3

Hoje no Caetano de Campos da Aclimação os estudantes amanheceram em luta.

3

 

Com uma assembleia convocada pelo grêmio, os estudantes reivindicam que não sejam remanejadas de turno 3 turmas de sétimo ano do período da tarde para o período da manhã.

 

A medida não foi informada ao Conselho escolar, APM ou Grêmio estudantil e é decisão exclusiva da direção da unidade que não esclarece o motivo para tal. Sem discussão com a comunidade escolar a direção informou em reunião de representantes de turma a decisão após esta já ter sido tomada.

 

4Com a assembleia já iniciada, a escola torna-se alvo da ação da Polícia Militar, que com pelo pelos oito policiais entram na escola sob pretexto de investigar um crime. Com um aparato completamente desmedido, a forte presença de policiais armados e sem nenhum mandado que justificasse a ação, a única medida efetiva da PM foi de intimidar a mobilização estudantil e revistar um aluno do 8° ano.

 

A assembleia deliberou a redação de um abaixo-assinado que será entregue à Diretoria Regional de Ensino responsável e também para a direção da unidade.

 

Nós conhecemos bem de perto o histórico de luta dos estudantes do Caetano, mais recentemente a2 escola foi uma das mais de 100 escolas ocupadas em 2015, quando estudantes lutaram contra a medida de reorganização escolar proposta pelo então governador Geraldo Alckmin. A falta de diálogo com a comunidade escolar e principalmente com os estudantes foi uma das pautas levantadas pelo movimento, que não aceitava a imposição de uma reorganização que visada o remanejamento de milhares de estudantes para outras escolas e turnos sem ser levada e consideração a opinião dos mais afetados, os estudantes.

 

Então para aqueles que não nos ouvem, estamos bem dispostos a lutar. Não vão no calar!

 

Lucas Chen afirmou que “Não aceitamos Nenhuma forma de autoritarismo! Desde a imposição arbitrária da decisão da diretoria até o aparato desmedido da PM que sem dúvidas foi acionada não Para mediar. Repudiamos essa ação e esperamos que o posicionamento de qualquer instituição seja para resolver os conflitos e não para tensionar ainda mais decisões complexas como essa. Por fim, está provado que a decisão de transpor as salas não melhora em nada o ensino, pelo contrário, sucateia superlota e atrapalha organização. Todo o nosso apoio aos estudantes por meio do Grêmio, e aos professores”.

 

Abaixo publicamos a nota do Grêmio estudantil:

 

Nota de esclarecimento: Hoje na escola Caetano de Campos (Aclimação), foi organizado um ato do Grêmio estudantil juntamente aos representantes de classe, onde se reuniram todos os alunos presentes no pátio da escola para discutir com a diretora a respeito do deslocamento de série, que não foi consultado pelo corpo discente ou docente da escola.


Um ato totalmente pacífico, mas que infelizmente houve a presença da polícia militar que até chegou a realizar a revista em um dos alunos do 8°Ano.

Mas fora a tentativa de opressão o ato democrático ocorreu da melhor forma com participação dos alunos.

Foto-Nelson-Jr.-STF

Cármen Lúcia impede orquestração bolsonarista para sufocar liberdade nas Universidades

Foto-Nelson-Jr.-STF

Sem liberdade de manifestação, a escolha é inexistente. O que é para ser opção, transforma-se em simulacro de alternativa. O processo eleitoral transforma-se em enquadramento eleitoral, próprio das ditaduras”, escreveu a ministra Cármen Lúcia, do STF, em sua sentença, concedendo liminar, solicitada pela Procuradoria Geral da República, contra o abuso de alguns bolsonaristas, incrustados na Justiça Eleitoral, que, nos últimos dias, ao modo da velha ditadura, se voltaram contra as Universidades.

“… toda interpretação de norma jurídica que colida com qualquer daqueles princípios, ou, o que é pior e mais grave, que restrinja ou impeça a manifestação da liberdade é inconstitucional, inválida, írrita”, escreveu a ministra e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, no sábado (27/10).

Cármen Lúcia proibiu todos os atos judiciais ou administrativos “que possibilitem, determinem ou promovam o ingresso de agentes públicos em universidades públicas e privadas, o recolhimento de documentos, a interrupção de aulas, debates ou manifestações de docentes e discentes universitários, a atividade disciplinar docente e discente e a coleta irregular de depoimentos desses cidadãos pela prática de manifestação livre de ideias e divulgação do pensamento nos ambientes universitários ou em equipamentos sob a administração de universidades públicas e privadas e serventes a seus fins e desempenhos”.

A sentença foi motivada por ação da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, que impetrou uma “Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental” da Constituição, com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF), diante de decisões de alguns juízes da Justiça Eleitoral, todas elas tendenciosas, proibindo manifestações dentro das universidades e, inclusive, determinando intervenção policial dentro dos campi universitários.

Em suma, alguns juízes de primeira instância, evidentemente comprometidos com a campanha de Bolsonaro – portanto, com dificuldades de envergar a toga com a verticalidade que exige a justiça (e, também, a Justiça – a instituição, isto é, o Poder Judiciário) – deram algumas sentenças ou concederam permissões para sufocar a discussão dentro das Universidades.

Exatamente as Universidades – que foram das principais trincheiras contra a ditadura, nos 21 anos entre 1964 e 1985.

Foi, evidentemente, uma ação orquestrada pelo bolsonarismo. Não é possível que alguns juízes tenham proferido decisões praticamente iguais em 20 Estados ao mesmo tempo, sem orquestração alguma.

O fato do número de juízes que fizeram isso ser pequeno – aliás, muito pequeno, considerando o conjunto do Judiciário – somente enfatiza o caráter orquestrado dessa ação repressiva, ilegal, inconstitucional.

Se fossem milhares os juízes a proferir essa sentença, seria difícil localizar uma orquestração. Mas, quando são um punhado, é fácil perceber o cunho dessa tentativa – que, aliás, revela bastante o que é a candidatura de Bolsonaro (e, evidentemente, quem é o próprio Bolsonaro).

DITADORES E TIRANOS

Disse a ministra Cármen Lúcia, em sua sentença, depois de transcrever os artigos 206 e 207 da Constituição, que garantem a “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”, o “pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas” e a “autonomia didático-científica, administrativa” das Universidades (todos os grifos são nossos):

“As normas constitucionais acima transcritas harmonizam-se com os direitos às liberdades de expressão do pensamento, de informar-se, de informar e de ser informado, constitucionalmente assegurados, para o que o ensino e a aprendizagem conjugam-se, assegurando espaços de libertação da pessoa, a partir de ideias e compreensões do mundo convindas ou desavindas e que se expõem para convencer ou simplesmente como exposição do entendimento de cada qual.

“(…) Reitere-se: universidades são espaços de liberdade e de libertação pessoal e política.

“Seu título indica a pluralidade e o respeito às diferenças, às divergências para se formarem consensos, legítimos apenas quando decorrentes de manifestações livres.

“Discordâncias são próprias das liberdades individuais. As pessoas divergem, não se tornam por isso inimigas. As pessoas criticam. Não se tornam por isso não gratas.

“Democracia não é unanimidade. Consenso não é imposição.”

(…)

“Pensamento único é para ditadores. Verdade absoluta é para tiranos.

“Ao se contrapor a estes direitos fundamentais e determinar providências incompatíveis com o seu pleno exercício e eficaz garantia, não se interpretou a norma eleitoral vigente.

Antes, a ela se ofereceu exegese incompatível com a sua dicção e traidora dos fins a que se destina, que são os de acesso igual e justo a todos os cidadãos, garantindo-lhes o direito de informar-se e projetar suas ideias, ideologias e entendimentos, especialmente em espaços afetos diretamente à atividade do livre pensar e divulgar pensamentos plurais.

“Toda forma de autoritarismo é iníqua. Pior quando parte do Estado. Por isso os atos que não se compatibilizem com os princípios democráticos e não garantam, antes restrinjam o direito de livremente expressar pensamentos e divulgar ideias são insubsistentes juridicamente por conterem vício de inconstitucionalidade”.

FATOS

Em sua ação, a Procuradoria Geral da República citou os seguintes atos ilegais:

1) “O Juiz Eleitoral da 17ª Zona Eleitoral de Campina Grande (PB) determinou Busca e Apreensão na sede da ADUFCG – Associação de Docentes da Universidade Federal de Campina Grande – ‘com vistas a BUSCA e APREENSÃO de panfletos, intitulados MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DA UNIVERSIDADE PÚBLICA, bem como outros materiais de campanha eleitoral em favor do candidato a Presidente da República FERNANDO HADDAD número 13 do PT’. O referido manifesto foi assinado pela Associação e aprovado pela categoria em Assembleia. A Universidade informou que cinco Hds de computadores também foram apreendidos por agentes da polícia”.

2) “Buscas e apreensões também ocorreram na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e na Associação de Docentes da UEPB, em cumprimento à determinação do Juiz. Segundo o Presidente da Associação, uma professora foi inquirida sobre a atividade desenvolvida, a disciplina ministrada, o conteúdo e seu nome”.

3) “Em 23 de outubro de 2018, a Juíza Titular da 199ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro, determinou busca e apreensão dos materiais de propaganda eleitoral irregular porventura encontrados nas Unidades daUniversidade Federal Fluminense em Niterói, sobretudo nos campos do Gragoatá e do Ingá”.

4) “O Juiz Eleitoral, titular da 18º Zona Eleitoral determinou à notificação a Universidade da Grande Dourados (MS), na pessoa do reitor ou seu representante legal, para que fosse proibida a aula pública referente ao tema “Esmagar o Fascismo” a ocorrer em 25/10/2018 às 10h, nas dependências da universidade. A aula foi iniciada, mas, após alguns discursos, foi interrompida por agentes da Polícia Federal”.

5) “O Juiz Eleitoral da 20ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Sul, em razão de pedido de providências proposto pelo Ministério Público Eleitoral em face da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), impediu a realização do evento político denominado “Assembleia Geral Extraordinária contra o Fascismo, a Ditadura e o Fim da Educação Pública”.

6) “A Juíza Eleitoral da 30ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, determinou a notificação da Universidade Federal de São João Del Rei, para que proceda a retirada do sítio da Universidade de nota em favor dos princípios democráticos e contra a violência nas eleições presidenciais de 2018, assinada pela Reitoria da Instituição”.

7) “Na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) ocorreu a retirada de faixa com propaganda eleitoral colocada do lado externo de uma das portarias do campus Santa Mônica, pela Polícia Militar, não sendo possível aferir se a determinação foi exarada do juiz da 278ª ou 279ª Zona Eleitoral”.

8) “Na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), policiais promoveram a retirada de faixas em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março, e com as inscrições “Direito Uerj Antifascismo”. A Universidade informou que não havia mandado judicial a autorizar as referidas ações”.

9) “Na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), campus de Serrinha, foram retirados cartazes supostamente de apoio a candidato a Presidência da República”.

Além disso, a procuradora geral Raquel Dodge citou outras ocorrências semelhantes nas seguintes instituições:

– Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);

– Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);

– Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);

– Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio);

– Universidade Federal da Bahia (UFBA);

– Universidade Federal do Amazonas (UFAM);

– Universidade Católica de Petrópolis (UCP);

– Universidade Federal de Goiás (UFG);

– Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI);

– Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS);

– Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA);

– Universidade da Integração Internacional de Lusofonia Afrobrasileira (UNILABA);

– Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Certamente, haveria mais a acrescentar, embora o quadro esboçado pela procuradora seja bastante preciso – inclusive, em extensão.

Mas, por exemplo, na UFF, mencionada pela procuradora, um bando com coletes da Justiça Eleitoral invadiu o prédio da Faculdade de Direito para retirar uma bandeira. Nesta, somente estava escrito: “Direito UFF” e “Antifascismo” sobre um fundo preto e laranja, cores da associação atlética dos estudantes. Não havia menção a candidato algum ou às eleições.

Pelo que se soube depois, a juíza que ordenou a retirada da bandeira considerou que a palavra “antifascismo” prejudicava a campanha de Bolsonaro…

Eles não apresentaram carteira funcional, não se identificaram com nenhuma matrícula. Disseram que tinham uma decisão judicial, mas não apresentaram nada, e disseram ainda que tinham um ‘mandado verbal’ para entrar no prédio”, relatou um professor da faculdade.

Esse bando percorreu as dependências da faculdade, tirando fotos, e interromperam uma aula de Direito Processual do Trabalho, perguntando à professora sobre o que ela estava falando.

A sala do Centro Acadêmico foi revirada, supostamente em busca de material de campanha eleitoral.

Na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), outro grupo, com as mesmas características, tentaram impedir uma mesa-redonda sobre democracia, alegando que era um ato de apoio à candidatura de Fernando Haddad, do PT.

Na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), outro grupo revistou a sala de um professor “em busca de material irregular de propaganda eleitoral”. O professor, Marcos Pedlowsky, mantém um blog sobre assuntos políticos.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro desmentiu que tivesse algo a ver com esses fatos.

Todos, até agora, partiram de um pequeno grupo de juízes que servem, momentaneamente, à Justiça Eleitoral (esta não tem, no Brasil, um quadro próprio de juízes; são eles designados, por um período, entre os membros da Justiça comum).

AFRONTA

Diante desses fatos – inéditos desde os tempos da ditadura, derrubada há 33 anos – a Procuradoria Geral da República apontou, em sua ação no STF:

“… lesão aos direitos fundamentais da liberdade de manifestação do pensamento, de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação e de reunião (art. 5º, IV, IX e XVI [da Constituição]), ao ensino pautado na liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento e o pluralismo de ideias (art. 206, II e III) e à autonomia didático-científica e administrativa das universidades (art. 207) previstos na Constituição”.

Sobre o pretexto dessas incursões repressivas – o artigo 37 da Lei Eleitoral (Lei nº 9504/1997), que proíbe a propaganda eleitoral em “bens públicos”, a procuradora lembrou que já existe entendimento firmado sobre isso, expresso pela atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber:

“… a legislação eleitoral veda a realização de propaganda em universidades públicas e privadas (art. 37 da Lei 9.504/1997), mas a vedação dirige-se à propaganda eleitoral e não alcança, por certo, a liberdade de manifestação e de expressão, preceitos tão caros á democracia, assegurados pela Constituição Cidadã de 1988. A atuação do poder de polícia – que compete única e exclusivamente à Justiça Eleitoral – há de se fazer com respeito aos princípios regentes do Estado Democrático de Direito” (Ministra Rosa Weber, na abertura da Seção de 26/10/2018, do TSE, grifo de Raquel Dodge).

O que é proibido, portanto, nas universidades públicas e privadas, é a campanha de um determinado candidato, com pedido de voto para ele.

Não a discussão política ou a manifestação do pensamento.

Como disse a procuradora, depois de analisar essa questão:

“Os atos, contudo – aí também abrangidas as decisões judiciais que os autorizaram -, abstraíram desenganadamente os limites de fiscalização de lisura do processo eleitoral e afrontaram os preceitos fundamentais já mencionados, por abstraí-los. Donde, a necessidade desta propositura para desautorizar os atos já praticados e prevenir a expedição ou execução de outros semelhantes” (grifo nosso).

LIBERDADE

“Em qualquer espaço no qual se imponham algemas à liberdade de manifestação, há nulidade a ser desfeita” escreveu a ministra Cármen Lúcia, em sua sentença.

“A liberdade é o pressuposto necessário para o exercício de todos os direitos fundamentais.

“Os atos questionados na presente arguição de descumprimento de preceito fundamental desatendem os princípios constitucionais assecuratórios da liberdade de manifestação do pensamento e desobedecem as garantias inerentes à autonomia universitária”.

Cármen Lúcia examina, em seguida, o artigo 37 da Lei Eleitoral:

“Dispõe o art. 37 da Lei n. 9.504/1997 ser vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados nos espaços indicados na norma.

“A finalidade da norma que regulamenta a propaganda eleitoral e impõe proibição de alguns comportamentos em períodos especificados é impedir o abuso do poder econômico e político e preservar a igualdade entre os candidatos no processo.

“A norma visa o resguardo da liberdade do cidadão, o amplo acesso das informações a fim de que ele decida segundo a sua conclusão livremente obtida, sem cerceamento direto ou indireto a seu direito de escolha.

“A vedação legalmente imposta tem finalidade específica. Logo, o que não se contiver nos limites da finalidade de lisura do processo eleitoral e, diversamente, atingir a livre manifestação do cidadão não se afina com a teleologia da norma eleitoralmenos ainda com os princípios constitucionais garantidores da liberdade de pensamento, de manifestação, de informação, de aprender e ensinar.

“No caso em apreço, (…) as práticas coartadas pelos atos questionados não restringem direitos doscandidatos, mas o livre pensar dos cidadãos.

“Os dispositivos da Lei n. 9.504/1997 somente têm interpretação válida em sua adequação e compatibilidade com os princípios nos quais se garantem todas as formas de manifestação da liberdade de pensamento, de divulgação de ideias e de reunião dos cidadãos.

“Ao impor comportamentos restritivos ou impeditivos do exercício daqueles direitos as autoridades judiciais e policiais proferiram decisões com eles incompatíveis.

“Por estes atos, liberdades individuais, civis e políticas foram profanadas em agressão inaceitável ao princípio democrático e ao modelo de Estado de Direito erigido e vigente no Brasil.

“A atuação dos cidadãos, no exercício de sua liberdade de manifestação de pensamento, não foi sequer objeto de cuidado na norma eleitoral indicada como fundamento das decisões descritas na peça inicial da presente arguição.

“Insista-se: volta-se a norma [eleitoral] contra práticas abusivas e comprometedoras da livre manifestação das ideias, o que não é o mesmo nem próximo sequer do exercício das liberdades individuais e públicas.

“O uso de formas lícitas de divulgação de ideias, a exposição de opiniões, ideias, ideologias ou o desempenho de atividades de docência é exercício da liberdade, garantia da integridade individual digna e livre, não excesso individual ou voluntarismo sem respaldo fundamentado em lei.

“(…) não é o caminho do direito democrático, mas da ausência de direito e déficit democrático.

“Exercício de autoridade não pode se converter em ato de autoritarismo, que é a providência sem causa jurídica adequada e fundamentada nos princípios constitucionais e legais vigentes” (grifos nossos).

Fizemos essas longas citações para tornar acessível ao leitor uma das mais importantes sentenças judiciais de nossa História recente. Aliás, recentíssima.

C.L.

Jornal Hora do Povo

 

 

Le-soldatesse-1965-2

Assista ao filme “Mulheres no Front”, de Valério Zurlini, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES!

Le-soldatesse-1965-2

 

Na próxima segunda-feira (29), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresentará o filme “Mulheres no Front” (1965), de Valério Zurlini. Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

Confirme sua presença no Facebook!

 

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

MULHERES NO FRONT (1965), DE VALÉRIO ZURLINI

 

SINOPSE

Um grupo de prostitutas são “convocadas” para trabalhar em prostíbulos militares italianos durante a Segunda Guerra, com o objetivo de animarem seus soldados. A trama, no entanto, se desenvolve a partir do relacionamento das garotas com os três militares que as conduzem na longa viagem que empreendem em direção à base militar, localizada em uma região montanhosa da Grécia.

 

O DIRETOR

Nascido em Bolonha, Valerio Zurlini estudava Direito quando ingressou na Resistência Italiana, em 1943. Depois da 2ª Guerra Mundial, trabalhou como assistente de direção no Piccolo Teatro de Milão. Realizou em 1954 seu primeiro longa-metragem: “Quando o Amor é Mentira”, baseado no romance de Vasco Pratolini, Le Ragazze di San Frediano. Seu segundo longa “Verão Violento” (1959) lhe trouxe notoriedade. “A Moça com a Valise” (1961) repetiu a dose. Mas Zurlini ficou mais conhecido por suas adaptações literárias: “Dois Destinos” (1962), adaptação de outro romance de Vasco Pratolini; “Mulheres no Front” (1965), baseado em um romance de Ugo Pirro; “La Promessa” (1970) em uma peça de Aleksei Arbuzov e seu último filme “O Deserto dos Tártaros” (1976), em romance de Dino Buzzati. Zurlini também dirigiu “Sentado à Sua Direita” (1968) e “A Primeira Noite de Tranquilidade” (1972).

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Mulheres no Front (1965), de Valério Zurlini

Duração: 120 minutos

Quando: 29/10 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

arton19329

1964 ou 2018?

arton19329 

 

O movimento estudantil foi um dos principais combatentes da ditadura que vivemos no país por 21 anos.

 

Não foi por acaso que na primeira noite depois de instaurado o regime militar o alvo foi a sede da UNE, incendiada criminosamente.

 

Os ataques às organizações estudantis continuaram e se intensificaram cada vez mais, o país viu através de uma lei o congresso extinguir a União Nacional dos Estudantes e todas as Uniões Estaduais num claro ataque com intensão de desmobilizar e desestruturar o movimento estudantil organizado contrário ao regime.

 

Outro momento bastante marcante e conhecido da história do movimento estudantil foi o 30° Congresso da UNE em Ibiúna. Realizado na clandestinidade pela entidade e com o objetivo de fortalecer os estudantes que se organizavam em seus estados o congresso foi invadido pelos militares e seus participantes presos.

 

Não escrevemos essa matéria por saudosismo ou por um mero resgate histórico, apesar de este ser tão importante nos dias de hoje. Escrevemos essa matéria por enxergarmos as semelhanças do passado com o presente.

 

Vejam vocês, nos deparamos com diversas notícias sobre a perseguição feita aos estudantes de universidades públicas que se colocam contra o fascismo, contra a volta da ditadura, contra a retirada de direitos e à favor da democracia conquistada após o período mais tenebroso da história do nosso país.

 

A defesa pela democracia não deveria ser considerada propaganda partidária, claro, ao não ser queHenfil seja proposta de um candidato acabar com ela. É?

 

Quando uma decisão monocrática impõe que os estudantes retirem uma faixa pendurada em sua universidade escrita somente “Direito UFF Antifascista” considerando que isso é propaganda contra determinado candidato, significa ou que ela está assumindo que o candidato é fascista ou que a propria decisão está sendo. Ou os dois. Os antibióticos são necessários para tratar infecções bacterianas porque podem matar ou inibir o crescimento de bactérias que causam doenças. O uso adequado de antibiotics online sale é importante para evitar que as bactérias desenvolvam resistência aos medicamentos, o que pode levar a infecções difíceis de tratar no futuro.

 

Quando a mesma decisão manda cancelar um ato intitulado “Contra o Fascismo, Pela Democracia” sob a alegação de que seria ato eleitoral dentro de uma instituição federal, ela considera novamente que um determinado candidato é fascista?

 

Porque a luta contra o fascismo e pela democracia do país está sendo considerada uma luta contra um determinado candidato e à favor de outro?

 

Ora, a resposta é simples.

 

Há muito tempo nossas eleições presidenciais são polarizadas, contudo, dessa vez existe uma polarização que supera a barreira do partidarismo ou do plano de governo. Hoje vivemos uma polarização entre a Democracia e a Ditadura.

 

Em resposta a pergunta irônica que fizemos acima, é sim proposta de um candidato acabar com nossa democracia – claro que apesar da falta de inteligência demonstrada em diversas entrevistas, ele obviamente não colocou isso em suas propostas à justiça eleitoral – tal proposta fica evidente em suas declarações.

 

A manifestação política é um direito constitucional e por isso ela não deve ser considerada crime, ainda mais quando essa manifestação é usada em defesa da democracia, já que ainda vivemos em uma.

 

reitor-vieiralves-censura-uerjQuando decisões mandam retirar do site das entidades notícias contrárias ao candidato da ditadura, que cancelou atos pela democracia nas universidades e mandou os estudantes e professores não se manifestarem, está começando a se assemelhar em grande proporção com a mesma que invadiu o congresso de Ibiúna. Tal semelhança não é por acaso.

 

Se valer da lei eleitoral para cercear o direito de manifestação é o mesmo – guardadas as devidas proporções – que se valer do congresso para fechar as entidades estudantis.

 

Nós, como estudantes e herdeiros daqueles que lutaram pela democracia e contra a ditadura, repudiamos qualquer perseguição ao direito de livre manifestação. Repudiamos a perseguição à UNE e qualquer entidade por expressarem a opinião de milhares de estudantes pelo país.

 

Estamos caminhando de volta a 1964. Não deixemos!

 

Ditadura, não! Pela democracia.

 

#naovaonoscalar #DitaduraNao

 

 

Charges: Henfil e Latuff

 

 

dims

Ditadura, não!

dims

 

 

Estamos apenas a quatro dias do segundo turno das eleições presidenciais, dia em que o povo brasileiro escolherá o próximo presidente do país. Frente à polarização na reta final dessas eleições entre os candidatos a presidência Jair Messias Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), sentimos a necessidade do posicionamento estudantil.

 

 

A União Municipal dos Estudantes Secundaristas, entidade que foi forjada na luta no final da Ditadura Militar e que desde então sempre foi pioneira na luta por uma educação de qualidade e acima de tudo pela garantia da democracia, entende que a candidatura de Jair Messias Bolsonaro (PSL), não representa os almejos dos estudantes brasileiros por uma educação pública e de qualidade, além de representar um risco iminente à democracia brasileira.

 

 

Em seus 26 anos como Deputado Federal, Jair Messias Bolsonaro (PSL) votou diversas vezes contra os interesses dos estudantes brasileiros. Olhando os registros de votação mais recentes, Bolsonaro votou a favor de projetos como a PEC- 241 que congela os investimentos em áreas públicas durante 20 anos e a “Reforma do Ensino Médio” que visa reduzir a grade escolar e privatizar a educação pública. Além disso, Bolsonaro defende uma série de medidas que consideramos desastrosas para a educação brasileira, dentre elas, a utilização do Ensino a Distância (EAD) desde a educação básica, a privatização de universidades públicas, o projeto Escola sem partido e até mesmo cortes de investimentos em educação.

 

 

Também entendemos que a candidatura de Bolsonaro significa um risco iminente para a democracia brasileira. Em diversas ocasiões o candidato já se declarou a favor do golpe militar de 1964, que derrubou um presidente eleito democraticamente e instaurou um regime militar que perseguiu, torturou e assassinou milhares de brasileiros e brasileiras. Bolsonaro também elogiou o torturador Coronel Brilhante Ustra, considerado um dos mais cruéis torturadores do regime militar, que torturou até mesmo mulheres grávidas e inocentes. Sobre este sombrio episódio da história do Brasil, ficamos com as palavras de Ulysses Guimarães: “ódio e nojo a Ditadura”.

 

 

Assim como, consideramos que o programa econômico do candidato vai contra o que acreditamos que seja necessário fazer para tirar o país da crise, entendemos que para o Brasil voltar a crescer seja necessário investir e fomentar a indústria nacional, baixar os juros exorbitantes parando de repassar dinheiro público para banqueiro, aumentar o investimento na educação pública de ensino fundamental, básico e superior e parar as privatizações da Petrobras e de outras empresas públicas.

 

 

Seu adversário Fernando Haddad (PT) não representa neste momento a solução para a crise econômica, pois seu partido também se afundou no lamaçal da corrupção, entregou nossas riquezas aos bancos e multinacionais entre outras políticas que ajudaram a criar a crise em que o Brasil se encontra hoje, porém nossas divergências políticas e econômicas são menores perto do risco à democracia do outro lado.

 

 

É por isso e por outros motivos que somos contra a candidatura de Jair Messias Bolsonaro (PSL), não acreditamos que ele represente os almejos e sonhos da juventude e entendemos que não podemos deixar o discurso de ódio vencer, repudiamos toda e qualquer forma de opressão e discriminação contra qualquer um.

 

 

Sentimos ser fundamental relembrar a figura de Mestre Moa, brutalmente assassinado por não concordar com a ideologia pregada pelo candidato e seu eleitorado. Esta raiva destilada não nos parece coerente com o sentido que o Brasil deve tomar, pois que a ditadura de Bolsonaro além de truculenta, será repleta de corrupção e arrocho na economia.

 

 

Por fim, convocamos todos a se unirem neste momento em torno de uma palavra de ordem: “DITADURA, NÃO!” para que possamos continuar lutando pela construção de um Brasil mais justo e uma educação pública, gratuita e de qualidade.

 

 

União Municipal dos Estudantes Secundaristas- SP

 

 

São Paulo, 24 de outubro de 2018.

 

 

 

z13

UMES encerrou nesta terça-feira a mostra “Ele foi, mas foi sorrindo!”

O CPC UMES realizou a mostra “Ele foi, mas foi sorrindo!” sobre o apitador Pato N’Água. 

 

Pato N’Água é reconhecido no mundo do samba como um dos maiores apitadores já visto. Criador do breque da briga – momento em que a bateria simula uma briga entre seus componentes e sob o apito de seu comandante voltam a tocar como se só a harmonia da bateria importasse – Pato também desenvolvia harmonias com uma facilidade imensa.

 

Mas além do aniversário do bairro “falar do Pato foi uma opção política, pois ele era um artista do povo, como disse Geraldo Filme, e por ser invocado não aceitava calado as coisas que aconteciam naquela época. Por ser assim, Pato foi morto pelo esquadrão da morte, morto pela ditadura. Essa ditadura que matou artistas é a mesma que é elogiada hoje e isso não podemos admitir!” afirmou Júnior Fernandes, um dos organizadores do evento.

 

“O resgate da história do Pato é de extrema importância nesse momento onde já assistimos o medo tomando conta das ruas. A arte teve um papel fundamental na derrubada da ditadura e terá também num eventual governo autoritário no nosso país. Ela não só enfrenta como também conta para as outras gerações como foi esse enfrentamento. Não vamos aceitar calados que nossa história seja assolada por mais um governo de repressão” afirmou Lucas Chen, presidente da UMES.

 

Sambistas como Seo Carlão do Peruche e Dadinho do Camisa Verde e Branco e o próprio filho do Pato, o Patinho ajudaram a contar a história desse artista.

 

z13

Walter Gomes de Oliveira Filho “Patinho”

 

Além disso, a mostra reuniu diversos artistas que ilustraram um pouco da história do sambista. Participaram Apholo Longhi, Arieh Wagner, Fernanda S. Guimarães, Gabriela Barbosa, Ghiza Rocha, Tim Ernani e Tshesa Lettsson.

 

Pudemos contar com a participação da Velha Guarda da Vai-Vai que no surpreendeu com um pequeno show! 

 

z14

Velha Guarda da Vai-Va junto com Junior Fernandes

 

Aberta durante todo o domingo a mostra encerrou o dia com o Show da Bateria 013, que tocou a música Silêncio de Geraldo Filme.

 

z11

 

A mostra integrou a programação de eventos em comemoração aos 140 anos do Bixiga que encerrou a noite de domingo com o Show dos Demônios da Garoa em um palco onde se apresentaram diversos artista no decorrer do dia. A programação do Festival continua com atividades até o dia 01 de novembro.  

 

z10

 

Para aqueles que não puderam vir, clique aqui e veja todas as fotos e abaixo o vídeo que integrou a mostra e a emocionante participação da Velha Guarda da Vai-Vai.

 

 

 

a moça com a valise

Assista ao filme “A Moça Com A Valise”, de Valério Zurlini, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES!

a moça com a valise

 

Na próxima segunda-feira (22), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresentará o filme “A Moça Com A Valise” (1961), de Valério Zurlini. Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

Confirme sua presença no Facebook!

 

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

A MOÇA COM A VALISE (1961), DE VALÉRIO ZURLINI

 

SINOPSE

Marcello Fainardi é um galanteador incurável. Um dia conhece Aida e a conquista com falsas promessas. Depois de seduzi-la, tenta se livrar dela. Marca um novo encontro, mas não comparece. Ela não aceita ser abandonada e procura Marcello, que pede então ao seu irmão mais novo, Lorenzo, para substituí-lo. Ele aceita ajudar Marcello, mas de seu encontro com Aida acaba nascendo uma forte amizade. Entretanto, como Lorenzo é muito jovem ainda, sua família insiste para que a garota deixe os irmãos em paz e saia da cidade. Desiludida, Aida vai para Rimini, mas Lorenzo não aceita a separação e vai ao seu encontro.

 

O DIRETOR

Nascido em Bolonha, Valerio Zurlini estudava Direito quando ingressou na Resistência Italiana, em 1943. Depois da 2ª Guerra Mundial, trabalhou como assistente de direção no Piccolo Teatro de Milão. Realizou em 1954 seu primeiro longa-metragem: “Quando o Amor é Mentira”, baseado no romance de Vasco Pratolini, Le Ragazze di San Frediano. Seu segundo longa “Verão Violento” (1959) lhe trouxe notoriedade. “A Moça com a Valise” (1961) repetiu a dose. Mas Zurlini ficou mais conhecido por suas adaptações literárias: “Dois Destinos” (1962), adaptação de outro romance de Vasco Pratolini; “Mulheres no Front” (1965), baseado em um romance de Ugo Pirro; “La Promessa” (1970) em uma peça de Aleksei Arbuzov e seu último filme “O Deserto dos Tártaros” (1976), em romance de Dino Buzzati. Zurlini também dirigiu “Sentado à Sua Direita” (1968) e “A Primeira Noite de Tranquilidade” (1972).

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: A Moça Com A Valise (1961), de Valério Zurlini

Duração: 121 minutos

Quando: 22/10 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)

 

 

 

42193754 1073143806187835 7651733564970500096 n

Ele foi, mas foi sorrindo.

Pato N’água, grande apitador da Vai-Vai, conduzia a bateria de forma única e que marcou a história do samba paulista.


É dele que vamos falar no dia 21 de outubro em comemoração ao aniversário de 140 anos no Bixiga.

 

Não conhece? Então vem ver e ouvir um pouco da história desse personagem da nossa cultura, contada por aqueles que conviveram com ele.


Não esquece, dia 21 das 10h00 às 18h00, na sede da UMES, rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista.

 

Nossa mostra faz parte de uma grande programação. O XII Festival de aniversário do Bixiga.

 

São 140 anos desse bairro que pulsa cultura que serão comemorados em grande estilo.

 

Vejam a programação completa.

 

42193754 1073143806187835 7651733564970500096 n

 

 

Democracia Sim! – Manifesto

Publicamos abaixo o Manifesto lançado por mais de 300 na noite dessa terça-feira, 17/10. A última atualização contava com mais de 190 mil assinaturas. Você tambe pode assinar aqui “Democracia Sim! – Manifesto

 

Além disso, no site você pode ver todas as personalidades que já assinaram em ordem alfabética.

 

 

Democracia Sim

– MANIFESTO –

 

Somos diferentes. Temos trajetórias pessoais e públicas variadas. Votamos em pessoas e partidos diversos. Defendemos causas, ideias e projetos distintos para nosso país, muitas vezes antagônicos.

Mas temos em comum o compromisso com a democracia. Com a liberdade, a convivência plural e o respeito mútuo. E acreditamos no Brasil. Um Brasil formado por todos os seus cidadãos, ético, pacífico, dinâmico, livre de intolerância, preconceito e discriminação.

 

Como todos os brasileiros e brasileiras sabemos da profundidade dos desafios que nos convocam nesse momento. Mais além deles, do imperativo de superar o colapso do nosso sistema político, que está na raiz das crises múltiplas que vivemos nos últimos anos e que nos trazem ao presente de frustração e descrença.

 

Mas sabemos também dos perigos de pretender responder a isso com concessões ao autoritarismo, à erosão das instituições democráticas ou à desconstrução da nossa herança humanista primordial.

Podemos divergir intensamente sobre os rumos das políticas econômicas, sociais ou ambientais, a qualidade deste ou daquele ator político, o acerto do nosso sistema legal nos mais variados temas e dos processos e decisões judiciais para sua aplicação. Nisso, estamos no terreno da democracia, da disputa legítima de ideias e projetos no debate público.

 

Quando, no entanto, nos deparamos com projetos que negam a existência de um passado autoritário no Brasil, flertam explicitamente com conceitos como a produção de nova Constituição sem delegação popular, a manipulação do número de juízes nas cortes superiores ou recurso a autogolpes presidenciais, acumulam declarações francamente xenofóbicas e discriminatórias contra setores diversos da sociedade, refutam textualmente o princípio da proteção de minorias contra o arbítrio e lamentam o fato das forças do Estado terem historicamente matado menos dissidentes do que deveriam, temos a consciência inequívoca de estarmos lidando com algo maior, e anterior a todo dissenso democrático.

 

Conhecemos amplamente os resultados de processos históricos assim. Tivemos em Jânio e Collor outros pretensos heróis da pátria, aventureiros eleitos como supostos redentores da ética e da limpeza política, para nos levar ao desastre. Conhecemos 20 anos de sombras sob a ditadura, iniciados com o respaldo de não poucos atores na sociedade. Testemunhamos os ecos de experiências autoritárias pelo mundo, deflagradas pela expectativa de responder a crises ou superar impasses políticos, afundando seus países no isolamento, na violência e na ruína econômica. Nunca é demais lembrar, líderes fascistas, nazistas e diversos outros regimes autocráticos na história e no presente foram originalmente eleitos, com a promessa de resgatar a autoestima e a credibilidade de suas nações, antes de subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários.

 

Em momento de crise, é preciso ter a clareza máxima da responsabilidade histórica das escolhas que fazemos.

 

Esta clareza nos move a esta manifestação conjunta, nesse momento do país. Para além de todas as diferenças, estivemos juntos na construção democrática no Brasil. E é preciso saber defendê-la assim agora.

 

É preciso dizer, mais que uma escolha política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório primordial. É preciso recusar sua normalização, e somar forças na defesa da liberdade, da tolerância e do destino coletivo entre nós.

 

Prezamos a democracia. A democracia que provê abertura, inclusão e prosperidade aos povos que a cultivam com solidez no mundo. Que nos trouxe nos últimos 30 anos a estabilidade econômica, o início da superação de desigualdades históricas e a expansão sem precedentes da cidadania entre nós. Não são, certamente, poucos os desafios para avançar por dentro dela, mas sabemos ser sempre o único e mais promissor caminho, sem ovos de serpente ou ilusões armadas.

 

Por isso, estamos preparados para estar juntos na sua defesa em qualquer situação, e nos reunimos aqui no chamado para que novas vozes possam convergir nisso. E para que possamos, na soma da nossa pluralidade e diversidade, refazer as bases da política e cidadania compartilhadas e retomar o curso da sociedade vibrante, plena e exitosa que precisamos e podemos ser.

 

 

 

 

B-n7GuQW4AAdcxD

Assista ao filme “Chá Com Mussolini”, de Franco Zeffirelli, na Mostra Permanente de Cinema Italiano da UMES!

B-n7GuQW4AAdcxD

 

Na próxima segunda-feira (15), a Mostra Permanente de Cinema Italiano apresentará o filme “Chá Com Mussolini” (1999), de Franco Zeffirelli. Aproveite, só na UMES você confere o melhor do cinema italiano com entrada franca!

 

Confirme sua presença no Facebook!

 

A sessão será iniciada às 19 horas no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Chame sua família e seus amigos, participe!

 

 

CHÁ COM MUSSOLINI (1999), DE FRANCO ZEFFIRELLI

 

SINOPSE

Uma comédia dramática sobre um grupo de senhoras que estão em viagem por tempo indeterminado na Itália, e vêem a sua rotina alterada com a trágica explosão do fascismo e da Segunda Guerra Mundial. O filme narra as aventuras e desventuras de Luca Innocenti – nascido de mãe solteira e não reconhecido oficialmente pelo pai – e seu esforço para conseguir independência e encontrar um lugar no mundo da arte. A estória se passa na cidade de Florença dos anos 30, onde Judi Dench, Joan Plowright e Maggie Smith interpretam três excêntricas, astutas e decididas senhoras – conhecidas como “Scorpioni” por causa de seu humor cortante – que, juntas com uma espirituosa colecionadora de arte americana (Cher) e uma arqueóloga (Lily Tomlin), querem transformar o órfão, Luca, em um “perfeito cavalheiro britânico”. Com início da 2ª Guerra Mundial, a vida dessas mulheres muda radicalmente e o pequeno Luca, agora um adolescente, fará de tudo para ajudar aquelas que um dia o acolheram.

 

O DIRETOR

Gianfranco Corsi (Franco Zeffirelli) nasceu em Florença, ficou órfão aos cinco anos, foi criado por um grupo de atrizes inglesas, entre elas Mary O’ Neill, que assumiu o papel de mãe e lhe ensinou inglês, literatura, teatro e Shakespeare. Zeffirelli estudou arquitetura em Florença. Depois da guerra mudou-se para Roma e foi assistente de grandes cineastas como Vittorio de Sica, Visconti e Rossellini. A partir dos anos 1950 voltou-se para a ópera, encenou espetáculos como “L’Italiana in Algeri”, de Rossini, e dirigiu estrelas como Maria Callas. Após “La Bohème”, de Puccini, voltou ao cinema e fez “A Megera Domada” (1967) com Richard Burton e Elizabeth Taylor. No ano seguinte realizou “Romeu e Julieta” (1968), ganhou o Oscar de melhor diretor e um lugar na história do cinema por ser o primeiro a usar dois adolescentes reais (Olívia Hussey e Leonard Whiting) para mostrar os amantes de Shakespeare. Dirigiu também, entre outros, “Irmão Sol, Irmã Lua” (1972), “La Traviata” (1982), “Otelo” (1986), “Hamlet” (1990).

 

Confira nossa programação completa!

 

SERVIÇO

Filme: Chá Com Mussolini (1999), de Franco Zeffirelli

Duração: 117 minutos

Quando: 15/10 (segunda-feira)

Que horas: pontualmente às 19 horas

Quanto: entrada franca

Onde: Rua Rui Barbosa, 323 – Bela Vista (Sede Central da UMES SP)