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“Estamos às portas da vitória contra o terrorismo”, afirma embaixador sírio

Embaixador-2Estudantes e lideranças na foto de confraternização com o embaixador após o encontro – foto Leonardo Varela

“Não podemos dizer que vencemos totalmente, mas podemos dizer que estamos às portas da vitória contra o terrorismo”, afirmou, sob aplausos, o embaixador da Síria no Brasil, Mohamad Khafit, durante debate realizado pela União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES) na noite desta quarta-feira. O embaixador acrescentou que a vitória está próxima, “com 90% dos territórios já liberados”.

 

Dialogando por cerca de três horas com lideranças estudantis, femininas, sindicais e religiosas sobre a “Síria, verdades e mentiras sobre o país e a guerra”, o diplomata fez uma breve introdução sobre a história do país e a trajetória de luta da República Árabe Síria, “fundada na luta e na expulsão do colonizador francês, em 1946”.

 

Temos uma das mais longas histórias civilizacionais, relatou. “A cidade síria de Alepo”, exemplificou, “é a mais antiga cidade constantemente habitada do mundo”.

 

“É dessa história que deriva a nossa determinação de defender a nossa soberania e independência”, prosseguiu Khafit.

 

O presidente da UMES, Lucas Chen, que dirigiu os trabalhos durante a palestra, saudouchen embaixa o embaixador e as lideranças presentes e ressaltou que “o povo sírio, com sua determinação, busca constante de independência e luta dedicada pela soberanina, é um exemplo para a juventude de nosso país”. Para Chen, no momento em que, “no Brasil enfrentamos uma luta contra o obscurantismo, em defesa da educação e da democracia, um encontro como este, aqui na UMES, tem um grande valor. É muito importante para os estudantes tomarem conhecimento do que tem sido a luta e a capacidade de vencer do povo sírio”.

 

À direita: Lucas Chen, presidente da UMES e o embaixador Mohamad Khafit

 

“A Síria vem lutando contra o domínio israelense e americano na região, rejeitou a invasão anglo-americana ao Iraque, em 2001, apoiou a autodeterminação dos povos da região e os movimentos de resistência contra a ocupação sionista israelense-americana da Palestina, do Sul do Líbano e do Iraque, de acordo com os princípios do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas”, lembrou o embaixador, denunciando que esta postura altiva está no centro da confrontação com o imperialismo. “Esta posição ideológica da República Árabe da Síria não agradou a Israel, aos Estados Unidos, à OTAN e aos seus aliados na região e, por este motivo, a Síria teve que enfrentar as pressões políticas e as medidas de coerção econômica destas partes que não têm nenhuma base legítima”, declarou.

 

Mohamad Khafit alertou os presentes para “a campanha midiática enganosa, mentirosa e ampla” movida contra a Síria, seus líderes e seu governo. E lembrou que, ao mesmo tempo em que falam de diálogo e de paz, “EUA, Inglaterra, França, Turquia,maria-e-embaixador-768x516 Arábia Saudita e Qatar apoiam a Irmandade Muçulmana, extremista, e as organizações que se ramificaram dela, tais como a Frente Al Nusra, terrorista, ligada à terrorista Al Qaeda, assim como o grupo terrorista ISIS e todos os que seguem a doutrina Wahabita, uma seita fanática que rege a monarquia saudita, tais como o grupo terrorista Exército do Islã e outros”.

 

À direita: Dom Damaskinos, Chen, Maria Pimentel, embaixador Khafit, Gabriel e Jihan Arar

 

Em contraposição à enganação divulgada massivamente pelos grandes monopólios de mídia à opinião pública internacional, ressaltou o embaixador sírio, “como iniciativa para mostrar boas intenções à comunidade internacional, a Síria desmantelou o seu programa de armas químicas e aderiu ao Tratado para a Proibição de Armas Químicas, após se livrar de todo o seu estoque e programa químico, em setembro de 2013, fato atestado pela Organização para a Proibição de Armas Químicas e pelas missões das Nações Unidas designadas para tal tarefa”. Mas tudo isso, esclareceu, não era o objetivo dos agressores, “tudo era apenas pretexto, pois a Síria exigiu que todos países se desfizessem das suas armas de destruição em massa, inclusive Israel, mas os EUA, como sempre, se negaram a apresentar qualquer resolução a respeito” e ampliaram o financiamento aos grupos terroristas para derrotar o governo do presidente Bashar Al Assad e fragmentar o país, tal como foi feito no Iraque e na Líbia.

 

Portanto, a acusação feita ao Exército Árabe Sírio sobre o uso de armas químicas, esclareceu, “é pura difamação, enganação e mentira, porque nosso exército foi o vencedor e não há qualquer evidência de que tenha feito uso destas armas”.

 

“A Síria continuará defendendo à si, à sua soberania, ao seu direito de lutar contra o terrorismo e à sua busca por uma solução pacífica, que esteja de acordo com os anseios de seu povo e seu direito à autodeterminação, à escolha de seus líderes e seu regime político, sem interferências externas e de acordo com a Constituição síria e a Carta das Nações Unidas. O povo é a fonte do poder, é o dono da soberania, de suas terras, e é ele quem deve escolher sua liderança, seu regime político, sem quaisquer mobilizações externas”, destacou o embaixador.

 

Khafit destacou a “proposta de paz árabe, com Israel retirando-se de todos os territórios ocupados e retornando à fronteiras de antes de 1967, (ocupação com a Guerra dos Seis Dias), com o direito dos refugiados palestinos ao retorno e com a Jerusalém Oriental, a histórica Jerusalém Árabe, como capital de um Estado da Palestina, soberano, viável e reconhecido”.

 

O embaixador destacou a fase atual que é a da reconstrução da Síria, “devastada por anos de agressão, mas que está com a vida voltando à normalidade e estabilidade”.

 

“As portas do meu país estão abertas aos brasileiros para a participação na reconstrução”, acrescentou, lembrando que empresas brasileiras já participaram ativamente das recentes feiras internacionais de Damasco.

 

O debate teve a participação de vários estudantes que se revezaram com perguntas e questionamentos, todos detalhadamente respondidos pelo embaixador. Entre as questões levantadas, o tempo de mandato do presidente Bashar, ao qual o embaixador respondeu que “a eleição para um mandato de 6 anos se deu em 2014, quando Bashar enfrentou dois outros candidatos em eleições democráticas” e à pergunta de um estudante de origem árabe, Maiar Darwish, sobre “de onde vêm e quem financia os terroristas”, ao qual o embaixador respondeu apontando para atitudes e declarações abertas de participação no apoio aos terroristas, “por parte dos Estados Unidos, Israel e Arábia Saudita, e outras monarquias da região”.

 

O PAPEL DA SÍRIA

 

O presidente da Fundação Claudio Campos, Nilson Araújo de Souza, declarou que o imperialismo e seus satélites “achavam que ia ser um passeio sua agressão à Síria, que está se consolidando como vanguarda da luta dos povos pela independência, soberania e direitos”. “Nós do Partido Pátria Livre (PPL), agora integrados com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) acreditamos que o imperialismo não precisa de motivos para agredir, pois quanto mais entra em decadência, mais busca explorar os povos do mundo”. Daí a relevância da resistência síria, apontou: “Bashar, não é apenas um herói do povo sírio, é um herói dos povos com sua coragem, determinação e clareza na luta e na vitória contra uma agressão imperial dessa magnitude. Nossa mensagem é de congratulação ao povo sírio, reafirmando nossa afinidade histórica. Independentemente deste governo, que está de passagem, está a nossa integração e o fortalecimento dos nossos laços de amizade”.

 

Representando o Partido Socialista Árabe Baath da Síria no Brasil, Hassan Abbas, parabenizou a UMES pela iniciativa de aproximar os estudantes de uma realidade distante, de uma nação cuja luta por sua integridade é vítima constante da manipulação midiática, a serviço dos agressores externos.

 

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira, saudou o avanço do povo e do governo sírio sobre “o imperialismo norte-americano e seus terroristas” e exortou a todos os presentes a comemorarem juntos a vitória. Destacou que vai relatar este “grande encontro” aos sindicalistas e chama-los “a uma contribuição de uma maneira efetiva, com o processo de reconstrução do país”.

 

A presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, elogiou a determinação do povo sírio que, “defende com dignidade e firmeza sua soberania nas batalhas contra o imperialismo e suas monarquias, que querem implantar o reino do terror, assassinando governantes, como fizeram com Kaddafi e Saddam Hussein”. Exemplificando a determinação com que os sírios enfrentam os problemas cotidianos, Socorro recordou: “estivemos recentemente com o reitor da Universidade de Damasco, pública e gratuita, que em todos estes anos de agressão não fechou um só dia as suas portas”. Diante da iminente derrota dos terroristas, Socorro defendeu que é preciso redobrar a atenção e amplificar a solidariedade, pois diante do fracasso o agressor tende a ficar mais raivoso, “ampliar a perseguição e as sanções criminosas”.

 

Recém-chegado da Síria, onde participou de uma reunião de lideranças da Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD), Gabriel Alves, coordenador da Juventude Pátria Livre (JPL), deu seu testemunho do que viu nas ruas, no contato com a população e na identidade com seu líder: “tudo bem diferente das manchetes que saem na grande imprensa por aqui”, “Tivemos um encontro com o presidente Bashar Al Assad e foi igual ao desta noite, com o microfone aberto, tudo muito franco. Algo que só faz quem tem segurança nas informações. Porque o mentiroso, o que faz malandragem, que vive de fake news, este não banca o jogo, não chega frente a frente, não troca ideia. Acredito que se os sírios estão vencendo esta guerra é pela força que tem em afirmar o seu compromisso com a verdade”, concluiu Gabriel.

 

Também estiveram presentes o Arcebispo Metropolitano da Igreja Apostólica Ortodoxa Antioquina e de todo o Brasil, Dom Damaskinos Mansour; a presidente da Federação das Mulheres Paulistas (FMP), Eliane Souza, a secretária de Relações Internacionais da CGTB, Maria Pimentel, a presidente da União da Juventude Socialista (UJS), Carina Vitral, o ex-vereador Mohamad Mourad, o empresário Said Bazi, representante da Associação Religiosa Islâmica de São Paulo, a diretora da Federação das Entidades Americano-Árabes, Claude Fahd Hajjar.

Jornal Hora do Povo 

PL Escola Sem Partido é arquivado na Câmara

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei 7180/2014, intitulado “Escola sem Partido”, decidiu, após constatar a falta de quórum na reunião desta terça-feira (11), não apreciar o relatório sobre o projeto que instaura a censura dentro das escolas brasileiras. De acordo com o regimento da Casa, como o projeto não será analisado ainda este ano, ele será arquivado.

O presidente da comissão, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), decidiu não vai mais convocar reuniões do colegiado antes do início do recesso parlamentar. Com isso o projeto terá de recomeçar a tramitação do zero ou ser desarquivado para voltar a discussão dos deputados.

O Escola Sem Partido tramitava em caráter conclusivo, ou seja, se fosse aprovado, iria direto para o Senado, sem passar por votação de todos os deputados, no plenário da Casa.

O objetivo do projeto era instaurar uma censura às discussões em sala de aula, proibindo professores de manifestarem qualquer posicionamento político, ideológico ou partidário, visando minar a construção de pensamento crítico dentro das escolas, estabelecendo apenas a possibilidade de um único pensamento, aquele que estiver no poder.

O deputado Marcos Rogério encerrou os trabalhos da comissão depois de 12 sessões de seguidas tentativas de votação do relatório do deputado Flavinho (PSC-SP).

De acordo com o regimento interno da Câmara, o autor do projeto ou de qualquer outro que tramita em conjunto pode apresentar requerimento para desarquivá-lo. Só que, se isso acontecer, a tramitação começará de novo, do zero, com a criação de uma nova comissão.

Os opositores à censura nas escolas comemoraram o encerramento dos trabalhos.

Embora houvesse quórum suficiente registrado no painel eletrônico, o plenário da comissão estava esvaziado, o que fez com que a reunião demorasse quase três horas para ser aberta.

A bancada favorável ao projeto marcava presença no painel eletrônico e deixava o plenário, ficando apenas cerca de três representantes. Já a oposição, contrária ao projeto, permaneceu em peso integralmente.

Marcos Rogério admitiu que o arquivamento é uma “vitória da oposição”, mas acrescentou, em tom de ironia “esse projeto não será votado nessa legislatura é por consequência da falta de compromisso dos deputados que são favoráveis à matéria, porque a oposição chega aqui cedo, senta e fica sentada, ouvindo, debatendo e dialogando”, reclamou.

Jornal Hora do Povo

Abaixo declaração de Lucas Chen – Presidente da UMES
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Secretaria de Cultura de São Paulo reconhece a capoeira como patrimônio cultural imaterial do estado.

Hoje, na Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, tivemos a leitura do parecer favorável ao reconhecimento da capoeira como patrimônio cultural imaterial do estado.

 

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Mestres, professores e simpatizantes, fizeram presença no ato.

 

A capoeira que sempre esteve presente na luta de resistência de nosso povo, foi criada por escravos rebeldes que não aceitavam a condição em que viviam, a luta serviu para o enfrentamento com o inimigo e para preservar a cultura. Teve seu primeiro reconhecimento com Getúlio Vargas, em 1937, quando tirou a palavra capoeira do código penal e o segundo em 1953, com a presença e todo o esforço de Mestre Bimba, disse GV: “A capoeira deve ser a luta nacional”.

 

O IPHAN, em 2008, também reconhece o valor da capoeira como patrimônio cultural imaterial do estado brasileiro, e alguns anos depois a ONU reconheceu a capoeira como patrimônio cultural imaterial da Humanidade. Agora a secretaria de Cultura do Estado de São Paulo cumpre um papel importante nessa luta de resistência com a leitura favorável do parecer ao reconhecimento da Capoeira no estado de São Paulo.

 

Agora, mais que nunca, temos que lutar para garantir a nossa identidade nacional, o governo que está por vir já deu sinais de que vai tentar acabar com tudo que o povo construiu com muita luta. A capoeira é afro-brasileira ou seja, é a síntese da identidade cultural da nação, resistiu a tudo que passou pelo país e passará pelo obscurantismo que está por vir, com muita união e força.

 

Mestre Adelmo disse: “que a capoeira representa o nosso passado, o presente e será o futuro”.

 

 

Fabiano Pavio.

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A UMES sente pela perda do cineasta e roteirista Carlos Cortez.

Cortez se somou a nós anos atrás na direção do documentário Geraldo Filme e do curta metragem Seu Nenê, ambos filmes consagrados.

 

Geraldo Filme foi produzido em 1997 e conta a trajetória do notável sambista revelando as origens e peculiaridades do samba paulista. O filme recebeu o prêmio de Melhor Documentário, no 3° Festival Internacional de Documentários (It’s All True), o Prêmio Especial do Júri no 26° Festival de Gramado, o de Melhor Média Metragem no Festival de Cuiabá, e os prêmios de Melhor Roteiro e Melhor Montagem no 10° Festival de Cinema de Brasília.

 

Já em 1998, Carlos Cortez nos brinda novamente com sua direção em Seu Nenê. Filme que apresenta as memórias do inspirador da Nenê da Vila Matilde sobre a luta pela realização de seu sonho: criar uma escola de samba na Zona Leste de São Paulo. O documentário recebeu o Prêmio Aruanda de melhor documentário e o Prêmio de Melhor Som Direto no 34° Festival de Cinema de Brasília realizado no final de novembro de 2001.

 

Carlos Cortez também foi um dos idealizadores e diretor do Instituto Querô, que leva o nome de outro filme premiado do diretor.

 

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Unidade em defesa da educação, do país e contra o escola sem partido

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A UMES realizou ontem, 06 de dezembro, em seu Cine-Teatro Denoy de Oliveira um ato para debater o projeto “Escola sem partido”. Projeto de lei que está em análise por comissão especial na Câmara dos Deputados.

 

Com o teatro cheio de estudantes de todas as regiões da cidade, os debatedores frisaram diversas ameaças presentes no projeto.

 

“Resolvemos puxar esse ato porque sabemos o que vamos enfrentar. Bolsonaro foi eleito e a principal área que ele atacar nesse momento é a educação. É por aí que ele começa a fazer o seu desgoverno nos próximos anos. Por isso nossa tarefa central é nos unirmos em torno dessa pauta, derrotar o escola sem partido que não representa somente o silenciamento dos professores. Eles não querem os estudantes e a sociedade organizados. Eles querem que nós acreditemos que a terra é plana! Querem anular a ciência e negar a história.” disse Lucas Chen dando inicio ao debate.

 

Entre os convidados, estavam presentes César Callegari – Presidente do Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada – IBSA e ex-membro do Conselho Nacional de Educação, o Vereador Eliseu Gabriel – PSB, Professor João Chaves – Coordenador do Fórum das Seis e Presidente da Associação dos Docentes da UNESP, Professor Wagner Romão – Presidente da Associação dos Docentes da Unicamp, Professor Renato de Menezes Quintino – Vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza – SINTEPS, a Professora Mariana Moura – Cientistas Engajados, o Professor Ricardo Ishiyama Martins – Membro do Conselho de Representantes dos Conselhos de Escolas – CRECE, Laís Souza – Presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas – UPES e Karina Sampaio – Membro da Confederação das Mulheres do Brasil – CMB.

 

IMG 8699Em sua fala, César Callegari ressaltou a importância de se criar uma unidade em defesa da educação, do país e da democracia: “Não vamos permitir qualquer tipo de isolacionismo! É isso que eles querem. Não vamos ficar recuados. Nesse momento é nossa grande responsabilidade criarmos um campo de união, um campo de unidade. O Brasil já experimentou isso em outro momento da história e deu certo.” Callegari ainda lembrou que o Conselho Nacional de Educação aprovou na surdina a Base Nacional Comum Curricular, desprezando todo o debate sobre o assunto: “Precisamos agir para revogar essa decisão que é muito grave e vai contra os interesses da juventude, da população e, portanto, contra os interesses do Brasil.”

 

IMG 8752O Vereador Eliseu Gabriel alertou os participantes sobre a possível votação de um projeto semelhante ao do escola sem partido em São Paulo e sobre a armadilha do nome do projeto: “todo mundo é contra que a escola tenha um partido. Eu sou contra! O que precisamos é desmascarar a mentira que é esse nome. O projeto quer tirar a autonomia do professor e jogar o estudante contra ele.”

 

Para João Chaves, o projeto representa o rebaixamento da escola pública, barrando o aprendizado de matérias como história e filosofia, com claro interesse de cercear o pensamento crítico. E essa luta “vai precisar da força que os estudantes secundaristas demonstraram durante as ocupações, pois a dobradinha BolsoDória elegeu como principal alvo dos seus ataques a educação.”. Além disso, o professor também alertou sobre a tática que esse campo tem usado quando não tem seus projetos aprovados: “eles vêm comendo pelas beiradas. Aprovando uma coisinha aqui, outra ali, como tem feito em todo o processo de tentativa de destruição do serviço público brasileiro.”

 

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“Esse projeto é uma bobagem conservadora. Quem o defende não conhece a escola pública e quer impor apenas sua ideologia. Na realidade, nossas escolas estão completamente precarizadas, faltam professores, a infraestrutura está sucateada. Quem defende esse projeto, vive uma ilusão. Por isso precisamos começar o ano que vem com uma agenda de manifestações por todo o estado contra esse projeto.”. Afirmou Laís Souza.

 

“Os CRECE’s foram criados na luta comunitária ainda na ditadura, e hoje estou aqui porque não aceitamos esse projeto. Esse projeto é inconstitucional, autoritário e persegue os professores. Passou da hora de nos unirmos e conversarmos de família em família, de casa em casa”, disse Ricardo Ishiayama, ressaltando a importância de trazer toda a comunidade e familiares para a luta contra o projeto, tal como afirmou Karina Sampaio: “eles dizem que esse projeto defende a família. Somos nós que mais defendemos a família, somos nós que vamos pra rua defender salário igual por trabalho igual para as mulheres, que lutamos por mais creches. Então que família é essa que eles defendem? O que eles querem é um povo calado e sem pensamento crítico, uma escola de partido único, o partido deles. Então vocês podem contar com a Confederação em portas de escolas. Vamos conversar com toda a família, vamos demonstrar pra todos que grande enganação é esse projeto.”.

 

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Renato Quintino frisou que o escola sem partido é um pedaço de um projeto maior desmonte do ensino que começou no ano passado com a reforma do ensino médio: “Existem grandes interesses por trás desses projetos. Precisamos entender quais são eles. É para que esse tipo de debate e que esse tipo de questionamento não seja feito. Existe também o interesse financeiro por trás de tudo. A Kroton, a Estácio, todas elas têm interesse na aprovação do EaD no ensino básico. Além disso, quando eu reduzo o tempo de permanência dos alunos dentro da escola eu reduzo os custos, eu não preciso dar merenda. Viram como as lutas se ligam?”, questionou fazendo referência à luta por merenda nas ETEC’s em 2016.

 

Após a fala dos convidados, os participantes também falaram. Todos com o mesmo sentido, reforçando a importância de se construir uma unidade com toda a sociedade contra esse projeto.

 

“Precisamos iniciar 2019 com uma grande manifestação, tal como a gente fez no dia 16 de agosto, com os grêmios e comitês bem organizados. E dessa vez mais do que somente o estudante na rua, vamos precisar contar com professores, mulheres, sindicatos e com cada um que tiver interesse de estar no nosso lado. A educação é o que faz o Brasil ir para frente, é por meio dela que vamos construir a base de uma sociedade melhor e do projeto de nação que a gente quer. Vamos para cima!” disse Lucas Chen finalizando evento.

 

Veja aqui mais fotos do evento.

 

 

 

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Mostra “Um século da revolução russa”

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Após as conversas com o secretário de Cultura André  Strum, realizamos nessa semana em parceria com a Caixa Belas Artes, a mostra “Um século da Revolução Russa”.

 

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De 06 a 12/12/18 o Caixa Belas Artes, em parceria com a CPC UMES Filmes, realiza a Mostra UM SÉCULO DA REVOLUÇÃO RUSSA.

 

Serão exibidos os filmes “Lenin em 1918” (1939), “O Quadragésimo Primeiro” (1956), “A Mãe” (1989), “O Fascismo de Todos os Dias” (1965), “Outubro” (1927), “O Encouraçado Potemkin” e “As 12 Cadeiras” (1971).

 

Confira a programação:

 

Quinta-feira dia 06.12

20h10 – Lenin em 1918 (LENIN IN 1918 – Dr. Mikhail Romm, 1939, 130min)

 

Sexta-feira dia 07.12

20h10 – O Quadragésimo Primeiro (THE FOURTY-FIRST – Dir. Grigory Chukhray, 1956, 88min)

 

Sábado dia 08.12

20h10 – A Mãe (MOTHER – Dir. Gleb Panfilov, 1989, 200min)

 

Domingo dia 09.12

20h10 – O Fascismo de Todos os Dias (ORDINARY FASCISM – Dir. Mikhail Romm, 1965, 138min)

 

Segunda-feira dia 10.12

20h10 – Outubro (OCTOBER – Dir. Sergei Eisenstein, 1927, 142min)

 

Terça-feira dia 11.12

20h10 – O Encouraçado Potemkin (Battleship Potemkin, Dir. Sergei Eisenstein, 1925, 75min)

 

Quarta-feira dia 12.12

20h10 – As doze cadeiras (TWELVE CHAIRS – Dir. Leonid Gayday, 1971, 141min)

 

Confira aqui as informações detalhadas sobre os filmes e vendas de ingressos.

 

Esperamos que esta e demais ações possam ser realizadas em parceria para podermos cada vez mais levar diversas formas de cultura dos mais diferenciados países do mundo.

 

 

 

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O mesmo pé que dança samba, chuta bola e se for preciso vai à luta!

Neste último sábado (1), a diretoria da UMES na região leste em conjunto com diversos grêmios deu o ponta pé inicial no 1° Festival Esportivo da Zona Leste – UMES.

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A primeira etapa foi realizada na Escola Estadual Padre Antão na Penha.

 

Para Jéferson Santos, Diretor de Esportes da UMES e estudante da ETEC de Cidade Tiradentes, “nesse momento de profunda crise e recessão econômica que parecem não ter fim, o esporte e a cultura é uma arma fundamental para a emancipação dos estudantes, e para termos uma pátria livre e soberana”.

 

A primeira etapa do festival foi na modalidade Futsal com oito jogos realizados em fase de “mata-mata” começando nas oitavas de finais.

 

A próxima etapa do Festival será na modalidade Voleibol e disputada na Escola Estadual Milton Cruzeiro no próximo sábado(8).

 

As escolas paricipantes são:

FUTSAL

 

01. João Prado
02. Barão de Ramalho
03. Dr Geraldo
04. ETEC Zona Leste
05. Nossa Sr. Penha
06. ETEC Martin Luther King
07. Charles de Gaulle
08. Ermelino Matarazzo
09. Luciane do Espirito Santo
10. Paulo Novaes (Panoca)
11. Padre Antão
12. Caetano Miele
13. Carlos Gomes
14. Dom Pedro
15. Soldado Eder
16. Bustamante

VOLEIBOL 

 

01. ETEC Zona Leste
02. Barão de Ramalho
03. Nossa Sr. Penha
04. ETEC Martin Luther King
05. Charles de Gaulle
06. Ermelino Matarazzo
07. Cidade de Hiroshima
08. Padre Antão
09. Dom Pedro
10. Paulo Novaes (Panoca)

 

 

 

 

 

 

 

 

Veja abaixo fotos do evento:

 

 

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Síria, verdades e mentiras sobre o país e a guerra

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Nos últimos anos a Síria tem sofrido constantes agressões promovidas pelo imperialismo americano. 

 

Essas agressões (que tem o apoio de Israel, países europeus e um exército de mercenários) chegam acompanhadas de uma imensa campanha de mentiras e notícias falsas sobre a realidade do país árabe.


Para entender melhor essa realidade, descobrir o que acontece por lá e prestar solidariedade ao povo Sírio a UMES convida o embaixador da Síria, Dr. Mohamad Khafit, para um debate em sua sede.

 

Venha você também. É uma oportunidade única de aprender mais sobre esse conflito e conhecer a verdade escondida pela mídia.

 

 

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Cia Teatro Documentário convida: Teatro e Memória

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A Companhia Teatro Documentário, contemplada pela 31ª edição da Lei de Fomento com o Projeto “O Tempo e o Cão” – que em síntese busca revisitar narrativas que examinam a questão do tempo na cidade de São Paulo e que entre outras ações têm realizado oficinas, um ciclo de palestras, apresentações de encenações – está empenhada em realizar IV Colóquio em Teatro\Documentário sobre Tempo e Memória.

 

A previsão é que durante três noites, consecutivas em um ciclo de palestras abertas o público possa debater os seguintes temas:

Teatro e Memória com Prof.Dr. Luiz Fernando Ramos Departamento de Artes Cênicas ECA/USP

 

Teatralização da Memória  com Dra. Júlia Guimarães

Experiência da Cia. Teatro Documentário no Projeto o Tempo e o Cão – Documentário Cênico de pequenas memórias da cidade.

 

 

MOBILIZAÇÃO NACIONAL CONTRA O “ESCOLA SEM PARTIDO”

A UMES em conjunto com outras entidades e personalidades convocam:

O projeto “Escola sem partido” representa o aprisionamento do pensamento crítico, significa amordaçar os professores e também limitar o ensino, que vai muito além do giz e da lousa. O ensino deve provocar questionamentos, instigar o contraditório, pois é assim o jovem constrói seu senso critico e se torna capaz de enfrentar as contradições apresentadas pela vida.

INCONSTITUCIONALIDADE

Nossa constituição prevê em seu Art. 206 que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

Ou seja, todas as ideias podem e devem fazer parte do ensino, é assim que se garante o pleno desenvolvimento do jovem.

Propor que cartazes com deveres e direitos do professor sejam afixados em sala de aula é a contramão desse pluralismo de ideias e coloca o professor como refém da “fiscalização” e interpretação de cada um.

A Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão Deborah Duprat emitiu nota técnica que demonstra a inconstitucionalidade do projeto “o espaço público, o espaço da cidadania, onde se colocam e se defendem os projetos coletivos, tem que, normativamente, assegurar o livre mercado de ideias. E a escola, ao possibilitar a cada qual o pleno desenvolvimento de suas capacidades e ao preparar para o exercício da cidadania, tem que estar necessariamente comprometida com todo o tipo de pluralismo.”.

LOBO EM PELE DE CORDEIRO

Os que propõem e defendem o projeto usam com um de seus argumentos que visam barrar a propagação do nazismo. Contudo, sabemos que seus interesses são outros, mas para os que assim como nós achamos necessária a criminalização dele, informamos que já há uma Lei Federal que versa sobre o assunto:

Lei 7.716/89 – Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.

Outro argumento bastante utilizado é que o projeto é necessário para barrar as discussões partidárias dentro das escolas.

A EDUCAÇÃO LIBERTADORA

Proibir a discussão de gênero ou orientação sexual dentro das escolas é jogar a responsabilidade dessas discussões exclusivamente nas costas da família.

A UMES, que já realizou diversos projetos de prevenção à gravidez precoce e de prevenção à DST’s e AIDS, sabe o quão prejudicial é a falta discussão sobre o assunto. O Estado não pode se omitir a isso e impor somente à família tal discussão.

Essas discussões passam obrigatoriamente por uma conversa ampla com a juventude, e o principal lugar onde os jovens podem discutir sobre qualquer assunto é a escola, que deve também incluir e ajudar a família nessas discussões.

Além disso, sabemos que a falta de informação e a falta de diálogo são a melhor maneira de se alimentar preconceitos e é essa a razão de se proibir a discussão de gênero dentro das escolas.

A escola é o lugar de maior concentração de jovens, sendo ela a principal e mais efetiva forma de disseminação de política para a juventude, por isso é importante que ela se mantenha aberta para o debate e discussão das mais diversas ideias.

Para Lucas Chen, presidente da UMES, “o momento exige unir forças contra um projeto que pretende calar o nosso povo. Eles não querem que os estudantes discutam por quê é dessa maneira que nós pensamos como solucionar os problemas do nosso país. Querem, com esse projeto, negar a história de luta contra a escravidão, a luta pela democracia, pelos direitos trabalhistas. Não aceitaremos! Devemos ser livres para debater, onde quer que seja e principalmente na escola que nos ensina a ter uma vida melhor e nos formar cidadão!”.

MOBILIZAÇÃO

Por tudo acima descrito, convocamos todos a juntarem à nós no dia 06 de dezembro, às 14h00 no Cine-Teatro Denoy de Oliveira e formarmos uma ampla frente contra a mordaça imposta pelo projeto “Escola sem partido”.

UMES – União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo
César Callegari – Presidente do Instituto Brasileiro de Sociologia Aplicada – IBSA e ex membro do Conselho Nacional de Educação
UNE – União Nacional dos Estudantes
UEE – União Estadual dos Estudantes de São Paulo
ANPG – Associação Nacional de Pós-Graduandos
UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
UPES – União Paulista dos Estudantes Secundaristas
Professor Wagner Romão – Presidente da Associação dos Docentes da Unicamp
Professora Silvia Elena de Lima – Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza,
Professor Pietro de Jesús Lora Alarcón – Direito Constitucional da Faculdade de Direito na PUC/SP,
APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo
CPP – Centro do Professorado Paulista
Professor Ricardo Ishiyama Martins – Executiva do CRECE Ipiranga e Membro do CRECE Central
Mariana Moura – Cientistas Engajados
Professor João Chaves – Coordenador do Fórum das Seis e Presidente da Adunesp