bob roberts

Cinema Com Partido apresenta “Bob Roberts”, de Tim Robbins

bob roberts

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

13/04 – 10H: “BOB ROBERTS” (1992), DE TIM ROBBINS

 

SINOPSE

Antecipando Trump, cantor de sucesso na TV é o candidato da extrema-direita ao Senado, pela Pensilvânia. Acusado de ser “o mais perfeito fruto de tudo o que deu errado nos EUA”, ele se elege usando avançada tecnologia de informática para fazer uma campanha demagógica e aplicar golpes baixos contra adversários.

 

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Bob Roberts (1992), de Tim Robbins

Duração: 192 minutos

Quando: 13/04 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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O capitão do mato e o crime de Guadalupe

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Luciana, viúva de Evaldo Rosa, após o assassinato (foto: Wilton Júnior/Estadão)
 

Um colunista da imprensa, conhecido por suas posições em geral muito conservadoras, escreveu:

Escapa à compreensão humana entender o que pode ter levado 12 militares a executarem o músico Evaldo Santos Rosa em Guadalupe, na zona norte do Rio de Janeiro, quando ele levava a família para um chá de bebê, pelas circunstâncias inteiramente gratuitas da tragédia. É também surpreendente e chocante a falta de qualquer sentimento de pesar e solidariedade nas notas oficiais emitidas pelo comando militar do Leste tratando uma atitude injustificável como esta como se tivesse sido rotineiro erro operacional” (José Nêumanne Pinto, “Nota sem pesar”, OESP, 09/04/2019).

É inteligível o sentimento de perplexidade do colunista – e poeta – José Nêumanne.

No entanto, é impossível, para nós, deixar de registrar o parentesco quase xifópago do que ocorreu em Guadalupe com a indigência mental criminosa – pois não se pode chamá-la de “ideário” – que caracteriza o governo Bolsonaro.

Não se trata de armas a mais – ou armas de menos – para a população. Aqueles que atiraram, e acertaram 80 vezes em um carro, a poucos metros da Avenida Brasil, portavam armas de acordo com a lei – pertenciam ao Exército. E ninguém, que não seja doido, está propondo que o Exército seja proibido de possuir ou de portar armas.

Não se trata, também, de uma consequência da suposta “dureza” no combate aos bandidos, seja lá quais forem. Os alvos de Guadalupe não eram bandidos, mas uma família, pacífica, sem nem ao menos antecedentes criminais, que se dirigia a um chá de bebê.

Aliás, nenhuma testemunha, até agora, mencionou alguma atividade criminosa – ou suspeita – no local.

O morto era um pai de família, músico, que caiu sobre o volante após ser atingido por três balas.

Ao seu lado estava o sogro, Sérgio Araújo, também atingido pelas balas.

Atrás, no Ford Ka, estava um dos filhos de Evaldo, Davi, de sete anos, sua esposa, a técnica de enfermagem Luciana Nogueira, e uma amiga, a também técnica de enfermagem Michelle Neves, que conseguiram sair do carro.

A fuzilaria continuou mesmo depois que o carro já estava parado.

“A gente vinha cantando, brincando, porque ali se passa devagar. Eu vi que o Exército estava do lado de lá (da avenida), mas é Exército, estava pra te proteger. Aí deram um tiro. Eles atiraram de propósito”, relatou, depois, a viúva de Evaldo.

“Meu esposo morreu como um bandido. Eles queriam chegar perto do carro, e eu não deixei, para não plantarem nada. Mas eles ficaram de deboche”.

Um morador das redondezas, Luciano Macedo, que tentou socorrer Evaldo e a família, foi alvejado – e encontra-se em coma no Hospital Carlos Chagas.

Luciano é casado, com a esposa grávida de cinco meses.

Todos os alvos dos tiros eram trabalhadores – além de uma criança.

Alguns podem achar que estamos exagerando ao dizer que essa chacina – é impossível chamar por outro nome – é o retrato da política que Bolsonaro pretende instalar no país.

Mas não é um exagero.

Inclusive quanto a transformar o nosso Exército em uma “milícia” para esmagar o povo.

Afinal, há muito, Bolsonaro é um representante das “milícias” – e não dos militares.

A ponto de não achar anormal que na mesma rua em que mora – do outro lado da rua – estivesse a residência de um assassino de aluguel do Escritório do Crime, que matou covardemente uma mulher desarmada, a vereadora Marielle Franco, e seu motorista, Anderson Gomes.

Bolsonaro acha isso tão normal, que nem acha nada demais que seu filho namorasse a filha desse assassino.

Assim, é óbvio o que Bolsonaro acha que o Exército deve ser – mais óbvio ainda pela ausência completa de comentários sobre o que ocorreu em Guadalupe, segundo seu porta-voz, Otávio Rêgo Barros, que, agora sabemos, é também um porta-pensamento (“Ele [Bolsonaro] não comentou, mas confia na Justiça Militar, nos esclarecimentos que o Exército dará por meio do inquérito e espera que eventos de igual similitude não venham a ocorrer”).

“Eventos de igual similitude”?

O que aconteceu com essa gente? Onde perderam a sensibilidade humana ou – o que é o mesmo – a capacidade de se identificar com todos os seres humanos, sobretudo os de seu próprio povo?

Porém, há mais.

A erupção de lama obscurantista, que está no centro desse governo, inevitavelmente levaria – e levará – a tragédias como a de Guadalupe.

O maior de nossos militares, o Duque de Caxias, disse, em 1851: “A verdadeira bravura do soldado é nobre, generosa e respeitadora dos princípios de humanidade”.

Bolsonaro é o oposto disso.

Vilhena de Moraes, o melhor biógrafo de Caxias, escreveu: “ninguém jamais cumpriu ordens como Caxias” (cf. E. Vilhena de Moraes, “Caxias em São Paulo – a revolução de Sorocaba“, Ed. Calvino Filho, 1933).

Bolsonaro é aquele indisciplinado que planejava colocar “bombas de baixa potência” em instalações militares, o que acabou por encerrar sua carreira no Exército (v. Terrorismo de baixa potência).

Sua defesa histérica da ditadura e da tortura – da qual jamais fez qualquer autocrítica – é o que existe de mais antagônico ao espírito do Exército de Caxias, Osório e Deodoro.

Por sinal, o repúdio do país a essa infâmia, por ocasião das pretensas comemorações pelo golpe e pela ditadura de 1º de abril de 1964, mostrou quanto Bolsonaro é oposto às forças saudáveis – as forças nacionais – que, aliás, crescem, inclusive dentro das Forças Armadas.

O Exército Brasileiro é aquele que recusou a formação de unidades apenas de negros, na Guerra do Paraguai; aquele que aboliu o quesito “cor” dos registros dos soldados, quando ele se tornou um modo dos senhores de escravos perseguirem os que saíram de seus latifúndios; aquele que, depois da guerra, através de Deodoro, se recusou a perseguir escravos: “não somos capitães do mato!”.

Porém, o que Bolsonaro se propõe é, exatamente, ser um capitão do mato para os senhores de escravos de Wall Street ou até para os lacaios destes, que comem internamente os sobejos da especulação financeira.

E haja ignorância, preconceito, racismo e estupidez como política de governo!

Existe algo mais coerente com isso do que a fuzilaria de Guadalupe?

C.L.
 Por   Publicado em 9 de abril de 2019

 2Daniel, filho mais velho de Evaldo Rosa, chora próximo do corpo de seu pai (foto: Fabio Teixeira/AP)

 

3Parente de Evaldo chora diante do carro (foto: Fabio Teixeira/AP)

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WhatsApp Image 2019-04-08 at 16.46.24

Eleições de grêmios estudantis movimentam diversas escolas da cidade

WhatsApp Image 2019-04-08 at 16.46.24Chapa “Os Sofistas” eleita na EE Caetano de Campos da Consolação

 

As últimas semanas foram bastante importantes para o movimento estudantil. Pela cidade de São Paulo inteira ocorreram diversas eleições de Grêmios Estudantis.


Grêmios determinados a lutarem por uma educação pública de qualidade para todos, contra qualquer retirada de direitos da classe trabalhadora e contra qualquer ataque à educação.

 

Na Zona Leste houveram reeleições em diversas escolas, novos direções empossadas e até mesmo fundação do Grêmio Estudantil. Um dos exemplos é o da ETEC de Cidade Tiradentes, que após quase 10 anos de sua fundação, pela primeira vez se tem uma diretoria gremista na escola. A chapa Os Inconfidentes foi eleita relembrando o movimento ao qual participou Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e também pela luta por um ensino técnico que sirva também para desenvolver a tecnologia e a economia brasileira.

 

A luta por uma educação pública de qualidade ecoa não só na Cidade Tiradentes, mas vai até o Itaim Paulista e também ao Carrão e São Miguel Paulista, na E.E. Dep. José Bustamante, onde os estudantes escolheram por um segundo mandato da chapa Força Jovem, assim também aconteceu na E. E. Paulo Novaes de Carvalho, diferente da E. E. Astrogildo Arruda, onde uma nova diretoria tomou posse.

 

Na região do Centro da cidade, a escola estadual Caetano de Campos da Consolação também elegeu uma nova diretoria do grêmio estudantil, a chapa “Os Sofistas” venceu as eleições e a UMES participou da posse, frisando a importância do movimento estudantil.

 

Na ETEC Parque Belém, escola que também não teve um grêmio estudantil por um bom tempo, elegeu a chapa V.G (VITÓRIA NA GUERRA) para representar os alunos da unidade.

 

O ano de 2019 será de muitos ataques ao povo e os grêmios estudantis precisam se posicionar contra os cortes na educação e a tentativa de censura aos mesmos. A nós paz, organização e uma educação pública de qualidade, a eles guerra, armas e mordaça.

 

Organize o grêmio em sua escola!

 

Veja aqui as fotos dos grêmios eleitos

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Bolsonaro anuncia troca de Ministro da Educação

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Prestes a completar apenas 100 dias frente ao Ministério da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez é demitido por falta de gestão.

 

A falta de gestão usada por Bolsonaro para justificar a demissão de Vélez, mais tem haver com o descrédito que o Olavista conseguiu adquirir em tão pouco tempo.

 

Vélez entrou em várias polêmicas no curto prazo em que esteve à frente do MEC e causou uma crise interna, que levou a mais de 15 exonerações no período. Entra as polêmicas do agora ex-ministro estão sob sua responsabilidade:

 

Filmar crianças – Vélez enviou um pedido oficial às escolas para que as direções escolares filmassem seus alunos cantando o Hino Nacional e enviassem ao MEC.

 

Doutrinação – No mesmo pedido, havia ainda, uma mensagem a ser lida aos estudantes, que finalizava com o slogan de campanha da Bolsonaro.

 

Descriminação – O ex-ministro acusou brasileiros de roubarem coisas em viagens, comparou o povo brasileiro a “canibais”. “O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo”.

 

Segregação – Vélez declarou ainda que “As universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual”, defendendo que “a ideia de universidade para todos não existe”.

 

Doutrinação 2 – A última de Vélez foi dizer que pretendia revisar os livros didáticos que contam a história do golpe de 1964 e da ditadura militar no Brasil. Para Vélez, o que houve não foi um golpe e sim “uma decisão soberana da sociedade brasileira”.

 

Mas não pensem que pelo fato de um alucinado como Vélez ter saído do MEC as coisas irão melhorar.

 

O novo Ministro escolhido por Bolsonaro já atuava no governo como secretário-executivo da Casa Civil, cargo apontado como “número 2” da pasta de Onyx Lorenzoni.

 

Abraham Weintraub é formado em ciências econômicas pela USP. Fez parte da equipe transição do governo de Bolsonaro. Junto com o irmão, Arthur, foi responsável por propostas para a área de Previdência no período.

 

Ele já chega ao MEC envolto a declarações minimamente questionáveis. Em um evento chamado Cúpula Conservadora das Américas, realizado no final de 2018 em Foz do Iguaçú, o atual Ministro afirmou que “Dá para ganhar deles. É Olavo de Carvalho adaptado” fazendo referência a “vencer o marxismo cultural nas universidades” que ele afirma existir. Ele ainda tentou ensinar como o público do evento deveria combater o pensamento de esquerda dizendo que “quando ele (um comunista) chegar para você com o papo “nhoim nhoim”, xinga. Faz como o Olavo de Carvalho diz para fazer. E quando você for dialogar, não pode ter premissas racionais”.

 

Ou seja, com esse começo, podemos afirmar que teremos grandes batalhas em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade para todos.

 

 

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Assista ao filme “Que Horas São?“, de Ettore Scola, na Mostra Permanente de Cinema Italiano!

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A Mostra Permanente de Cinema Italiano do Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta:

 

 

08/04 – 19H: “QUE HORAS SÃO?” (1989), DE ETTORE SCOLA

 

 

SINOPSE

Michele é um jovem formado em Letras, que está terminando o seu período de serviço militar em Civitavecchia. Nessa cidade, que o acolheu e abraçou o seu jeito tímido, Michele construiu um pequeno mundo de relações e relacionamentos. Reservado, Michele vive tranquilo até a chegada do seu pai. Seu pai é um bem sucedido advogado romano que, depois de um longo período de tempo afastado do filho, tenta reunir-se com ele, de quem se separara com o fracasso de seu casamento. A distância fez com que os dois, completamente diferentes, soubessem muito pouco um sobre o outro.

 

O DIRETOR

Ettore Scola nasceu em Trevico, Itália. Ingressou na indústria cinematográfica como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpaso”, 1962). Dirigiu seu primeiro filme, “Vamos Falar Sobre as Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento internacional com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), um tocante painel da Itália do pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º. Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Desde então, realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Spendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.

 

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Que Horas São? (1989), de Ettore Scola

Duração: 97 minutos

Quando: 08/04 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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Cinema Com Partido apresenta “Sangue Negro”, de Paul Thomas Anderson

sangue negro

 

 

O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

06/04 – 10H: “SANGUE NEGRO” (2007), DE PAUL THOMAS ANDERSON

 

SINOPSE

Em sua escalada para se tornar um big oil man, Daniel adota o filho de um amigo morto, para posar de homem de família nas mesas de negociação, e se associa ao pastor Eli Sunday – um rival na lábia e na ambição de “prosperar”. Inspirado no romance “Petróleo!” (Upton Sinclair, 1927). Globo de Ouro e Oscar de melhor ator (Daniel Day-Lewis).

 

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Sangue Negro (2007), de Paul Thomas Anderson

Duração: 158 minutos

Quando: 06/04 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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Contra os cortes na cultura do estado de São Paulo

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CONTRA O FECHAMENTO DAS OFICINAS CULTURAIS OSWALD DE ANDRADE, ALFREDO VOLPI E JUAN SERRANO

 

O governo João Doria Jr. anuncia o fechamento do Programa Oficinas Culturais e, assim, o desmantelamento da Cultura em São Paulo.

 

Vivemos tempos difíceis. Áridos. Violentos. Vivemos tempos onde as próprias políticas públicas promovem ações que estimulam a violência, acirram a agressividade e calam a diversidade.

 

Por conta desse momento, em que gestores públicos afirmam que “cultura não é prioridade”, todo o programa Oficinas Culturais, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo será ENCERRADO até o mês de maio.

 

Oswald de Andrade, Alfredo Volpi e Juan Serrano são – desde muito tempo – a porta de entrada de muitos cidadãos para o universo da arte, o espaço de acolhida de diversos artistas, a casa de resistencia para quem ainda acredita que a arte é q melhor forma de combate à violência e de fomento pra uma cultura de paz.

 

Muitos foram (e ainda são) recebidos por esses espaços. Muitos espetáculos nasceram nessas salas. Muitos cursos aconteceram e diversas conexões foram feitas. Muitos grupos, coletivos, artistas, produtores tiveram – nesses espaços – a sua residência, o seu lugar de encontro e de trabalho. E a vida é a arte do encontro.

 

Se você fez parte dessa história, pedimos que se manifeste. Que use suas redes sociais, que assine as petições online, que divulgue para os seus contatos.

 

Temos um mês para, através da mobilização de toda a sociedade civil, mudar esse cenário.

Ainda dá tempo!

 

Convocamos toda a sociedade civil, artistas, educadorXs, professorXs, produtorXs, coletivXs, alunXs, frequentadores e profissionais da cultura de todo o tipo para uma reunião de articulação a fim de organizar as mobilizações contra o fechamento do programa Oficinas Culturais, a mando do Governador João Dória Jr., via Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

 

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A primeira reunião será na Oficina Cultural Alfredo Volpi no sábado, 6/4 às 10h.

 

Assine aqui a petição contra os cortes

 

Assine aqui a petição contra o fechamento das oficinas culturais

 

 

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Dia 28 de Março ficou marcado como dia de mobilização nacional em defesa do Brasil

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Na avenida Paulista, estudantes de toda São Paulo se reuniram para pedir Democracia e Paz na educação e dizer que não vão aceitar nenhum retrocesso. O tema Democracia na educação é um bordão contra o projeto Escola Sem Partido, que amordaça os estudantes e professores e impede o desenvolvimento do senso crítico e da liberdade de pensamento.

 

A UMES, junto com a UBES, UPES, UNE e UEE denunciaram juntos na rua os ataques a educação, o problema da violência nas escolas e o quão prejudicial a reforma da previdência vai ser para o povo, em especial para a juventude e para as mulheres. Saindo do vão livre do MASP e indo até a escola estadual Caetano de Campos da Consolação, a manifestação na cidade de São Paulo mobilizou cerca de 80 escolas.


O movimento estudantil levou os estudantes às ruas de todo o Brasil. Manifestações aconteceram em 12 estados em todos os cantos do país. No Rio Grande do Sul, cerca de 8.000 estudantes foram às ruas também contra a reforma da previdência, o fechamento de salas e pela permanência do meio passe.

 

Os estudantes estão organizados em todo o país para resistirem contra os ataques ao povo, isso inclui o Projeto Escola Sem Partido, a Reforma da Previdência e o desemprego.

 

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Estão abertas as inscrições para o Prêmio Paulo Freire de Qualidade do Ensino Municipal 2019

O Prêmio Paulo Freire de Qualidade do Ensino Municipal agracia projetos que representem iniciativa de aprimoramento da qualidade de ensino na escola pública, desenvolvidos por educadores nas unidades municipais.

 

Entregue anualmente, o prêmio foi instituído em 1998, em homenagem à vida e ao trabalho do educador, pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire, com o objetivo de estimular e valorizar as iniciativas que, pautadas na busca de alternativas e na criatividade, estejam alinhadas a uma política educacional comprometida com a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.

 

Para participar, confira o regulamento do prêmio.

 

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Cientistas lançam manifesto pela Educação e contra o retrocesso bolsonarista

unnamed 1Abertura oficial da reunião regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Sobral – CE (foto: Prefeitura de Sobral)

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) divulgou neste sábado (30), a “Carta de Sobral”, conclamando a comunidade científica, acadêmica e escolar, sociedade civil, lideranças políticas e parlamentares a atuarem vigorosamente contra os retrocessos que ameaçam a educação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a democracia no País.

O documento foi produzido por ocasião da Reunião Regional da SBPC em Sobral, no Ceará, realizada nesta semana, entre 27 e 30 de março, evento que reuniu mais de 3 mil pessoas. O texto tem apoio de pesquisadores, professores e estudantes. 

Leia abaixo a carta na íntegra

Carta de Sobral

Sob o Sol de Sobral: por uma educação básica de qualidade, pela ciência e pela democracia

“O problema imaginado por minha mente foi solucionado pelo céu luminoso do Brasil” 

[Albert Einstein, 1925]

A SBPC e os participantes de sua Reunião Regional, realizada em Sobral entre os dias 27 e 30 de março, se manifestam firme e decididamente em defesa da educação pública de qualidade, da ciência e da democracia no País.

Comemoramos neste ano o centenário do eclipse solar de 1919, cujas observações, feitas em Sobral, foram decisivas para a confirmação da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, que alterou profundamente a ciência e a nossa visão do Universo. Deste município do Ceará, Terra da Luz – primeiro estado brasileiro a abolir a escravidão –, vem, ainda, o exemplo notável de melhoria significativa no desempenho dos estudantes das escolas básicas, um processo que foi construído a partir de políticas públicas continuadas e que priorizaram a educação. Outros exemplos similares, e exitosos, provêm de diversos municípios brasileiros. Um desafio grande é estendê-los para abarcar todo o País.

A valorização efetiva do professor e sua formação adequada são fatores essenciais para a melhoria da educação básica. Outros fatores importantes são condições de trabalho adequadas, boa gestão escolar, avaliações criteriosas e mobilização da comunidade local em prol da educação. O ensino de ciências é fundamental para a formação de um cidadão no mundo contemporâneo. No momento em que ganham proeminência ideias obscurantistas e correntes anticientíficas, é essencial destacar a importância decisiva do conhecimento científico para as tomadas de decisão individuais e coletivas, para a gestão pública e para o desenvolvimento social e econômico do País.

O papel do Estado é essencial para a garantia dos direitos sociais dos brasileiros. A vinculação orçamentária de recursos para a educação e saúde foi uma importante conquista da Constituição de 1988, e a desvinculação desse orçamento, como anunciada recentemente, é uma ameaça muito grave e terá consequências catastróficas para a educação, a saúde e a qualidade de vida da imensa maioria dos brasileiros. Conclamamos todos os brasileiros a se unirem em um movimento amplo em defesa da educação pública de qualidade, laica, que respeite a diversidade e assegure direitos e oportunidades iguais para todas as crianças e jovens. O destino do povo brasileiro deve estar acima dos interesses financeiros ou de setores privilegiados d a sociedade.

Por outro lado, os drásticos cortes realizados recentemente no orçamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (da ordem de 40%), que já estava em nível muito baixo, colocam o Brasil na contramão da história. Os países desenvolvidos investem de maneira ainda mais acentuada em CT&I em momentos de crise econômica. Pesquisas demonstram que o investimento em ciência tem repercussão social significativa e retorno econômico grande. É inaceitável que sejam feitos novos cortes em um orçamento já tão reduzido. As consequências afetarão toda a estrutura de pesquisa no País e, ainda, os setores empresariais que buscam promover a inovação. Eles comprometem o funcionamento do sistema nacional de CT&I, construído ao longo de d&eacute ;cadas, dificultam a recuperação econômica e certamente irão afetar seriamente a qualidade de vida da população brasileira e a soberania do País.

Recursos para educação e para ciência e tecnologia não são gastos, são investimentos do presente em um futuro melhor para o País!

A SBPC, ao longo de sua história, juntamente com muitas outras entidades científicas acadêmicas e da sociedade civil, se destacou por sua luta pela educação, pela ciência e pela democracia no Brasil. Atuamos contra as práticas autoritárias de um regime ditatorial, em defesa das liberdades democráticas, pela redemocratização do País e pela construção da Constituição de 1988 que incorporou os direitos da cidadania. Neste momento crítico da vida nacional, reafirmamos a importância do livre pensar e da democracia em sua plenitude. Não aceitaremos o retorno do cerceamento às liberdades democráticas, da censura, das perseguições políticas, da ausência da liberdade de expressão, que são direitos consagrados na Decla ração Universal dos Direitos Humanos da ONU.

Queremos que todos os cidadãos, em especial as crianças e os jovens, tenham garantidos seus direitos educacionais e sociais. Motivos justos para comemorações intensas pelo conjunto dos brasileiros, nos próximos anos e décadas, serão a superação do analfabetismo e da miséria, o avanço significativo na educação, na ciência e na tecnologia, uma melhor qualidade de vida para todos, a redução das desigualdades, a preservação do meio ambiente e de nossas riquezas naturais, que estão em causa neste momento, e o desenvolvimento sustentável do País.

É essencial, neste momento, uma atuação vigorosa e permanente da comunidade científica, acadêmica e educacional como um todo, por meio de suas entidades e instituições de pesquisa. É necessária uma mobilização mais intensa dos pesquisadores, professores e estudantes, das entidades científicas e das instituições de ensino e pesquisa brasileiras, em conjunto com outros setores da sociedade civil, lideranças políticas e parlamentares, para exercerem uma pressão social legítima, que poderá ser determinante para a reversão do atual quadro de retrocessos no apoio à educação e à ciência e tecnologia e de ameaças à democracia no País.

Que o Sol luminoso do Brasil inspire e motive a todos nós na resolução dos problemas do País.

Sobral, 30 de março de 2019

Fonte: Site da SBPC

 Por Hora do Povo  Publicado em 1 de abril de 2019