Dia Nacional de luta mobiliza todo o país! Em São Paulo, manifestação ocupou a Paulista
Mais de 15 mil pessoas participaram da manifestação que tomou a Avenida Paulista, no dia 11 de Julho, Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações, organizado pelas centrais sindicais e movimentos sociais, como UNE, MST e diversas outras entidades. Com forte participação dos estudantes, a manifestação se concentrou no vão livre do MASP e depois seguiu em passeata até o centro da cidade.
Durante o ato, os dirigentes das entidades rechaçaram a política econômica do governo de manter o superávit primário, privilegiando o pagamento de juros, enquanto a população vive em condições cada vez piores com transporte, saúde e educação em precários.
A situação crítica da Educação foi denunciada pelos estudantes que participaram do ato, organizados pela UMES, que levou um grande painel exigindo “Mais Educação, Menos Juros!”.
Os estudantes fizeram um ato em frente ao Citibank e, com uma fita e o cartaz, afirmaram: “Não ultrapasse. Cena de crime”, denunciando o assalto dos bancos ao povo brasileiro. “Não podemos mais permitir que bilhões de reais sejam entregues aos bancos todos os anos, através do superávit primário. Esse dinheiro é da Educação, é da Saúde e do Transporte. É preciso investir em educação, em estrutura nas escolas, investir na expansão das universidades públicas, que está paralisada. Chega de juros”, afirma Rodrigo Lucas Paulo, presidente da UMES.
A presidente da UNE, Virgínia Barros, também convocou os estudantes a se somarem à luta dos trabalhadores por mais investimento público no serviço público.
Em sua falação, no caminhão de som, o presidente da CUT, Vagner Freitas, ressaltou que há dois pontos dos quais a central diverge completamente do governo federal: a taxa de juros e o superávit primário. Freitas afirma que “foi uma excrescência” a elevação da taxa de juros pelo banco central na quarta-feira, dia 10.
Para o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), as riquezas produzidas pelos brasileiros precisam ser investidas no nosso desenvolvimento. “Não é possível o governo federal transferir através do superávit primário, juros e amortizações, desde 2011, mais de um trilhão de reais”. Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, também criticou a política econômica do governo.
Na passeata, os participantes se manifestaram contra a Rede Globo, que tentou fazer uma montagem na gravação, pedindo para as pessoas segurarem placas de seu interesse. (Veja aqui o vídeo).
O Dia Nacional de Lutas com Greves e Paralisações mobilizou todo o país, com manifestações, greves e bloqueio de rodovias em todos os estados. Ainda na capital houve manifestação nas marginais Tietê e Pinheiros, Radial Leste, Av. Salim Farah Maluf, Ponte do Socorro e Ponte Estaiada. Não houve na cidade nenhum engarrafamento, nem mesmo na hora do hush.
Pelo país, os petroleiros também participaram da mobilizando e paralisaram as atividades em vários estados. Entre as bandeiras apresentadas pela categoria está o fim dos leilões do petróleo. Pararam ainda portuários e trabalhadores de grandes obras.
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