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Mais de um milhão de pessoas saem às ruas em defesa da educação brasileira

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Na capital paulista, mais de 300 mil pessoas participaram do ato no Largo da Batata – Foto: AFP

 

Neste 30 de maio, mais de um milhão de pessoas foram às ruas de todo o país contra o corte de R$ 5,8 bilhões no orçamento da Educação realizado por Bolsonaro e seu ministro da Educação Abraham Weintraub.

Estudantes, pais de estudantes, professores e demais trabalhadores participaram do segundo dia de mobilização contra os cortes. De acordo com o levantamento da União Nacional dos Estudantes (UNE), foram realizados protestos em 208 cidades de todas as unidades da federação.

O corte do orçamento da Educação atinge diretamente as verbas de custeio, o que inviabiliza as instituições federais de ensino. No caso das universidades federais, o corte está na ordem de 30% da verba destinada ao pagamento de despesas como água, luz, limpeza, segurança e manutenção das unidades.

Desde que assumiu o Ministério da Educação (MEC), Abraham Weintraub tem gasto muita energia atacando as universidades públicas. Há um mês, o ministro anunciou o corte de pelo menos 30% no orçamento das universidades e institutos federais de todo o país. Diversos reitores universitários e de Institutos Federais (IFs) afirmaram que é impossível manter a qualidade com cortes tão profundos.

2Dirigentes das entidades estudantis: UMES, UPES, UEE-SP, UNE e UBES, durante o ato de São Paulo –
Foto: 
kboughoff/Cuca da UNE

Para Marianna Dias, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), que convocou as manifestações, “os estudantes organizados mostraram sua força. Muita gente deve ter duvidado que seria possível colocar tanta gente na rua por duas vezes, mas foi um dia vitorioso para a luta de massas do nosso país”.

No dia 15, data da primeira manifestação, Bolsonaro chamou os dois milhões de manifestantes de “idiotas úteis” e “imbecis”. Desta vez, seu ministro da Educação falou que os professores coagem os alunos a participarem das manifestações.

“Bolsonaro não compreende o que é essa multidão na rua, e, enquanto ele não compreender, nós vamos estar nas ruas, mobilizados. O Bolsonaro não quer se defrontar com a realidade, porque, se ele fizer isso, vai perceber que ela não está a seu favor. Não têm professor algum coagindo seus alunos a irem para as ruas. São os estudantes que estão motivando todo o povo brasileiro a lutar pelos seus direitos”, afirmou Marianna em entrevista à Hora do Povo.

O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Pedro Gorki, avalia que “é na rua que vamos barrar esse crime contra a Educação. A movimentação da massa dos estudantes, a massa dos trabalhadores e de pessoas preocupadas com a educação vai garantir o recuo do ministro”.

“Dia 15 foi imenso, hoje foi imenso. O recado para o governo está sendo dado: ‘Bolsonaro está indo no caminho contrário do que a juventude quer, do que o povo quer e do que o país precisa. Sonhamos com um país independente, desenvolvido, soberano, com tecnologia e oportunidades, e esses cortes nos deixam mais longe disso”, comentou.

Karen Castelli, diretora da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), afirmou que “a pós-graduação brasileira, que é parte importante da pesquisa brasileira, que produz muita tecnologia, será destruída com esses cortes. Primeiro por conta da infraestrutura, dos insumos, das coisas que precisamos para desenvolver a pesquisa, mas também por conta das bolsas, que estão sendo cortadas pelo ministro”.

Leia mais – 30 de Maio: Estudantes voltam às ruas contra os cortes de Bolsonaro

A manifestação em São Paulo teve sua concentração às 16h, no Largo da Batata, na zona oeste da cidade, e caminhou em direção a Avenida Paulista. Cerca de 300 mil pessoas participaram.

O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), Lucas Chen, afirmou que “essa é a continuidade da nossa luta. As entidades estão fortes, os estudantes estão na rua. Vamos barrar os cortes do Bolsonaro e do Weintraub desse jeito”.

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A presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), Nayara Souza, afirmou que “os atos aconteceram nos interiores de todo o estado, onde tempos universidades federais, a UNESP, a UNICAMP. É saldo é muito positivo, é lindo ver estudante, professor e trabalhador lutando pela Educação”.

Leia mais – SP: Manifestantes ocupam o Largo da Batata em defesa da Educação

Assim como o primeiro ato, realizado no dia 15, a manifestação desta manifestação adquiriu um caráter nacional.

No Rio de Janeiro, 100 mil pessoas estiveram na Candelária, no centro, a partir das 15h. A manifestação seguiu pela Avenida Rio Branco até chegar à Cinelândia.

Leia mais – Rio: Manifestantes fazem ato da Candelária à Cinelândia contra os cortes

Em Belo Horizonte (MG), 200 mil pessoas se concentraram na Praça Afonso Arinos, no centro, às partir das 17, e caminharam até a Praça da Estação, onde aconteceram shows com artistas que rejeitam os cortes na Educação.

3Em Belo Horizonte, protesto se estendeu da Praça Afonso Arinos até a Praça da Estação –
Foto: Cristiane Mattos/ O Tempo

Em Fortaleza (CE), 100 mil marcharam da Praça da Gentilândia até a Concha Acústica da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde um ato cultural foi realizado. O corte de 30% no orçamento da UFC afetará “gravemente seu ensino, pesquisa e extensão”, afirmou Henry Campos, reitor da universidade.

Em Refice (PE), 100 mil pessoas compuseram o ato que marchou da frente do Ginásio Pernambucano, no centro, até a Praça da Independência. “O presidente Jair Bolsonaro não voltou atrás com os cortes. Não vamos parar enquanto ele não suspender o contingenciamento até que ele entenda que só com a educação o Brasil vai voltar a avançar”, afirmou Manuella Mirella, presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEE-PE).

4Multidão nas ruas da capital pernambucana – Foto: caldaspedr/Cuca da UNE 

Em Porto Alegre (RS), mesmo sob forte chuva, a manifestação contou com 20 mil pessoas participaram do protesto. A concentração aconteceu em frente à Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). De lá, caminharam até a Esquina Democrática. A UFRGS teve R$ 55,83 milhões cortados de seu orçamento. De acordo com Rui Vicente Oppermann, reitor da instituição, o corte “implicará na impossibilidade de arcar com os pagamentos de despesas básicas de funcionamento, como energia elétrica, água e telecomunicações”.

 

Por   Publicado em 30 de maio de 2019

 
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Assista ao filme “Bem Vindo Ao Sul”, de Luca Miniero, na Mostra Permanente de Cinema Italiano

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A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

03/06 – 19H: “BEM-VINDO AO SUL” (2010), DE LUCA MINIERO

 

SINOPSE

Alberto é responsável pela agência dos correios em uma cidade pequena em Brianza e para agradar sua mulher Silvia, que gostaria de se mudar para Milão, está pronto para tudo, até mesmo fingir ser deficiente para obter um emprego na grande metrópole. Sua farça é descoberta e a punição é ser transferido para uma pequena cidade na Campânia. E é lá onde “pagará seus pecados” até conhecer pessoas legais que tentam fazê-lo se sentir e viver à vontade. Mas como dizer aos antigos amigos e especialmente a Silvia que tudo está bem?

 

O DIRETOR

Formado em Literatura Moderna, o napolitano Luca Miniero começou seu trabalho dirigindo campanhas para a TV. Seu primeiro filme, “Piccole Cose Di Valore Non Quantificable” (1999), um curta feito em parceria com o amigo Paolo Genovese, chamou atenção da crítica para o novo diretor que surgia. Luca Miniero se estabeleceu no gênero da comédia. Em 2002, seu primeiro longa-metragem “Incantesimo Napoletano”, também em parceria com Paolo Genovese, ganhou um David di Donatello e dois prêmios no Globo de Ouro da Itália. Em 2010, o diretor produz seu primeiro trabalho solo, “Bem-Vindo ao Sul” foi sucesso de bilheteria e o filme mais assistido na Itália naquele ano, façanha que ele volta a conquistar em 2012 com a sequência “Bem-Vindo ao Norte”. Dirigiu também “La scuola più bella del mondo” (2014), “Un boss in salotto” (2014) e “Sono tornato” (2018).

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Bem-Vindo Ao Sul (2010), de Luca Miniero

Duração: 102 minutos

Quando: 03/06 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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Colonialismo, imperialismo e a defesa da Pátria são temas abordados em filme no Cinema Com Partido

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

01/06 – 10H: “QUEIMADA” (1969), DE GILLO PONTECORVO

 

 

SINOPSE

Londres envia à ilha de Queimada, colônia de Portugal, o fomentador de rebeliões Sir William Walker. Com José Dolores liderando a revolta dos escravos e o hesitante Teddy Sanchez à frente da elite criolla, Walker obtém a independência da ilha. Dez anos depois, ele é de novo acionado: o governo de Queimada batia continência para a companhia açucareira inglesa, mas Dolores retornara à luta revolucionária e precisava ser eliminado.

 

Após o filme, haverá um debate que contará com a presença de Leonardo Severo, redator-especial do jornal Hora do Povo e escritor do livro “Curuguaty – Carnificina para um golpe”, que retrata o massacre dos camponeses e a derrubada do presidente Fernando Lugo.

 

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Queimada (1969), de Gillo Pontecorvo

Duração: 112 minutos

Quando: 01/06 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

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Quem financia a Ciência no Brasil?

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Bolsonaro perde de 7 X 1 dos atos em defesa da Educação

P1-INTERNET-Ato-Bozo-16-e-43-principal-ato-CM-HP-1Avenida Paulista na esquina da Peixoto Gomide, às 16:43h, local da principal
concentração do ato, com o boneco de Bolsonaro (foto: CM -HP)

 

As manifestações de domingo não juntaram muita gente porque não podiam juntar muita gente. Não existem muitos brasileiros – ou seres humanos, em qualquer parte do mundo – que se reúnam para apoiar a volta ao escravagismo, o extermínio dos idosos (os idosos pobres, bem entendido) ou a obrigação forçada de ser ignorante.

Se o leitor acha que estamos exagerando, vejamos a experiência de Mariana Motta, do Canal Púrpura.

Mariana saiu à rua, no domingo, no meio da manifestação bolsonarista em São Paulo, na Avenida Paulista, com cartazes em que escreveu as coisas mais absurdas que pôde imaginar:

Não quero me aposentar

Não à ditadura gayzista, chega de heterofobia

Brasil e EUA acima de tudo

Chega de universidades! Armas sim, bolsas não

Só faltou exigir que a reitoria da USP seja entregue ao Olavo de Carvalho, para que este, depois de fechar a universidade, toque fogo nas suas bibliotecas (se é que ela não o fez: o vídeo completo da experiência de Mariana com os bolsonaristas de domingo tem 1h11min55s, portanto, não assistimos tudo, algo que o leitor poderá fazer, pois é muito divertido).

Resultado das experiência de Mariana: foi aplaudida intensamente e por pouco não se torna musa dos bolsonaristas. Logo ela, que está muito mais para a esquerda. Para completar, os bolsonaristas distribuíram imagens de Mariana e seus cartazes surrealistas em suas próprias páginas nas “redes sociais”. Eles acharam geniais as reivindicações da “youtuber”.

Supomos que, se aparecesse alguém propondo que o Prêmio Nobel da Paz fosse concedido postumamente a Adolf Hitler, talvez também fosse muito bem, aplaudido…

Uma coisa dessas não podia juntar muita gente.

Não é uma avaliação apenas nossa.

O deputado Marcelo Ramos, presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, disse o seguinte sobre as manifestações bolsonaristas:

“Julgo que Bolsonaro se isolou com seu eleitorado radical, perdeu o eleitor moderado e rompeu barreiras em que terá de negociar sozinho os votos para aprovar as matérias de interesse do governo.”

Uma conhecida jornalista, defensora tenaz da “reforma da Previdência”, escreveu:

“Ao longo do dia, foram sendo desmontadas algumas narrativas erigidas depois do protesto, como a de que a rua, em coro, pediu reforma da Previdência. (…) se for usar a pressão popular para acuar o Congresso, Bolsonaro corre o risco de dar um tiro no pé” (Vera Magalhães, No dayafter, nuvens no céu para o governo, 27/05/2019).

Em São Paulo, os bolsonaristas aproveitaram uma via pública que, aos domingos, é fechada para que a população tenha um espaço de lazer, para engrossar suas fotos com aqueles que nada tinham a ver com sua manifestação.

Mesmo assim, como se pode ver no vídeo do Canal Púrpura, o comparecimento foi ralo, apesar dos oito caminhões de som, das convocações de Bolsonaro e adeptos, do dinheiro colocado pelo lumpem-empresariado que o segue, etc.

Um dos pontos culminantes foi o discurso do sr. Oscar Maroni, dono do prostíbulo “Bahamas Night Club” e organizador do concurso Miss Garota de Programa, condenado por exploração do meretrício – e depois absolvido, pelo Tribunal de Justiça, com a alegação de que as prostitutas apenas frequentam o seu estabelecimento, e lá exercem o seu ofício, mas não são funcionárias dele. No carro de som do “Revoltados Online”, Maroni, o empreendedor, berrou: “Bolsonaro, nós te amamos. Porque você está bem intencionado, bem diferente do gordinho do Rodrigo Maia”.

Trata-se de um autêntico defensor da família, especialista em boas intenções.

São Paulo não foi muito diferente do Rio, onde houve espaço vazio até para que um grupo de ex-paraquedistas – inclusive com suas panças hoje algo pronunciadas – fizesse uma espécie de carreirinha (não, leitor, não vamos sugerir comparações de ordem ferroviária) no meio do pessoal.

Espantosamente (ou não) um dos alvos da manifestação, que começou com gritos de “Olavo, o Brasil te ama”, eram os militares.

Havia uma grande concentração de trios elétricos na avenida Atlântica. Aliás, apesar do espaço e do tempo não ser grande, houve de tudo. Desde um grupo pedindo que Bolsonaro enquadre a OAB e extingua o exame para ser advogado (deve ser por isso que eles querem acabar com as universidades: é o único jeito de não levarem pau nas provas) até grupos exigindo que “o povo tome conta do que é dele” (só pode ser a ala comunista do bolsonarismo), passando pelos que queriam fechar a Câmara, fechar o Senado, fechar o STF, fechar o Centrão (?), fechar o Exército, fechar o MBL (um cartaz dizia: “MBL = Movimento Bum-bum Livre”) e fechar o Rodrigo Maia (não foi bem isso? Bem, leitor, como dizia aquele economista, o que importa é o espírito da coisa).

Nenhum desses grupos era maior que o dos monarquistas (será que querem o Bolsonaro como rei, em vez de algum Orleans e Bragança?). Mas, todos eles juntos, até que faziam certa figura.

Longe de nós, aqui, a ideia de subestimar as manifestações bolsonaristas. Pelo contrário, até porque esse pessoal que apoia o Bolsonaro existe – ainda que boa parte pareça já embalsamada, física ou mentalmente.

Agora, é como diz o senador Randolfe Rodrigues: “nem se compara com os protestos do dia 15, estão muito abaixo. Se for comparar com o dia 15, foi um 7 a 1 para o dia 15”.

Isso, com o presidente da República recém-eleito convocando, com toda a sua trupe berrando há 15 dias ou mais, com mais de um carro de som por quarteirão (na avenida Paulista, por exemplo, nossa reportagem registrou oito carros de som para menos que isso de manifestação – e longe de ser compacta).

E vamos ser precisos: a metáfora do senador é boa, mas a comparação com as manifestações contra os cortes da Educação nem é, na verdade, 7 para 1. Talvez o mais próximo seja 12 para 1 – ou alguma coisa mais.

Existe um aspecto de Bolsonaro que frequentemente é apagado por aquele outro, em geral mais proeminente – a sua estupidez. Trata-se do ridículo. O problema é que esse último aspecto é, na verdade, uma sublegenda do primeiro.

Veja o leitor o seguinte vídeo, gravado e postado por seus apoiadores no último domingo: “Bolsonaro fala sobre as manifestações em emocionante discurso na igreja após receber oração”.

Se isso não é o cúmulo do ridículo – o sujeito, só para lembrar, é presidente da República -, ninguém sabe o que é ridículo.

Disse Bolsonaro que as manifestações que ele próprio convocou era “uma manifestação espontânea, com uma pauta definida”.

Manifestação espontânea com pauta definida? Uai, quem estabeleceu a pauta? Era também “espontânea”? Mas era “definida”?

Por exemplo, aqueles trogloditas que, no domingo, tiraram uma faixa com os dizeres “Em Defesa da Educação” na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Era essa a pauta definida? (v. Bolsonaristas arrancam faixa “Em defesa da Educação” da UFPR).

Ou aqueles que, em São Paulo, enterraram, sob lápides, a Previdência, a Educação, a liberdade de expressão e o escambau. Era essa a pauta?

Nós aqui, fizemos um levantamento das manifestações bolsonaristas. Inclusive, como se diz, in loco.

Mas, cá entre nós, reunir algumas senhoras que pareciam não ver a luz do Sol há muitos anos, para ser contra pagar aposentadoria aos trabalhadores – elas, evidentemente, não precisam de aposentadoria, até porque jamais trabalharam – não é um prodígio.

Que a isso se juntem alguns poucos jovens oligofrênicos a imbecis já adultos, é coisa já vista no mundo, várias vezes. Um pouco mais extravagantes eram aquelas outras mulheres, vestidas como se fossem ao Jockey para algum Grande Prêmio.

Porém, o bolsonarista típico é o rufião. Veja-se o vídeo do Paraná ou o discurso do sr. Maroni em São Paulo, ou o do próprio Bolsonaro na igreja evangélica em que recebeu a bênção (apesar de, segundo o pastor, Bolsonaro ser enviado diretamente por Deus).

O bolsonarista típico é o rufião, o arruaceiro, o cáften, o “miliciano”.

Fora isso, o mais interessante é que Bolsonaro – há sete meses, eleito com 57,7 milhões de votos – esteja murchando tão rapidamente.

As manifestações de domingo, nem os principais grupos que participaram da campanha de Bolsonaro apoiaram – e ele e seus sequazes reagiram com a ingratidão que lhes caracteriza.

Mas isso é somente o começo do definhamento.

C.L.
Por   Publicado em 28 de maio de 2019

 

 

vítimas da tormenta

Assista ao filme “Vítimas da Tormenta”, de Vittorio de Sica, na Mostra Permanente de Cinema Italiano

vítimas da tormenta

 

 

A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

 

27/05 – 19H: “VÍTIMAS DA TORMENTA” (1946), DE VITTORIO DE SICA

 

 

SINOPSE

Um retrato das crianças de rua na Itália pós-guerra. Giuseppe e Pasquale são duas crianças, dois grandes amigos que vivem de lustrar os sapatos de soldados americanos. Eles dividem suas esperanças e seus sonhos inocentes de um futuro melhor, mas acabam presos numa terrível instituição para menores.

 

O DIRETOR

Diretor, ator, escritor e produtor, Vittorio De Sica nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, ele fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.

De Sica voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Humberto D” (1951) – os dois primeiros realizados em parceria com o escritor Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Decameron 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Vítimas da Tormenta (1946), de Vittorio de Sica

Duração: 90 minutos

Quando: 27/05 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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Contra a censura! A voz dos estudantes será ouvida nas ruas!

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Após o desrespeito total desse governo com os estudantes e o povo brasileiro no dia 15 de Maio em sua fala Bolsonaro chamou toda a população que participou da manifestação de “idiotas úteis” e “massa de manobra”.


Agora o Ministro Abraham Weintraub se recusou a ouvir os estudantes na última quarta-feira (22), na comissão de educação, e os parlamentares bolsonaristas tentaram calar Marianna Dias (presidente da UNE) e Pedro Gorki (presidente da UBES). Os estudantes foram agredidos pelos seguranças quando expulsos do Plenário. Estava prevista a fala das lideranças estudantis.

“Nós somos o pesadelo do governo Bolsonaro e não vamos deixar esse governo dormir em paz, porque estão tentando tirar direito dos estudantes, tirar direito dos estudantes é crime contra o povo”- falou Marianna Dias logo após ter sido agredida pelos policiais- “Se os estudantes não podem estar na casa do povo, depois de parar o Brasil para falar com o Ministro da Educação, onde mais a gente tem que estar?”

Não vamos aceitar esse desrespeito, dois estudantes foram agredidos na casa do povo e isso é mais um motivo para irmos as ruas no dia 30, juntos a Marianna Dias e Pedro Gorki. Repudiamos esse governo que é inimigo da educação e do povo. Eles não vão nos calar, dia 30 a aula é na rua!

 

 

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Entidades estudantis convocam novo ato para o dia 30 de maio

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Bolsonaro, inimigo da educação!

No último dia 30 de Abril, Bolsonaro e seu ministro da educação cortaram as verbas das universidades públicas e institutos federais. Um crime contra a educação e o povo brasileiro!

 

Desde que este governo foi eleito, seu projeto consiste em destruir todo o patrimônio público brasileiro. Começou cortando 5,8 bilhões da educação e agora se empenha em destruir todo o sistema educacional brasileiro, cortando 36% das verbas dos IF’s e UF’s.

 

No dia 15 de maio, nossa luta apenas começou! Foi com esse espirito que construímos um grande tsunami que tomou conta das ruas, milhões de pessoas disseram não aos cortes em mais de 240 cidades.

 

Não contente em cortar a verba da educação, Bolsonaro – nos Estados Unidos – chamou professores, estudantes cientistas e o povo de massa de manobra, idiotas úteis e imbecil. De sem educação já basta o Presidente!

 

A nossa luta é para revogar os cortes! Somente com essa medida podemos continuar entrando na universidade e descobrindo novas tecnologias.

 

Quem faz balbúrdia é o governo e nossa luta segue firme até Bolsonaro e seu ministro recuarem dos cortes na educação. Que cortem o dinheiro passado aos bancos por meio dos juros!

 

Por isso convocamos todos às ruas no dia 30 às 16h NO LARGO DA BATATA, para dizer basta a politica de precarização do Ensino!

 

 

serras da desordem

Cinema Com Partido denuncia a intervenção agressiva do homem branco contra populações indígenas

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

25/05 – 10H: “SERRAS DA DESORDEM” (2005), DE ANDREA TONACCI

 

 

SINOPSE

Seguindo a história de Carapirú, um índio Awá-Guajá sobrevivente do massacre de sua tribo por madeireiros, o filme retrata a intervenção agressiva do homem branco contra as populações indígenas, desmatando e desabitando suas regiões em busca de enriquecer com a exploração dos recursos naturais. Melhor filme no Festival de Gramado (2006).

 

 

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Serras da Desordem (2005), de Andrea Tonacci

Duração: 135 minutos

Quando: 25/05 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

o ouro de nápoles

Assista ao filme “O Ouro de Nápoles”, de Vittorio de Sica, na Mostra Permanente de Cinema Italiano

o ouro de nápoles

 

 

A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

20/05 – 19H: “O OURO DE NÁPOLES” (1954), DE VITTORIO DE SICA

 

 

SINOPSE

Seis histórias incomuns descrevem um pouco a cidade de Nápoles: uma vendedora de pizza com humor instável, que perdeu o anel de noivado; uma prostituta que se casa; um palhaço que tem sua vida explorada por um gangster; um jogador fracassado; um professor que diz vender sabedoria; o funeral de uma criança morta.

 

O DIRETOR

Diretor, ator, escritor e produtor, Vittorio De Sica nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, ele fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.

De Sica voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Humberto D” (1951) – os dois primeiros realizados em parceria com o escritor Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Decameron 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: O Ouro de Nápoles (1954), de Vittorio de Sica

Duração: 138 minutos

Quando: 20/05 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)