Jornal dos Bairros

Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES saiu no Jornal dos Bairros

Nossa Mostra Permanente de Cinema Italiano saiu no Jornal dos Bairros!

 

Clique na foto e veja a matéria na íntegra.

 

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Pais de alunos declaram apoio a servidores municipais de SP em greve

welinton“Nós nos solidarizamos, porque a luta dos servidores municipais tem um ponto em comum com a batalha que todos os trabalhadores do Brasil irão enfrentar daqui algum tempo, que é a reforma da previdência nacional”, afirmou Wellinton Souza, presidente da Conselho de Pais da EMEF Celso Leite e Secretário do Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola (Crece – Central)

Na última quarta-feira (6), pais de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Celso Leite Ribeiro Filho, localizada no bairro da bela Vista, na capital paulista, declararam apoio à greve dos professores e demais servidores do município contra a reforma da previdência paulistana – o Sampaprev.

O ato, que contou a presença de mais de 300 pessoas, foi organizado pelo Conselho de Pais e Professores da escola. “A comunidade entende que essa reforma da previdência é uma afronta para todos os servidores públicos. Nós nos solidarizamos, porque a luta dos servidores municipais tem um ponto em comum com a batalha que todos os trabalhadores do Brasil irão enfrentar daqui algum tempo, que é a reforma da previdência nacional – que se for aprovada, conforme se tem divulgado na imprensa, será o fim da nossa Previdência Social”, declarou Wellinton Souza, que é presidente do Conselho de Pais da EMEF Celso Leite e secretário do Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola (Crece – Central).

A greve dos servidores municipais teve início com a paralisação dos professores na manhã de segunda-feira (4). Nesta quinta-feira (7), depois de uma grande manifestação que ocupou as ruas do Centro de São Paulo, e seguiu em passeata até a Paulista, os servidores decidiram pela manutenção da greve.

Os funcionários públicos pedem a revogação da Lei 17.020/2018, que fixa o aumento da alíquota de contribuição previdenciária dos funcionários públicos de 11% para 14% e a criação de um sistema de previdência complementar para novos trabalhadores com remuneração superior ao teto de R$ 5,6 mil. A lei foi aprovada pela Câmara dos Vereadores e sancionado pela prefeitura no final do ano passado, sob forte protesto dos servidores.

 

 Por  Publicado em 7 de fevereiro de 2019

 

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Assista a primeira parte do filme “1900” (1976), de Bernardo Bertolucci, na abertura da Mostra Permanente de Cinema Italiano de 2019!

1900

 

Na próxima segunda-feira (11), a Mostra Permanente de Cinema Italiano dá início a programação de 2019 com a primeira parte do filme “1900“ (1976), de Bernardo Bertolucci. Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

Confirme sua presença no Facebook!

 

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

1900 – PARTE 1 (1976), DE BERNARDO BERTOLUCCI

 

SINOPSE

Na Itália, a vida de dois amigos de infância separados por seus destinos. Olmo Dalcò (Gérard Depardieu), filho bastardo de um camponês, é um trabalhador consciente politicamente. Alfredo Berlinghieri (Robert De Niro), filho de um proprietário de terras, vive do dinheiro da família, sem maiores preocupações. De classes opostas, os dois compartilham um contexto: o crescimento do fascismo e do comunismo.

 

O DIRETOR

Filho do poeta e crítico de cinema Attilio Bertolucci, Bernardo Bertolucci nasceu em Parma. Começou cedo, ainda no final dos anos 50, quando realizou seus primeiros curta-metragens em 1959 e 1960. Em 1961, frequentou a Universidade de Roma onde começou o curso de Literatura Moderna após trabalhar como assistente de direção em “Accattone”, de Pier Paolo Pasolini. Estreou como diretor em 1962 com o longa “A Morte”.

Conhecido por sua versatilidade, Bertolucci tem entre suas obras “Antes da Revolução” (1964); o clássico “O Conformista” (1970), livre adaptação do livro homônimo de Alberto Moravia; o polêmico “O Último Tango em Paris” (1972), com Marlon Brando e Maria Schneider; o épico “1900”, realizado em 1976. Também se destacam, o multipremiado “O Último Imperador” (1987),  “O Céu que Nos Protege” (1990) e “Os Sonhadores” (2003).

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: “1900” (1976) – Parte 1, de Bernardo Bertolucci

Duração: 162 minutos

Quando: 11/02 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas.

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

 

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Clássicos do cinema russo serão exibidos no Centro Cultural São Paulo

Pppp-A-maeA Mãe, de Gleb Panfilov, é a quarta adaptação do célebre romance de Maxim Gorki

Uma seleção de clássicos do cinema russo será exibida no Centro Cultural São Paulo (CCSP). São 12 filmes, que estarão na programação até o final do ano.

A estréia aconteceu hoje (30), e prossegue com a exibição de um filme por mês (com exceção da última apresentação do ano, que pode ser conferida na programação abaixo). O próximo filme é Dersu Uzala, que será exibido no dia 26/02, às 19h.

Os filmes selecionados representam diversos períodos do cinema russo e soviético e foram produzidos pelo Mosfilm, o maior e um dos mais importantes estúdios da Europa e o mais antigo do continente.

A exibição dos filmes no CCSP, a maioria em cópias restauradas, é uma parceria do CPC-UMES Filmes – que representa e distribui as produções do estúdio russo no Brasil -, com o Circuito Spcine, uma rede de salas de cinema da Prefeitura de São Paulo, que ocupam espaços principalmente em bairros não atendidos pelas salas comerciais.

Entre os filmes estão presentes o imperdível “Vá e Veja” (1985), de Elem Klimov, considerado uma das produções mais perturbadoras sobre a guerra e seus efeitos, e A Mãe (1989), dirigido por Gleb Panfilov, uma adaptação do célebre romance de Maxim Gorki, que foi vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes, em 1990.

A proposta do Circuito Spcine é garantir o acesso da população ao cinema com equipamentos de primeira geração, com qualidade de som e imagem, a preços populares.

Os filmes serão exibidos na sala Paulo Emilio, que integra o Circuito Spcine, e está localizada no interior do Centro Cultural São Paulo.

Centro Cultural São Paulo, Rua Vergueiro, 1000.

Ingressos: R$ 4,00 a inteira, R$ 2,00 a meia-entrada.

Confira abaixo a programação e as fichas técnicas dos próximos 11 filmes

DERSU UZALA – 26/02/2019, 19h

Dirigido por Akira Kurosawa (1975), com Maksim Munzuk, Yuriy Solomin. URSS, 161 min.

Cartógrafo do exército russo mapeia a Sibéria no fim do século 19, com a ajuda de caçador nativo avesso aos padrões mercantis de conhecimento e relação com a natureza. Produzida pelo Mosfilm, a obra trouxe o mestre japonês Akira Kurosawa de volta às telas, depois da tentativa de suicídio em 1971. Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1976.

VÁ E VEJA – 27/03/2019, 19h

Dirigido por Elem Klimov (1985), com Aleksei Kravchenko, Olga Mironova, Vladas Bagdonas, URSS, 136 min.

Na 2ª Guerra Mundial, o adolescente Floria, morador de uma aldeia bielorrussa, encontra um velho fuzil e se junta ao movimento guerrilheiro que resiste aos invasores. A ocupação da Bielorrússia pelos nazistas foi de uma selvageria sem precedentes, com mais de 600 vilas aniquiladas e 2,2 milhões de mortos.

O ENCOURAÇADO POTEMKIN – 23/04/2019, 19h30

Dirigido por Serguey Eisenstein e Grigori Aleksandrov (1925), com Aleksandr Antonov, Vladimir Barsky, Grigori Aleksandrov, URSS, 75 min.

Em 1905, marinheiros do Potemkin rebelam-se. A população da cidade portuária de Odessa apoia a revolta e é brutalmente reprimida. O encouraçado dispara contra o Quartel General czarista e parte ao encontro da frota do Mar Negro, visando sublevá-la. Obra-prima de Eisenstein, até hoje o filme soviético mais influente no Ocidente.

A MÃE – 18/05/2019, 19h

Dirigido por Gleb Panfilov (1989), com Irina Churikova, Viktor Rakov, Liubomiras Lauciavicius. URSS, 200 min.

Quarta adaptação do célebre romance de Maxim Gorki, o filme narra a transformação de uma camponesa submissa, escrava dos seus medos e da brutalidade doméstica, em mulher que se engaja na luta dos trabalhadores, ocupando progressivamente o lugar de seu filho Pavel, preso pela polícia política. Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes (1990).

STALKER – 26/06/2019, 19h30

Dirigido por Andrei Tarkovsky (1979), com Aleksandr Kadanovskiy, Anatoly Solonitsyn, Nikolay Grinko, URSS, 162 min.

Num futuro indefinido, um guia (stalker) conduz dois homens conhecidos como Escritor e Professor a uma área proibida, lacrada pelo governo, a “Zona”. Dentro dela há uma usina desativada onde existe um aposento que possui a propriedade de realizar os desejos de quem entrar nele. Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes (1980).

O DESTINO DE UM HOMEM – 24/07/2019, 19h30

Dirigido por Serguey Bondarchuck (1959), com Serguey Bondarchuck, Pavel Borinsky, Zinalda Kirienko, URSS, 103 min.

Convocado pelo Exército Vermelho para atuar como motorista, Andrey é capturado pelos alemães e quando retorna não mais encontra sua mulher e filhos, todos mortos na guerra. O fantasma de uma vida sem propósito o atormenta. Adaptação do romance homônimo de Mikhail Sholokhov, que se tornaria ganhador do Nobel em 1965.

COSSACOS DO KUBAN – 28/08/2019, 20h

Dirigido por Ivan Pyryev (1949), com Serguey Lukyanov, Marina Ladynina, Aleksandr Khvylya, Vladlen Davydov, URSS, 110 min.

Nas estepes do rio Kuban, dois kolkhozes (cooperativas agrícolas) competem para ver quem consegue colher mais trigo. Realizado em cores, “Cossacos do Kuban” foi a maior produção musical do cinema soviético.

SOLARIS – 25/09/2019, 19h

Dirigido por Andrei Tarkovsky (1972), com Donatas Banionis, Natalya Bondarchuck, Jüri Järvet, URSS, 166 min.

Grande Prêmio do Júri e Prêmio da Crítica Internacional, no Festival de Cannes, em 1972, baseado na novela de Stanislaw Lem, “Solaris” conta a história da investigação sobre um planeta dotado de inteligência, capaz de penetrar no íntimo dos seres humanos e materializar clones de suas mais secretas lembranças.

OS CIGANOS VÃO PARA O CÉU – 11/10/2019, 19h30

Dirigido por Emil Loteanu (1975), com Svetlana Toma, Grigore Grigoriu, Ion Sandri Shkurya, URSS, 96 min.

Com trilha musical de Eugen Doga e baseado no conto “Makar Chudra” (1892), de Gorky, “Os Ciganos Vão para o Céu” narra a tempestuosa história de amor entre a jovem Rada e o ladrão de cavalos Loyko Zobar. O filme ganhou a Concha de Ouro no Festival de San Sebastian. Em 1976, foi assistido por 64,9 milhões de espectadores, na URSS.

LIBERTAÇÃO 1: O ARCO DE FOGO – 30/11/2019, 17h

Dirigido por Yuri Ozerov (1969), com Mikhail Nozhkin, Bukuti Zakanadze, Nikolai Olyalin, Mikhail Ulyanov, Larissa Golubkina, URSS, 85 min.

Recriação dramática da 2ª Guerra Mundial, focada nos acontecimentos que vão da contra-ofensiva soviética, após a vitória em Stalingrado (fevereiro de 1943), até a batalha de Kursk, o maior confronto de blindados de todos os tempos. A série completa tem cinco filmes e vai até a queda de Berlim.

LIBERTAÇÃO 2: RUPTURA – 30/11/2019, 19h

Dirigido por Yuri Ozerov (1971), com Larissa Golubkina, Fritz Diez, Ivo Garrani, Stanislav Yakevich, Yuri Durov, URSS, 84 min.

O segundo episódio da série “Libertação” começa em julho de 1943 com a destituição de Mussolini e invasão da Itália pelas tropas de Hitler. Prossegue com a travessia do Dnieper.


Por 
 Publicado em 30 de janeiro de 2019

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Bolo do Bixiga no Aniversário de São Paulo tem mão da comunidade e presença do prefeito Bruno Covas

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Na última sexta-feira, 25 de janeiro, nosso bairro presenteou a cidade de São Paulo com o tradicional e gigante Bolo do Bixiga, que agora é produzido pela própria comunidade. A festa em comemoração aos 465 anos da maior Metrópole do país contou com a presença do prefeito Bruno Covas e shows que animaram o evento e fizeram o público cair na folia. Foram distribuídos aproximadamente 150 metros de bolo para um público estimado de 2 mil pessoas.

 

O Bolo do Bixiga, desde 2016, retomou o formato de sua origem, quando os bolos eram produzidos pela própria comunidade. Através do ‘boca a boca’ e das redes sociais as pessoas são convidadas a prepararem tudo em casa e levarem para a festa, onde juntos todos constroem o Bolo do Bixiga, que repousa gigante na Rua Rui Barbosa, local da tradicional festa.

 

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Os bolos começaram a chegar por volta das 10h00 ao som do forró do grupo Acabocaria, que começou a esquentar o público na parte musical, sendo sucedidos pelo SamBV, que animou a galera com samba da melhor qualidade até as 11h50, quando o Padre Bogáz, da Paróquia de Nossa Senhora Achiropita, fez uma belíssima oração. Quando o relógio já marcava meio-dia o prefeito Bruno Covas e alguns secretários municipais chegaram e a comunidade cantou parabéns para São Paulo ao som da Bateria 013, que levantou a galera. Após o ritual, o Bolo do Bixiga foi cuidadosamente cortado e distribuído na mão das pessoas por diversos voluntários. O clima de festa era tão amistoso que houve espaço até para que a Rainha do Bixiga, Ludmilla Bispo, passasse bolo no nariz do prefeito, que entrou na brincadeira e se divertiu, arrancando risos das pessoas em volta. Todas as pessoas que estavam presentes à festa comeram bolo, até que o show do Língua de Trapo encerrou o evento.

 

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O primeiro Bolo do Bixiga aconteceu em 1985 quando Armandinho Puglisi teve a ideia de fazer um bolo gigante para presentear a cidade que tantos imigrantes acolheu. Ele arrumou mesas e convocou as mammas da comunidade para prepararem tudo em casa e levarem no dia do evento, que foi um sucesso. Com o passar do tempo Armandinho conseguiu patrocinadores e realizou a festa até 1994, quando faleceu. Walter Taverna então assume a tarefa de continuar mantendo essa tradição.

 

Em 2009 a tradição foi interrompida e o gigante Bolo do Bixiga adormeceu depois que um programa de TV incentivou uma guerra de bolos no ano anterior, espantando os patrocinadores. Mas em 2016 moradores do bairro se uniram a Walter Taverna e resgataram a história. As mamas, as mainhas e os manos foram convocados. A comunidade participou em massa e com massa e o Bixiga fez novamente um bolo gigante para comemorar o aniversário de São Paulo.

 


Fotos: Maio Itapuã

Publicado em Portal do Bixiga. Clique aqui e veja mais fotos do evento.

 

 

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“O fim desses desastres só virá com a reestatização da Vale”, diz João Goulart

frame-00-08-44.349-1-“A desgraça provocada no Rio Doce pela empresa não fez com que houvesse mudança
de comportamento dentro da administração”. Foto TV Globo

“O que ocorreu no município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (25), já estava tristemente sentenciado”, lamentou João Goulart Filho, que disputou a Presidência da República no ano passado pelo Partido Pátria Livre (PPL). Ele falou, em entrevista ao HP, sobre “a ganância que marca a atuação da Vale, depois que ela foi privatizada”. “Essa forma de agir, com descuido com a segurança, não poderia levar a outro resultado senão a desastres como este de Brumadinho”, denunciou.

A Barragem da Mina do Feijão, explorada pela Vale, em Brumadinho, rompeu no inicio da tarde desta sexta-feira, devastando toda a região. Até agora, segundo o Corpo de Bombeiros, já passam de 200 as pessoas desaparecidas. O presidente de Vale, Fabio Schvartsman, em entrevista, não soube explicar as causas do desastre e só admitiu que a desgraça humana será muito maior do que a de Mariana.

“Durante a campanha presidencial, quando estivemos em Mariana, depois daquela hecatombe ambiental, que matou 19 pessoas, e que, por sinal, até hoje não indenizou os moradores atingidos, alertamos para a continuidade dos riscos causados pelo descaso e a busca frenética de lucros por parte dos dirigentes privados da Vale”, observou João Goulart. Para Goulart, os órgãos de controle e fiscalização que já eram débeis, perderam ainda mais força nos últimos tempos.

“Ficou provado que os administradores privados fazem uma gestão que menospreza as medidas de segurança, porque, em sua cabeça de negocistas e exploradores, elas ‘são caras’ e reduzem os lucros. Essa visão anti-social acaba colocando em risco a vida de funcionários e moradores das regiões onde estão instaladas as minas”, prosseguiu. “Não podia acabar de outro jeito”, concluiu o político.

“A Vale, patrimônio do trabalhismo, empresa que foi criada por Getúlio Vargas e se transformou numa das maiores mineradoras do mundo, acabou sendo entregue a preço vil em 1997 para os interesses estrangeiros. Esses grupos não se preocupam com o país onde atuam e muito menos com as localidades onde as minas estão instaladas”, disse Goulart.

“A Vale privatizada causou o desastre de 2015 e, parece, como alertamos durante a campanha, que seus donos não tomaram jeito”, disse Goulart. “O chamado ‘ambiente de negócios’ que se instalou na empresa depois que o Estado foi afastado de sua administração, não vislumbra investimentos em segurança e muito menos ‘gastos’ com manutenção dos equipamentos”, denunciou.

“O resultado é que a Vale já é ré numa ação da Justiça Federal desde 2016, ao lado da Samarco e da BHP, por homicídios e crimes ambientais”, acrescentou. “A desgraça provocada no vale do Rio Doce pela empresa não fez com que houvesse mudança de comportamento dentro da administração. É sempre a busca do lucro a qualquer custo que interessa”, observou Goulart.

Além das 3 empresas (Vale, Samarco BHP), 22 pessoas e a companhia de engenharia VogBR também respondem ao mesmo processo pelo desastre que foi considerado o maior já ocorrido no país. Até o final de 2018, essa ação seguia correndo na comarca de Ponte Nova, na Zona da Mata, sem que os réus tenham sido julgados.

João Goulart reafirmou o que defendeu enfaticamente durante a campanha. A necessidade da reestatização da Vale. “Esse é o caminho para voltarmos a ter uma gestão responsável, que invista em segurança, que não abandone a manutenção, que prestigie seus funcionários, como a Vale fazia quando era estatal”, defendeu.

“Nossos minérios estão sendo mandados para o exterior sem qualquer controle. As empresas exploradoras provocam desastres ambientais gigantescos e fica por isso mesmo. Tudo isso ocorre apenas em benefício de grupos estrangeiros. O país e a população não controlam a produção e também não se beneficiem dessas riquezas que pertencem à toda a nação”, acrescentou Goulart.

“Quero manifestar todo o meu apoio às populações atingidas pela tragédia e torcer para que os desaparecidos sejam encontrados com vida. A Vale até agora apenas reconheceu, em nota divulgada nesta tarde, que houve o rompimento da barragem, mas não deu ainda nenhum esclarecimento sobre as causas do desastre.

Ao mesmo tempo que nos somamos na solidariedade aos atingidos, cobramos da empresa e das autoridades, o esclarecimento das causas do ocorrido e que ações enérgicas sejam tomadas para que não se repita o triste episódio de Mariana, que até agora não indenizou e nem puniu ninguém pelo desastre de 2015”, completou João Goulart Filho.

 Por  Publicado em 25 de janeiro de 2019

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Rompimento da barragem em Brumadinho é crime!

Neste dia 25, sexta-feira, aconteceu o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), ocasionado uma enxurrada de lama, que destruiu o que tinha pela frente. A empresa disse que a barragem tinha rejeitos de minério de ferro e não estava ativa desde 2015.

 

O CRIME também aconteceu em 2015, em Mariana, com o rompimento da barragem de Fundão, da Samarco. O povoado de Bento Rodrigues sumiu do mapa. Paracatu de Baixo e Gesteira também estavam na rota da destruição. Mais de 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro vazaram, atingiram o Rio Doce e chegaram ao mar, 19 pessoas morreram.

 

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Vista aérea da região afetada pelo rompimento da barragem da mina

Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG) – 26/01/2019 (Andre Penner/AP)

 

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou “Essa conta não pode vir para gente, não pode vir para o nosso governo. Nós assumimos faz 30 dias e é uma empresa privada, a Vale é uma empresa privada. Tem que apurar o que houve. Era considerada a barragem de menor grau de risco”.

A empresa foi criada no ano de 1942, no governo de Getúlio Vargas, e batizada de Vale do Rio Doce. A privatização veio em maio de 1997, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, num leilão na Bolsa de Valores do Rio.

 

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A Vale é hoje a 3° maior empresa em valor de mercado do país, atrás apenas da Petrobras e do Itaú Unibanco. Está avaliada em R$ 289,8 bilhões e é uma das maiores mineradoras do mundo. Está presente em 30 países.

 

Lucas Chen, presidente da UMES SP afirmou: “Já vimos essa história antes! Desde 1996, a UMES criticou a privatização da Vale, pois a lógica de mercado não se preocupa com a manutenção do meio ambiente, e muito menos reverte os lucros no desenvolvimento nacional. Desde o crime em Mariana, as investigações e dados de relatórios apontam diversos riscos em outras barragens. O risco do rompimento era iminente!”

 

Recentemente Bolsonaro declarou: “somos o país em que mais se preserva o meio ambiente.” Porém, na prática, anunciou Ricardo Salles como ministro do Meio Ambiente, mesmo ele sendo acusado de crimes ambientais. Bolsonaro defende as privatizações e a lógica de mercado e exploração, portanto, nada de preservação ao meio ambiente. Não aceitamos a irresponsabilidade da Vale e muito menos a de Bolsonaro e a sua equipe!

 

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Projeto Arena Bela Vista faz sessão de cinema no Cine-Teatro Denoy de Oliveira

 

O projeto social Arena Bela Vista, que atende hoje 200 crianças com idade entre 04 e 17 anos, em parceria com a UMES realizará uma sessão especial de cinema voltada aos participantes do projeto.

 

A sessão será às 19:00 e exibirá o filme Meninos de Kichute.

 

Passado na década de 70, o filme conta a história de Beto de 12 anos. Filho do meio de uma família simples ele sonha em ser goleiro de futebol. Vive em uma cidade do interior e, para realizar seu sonho o menino encontrará alguns obstáculos, sendo o principal deles seu pai, autoritário, machista e religioso, que condena a paixão do filho, pois considera a competição é pecado.

 

Mas Beto é persistente e em meio a este ambiente, o menino e seus amigos criam um “clubinho”, o “Meninos de Kichute”.

 

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Você sabia que hoje é o dia da previdência social?

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A criação desta data homenageia a Lei Eloy Chaves, a qual foi criada em 24 de janeiro de 1923, e que é considerada a primeira lei destinada à previdência social no Brasil.

 

Com esta lei, surgiu a Caixa de Aposentadoria e Pensões que, inicialmente, servia para beneficiar os empregados (e seus familiares) das empresas de estradas de ferro do país.

 

Previdência social é um seguro que garante a renda do contribuinte e de seus familiares em casos de acidentes, invalidez, morte, prisão e velhice, por exemplo.

 

Hoje, infelizmente, a previdência social vem sofrendo diversos ataques e quem sofre com isso é o povo trabalhador.

 

O presidente da Confederação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do Brasil (COBAP), Warley Martins, explica que além de reduzir o valor mínimo do benefício, a proposta do governo Bolsonaro “desconsidera as diferenças exorbitantes de trabalho entre homens e mulheres, que ainda hoje encaram jornadas duplas de trabalho, e dos trabalhadores rurais, que se expõem a condições físicas de trabalho exaustivas”. O dirigente também criticou outro ítem da propostas que prevê o índice de reajuste dos benefícios apenas pela inflação, o que significa que o aposentado não terá ganho real em suas aposentadorias.

 

“A COBAP luta há anos contra a perda do poder de compra dos aposentados, que é resultado dessa desigualdade de reajuste entre o salário mínimo e o benefício. Se aprovar essa proposta, o futuro governo atesta que quer cobrar do trabalhador brasileiro toda a crise advinda da corrupção e má gestão da previdência, que comprovadamente, não é deficitária”, afirmou Warley.
(Trecho tirado do Jornal Hora do Povo)

 

Que este 24 de janeiro nos lembre de que, na verdade, todo dia é dia de lutarmos pelos nossos direitos e conquistá-los cada vez mais.

 

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Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES já tem data para voltar em 2019

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E a espera finalmente acabou: a Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES já tem data e hora para voltar. O projeto, que segue para sua quarta edição, abrirá o ano no dia 11 de fevereiro reprisando o filme 1900, em homenagem ao diretor Bernardo Bertolucci, falecido em novembro do ano passado.

 

A Mostra de 2019 vem cheia de novidades e propõe bastante diversidade nos estilos cinematográficos entre os 41 filmes que serão exibidos no decorrer do ano, além de apresentar 6 novos diretores na programação, sendo eles Florestano Vancini, Luca Miniero (diretor de “Bem Vindo Ao Sul”, o filme mais visto na Itália em 2010), Luciano Salce, Mario Mattoli e a dupla Alfredo Guarini e Gianni Franciolini, que vão dividir a direção com os icônicos Rossellini, Visconti e Luigi Zampa em “Nós, As Mulheres” (1953).

 

Os filmes vão continuar sendo exibidos no Cine-Teatro Denoy de Oliveira (Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista), sempre às segundas-feiras, às 19 horas, com entrada grátis. E o clássico chá também vai continuar, ainda bem.

 

 

PROGRAMAÇÃO DE 2019

 

(11/02) 1900 – PARTE 1 – Bernardo Bertolucci (1976), 162 min.

(18/02) 1900 – PARTE 2 – Bernardo Bertolucci (1976), 154 min.

(25/02) O CONFORMISTA – Bernardo Bertolucci (1970), 113 min.

(11/03) GAVIÕES E PASSARINHOS – Pier Paolo Pasolini (1966), 89 min.

(18/03) OS NOVOS MONSTROS – Risi, Monicelli, Scola (1977), 115 min.

(25/03) FALA-ME DE MULHERES – Ettore Scola (1964), 107 min.

(01/04) A MAIS BELA NOITE DA MINHA VIDA – Ettore Scola (1972), 106 min.

(08/04) QUE HORAS SÃO? – Ettore Scola (1989), 97 min.

(15/04) A MARCHA SOBRE ROMA – Dino Risi (1962), 94 min.

(22/04) O VIÚVO – Dino Risi (1959), 87 min.

(29/04) PÃO, AMOR E… – Dino Risi (1955), 106 min.

(06/05) A NOITE DO MASSACRE – Florestano Vancini (1960), 105 min.

(13/05) OJUÍZO UNIVERSAL – Vittorio de Sica (1961), 101 min.

(20/05) O OURO DE NÁPOLES – Vittorio de Sica (1954), 138 min.

(27/05) VÍTIMAS DA TORMENTA – Vittorio de Sica (1946), 90 min.

(03/06) BEM-VINDO AO SUL – Luca Miniero (2010), 102 min.

(10/06) NÓS, AS MULHERES – Rossellini, Visconti, Zampa, Franciolini, Guarini (1953), 95 min.

(17/06) VIAGEM À ITÁLIA – Roberto Rossellini (1954), 85 min.

(24/06) A MÁQUINA DE MATAR PESSOAS MÁS – Roberto Rossellini (1952), 80 min.

(01/07) O AMOR – Roberto Rossellini (1948), 79 min.

(08/07) FANTOZZI – Luciano Salce (1975), 108 min.

(15/07) E LA NAVE VA – Federico Fellini (1983), 132 min.

(22/07) GINGER E FRED – Federico Fellini (1986), 125 min.

(29/07) A VOZ DA LUA – Federico Fellini (1990), 120 min.

(05/08) O HOMEM DAS ESTRELAS – Giuseppe Tornatore (1995), 113 min.

(12/08) CONFISSÕES DE UM COMISSÁRIO DE POLICIA AO PROCURADOR DA REPÚBLICA – Damiano Damiani (1971), 101 min.

(19/08) POR AMOR OU POR VINGANÇA – Damiano Damiani (1970), 108 min.

(26/08) PASQUALINO SETE BELEZAS – Lina Wertmüller (1975), 116 min.

(02/09) A PEQUENA ORFÃ – Lina Wertmüller (2001), 125 min.

(09/09) SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA – Lina Wertmüller (1990), 119 min.

(16/09) EU NÃO TENHO MEDO – Gabriele Salvatores (2003), 108 min.

(23/09) CONFUSÕES À ITALIANA – Pietro Germi (1966), 118 min.

(30/09) O HOMEM DE PALHA – Pietro Germi (1958), 108 min.

(07/10) CIÚME – Pietro Germi (1953), 86 min.

(14/10) A LENDA DO SANTO BEBERRÃO – Ermanno Olmi (1988), 128 min.

(21/10) O TEMPO PAROU – Ermanno Olmi (1959), 83 min.

(28/10) OS CAMPOS VOLTARÃO – Ermanno Olmi (2014), 80 min.

(04/11) MISÉRIA E NOBREZA – Mario Mattoli (1954), 94 min.

(11/11) CRISTO PAROU EM ÉBOLI – Francesco Rosi (1979), 150 min.

(18/11) TRÊS IRMÃOS – Francesco Rosi (1981), 113 min.

(25/11) VAGAS ESTRELAS DA URSA – Luchino Visconti (1965), 105 min.

(02/12) BELÍSSIMA – Luchino Visconti (1951), 114 min.

 

 

Confira os diretores que serão apresentados na Mostra:

 

Mario Mattoli (1898-1980)

Nascido em Tolentino, Macerata, fundou a companhia teatral Spettacoli Za-bum com o objetivo de misturar o humor dos atores de revista ao drama dos atores da prosa. Por lá, passaram nomes que se tornariam muito conhecidos, como Vittorio de Sica, Alberto Sordi e Aldo Fabrizi. Em 1934, fez sua estreia como diretor de cinema em “Tempo Massimo”, cujo roteiro foi escrito também por ele e estrelado por Vittorio De Sica. Em seus 32 anos de carreira, dirigiu mais de 80 longas-metragens, firmando uma parceria de sucesso com Totò, com quem realizou 16 filmes.

Entre suas obras mais conhecidos estão “Dramas da Nobreza” (1938), “Aulas de Amor” (1941), “O Grito da Carne” (1948), “O Turco Napolitano”, (1953), “Miséria e Nobreza” (1954) e “O Médico dos Loucos” (1954).  

 

Luca Miniero (1967)

Formado em Literatura Moderna, o napolitano Luca Miniero começou seu trabalho dirigindo campanhas para a TV. Seu primeiro filme, “Piccole Cose Di Valore Non Quantificable” (1999), um curta feito em parceria com o amigo Paolo Genovese, chamou atenção da crítica para o novo diretor que surgia. Luca Miniero se estabeleceu no gênero da comédia. Em 2002, seu primeiro longa-metragem “Incantesimo Napoletano”, também em parceria com Paolo Genovese, ganhou um David di Donatello e dois prêmios no Globo de Ouro da Itália. Em 2010, o diretor produz seu primeiro trabalho solo, “Bem-Vindo ao Sul” foi sucesso de bilheteria e o filme mais assistido na Itália naquele ano, façanha que ele volta a conquistar em 2012 com a sequência “Bem-Vindo ao Norte”. Dirigiu também “La scuola più bella del mondo” (2014), “Un boss in salotto” (2014) e “Sono tornato” (2018).

 

Alfredo Guarini (1901-1981)

Nascido em Gênova, dirigiu a maioria dos seus filmes durante os anos 40 e 50. Fundou em 1934 a empresa “Tirena Filmes” onde trabalhou com diretor e produtor. Dirigiu o primeiro episódio de  “Nós, as Mulheres”, “Quatro Atrizes e Uma Esperança”. É produtor de “Documento Z3”(1942) , “As Paredes de Malapaga” (1949, René Clement), “Romance na Itália” (1954, Roberto Rossellini).

 

Gianni Franciolini (1910-1960)

Gianni nasceu em Florença. Começou a frequentar os espaços cinematográficos desde muito cedo, indo a Paris em 1930 para ser assistente dos diretores Eugène Deslaw e Georges Lacombe. Voltou à Itália em 1938 colaborando como roteirista e também assistente de direção de icônicos diretores como Camillo Mastrocinque e Mario Soldati. Seu primeiro trabalho autoral foi o longa-metragem “Inspetor Vargas“ (1940), gravando em seguida “Faróis no Nevoeiro“ (1942), sendo considerado um dos filmes que abriram o caminho para o neorrealismo. Franciolini também assinou grandes obras como “A Noiva Não Pode Esperar“ (1949), “Bom Dia, Elefante“ (1952) e “Nós, As Mulheres“ (1953), em que divide a direção com Roberto Rossellini, Luchino Visconti, Luigi Zampa e Alfredo Guarini.

 

Florestano Vancini (1926-2008)

Após alguns curtas e colaboração com os diretores Mario Soldati (1906-99) e Valerio Zurlini (1926-82), Vancini realizou em 1960 seu primeiro longa-metragem, “La Lunga Notte del ‘43”, que revive o massacre de 11 resistentes pelas brigadas fascistas da República de Salò. Com roteiro de Pier Paolo Pasolini (1922-1975), adaptado da coletânea “Cinco Histórias de Ferrara”, de Giorgio Bassani, o filme recebeu indicação para o Prêmio Primeira Obra e o Leão de Ouro, no 21º. Festival de Veneza. Vancini dirigiu 15 longas, entre os quais, “La Calda Vita” (1963); “Le Stagioni del Nostro Amore” (1965), que obteve o Prêmio da Crítica no Festival de Berlim; “Dio E’ Com Noi” (1970); “Bronte” (1972); “Il Delitto Matteotti” (1973); “Amore Amaro” (1974); “Un Dramma Borghese” (1983). Nos anos 1980, realizou séries para televisão: “La Neve nel Bicchiere” (1984) – história de três gerações de camponeses da planície ferrarense, sua terra natal – e “Lettera dal Salvador” (1987), telefilme político sobre médico francês em El Salvador no período da guerra civil, para a série francesa “Médecins des Hommes”.

 

Bernardo Bertolucci (1941-2018)

Filho do poeta e crítico de cinema Attilio Bertolucci, Bernardo Bertolucci nasceu em Parma. Começou cedo, ainda no final dos anos 50, quando realizou seus primeiros curta-metragens em 1959 e 1960. Em 1961, frequentou a Universidade de Roma onde começou o curso de Literatura Moderna após trabalhar como assistente de direção em “Accattone”, de Pier Paolo Pasolini. Estreou como diretor em 1962 com o longa “A Morte”.

Conhecido por sua versatilidade, Bertolucci tem entre suas obras “Antes da Revolução” (1964); o clássico “O Conformista” (1970), livre adaptação do livro homônimo de Alberto Moravia; o polêmico “O Último Tango em Paris” (1972), com Marlon Brando e Maria Schneider; o épico “1900”, conhecido como o mais grandioso filme de sua carreira. Também se destacam, o multipremiado “O Último Imperador” (1987), “O Céu que Nos Protege” (1990) e “Os Sonhadores” (2003).

 

Roberto Rosselini (1906-1977)

Nascido em Roma, Roberto Rossellini realizou, em 1945, a obra tida como marco zero do neorrealismo, movimento que influenciou as correntes estéticas do pós-guerra, desde Godard e Satyajit Ray até o Cinema Novo brasileiro. Seu pai era proprietário do cine-teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendadas pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Nos últimos dias da ocupação nazista, o diretor levou a câmera às ruas para captar a insurreição popular que libertou a cidade em junho de 1944. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado no roteiro que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini.

Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

Nos anos 60-70, com foco na TV, fez filmes sobre personagens históricos, a começar por Giuseppe Garibaldi, “Viva a Itália” (1961). Nesta safra se incluem “A Tomada do Poder por Luís XIV” (1966), “Sócrates” (1971), “Blaise Pascal” (1971), “Santo Agostinho” (1972),   “Descartes” (1974), “Anno Uno” (1974), “O Messias” (1975).

 

Pier Paolo Pasolini (1922-1975)

Poeta, escritor e cineasta, Pasolini nasceu em Bolonha. Compôs os primeiros poemas em dialeto friulano, “Poesia a Casarsa” (1942). Seus romances “Vadios” (1954) e “Uma Vida Violenta” (1959) lhe asseguraram o êxito literário. Dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, escrevendo depois roteiros cinematográficos e realizando vários filmes, entre os quais “Accattone” (1961), “Mamma Roma” (1962), “O Evangelho Segundo Mateus” (1964), “Gaviões e Passarinhos” (1966), “Édipo Rei” (1967), “Teorema” (1968), “Medeia” (1969), “Pocilga” (1969), “Decameron” (1971), “Salò ou os 120 Dias de Sodoma” (1975). Repudiado pelo Vaticano, quando foi lançado em 1964 no Festival de Veneza, “O Evangelho Segundo Mateus” foi reabilitado em 2014, um ano após a posse do Papa Francisco, como “o melhor filme já feito sobre a vida de Jesus Cristo”.

 

Pietro Germi (1914-1974)

Nascido em Gênova, filho de um operário e uma costureira, Pietro Germi estudou teatro e direção em Roma no Centro Experimental de Cinematografia. Durante os estudos trabalhou como ator, assistente de direção e roteirista. Colaborou em grande parte dos roteiros dos filmes que dirigiu, e inclusive atuou em alguns deles. Após alcançar sucesso com dramas populares de corte neorrealista, passou a escrever e dirigir comédias satíricas. Tem entre suas obras “A Testemunha” (1945); “Em Nome da Lei” (1949); “Caminho da Esperança” (1950); “O Ferroviário” (1956); “O Homem de Palha” (1957); “Divórcio à Italiana” (1961), premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Original; “Seduzida e Abandonada” (1963) e “Confusões à Italiana” (1966), premiados no Festival de Cannes e, na Itália, com o David di Donatello.

 

Luciano Salce (1922-1989)

Luciano Salce nasceu e morreu em Roma. Foi ator, diretor e cineasta, tendo se formado na Regia Accademia di Arti Drammatica, em Roma, atuou como assistente de direção para Vito Pandolfi e Luchino Visconti no final da década de 1940. Já em 1950, Salce, sendo um jovem italiano, vem para o Brasil dirigindo importantes trabalhos para o Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC, como “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho, realizado em 1951, no Theatro Municipal de São Paulo, estrelado pela icônica atriz Cacilda Becker.

Salce assina seu primeiro trabalho cinematográfico para a companhia Vera Cruz como diretor da comédia “Uma Pulga na Balança” (1953), ainda no Brasil. Voltando pra Itália em 1954, dirige filmes como “As Pílulas do Amor” (1960) e “Fantozzi” (1975).

 

Francesco Rosi (1922-2015)

Nascido em Nápoles, o cineasta Francesco Rosi estudou Direito. No início dos anos 40 trabalhou no rádio como jornalista. Ingressou na indústria cinematográfica em 1948, foi assistente de vários cineastas, entre os quais Luchino Visconti com quem fez “La Terra Trema” (1948), “Belíssima” (1951) e “Senso” (1956). Sua carreira de diretor, marcada por obras de grande empenho social e político, começou em 1958 com “O Desafio”. Tem entre seus filmes grandes sucessos como “O Caso Mattei” (1972), “Lucky Luciano” (1973) e “Cadáveres Ilustres” (1976). Recebeu o Urso de Prata de Melhor Diretor em 1962 por “Bandido Giuliano” e o Prêmio de Ouro do 11° Festival de Moscou (1979) por “Cristo Parou em Eboli”. Em 2008 foi homenageado no Festival de Berlim com um Urso de Ouro pelo conjunto da obra.

 

Vittorio De Sica (1901-1974)

Diretor, ator, escritor e produtor, Vittorio De Sica nasceu em Sora, mas cresceu em Nápoles e começou a trabalhar cedo como auxiliar de escritório, para sustentar a família. Sua paixão pelo teatro levou-o aos palcos. Ao final da década de 20, ele fazia sucesso como ator. Em 1933, montou sua própria companhia.

De Sica voltou-se para o cinema em 1940. Ao amadurecer, tornou-se um dos fundadores do neorrealismo, emplacando uma sequência de quatro clássicos que figuram em todas as antologias: “Vítimas da Tormenta” (1946), “Ladrões de Bicicletas” (1948), “Milagre em Milão” (1950), “Humberto D” (1951) – os dois primeiros realizados em parceria com o escritor Cesare Zavattini, outro papa do movimento. Também dirigiu “O Juízo Universal” (1961), “La Rifa” (1962, episódio de “Decameron 70”), “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963), “O Ouro de Nápoles” (1964), “Matrimônio à Italiana” (1964), “Girassóis da Rússia” (1970), “Jardim dos Finzi-Contini” (1970), “Amargo Despertar” (1973).

 

Ettore Scola (1931-2016)

Ettore Scola nasceu em Trevico, Itália. Ingressou na indústria cinematográfica como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpaso”, 1962). Dirigiu seu primeiro filme, “Vamos Falar Sobre as Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento internacional com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), um tocante painel da Itália do pós-guerra. Em 1976, ganhou o Prêmio de Melhor Direção no 29º. Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Desde então, realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Splendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.

 

Dino Risi (1916-2008)

Dino Risi nasceu em Milão, estudou medicina, formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista, trabalhou como assistente de Mario Soldati e Alberto Lattuada. Nos anos 50 se instalou em Roma, se tornando um dos grandes inventores da commedia all’italiana, ao lado de Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre os quais “Férias com o Gangster” (1951), “O Signo de Venus” (1955), “Belas, mas Pobres” (1956), “Essa Vida Dura” (1961), “Aquele que Sabe Viver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (197 1). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu um Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.

 

Gabriele Salvatores (1950)

Nascido em Nápoles, Gabriele Salvatores começou pelo teatro. No ano de 1972 fundou em Milão o Teatro dell’Elfo. Em 1983, dirigiu seu primeiro filme “Sonhos de Uma Noite de Verão”, baseado na peça de Shakespeare. Em 1989 voltou-se exclusivamente para o cinema. Trabalhou em parceria com Diego Abatantuono e Fabrizio Bentivogli, atores que junto com o cineasta fizeram história no cinema italiano. Em 1991, dirigiu  “Mediterrâneo”, Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Realizou também “Turné” (1990), a comédia “Puerto Escondido” (1992),”Sul” (1993),”Nirvana” (1997) , “Eu Não Tenho Medo” (2003),  “Como Deus Manda” (2008), “Educação Siberiana” (2013), “Il Ragazzo Invisible” (2015).

 

Damiano Damiani (1922-2013)

Nasceu na pequena cidade de Pasiano di Pordenone, estudou na Academia de Belas Artes de Brera, em Milão. Seu primeiro longa-metragem foi o policial “O Batom”, de 1960. Sem restringir-se a um gênero específico, tornou-se mais conhecido por seus filmes sobre a máfia, como “Pizza Conection” (1985), indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Dirigiu também “A Ilha dos Amores Proibidos” (1962), “Vidas Vazias” (1963), “Gringo” (1967), “Dia da Coruja” (1968), “Confissões de um Comissário de Polícia ao Procurador da República” (1971) e a minissérie para TV “La Piovra” (1984), entre outros. Seu último filme foi a comédia “Assassini dei Giorni di Festa”, em 2002, estrelado pela espanhola Carmem Maura, uma das atrizes mais populares da Europa.

 

Giuseppe Tornatore (1956)

Nascido na Sicília, Tornatore atuou no teatro, foi fotógrafo free-lance e trabalhou na TV estatal italiana, a RAI. Lançou seu primeiro longa-metragem em 1985: “O Camorrista”. Em 1988, obteve sucesso mundial e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com “Cinema Paradiso”. Dirigiu também “Estamos Todos Bem” (1990), “Sempre aos Domingos” (1991), “Uma Simples Formalidade” (1994), “O Homem das Estrelas” (1995), “A Lenda do Pianista do Mar” (1998), “Malena” (2000), “A Desconhecida” (2006), “Baaria, A Porta do Vento” (2009), “O Melhor Lance” (2013), “Lembranças de um Amor Eterno” (2016).

 

Ermanno Olmi (1931-2018)

Nascido em Bergamo, Ermanno Olmi começou em 1953 a dirigir documentários e curtas. Seu primeiro longa foi “O Tempo Parou” (1959). Dois anos depois, “O Posto” (1961) rende a Olmi o prêmio David di Donatello de Melhor Diretor. Em 1978, “A Árvore dos Tamancos” ganhou 18 prêmios, entre eles a Palma de Ouro e o Prêmio do Júri Ecumênico, em Cannes, e o César de Melhor Filme Estrangeiro, na França.  

Ermanno Olmi também dirigiu “Camminacammina” (1983), “A Lenda do Santo Beberrão” (1988), “O Segredo do Bosque Velho” (1993), “O Objetivo das Armas” (2001) e “Tickets” (2005), em parceria com o iraniano Abbas Kiarostami e o inglês Ken Loach. Apesar da saúde debilitada, lançou em 2014 mais um filme de sucesso, “Os Campos Voltarão”.

 

Mario Monicelli (1915-2010)

Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 colaborou em cerca de 40 filmes, como argumentista, roteirista e assistente de direção. O começo de seu trabalho como diretor ocorre em 1949, em parceria com Stefano Vanzina, em “Totò Cerca Casa”. A colaboração dos dois diretores deu origem a oito filmes, dentre os quais os célebres “Guardie e Ladri” (1951) e “Totò a Colori” (1952). Em 1953 inicia o trabalho solo. “Os Eternos Desconhecidos” (1958), com elenco composto por Vittorio Gassman, Marcello Mastroianni, Totò e Claudia Cardinale, é considerado o primeiro do filão da commedia all`italiana. Em 1959, “A Grande Guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza e rendeu sua primeira indicação ao Oscar. A segunda viria em 1963, com “Os Companheiros”. Diversas outras películas merecem destaque, em sua carreira de mais de 60 filmes: “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966), “Meus Caros Amigos” (1975), “Um Burguês Muito Pequeno” (1977), “Quinteto Irreverente” (1982).

 

Lina Wertmüller (1928)

Nascida em Roma, Arcangela Felice Assunta Wertmüller von Elgg Spanol von Braucich estudou teatro e trabalhou como assistente de direção de Giorgio Lullo nos anos 50. No cinema, foi assistente de Federico Fellini em “Oito e Meio” (1963). Estreou como diretora com “I Basilischi” (1963). Em 1965 dirigiu o filme em episódios “Questa Volta Parliamo di Uomini” e para a televisão “Il Giornalino di Gian Burrasca”, adaptação do romance homônimo de Vamba. Assinou outros dezessete longa-metragens, entre os quais “Mimi, o Metalúrgico” (1972), “Amor e Anarquia” (1973), “Pasqualino Sete Belezas” (1975), “Sábado, Domingo e Segunda” (1990), “Ninfa Plebeia” (1996). Em 2001 lançou “A Pequena Orfã”, telefilme estrelado por Sofia Loren, extraído do romance homônimo da escritora napolitana Maria Orsini Natale.

 

Federico Fellini (1920-1993)

Nascido e criado em Rimini, região da Emilia-Romagna, Fellini se mudou para Roma, em 1939, e começou a ganhar a vida escrevendo e desenhando caricaturas na revista semanal Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema, em 1942, redigindo histórias o para o comediante Aldo Fabrizzi. Em 1943, casou-se com a atriz Giulietta Masina – vencedora no Festival de Cannes pela participação em “Noites de Cabíria”, filme dirigido pelo próprio Fellini em 1957. A partir de 1 945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada.

Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Roma” (1972)”, “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978). “E La Nave Va” (1983).

 

Luchino Visconti (1906-1976)

Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, nasceu em Milão e descende da família Visconti da antiga nobreza italiana. Começou seu trabalho no cinema como assistente do diretor francês Jean Renoir nos filmes “Toni” (1934), “Les Bas-Fonds” (1936), “Partie de Campagne” (1936). Ingressou no Partito Comunista d’Italia em 1942. Seu primeiro filme como diretor foi “Obsessão” (1943). Voltou-se em seguida para o teatro. Em 1948, realizou “La Terra Trema”, um clássico do cinema neorrealista. Recebeu sua primeira premiação no Festival de Veneza (Leão de Prata), em 1957, pelo filme “As Noites Brancas” – baseado em conto de Fiodor Dostoievski. Em 1960, chega aos cinemas “Rocco e Seus Irmãos” e, em 1963, o mais aplaudido de seus trabalhos, “O Leopardo”, adaptação do romance de mesmo nome de Giuseppe Tomasi di Lampedusa. Depois vieram “As Vagas Estrelas da Ursa” (1965), “O Estrangeiro” (1967), “Os Deuses Malditos” (1969), “Morte em Veneza” (1971), “Ludwig” (1972), “Violência e Paixão” (1974) e “O Intruso” (1976).

Visconti assina também a direção de 42 peças teatrais e 20 óperas encenadas entre 1945 e 1973.