CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: A Batalha da Rússia
No próximo sábado, 14/09, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “A Batalha da Rússia”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca!
A BATALHA DA RÚSSIA
Frank Capra, Anatole Litvak (1943), EUA, 82 min.
Sinopse
Síntese da epopeia escrita pelo povo soviético e o Exército Vermelho, durante a 2ª Guerra Mundial, o filme parte dos antecedentes da invasão nazista à URSS e prossegue até a vitória soviética em Stalingrado, que marcou, em 2 de fevereiro de 1943, a virada nos rumos da guerra, obrigando os nazistas a passarem da ofensiva à defensiva.
“A Batalha da Rússia” é o quinto documentário da série “Why We Fight”, também composta por “Prelúdio de Uma Guerra” (1942), “Ataque Nazista” (1943), “Dividir e Conquistar” (1943), “Batalha da Inglaterra” (1943), “Batalha da China” (1944) e “War Comes To America” (1945), produzida pelo Exército dos EUA e supervisionada por Frank Capra.
Direção: Frank Capra (1897-1991), Anatole Litvak (1902-74)
Francesco Rosario Capra nasceu na Sicília, mas se consagrou como cineasta nos EUA. Desembarcou no país com sua família em 1903, tornando-se cidadão norte-americano em 1920. Entre 1926 e 27, estreou na direção com três filmes de sucesso estrelados pelo comediante Harry Langdon. Nos próximos dez anos, dirigiria 25 filmes para a Columbia Pictures.
Antes de se estabelecer como diretor de comédias sociais, Capra se tornou conhecido como um eficiente artesão de produções rentáveis. A partir da Década de 30, seus filmes compõem um penetrante painel do New Deal, a reação da sociedade à Grande Depressão, ao retratarem homens simples lutando para defender seus valores contra capitalistas gananciosos e instituições corruptas.
Frank Capra dirigiu 54 filmes, entre os quais “Loucura Americana” (1932), “Dama por um Dia” (1933), “Aconteceu Naquela Noite” (1934), “O Galante Mr. Deeds” (1936), “Do Mundo Nada se Leva” (1938), “A Mulher Faz o Homem” (1939), “Meu Adorável Vagabundo (1941), “Esse Mundo é um Hospício” (1944), “A Felicidade Não se Compra” (1946). Engajou-se também na realização de documentários que popularizaram a política de Roosevelt em relação à 2ª. Guerra Mundial. Ao longo da vida, Capra foi homenageado com seis estatuetas do Oscar e recebeu o Leão de Ouro (Festival de Veneza, 1982), em reconhecimento à sua carreira.
Mikhail Anatol Litvak nasceu em Kiev, Ucrânia. Em 1915, começou a trabalhar como ajudante e depois como ator em um teatro de São Petersburgo. Após a Revolução, foi assistente de direção no estúdio Nordkino Leningrado e, em pouco tempo, começou a dirigir curtas. Em 1925, partiu para Berlim, trabalhou na edição do filme de Georg Wilhelm Pabst, “Rua das Lágrimas” (1925), e realizou seu primeiro longa, “Dolly Macht Karriere” (1930). Com a ascensão do nazismo, mudou-se para a França e dirigiu cinco películas, entre as quais o sucesso internacional “Mayerling” (1936). De 1937 a 1941, atuou nos EUA como diretor contratado da Warner, realizando “The Woman I Love” (1937), “Nobres Sem Fortuna” (1937), “Confissões de um Espião Nazista” (1939), “Tudo Isto e o Céu Também” (1940) e “Dois Contra uma Cidade Inteira” (1940). Dirigiu com Frank Capra a série “Why We Fight”. Ao final da guerra (com patente de Coronel), realizou “Uma Vida Por Um Fio” e “A Cova da Serpente” (ambos de 1948). Radicou-se em Paris no início dos anos 50. O penúltimo dos 41 filmes que dirigiu foi “A Noite dos Generais” (1967).
Argumento Original: Julius Epstein (1909-2000), Philip Epstein (1909-1952)
Os gêmeos Julius e Philip Epstein nasceram em Nova York. Ambos se formaram em 1931, pela Universidade da Pensilvânia. A parceria entre os dois foi frequente tanto na produção de argumentos originais quanto na de roteiros adaptados de vários sucessos de Hollywood como “Casablanca” (Michael Curtiz, 1942), pelo qual os irmãos e o dramaturgo Howard Koch ganharam um Oscar. A dupla também assina os roteiros de “Quatro Filhas” (Michael Curtiz, 1938), “Quatro Esposas” e “Daughters Courage” (ambos de Michael Curtiz, 1939), “Satã Janta Conosco” (Willliam Keighley, 1942), “Este Mundo É um Hospício” (Frank Capra, 1944), “A Última Vez que Vi Paris” (Richard Brooks, 1954) e “Os Irmãos Karamazov” (Richard Brooks, 1958). Todos os filmes da série “Why we Fight” tiveram a participação de Julius e Philip Epstein como roteiristas.
Em 1952, no auge da caça as bruxas, Jack Warner entregou os nomes dos Irmãos Epstein ao Comitê de Atividades Antiamericanas. Eles não foram convocados para depor. Nos questionários previamente enviados pela comissão, quando inquiridos se já tinham sido membros de uma “organização subversiva”, eles escreveram: “Yes. Warner Brothers.”
Música Original: Dimitri Tiomkin (1894-1979)
O maestro ucraniano Dimitri Zinovievich Tiomkin é considerado um dos mais importantes compositores do cinema americano. Educado no Conservatório de São Petersburgo, mudou-se para Nova Iorque em 1925 e depois para Hollywood, em 1930. Sua grande chance veio em 1937, com o convite de Frank Capra para criar a música de “Horizonte Perdido”. Compôs também as trilhas de diversos clássicos, como “A Felicidade Não se Compra” (Frank Capra, 1946), “Do Mundo Nada se Leva” (Frank Capra, 1948), “Rio Vermelho” (Howard Hawks, 1948), “Matar Ou Morrer” (Fred Zinnemann, 1952), “Disque M para Matar” (Alfred Hitchcock, 1954), “Um Fio de Esperança” (William A. Wellman, 1954), “Assim Caminha a Humanidade (George Stevens, 1956), “Rio Bravo” (Howard Hawks, 1959), “Os Canhões de Navarone” (J. Lee Thompson, 1961). Recebeu 22 indicações para o Oscar. Seu último trabalho cinematográfico foi realizado para a produção soviética “Tchaikovsky” (Igor Talankin, 1970).
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