Palma de Ouro (melhor filme) e prêmio de melhor ator no Festival de Cannes.

 

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

 

SERVIÇO

Filme:O Desaparecido (1982), de Costa-Gavras

Duração: 122 minutos

Quando: 22/06 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

voyage-to-italy

Assista ao filme “Viagem À Itália“ (1954), de Roberto Rossellini, na Mostra Permanente de Cinema Italiano

voyage-to-italy

 

 

A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

17/06 – 19H: “VIAGEM À ITÁLIA” (1954), DE ROBERTO ROSSELLINI

 

 

SINOPSE

Catherine (Ingrid Bergman) e Alexander Joyce (George Sanders) formam um rico casal de ingleses que viaja para Nápoles, na Itália, com o objetivo de vender uma propriedade que eles herdaram. O relacionamento começa a esfriar e a tensão entre os dois cresce cada vez mais. Catherine entra numa jornada nostálgica ao se lembrar de um poeta que a amava e morreu na guerra. A memória dele supre a falta de romance em seu dia-a-dia. Ela começa a percorrer os museus de Nápoles e Pompéia, imergindo-se no fascínio que os habitantes da cidade tinham pelos mortos. Alexander vaga pela ilha de Capri, flertando com mulheres, mas sem se envolver com nenhuma. Entretanto, todas essas experiências fazem com que eles acabem redescobrindo o verdadeiro sentido do amor que há entre eles.

 

O DIRETOR

Nascido em Roma, Roberto Rossellini realizou, em 1945, a obra tida como marco zero do neorrealismo, movimento que influenciou as correntes estéticas do pós-guerra, desde Godard e Satyajit Ray até o Cinema Novo brasileiro. Seu pai era proprietário do cine-teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendadas pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Nos últimos dias da ocupação nazista, o diretor levou a câmera às ruas para captar a insurreição popular que libertou a cidade em junho de 1944. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado no roteiro que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini.

Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

Nos anos 60-70, com foco na TV, fez filmes sobre personagens históricos, a começar por Giuseppe Garibaldi, “Viva a Itália” (1961). Nesta safra se incluem “A Tomada do Poder por Luís XIV” (1966), “Sócrates” (1971), “Blaise Pascal” (1971), “Santo Agostinho” (1972),   “Descartes” (1974), “Anno Uno” (1974), “O Messias” (1975).

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Viagem À Itália (1954), de Roberto Rossellini

Duração: 85 minutos

Quando: 17/06 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

coronel delmiro gouveia

Desnacionalização das empresas brasileiras é retratada em filme sobre o Coronel Delmiro Gouveia

coronel delmiro gouveia

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

15/06 – 10H: “CORONEL DELMIRO GOUVEIA” (1976), DE GERALDO SARNO

 

 

SINOPSE

Ao perder o domínio do mercado brasileiro de linhas de costura, a Machine Cottons tenta comprar a fábrica do concorrente. Delmiro Gouveia se nega a vendê-la. É misteriosamente assassinado. Em 1929, a fábrica é adquirida pela Machine, desmontada e suas peças lançadas na Cachoeira de Paulo Afonso. O filme narra a saga do pioneiro da indústria no Nordeste.


Após o filme, durante o debate, contaremos com a presença de Sérgio Cruz, médico e jornalista, redator da Hora do Povo.

 

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Coronel Delmiro Gouveia (1976), de Geraldo Sarno

Duração: 90 minutos

Quando: 15/06 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

Protesto-dia-15

Justiça manda suspender cortes na verba das universidades federais

Protesto-dia-15No mês de maio, milhões de estudantes foram às ruas contra os cortes na verba das universidade – Foto: Cuca da UNE/Divulgação

A Justiça Federal da Bahia determinou a suspenção dos cortes nas verbas e custeio das universidades federais realizados por Bolsonaro e seu ministro da Educação Abraham Weintraub. Segundo a decisão, o MEC tem 24 horas para cumprir a reintegração da verba das instituições federais de ensino, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

A decisão da juíza Renata Almeida, da 7ª Vara Federal, na Bahia, acolhe a ação do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (UnB). De acordo com a juíza, o corte realizado pelo governo não possui “critérios amparados em estudos”.

Ela cita ainda “diversas ações populares e ações civis públicas” com a mesma solicitação.

“Não se está aqui a defender a irresponsabilidade da gestão orçamentária, uma vez que é dever do administrador público dar cumprimento às metas fiscais estabelecidas em lei, mas apenas assegurando que os limites de empenho, especialmente em áreas sensíveis e fundamentais segundo a própria Constituição Federal, tenham por base critérios amparados em estudos que garantam a efetividade das normas constitucionais”, escreveu.

Ela também criticou os ataques do ministro da Educação, Abraham Weintraub, às universidades federais, acusando-as de balbúrdia.

“Não há necessidade de maiores digressões para concluir que as justificativas apresentadas não se afiguram legítimas para fins de bloqueio das verbas originariamente destinadas à UNB, UFF e UFBA, três das maiores e melhores Universidades do país, notoriamente bem conceituadas, não apenas no ensino de graduação, mas também na extensão e na produção de pesquisas científicas. As instituições de ensino em questão sempre foram reconhecidas pelo trabalho de excelência acadêmico e científico ali produzido, jamais pela promoção de “bagunça” em suas dependências”, seguiu a juíza.

Em abril deste ano, o governo anunciou o corte de em média 30% na verba de custeio – destinada ao pagamento de despesas como água, luz, limpeza, manutenção e segurança, das instituições federais de ensino. De acordo com os reitores das universidades, o corte inviabilizará as instituições a partir do segundo semestre.

Leia mais: Corte atinge até 54% da verba para custeio das universidades, aponta Andifes

Após o corte, estudantes, professores, pesquisadores e cientistas das universidades públicas iniciaram uma série de atos em defesa da Educação e em repúdio à perseguição ao conhecimento realizada pelo governo Bolsonaro.

Nos dias 15 e 30 de maio, milhões de pessoas saíram às ruas de todo o país em manifestações gigantescas contra os cortes.

Por   Publicado em 7 de junho de 2019

 
06 14 Prancheta 1

14 de junho GREVE GERAL!

Contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro!
Todo ser humano tem direito à Educação, Emprego e Aposentadoria. Não deixe que roubem o seu!

06 14 Prancheta 1

06 14-02

WhatsApp Image 2019-06-06 at 12.29.01

Diretoria da UMES se reúne com Secretário Executivo da Prefeitura

Na tarde de ontem diretoria da UMES esteve reunida com Lucas Sorrillo Secretário executivo da Prefeitura e Davi Rodrigues vice presidente da UPES e trataram assuntos  e projetos para o movimento estudantil.

 

WhatsApp Image 2019-06-06 at 12.29.01

Captura de Tela 2019-06-05 as 23.33.53

Assista ao filme “Nós, As Mulheres“, de Rossellini, Visconti, Zampa, Franciolini e Guarini, na Mostra Permanente de Cinema Italiano!

Captura de Tela 2019-06-05 as 23.33.53

 

 

A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

10/06 – 19H: “NÓS, AS MULHERES” (1953), DE ROSSELLINI, VISCONTI, ZAMPA, FRANCIOLINI E GUARINI

 

 

SINOPSE

Episódios que mostram atrizes famosas interpretando a si mesmas em situações cotidianas. Alida Valli tenta seduzir o noivo de sua assistente. Ingrid Bergman aparece em seu dia-a-dia, cuidando dos filhos, cozinhando e recebendo visitas. Isa Miranda lamenta ter aberto mão da maternidade para se dedicar à carreira de atriz. E Anna Magnani que briga com um taxista por causa de seu cachorrinho de estimação.

 

OS DIRETORES

Roberto Rosselini (1906-1977)

Nascido em Roma, Roberto Rossellini realizou, em 1945, a obra tida como marco zero do neorrealismo, movimento que influenciou as correntes estéticas do pós-guerra, desde Godard e Satyajit Ray até o Cinema Novo brasileiro. Seu pai era proprietário do cine-teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendadas pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Nos últimos dias da ocupação nazista, o diretor levou a câmera às ruas para captar a insurreição popular que libertou a cidade em junho de 1944. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado no roteiro que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini.

Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

Nos anos 60-70, com foco na TV, fez filmes sobre personagens históricos, a começar por Giuseppe Garibaldi, “Viva a Itália” (1961). Nesta safra se incluem “A Tomada do Poder por Luís XIV” (1966), “Sócrates” (1971), “Blaise Pascal” (1971), “Santo Agostinho” (1972),   “Descartes” (1974), “Anno Uno” (1974), “O Messias” (1975).

Luchino Visconti (1906-1976)

Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, nasceu em Milão e descende da família Visconti da antiga nobreza italiana. Começou seu trabalho no cinema como assistente do diretor francês Jean Renoir nos filmes “Toni” (1934), “Les Bas-Fonds” (1936), “Partie de Campagne” (1936). Ingressou no Partito Comunista d’Italia em 1942. Seu primeiro filme como diretor foi “Obsessão” (1943). Voltou-se em seguida para o teatro. Em 1948, realizou “La Terra Trema”, um clássico do cinema neorrealista. Recebeu sua primeira premiação no Festival de Veneza (Leão de Prata), em 1957, pelo filme “As Noites Brancas” – baseado em conto de Fiodor Dostoievski. Em 1960, chega aos cinemas “Rocco e Seus Irmãos” e, em 1963, o mais aplaudido de seus trabalhos, “O Leopardo”, adaptação do romance de mesmo nome de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Depois vieram “As Vagas Estrelas da Ursa” (1965), “O Estrangeiro” (1967), “Os Deuses Malditos” (1969), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig” (1972), “Violência e Paixão” (1974) e “O Intruso” (1976).

Visconti assina também a direção de 42 peças teatrais e 20 óperas encenadas entre 1945 e 1973.

Luigi Zampa (1905-91)

Luigi Zampa nasceu em 1901 em Roma. Estudou Engenharia e, nesse período, ele escreveu algumas comédias, entre 1930 e 1932, além de, em 1933, dirigir seu primeiro o curta-metragem documental “Risveglio Di Una Cittá”. Logo após, estudou Roteiro e Direção no consagrado Centro Sperimentale di Cinematografia, entre os anos 1932 e 1937. Sua atuação como diretor de longa se deu com “L’Attore Scomparso” (1941), tendo dirigido filmes como seu primeiro sucesso, o premiado “Vivere In Pace” (1947), indo clássicos como “Campane a Martello” (1949) e “Anni Ruggenti ” (1962). Em suas obras, o entretenimento está intrinsecamente ligado à notação de costumes decorrente da observação do comportamento italiano diante de mudanças na sociedade.

Gianni Franciolini (1910-1960)

Gianni nasceu em Florença. Começou a frequentar os espaços cinematográficos desde muito cedo, indo a Paris em 1930 para ser assistente dos diretores Eugène Deslaw e Georges Lacombe. Voltou à Itália em 1938 colaborando como roteirista e também assistente de direção de icônicos diretores como Camillo Mastrocinque e Mario Soldati. Seu primeiro trabalho autoral foi o longa-metragem “Inspetor Vargas“ (1940), gravando em seguida “Faróis no Nevoeiro“ (1942), sendo considerado um dos filmes que abriram o caminho para o neorrealismo. Franciolini também assinou grandes obras como “A Noiva Não Pode Esperar“ (1949), “Bom Dia, Elefante“ (1952) e “Nós, As Mulheres“ (1953), em que divide a direção com Roberto Rossellini, Luchino Visconti, Luigi Zampa e Alfredo Guarini.

Alfredo Guarini (1901-1981)

Nascido em Gênova, dirigiu a maioria dos seus filmes durante os anos 40 e 50. Fundou em 1934 a empresa “Tirena Filmes” onde trabalhou com diretor e produtor. Dirigiu o primeiro episódio de  “Nós, as Mulheres”, “Quatro Atrizes e Uma Esperança”. É produtor de “Documento Z3”(1942) , “As Paredes de Malapaga” (1949, René Clement), “Romance na Itália” (1954, Roberto Rossellini).

 

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Nós, As Mulheres (1953), de Roberto Rossellini, Luchino Visconti, Luigi Zampa, Gianni Franciolini e Alfredo Guarini

Duração: 95 minutos

Quando: 10/06 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)