Com escolas degradadas, alunos têm aulas interrompidas na Zona Leste

Unidades de ensino dispensam estudantes quando chove.

 

Pelo menos três escolas públicas da Zona Leste de São Paulo estão em estado precário e prejudicam o ensino dos estudantes. Quando chove, as salas de água ficam cheias d’água e os pais são obrigados a buscar os filhos mais cedo.

Imagens feitas com um telefone celular mostram a Escola Estadual Professor Victor Manoel Romano, na Avenida Sapopemba, em dia de chuva. A água entra pela luminária e fica empoçada entre as carteiras.

Outras escolas da região estão em situação semelhante, como na Valdir Fernandes Pinto, onde usam papelão para impedir que água que cai do teto atinja os alunos. “Quando chove, a escola fica inteira lavada, é muita água dentro”, disse um aluno que preferiu não se identificar com medo de represálias.

Devido ao péssimo estado de conservação do prédio, os alunos realizaram um protesto nesta quarta-feira (2) que terminou em confusão. Houve confronto com a polícia e dois adolescentes foram detidos. Segundo testemunhas, a confusão começou depois que alguns baderneiros começaram a jogar pedras contra os policiais, que acompanhavam o ato. Para conter os manifestantes, a Polícia Militar usou bombas de gás.

O motorista Manoel Espindola, pai de um dos adolescentes apreendidos, diz que além das condições precárias da escola, também falta segurança no local.

Na Escola Municipal de Educação Infantil Adevaldo de Moraes está faltando parte do teto e os alunos só têm aula quando não chove. Placas inteiras do forro foram retiradas por causa de infiltração. Os pais já receberam um aviso por escrito da escola avisando que o lanche será distribuído mais cedo às crianças para evitar que a comida seja desperdiçada se as aulas forem interrompidas.

A Secretaria Estadual da Educação diz que foram investidos R$ 500 mil na Escola Estadual Professor Victor Manoel Romano e 17 salas de aula foram reformadas. Já na Escola Valdir Fernandes Pinto, uma equipe já está no local para fazer os reparos e a substituição das telhas.

Na Emei Adevaldo de Moraes, a Secretaria Municipal de Educação informou que será feita uma avaliação para saber se a unidade de ensino poderá ficar aberta ou será interditada.

 

Fonte: Globo

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