“Crime ambiental é entregar o petróleo às multinacionais”, diz presidente da UMES
Na última quarta-feira (10) dezenas de pessoas se reuniram em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda em um ato em defesa dos jovens estudantes, um deles Marcos Kauê, presidente da UMES, acusados de terem cometido “crimes contra o meio ambiente” por protestarem contra o leilão do Campo de Libra, realizado pelo governo Dilma. Eles picharam um muro no bairro da Bela Vista com os dizeres: “O PETRÓLEO É NOSSO! NÃO AO LEILÃO DE LIBRA!”, numa campanha que tomou todo o país contra a entrega do patrimônio brasileiro ao cartel de empresas estrangeiras.
No Fórum, a Justiça de São Paulo tentava indiciar os três – além de Kauê, Camila Severo, que é estudante da PUC de São Paulo e presidente do Centro Acadêmico de Economia; e Luisa Lopes, presidente da Juventude Pátria Livre da capital – por “Crimes contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Genérico” e foi recomendado pela promotoria uma pena de prestação de serviços comunitários durante seis meses, a reparação do muro (hoje já coberto por grafites) e uma multa em dinheiro.
“Crime ambiental é entregar um dos maiores campos de petróleo do mundo à sanha das multinacionais”, contestou Kauê.
A autuação se deu sem nenhuma prova, a não ser a acusação de um segurança particular que armado ameaçou os jovens de morte e só então chamou a policia.
Dezenas de militantes, amigos e familiares solidários a campanha contra a privatização do petróleo, bem como os três advogados de defesa, acompanharam a audiência, que terminou num acordo, onde os jovens se comprometeram a fazer uma doação para o Fundo da Criança e do Adolescente (FUMCAD).
Na ocasião em que o campo de Libra, uma das maiores áreas do pré-sal, estava sendo leiloado a monopólios internacionais pelo governo Dilma (outubro de 2013), uma onda de manifestações em defesa desta importante riqueza tomou o país.
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