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Assista ao filme “Os Novos Monstros”, de Risi, Monicelli e Scola, na Mostra Permanente de Cinema Italiano!

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Na próxima segunda-feira (18), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresenta o filme “Os Novos Monstros“ (1977), de Dino Risi, Mario Monicelli e Ettore Scola. Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

Confirme sua presença no Facebook!

 

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

“OS NOVOS MONSTROS” (1977), DE DINO RISI, MARIO MONICELLI E ETTORE SCOLA

 

SINOPSE

15 anos após o sucesso monumental de “Os Monstros”, uma da maiores comédias italianas dos anos 60, três dos mais aclamados diretores italianos – Dino Risi, Mario Monicelli e Ettore Scola – juntaram-se para esta obra irresistível. Com as interpretações dos consagrados Vittorio Gassman, Alberto Sordi, Ugo Tognazzi e Ornella Mutti, o trio criou uma comédia mordaz em vários episódios, que satirizam os mitos e as contradições da sociedade italiana.

 

OS DIRETORES

DINO RISI

Dino Risi nasceu em Milão, estudou medicina, formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista, trabalhou como assistente de Mario Soldati e Alberto Lattuada. Nos anos 50 se instalou em Roma, se tornando um dos grandes inventores da commedia  all’italiana, ao lado de Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre os quais “Férias com o Gangster” (1951), “O Signo de Venus” (1955), “Belas, mas Pobres” (1956), “Essa Vida Dura” (1961), “Aquele que Sabe Viver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (197 1). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu um Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.

 

MARIO MONICELLI

Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 colaborou em cerca de 40 filmes, como argumentista, roteirista e assistente de direção. O começo de seu trabalho como diretor ocorre em 1949, em parceria com Stefano Vanzina, em “Totò Cerca Casa”. A colaboração dos dois diretores deu origem a oito filmes, dentre os quais os célebres “Guardie e Ladri” (1951) e “Totò a Colori” (1952). Em 1953 inicia o trabalho solo. “Os Eternos Desconhecidos” (1958), com elenco composto por Vittorio Gassman, Marcello Mastroianni, Totò e Claudia Cardinale, é considerado o primeiro do filão da commedia all`italiana. Em 1959, “A Grande Guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza e rendeu sua primeira indicação ao Oscar. A segunda viria em 1963, com “Os Companheiros”. Diversas outras películas merecem destaque, em sua carreira de mais de 60 filmes: “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966), “Meus Caros Amigos” (1975), “Um Burguês Muito Pequeno” (1977), “Quinteto Irreverente” (1982).

 

ETTORE SCOLA

Ettore Scola nasceu em Trevico, Itália. Ingressou na indústria cinematográfica como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpaso”, 1962). Dirigiu seu primeiro filme, “Vamos Falar Sobre as Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento internacional com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), um tocante painel da Itália do pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º. Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Desde então, realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Spendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.

 

Confira nossa programação completa!

 

 

SERVIÇO

Filme: Os Novos Monstros (1977), de Dino Risi, Mario Monicelli e Ettore Scola

Duração: 115 minutos

Quando: 18/03 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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Solidariedade aos estudantes da Escola Estadual Raul Brasil

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A UMES-SP, condena o massacre e se solidariza com os estudantes que passaram essa situação traumática e a todos os familiares e a comunidade da Escola Estadual Raul Brasil localizado em Suzano, região metropolitana de São Paulo.
 
É sabido que este episódio lamentável não é isolado dentro da nossa sociedade, isso só reflete o sucateamento diário da nossa educação por governos que não colocam a prioridade em uma educação pública, gratuita e emancipadora para a nossa juventude. A sociedade como um todo sofre com a falta de segurança e tem medo de sair as ruas por causa dos altos níveis de violência na qual estamos à mercê, graças a uma política que propaga ódio, que defendeu e deu a permissão ao posse de arma e um suposto envolvimento do Presidente da República com as milícias do Rio de Janeiro.
 
A nossa educação pede socorro, precisamos efetivamente lutar por uma educação pública, gratuita e de qualidade, para assim combater de fato a violência dentro das nossas escolas, investir em segurança pública, reduzindo o número de alunos por sala de aula, valorizando cada vez mais os nossos professores, incentivando cada vez mais o estudante a ser protagonistas das suas próprias atividades.
 
Recentemente observamos os discursos de ódio propagados pelo atual Governador do Estado de São Paulo: “A partir de janeiro, a polícia vai atirar para matar” e a própria demonstração e o símbolo do Bolsonaro com as armas, além do discurso de liberação do porte de armas. Essas ações dos mandatários do Governo justificam as truculências vistas no dia de hoje.
 
Nossa Juventude precisa de mais do que isso! Oportunidade, educação, lazer, esporte, cultura perspectiva de futuro, emprego e trabalho é o caminho para o desenvolvimento e o crescimento de uma sociedade saudável. Precisamos de paz, e por ela lutaremos até o fim!
 
Aguardamos que as autoridades apurem o ocorrido e que prestem assistência psicológica à todos que vivenciaram o incidente, mandamos condolências à todos como forma de acalanto e solidariedade.
 
São Paulo, 13 de Março de 2019.
União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo.
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Cinema Com Partido apresenta “A Vida de Galileu”, de Joseph Losey

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O Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta: CINEMA COM PARTIDO – MOSTRA DEMOCRÁTICA

 

Trabalhadores sem direitos; colonialismo; imperialismo; racismo; discriminação das mulheres; extermínio das populações indígenas; degradação do meio-ambiente; ciência e escola sob censura de pretensos intérpretes das Escrituras; aversão à democracia e seu fundamento, o livre debate entre partidos políticos; exaltação das ditaduras, do pensamento único , da violência, da intolerância, da corrupção, da hipocrisia (qualquer semelhança com o governo da família Bolsonaro será mera coincidência?) são temas que o cinema universal tem denunciado com vigor ao longo do tempo.

Para a extrema-direita, isto é doutrinação.

Para as correntes de opinião comprometidas com a democracia é cultura e arte.

 

 

16/03 – 10H: “A VIDA DE GALILEU” (1975), DE JOSEPH LOSEY

 

SINOPSE

As observações astronômicas de Galileu, utilizando o recém-inventado telescópio, reforçaram a teoria de Copérnico de que a Terra gira em torno do Sol – e não o oposto, como queria a Igreja. Em 1616 a Inquisição começa a julgar o cientista por “prejudicar a Fé Sagrada ao tomar a Sagrada Escritura como falsa”. O filme adapta peça de Bertolt Brecht, que Losey dirigiu na Broadway em 1947.

O bolsonarismo tornou o tema atualíssimo ao assumir a posição da Inquisição contra Galileu, e pregar o seu banimento dos livros escolares.

Leia mais: https://goo.gl/FrWZmG

 

Após a exibição do filme haverá um debate com Lucas Chen, presidente da UMES.

 

 

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: A Vida de Galileu (1975), de Joseph Losey

Duração: 145 minutos

Quando: 16/03 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

Greve dos servidores de São Paulo chega ao fim após acordo com Covas

Após 33 dias de greve, os servidores municipais de São Paulo chegaram a acordo com a gestão Bruno Covas (PSDB) e voltarão a trabalhar na segunda-feira (11). Os funcionários protestavam contra a reforma da previdência na cidade, que aumentou a contribuição deles de 11% para 14%.

Em sua proposta aos servidores, Covas se comprometeu a reconhecer o direito à greve dos funcionários, pagando os dias que foram descontados deles por não comparecerem ao trabalho. O pagamento deverá ser feito por boleto em até sete dias úteis.

O prefeito comprometeu-se também a não encaminhar projeto de lei à Câmara que poderia aumentar ainda mais a contribuição dos servidores por meio das chamadas “contribuições extraordinárias”, uma possibilidade aberta pela atual proposta de reforma previdenciária do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Também disse que concederá abono salarial emergencial —ou seja, um aumento por prazo determinado— de R$ 200 por mês aos funcionários de nível básico e de R$ 300 para os de nível médio da prefeitura. O abono valerá até a definição sobre a reestruturação das carreiras.

Covas também se comprometeu a discutir a valorização do piso salarial dos professores em abril.

A partir de segunda-feira (11) os servidores discutirão calendários de reposição de aula, no caso dos professores, e formas de compensação das faltas, no caso dos demais.

“Não foi um movimento que começou no dia 4. Começou em 2015 e teve seu ápice no ano passado, quando evitamos que o governo aumentasse a contribuição para até 19%. O movimento fez o governo abrir negociação, reconhecer que há necessidade de dialogar com os servidores”,  diz o vereador Cláudio Fonseca (PPS), presidente do sindicato dos professores.

“Ainda que não tenham sido atendidas plenamente as reivindicações dos servidores, aqueles que participaram da greve saem de cabeça erguida”, completa.

 

Guilherme Seto – FOlha de São Paulo

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Cinema com Partido – Mostra Democrática estreou no último sábado com sala cheia

4Walter Neves e Lucas Chen durante o debate.

 

A estréia da mostra Cinema com Partido – Mostra Democrática aconteceu ontem e lotou as cadeiras do cine-teatro Denoy de Oliveira! 


O filme exibido foi “O vento será tua herança”, que fala sobre criacionismo e se passa em 1925, porém a realidade retratada nunca pareceu tão atual.

 

O debate seguiu com o especialista em evolução humana, Walter Neves. Fazendo frente as ideias reacionárias do atual governo, a discussão foi em torno da importância da ciência e sua valorização, da educação pública e os diversos ataques a qual sofre e, claro, da evolução humana.

 

A atividade reuniu pessoas de todas as idades e todos saíram com a consciência elevada e clareza sobre o assunto. Cada ato é importante para derrotar esse projeto de um partido só, que ataca a educação pública e nosso direito de pensar. 

 

Vamos à luta!

 

Esperamos por vocês no próximo filme:

A VIDA DE GALILEU – 16/03/2019, 10h

Dirigido por Joseph Losey (1975), com Chaim Topol, Edward Fox, Colin Blakely, INGLATERRA, 145 min.

As observações astronômicas de Galileu, utilizando o recém-inventado telescópio, reforçaram a teoria de Copérnico de que a Terra gira em torno do Sol – e não o oposto, como queria a Igreja. Em 1616 a Inquisição começa a julgar o cientista por “prejudicar a Fé Sagrada ao tomar a Sagrada Escritura como falsa”. O filme adapta peça de Bertolt Brecht, que Losey dirigiu na Broadway em 1947.

 

Veja aqui a programação completa

 

 

COM-BOLSONARO

Bolsonaristas querem banir Galileu dos livros escolares

COM-BOLSONAROOlavo de Carvalho não está pagando esse mico de ficar com a Inquisição e a Escolástica, contra Galileu, por amor à ciência

No dia 27 de dezembro de 2011, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro concedeu sua mais alta condecoração, a Medalha Tiradentes, ao autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho.

O projeto de lei foi de autoria do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho mais velho do atual presidente da República, que introduziu no seu lema de campanha e de governo a expressão “Deus Acima de Todos”.

Interessado em ampliar a base política da família, Flávio costumava patrocinar esse tipo de homenagem, buscando estreitar relações com adeptos do ideário do “Tiro, Porrada e Bomba” – inclusive milicianos, apesar da gravidade de seus delitos.

No mesmo ano, Olavo havia publicado em seu site um artigo com jeitão de Escola Sem Partido, em que procura contestar Galileu e desagravar a Santa Inquisição que ameaçara o fundador da ciência moderna com a fogueira e o condenara à prisão perpétua, em 1633.

Olavo coloca a questão nos seguintes termos:

Se você pretende que seus filhos venham a ter uma educação de verdade, comece por não permitir que eles sejam alimentados, por um sistema educacional criminoso, com balelas idiotas que deformarão para sempre sua visão do passado histórico… Entre muitas outras, a lenda mais deformante é talvez a de Galileu Galilei como ‘mártir da ciência’… O confronto com a Inquisição não foi uma disputa entre ‘ciência e fé’, nem muito menos entre ‘ciência e superstição’, mas entre a pseudo-ciência presunçosa de Galileu e aciência superior de São Roberto Belarmino”.

Roberto Francisco Rômulo Belarmino morreu em 1621. Na condição de cardeal-inquisidor foi o principal responsável pela condenação do frade dominicano Giordano Bruno, queimado vivo como herético, no ano de 1600, por ter defendido em seus livros, entre outras questões, a existência real (e não meramente hipotética) do sistema solar resultante da teoria heliocêntrica do astrônomo e matemático polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) – inúmeros sistemas solares, acrescentava ele.

Uma pequena mostra da “superior” ciência praticada pelo cardeal Belarmino pode ser apreciada nos conceitos emitidos em sua carta ao padre carmelita Paolo Antônio Foscarini, em abril de 1615. Foscarini escrevera um livro em defesa do sistema de Copérnico, cuja existência Galileu se empenhava em provar, desde a publicação em 1610 de seu livro O Mensageiro das Estrelas, no qual apresenta suas descobertas astronômicas de 1609, que o telescópio criado especialmente por ele, com o triplo da potência dos originais holandeses, havia tornado possíveis.

Na carta, o inquisidor fazia pressão sobre o padre para alterar seu ponto de vista:

O Concílio proíbe interpretar as Escrituras contra o consenso dos Santos Padres; e se Vossa Paternidade se incomodar em ler não apenas os Santos Padres, mas também comentários modernos sobre o Gênesis, os Salmos, Eclesiastes e Josué verá que todos concordam com a interpretação literal de que o sol está no céu e gira à volta da Terra em grande velocidade e que a Terra está muito distante do céu e está imóvel no centro do mundo.

Acrescento que aquele que escreveu ‘Levanta-se o Sol e se põe, e retorna ao seu lugar, etc.’ foi Salomão, o qual não só falou inspirado por Deus, como também foi um homem muitíssimo mais sábio e douto que todos os demais nas ciências humanas e no conhecimento das coisas criadas, e toda esta sabedoria recebeu-a de Deus. Donde não ser verossímil que afirmasse uma coisa que fosse contrária à verdade demonstrada ou que se pudesse demonstrar.

E, se me for dito que Salomão fala de acordo com a aparência – parece-nos que o Sol gira enquanto a Terra gira, como a quem se afasta da praia parece que a praia se afaste do navio – responderei que quem se afasta da praia, embora lhe pareça que a praia se afaste dele, sabe, no entanto, que isto é um erro e o corrige, vendo claramente que o navio se move e não a praia. Mas, no que se refere ao Sol e à Terra, não há nenhum perito na matéria que tenha necessidade de corrigir o erro porque experimenta claramente que a Terra está parada e que o olho não se engana quando julga que o Sol se move, como também não se engana quando julga que a Lua e as estrelas se movem. E baste isto por agora”.

Segundo a Bíblia, e tão somente ela, Salomão foi o terceiro rei de Israel e governou no século IX a.C. Mas não há registro histórico ou arqueológico da passagem desse monarca pela Terra, como há sobre Hamurabi e Nabucodonosor, que governaram respectivamente nos séculos XVIII a.C. e V a.C.

Se considerarmos que ele existiu, a “ciência superior” de Belarmino, com a qual Olavo pretende refutar Galileu, consiste, na melhor das hipóteses, na revelação do que Salomão e demais autoridades tocadas por Deus dizem, literalmente, na Bíblia. Se não existiu, a posição do Inquisidor e seu Apologista torna-se ainda mais frágil. Em ambos os casos é fácil perceber que isso nada tem a ver com ciência e sim com dogmas, obscurantismo, superstição e tirania.

Portador de uma alma de déspota, Olavo não se basta em tomar partido do Tribunal do Santo Ofício no tocante à “imobilidade da Terra no centro do mundo”.

Em pleno século 21, e depois que a própria Igreja Católica arrependida pediu perdão pela condenação de Galileu, ele decide ir além da Inquisição e fulminar o cientista por outras supostas heresias. Em sua campanha para fazer a humanidade retroceder mentalmente à Idade Média, o Princípio da Inércia acabou pagando o pato.

Este princípio, formulado por Galileu, não por acaso se converteu na primeira das três Leis de Newton: “Todo o corpo permanecerá em repouso ou em movimento retilíneo uniforme, a menos que tenha seu estado alterado pela ação de uma força externa” (Isaac Newton, 1643-1727).

As Leis de Newton são a base da mecânica dos corpos materiais em escala terrestre e celeste. É matéria que se começa a aprender no Ensino Médio, assim como cálculo infinitesimal. Sem conhecer essas ferramentas é muito fácil dizer bobagens sobre Física e História da Ciência. E o fato é que o “intelectual orgânico” do bolsonarismo quer ser considerado filósofo sem se dar ao trabalho de entendê-las.

Vejamos como ele ataca o Princípio da Inércia:

Um fundo de charlatanismo parece já ter sido introduzido na física por Galileu, quando proclamou ter superado a noção da ciência antiga, segundo a qual um objeto não impelido por uma força externa permanece parado – uma ilusão dos sentidos, segundo ele. Na realidade, pontificava, um objeto em tais condições, permanece parado ou em movimento retilíneo uniforme. E, após ter assim derrubado a física antiga, esclarecia discretamente que o movimento retilíneo uniforme não existe realmente, mas é uma ficção concebida pela mente para facilitar as medições. Ora, se o objeto não movido de fora permanece parado ou tem um movimento fictício, isto significa, rigorosamente, que ele permanece parado. Ou seja, Galileu não contestou a física antiga, apenas inventou um modo de provar que ela tinha razão”(Olavo de Carvalho, ‘O Jardim das Aflições’, página 151).

É oportuno transcrever aqui um trecho do livro “Diálogos Sobre os Dois Principais Sistemas de Mundo”, escrito por Galileu em 1632. É impossível a um ser humano normal deixar de se emocionar com a clareza e a engenhosidade da argumentação, que busca tornar evidente ao senso comum aquilo que inicialmente pareceria dar razão ao pensamento antigo do qual Olavo não se desprendeu, por interesse em se manter atado a ele, desde a época em que procurava ganhar dinheiro como astrólogo.

Nos “Diálogos…”, Salviatti é uma espécie de alter ego de Galileu. Simplício um representante não sectário das ideias antigas. Há ainda um terceiro personagem, Sagredo, apresentado como “um observador inteligente” – no trecho transcrito ele é apenas citado.

SALVIATTI: Suponhamos que se tenha uma superfície plana lisa como um espelho e feita de um material duro como o aço. Ela não está horizontal, mas inclinada, e sobre ela foi colocada uma bola perfeitamente esférica, de algum material duro e pesado como o bronze. A seu ver o que acontecerá quando a soltarmos?

SIMPLÍCIO: Não acredito que permaneceria em repouso; pelo contrário estou certo de que rolaria espontaneamente para baixo.

SALVIATTI: E por quanto tempo a bola continuaria a rolar, e quão rapidamente? Lembre-se de que eu falei de uma bola perfeitamente redonda e de uma superfície altamente polida, a fim de remover todos os impedimentos externos e acidentais. Analogamente, não leve em consideração qualquer impedimento do ar causado por sua resistência à penetração, nem qualquer outro obstáculo acidental, se houver.

SIMPLÍCIO: Compreendo perfeitamente, e em resposta a sua pergunta digo que a bola continuaria a mover-se indefinidamente, enquanto permanecesse sobre a superfície inclinada, e com um movimento continuamente acelerado…

SALVIATTI: Mas se quiséssemos que a bola se movesse para cima sobre a mesma superfície, acha que ela subiria?

SIMPLÍCIO: Não espontaneamente; mas ela o faria se fosse puxada ou lançada para cima.

SALVIATTI: E se fosse lançada com um certo impulso, qual seria seu movimento, e de que amplitude?

SIMPLÍCIO: O movimento seria constantemente freado e retardado, sendo contrário à tendência natural, e duraria mais ou menos tempo conforme o impulso e a inclinação do plano fossem maiores ou menores.

SALVIATTI: Muito bem, até aqui você me explicou o movimento sobre dois planos diferentes. Num plano inclinado para baixo, o corpo móvel desce espontaneamente e continua acelerando, e é preciso empregar uma força para mantê-lo em repouso. Num plano inclinado para cima, é preciso uma força para lançar o corpo ou mesmo mantê-lo parado, e o movimento impresso no corpo diminui continuamente, até cessar de todo. Você diria ainda que nos dois casos surgem diferenças conforme a inclinação do plano seja maior ou menor, de forma que um declive mais acentuado implica maior velocidade, ao passo que num aclive um corpo lançado com uma dada força se move tanto mais longe quanto menor o aclive. Diga-me agora o que aconteceria ao mesmo corpo móvel, colocado sobre uma superfície sem nenhum aclive nem declive.

SIMPLÍCIO: Aqui preciso pensar um instante sobre a resposta. Não havendo declive, não pode haver tendência natural ao movimento; e, não havendo aclive, não pode haver resistência ao movimento. Parece-me portanto que o corpo deveria naturalmente permanecer em repouso. Mas eu me esqueci; faz pouco tempo que Sagredo me deu a entender que isto é o que aconteceria.

SALVIATTI: Acredito que aconteceria se colocássemos a bola firmemente num lugar. Mas que sucederia se lhe déssemos um impulso em alguma direção?

SIMPLÍCIO: Ela teria que se mover nessa direção.

SALVIATTI: Mas com que tipo de movimento? Seria continuamente acelerado, como no declive, ou continuamente retardado, como no aclive?

SIMPLÍCIO: Não posso ver nenhuma causa de aceleração, uma vez que não há aclive nem declive.

SALVIATTI: Exatamente. Mas se não há razão para que o movimento da bola se retarde, ainda menos há razão para que ele pare. Por conseguinte, por quanto tempo você acha que a bola continuaria se movendo?

SIMPLÍCIO: Tão longe quanto a superfície se estendesse sem subir nem descer.

SALVIATTI: Então, se esse espaço fosse ilimitado, o movimento sobre ele seria também ilimitado? Ou seja, perpétuo?

SIMPLÍCIO: Parece-me que sim, desde que o corpo móvel fosse feito de material durável.”

Desnecessário dizer que Galileu e depois Newton jamais consideraram que o movimento retilíneo uniforme “é uma ficção concebida pela mente para facilitar as medições”. Aliás, para comprová-lo, basta observar o movimento de um foguete no espaço, em ambiente de microgravidade, com os motores desligados.

Olavo não está pagando esse mico de ficar com a Inquisição e a Escolástica, contra Galileu, por amor à ciência.

O problema é que ele está possuído pela ideia de que sem restabelecer a autoridade que a religião desfrutava no paraíso medieval não dá mais para o populacho se deixar explorar pelas elites sem se revoltar.

Autoridade absoluta em todos os assuntos existentes ou, como diria São Roberto Belarmino, que possam vir a existir. Poder de vida e de morte, de prender e arrebentar. Essa é a parte que interessou à família Bolsonaro e motivou a sua conversão ao Credo.

(SÉRGIO RUBENS)
 Por  Publicado em 7 de março de 2019

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Assista ao “Gaviões e Passarinhos“, de Pier Paolo Pasolini, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES!

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Na próxima segunda-feira (11), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresenta o filme “Gaviões e Passarinhos“ (1966), de Pier Paolo Pasolini. Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

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A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

“GAVIÕES E PASSARINHOS” (1966), DE PIER PAOLO PASOLINI

 

SINOPSE

Innocenti Totò (Totò) e seu filho Innocenti Ninetto (Ninetto Davoli) estão à deriva em uma estrada na Itália. No meio do caminho, eles encontram um corvo que pode falar. O trio segue então uma longa viagem, cheios de discussões que debatem a ideologia do socialismo.

 

O DIRETOR

Poeta, escritor e cineasta, Pasolini nasceu em Bolonha. Compôs os primeiros poemas em dialeto friulano, “Poesia a Casarsa” (1942). Seus romances “Vadios” (1954) e “Uma Vida Violenta” (1959) lhe asseguraram o êxito literário. Dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, escrevendo depois roteiros cinematográficos e realizando vários filmes, entre os quais “Accattone” (1961), “Mamma Roma” (1962), “O Evangelho Segundo Mateus” (1964), “Gaviões e Passarinhos” (1966), “Édipo Rei” (1967), “Teorema” (1968), “Medeia” (1969), “Pocilga” (1969), “Decameron” (1971), “Salò ou os 120 Dias de Sodoma” (1975). Repudiado pelo Vaticano, quando foi lançado em 1964 no Festival de Veneza, “O Evangelho Segundo Mateus” foi reabilitado em 2014, um ano após a posse do Papa Francisco, como “o melhor filme já feito sobre a vida de Jesus Cristo”.

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Gaviões e Passarinhos, de Pier Paolo Pasolini

Duração: 89 minutos

Quando: 11/03 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

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8 de março, Dia Internacional de luta das mulheres!

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A UMES-SP saúda e parabeniza todas as mulheres pelo seu dia Internacional de lutas pela emancipação feminina. Esse dia não só se dá em memória a todas que deram suas vidas pela conquista de direitos, que unidas deram início a uma grande greve operária em meados de 1917 em repúdio as condições cruéis que viviam a população Russa durante o governo do Czar Nicollau II, mas também por todas que prosseguiram na luta com o passar dos anos e a todas que não desistiram, e não desistem, de lutar contra os retrocessos advindos de sociedades patriarcais.


A conquista do voto e o movimento sufragista abriu espaço para grandes vitórias. No Brasil, durante o Governo do Presidente Getúlio Vargas em 1932 as mulheres conquistaram o direito de votar e ser votada. Depois de muito lutar, participar ativamente da construção de uma sociedade mais justa e igualitária não é mais um crime ou algo proibido: é Direito .

 

Foi com muito afinco também que o direito a educação e aos estudos se tornou realidade.

 

Antes, em conventos, aprendendo o mínimo, ideologias cristãs e a serem “boas donas de casa”. Hoje obtendo papel de grande destaque nas escolas e nas grandes universidades do país, ocupando cada vez mais esses espaços que eram majoritariamente masculinos. Não é atoa que no Enem 2018, das 55 redações nota 1000, 42 eram de mulheres.

 

E não é atoa, que um dos principais planos de Bolsonaro e Ricardo Valéz (Ministro da Educação) é acabar com o que resta da educação pública brasileira, defendendo a aprovação de uma escola anti-democrática com o projeto escola sem partido. Quando o mesmo diz que a “Universidade precisa ser garantida a uma elite intelectual” ou mesmo que o “hino precisa ser entoado pelos estudantes com o Slogan de seu governo no final e tudo isso gravado”, só nos garante que esse projeto é de uma escola só com o partido deles e com sua ideologia em sala de aula, negando a discussão cultural, étnica, racial, de gênero e educação sexual que influencia diretamente na adolescência de nossas meninas e meninos.

 

É notório, que nós mulheres já conquistamos muito, mas, sem dúvida alguma ainda temos muito a conquistar, e em especial quando se trata de Brasil e do seu atual desgoverno.

 

A ministra Damares Alves (Mulher, Família e direitos Humanos) sempre expõe ideias esdrúxulas quando se trata de nós mulheres, e não é novidade, pois age exatamente como toda cúpula de Bolsonaro; (Sem pensar, sem estudar e da maneira mais individual possível).

 

Por isso não podemos nos deixar enganar com suas falácias!

 

A Reforma da Previdência vem, e vem pior que a de Temer. Aumentar em mais 20 anos o tempo de contribuição é a certeza que a população pobre, periférica e nós mulheres que muitas vezes vivemos uma dupla ou até tripla jornada morreremos sem nos aposentar; por isso exigimos: Parem de mentir para a população Brasileira; os números mostram que não há déficit na previdência, muito pelo contrário, há um superávit e bilhões em dividas não pagas geradas por grandes bancos e empresas. É necessário entender que é um desrespeito, principalmente a mulher que vai ser a principal atingida com essas mudanças, Previdência social é garantia de direitos essenciais como saúde, educação e assistência social.

 

Considerando a dupla jornada, se aposentar com 62 anos, sem hospitais de qualidade para atendimento, sem educação de qualidade desde o maternal até a Universidade, e com uma PEC que congela os gastos públicos durante vinte anos é jogar nós mulheres a bera do abismo e dificultar ainda mais nossa emancipação.

 

Por isso, esse último período precisamos nos organizar e nos unir contra todos ataques ao povo brasileiro, com unidade e o entendimento de que somente unidas, alinhadas e enfrentando com sabedoria todas as nossas divergências políticas conseguiremos enfrentar essa corja anti-democratica que se instaura no poder atualmente. Vamos juntas e juntos derrotar o escola sem partido, a reforma da previdência e todos os retrocessos apresentados.

 

Bolsonaro e todos os seus aliados irão cair, e vai ser pelos braços de quem constroi essa nação, e nós mulheres antes de tudo, precisamos ser linha de frente.

 

Feliz dia das mulheres

 

À Luta!

 

Sabrina Feitosa – Diretora de Mulheres UMES-SP

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Bolsonaro diz que Educação Pública recebe dinheiro demais no Brasil

gettyimages-968564926“O Brasil gasta mais em educação em relação ao PIB que a média de países desenvolvidos”, disse ele.

 

Jair Bolsonaro usou, como sempre tem feito, o expediente do twitter para dizer, nesta segunda-feira (04), que a educação no Brasil recebe dinheiro demais. “O Brasil gasta mais em educação em relação ao PIB que a média de países desenvolvidos”, disse ele. 

E acrescentou a observação de que as verbas para a educação foram aumentadas e o ensino não melhorou. “Em 2003 o MEC gastava cerca de R$ 30 bi em Educação e em 2016, gastando 4 vezes mais, chegando a cerca de R$ 130 bi, ocupa as últimas posições no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA)”, afirmou o presidente. 

O Brasil, ao contrário do que diz Bolsonaro, gasta muito pouco com Educação. Em 2012, segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), o Brasil investia 5,6% do PIB em Educação; em 2013, caiu para 5,2%; em 2014 caiu ainda mais, para 4,9% e, em 2015, voltou a investir 5% do PIB em Educação. Em 2018 esse índice ficou em 6% do PIB. 

Ao dizer que o Brasil gasta muito em educação, Bolsonaro desconsidera que o gasto per capita em educação pública do Brasil – que é o que interessa – é um dos mais baixos do mundo. Esta afirmação de que o Brasil está gastando muito é, portanto, falsa. Ou uma meia verdade, dessas que só serve para uma coisa: justificar a redução de verbas para a educação. 

Quando divide-se o valor gasto em todos os níveis de ensino pelo total de alunos, o Brasil ocupa um dos últimos lugares entre os países da OCDE. Gasta metade do valor gasto em média pelos países da OCDE (US$ 5.610 por estudante), enquanto a média da OCDE é de US$ 10.759.

No ensino superior a situação do Brasil é um pouco melhor com um gasto por aluno ano de US$ 11.066, enquanto a média dos países da OCDE é de US$ 16.143. No ensino básico o Brasil gasta uma média de US$ 3.800 por aluno, enquanto nos países da OCDE essa média é de US$ 10.106.

Entre os países analisados em um estudo do órgão (Eduaction at a Glance 2917), apenas seis países gastam menos com alunos na faixa de dez anos de idade do que o Brasil, entre eles a Argentina (U$ 2,4 mil), o México (US$ 2,9 mil) e a Colômbia (U$ 2,5 mil). A Indonésia é o país lanterna, com gastos de apenas US$ 1,5 mil.

Para sustentar o que diz, Bolsonaro cita o exemplo dos países ricos, ou seja, os 35 países da OCDE, que investem em média 5,6% do PIB em educação. Para o presidente, o fato do Brasil investir, em relação ao PIB, o mesmo, ou um pouco mais do que a média dos países da OCDE, é um absurdo. É dinheiro demais! Não pode ser. Para ele, o Brasil não tem que ser último só no gasto per capita, tem que ser também no gasto em relação ao PIB.

E mais, desses 6% do PIB investidos em educação pública, cerca de 4%, segundo o Ministério da Educação, estão a cargo dos Estados e Municípios e 2% a cargo da União. A União investe 0,4% do PIB no ensino básico. Os restantes 1,6% são destinados ao ensino superior. A meta para 2020 do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2012, é chegar a um investimento total de 10% do PIB na educação. 

O Congresso Nacional, já em 2012, identificava a insuficiência de verbas para a educação pública no Brasil e aprovou o Plano Nacional de Educação prevendo a necessidade de aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor. Ou seja, praticamente o dobro dos recursos gastos atualmente. Apesar de uma manobra do governo Dilma, que previu que parte desses 10% do PIB poderia ir para o ensino privado, o Congresso reconheceu a necessidade do país investir mais em educação. 

O argumento de Bolsonaro, de que aumentou a verba e o ensino não melhorou, é uma falácia. Isto não é verdade. O valor nominal foi de R$ 33 bi em 2003 para R$ 115 bi em 2018, segundo dados do MEC. Mas, como dissemos, o gasto per capita – recursos para cada aluno – não aumentou no período citado por ele. Ele está estagnado num nível muito baixo. Num nível dos menores do mundo. Portanto, a verdade é que essa afirmação de que houve aumento e há dinheiro demais na educação não se sustenta. 

O Brasil realmente ocupa as últimas posições no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), como diz Bolsonaro, só que a causa desse resultado não o excesso de dinheiro como ele afirma. É exatamente o contrário. É a falta de investimentos que derruba a qualidade do ensino no Brasil. 

Isso é simples de se confirmar. É só comparar o resultado das escolas do ensino básico como um todo, com o resultado das escolas federais (Institutos Tecnológicos), que têm um investimento per capita maior. As escolas federais isoladamente estão no topo, tanto do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) quanto do PISA, citado por Bolsonaro. A causa disso é que o gasto per capita com alunos nas escolas federais está muito mais próximo da média dos países da OCDE do que o gasto per capita da rede pública geral. 

O salário pago aos professores da rede federal de ensino, todos concursados, treinados e motivados, nas 451 escolas federais do país, com seus 257 mil alunos, é cerca de três vezes o que se paga ao professor da rede pública geral (o piso salarial do professor da rede pública são míseros R$ 2.455,35). Dados do último censo escolar revelam que o Brasil possui 5.610 carreiras de professores municipais e estaduais. São 180 mil escolas, 51 milhões de crianças em idade escolar e 1,8 milhão de professores. Todos muito mal pagos e desprestigiados. 

Tudo indica, pela afirmação de Bolsonaro, que ele e Guedes não estão de olho apenas no R$ 1 trilhão da Previdência Social, ou seja, não estão de olho só no dinheiro de quem trabalha, para desviar aos parasitas que nunca pegaram no batente. Com essa afirmação sobre a educação, eles dão fortes sinais de que pretendem também retirar o “excesso” de verbas de quem estuda em escola pública no Brasil. 

Ao contrário do ‘argumento’ do presidente, o que se vê é que faltam recursos e que, quanto mais se investe per capita (por aluno), quanto mais se paga melhor aos professores, quanto mais se aplicam em pesquisa, quanto mais se constróem escolas e se investem em ensino integral de qualidade, melhores são os resultados. 

O investimento por aluno no Brasil, como vimos, é uma vegonha. Ele está não só estagnado, como permanece no fundo do poço. Bolsonaro está, portanto, mentindo quando diz o contrário. Seu objetivo com essa conversa não é outro senão tentar reduzir as verbas da educação pública no Brasil.

Por  Publicado em 5 de março de 2019

 

O VENTO SERA TUA HERANCA j

Assista ao filme “O Vento Será Tua Herança“, de Daniel Petrie, na estreia da mostra Cinema Com Partido!

O VENTO SERA TUA HERANCA j

 

No próximo sábado (09), o Cine-Teatro Denoy de Oliveira dá início a sua nova mostra intitulada “Cinema Com Partido – Mostra Democrática“, que é uma resposta à tentativa de institucionalizar aberrações como a proposta da “Escola sem Partido” ou o retorno das teses criacionista ou terraplanistas – que ressurgiram do fosso com a ascensão de Bolsonaro.

 

A sessão será iniciada às 10 horas da manhã no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Após o filme, a sessão fará um debate com a presença do bioantropólogo Walter Neves, pai do fóssil Luzia, o esqueleto humano mais antigo das Américas.

 

 

“O VENTO SERÁ TUA HERANÇA” (1999), DE DANIEL PETRIE

 

SINOPSE

O filme é baseado em um caso real, o “Processo do Macaco de Scopes”, como foi chamada a ação do Estado do Tennessee contra o professor de biologia John Thomas Scopes, julgado, em 1925, por ensinar a Teoria da Evolução, de Darwin, numa escola pública. Criacionismo e Escola Sem Partido já exalavam forte bolor há 100 anos…

 

SERVIÇO

Filme: O Vento Será Tua Herança (1999), de Daniel Petrie

Duração: 108 minutos

Quando: 09/03 (sábado)

Que horas: pontualmente às 10 horas da manhã.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)