“Democracia” no Facebook não resiste a um rolezinho
O Facebook retirou do ar páginas criadas por usuários da rede social para a realização de “rolezinhos” em shoppings de São Paulo. Segundo afirmou o presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), Luiz Fernando Veiga, nesta segunda-feira (15). Sem dar detalhes, Veiga disse que representantes de “dois ou três shoppings” relataram ter solicitado a retirada de páginas da rede social.
Os encontros marcados para ocorrer nos shoppings Metrô Tatuapé e Center Norte não constam mais na rede social do norte-americano Mark Zuckerberg. Quem os procura em seus antigos endereços está sendo redirecionado. O Facebook ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
Além desses, um encontro em Suzano e outro em Taboão da Serra, ambos no Estado de São Paulo, também foram censurados pelo Facebook. A reportagem verificou que também diversos outros eventos desapareceram por algumas horas durante o dia, como por exemplo o maior deles, marcado para domingo no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, com 8.419 confirmados até o fechamento desta edição.
Com medo dos eventos realizados por jovens pobres e da periferia da grande São Paulo, 55 representantes de shoppings do estado se reuniram na última quarta-feira para discutir como coibir as inúmeras atividades já marcadas via internet.
Existem “rolezinhos” marcados para os próximos finais de semana em diversas cidades do país, como Goiânia, Aracajú, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Niterói, Sorocaba, São Gonçalo, Ribeirão Preto, Barueri, Uberaba, Guarulhos e Guaratinguetá.
O presidente da Abrasce afirmou que não há consenso entre os membros da entidade sobre a possibilidade de os shoppings recorrerem à Justiça para exigir dos frequentadores a apresentação de documento na entrada nos centros comerciais, e não considera discriminatória ações como a que aconteceu no último sábado (11), pelo Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, de impedir a entrada de jovens que não comprovassem trabalhar no local, a critério dos seguranças.
Fonte: Hora do Povo
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