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Tsunami da educação toma as ruas do Brasil

WhatsApp Image 2019-05-16 at 12.41.17Foto via March for Science


Ontem os estudantes de todos os cantos do Brasil foram as ruas para defender os institutos federais e Universidades federais contra os ataques do governo Bolsonaro, onde são os lugares que mais se produz conhecimento científico do país, exatamente 95% da produção científica estão nestas instituições. Mas o próprio governo sabe da capacidade de criação tecnológica que gira em torno desses campus e por isso os ataca com o corte de verbas.

 

Cerca de 250 cidades realizaram manifestações por todo Brasil, incluindo as capitais e o Distrito Federal. Milhões de pessoas foram às ruas manifestar contra os cortes e exigir uma educação pública, gratuita e de qualidade, além de cobrar o Governo Bolsonaro. Somente em São Paulo, cerca de 500 mil pessoas se concentraram em frente ao MASP e seguiram em direção à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo para prestar repúdio aos ataques realizados pela CPI destinada a “investigar” as universidades estaduais.

 

A manifestação foi engrossada por diversos professores e funcionários ligados à educação, além de uma gigantesca massa de indignados e preocupados com o futuro da nação. Desde às 7 horas da manhã, já era possível encontrar manifestações nas Universidades como a USP e UNICAMP, e nas escolas estaduais como a ETEC Getúlio Vargas e IFSP. Além das diversas manifestações regionais e localizadas, a educação atendeu ao chamado da Greve Nacional da Educação convocada pela CNTE e que contou com o apoio de diversos sindicatos e associações como APEOESP, SINPEEM e o Fórum das Seis.

 

WhatsApp Image 2019-05-16 at 12.41.12Para Guilherme Lucas, Diretor de Escolas Técnicas da UMES, “se tornou nítido a indignação dos estudantes com o pensamento do governo ao adotar medidas que destruirão o conhecimento, a saúde e as necessidades mais básicas do povo Brasileiro, mostrando que o único pensamento que é manifestado pelo governo Bolsonaro é ausentar o Estado de seus deveres com a população e enriquecer cada vez mais o setor financeiro. Só que ele não contava com a determinação dos estudantes de irem para as ruas mostrar o seu verdadeiro poder de voz e garra ao defender os seus direitos, e que isso apenas será o início de um calendário de luta tomando as ruas e pintando de verde e amarelo.”

 

Já o Presidente da UMES, Lucas Chen, declarou: “a hora da unidade entre o povo brasileiro é agora! Devemos unir forças para derrotar Bolsonaro e seu plano de destruir tudo o que for patrimônio brasileiro. Nossos esforços estão voltados para revogar estes cortes e salvar a aposentadoria pública e solidária. Vamos em frente, organizar assembleias e comícios, panfletagens e debates para esclarecer e levantar cada rincão em defesa da nossa soberania e de nosso desenvolvimento.

Realizar o Segundo Grande Ato pela Educação e colocar o Tsunami da Educação na rua novamente é fortalecer a luta popular e marchar rumo à Greve Geral do dia 14 de junho!

Bolsonaro que se cuide, pois a juventude tá na rua pra lutar, e não pouparemos esforços para arrebatar cada inimigo do povo e da educação!”

 

O Segundo Grande Ato Pela Educação acontece no dia 30 de maio às 17h no Largo da Batata.

 

Veja abaixo mais matérias sobre as manifestações de ontem. 

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folha g1

 

 

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Aposentadoria é abordada em filme italiano na mostra democrática Cinema Com Partido

umberto D

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

18/05 – 10H: “UMBERTO D” (1952), DE VITTORIO DE SICA

 

 

SINOPSE

Anos 50, Roma. Umberto Domenico Ferrari, funcionário público aposentado, vive de aluguel num pequeno quarto junto com seu fiel companheiro Flik, um cachorro. Em dificuldades por conta de sua minguada aposentadoria, Umberto recebe um ultimato da dona do quarto: ou paga o que deve ou será despejado.

 

Após a exibição do filme, a sessão contará com a presença de Clemente Ganz Lúcio, que é sociólogo, atua como diretor técnico do Dieese e é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o “Conselhão”, extinto recentemente por Bolsonaro.

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Umberto D (1952), de Vittorio de Sica

Duração: 80 minutos

Quando: 18/05 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

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15 de maio, Todos à Greve Nacional da Educação!

Dia 15 de maio, Todos a Greve Nacional da Educação!

 

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No último dia 30 de Abril, Bolsonaro e seu ministro da educação cortaram as verbas das universidades públicas e institutos federais. Um crime contra a educação e o povo brasileiro!

Desde que este governo foi eleito, seu projeto consiste em destruir todo o patrimônio público brasileiro. Começou cortando 5,8 bilhões da educação e agora se empenha em destruir todo o sistema educacional brasileiro, cortando 36% das verbas dos IF’s e UF’s.

 

Estes cortes acabam com o nosso sonho de se formar e ter um trabalho de melhor qualidade, a educação necessita de mais investimento para ter melhores laboratórios, salas de aulas e equipamento maquinário que tanto nos faltam. Por isso, Bolsonaro é inimigo da educação e do povo brasileiro.

 

Para os sanguessugas que se instalaram no poder, isso ainda é pouco. A principal tarefa de Guedes, ministro da economia, é acabar com a aposentadoria, tirando 1 trilhão dos mais pobres e entregando aos bancos, ou seja, querem fazer o povo trabalhar sem direitos até morrer. Para aprovar a “Reforma”, Bolsonaro usa 1 Bilhão de reais para comprar os votos dos deputados federais, ao mesmo tempo, que a fome, miséria e desemprego aumentam.

 

O povo brasileiro não aceita os cortes na educação e o fim da aposentadoria, dia 15 convocamos todos e todas para a GREVE NACIONAL DA EDUCAÇÃO. Estudantes e professores unidos em defesa Brasil!

 

 

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Assista ao filme “O Juízo Universal”, de Vittorio de Sica, na Mostra Permanente de Cinema Italiano

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A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

13/05 – 19H: “O JUÍZO UNIVERSAL” (1961), DE VITTORIO DE SICA

 

 

SINOPSE

Tudo pode acontecer no dia do Juízo Final em Nápoles. Quando uma voz poderosa que vem do céu anuncia que o dia fatídico chegou, os moradores da cidade reagem cada um a sua maneira… É o início de uma série de situações divertidas e inusitadas.

 

O DIRETOR

Diretor, ator, escritor e produtor, Vittorio De Sica nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, ele fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.

De Sica voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Humberto D” (1951) – os dois primeiros realizados em parceria com o escritor Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Decameron 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: O Juízo Universal (1961), de Vittorio de Sica

Duração: 101 minutos

Quando: 13/05 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

UFF

Milhares de estudantes vão às ruas contra os cortes na Educação

UFFProtestos nesta quarta-feira foram realizados em cinco estados. Em Niterói, alunos e
professores participam de ato ‘Eu defendo a UFF’ — Foto: Reprodução/Marcelo Ramos

Em pelo menos cinco estados estudantes universitários e professores foram às ruas, nesta quarta-feira (8), para protestar contra os cortes de Bolsonaro e seu ministro Abraham Weintraub dos recursos das universidades e institutos federais e bolsas da pesquisa.

Em São Paulo, cinco mil estudantes e professores ocuparam a avenida Paulista, na Marcha pela Ciência de São Paulo, apoiada pela Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES).

Em Niterói (RJ) e Curitiba, ao menos 10 mil estudantes estiveram nas ruas. Protestos também aconteceram em Campos de Goytacazes (RJ), Natal (RN) e Passos (MG).

Além de cortar 30% das verbas destinadas às universidades e institutos federais, podendo causar o fechamento de algumas unidades, Bolsonaro anunciou, nesta quarta, o congelamento da verba de todas as bolsas inativas da CAPES, instituição de fomento à pesquisa.

SP2Em São Paulo, mais de cinco mil pessoas participaram do ato na Paulista –
Foto: Thaynan Diniz/UMES
 

A medida foi anunciada aos manifestantes de São Paulo por Mariana Moura, do grupo Cientistas Engajados. “O corte vai afetar todos os que estavam esperando os resultados dos processo seletivos e vai diminuir a quantidade de pesquisadores na ativa, já que é muito difícil fazer pesquisa sem bolsa”, disse.

“O ato é para denunciar os cortes na educação básica, superior e na Ciência, além de defender o nosso papel para o desenvolvimento tecnológico e científico no Brasil”, disse um dos organizadores da marcha, Pedro Ticiani, estudante de astronomia da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Centro Acadêmico Paulo Marques dos Santos (CAPMS), que representa os estudantes do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG).

SP1Concentração da Marcha da Ciência de São Paulo – Foto: Pedro Bianco/HP 

A diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) Keully Leal, que representou a entidade na avenida Paulista, afirmou que “eles [Bolsonaro e Weintraub] não nos representam, não vão nos calar. No dia 15 vamos tomar as ruas e parar as universidades e escolas. Vamos interromper esses cortes todos”.

No dia 15, os professores, estudantes e funcionários da educação vão realizar uma greve geral da categoria para barrar os cortes de Bolsonaro.

O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), Lucas Chen, avalia que os cortes significam “o fim do ensino superior público federal”. “Estamos aqui para defender o futuro, a ciência, o desenvolvimento” e em defesa da “ciência, educação, trabalho e vida digna para o povo”, disse.

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas, também esteve no ato de São Paulo e afirmou que “não precisa ser cientista para reconhecer a importância da ciência para o desenvolvimento do país”.

Para João Chaves, docente da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e representante do Fórum das Seis, entidade que reúne as entidades representativas da USP, UNESP e UNICAMP, “é muito bom estar aqui e ver a juventude brasileira se levantando contra os cortes na Educação, nas Universidades. Isso é muito importante”.

Rio em defesa da UFF 

NiteroiNo Rio, mais de 10 mil pessoas participaram do ato em defesa da UFF – Foto: Divulgação/UNE 

Mais de 10 mil pessoas foram às ruas em Niterói em defesa da Universidade Federal Fluminense (UFF). O ato “Eu defendo a UFF” reuniu ainda alunos de outras universidades e estudantes do ensino médio. A universidade fluminense teve o orçamento bloqueado em 30%.

“O corte na UFF afeta a cidade como um todo. Atinge todos os estudantes que pretendem estudar em uma universidade pública, que faz muita pesquisa. A UFF tem diversos projetos de extensão e pós-graduação. A gente está aqui porque depende da universidade pública, onde se pode ter o livre debate, onde as diversas ideias podem circular”, conta André Borba, aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura da UFF, que participou do ato.

“Participo de monitoria na UFF, sou bolsista. É um dinheiro que não é muita coisa, mas me ajuda a me manter na universidade. O corte é um absurdo. Não vai só me prejudicar, mas também a milhares de outros alunos. A gente tá na rua reivindicando o direito que é nosso”, disse Gabriel Rivas, aluno de História da UFF.

Curitiba

ufprEstudantes e professores se concentraram em frente à reitoria da Universidade Federal

do Paraná (UFPR) – Foto: Franklin Freitas 

 

Na capital paranaense, o protesto intitulado “Eu tô na luta pela educação”, começou por volta das 18 horas na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os estudantes chamam a atenção para o risco de descontinuidade de pesquisas e, inclusive de interrupção das aulas. A UFPR já anunciou que o corte de R$ 48 milhões compromete o funcionamento da instituição a partir do segundo semestre.

Os estudantes lembram que as universidades públicas são responsáveis por 95% das pesquisas científicas no Brasil.

Os atos são preparativos para uma paralisação geral, marcada para quarta-feira da semana que vem, dia 15. Mobilizações estão sendo organizadas por todo o país.

Veja mais imagens desta quarta-feira:

ParanáProtesto em frente ao prédio histórico da UFPR. Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

 RNEstudantes e servidores do IFRN e UFRN protestam contra cortes no orçamento das instituições — Foto: Rafael Barbosa/G1

 

Em Niterói, milhares de pessoas foram às ruas contra os cortes na Universidade Federal Fluminense:

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Ato em São Paulo:

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Curitiba:

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Protesto dos alunos da UFPR: 

 

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Por   Publicado em 8 de maio de 2019

 
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Entidades estudantis vão ao STJ contra corte de verba das universidades

UnbPor todo o país, estudantes se mobilizam em repúdio aos cortes. Na foto, assembleia
da UnB de mobilização para o dia 15 de maio – Foto: Divulgação/UNE
 

A União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira de Estudantes Secundários (Ubes) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) acionaram o Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o corte de verbas de universidades federais anunciado pelo Ministério da Educação.

Por meio de um mandado de segurança coletivo, as entidades pretendem suspender a medida para universidades e escolas. A ação foi apresentada na segunda-feira (6), e já está sob análise do ministro Sérgio Kukina, que será o relator do caso no STJ.

“Diversos pronunciamentos da autoridade coatora evidenciaram-se no sentido de que, os cortes nos orçamentos das Universidades Federais UFBA, UFF e UNB foram realizados de forma discricionária, pois inexistem critérios objetivos definidos para avaliação do desempenho das universidades, bem como inexiste definição para o termo “balbúrdia”, justificativas utilizadas para realizar o corte nas dotações orçamentárias das universidades federais”, aponta o mandado de segurança impetrado pelas representações estudantis.

Para Flávia Calé, presidente da ANPG, a união de todos os que defendem a educação pública e as formas de luta diversificadas serão necessárias para evitar que o colapso comprometa o ano letivo e se imponha a asfixia financeira como método de coerção política. “É inadmissível o que o governo tem feito. Primeiro foi a retórica da ameaça à autonomia universitária e à pesquisa científica, agora cortes que simplesmente vão desestruturar as universidades, impedindo concretamente seu funcionamento, cassando na prática um dos mais elevados direitos constitucionais. Sendo assim, temos que organizar a luta nas ruas e também defender as garantias constitucionais na justiça”, disse.

Em nota, a UNE afirma: “Não podemos tolerar que continuem minando a autonomia de nossas universidades e a possibilidade de que exista produção de um pensamento crítico e científico”.

A ação movida pelas entidades abre mais uma frente de luta para reverter o estrangulamento financeiro que ameaça o paralisar o funcionamento de universidades e institutos federais, além de programas de pós-graduação.

Na semana passada, o Ministério da Educação realizou o corte de ao menos 30% na verba de custeio, destinada ao pagamento de despesas como manutenção, limpeza e pagamento de contas de água e luz, das instituições federais, por considerar que elas produzem “balbúrdia”.

Dizer que as universidades promovem ‘balbúrdia’ não foi aceito pela sociedade e então Bolsonaro resolveu mudar o discurso e disse que o corte ocorre para dar prioridade ao ensino básico. Entretanto, os colégios de ensino básico que são de responsabilidade do governo federal foram severamente afetados.

#15M DIA NACIONAL CONTRA OS CORTES

Por todo o país, estudantes, professores e membros da comunidade acadêmica mobilizam-se contra os cortes. Uma série de atos está marcada para o próximo dia 15 de maio – o dia nacional da luta contra os cortes.

 Por  Publicado em 8 de maio de 2019

 

tempos-modernos

Cinema Com Partido apresenta “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin

tempos-modernos

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

 

11/05 – 10H: “TEMPOS MODERNOS” (1936), DE CHARLIE CHAPLIN

 

 

SINOPSE

Com a genialidade que o tempo vai tornando cada vez mais nítida, Chaplin não nos deixa esquecer que trabalhadores sem direitos já se constituíam num ideal anacrônico que solapava a economia e a vida social há muitas e muitas décadas.

 

Após a exibição do filme, a sessão contará com a presença de Orlando Silva, deputado federal pelo PCdoB, para debater conosco entorno do filme.

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Tempos Modernos (1936), de Charlie Chaplin

Duração: 87 minutos

Quando: 11/05 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

g

Veja aqui como está a manifestação dos estudantes do Rio de Janeiro contra os cortes de Bolsonaro

gFoto: Delmiro Junior/Agência O Dia

 

Vej abaixo o vídeo dos estudantes do Colégio Pedro II protestando contra os ataques à educação em frente ao Colégio Militar do Rio, onde Bolsonaro participa de um evento.

 

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CP2

Bolsonaro corta 36% da verba do Colégio Pedro II

CP2O Colégio Pedro II da “rua Larga” (hoje, avenida Marechal Floriano), no centro do Rio de Janeiro

Um dia após Bolsonaro dizer que o corte de 30% na verba das universidades federais seria para “fortalecer o ensino básico”, o Ministério da Educação (MEC), chefiado pelo olavista Abraham Weintraub, executou o corte de 36,37% na verba de custeio do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, a única rede de escolas de ensino básico ligada ao governo federal.

Na quinta-feira (02), Jair Bolsonaro afirmou que o dinheiro usurpado das universidades federais seria investido na educação básica. Segundo ele a educação no Brasil é como uma casa com um “excelente telhado e paredes podres”. 

O corte soma, no total, R$ 18.571.339,00 do valor previsto para ser repassado ao Colégio este ano. Para o reitor do Colégio Pedro II, Oscar Halac, o bloqueio inviabiliza o custeio da instituição.

“É bom dizer que nós temos contratos mantidos com a iniciativa privada, contratos celebrados. E o bloqueio de 30% certamente levará todos, não somente o Colégio Pedro II, a não honrar contratos firmados. E daí vem redução de postos de trabalho, daí vem não prestação de serviços e daí vem a paralisação dos serviços prestados pelo Colégio Pedro II”, disse Halac.

Segundo a direção do colégio, “além de expressiva, a redução do orçamento, por ser abrupta, inviabilizará o planejamento que foi elaborado de forma antecipada e cautelosamente pelos dirigentes dessa instituição”, afirmam.

“Era essa verba que vinha nos permitindo, não sem dificuldades, garantir a execução de projetos pedagógicos reconhecidamente de excelência e oferecer à nossa sociedade educação pública de qualidade”, diz a nota assinada pelos diretores do CP2. A direção afirma que o corte “terá implicações devastadoras, trazendo danosas consequências para a manutenção de nossa instituição”.

Os diretores criticaram a medida e destacam que “não há crescimento sem educação”. “Não podemos nos abster de informar à nossa comunidade os grandes riscos que todos corremos com esse corte”, informou.

Fundado em 2 de dezembro de 1837, o Colégio Pedro II é uma das mais tradicionais instituições públicas de ensino básico do Brasil. Com 14 campi nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e Duque de Caxias, e Centro de Referência em Educação Infantil, localizado em Realengo, o Colégio Pedro II tem quase 13 mil alunos e é referência desde a Educação Infantil até o Ensino Médio Regular e Integrado.

Leia a nota na íntegra:

Nota pública dos Diretores Gerais à Comunidade escolar do Colégio Pedro II

Nós, Diretores Gerais do Colégio Pedro II, fomos informados pela Reitoria, na tarde dessa quinta-feira, dia 02 de maio, sobre o corte, promovido pelo Governo Federal, de 36,37% da verba de custeio destinada à nossa Instituição para o ano de 2019.

O corte da distribuição dos recursos orçamentários soma R$18.571.339,00, referentes aos gastos de custeio (Ação 20RL – Funcionamento de Instituições Federais de Educação). Além de expressiva, a redução do orçamento, por ser abrupta, inviabilizará o planejamento que foi elaborado antecipada e cautelosamente pelos dirigentes dessa instituição.

Desde 2014, vivenciamos contingenciamentos e redução do nosso orçamento e administramos com responsabilidade nossos campi, honrando com o pagamento das contas básicas como água e energia elétrica, bem como contratos com empresas fornecedoras de serviços fundamentais como segurança, limpeza e alimentação. Era essa verba que vinha nos permitindo, não sem dificuldades, garantir a execução de projetos pedagógicos reconhecidamente de excelência e oferecer à nossa sociedade educação pública de qualidade.

Apesar de sermos a única e mais antiga Instituição de Ensino Básico Federal do país, infelizmente, deparamo-nos hoje com o informe desse corte orçamentário que, devido a sua magnitude, terá implicações devastadoras, trazendo danosas consequências para a manutenção de nossa Instituição.

A necessidade de maior investimento em Educação Básica tem sido apontada por especialistas, em todo o mundo, como requisito indispensável ao desenvolvimento de qualquer nação. Não há crescimento sem educação. Estamos diante de um projeto para a educação pública que, não só não prevê investimento, como também corta verbas de custeio básico.

Não negligenciaremos o nosso dever de gerir o bem público com responsabilidade, transparência e respeito à legislação vigente. Porém, não podemos nos abster de informar à nossa comunidade os grandes riscos que todos corremos com esse corte.

Em período de crise, união, informação e diálogo são fundamentais.

 

 Por   Publicado em 3 de maio de 2019

 
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Pais e alunos do Colégio Pedro II fazem protesto contra corte de verba

Pais de alunos do Colégio Pedro II fazem um protesto no local – eles questionam o corte de verbas anunciado pelo governo em instituições federais de ensino. Presidente prometeu unidades em todas as capitais – São Paulo teria a maior.

 

bolsonaro-colegioPresidente Bolsonaro chega ao Colégio Militar. — Foto: Reprodução/TV Globo

 

O presidente Jair Bolsonaro participou, na manhã desta segunda-feira (6), de cerimônia dedicada à comemoração dos 130 anos do Colégio Militar, na Tijuca, Zona Norte da cidade. O chefe do Executivo federal lançou uma medalha e um selo comemorativos da ocasião.

 

“O que tira o homem e uma mulher da situação difícil que se encontra é o conhecimento”, disse Bolsonaro, na cerimônia.

 

Alunos, pais e professores do Colégio Pedro II, do Colégio de Aplicação da UFRJ, do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e da Fundação Osório iniciaram um protesto do lado de fora da escola.

 

Os manifestantes questionam o corte de verbas anunciado pelo governo em instituições federais de ensino. Segundo diretores, a queda no orçamento será de 36,37% e terá implicações “devastadoras”.

 

Nem o Colégio Militar do Rio nem as outras 12 unidades semelhantes espalhadas pelo País sofrerão qualquer tipo de corte no orçamento. Isso porque nenhuma delas é subordinada ao Ministério da Educação, mas sim ao da Defesa, que não foi atingido pelo bloqueio de verbas de custeio.

 

protesto-colegioPais e estudantes fazem manifestação em frente ao Colégio Militar. — Foto: Fernanda Rouvenat

 

 

O presidente chegou ao colégio às 8h12 e foi aplaudido por alunos e fãs que estavam em vários espaços da instituição.

 

bolsonaro-cumprimenta-2Presidente saúda público durante desfile no Colégio Militar. — Foto: Henrique Coelho 

 

Com ele, estavam o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e o governador Wilson Witzel. Os gritos de “vem pra rua”, do protesto realizado na Rua São Francisco Xavier, na Tijuca, podiam ser ouvidos de dentro da escola.

 

 

Campo de Marte

 

bolsonaro-cumprimentaBolsonaro cumprimenta aluna durante cerimônia. — Foto: Henrique Coelho

 

Durante o discurso, o presidente falou sobre a meta de construir escolas militares em todos os estados do Brasil.

 

“Os colégios militares são exemplos de ensino e excelência para a educação brasileira. Queremos mais crianças e jovens estudando nesses bancos escolares. Pretendemos, junto aos ministérios da Defesa e Educação, implantar um colégio militar em todas as capitais do Brasil. Já estamos concretizando a construção daquele que, pela área disponível, seria o maior deles, na região do Campo de Marte, em São Paulo”.

 

 

Amigo dos momentos difíceis

 

 

Durante a cerimônia, Bolsonaro fez referências diretas ao vice-presidente Hamilton Mourão, também presente.

 

“Prezado Hamilton Mourão, meu contemporâneo da Academia Militar das Agulhas Negras e ex-aluno do Colégio Militar. Vice-presidente, amigo dos momentos difíceis. Juntos cumpriremos essa missão”.

No último dia 24, Mourão, ao responder a críticas feitas pelo filho do presidente, vereador Carlos Bolsonaro, disse que este deveria “virar a página”.

 

 

Por Henrique Coelho e Fernanda Rouvenat, G1 Rio

06/05/2019 08h26