CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: Roma, Cidade Aberta
Neste sábado, 26/10, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Roma, Cidade Aberta”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca!
ROMA, CIDADE ABERTA
Roberto Rossellini (1945), com Aldo Fabrizi, Ana Magnani, Marcello Pagllero, Vito Annichiarico, Harry Feist, ITÁLIA, 100 min.
Sinopse
Em julho de 1943 Mussolini é deposto. O rei Vitor Emanuel III nomeia o marechal Badoglio como chefe de governo. A Whermacht invade a Itália em setembro. Badoglio e Emanuel buscam refúgio em Brindisi, área controlada pelos Aliados no sul do país. Em Roma, declarada “cidade aberta” para evitar bombardeios aéreos, a guerra se intensifica. O comunista Giorgio Manfredi, um dos líderes da Resistência (Comitê de Libertação Nacional), está sendo caçado pelos alemães e conta com os amigos Francesco e Pina, que estão noivos, para esconder-se. O padre Don Pietro ajuda Giorgio a cumprir uma missão e a conseguir nova identidade para poder sair de Roma. Porém os acontecimentos não correm conforme o planejado.
Direção: Roberto Rossellini (1906-77)
Nascido em Roma, Roberto Rossellini realizou, em 1945, a obra tida como marco zero do neorrealismo, movimento que influenciou as correntes estéticas do pós-guerra, desde Godard e Satyajit Ray até o Cinema Novo brasileiro. Seu pai era proprietário do cine-teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendadas pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Com o término da ocupação nazista, em junho de 1944, o diretor leva a câmera a locações originais e capta imagens sinceras de um elenco de atores e não atores. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado na história que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini.
Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc” (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).
Nos anos 60-70, com foco na TV, fez filmes sobre personagens históricos, a começar por Giuseppe Garibaldi, “Viva a Itália” (1961). Nesta safra se incluem “A Tomada do Poder por Luís XIV” (1966), “Sócrates” (1971), “Blaise Pascal” (1971), “Santo Agostinho” (1972), “Descartes” (1974), “Anno Uno” (1974), “O Messias” (1975),
Argumento Original: Sergio Amidei (1904-81), Federico Fellini (1920-93), Roberto Rossellini (1906-77)
Sergio Amidei nasceu em Trieste, começou a carreira de roteirista e produtor de cinema em Turim. Escreveu para mais de 100 obras, que registram as mudanças históricas da realidade italiana. Recebeu quatro indicações para o Oscar, três por colaborações com Rossellini – “Roma, Cidade Aberta” (1950), Paisá” (1946), “De Crápula a Herói” (1959) – e uma por “Casanova e a Revolução” (Ettore Scolla, 1982). Fundou, em 1949, a companhia cinematográfica Film Coluna. Trabalhou com o diretor Vittorio De Sica nos argumentos de “Vítimas da Tormenta” (1946) e “Villa Borghese” (1953). Entre seus clássicos se incluem “Ciúme” (Pietro Germi, 1953), “O Processo de Verona” (Carlo Lizanni, 1953), “Um Borghese Piccolo Piccolo (Mario Monicelli, 1977). A cidade de Gorizia estabeleceu um prêmio internacional dedicado a Amidei, que homenageia os melhores escritores do mundo do cinema. Em 2013, o prêmio chega a sua 32ª edição.
Nascido e criado em Rimini, região da Emilia-Romagna, Fellini se mudou para Roma, em 1939, e começou a ganhar a vida escrevendo e desenhando caricaturas na revista semanal Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema, em 1942, redigindo histórias o para o comediante Aldo Fabrizzi. Em 1943, casou-se com a atriz Giulietta Masina – vencedora no Festival de Cannes pela participação em “Noites de Cabíria”, filme dirigido pelo próprio Fellini em 1957. A partir de 1945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada.
Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978)
Música Original: Renzo Rossellini (1908-82)
Romano como seu irmão Roberto, Renzo Rossellini foi compositor e critico musical. Estudou no Conservatório de Santa Cecília. No ano de 1946 fundou a União Nacional dos Músicos. Em 1970 assumiu a direção da orquestra da Ópera de Monte Carlo.
Compôs vários balés, cantatas, oratórios, sinfonias, peças de música de câmara, canções e quatro óperas. Entre seus mais de 100 trabalhos para cinema estão as trilhas dos filmes do irmão, até o final dos anos 50. Compôs também para Mario Soldati (“Eugenie Grandet”, 1946), Giuseppe Amato (“Mulheres Poibidas”, 1954) e Dino Risi (“O Signo de Vênus”, 1955).
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