Tsunami da educação toma as ruas do Brasil
Foto via March for Science
Ontem os estudantes de todos os cantos do Brasil foram as ruas para defender os institutos federais e Universidades federais contra os ataques do governo Bolsonaro, onde são os lugares que mais se produz conhecimento científico do país, exatamente 95% da produção científica estão nestas instituições. Mas o próprio governo sabe da capacidade de criação tecnológica que gira em torno desses campus e por isso os ataca com o corte de verbas.
Cerca de 250 cidades realizaram manifestações por todo Brasil, incluindo as capitais e o Distrito Federal. Milhões de pessoas foram às ruas manifestar contra os cortes e exigir uma educação pública, gratuita e de qualidade, além de cobrar o Governo Bolsonaro. Somente em São Paulo, cerca de 500 mil pessoas se concentraram em frente ao MASP e seguiram em direção à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo para prestar repúdio aos ataques realizados pela CPI destinada a “investigar” as universidades estaduais.
A manifestação foi engrossada por diversos professores e funcionários ligados à educação, além de uma gigantesca massa de indignados e preocupados com o futuro da nação. Desde às 7 horas da manhã, já era possível encontrar manifestações nas Universidades como a USP e UNICAMP, e nas escolas estaduais como a ETEC Getúlio Vargas e IFSP. Além das diversas manifestações regionais e localizadas, a educação atendeu ao chamado da Greve Nacional da Educação convocada pela CNTE e que contou com o apoio de diversos sindicatos e associações como APEOESP, SINPEEM e o Fórum das Seis.
Para Guilherme Lucas, Diretor de Escolas Técnicas da UMES, “se tornou nítido a indignação dos estudantes com o pensamento do governo ao adotar medidas que destruirão o conhecimento, a saúde e as necessidades mais básicas do povo Brasileiro, mostrando que o único pensamento que é manifestado pelo governo Bolsonaro é ausentar o Estado de seus deveres com a população e enriquecer cada vez mais o setor financeiro. Só que ele não contava com a determinação dos estudantes de irem para as ruas mostrar o seu verdadeiro poder de voz e garra ao defender os seus direitos, e que isso apenas será o início de um calendário de luta tomando as ruas e pintando de verde e amarelo.”
Já o Presidente da UMES, Lucas Chen, declarou: “a hora da unidade entre o povo brasileiro é agora! Devemos unir forças para derrotar Bolsonaro e seu plano de destruir tudo o que for patrimônio brasileiro. Nossos esforços estão voltados para revogar estes cortes e salvar a aposentadoria pública e solidária. Vamos em frente, organizar assembleias e comícios, panfletagens e debates para esclarecer e levantar cada rincão em defesa da nossa soberania e de nosso desenvolvimento.
Realizar o Segundo Grande Ato pela Educação e colocar o Tsunami da Educação na rua novamente é fortalecer a luta popular e marchar rumo à Greve Geral do dia 14 de junho!
Bolsonaro que se cuide, pois a juventude tá na rua pra lutar, e não pouparemos esforços para arrebatar cada inimigo do povo e da educação!”
O Segundo Grande Ato Pela Educação acontece no dia 30 de maio às 17h no Largo da Batata.
Veja abaixo mais matérias sobre as manifestações de ontem.
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