Dilma culpa alunos por fiasco do programa Ciência sem Fronteiras

O pedido de desculpas da Universidade de Southampton, na Inglaterra, aos estudantes do Ciência sem Fronteiras (CsF), pela mensagem enviada pela Science Without Bordes UK (SWB UK), parceira internacional do programa, segundo a qual há um “número considerável de reclamações em relação ao comparecimento e à aplicação nos estudos” é mais uma demonstração de que o programa não passa de um “turismo sem, fronteiras”.

Em entrevista coletiva, a presidenta Dilma tratou logo de responsabilizar os alunos brasileiros pelo fiasco de seu programa. Segundo ela, os estudantes que não se dedicam “estão desmerecendo o país, lamentavelmente”.

Lançado em 2011 para promover intercâmbio de alunos de graduação no exterior, “a bolsa concedida aos candidatos selecionados custeará a permanência do aluno pelo período estudo no país. Além da mensalidade na moeda local, são concedidos auxílio instalação, seguro-saúde, auxílio deslocamento para aquisição de passagens aéreas e auxílio material didático para compra de computador portátil ou tablet”.

A meta é oferecer 101 mil bolsas até o fim deste ano, com uma segunda etapa de mais 100 mil bolsas, a serem implementadas até 2018.

Os próprios bolsistas confirmam que o dinheiro que recebem não usados integralmente para fins acadêmicos, uma vez que não têm de prestar contas para ninguém no Brasil. Segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, esse “controle” é de responsabilidade dos parceiros internacionais.

Cada bolsista recebe aproximadamente R$ 60 mil por ano. Grande parte cursa duas disciplina por semestre e aproveita boa parte do recursos para viajar pelos EUA e Europa.

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